Março/2013 Edição nº 130 - Ano XIII R$ 13,00 Social O Marketing Direto em tempo real EEC 2013: Cobertura completa do evento direto de Miami Entrevista: Para Guto Cappio, Marketing Direto será maior que a publicidade 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 1 3/12/13 2:27 PM Luís, gosta de música. 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 2 Rodrigo, gosta de música. Bruno, gosta de música. 3/12/13 2:27 PM Gostar de música, todos Gostam. mas nem todos Gostam de sertanejo, samba ou rock. mostre que você conhece seu público. Faça a sua campanha 100% personalizada e diriGida com a laborprint. 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 3 3/12/13 2:27 PM cARtA Ao leitoR A V V V expressão one-to-one surgiu há muito tempo. Não tanto quanto Marketing Direto, essa sim bem antiga. Ambas traduziam, quando surgiram, uma comunicação quase utópica. Falar diretamente com cada um de seus consumidores, saber o que cada um deseja de sua marca e responder a estes anseios de forma literalmente específica? Impossível! Era mesmo. Porque não existiam recursos tecnológicos e também porque os custos para tentar realizar qualquer projeto neste sentido eram absurdos. Daí, surgiram as mídias digitais e este tipo de ação passou a ser realidade. Os investimentos em tecnologia e profissionais são crescentes e desembocam no chamado Social CRM. Nossa matéria de capa mostra, no entanto, que não é tão simples, porque, sempre é bom lembrar: a tecnologia não resolve tudo sozinha. Ela precisa da inteligência humana por trás. Isso porque o Social CRM é mais do que um software. É uma estratégia de negócios que gera resultados consistentes. Nesta edição, publicamos ainda a cobertura completa do EEC 2013, evento organizado no início do mês passado, em Miami, pela Email Experience Council, divisão da DMA. É interessante notar como o email ainda é uma ferramenta eficaz, obviamente, se bem utilizada. E também como alguns detalhes – o subject, por exemplo – podem fazer toda a diferença nos resultados de uma campanha. Na entrevista, falamos com o fundador da Sunset, Guto Cappio. Ele não mede as palavras quando se trata de criticar as agências que se vendem barato, porque para ele não existe mágica. “Bom profissional custa caro”, afirma. É um ferrenho defensor da criatividade em campanhas de Marketing Direto, coisa que ele afirma não existir quando atuava no marketing do Unibanco, de onde saiu para fundar sua agência. Acompanhe! O Editor eXPediente Diretoria Presidente: Efraim Kapulski Diretor de Alianças Estratégicas: Bernardo Zamijovsky Diretor de CRM/Database: Eduardo W. Ramalho Diretor de E-mail Marketing: Rodrigo de Almeida Diretor de Listas: Vicente Argentino Diretor de ROI: Marcelo Sousa Diretor de Sucursais: Jeffrey Hanson Costa Diretor Financeiro: Wilson Paschoal Júnior Conselho de Administração Ramalho, Fabio Adiron, Fernando Alberto da Costa, Fernando B. Cirne, Fernando L. G. Guimarães, Henrique Mello, Jeffrey Hanson Costa, José Antônio Soler, Luci Silva, Luis Henrique Fichman, Marcelo Custódio, Marcelo Sousa, Marcia Asano, Marciliano Antônio Silva Jr., Márcio Ribeiro, Maria Luiza Vasques Piccioli, Milton Angeli, Murillo Boccia, Nelson Grunenberg Alves Reis, Odair Gutirres, Paulo F. B. Vasconcelos, Paulo Geraldo F. Cavalcanti, Pedro Renato Eckersdorff, Pio Borges, Ricardo Musumeci, Roberto Saddy Chade, Wilson Paschoal Júnior. Conselho Fiscal Alexandre Souza Martins Case, Ana Maria Moreira Monteiro, Osvaldo Alvarenga. Associação Brasileira de Marketing Direto Presidente do Conselho: Fernando Alberto da Costa Vice-presidente do Conselho: Edson Carlo Barbieri Avenida São Luís, 50 – 13º andar cj. 132 B Edifício Itália – CEP 01046-926 – São Paulo/SP – Brasil Tel: (11) 3129-3001 – www.abemd.org.br Alexandre Jau, Antonio Carlos Carletto, Antonio Rosa Neto, Danilo Vasconcelos, David Whittaker, Edson Carlo Barbieri, Eduardo Souza Aranha, Eduardo W. Comunicação, Imprensa, Comercial: Roberto Perrone ([email protected]) 4 Eventos: Fernanda Giannetti ([email protected]) Administração e Finanças: Pedro Xavier Jorge ([email protected]) Revista Marketing Direto é uma publicação da Associação Brasileira de Marketing Direto (ABEMD) Editor: Roberto Perrone ([email protected]) Coordenadora Editorial: Janaina Basilio ([email protected]) Assistente Editorial: Priscila Silva ([email protected]) Arte e editoração eletrônica: Adriana Cassiano Pré-impressão, impressão e acabamento: Laborprint Grafica e Editora Ltda Escreva para a revista Marketing Direto. Mande seus comentários e sugestões para o email: [email protected] Marketing Direto - Março/13 - nº 130 - Ano XIII 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 4 3/12/13 2:27 PM Índice 06 10 20 24 ENTREVISTA: Guto Cappio conta sua trajetória profissional e fala dos desafios atuais do Marketing Direto CAPA: Social CRM já é realidade no mercado brasileiro ARTIGO: como integrar o Social CRM ao dia-a-dia de sua empresa EEC2013: Evento reuniu entre os dias 06 e 08 de fevereiro alguns dos principais profissionais de email marketing do mundo FRASeS “Da mesma forma que CRM não é apenas um software, mas sim um conceito e estratégia que tem o software como apoio e facilitador, o Social CRM também é um conceito e estratégia de negócio.” Edson Carlo Barbieri, managing director da ExactTarget Brasil “Se o DNA da empresa é a desorganização não é a tecnologia que vai consertar isso” Guilherme Bohnen, technical leader da Responsys Brazil “De nada adianta a melhor ferramenta se as pessoas não estão preparadas para pensar na gestão do relacionamento de seus clientes e muito menos sem ter processos orientados ao cliente” Ana Karina Delgado Fontes, diretora de relacionamento da MR Marketing de Relacionamento Mercado ................................. 32 Novos Associados ................... 36 Deu na Imprensa .................... 37 Causos do Marketing Direto ... 38 “É impossível fazer integração e relacionamento sem ter acesso à tecnologia” Marcos Alex Rodrigues, diretor da Central Mailing List “Não tem como uma empresa terceirizar totalmente a gestão do relacionamento com seus clientes, seja no mundo físico ou virtual. Um parceiro externo pode ajudar e é fundamental, mas a empresa não pode depender 100% dele. Afinal, os clientes são da empresa e não do parceiro” Eduardo Souza Aranha Março/13 - nº 130 - Ano XIII - Marketing Direto 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 5 5 3/12/13 2:27 PM entReviStA Guto Cappio Seremos maiores que a publicidade Uma agência com 300 colaboradores, responsáveis pela demanda de 60 briefings de grandes campanhas por mês e que fatura nada menos que R$ 100 milhões. Assim é a Sunset, empresa que está na lista das 10 maiores agências de publicidade no Brasil e que ainda hoje conserva muito do empreendedorismo e da visão estratégica do seu fundador Guto Cappio. Otimista com o Marketing Direto, o profissional vê um futuro promissor para a disciplina e dispara: “Na realidade, acredito que ainda seremos maiores do que as grandes agências de publicidade - e esse episódio não está longe”. Acompanhe! 6 Quem era Guto Cappio antes do Marketing Direto? Um estudante de Direito. A família é cheia de juízes, advogados. Meu destino era ser um advogado. Então, fui fazer faculdade de Direito, mas eu não queria ser advogado. Comecei a trabalhar com comunicação no departamento de marketing do Unibanco, ao mesmo tempo em que estava entrando na faculdade. Apaixonei-me por comunicação. Logo percebi um abismo entre a qualidade estratégica e criativa e as campanhas de Direct. O Marketing Direto já era forte, mas ainda existia esse abismo nas maiores agências do País. Cuidava da área de atacado e do BtoB do banco. Acompanhava apresentações de agências e era um horror a concepção criativa. Achava tudo muito fraco, muito pobre, sem ideia, careta, quase uma propaganda envelopada. E essa minha visão foi ficando cada vez maior. Isso foi há 20 anos, no final da década de 1980 e começo da de 1990. Naquela época, o banco já tinha uma agência que só fazia direct, que era especialista nisso. E como começou sua carreira no Marketing Direto? Saí do banco já para montar a minha agência. Na verdade, nem entendia tão bem o que era promo, PDV, trade, endo, direct... Não estava claro e talvez isso tenha sido a melhor coisa que possa ter me acontecido, porque Marketing Direto - Março/13 - nº 130 - Ano XIII 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 6 3/12/13 2:27 PM foi uma grande oportunidade de trabalhar com essas disciplinas e estar em contato com as áreas de inteligência do banco, como a de CRM. Como eu criava as campanhas dessa área, convivia muito com esses profissionais, que foram grandes mestres. Fui aprendendo na prática. Foi assim que nasceu a Sunset. Desde o início trabalhamos multidisciplinaridade. Não entendia que deveria fazer uma comunicação one-to-one, com target selecionado para trabalhar... Eu não tinha isso na minha cabeça, por isso comecei a fazer comunicação pura. Fazia tudo: criava, atendia, vendia, produzia... A vida não é fácil, você tem que provar milhares de vezes que sabe o que está fazendo, do que está falando. Nos dias de hoje é muito mais fácil. Como foi a criação da Sunset e como surgiu o nome da agência? Antes de ser um publicitário marketeiro eu já era surfista. Esse nome não é só pela praia, mas muito mais pelo momento mais intenso do dia, de mais energia. Você apreciar um sunset na praia é uma experiência maravilhosa. Eu sempre gostei muito de ficar na água. Sempre gostei de surfar e surfo até hoje. Gosto de ficar do sunset até a noite. E esse nome deu certo (risos). A Sunset foi criada, cresceu e logo no primeiro ano fomos premiados, porque acredito que estava trazendo uma ideia nova. Ganhamos respeito, conquistamos a conta do Unibanco. O mais importante é que a Sunset não perdia contas. Ganhávamos nas concorrências. Avalia-se uma agência falando com os clientes dela, vendo o histórico e principalmente, falando com os ex-clientes dessa agência. Assim você vai entender, de verdade, se essa agência é boa ou não. Nesse segmento, matamos não um, mas dezenas de leões por dia. Como é a rotina da agência? A Sunset tem 60 briefings de grandes campanhas por mês e campanhas com dezenas de peças e vários canais. Nossa vida não é fácil. Seria natural cometer erros, atender mal, não entregar o briefing correto, muito mais do que uma agência de branding que faz duas ou quatro campanhas. A gente faz grandes campanhas com grandes conceitos o tempo inteiro, então o risco de desgaste é enorme. Acredito que quando uma agência do nosso segmento consegue construir um relacionamento de longo prazo, deve ser valorizada porque alguma coisa ela tem de bom. As agências devem ser avaliadas pelo que elas já fizeram – e isso deve ser contado pelos clientes e ex-clientes. Se até hoje ela não criou nada relevante, não vai ser agora que ela vai criar. Infelizmente hoje “é melhor” quem cobra menos. Nós não fazemos trabalho