1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE ODONTOLOGIA FERNANDO SUPTITZ HOLDERIED GIOVANO SALVATI AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE INFORMAÇÃO SOBRE DOENÇAS PERIODONTAIS DOS PACIENTES EM TRATAMENTO NA CLÍNICA DE PERIODONTIA DA UNIVALI Itajaí, (SC) 2011 2 FERNANDO SUPTITZ HOLDERIED GIOVANO SALVATI AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE INFORMAÇÃO SOBRE DOENÇAS PERIODONTAIS DOS PACIENTES EM TRATAMENTO NA CLÍNICA DE PERIODONTIA DA UNIVALI Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial para obtenção de créditos da Disciplina de Metodologia Científica do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí. Orientadora: Profª. Dra. Constanza Marín de los Rios Odebrecht Itajaí, (SC) 2011 3 FERNANDO SUPTITZ HOLDERIED GIOVANO SALVATI AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE INFORMAÇÃO SOBRE DOENÇAS PERIODONTAIS DOS PACIENTES EM TRATAMENTO NA CLÍNICA DE PERIODONTIA DA UNIVALI Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de cirurgião-dentista, Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí, aos XX dias do mês de maio do ano de dois mil e onze, é considerado aprovado. Profª Dra. Constanza Marín de los Rios Odebrecht (Presidente) _________________________________________________________________________ Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) Profª. _________________________________________________________________________ Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) Prof. ________________________________________________________________________ Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) 4 AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE INFORMAÇÃO SOBRE DOENÇAS PERIODONTAIS DOS PACIENTES EM TRATAMENTO NA CLÍNICA DE PERIODONTIA DA UNIVALI. Fernando SUPTITZ HOLDERIED e Giovano SALVATI Orientadora: Profª Dra. Constanza M. de los Rios ODEBRECHT Data de defesa: maio de 2011 Resumo: Introdução:A prevenção e o tratamento da doença periodontal são dependentes da participação ativa do paciente. Um paciente bem informado e motivado poderá realizar melhor a sua higiene bucal e tomar atitudes relacionadas com a preservação de sua saúde. Objetivo: Avaliar o nível de conhecimento sobre doenças periodontais, a percepção de higiene bucal e os hábitos de higiene bucal dos pacientes em tratamento das Clínicas de Periodontia I e II da Univali no segundo semestre letivo de 2010. Materiais e Métodos: Foi constituída uma amostra não probabilística de 40 pacientes, sendo 23 homens (com idade entre 30 a 80 anos) e 17 mulheres (com idade entre 30 e 66 anos). O instrumento para a coleta de dados foi um questionário com questões fechadas, aplicado pelos alunos da clínica durante a anamnese. Resultados: Os pacientes em geral demonstraram conhecimento básico em relação às doenças periodontais e os métodos de higiene e se mostraram insatisfeitos com a aparência de seus dentes e a saúde de suas bocas. Conclusão: Mesmo com o conhecimento básico sobre as doenças periodontais e a forma como deve ser realizada a higiene, os pacientes ainda possuem pouca informação sobre etiologia das doenças, características clínicas e a forma como doenças periodontais progridem, necessitando assim receber uma maior atenção por parte dos responsáveis pelo tratamento, tornando-os diagnosticador dos seus problemas periodontais precocemente. Palavras chaves: Conhecimento; Educação em Saúde Bucal; Gengivite; Periodontite. 5 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 04 2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 06 3 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 19 4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................ 20 5 DISCUSSÃO ......................................................................................................... 27 6 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 31 7 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 32 8 ANEXO ................................................................................................................... 