medíocre, porque um profissional custa caro. Não acredito que o bom Marketing Direto é barato. Não tem mágica. Diante disso, como você avalia o setor atualmente? Não é próprio da livre iniciativa que tenham agências que cobrem “barato”? Não é necessário conviver com isso? Hoje em dia nosso setor está se reequilibrando. Depois da década de 90 surgiram os global searchs da vida que começaram a comprar comunicação como se compra parafuso, porca, sanduíche, caneta, papel, refil de impressora. Hoje o mercado percebeu que essa não é a melhor forma e os departamentos de compra estão entendendo que têm que contratar profissionais específicos de comunicação para comprar comunicação. Só assim é possível distinguir a melhor agência para cada demanda, porque o cliente tem que saber quanto vale o trabalho, quando é possível contratar uma agência pequena porque não se precisa de uma grande idéia, quando é necessário apostar em uma boa agência. É com este entendimento que começa o equilíbrio. Porém, por outro lado, existe um problema sério, que é quando as agências se vendem barato. São agências que ganham e perdem contas o tempo todo. Pode reparar no nosso setor: as agências que cobram pouco perdem mais contas que as agências que cobram mais, isso porque os clientes procuram agências que têm um preço equilibrado. Não adianta a agência cobrar pouco, colocar o estagiário para fazer o trabalho e não entregar o que o cliente quer. Para se ter idéia, tem Março/13 - nº 130 - Ano XIII - Marketing Direto 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 7 7 3/12/13 2:27 PM entReviStA Guto Cappio agência cobrando R$ 30,00 a hora-homem, enquanto o valor razoável é de R$ 70,00, R$ 75,00. Não preciso nem dizer que os caras mais brilhantes da comunicação custam caro e quando digo “cara brilhante” me refiro àquele que cria vídeos com mais de 10 milhões de views no Twitter, no Youtube. Fato é que o cliente que contrata uma agência “meia boca” percebe o erro depois de um ano e aprende a lição. Quais os principais momentos da Sunset? Primeiro foi conquistar o respeito criativo. Quando a Sunset está numa disputa ou está na conta, a expectativa do cliente é de ideias criativas, e o concorrente também sabe disso. O segundo grande momento da agência foi ter se tornado uma das grandes agências do País. Lá atrás, no último ranking que a gente fez, a gente tava como a quinta maior agência do Brasil em faturamento. E o terceiro grande momento foi fazer parte de um grande grupo. Como foi a entrada para o Grupo ABC? Há cinco anos a Sunset faz parte do ABC e isso é interessante porque eu recusei muitas propostas internacionais. A agência sempre foi uma operação rentável, com porte, bons clientes, bons contratos e com capital para ser internacional - por isso era assediada, mas as propostas nunca me interessaram, porque nunca pensei em ser o braço de direct de uma grande agência de publicidade. Na realidade, acredito que ainda seremos maiores do que as grandes agências de publicidade - e esse episódio não está longe. 8 O que é a Sunset, hoje? A agência hoje, sem depender de mídia, fatura 100 milhões, e estamos na lista das 10 maiores agências de publicidade no País. Temos 300 colaboradores aqui dentro, somente na criação são 50 criativos, todos digitais, que trabalham só com social. Não somos uma agência digital. Quais os melhores prêmios ou trabalhos da agência? Acredito que o prêmio mais destacado foi o que criei para a Casa Vida, com as crianças com AIDS. Esse case é fantástico porque era inovador em tudo, inclusive porque já fazia uma segmentação online através de social communities, na época, uns 10 anos atrás. Foi um case dentro do Orkut, uma comunidade solidária à AIDS. Os membros recebiam um email marketing com uma animação que se personalizava - era o sonho de uma criança, com várias frases, e no final ela sonhava com o nome da pessoa. Esse case era BtoB, BtoC, BtoE, e na época ainda era estratégico por não usar o apoio dos Correios, já que nossa preocupação era criar algo que não fosse caro, por isso a animação. Esse case ganhou todos os prêmios, exceto Cannes, que nem pensamos em inscrever. Mais recentemente tem um case fantástico que é do Itaú, que envolve o Itaú.com. É uma nova experiência digital para o financeiro deles, a primeira fase já foi, que é a parte logada, e agora vem a segunda parte, que é a parte não logada. Também destaco o benchmark no mercado de social marketing que foi proposta à Nextel, que envolve geração de lead nas redes sociais, central de conversação, estrutura de inteligência que monitora real time, conversas com as operadoras. A empresa acompanhava o internauta e dava uma solução específica. Depois dessa ação da Nextel, a Vivo, a Tim e a Claro estruturaram isso também. Destaco ainda um trabalho que fizemos com a Philips de transformar a plataforma de reviews na maior do mundo. Passou China, passou EUA, passou Europa... Esse é um cliente ideal, que acredita que isso pode realmente mexer com os números dele. E aí podemos trabalhar multidisciplinarmente, com digital, como fio condutor, com social, o que nós chamamos de OCRM (nome registrado pela Sunset), que é o Organic CRM. Na sua plataforma de inteligência você tem que ter como avaliar esse tipo de informação, que vai além da relação de consumo. O cliente ideal existe? Como ele é? O cliente ideal é aquele que nos inspira a ser melhor. O cliente inspirador é aquele que faz com que a agência gere o melhor dela. É parceiro na alegria e na tristeza, é uma coisa equilibrada. A agência vai dar tudo o que ela pode, mas o cliente também vai dar tudo o que ele pode, ele vai se adequar aos prazos. O cliente ideal valoriza as disciplinas, não pensa que um filme de 30 segundos vai resolver a vida dele. Esse não é o tipo de cliente ideal pra mim, independente do segmento e do porte. Não são 30 segundos que resolvem sua vida. Construo marcas para fazer o telefone tocar e infelizmente 30 segundos não me dão isso. E é por isso que hoje nós somos uma das 20 maio- Marketing Direto - Março/13 - nº 130 - Ano XIII 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 8 3/12/13 2:27 PM res empresas do País, por qualidade na comunicação multidisciplinar com foco na inteligência, um diferencial que nunca será abandonado. Nossa plataforma é baseada na big ideia, que faz toda essa história. Quais os desafios e o futuro do Marketing Direto? O futuro do Marketing Direto é maior que o Marketing Direto. A disciplina vai sofrer uma mutação, aliás, já está sofrendo. Tanto que não se pode achar que a Sunset é uma agência de Marketing Direto. A gente entende que a disciplina é muito maior, embora para o mercado o Marketing Direto vai ser sempre algo relacionado a mailing, a mala direta, email marketing. Acredito que o futuro do Marketing Direto é no varejo, no serviço, porque a disciplina é muito cara para bens de consumo não duráveis. Sinceramente, o potencial utilizado do direct, considerando a idade que ele tem e o quanto ele já evoluiu nesses grandes players, não chega a 30% da sua capacidade. O direct tem toda a oportunidade pela frente, mas isso não é para todos. E isso não é fácil. Ou você investe e tem profissionais adequados para fazer estratégias para os seus clientes ou você está fora, porque aquela agência que tem muito mais dinheiro que você vai colocar um profissional pra falar com inteligência. E esse é um dos grandes problemas que a gente se depara hoje. Por isso a minha indignação para aqueles companheiros do nosso mercado que estão cobrando muito abaixo e não conseguem nem dar um salário adequado para os seus profissionais. Recado para vocês: vocês vão sumir, vão desaparecer! É fato. 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 9 Hoje, o que significa digital para o mercado? Digital é o meio, não é disciplina, que se você não tiver você não vai sair do lugar. Não estou dizendo que uma mala direta off-line morreu. Dia desses, recebi um convite de casamento via mala direta. Quando abri o convite vi o endereço do site do casal. Esse é um convite ótimo, porque gera prestígio para quem você está convidando. No site era possível conhecer um pouco mais da vida e do dia-a-dia dos noivos, interagir com eles, mandar mensagem e escolher o presente que você quer dar dentro de uma experiência. As empresas vão cada vez mais entender que têm que gerar direction, construir marca – e direct constrói marcas, por isso que a gente tem o relationship branding, que é o rela- cionamento com a marca, e a marca se relacionando com todos os tipos de públicos que ela interage, seja consumidor, seja employment... Esse é o nosso código: saber identificar e segmentar conteúdo. Estamos numa onda que todos têm que aproveitar. Você tem que sentar na cadeira para isso, tem que gastar dinheiro numa área de planejamento parruda, porque se não pagar caro com um executivo de planejamento, com certeza a empresa não vai te respeitar como uma agência estratégica. E se você não estiver na mesa de estratégia dela, você virou operação e pode ser trocado a qualquer momento. Por isso, você tem que construir uma grande área de estratégia e inteligência na sua empresa, porque é isso que te diferencia de qualquer agenciazinha digital que tem por aí. 3/12/13 2:27 PM cAPA Que venha o Social CRM Essa definitivamente não é apenas uma expressão da moda. O Social CRM é uma estratégia de negócios capaz de fazer o tão sonhado Marketing Direto real time. De olho nessa nova realidade (não convém chamar de tendência) as agências estão investindo em tecnologia e profissionais capazes de levar ao cliente o maravilhoso mundo das ações one to one. 10 Otimizar o relacionamento com o público através das mídias sociais para incrementar o engajamento dos consumidores – eis o objetivo principal daqueles que usam o Social CRM. Claro que tal engajamento vai ter como consequência o aumento nos resultados e é por isso que hoje fazer Social CRM é mais que uma prática de Marketing - trata-se de uma verdadeira estratégia de negócios. “Da mesma forma que CRM não é apenas um software, mas sim um conceito e estratégia que tem o software como apoio e facilitador, o Marketing Direto - Março/13 - nº 130 - Ano XIII 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 10 3/12/13 2:27 PM “Somente quando o cliente for atendido, servido e reconhecido como único, acontecerá seu engajamento e garantirá resultados para as organizações de forma sustentável!” Pedro Cunha, sócio da Oficina de Valor Social CRM também é um conceito e estratégia de negócio. Essa estratégia conta com o suporte de uma plataforma tecnológica que deve ser aderente as regras do negócio, processos e posicionamento da empresa ou marca no contexto social, com o objetivo de manter o relacionamento e engajamento nas mídias sociais”, explica Edson Carlo Barbieri, managing director da ExactTarget Brasil. O grande segredo do Social CRM é que esse relacionamento permite à empresa gerar uma base de conhecimento riquíssima para ações de atendimento, marketing e vendas, com base nos dados comportamentais e não mais com base no perfil do público alvo (como se fazia até pouco tempo). “Nas mídias sociais o real time pressupõe sabermos o que o público quer e procura, onde está agora e não apenas se é mulher, mora em Belo Horizonte e gosta de comprar eletrônicos”, especifica o profissional. “Um dos principais desafios é a sincronização dos processos e de tecnologia para garantir que todos os canais, sejam eles online ou offline, estejam integrados e tenham a visão atualizada do histórico do cliente.” Claudia Mendes Nogueira, sócia da Oficina de Valor Toda essa estratégia vai de encontro com o novo perfil do consumidor: aquele que tem a comunicação em suas mãos, que quer ser surpreendido com ações inteligentes e pertinentes. Para Pedro Cunha e Claudia Mendes Nogueira, sócios da Oficina de Valor, o CRM sempre foi social. “Definimos CRM como um conjunto de estratégias, processos, pessoas, tecnologia e cultura organizacional que visa reconhecer o cliente como pessoa, com foco na ampliação dos resultados de negócios no curto, médio e longo prazo através de relacionamento de confiança, apoio e lealdade. Nesse contexto as mídias sociais são um canal de contato que deve ser integrado a todos os outros canais”. Tal opinião é corroborada por Ana Karina Delgado Fontes, diretora de relacionamento da MR Marketing de Relacionamento. “Discordo da Março/13 - nº 130 - Ano XIII - Marketing Direto 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 11 11 3/12/13 2:27 PM cAPA “O objetivo do Social CRM é transformar seguidores das mídias sociais em consumidores da marca. Para o e-commerce é uma poderosa alavanca para o fechamento de vendas e para elevar a frequência de compra pela base de compradores. Outra finalidade é criar uma mídia colaborativa entre os funcionários da empresa, podendo incluir canais de distribuição.” Eduardo Souza Aranha, consultor de marketing de relacionamento e CRM utilização do tema ‘CRM Social’. Neste sentido utilizaria a expressão como um CRM usando mídias sociais como ferramenta”. Na definição do Wikipédia, Social CRM é indicado como sinônimo de monitoramento das mídias sociais, porém, o próprio site reconhece que tal interpretação é restrita demais. Para o consultor Eduardo Souza Aranha, uma definição simples é que trata-se da integração da plataforma de CRM com as mídias sociais. “O Social CRM se tornou um componente essencial para qualquer empresa que deseja verdadeiramente engajar seus clientes e conhecer perfeitamente a posição da sua marca no mercado”. Márcio Oliveira, sócio da youDb vai além. Para ele o Social CRM quebrou alguns paradigmas, conforme já apontou Barbieri, já que “enquanto o CRM tradicional é centralizado principalmente em dados cadastrais e transacionais, o Social CRM tem sua 12 matriz basicamente em informações de comportamento”. Benefícios múltiplos O uso do Social CRM beneficia diretamente não só a área de marketing das empresas, mas também as áreas de vendas e atendimento aos clientes, conforme explica o consultor Eduardo Souza Aranha. As equipes de vendas passam a estar mais bem equipadas com informações relevantes sobre seus clientes, e especialmente dos seus decisores – o que é crucial para as empresas que operam no mercado B2B - através de uma visão integrada de suas conversas online, combinada com o histórico de compras e de relacionamento existente no CRM. Também se proporciona muito mais consistência à gestão do Funil de Vendas, a coluna dorsal do CRM para a administração de vendas. Já as equipes de atendimento ao cliente têm poderosos recursos de primeira qualidade para responder proativamente aos clientes, graças às plataformas de Social CRM, dotadas da visão integrada do interlocutor e de todo o histórico do caso. Lembrando que estas plataformas possuem as funcionalidades necessárias para o atendimento total do cliente. Por outro lado, as áreas de marketing potencializam os seus programas de geração de leads por poderem encontrar prospects com forte predisposição à compra ao conectá-los, em tempo real, nos primeiros estágios do processo de compra. Reduzem o custo e o tempo empregados no processo de qualificação de leads. Também podem desenvolver campanhas de comunicação utilizando as mídias sociais com maior eficácia: quer por estar baseada em avançada tecnologia de banco de dados, quer por poder avaliar, em tempo real, o ROI de cada campanha. Marketing Direto - Março/13 - nº 130 - Ano XIII 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 12 3/12/13 2:27 PM Tecnologia é fundamental É a tecnologia que viabiliza o acompanhamento da dinâmica do atendimento e engajamento, por isso ela é a base do Social CRM. “Uma plataforma que contempla todas as fases de interação das mídias sociais – ouvir, responder, participar, interagir, envolver – é importante, principalmente para grandes fluxos de comunicação”, ressalta Edson Barbieri. Tendo em vista que existem vários canais sociais, a organização de um fluxo de trabalho é complexo, a começar do monitoramento e triagem das informações que serão utilizadas nas ações de marketing. Claro que, como bem lembram os sócios da Oficina de Valor, o diferencial é a visão estratégica e a cultura organizacional de colocar o cliente no centro da comunicação. Souza Aranha explica que a seleção da tecnologia a ser utilizada é um processo complexo e necessita da condução de profissionais ou consultorias altamente especializadas e experientes. “Um dos pontos críticos para o sucesso da plataforma de Social CRM é a integração do banco de dados, dos processos que interligam os pontos de contato com a ferramenta de CRM e de seus aplicativos com mídias sociais. Some-se a isso que um dos principais pilares do Social CRM é a capacidade e qualidade analítica da plataforma, o que depende diretamente da tecnologia a ser utilizada”. E de que adianta ter disponível uma tecnologia perfeita se ela não for utilizada corretamente? Para Guilherme Bohnen, technical leader da Responsys Brazil, e Ana Karina Delgado Fontes, não se pode esquecer que a tecnologia é apenas um facilitador, um meio pelo qual o CRM acontece. “Se o DNA da empresa é a desorganização, não é a tecnologia que vai consertar isso”, acredita o profissional. Já a diretora de relacionamento defende que a cultura tem o poder de sobressair a qualquer tecnologia. “De nada adianta a melhor ferramenta se as pessoas não estão preparadas para pensar na gestão do relacionamento de seus clientes e muito menos sem ter processos orientados ao cliente. Na verdade, a tecnologia serve de apoio ao processo, e o processo só funciona com a adesão das pessoas”. Para Márcio Oliveira, o maior erro que as empresas podem cometer é começar definindo a ferramenta tecnológica ao invés da estratégia, “como aconteceu muito com o CRM tradicional”. O que não pode ser esquecido é que a gestão de relacionamento com clientes pressupõe a coleta e o manuseio de muitas informações e para a manutenção eficaz dessas informações, bem como o uso delas de forma segmentada e dirigida, a tecnologia tem papel fundamental, como lembra Fernando Adas, diretor de planejamento da Fine Marketing. Marcos Alex Rodrigues, diretor da Central Mailing List é ainda mais radical: “é impossível fazer integração e relacionamento sem ter acesso à tecnologia”. “É importante ter em mente que o ambiente social se modifica a cada dia e o Big Data cresce exponencialmente. É virtualmente impossível obter 100% dos dados disponíveis na nuvem e é necessário entender quais sãos as prioridades para a sua empresa.” Guilherme Bohnen, technical leader da Responsys Brazil Março/13 - nº 130 - Ano XIII - Marketing Direto 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 13 13 3/12/13 2:27 PM cAPA Edson Carlo Barbieri, managing director da ExactTarget Brasil Edson Barbieri enumera os principais procedimentos e desafios da implantação de Social CRM nas empresas: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 14 Os principais passos são: Ter a adesão do conceito em toda a sua abrangência de cima para baixo na estrutura organizacional; Desenvolver uma estratégia de presença e relacionamento nas mídias sociais; Aculturar toda a empresa no sentido de envolver praticamente todas as áreas que interagem com o público; Buscar uma ou mais soluções que sejam aderentes ao negócio, processos e estratégia; Implantar a estratégia e solução tecnológica; Treinar, acompanhar e medir os resultados; Estar aberto a adaptações na estratégia e processos; Ter um plano de contingência em casos de crise. Os principais desafios são: Conseguir a adesão do conceito pelos líderes da organização; Ter uma estratégia abrangente e consistente; Avaliar e encontrar a solução tecnológica adequada; Alocar investimentos em tecnologia, muitas vezes difíceis de se justificar se não forem bem empregados; Capacitar as pessoas não só no sentido de atendimento, mas de engajamento com uma filosofia única em toda a empresa; Manter os processos organizados e eficientes sem entender que se não envolver todas as áreas, os recursos de um único departamento serão cada vez mais insuficientes. Marketing Direto - Março/13 - nº 130 - Ano XIII 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 14 3/12/13 2:27 PM Equipe interna Como já dito, a cultura é importantíssima tanto no CRM como no chamado Social CRM e quando o assunto é cultura logo vêm à cabeça a ideia de pessoas. “Um projeto sem pai ou mãe é órfão”, resume Guilherme Bohnen sobre a importância de ter uma equipe interna totalmente dedicada. Quem vai monitorar, orientar, cobrar e ser cobrado pelo projeto? “Se não existir um gestor não haverá sucesso”.Fernando Adas explica também que a inteligência do projeto, a estratégia, os objetivos e as metas são, em geral, definidos pela equipe interna. Esses colaboradores exercem um papel central tanto no front-end como no back-end, acreditam Pedro Cunha e Claudia Mendes Nogueira. “No momento mágico do contato com o cliente serão eles quem garantirão a integridade dos processos, por isso o investimento no treinamento continuo é de suma importância”. “É a equipe interna que vai especificar o que entregar, baseada no profundo conhecimento das ne- “As mídias sociais fazem parte do cotidiano do consumidor. No B2C é um caminho que não tem mais volta. Ou incorpora-se isso como ferramenta de contato e análise de comportamento de cliente, ou perde-se o trilho. Não acredito que seja algo ‘ignorável’.” Ana Karina Delgado Fontes, diretora de relacionamento da MR Marketing de Relacionamento cessidades das áreas envolvidas na empresa”, acredita Eduardo Souza Aranha. Para ele é função desses profissionais estarem antenados no que o mercado fornecedor pode oferecer. “Não tem como uma empresa terceirizar totalmente a gestão do relacionamento com seus clientes, seja no mundo físico ou virtual. Um parceiro externo pode ajudar e é fundamental, mas a empresa não pode depender 100% dele. Afinal, os