34 6 1 INTRODUÇÃO A doença periodontal representa um dos grandes problemas de saúde pública pela prevalência relativamente alta mesmo nos países desenvolvidos. No Brasil, 78% da população adulta apresenta algum tipo de doença periodontal (BEZERRA et al., 2003). A placa bacteriana é o principal fator etiológico responsável pela doença, e sua remoção, ou desorganização, está intimamente relacionada com a prevenção e o sucesso do tratamento periodontal. Sendo assim, é necessário melhorar os hábitos e o comportamento das pessoas, procurando modificá- los ou aperfeiçoá-los, visando à melhora do seu estado de saúde (MARIM et al. 2008). A prevenção desta doença está intimamente relacionada com processos de educação e motivação do paciente e/ou da população. Medidas de higiene bucal adequada são extremamente eficazes no combate à doença. No entanto, uma vez instalada a doença, faze-se necessária a realização de tratamento clínico cujo sucesso, também, está relacionado à educação em saúde. Portanto, uma higienização adequada proporciona melhor qualidade de saúde às pessoas. Considerando-se a importância do processo educativo, tanto na prevenção como para o sucesso do tratamento da doença periodontal, realizamos este estudo com o objetivo de avaliar o conhecimento sobre doença periodontal dos pacientes da clínica de Periodontia do curso de Odontologia da Univali, antes do início do tratamento a que serão submetidos. A partir da obtenção dos resultados desta investigação, pretende-se proporcionar uma base para motivar os acadêmicos, futuros profissionais, quanto à importância de se adotar procedimentos clínicos. procedimentos educativos simultaneamente aos 7 2 REVISÃO DE LITERATURA Unfer e Saliba (2000) avaliaram o conhecimento popular e as práticas cotidianas em saúde bucal de usuários de serviços públicos de saúde. A população estudada foi selecionada a partir de uma amostra estratificada de usuários que procuraram atendimento nas unidades sanitárias da zona urbana de Santa Maria, RS. Os dados foram coletados por meio de entrevista semi-estruturada e organizados em conjuntos de categorias descritivas, permitindo sua distribuição em tabela de frequência. Através dos resultados obtidos verificou-se que predominam usuários entre 21 e 40 anos de idade, do sexo feminino e com padrão socioeconômico baixo. A busca pela saúde e o controle das doenças bucais são atribuídos à responsabilidade individual de realizar a higiene bucal e procurar tratamento dentário. A presença e os benefícios do flúor no creme dental e na água de beber não foram reconhecidos pela população estudada. Os autores concluíram que programas de saúde devem considerar os aspectos relativos ao conhecimento e as práticas em saúde bucal, para viabilizar o processo de capacitação da população e promover a responsabilização coletiva da promoção da saúde em todos os níveis da sociedade. De Micheli et al. (2001) avaliaram a importância do tratamento periodontal de suporte (TPS) para a manutenção da saúde do periodonto, conhecer a porcentagem e as características dos pacientes que cooperam assiduamente com o TPS e identificar as condutas mais eficientes para obter a cooperação consciente desses pacientes. Os trabalhos consultados sugerem que somente com o TPS é possível atingir os objetivos de prevenir ou reduzir a recorrência da doença periodontal (DP), a incidência da perda de dentes, de implantes dentários e/ou condições encontradas na cavidade bucal que interferem na DP. A porcentagem de cooperação dos pacientes vem aumentando com o passar dos anos. Esse aumento de cooperação, entretanto, está intrinsecamente relacionado aos esforços que os profissionais têm enviado para identificar, logo de início, os pacientes não cooperadores, adotando métodos individuais de instruções de higiene bucal e de motivação. Os autores concluíram que o TPS é parte essencial do tratamento periodontal, e a comunicação é a chave para o sucesso desse tratamento, a longo prazo. 8 Silva e Fernandes (2001) estudaram a auto percepção das condições de saúde bucal de idosos e analisaram os fatores clínicos, subjetivos e sócio demográficos que interferem nessa percepção. Participaram do estudo 201 pessoas, dentadas, com 60 anos ou mais, funcionalmente independentes, que frequentavam um centro de saúde localizado em Araraquara, SP, Brasil. Foi aplicado questionário com questões sobre as características sociodemográficas da amostra, a auto percepção da condição bucal e o índice Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI). Realizou-se exame clínico para determinar a prevalência das principais doenças bucais. Foram usados testes estatísticos para determinar a associação das variáveis sociodemográficas e clínicas e do índice GOHAI com a autopercepção da condição bucal e a identificação dos preditores da auto-avaliação. O exame clínico revelou grande prevalência das principais doenças bucais, apesar de 42,7% das pessoas avaliarem sua condição bucal como regular. As variáveis associadas à auto-avaliação foram: classe social, índice de GOHAI, dentes cariados e indicados para extração. A análise multivariada mostrou que os preditores da autoavaliação foram o GOHAI, os dentes com extração indicada e o índice Community Periodontal Index and Treatment Needs. Esses preditores explicaram 30% da variabilidade da auto-avaliação. Os autores concluíram que a percepção da saúde bucal teve pouca influência nas condições clínicas, mostrando ser necessário desenvolver ações preventivas e educativas para a população. Magalhães (2002) estudou dois métodos de motivação em 37 pacientes para um melhor controle da placa. Os pacientes possuíam idades variando entre 18 e 71 anos, sendo que 24 eram do gênero feminino e 13 do gênero masculino. Os pacientes foram divididos em dois grupos: o grupo I recebeu orientação direta, que era feita no consultório informando os pacientes sobre a placa bacteriana e suas consequências, a técnica de higienização (escovação e fio dental) que deveriam executar, associada à orientação indireta, através da apresentação de uma palestra com o uso de diapositivos ilustrativos que mostrava a placa bacteriana, casos clínicos de doença periodontal e ilustrações sobre a técnica correta de higienização; o grupo II recebeu somente a orientação direta. Os pacientes foram avaliados através do registro de seus índices de placa e sangramento gengival durante um período de 4 meses. Foram feitas 8 avaliações com intervalos que variavam inicialmente em 1 semana, depois 2 semanas e finalmente 1 mês. Os resultados obtidos mostraram que o grupo I obteve maior redução nos índices de placa e 9 gengival, apresentando resultados significantemente superiores (p < 0,05) ao grupo II. Assim, o autor concluiu que a orientação direta associada à orientação indireta é o método mais eficiente quando comparado com a orientação direta na motivação de pacientes para melhor controle de placa. Petry e Toassi (2002) avaliaram a eficácia de duas estratégias motivacionais em relação ao controle do biofilme dental e sangramento gengival em 135 escolares da rede estadual e municipal de ensino do município de Santa Tereza, RS, 1999. O programa de motivação a que os escolares tinham acesso constou da utilização de diversos recursos aplicados em dois grupos de intervenção: Grupo A, motivação em sessão única, e Grupo B, motivação em quatro sessões. Para a avaliação da metodologia empregada foram realizados levantamentos do índice de placa visível (IPV) de Ainamo & Bay (1975), e do índice de sangramento gengival (ISG). Em ambos os grupos houve redução tanto do ISG quanto do IPV após as sessões de intervenção (p<0,001). Adicionalmente, quando comparados entre os grupos, o ISG, e mais marcadamente o IPV, apresentaram redução altamente significativa no grupo de intervenção B quando comparado a A (p<0,001). Os autores concluíram que os reforços motivacionais em programas educativos preventivos atuam positivamente para a redução do biofilme dental e sangramento gengival Santos, Rodrigues e Garcia (2002) avaliaram o conhecimento relacionado à saúde bucal de professores de ensino fundamental de escolas particulares da cidade de Araraquara. O instrumento de análise baseou-se em um questionário composto de questões fechadas e abertas, relativas à etiologia, prevenção e evolução da cárie dental e doença