clientes são da empresa e não do parceiro”, explica Márcio Oliveira. Outro fator de suma importância é que muitas das informações utilizadas são sigilosas e confidenciais para serem manuseadas por terceiros, aponta Marcos Alex Rodrigues. “Cada companhia rege sua regra de negócios e estratégias. As definições dependem das diretrizes afinadas das áreas da empresa”, conceitua. Fato é que ter uma liderança que vai promover, implantar e acom- panhar o conceito é importante para garantir sua eficácia, mas, alerta Edson Barbieri, essa responsabilidade não deve ser de uma única área da empresa. “Todos podem e devem ser envolvidos, uma vez que o poder na mão do público torna o monitoramento e a necessidade de atendimento imediato mais críticos. Quanto a conduzir o projeto, pode haver sim uma liderança na definição, implantação e treinamento, mas o fato de envolver mais áreas da empresa não necessariamente pressupõe uma única equipe locada no dia a dia. Pode-se, inclusive, envolver um terceiro, como uma agência especializada que deve andar junto com as demais áreas da empresa na formatação e manutenção da presença da marca nas mídias sociais”. Mas atenção, isso não exclui a importância de áreas distintas na empresa estarem neste mesmo projeto. Março/13 - nº 130 - Ano XIII - Marketing Direto 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 15 15 3/12/13 2:27 PM cAPA “Com o domínio sobre as marcas agora nas mãos dos clientes, acredito que o principal objetivo para a implantação de uma estratégia de Social CRM deve ser a de criar um canal para um relacionamento entre empresa e cliente que seja íntegro, mensurável e sustentável. Esta é a grande oportunidade que as empresas têm agora.” Márcio Oliveira, sócio da youDb Papel dos fornecedores Existe uma gama enorme de serviços que os colaboradores externos podem agregar às organizações que querem criar, ampliar e mesmo manter o Social CRM. Umas das funções desses parceiros, segundo Pedro Cunha e Claudia Mendes Nogueira, é agir como facilitadores, retirando a sobrecarga do tratamento das informações do colaborador. “Assim o liberamos para as práticas de inteligência e relacionamento”. Eduardo Souza Aranha explica que o papel dos fornecedores vai da consultoria estratégica à implantação de toda infraestrutura necessária, que envolve banco de dados, processos e tecnologia. “Um consultor, por exemplo, tem relevante papel na criação da cultura de uso, para a qual é desenvolvida uma metodologia própria que assegure o pleno uso da plataforma de CRM Social pelos gestores e usuários da empresa”. 16 O fornecedor externo é na verdade o especialista, que ajudará a empresa com sua expertise. “Ele oferece agilidade na implantação e uma facilidade maior de cobrança por resultados”, constata Ana Karina Delgado Fontes. Agilidade – diga-se de passagem – vale ouro quando o assunto são as dinâmicas redes sociais. Além disso, o parceiro também trará novas visões e estratégias para os processos. “E o principal: terá uma visão externa e isenta sobre a estratégia, fazendo o papel de ‘advogado do diabo’. Sabemos que muitas vezes é difícil para a empresa colocar um olhar crítico e isento em si própria”, sentencia Márcio Oliveira. Processos atualizados Um dos maiores desafios quando se fala em Social CRM é manter os processos atualizados. Monitorar, atender com eficiência, ter orga- nização e atualização não é nada fácil, afinal, o consumidor que usa a rede social espera respostas rápidas, real time. O mercado é dinâmico, o consumidor é dinâmico, a tecnologia é dinâmica. “Neste sentido o comprometimento da organização deve ser bastante alto, de forma que as pessoas possam se adaptar às mudanças no meio do percurso – e de forma rápida, rever o rumo a ser seguido”, explica Ana Karina Delgado Fontes. Manter todas as pontas do processo de relacionamento com o cliente conectadas e com informações sincronizadas não é nada fácil, ainda mais quando se pensa na quantidade de informação gerada a cada minuto no ambiente online. “Os processos são o motor do Social CRM e manter sua qualidade é fundamental. Há um risco grande quando se utiliza processos já existentes na implantação do Social CRM”, diz Eduardo Souza Aranha. O profissional explica que o cami- Marketing Direto - Março/13 - nº 130 - Ano XIII 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 16 3/12/13 2:27 PM “O primeiro passo para uma empresa que deseja implantar o Social CRM é organizar as informações, conteúdos e canais. O desafio é fazer com que a integração funcione com ferramentas, ações e operações da empresa.” Marcos Alex Rodrigues, diretor da Central Mailing List nho para o sucesso das empresas é redesenhar todos os processos de relacionamento com os clientes e os pontos de contato, tendo por foco as características e funcionalidades da plataforma. “Outro ponto vital são os processos orientados para a atualização do banco de dados. Na época atual nada é mais verdadeiro do que a afirmação de que o banco de dados é a mídia social – o que é, ao mesmo tempo, uma oportunidade e uma ameaça”. Oportunidade por permitir armazenar dados dos consumidores em quantidade inimaginável até poucos anos atrás. Ameaça devido ao explosivo volume de dados gerados pelas mídias sociais, que exige processos, aplicativos, metodologia analítica e tecnologia altamente eficazes. “Só para se ter uma referência, estima-se que de 2008 a 2012 tenham sido postados 55 bilhões de posts – e estamos nos referindo apenas aos blogs”, reforça o profissional. Como bem explicam Pedro Cunha e Claudia Mendes Nogueira: Somente uma visão 360° dos processos que são criados e constantemente atualizados pode garantir a visão única do cliente em toda a organização. “Os primeiros passos para implantar o Social CRM referem-se ao conhecimento sobre o perfil de seus clientes, ou seja, que necessidades possuem e de que forma a empresa atende a estas necessidades. Após esta definição, deve-se analisar as características e benefícios dos produtos e serviços, de modo a dirigi-los a estas necessidades dos clientes. O terceiro passo é a percepção do comportamento do cliente em relação às compras, ou seja, a definição de quem são os melhores clientes do ponto de vista da frequência, da recência e do valor das compras. Esses são os maiores desafios.” Fernando Adas, diretor de planejamento na Fine Marketing Março/13 - nº 130 - Ano XIII - Marketing Direto 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 17 17 3/12/13 2:27 PM An Lutador Dupla FESTA DE PREMIACAO.pdf 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 18 1 3/1/13 4:55 PM 3/12/13 2:27 PM 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 19 3/12/13 2:27 PM ARtigo Social CRM: como integrar ao dia-a-dia de sua empresa POR OSNAT GRUENEwALD* Em negócios saudáveis, se considera com frequência o equilíbrio entre o crescimento de receitas e a necessidade de geração de lucro. Algumas empresas acreditam que nenhum risco deve ser gerado no processo de decisão de marketing e vendas, e toda e qualquer iniciativa de se aumentar a base e melhorar a relação com clientes deveria ser rentável por si só – “se pagar” de uma forma isolada. Mas algumas empresas e gestores de negócios estão dispostos a avaliar oportunidades de inovar que podem não parecer rentáveis em um primeiro momento e dar uma importância diferente e uma consideração especial ao seu potencial. Social CRM cai nesta área que ainda divide a gestão das empresas, obtendo diversos votos a favor, mas ainda levando votos contra, com desdobramentos diversos a depender do setor de atuação de cada empresa. 20 Se acreditarmos que o conhecimento mais profundo e amplo sobre os clientes pode melhorar o processo de decisão e alocação de recursos de marketing, e que para gerar este conhecimento é necessário obtermos mais informação sobre os clientes e prospects, não podemos deixar de considerar a atividade de nossos clientes nas comunidades e redes sociais. Precisamos incorporá-la de fato ao CRM Central e integrá-lo ao processo de gestão de clientes. Mais do que obrigatória, esta integração é uma verdadeira e valiosa oportunidade para inúmeras empresas, em um número extenso de setores com características comercias de natureza B2C e indústrias com uma natureza de distribuição B2B2C, como a farmacêutica, e mesmo aquelas com ciclos de recompras mais longos – como a automotiva, de eletrodomésticos e eletroele- Marketing Direto - Março/13 - nº 130 - Ano XIII 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 20 3/12/13 2:27 PM trônicos e a própria indústria de construção civil. Qualquer interação com um cliente representa uma oportunidade de se colher um dado, um tijolo na construção de um relacionamento rentável para as duas partes – empresa e cliente – em uma gestão de relação ganha-ganha, por um período maior de tempo (Gráfico A1). Em nenhum momento histórico anterior ao atual, pudemos compilar tanta informação sobre clientes e mercados, transformar esta informação em conhecimento e melhor aplicá-la para orientar e mensurar as decisões dos investimentos em marketing e vendas. Mas a maior parte das iniciativas nesta direção ideal trava no primeiro passo, a obtenção de dados de qualidade e seleção e definição dos dados relevantes. Diferentemente de uma comunicação com mala direta, a mídia digital permite a identificação e o acompanhamento da resposta a um estímulo isolado de comunicação. Mas mais importante ainda é o fato de que com a tecnologia disponível as informações de ação e reação a estes estímulos podem ser agregadas, organizadas, analisadas e aplicadas tanto na gestão do relacionamento um-a-um como para a geração de campanhas de aquisição de novos clientes. Dados e informações de clientes nas mídias digitais podem preencher lacunas de entendimento de clientes, gerar melhorias no desenvolvimento das réguas de contato com clientes, auxiliar no enriquecimento dos modelos preditivos e de segmentação, e melhorar gestão de relacionamento e por consequência a rentabilização do seu maior ativo – o cliente, alinhado com suas expectativas. Sua empresa quer e precisa saber mais sobre o seu cliente, onde ele mora, seu estado civil, quantos filhos ele tem, onde ele trabalha, ou para onde foi transferido; será que ele vai ligar para lhe contar e atualizar o seu cadastro? Será que ele vai ligar para todas as marcas com quem se relaciona? Com alguma certeza podemos afirmar que ele irá atualizar o seus dados e status nas redes de sociais. Quão relevante e qual é o valor de se obter esta informação em uma velocidade adequada ao seu negócio? Isto pode significar a venda de um imóvel, novos eletrodomésticos, um carro novo, um seguro de casa, que está na meta de vendas de sua empresa? (Gráfico A2) O Social CRM também pode adicionar precisão às campanhas de aquisição de clientes, por consequência de uma segmentação de clientes mais acurada, e até se consolidar como um novo canal de geração de leads de alta Março/13 - nº 130 - Ano XIII - Marketing Direto 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 21 21 3/12/13 2:27 PM ARtigo qualidade onde se obtém acesso aos prospects com características similares às dos clientes mais rentáveis, através das comunidades sociais destes, respeitadas todas as autorizações necessárias a esta modalidade de acesso, em um modelo de originação de leads referenciado como “Other Peoples Money (OPM) through Other Peoples Network (OPN)” que pode, a depender da dinâmica da empresa e setor, otimizar o investimentos geral na aquisição de novos clientes. Se tudo isto soa um pouco aspiracional – nossa recomendação é que este artigo seja a semente de uma discussão sobre este canal. A incorporação das mídias digitais na gestão tradicional de clientes é indispensável para se ter a visão 360o multicanal do cliente e poder lhe oferecer a experiência multicanal coordenada em troca – mas qual é o tamanho e o retorno desta iniciativa 22 para cada empresa é de fato algo a ser analisado. Não pensar e discutir o Social CRM em sua estratégia de gestão de clientes é equivalente a ignorar a evolução tecnológica e dos hábitos de comunicação e comportamento que dela resultam. Fazendo um paralelo – seria como ignorar a evolução da indústria de serviços que se desenvolveu nos grandes e movimentados centros urbanos onde rotinas avassaladoras e limitações à mobilidade viabilizaram a introdução de uma nova gama de serviços de conveniência. É preciso entender o que o consumidor quer, ou melhor, o que ele precisa, e às vezes ainda não consegue verbalizar. Ignorar que clientes e prospects querem se comunicar com as suas marcas de preferência em qualquer canal é insustentável. Mais do que um canal informativo, os meios digitais são canais de comunicação, onde deve se promover a troca e retorno da informação. Sabemos que dados, por si, desorganizados, desestruturados, e de difícil acesso, não podem ser traduzidos em ações ou aplicados em programas de relacionamento. Para isto você irá requerer que estes dados estejam integrados ao seu DBM central, o seu repositório de conhecimento central que recebe todos os dados sobre o comportamento do cliente e é capaz de recalibrar a informação sobre aquele cliente, e gerar o conhecimento sobre o que pode ou não pode, deve ou não deve, em que canal ou não, em que horário ou não, deve ser feita a próxima oferta para aquele cliente ou household – a Next Best Offer (NBO) ou apenas a próxima interação com aquele cliente ou household - Next Best Interaction (NBI). O objetivo é registrar qualquer interação relevante e apren- Marketing Direto - Março/13 - nº 130 - Ano XIII 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 22 3/12/13 2:27 PM der com ela, sendo a interação relevante definida de acordo com a dinâmica e características de negócio de cada empresa e o setor de atuação desta. Toda solução deve ser adequada ao negócio e proporcional ao tamanho e relevância dos resultados planejados – deve se tomar muito cuidado para não se embarcar em projetos de CRM Social que gerem resultados apenas no longo prazo. Traga o dado de sua fonte original e incorpore-o de forma lógica e direta ao seu DBM central, aprendendo com este o que de fato pode ser aprendido e desprezando aquilo que é interessante, no entanto, irrelevante, pouco acionável e por consequência menos rentável (Gráfico A3). *Sócia-diretora da U.Near Março/13 - nº 130 - Ano XIII - Marketing Direto 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 23 23 3/12/13 2:27 PM eec 2013 Email Evolution Conference 2013 Evento reuniu entre os dias 06 e 08 de fevereiro alguns dos principais profissionais de email marketing do mundo. Com a organização da Email Experience Council, uma divisão da DMA, o EEC 2013 mais uma vez mostrou toda a grandeza da ferramenta, apontou tendências e exibiu cases de sucesso. Confira as impressões dos brasileiros Rodrigo de Almeida, wiliam Kerniski, Paulo Vasconcelos, Solange Costa e Efraim Kapulski, que foram a Miami conferir de perto as novidades apresentadas. workshop Creative Briefing for Email Campaigns Por Efraim Kapulski, presidente da ABEMD Normalmente, são os participantes de nossos grupos internacionais que têm a missão de escrever sobre o evento para o Diretinhas, respeitando o foco e a especialização de cada um. Desta vez, na pré-conferência do EEC 2013, realizada na quarta-feira, 06, um dia antes do início oficial do evento, estávamos apenas eu, a Solange Costa e o Rodrigo de Almeida, e a programação era de três workshops de um dia inteiro. Para não perder conteúdo, fiquei com “Creative Briefing for Email Campaigns”, que teve a condução de Chris Baggot, CEO da Compendium Blogware e Wacarra Yeomans, diretor de criação da Responsys. Foi um trabalho com várias tarefas e decidi separar um conteúdo que, a princípio, parece óbvio, mas muito útil para analisar a correção de uma comunicação por email. Foi uma parte do workshop que estimulou a reflexão, com dicas para avaliar a criatividade. • Objetivo - As soluções criativas vão nos levar a alcançar nosso objetivo? 24 • • Contexto - Esta solução é coerente com as outras comunicações com o consumidor? Direção–Responde as perguntas “o quê” e “quando”? Há uma solução para o problema? Outra dica foi usar os sete princípios de experiência do usuário, no qual você faz as perguntas certas para avaliar esses princípios: • Hierarquia - O primeiro elemento que eu vejo é a parte mais importante da mensagem? • Utilidade - Este é o canal ou método de “delivery” certo para esta mensagem? • Usabilidade - Este email vai funcionar como eu espero? • Design– O visual representa nossa marca? • Identificação - Consigo me identificar com o produto ou a mensagem? Ele se encaixa nas minhas atividades diárias? • Estimulo - A mensagem me traz inspiração? Ou experiências que me surpreendem? Marketing Direto - Março/13 - nº 130 - Ano XIII 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 24 3/12/13 2:27 PM Uso de triggers é método efetivo Por Paulo Vasconcelos, da Leadpix • Valor - Percebo algum valor relevante para mim? A aplicação dessas dicas foi feita pelo grupo, em conjunto com os palestrantes, em uma série de campanhas. É surpreendente ver como mesmo grandes marcas não fazem a lição de casa. Portanto, um “simples” email também merece o esforço deste tipo de análise para obter os melhores resultados possíveis. Por fim, levantei uma questão que todos concordaram: faltou a reflexão sobre o Subject da mensagem. Afinal, um assunto mal redigido certamente não atrairá a atenção de grande parte dos usuários, além de se correr o risco de cair nas malhas antispam. Na sessão “Automatic email messaging for great relevancy” foi apresentada uma pesquisa realizada pela Marketing Sherpa mostrando que a automatização de envio de email usando triggers foi o método mais efetivo dos utilizados pelas empresas entrevistadas. O exemplo de NPL (Next Logical Product) foi de um cliente que comprou uma máquina de lavar roupas e recebeu um email agradecendo o pedido com uma sugestão de produto que complementa a máquina. Falou-se de criar triggers de remarketing, email de updates (linkedin), aniversário e pesquisas. Ofertas no email de descrição do pedido (Transactional Email). Exemplos de triggers simples: • se o usuário comprou valor X, enviar email alguns dias depois; • se o usuário compartilhou três ou mais vezes o email, enviar um email de agradecimento. Por que automatizar? Para aumentar a relevância, reduzir custo e aumentar o ROI. Como começar? Teste suas ideias, busque as oportunidades. A automatização garante disparos 24x7x 365. Março/13 - nº 130 - Ano XIII - Marketing Direto 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 25 25 3/12/13 2:27 PM Da pré-conferência aos principais debates Por Rodrigo de Almeida, da Dinamize Logo na pré-conferência, participei de um painel que falou sobre Mobile, Digital e Social e percebi alguns highlights interessantes, como alguns pecados do email marketing que devem ser evitados. São eles: 1. Seus clientes não lembram quem você é: isso porque demoramos para nos comunicar com eles logo após eles interagirem conosco, seja assinando nossa newsletter, seguindo-nos em redes sociais ou realizando alguma ação em nosso site para qual poderia haver uma resposta por email; 2. Enviar muitas newsletters, principalmente no mesmo dia; 3. Seu email não é interessante: segmente e direcione conteúdo, faça testes a/b de conteúdo, subject e call-to-action (links); 4. Você não para de vender: foi mostrado um exemplo de email de uma loja de colchões e camas. Foram enviados três emails de venda de camas na mesma semana. Mas, com que frequência se compra uma cama? 5. Seu email não é relevante: é o que sua audiência gostaria de receber? 6. Emails muito longos, que demoram a carregar; 7. Seu email fica horrível em mobile: 88% dos emails são lidos em dispositivos móveis atualmente; 8. Você expõe os dados dos seus contatos: se o email apresenta dados pessoais como login, código de cliente, telefone, etc, provavelmente o destinatário da mensa- 26 gem não vai querer encaminhar o email para outra pessoa; 9. Você faz uma besteira: pode ser enviar email para quem fez opt-out ou alguma mensagem sem qualquer aderência ou não solicitada. Tome cuidado no gerenciamento de suas campanhas. Se algo der errado, assuma o erro e explique como você deve se comunicar por email daqui em diante. E, claro, não cometa o mesmo erro novamente. O que não vejo no Brasil A seguir, outros insights bem interessantes sobre email marketing (que, particularmente, não vejo acontecer no Brasil): 1. Incentivar os destinatários a responderem seu email: como através de algum concurso ou benefício oferecido a quem responder. Isso ajudar muito a entregabilidade, pois a partir do momento em que há uma comunicação bidirecional entre as duas partes, a entrega na caixa de entrada tende a melhorar; 2. Já que 88% das pessoas veem emails em dispositivos móveis, é importante enviar uma versão otimizada para smartphones e colocar um link para visualização em computadores. Isso é uma quebra de paradigma, pois, normalmente, o que acontece é o contrário; 3. Informar ao destinatário, seja no newsletter ou em um link para um vídeo, como ele pode fazer para ajudar sua mensagem a chegar à caixa de entrada; 4. Se você manda versões do newsletter para visualização em computadores e dispositivos móveis atenção! Os links devem direcionar para landingpages específicas! Cuidado! Um case didático de entregabilidade Na palestra “Making it to the inbox”, houve a apresentação de um case com todos os elementos necessários para ser uma aula sobre como resolver os problemas de mensagens que caem no spam. Uma empresa do ramo de viagens estava enfrentando problemas porque boa parte de sua base não recebia as newsletters, que eram filtradas como spam. O sender score dos IPs que usavam caiu de 98% para 75% devido aos emails inválidos e spamtraps. A solução envolveu as seguintes ações: • Revisão do procedimento