periodontal e fonte de informações sobre saúde bucal. Os autores concluíram que o conhecimento odontológico apresentou limitações, sugerindo a necessidade da elaboração de programas educativos direcionados a essa população. Aquilante et al. (2003) avaliaram a eficácia de um Programa de Educação em Saúde Bucal, pautado na verificação da performance de higiene do paciente através do índice PHP (componente psicomotor) e de uma entrevista baseada num questionário elaborado para avaliar os conhecimentos sobre saúde bucal (componente cognitivo). Participaram da parte experimental as crianças da turma do Pré, do ano 2001, da EMEI Gasparzinho (Bauru-SP), que possuíam 6 anos completos desde o início até o final do experimento (o que gerou uma amostra final de 44 crianças). O procedimento, anteriormente e logo após a jornada educativa, na 10 aplicação dos questionários e no levantamento do índice de placa. Os resultados demonstraram que houve aumento da ordem de 16% no nível de conhecimento sobre saúde, bem como redução de 0,63 (o que corresponde a 15,5%) no índice médio de placa. Os autores concluíram que os programas educativos promovem o aumento do conhecimento sobre Saúde Bucal e a redução do índice de placa. Bortoli et al. (2003) avaliaram a auto percepção de saúde bucal em adultos pertencentes ao Grupo de Educação Continuada para a Terceira Idade da UEPG, assim como sua relação com um indicador subjetivo de impactos das condições bucais na qualidade de vida (OHIP-14) e indicadores clínicos (CPO-D e CPI). Foram aplicados dois questinários: auto percepção de saúde bucal e Oral Health Impact Profile (OHIP-14), e os indivíduos submeteram-se a exames clínicos de acordo com a metodologia proposta pela OMS. Os resultados revelaram que 42,1% dos indivíduos consideraram sua saúde bucal “regular” e 44,7% a consideraram “boa”. Quanto à percepção de doenças bucais, 39,5% afirmaram possuir problemas com os dentes e 36,8% com as gengivas. De acordo com as respostas obtidas através da aplicação do questionário OHIP-14, 60,5% não apresentaram impacto das condições bucais em sua qualidade de vida. Através da análise de regressão linear simples observou-se uma correlação de -0,46 (p=0,004) entre o OHIP-14 e a auto percepção de saúde bucal e de -0,56 (p=0,04) entre esta e o índice CPI. Não houve correlação significativa entre o OHIP-14 e o índice CPO-D nem entre a auto percepção e esse índice. Através da análise de regressão linear múltipla, evidenciou-se que 52% da auto percepção de saúde bucal nesse grupo de indivíduos pode ser explicada pelo indicador subjetivo (OHIP-14) e o de problemas periodontais (CPI). Couto, Couto e Duarte (2003) realizaram uma pesquisa com a finalidade de avaliar clinicamente, o efeito de um programa de comunicação na motivação de pacientes à higiene bucal e ao tratamento periodontal de manutenção. Para tanto, foram tratados 112 pacientes em clinica periodontal privada. Destes, 103 pacientes concluíram a fase ativa do tratamento periodontal. Os pacientes que deixaram de comparecer às consultas por duas vezes consecutivas, ou três alternadas, ou não compareceram à consulta no prazo máximo estabelecido de 40 dias, foram eliminados do programa, ao final do experimento. Cumpridos todos os procedimentos relatados, para efeito de análise estatística, foi possível avaliar os resultados obtidos de 72 pacientes, sendo 36 de cada grupo – representados por 45 11 do sexo feminino e 27 do sexo masculino – cujo acompanhamento ocorreu durante 8 (oito) períodos, dos quais 5 (cinco) períodos aconteceram durante o tratamento periodontal de manutenção realizados a cada três meses. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com a técnica de comunicação aplicada, ou seja; grupo experimental: Técnica de Comunicação direta direcionada aos canais de Comunicação do paciente (Visual, Auditivo e Cinestésico) e aplicação do Kit Periomotivacional (modelos tridimensionais, macromodelos, pôster, prospectos, fascículos de prevenção e filme em videocassete). Grupo controle: comunicação verbal direta, fazendo-se uso da realidade bucal do paciente e de um espelho de mão. A análise estatística dos resultados obtidos mostrou que os pacientes do grupo experimental foram os que apresentaram os melhores resultados, conseguindo a média de retorno de 73,9% e o grupo controle de 54,4%. No oitavo período de observação, a percentagem média de placa dos pacientes que compareceram à consulta se reduziu de 88,55% a 22,9% no grupo experimental e de 89,1% para 31,8% no grupo controle. Santos, Rodrigues e Garcia (2003) avaliaram o conhecimento e as atitudes relacionadas à cárie dental e doença periodontal de professores de ensino fundamental da rede pública, da cidade de Araraquara, SP - Brasil, bem como seu comportamento com relação à higiene bucal. O instrumento de análise baseou-se em um questionário, composto de questões fechadas e abertas, relativas à etiologia, prevenção e evolução da cárie dental e doença periodontal, atitudes relacionadas ao comportamento de higiene bucal e fonte de informações sobre saúde bucal. Os autores concluíram que, embora as atitudes relacionadas à saúde bucal da população estudada tenham se mostrado positivas, o conhecimento odontológico apresentou limitações, sugerindo a necessidade de estabelecer programas educativos direcionados a esta população. Ferreira et al. (2004) descreveram a experiência do programa educativo desenvolvido em uma Unidade Básica de Saúde de Campinas, São Paulo, e discutiram, com base em uma revista da literatura, a educação em saúde bucal para pacientes adultos. A partir da discussão que esse tema propicia, sugere-se que os adultos sejam mais valorizados porque podem atuar não apenas como pacientes, mas também como multiplicadores dos aconselhamentos e instruções. No entanto, as práticas educativas devem considerar os determinantes sociais das afecções bucais e a equipe de saúde bucal deve compreender que a motivação contínua dos 12 educandos é mais efetiva do que a imposição de técnicas padronizadas e a prescrição de materiais dispendiosos, para a higiene bucal. Pinto, Bonam e Garcia (2004) avaliaram o conhecimento de adolescentes pertencentes à uma escola da rede privada de ensino sobre cárie dental e doença periodontal. Foram selecionados 263 indivíduos, de ambos os sexos, de 10 a 14 anos de idade, matriculados nas 5ª a 8 ª séries em uma escola particular da cidade de Araraquara-SP. O instrumento de análise selecionado foi um questionário aplicado em sala de aula por um cirurgião-dentista devidamente treinado. Observouse que o cirurgião-dentista foi a principal fonte de informações sobre a cárie dental e doença periodontal (69,2%), tendo a família (4,9%) e a escola (6,8%) também sido mencionadas. Com relação à cárie dental, 19,1% dos adolescentes avaliados responderam não possuir conhecimento a seu respeito, 55,5% referiram-se inadequadamente à cárie como sendo bactérias ou microorganismos e apenas 3,8% souberam explicá-la adequadamente. Quanto à doença periodontal, 69,6% não souberam defini-la, e apenas 7,2% o fizeram de maneira correta. De acordo com a metodologia aplicada, os autores concluíram que embora os adolescentes tenham como fonte de transmissão de conhecimentos o cirurgião-dentista, o seu conhecimento sobre cárie dental e doença periodontal é deficiente, sugerindo que também esse público deva ser alvo de campanhas educativas. Uemura et al. (2004) relataram o caso clinico de um paciente portador de deficiência mental e auditiva atendido na Disciplina de Pacientes Especiais da Faculdade de Odontologia da UNIBAN, apresentando higiene bucal precária, em que a utilização de figuras como meio para motivação e educação em saúde bucal, superou a dificuldade de comunicação imposta pelas patologias melhorando a condição bucal do paciente. Dutra e Ferreira (2005) analisaram a capacidade de dois projetos de Educação em Saúde Bucal, um individual e outro coletivo (grupo focal), de motivar práticas de auto cuidados e modificações de comportamento em pacientes submetidos à manutenção periodontal. A amostra foi constituída de 50 pacientes que receberam tratamento periodontal e estiveram em tratamento no projeto de Terapia Periodontal de Suporte da FOUFMG, no ano de 1999. Utilizou-se o IHO-s (Índice de Higiene Oral-simplificado) e a PSSS (Porcentagem de Sangramento à Sondagem por Sítio) como medidas a serem analisadas. O programa individual trabalhou com entrevistas estruturadas, pré-testadas num piloto, para levantar as 13 dúvidas dos pacientes, e estas dúvidas foram trabalhadas por meio de material educativo (folders e cartilha). As sessões de educação em saúde ocorreram em intervalos mensais, durante 4 meses, quando foram, paralelamente, coletados o IHO-s e a PSSS de cada paciente. Na última sessão foi realizada outra entrevista para avaliar a apreensão do conteúdo trabalhado, o desenvolvimento do auto cuidado e as mudanças comportamentais relatadas. O programa coletivo trabalhou através de grupos focais com um roteiro não estruturado, mas seguindo os mesmos conteúdos aplicados no individual, com os mesmos intervalos de tempo. A avaliação foi feita no último grupo focal, com os mesmos parâmetros utilizados no trabalho individual. Na análise dos resultados, utilizou-se o teste do c2, evidenciando a homogeneidade dos grupos quanto a idade, gênero e classe econômica. Para avaliar os IHO-s e PSSS, foram computadas as variações médias das medidas de cada paciente no tempo de duração dos programas. Os dados foram agrupados e posteriormente, submetidos ao teste T-student para verificar a significância dos resultados. Observou-se, na análise dos dados das PSSS, bem como na dos IHO-s, que a redução foi mais homogênea, maior e estatisticamente signifcante (p < 0,0005) nos pacientes do programa coletivo em relação aos do programa individual. Os autores concluiram que, para esses pacientes, o programa com metodologia coletiva foi mais efetivo na motivação para o auto cuidado do que para os pacientes da metodologia individual. Micheli et al. (2005) demonstraram a importância dos controles periódicos de manutenção do tratamento periodontal , aumentando desta forma as possibilidades de sucesso a longo prazo. Nos trabalhos estudados foi observado que pacientes não-colaboradores após o tratamento periodontal apresentaram periodontite recorrente com uma taxa de perda de inserção de 3 a 5 vezes; relataram ainda que a incidência de perda dental é inversamente proporcional à frequência das consultas de terapia periodontal de suporte, ou seja, quanto mais espaçado o intervalo da manutenção, maior será a mortalidade dentária. Os resultados mostraram que com o controle e a manutenção, é possível prevenir ou reduzir a recorrência da doença periodontal, a incidência da perda de dentes e/ ou implantes. Tem sido observado que o aumento na porcentagem de cooperação dos pacientes é responsabilidade do clínico, que percebe desde o início os pacientes não-colaboradores, para assim adotar métodos individuais de motivação. Os autores concluíram que a contínua realização da manutenção é fundamental para melhores resultados de um paciente 14 tratado, demonstrando também que a contínua comunicação beneficiará o paciente em longo prazo. Trentin et al. (2005) avaliaram o riscos comportamentais, psicossociais e de gênero na prevalência e severidade da doença periodontal. Este estudo constitui-se de uma amostra de 58 pacientes entre 20 e 57 anos, sendo 48 por cento do sexo masculino e 52 por cento do feminino. Como instrumentos foram utilizados um questionário para avaliar os fatores de risco comportamentais dos indivíduos e um exame clínico intrabucal para avaliar a condição periodontal de cada paciente. Quanto ao envolvimento periodontal independente do gênero, 39 por cento dos pacientes apresentaram periodontite moderada (bolsa 4-6mm) e 36 por cento, periodontite severa (bolsas > 6mm). Os autores chegaram à conclusão que a presença de uma significativa correlação da severidade da doença periodontal com os fatores de risco comportamentais e socioeconômicos analisados neste trabalho. Este resultado vem corroborar estudos que afirmam que os estímulos estressores podem ter essa correlação. Figueiredo, Wassal e Flório (2006) avaliaram a associação entre algumas características sócio-demográficas, como idade, gênero, condição econômica, nível de escolaridade e estilo de vida em relação