de opt-out: foi facilitado e incluído em local de fácil visualização em todas as mensagens; • Um call-to-action para o destinatário incluir o remetente em seu catálogo de endereços foi inserido no cabeçalho de cada mensagem; • Identificaram os contatos inativos e, após enviarem alguns emails com o objetivo de reativá-los, descartaram os emails de quem não respondeu; • Passaram a enviar conteúdo mais relevante para os usuários ativos observando o comportamento dos mesmos. Com isso, puderam identificar emails que não tinham nenhuma interação e que poderiam Marketing Direto - Março/13 - nº 130 - Ano XIII 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 26 3/12/13 2:27 PM ser spamtraps que, na opinião deles, eram a principal causa dos problemas de bloqueio e blacklists; • Contataram os principais provedores e blacklists para solicitar a remoção dos bloqueios de IPs. Os resultados foram expressivos: • Aumento no volume de emails em cinco vezes; • Taxas de abertura saltaram de 24% para 48% ao longo do ano; • - Click rate saltou de 3% para 16,9% ao longo do ano; • Todos os problemas de bloqueio e blacklists foram resolvidos; • O sender score voltou a 98%. Higienização de lista de emails Outra palestra interessante foi a “Dirt in, Dirt out”. O tema era higienização de listas e, apesar de algumas considerações óbvias, houve várias dicas interessantes. Uma delas é sobre os emails inválidos (hard bounces). Creio que uma boa parte dos leitores deve ter a noção que uma lista de email cheia de endereços inválidos afeta a entregabilidade. O que eu não sabia é que a média de destinatários inválidos gira em torno de 0,69%. Se sua taxa é superior a isso, os provedores passam a assumir que você não faz higienização de base ou, pior, está comprando listas de emails cuja procedência é duvidosa ou, ainda, que as pessoas informam endereços falsos ao se cadastrarem no seu site. Se o índice de hard bounce é superior a 1%, isso é muito problemático. Outra dica interessante é que a taxa média de reportes de spam é de 0,17%. E, como os provedores consideram muito as reclamações de spam de seus usuários como critério para filtrar ou bloquear uma mensagem, é fundamental manter sua taxa de reporte de spam abaixo desse valor. Uma das sugestões é, no momento em que a pessoa faz o opt-in para receber sua newsletter, já alinhar as expectativas do que vai receber e com que frequência. Por fim, uma aula sobre spamtraps que, como o nome diz, são endereços de emails criados para serem armadilhas para spammers. Há três tipos de spamtraps: • Honeypots: emails criados por blacklists, não para se comunicarem, mas para serem iscas para spammers. Podem usar qualquer domínio conhecido. Para os provedores, enviar email para um honeypot significa que você está colhendo emails na internet ou comprando listas sem opt-in. • Zombie accounts: emails que existem, legítimos, e que foram desativados. Após um período de 6 a 18 meses, foram reativados pelos provedores como spamtraps. Para os provedores, enviar email para zombie accounts significa que você não está removendo hard bounces quando os reporta, ou não está se comunicando regularmente com sua lista de contatos. • Typo traps: são emails digitados errados em domínios que estão registrados nas blacklists. Isso é feito por pessoas que não querem colocar o email verdadeiro para se cadastrar. E, como não há double opt-in, esses emails errados frequentemente são monitorados pelas blacklists. em seus aparelhos. De junho de 2011 a dezembro de 2012, a leitura de email em dispositivos móveis, especialmente smartphones, cresceu 138%. Se seu email não fica bem legível no smartphone, pois está criado para uma boa leitura em desktops e notebooks, 69,7% dos consumidores o deletam sumariamente. Mas, ainda há a percepção do impacto na marca, pois 51% acham negativo e 24% acham muito negativo. Além disso, os dispositivos móveis têm se tornado um filtro dos emails que são lidos posteriormente nos computadores dos usuários: 15,8% dos entrevistados sempre filtram os emails em seus smartphones, enquanto 52,8% fazem isso ocasionalmente. A boa notícia é que, uma vez que seu email marketing esteja otimizado para exibição em dispositivos móveis, a taxa de abertura de email marketing em mobile é de 43%, comparada com 32% de computadores e 25% de webmails. E para que isso aconteça você pode desde utilizar um layout com uma coluna única, fontes maiores e links baseados em imagens ou textos fáceis de clicar, a utilizar o chamado design responsivo, em que a mensagem se altera conforme o device em que está sendo exibida. O design responsivo é algo mais complexo de programar, mas é uma das tendências que existem no mercado norte-americano. Email e dispositivos móveis Uma das palestras mais interessantes do EEC foi sobre email e mobile. E, de saída, uma estatística estarrecedora: donos de smartphones leem mais email do que fazem ligações Março/13 - nº 130 - Ano XIII - Marketing Direto 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 27 27 3/12/13 2:27 PM Media social, opt-out e engajamento Por wiliam Kerniski, da Leadpix Para começar, destaco a apresentação do CEO e co-fundador da Return Path, Matt Blumberg, que teve os seguintes destaques: • Ao mesmo tempo em que os provedores (isp’s) estão diariamente trabalhando para filtrar spams, na mesma intensidade estão preocupados com a evasão dos usuários de emails que não se preocupam tanto com o volume de emails que recebem diariamente. • Media social + email marketing estão reconfigurando a forma como os usuários consomem mídia, e esta combinação reforça o email marketing como mídia de retorno efetivo para as empresas. Não dá para offsetar que 2013 terá o consumo acelerado apenas por mídias sociais, pois o email marketing foi a mídia mais efetiva em vendas em 2012, segundo a DMA. • Antes de matar a mídia email marketing dos planos de mídias, os profissionais precisam aprimorar a forma de ler resultados e, para isso, precisam coletar estes dados, acompanhar diariamente e entender que o email marketing é uma mídia de controle nas mãos de profissionais que buscam resultados efetivos e executam as ações de forma segmentada e com apelo que não afete a experiência positiva do usuário. Avalanche de impactos leva ao opt-out Painel conduzido por Loren McDonald trouxe importante aprendizado: 1. Empresas que usam o email como forma de prospectar novos clientes, ações de relacionamento, operação de win- 28 -back e continuam com resultados satisfatórios, cuidado! 2. A avalanche de impactos por diferentes canais on e offline faz com que o usuário de email marketing mude rapidamente de opinião e dê opt-out de um ou mais canais de relacionamento, mesmo que não o faça formalmente. É aí que entra o trabalho recorrente de buscar o opt-in e estreitar a experiência, a renovação da relação marca-produto/serviço-cliente/prospect. 3. “Best Practices para o Email Marketing 3.0” não se resume ao opt-in para garantir o relacionamento com permissão, mas, aplicar tecnologia e design responsivo que possa ser entregue independente do device que o usuário está usando no momento em que a comunicação chega e é aberta. 4. A experiência em diferentes formas de acesso deve ser quase a mesma, e positiva, afinal, mobile é um device que está “grudado” com os usuários diariamente, até mesmo quando acontece acesso simultâneo via desktop, tablets, etc. 5. O email marketing não é o vilão. Vilã é a forma como está sendo utilizado e exposto ao usuário! Mobile como estratégia de engajamento Após assistir o track “Strategy and Program Management - Mobile First!” divido com vocês alguns inputs: • As empresas precisam pensar em mobile marketing como estratégia de engajamento e o canal que reforça em primeiro lugar a marca e o relacionamento entre clientes e mercado, e depois como canal de vendas. • “Mobilizing making better brand visibility”. Um levantamento feito pela Verizon apontou que 40% dos emails são abertos no mobile. Isso fez com que a estratégia de marketing e comunicação da empresa revisasse o modelo de relacionamento com os clientes e prospects. • As empresas vão priorizar a oferta e quantidade de produtos/serviços ofertados para que possam atrair a atenção dos usuários que abrem os emails no mobile. Tela pequena mexeu com os marqueteiros. Hard selling não deixa de existir, apenas precisa de priorização e inteligência de marketing, saber o que, para quem, por meio de qual device se atingirá o público com a oferta. • “Create experience”. A Verizon adotou a estratégia de relacionamento focado em oferta e não ofertas. Com isso os resultados comparados entre campanha recebida no mobile X desktop apresentaram duas vezes mais engagement e 87% mais activation rate no mobile. Marketing Direto - Março/13 - nº 130 - Ano XIII 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 28 3/12/13 2:27 PM O recado aos profissionais de comunicação, marketing, agências: • Think about every interaction - channels and how consumers acess. • Be direct, keep it simple. • Ruthlessly prioritize. Para finalizar mais duas dicas: 1. As empresas não devem usar a solução de ofertar um produto via mobile e ao clicar o usuário cair no website clássico. É scroll o tempo todo. 2. “Bad experience, poor conversion rates”. Priorizar a oferta por meio do conhecimento dos hábitos de consumo, pesquisa, segmentação, ferramentas de tracking é obrigação se o objetivo for ROI. “Transformar pequeno espaço em grande resultado” – referência à tela do mobile. workshops são recheados de dicas práticas Por Solange Costa, da ADL O workshop “Peak Performance boot camp for email marketers”, com Karen Talavera e Austin Bliss foi simplesmente sensacional. Muitas dicas práticas de como trabalhar “Assunto” e conteúdo e também de como distribuir imagens e texto ao longo do email. Tivemos a oportunidade de analisar cases reais de emails dos participantes (que foram submetidos previamente), inclusive da ADL. As contribuições foram fantásticas. Já o painel “Emails We Love”, com Grant Johnson e Beth Negos Viveiros, foi um apanhado geral de melhores práticas e apresentação de cases sobre emails que as pessoas amam receber. Conceito do dia: emails devem ser utilizados para educar, divertir, informar e então, vender, nessa ordem. Engagement é a bola da vez Engagement foi a palavra de ordem no EEC 2013, em todas as sessões nas quais estive presente. Engagement é a bola da vez. O conceito diz respeito à capacidade que a empresa deve desenvolver para tornar suas ações de email marketing uma ferramenta de envolvimento do seu cliente ou prospect com a marca. Engagement deve ser o resultado disso e não o objetivo. E a cereja do bolo: só se consegue “engagement” através da emoção, ou seja, conteúdos que apelem para a emoção têm mais chance de serem abertos, lidos, clicados e de resultarem na ação esperada. Como fazer isso? Chamando a atenção, despertando o interesse e o desejo e conduzindo à ação. Difícil? Um pouco, mas não impossível. Atenção também para: • • Dicas importantes Jay Schwedelson, Presidente e CEO da Worldata, deu dicas sobre “o que está dando certo agora”. Em uma apresentação prática, precisa e bastante corrida (ele fala muito e rápido – ele mesmo diz isso) e com a autoridade de quem faz 25 mil campanhas de email marketing por ano, Jay alertou sobre os problemas típicos que os usuários de equipamentos móveis (smartphones, tablets) enfrentam quando abrem emails: tamanho das imagens e textos e tamanho dos botões para clicar (make it big). Esta é a década do “dedo” e precisamos ter link para versão móvel em nossas ações de email marketing, já que 57% da primeira abertura de email ocorrem via equipamentos móveis! • • • • • A pré-chamada: é muito importante e deve conter menos de 80 caracteres; O assunto: transmitir um senso de urgência, definir um período de tempo; uma oferta especial somente por email; A exclusividade: utilizar palavras como “Particular”, “Especial” e “Secreto”; A personalização: oferta exclusiva para usuários de determinado provedor, lista etc; Emails automáticos: enviados após uma ação realizada pelo usuário, tal como se inscrever, preencher um cadastro, etc. A ideia é agradecer e oferecer alguma coisa especial ao mesmo tempo; Imagens desabilitadas pelo provedor: deixar sempre texto substituindo imagens; Nomes dos botões que serão clicados: o nome influencia a taxa de resposta. “Clique aqui”, “Enviar” e “Iniciar” são bons nomes. Março/13 - nº 130 - Ano XIII - Marketing Direto 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 29 29 3/12/13 2:27 PM Os tempos mudaram. O jeito de conquistar seu público, tam bém. 15611_2_Rev MKD_Marco 30 4027-2_Batman 42x28.indd 13_alta.indd 1 3/12/13 2:27 PM Para acompanhar a evolução do mundo, sua estratégia de marketing direto precisa eleger e integrar as mais diferentes disciplinas. Trace o melhor caminho com uma agência especializada ou consultoria, valorize ao máximo o meio digital e a mala direta, use a força dos call centers e a inteligência do database, CRM e logística. Só com marketing direto você consegue chegar até seu cliente sem dispersão e mensurar resultados de forma precisa. É assim que cases incríveis vão entrar para a história da sua marca. Com marketing direto você pode muito mais. 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 31 www.abemd.org.br 3/12/13 2:27 PM PM 9/23/09 6:07:20 MeRcAdo Veja.com reformula sua home page A Veja.com colocou no ar sua nova home page. Segundo o veículo, com layout mais dinâmico, conteúdo diferenciado e nova forma de organização das informações. O objetivo é proporcionar uma experiência de navegação mais intuitiva aos internautas. Além das notícias sobre a sua revista, o carro chefe da Abril, traz ainda notícias, reportagens, artigos e colunistas especializados, que abordam temas relacionados à política, economia, ciência, tecnologia e variedades. Oferece também o Acervo Digital, ferramenta de pesquisa com todas as edições da revista VEJA, desde seu lançamento em 1968. CSU MarketSystem lança OPTE+ A CSU MarketSystem lançou a nova plataforma de e-commerce OPTE+. O produto é dirigido a shopping corporativo e o segmento de soluções de premiação para programas de fidelidade. A plataforma tecnológica foi desenhada com base na experiência de compra dos melhores sites de e-commerce do país e dispõe de uma série de parceiros especializados, envolvendo categorias como livros e revistas, esporte, moda, entre outros. 32 wunderman desenvolve ação interativa para Telefonica Os visitantes da Campus Party puderam participar de mais uma divertida atividade de entretenimento digital: uma claw machine controlada por smartphone. A máquina integra a ação desenvolvida pela agência Wunderman para a Telefônica Vivo. O campuseiro que tentasse a sorte, além de testar suas habilidades motoras, poderia levar para casa o mascote da Vivo, um Vivinho de pelúcia, como lembrança do evento. Virtual Target lança edição 2013 do Calendário de Datas Comemorativas Com o objetivo de facilitar a comunicação digital e auxiliar os profissionais na programação das campanhas de e-mail marketing, a Virtual Target, plataforma de envio e gestão de e-mail marketing da Serasa Experian, lançou a edição 2013 do Calendário de Datas Comemorativas. O calendário está disponível para download no link http:// emailmarketing.virtualtarget.com.br/whitepapers/calendario-2013-de-datas-comemorativas-para-campanhas-sazonais/ e pode ser utilizado em formato pdf ou ics, aplicando as comemorações diretamente no Google Calendar ou no MS Outlook. Locaweb patrocina 4ª edição do Curso Exame PME A Locaweb é patrocinadora master da 4ª edição do Curso Exame PME, que tem no programa uma série de palestras e workshops com foco na estruturação de negócios e expansão de pequenas empresas. O evento será realizado nos dias 2 e 3 de abril, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. Entre os palestrantes convidados estão Emerson Andrade, cofundador do Peixe Urbano; ElloyTuffi, fundador da Microcamp; e Vinícius Pessin, ex-diretor do UOL Host e cofundador da fornecedora de soluções para e-commerce e-Smart. Ainda estão disponíveis outras cotas de patrocínio. Marketing Direto - Março/13 - nº 130 - Ano XIII 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 32 3/12/13 2:27 PM Cannes Lions lança programa para diretores de marketing Itaú Unibanco lança plataforma digital O Itaú Unibanco reforça seu posicionamento de incentivo ao uso consciente de crédito por meio da nova plataforma digital para Crédito Consciente. A partir de vídeos estrelados pelo humorista Marco Luque, a ferramenta orientará os clientes sobre o tipo de crédito adequado a cada situação. A plataforma faz parte de uma campanha composta por anúncios, filmes, mídia exterior e spots. A criação é da DM9DDB. Deloitte lista ExactTarget por crescimento A provedora global de marketing interativo ExactTarget foi incluída pela sexta vez na lista Deloitte Technology Fast 500TM, que destaca anualmente as empresas que mais crescem nos Estados Unidos. A empresa ganhou esse posicionamento por apresentar 332% de crescimento de 2007 a 2011, aumentando a receita de 48 milhões de dólares em 2007 para 207,5 milhões dólares em 2011. O Cannes Lions está lançando o CMO Accelerator Programme, programa voltado a diretores de marketing. Liderado por Jim Stengel, ex-CMO da P&G, o programa tem suporte direto de CMOs e CEOs de agências e anunciantes que participam do festival e acontecerá simultaneamente ao Cannes Lions 2013, com duração de dois dias (21 e 22 de junho). O objetivo do projeto é reunir um seleto grupo de líderes de marketing para discutir temas como “Construindo marcas de valor”, “Como conseguir o melhor de sua agência” e “Advertiser of the year: O segredo do sucesso”. O lançamento do programa complementará as academias já existentes, permitindo oferecer um programa de aprendizagem excepcional e diversificado para todos os estágios de uma carreira. A iniciativa conta com patrocínio da MMA (Mobile Marketing Association). Paper Express é eleita entre os melhores fornecedores A Paper Express começou bem o ano, conquistando o “Melhores Fornecedores da Indústria da Comunicação 2012”, prêmio que reconhece a qualidade de serviços e produtos que as empresas oferecem ao mercado da comunicação. A empresa foi premiada em três categorias: “Melhores gráficas digitais Promocionais”, “Melhores gráficas digitais para Livros” e “Melhores gráficas digitais para Revistas”. A votação foi realizada pela Revista Negócios da Comunicação entre os meses de outubro e novembro de 2012 e contou com a participação de 17 mil executivos que atuam em empresas de comunicação. Petrobras Distribuidora anuncia agências vencedoras de licitação A Petrobras Distribuidora concluiu a licitação para contratação de serviços de publicidade e propaganda. Após a última fase do processo de habilitação documental, as agências BorghiLowe e PPR (Quê Comunicação) foram anunciadas como vencedoras da disputa e começam a atender a empresa em março. As duas agências serão contratadas por 12 meses, prorrogáveis por iguais e sucessivos períodos, não excedendo o limite de 60 meses. A verba anual total estimada é de R$ 80 milhões. A licitação, iniciada em outubro de 2012, foi realizada a partir de um processo de concorrência que contou com a participação de vinte agências. Março/13 - nº 130 - Ano XIII - Marketing Direto 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 33 33 3/12/13 2:27 PM 67% das campanhas de email marketing brasileiras chegam à caixa de entrada A Return Path divulgou os resultados de seu mais recente Estudo de Email Intelligence, que apesar de apontar crescimento na taxa de entregabilidade no Brasil, identifica queda nas taxas de leitura dos emails. Atualmente, 67% dos emails brasileiros chegam à caixa de entrada, 17% caem na caixa de spam e 16% são perdidas ou bloqueadas. Na América Latina, a taxa de entrega em caixa de entrada é de 72%, enquanto o spam fica em 10% e mensagens bloqueadas ou perdidas somam 18%. Nos Estados Unidos, esses valores são 88%, 6% e 6%, respectivamente. Na categoria de compras, por exemplo, as quedas na taxa de leitura dos emails chegaram a 15% no quarto trimestre de 2012, em comparação com o mesmo período de 2011. Outros setores tiveram quedas significativas na taxa de leitura, no acumulativo dos trimestres, incluindo redes sociais, provedores de notícias e remetentes relacionados a viagens e empregos. No entanto, nem todos os remetentes oscilaram no quarto trimestre de 2012: os 100 maiores varejistas da internet aproveitaram bem mais o engajamento de assinantes, em comparação com o longtail, e também tiveram maiores taxas de entrega na caixa de entrada, com apenas 6% de suas mensagens não alcançando o inbox de seus assinantes. A média norte americana triplicou essa taxa, com 18% das mensagens não chegando às caixas de entradas. Profissionais de marketing das áreas de finanças, negócios e imobiliárias foram os que tiveram melhores desempenhos no quarto trimestre. A entrega na pasta de spam caiu ano a ano para esses remetentes, enquanto assinantes leram uma porcentagem maior de suas mensagens, o que melhorou suas métricas gerais de engajamento. Dataminer fecha parceria para segmentação de dados A Dataminer, empresa de Database Marketing do Grupo Check Express, fechou parceria com a empresa MaisPróxima, que comercializa celulares e eletroeletrônicos. O objetivo é oferecer e segmentar base de dados de potenciais clientes Pessoa Jurídica, para que a empresa expanda seus negócios e garanta oportunidades junto ao varejo. NOVAS CONTAS A Tecnisa, empresa do mercado imobiliário, fez uma parceria com a ZipCode para a realização de uma ação com foco nas regiões de Jundiaí interior de São Paulo, e de Curitiba - PR. Ambas as bases foram definidas a partir de faixa etária e renda familiar, e contam com 50 mil e 10 mil contatos, respectivamente. Com a necessidade de uma ferramenta que