aos impactos dos problemas de saúde bucal. A amostra foi constituída por 997 respondentes e foi selecionada através da população cadastrada no Programa de Saúde da Família. Os resultados permitiram concluir que a idade e o gênero não apresentaram relação com a escolha de estilo de vida saudável. A condição econômica e o nível de escolaridade apresentaram relação com a escolha de estilo de vida, sendo que indivíduos em classificações econômicas mais favorecidas e maior nível de escolaridade apresentavam um estilo de vida mais saudável. Os resultados mostraram também que o estilo de vida em saúde bucal não apresentou relação com a frequência de impactos dos problemas de saúde bucal e que o contexto de vida aos quais os indivíduos pertenciam, que foi avaliado através da condição econômica, possuía mais peso sobre a freqüência de impactos dos problemas de saúde bucal do que o estilo de vida adotado por estas pessoas. Staut e Fregoneze (2006) experimentaram e avaliaram a eficiência de 3 métodos diferentes de controle de placa bacteriana em indivíduos portadores de deficiência visual, comparando a escovação habitual (grupo A), escovação orientada (grupo B) e associação da escovação habitual com bochechos diários de 15 enxaguatório bucal a base de triclosan (grupo C). Foi realizada a mensuração do IHO-S (Índice de Higiene Oral Simplificado) antes e após duas semanas da utilização de cada um dos métodos. Os resultados demonstram uma redução da placa bacteriana estatisticamente significativa de 30% no grupo A, 37% no grupo B e 45% no grupo C. Através dos resultados obtidos os autores chegaram à conclusão que apenas a motivação para higiene bucal gerou uma diminuição de placa em todos os indivíduos estudados. O método de higiene que demonstrou uma redução mais efetiva foi à escovação habitual com bochechos de enxaguatório bucal a base de triclosan; embora esta redução não seja estatisticamente significativa entre os grupos, pode ser considerada clinicamente relevante. Henriques et al. (2007) verificaram a saúde bucal e a auto-percepção de 61 idosos atendidos na FOAR/UNESP, no ano de 2001. Para avaliação da autopercepção utilizou-se o Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI) e o questionário proposto por Silva & Castellanos Fernandes (2001). Um examinador realizou exame clínico e adotou-se (0) para ausência e (1) para presença de problemas periodontais ou cárie radicular e, quando da presença de próteses (0) para não funcionais e (1) para funcionais. Realizou-se análise descritiva das variáveis. Testou-se a reprodutibilidade a auto-percepção pelo texte e estatística de Kappa (κ). Os pacientes foram agrupados em autopercepção “ótima”, “regular” e “ruim”. A associação com doença periodontal, cárie radicular e uso de prótese foi realizada pelo teste de qui-quadrado ou teste exato de Fisher, com significância de 5%. A maioria dos idosos afirmou nunca ter sofrido limitações devido a seus dentes, gengivas ou próteses, entretanto, o Índice GOHAI global foi de 27,77, característico de uma autopercepção ruim. Observou-se que 56% dos idosos apresentaram doença periodontal, 38% cárie radicular e 92% dos idosos eram usuários de próteses não funcionais. Houve baixa concordância entre os diferentes métodos de avaliação (κ = 0,087) e associação não significativa entre o índice GOHAI e doença periodontal (χ2=0,856; p=0,5133), cárie radicular (χ2=0,002; p=0,9636) e o uso de próteses (Exato de Fisher: p=0,3286). Os autores concluíram que as condições de saúde bucal apresentaram-se insatisfatórias e a auto-percepção mostrou-se ruim, com associação não significativa com as variáveis clínicas doença periodontal, cárie radicular e uso de prótese. Nuto, Nations e Costa (2007) analisaram concepções, crenças, atitudes e modelos explicativos para a doença em portadores de periodontite crônica, visando 16 a colaborar na comunicação clínica entre cirurgiões-dentistas e pacientes, e contribuir para a adesão consciente ao tratamento. A amostra da pesquisa constou de vinte pacientes provenientes dos cursos de especialização em periodontia da Universidade de Fortaleza e da Associação