aumentasse o índice de abertura das campanhas de e-mail marketing realizada pela empresa, a FastRunner, loja especializada em produtos esportivos, investiu nos serviços da Virtual Target, plataforma de envio e gestão de e-mail marketing da Serasa Experian Marketing Services. O estudo completo, incluindo infográficos, pode ser baixado aqui: http://landing.returnpath.com/eireport12Q4_br 34 Marketing Direto - Março/13 - nº 130 - Ano XIII 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 34 3/12/13 2:27 PM MERCADO DE TRABALHO O engenheiro mecânico José Mauro da Cunha é o novo presidente da Oi. Por meio de comunicado, a operadora confirma a saída de Francisco Valim, que havia sido contratado por R$ 100 milhões para comandar a empresa entre 2011 e 2015. A Claro contratou Gustavo Diament para assumir a diretoria executiva de marketing e estratégia da empresa. O executivo, que irá se reportar diretamente ao presidente Carlos Zenteno, tem a missão de criar estratégias para o fortalecimento da marca, fidelização de clientes e inovação do portfólio de produtos da operadora. Gustavo tem mais de 18 anos de atuação em marketing, planejamento estratégico eiInovação, em empresas como Nextel, Diageo, AOL e Unilever. Outra novidade é a chegada de Denis Marcel Ferreira, que assumirá a diretoria de canais indiretos. O executivo será responsável pelas áreas de recarga nacional, varejo e agentes autorizados. Ferreira tem 15 anos de experiência no segmento de telecomunicações, passando por empresas como Siemens, Brasil Telecom e Tim, onde esteve à frente de diversas diretorias e gerências nas áreas de vendas e marketing e nos mercados de consumo e corporativo. Camila Costa, há sete anos na F.biz, foi promovida a head de marcas e negócios, com foco na prospecção de novos negócios e atendimento aos clientes de bens de consumo e serviços no Brasil e América Latina. Alexandra Gomes, que integra o time de projetos desde 2010, foi promovida ao cargo de diretora de operações do mesmo grupo de clientes de bens de consumo e serviços. Rodrigo Modesto de Abreu foi eleito pelo conselho de administração da TIM como o novo presidente da operadora, em substituição a Andrea Mangoni. Abreu, que atuava como presidente da Cisco, começa sua gestão na TIM com o desafio de melhorar a imagem da marca junto ao mercado e aos consumidores. Abreu, que foi ainda presidente da Nortel Networks no Brasil e CEO da Promon Tecnologia, é formado em engenharia elétrica pela Universidade de Campinas e possui ainda MBA pela Stanford Graduate School of Business. A Sunset anuncia a chegada de Pipo Calazans para assumir o posto de chief creative officier. Com isso, ele deixa a sociedade na One Digital, agência interativa independente controlada por Michelle Matsumoto. Na Sunset, Calazans substituiu Marcelo Zampini (que respondia como vice-presidente de criação desde o início de 2011) e também vai responder pelas áreas online e off-line. A Zipcode contratou Felipe Mesquita para assumir o cargo de gerente de contas. Com o desafio de estabelecer relacionamento efetivo, o executivo chega para gerenciar as mais diversas carteiras de clientes. Graduado em administração de empresas, ele conta com mais de cinco anos de experiência no mercado de informações, base de dados e marketing service, a maior parte deles vividos no departamento de contas estratégicas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A Locaweb anuncia Flávio Jansen como novo presidente da companhia. Um dos fundadores e até então presidente, Gilberto Mautner, vai continuar fazendo parte do conselho da companhia e atuará mais ativamente nos comitês de tecnologia, inovação e produtos, áreas de seu maior interesse. Com mais de 20 anos de experiência no mercado de TI, o executivo integra, desde 2008, o Conselho de Administração da Locaweb, atuando nas definições de metas e objetivos. Flávio Jansen é graduado em Engenharia Elétrica, com ênfase em eletrônica pela Puc-RJ. Em sua trajetória atuou em diversas empresas de internet, tendo sido co-fundador e CEO do site Submarino, além de membro do conselho de administração da Digipix, Lojas Quero Quero e Grupo Ibmec. Março/13 - nº 130 - Ano XIII - Marketing Direto 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 35 35 3/12/13 2:27 PM MeRcAdo novoS ASSociAdoS goPointS tecnologiA de incentivoS Atividades:Marketing de Incentivo e Programa de Fidelização Histórico: Criada em 2010 pelo engenheiro eletrônico Carlos Kelner e pelo analista de sistemas Giuliano Soares, a GoPoints tem entre seus casos de sucesso grandes nomes como Diageo, BR Pharma, Hering, TIM Celular, Banco BMG, Porto Seguro Seguradora, TRIP Linhas Aéreas, Grupo RBS e outros. Localidades em que atua: Em todo território nacional Representante: Carlos Kelner Site: www.gopoints.com.br leituRA Foco no cliente certo O livro apresenta as ferramentas necessárias para prosperar em um mundo que exige uma abordagem de foco no cliente. Lançado no Brasil pela Elsevier, o livro faz parte da série profissional Wharton e revela como aumentar os lucros a partir de seus melhores clientes, como identificar os que são mais valiosos e como evitar investir demais em clientes que não trazem vantagem estratégica em relação à concorrência. O objetivo do autor Peter S. Fade é dar uma explicação clara e concisa do que é e do que não é foco no cliente, ajudar o leitor a entender por que a mentalidade de foco no cliente pode ser crucial para o sucesso financeiro no mundo super acelerado e super competitivo de hoje e também ajudar a contornar as armadilhas que as outras empresas enfrentaram ao tentarem implementar iniciativas de foco no cliente. Foco no cliente certo Autor: Peter S. Fade Editora: Campus/Elsevier 152 páginas Profissionais: - Guilherme Baruch – PR - Pérsio Antonio de Campos Oliveira – SP Marketing Trends 2013 Este livro é o resultado de um trabalho sistemático e permanente do corpo de consultores do MADIAMUNDOMARKETING, mapeando, rastreando, copilando, organizando e analisando informações, com o objetivo de identificar as mais importantes tendências do marketing e dos negócios para os próximos anos. Seu conteúdo conta com a colaboração inestimável de todos os alunos do MBA em Marketing da MADIA MARKETING SCHOOL, no processo de discussão, validação e seleção dessas tendências. Marketing Trends 2013 é o 14° livro desta série. Marketing Trends 2013 Autor: Francisco Alberto Madia de Souza Editora: M.Books 220 páginas 36 Marketing Direto - Março/13 - nº 130 - Ano XIII 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 36 3/12/13 2:27 PM DEU NA ImprensA A palestra promovida pela ABEMD no dia 25 de fevereiro foi notícia no site Cliente SA, no dia 14-02. Já no dia 15 de fevereiro, o portal divulgou uma pequena entrevista realizada com o presidente da entidade, Efraim Kapulski, sobre marketing de relacionamento. Março/13 - nº 130 - Ano XIII - Marketing Direto 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 37 37 3/12/13 2:27 PM cAuSoS do MARKeting diReto O jogo do ganha-ganha FERNANDO GUIMARÃES, diretor de redação do site A Zona de Desconforto (azonadedesconforto.com.br) Meu neto de 3 anos adora jogar no iPad. Fica entretido horas e, de vez em quando, ouve-se exclamar: “Doga! Pedi!”, ou “Ê! Ganhei!” Ele é daquela geração que passa o dedo nas revistas impressas, tentando mudar de aplicativo. Usar um tablet é nativo para ele. A geração dos profissionais que estão entrando no mercado não nasceu com iPad na mão, mas eles já jogavam no PC desde pequenininhos. Claro que não passam os dedos nas revistas, mas “game-thinking” e “game-mechanics”, isto é, o raciocínio associado aos jogos, fazem parte integrante do modo como esse pessoal da chamada Geração Y, ou Millennials, ou Geração C (de Conectados) aprende qualquer coisa nova. Não é por coincidência, portanto, que a “gamification”, o uso da linguagem e das técnicas dos games em outros contextos, para envolver os usuários e resolver problemas, esteja ganhando tanta força em todo o mundo. No Brasil, presto consultoria para a Centesimo é uma das primeiras empresas a usar “gamification”, principalmente em estratégias de relacionamento. Ricardo Infantozzi, fundador, contou-me esta semana um “causo” interessantíssimo. O cliente era uma grande empresa farmacêutica e o desafio aumentar a produtividade da equipe de vendas da área odontológica. A solução foi desenvolver um programa de relacionamento/treinamento usando a linguagem de games, ou seja, um negócio bem visual, interativo e lúdico. Resumidamente, o conteúdo era passado por HQs animadas e jogos de perguntas e respostas. Numa segunda 38 fase, entravam jogos mais sofisticados, inclusive na primeira pessoa, ou seja, aqueles tipos de jogos em que a tela é como se fosse o seu campo de visão e você, ao jogar, interage diretamente com ambientes e outros personagens. Desafio adicional: envolver os gerentes mais antigos que, por serem de gerações anteriores, achavam os games uma bobagem e uma perda de tempo. Aos poucos, o entusiasmo dos vendedores mais jovens e os resultados indiscutíveis foram quebrando as barreiras. Mas um gerente em particular resistiu bravamente por mais tempo. A questão, para ele, era de outra ordem. Como eles tinham que fazer os treinamentos, ou seja, “jogar”, em casa, ele considerava que isso o afastava ainda mais da família. Até que um dia um dos seus filhos pequenos “flagrou-o” jogando no escritório. Primeiro, o garoto achou muito estranho o pai estar “jogando um game”. Depois, ficou interessado e começou a jogar com o pai (nem precisa dizer que os resultados dos jogos melhoraram muito). A experiência foi trazida para a empresa e compartilhada com os demais gerentes e vendedores. Daí pra frente, o programa de treinamento tornou-se um elemento forte também de agregação familiar. E os resultados ficaram ainda melhores! Você também é convidado para ser colaborador da revista Marketing Direto. Compartilhe seus “Causos” com os leitores da revista e ajude a resgatar esse lado folclórico do Marketing Direto brasileiro. Escreva para: [email protected] Marketing Direto - Março/13 - nº 130 - Ano XIII 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 38 3/12/13 2:27 PM 4027-3_ Os tem pos mudaram. O jeito de conquistar seu público, tam bém. Para acompanhar a evolução do mundo, sua estratégia de marketing direto precisa eleger e integrar as mais diferentes disciplinas. Trace o melhor caminho com uma agência especializada ou consultoria, valorize ao máximo o meio digital e a mala direta, use a força dos call centers e a inteligência do database, CRM e logística. Só com marketing direto você consegue chegar até seu cliente sem dispersão e mensurar resultados de forma precisa. É assim que cases incríveis vão entrar para a história da sua marca. Com marketing direto você pode muito mais. 15611_2_Rev 39 4027-3_ObamaMKD_Marco 21x28.indd 13_alta.indd 1 www.abemd.org.br 3/12/13 2:27 PM PM 9/23/09 6:07:43 15611_2_Rev MKD_Marco 13_alta.indd 40 3/12/13 2:27 PM