Brasileira de Odontologia, em Fortaleza, Ceará, Brasil. A coleta de dados deu-se no período de outubro de 2004 a janeiro de 2005. Referencial metodológico qualitativo foi utilizado para a interpretação da subjetividade dos pacientes. Entrevistas semi-estruturadas foram realizadas no intuito de obter relatos de "experiências vividas" dos doentes. Para a análise temática do discurso, empregaram-se: as categorias empíricas constituídas no próprio estudo, as frequências simples, os percentuais calculados e o refinamento das classificações por temas. A partir dos relatos examinados, os autores concluíram que os pacientes compreendem o processo saúde-doença periodontal por meio da intermediação do conhecimento popular e científico, do envolvimento das condições de vida e de trabalho e do acesso ao serviço de qualidade, ou seja, eles não incorporam somente o discurso biomédico. Pontes et al. (2007) verificaram se os alunos do último semestre do Curso de Odontologia da UNIFOR têm motivação e conhecimento sobre higiene bucal, avaliando sua capacidade em manter um adequado controle de placa em função da frequência de escovação e utilização de métodos auxiliares. Vinte e cinco voluntários de ambos os sexos (sete do gênero masculino e dezoito do feminino), com idade entre 22 e 25 anos foram selecionados, utilizando-se como critérios de inclusão a presença de todos os dentes com coroa íntegra ou restaurada adequadamente e não ser portador de aparelho ortodôntico e/ou prótese fixa. Dois índices foram utilizados para avaliar a quantidade de sangramento nos sulcos gengivais e o grau de acúmulo de placa nos dentes examinados, por meio do índice de sangramento gengival (ISG) e o índice de placa (IPL), respectivamente. A análise estatística descritiva dos dados demonstrou que pequenas alterações em ambos os índices foram observadas em relação ao uso ou não de métodos auxiliares para controle de placa. Portanto, os alunos do último semestre do Curso de Odontologia da UNIFOR possuem conhecimento suficiente para manter sua saúde bucal, tornando-se potenciais agentes no cuidado em saúde bucal de seus pacientes. Figueira e Leite (2008) investigaram condições socioeconômicas, conhecimentos e práticas em saúde bucal de pais ou responsáveis e verificaram a influência destes fatores sobre os cuidados que estes possuam com a saúde bucal 17 de seus filhos. A amostra foi constituída por 141 pais de alunos da 3ª e 4ª séries do ensino fundamental da Escola Estadual Vieira Marques. Esta escola está localizada na zona urbana do município de Santos Dumont/MG e faz parte do Programa de Atenção à Saúde Bucal desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde. O instrumento utilizado para a coleta dos dados foi um questionário auto-aplicável composto por questões fechadas. Os dados foram analisados estatisticamente, utilizando-se o programa Epi Info. Variáveis categóricas foram comparadas pelo teste x2. O conhecimento odontológico dos pais mostrou-se baixo, a escovação dentária foi a prática que teve maior adesão. Foi encontrada associação entre procura por assistência escolaridade(p=0,03) e o odontológica hábito do infantil, renda responsável de mensal visitar (p=0,003), o dentista regularmente(p=0,0006) e entre auxílio ao menor durante a higienização bucal e o hábito de escovação dentária pelos pais (p=0,03). Não foi encontrada associação entre as variáveis pesquisadas e o controle da ingestão de guloseimas pelas crianças. Os autores concluíram que há necessidade de ações em saúde bucal para esta população, envolvendo atividades educativas e assistência clínica odontológica. Os programas educativos destinados ao público infantil não devem se limitar a transmitir informações para os pais sobre cuidados com a saúde bucal das crianças, incluindo também ações que estimulem os responsáveis a adotarem comportamentos saudáveis Garcia e Caetano (2008) analisaram o conhecimento sobre etiologia evolução e prevenção da cárie dentária e doença periodontal de professores de ensino fundamental sobre a educação em saúde dos escolares. O presente trabalho observou, mediante a aplicação de questionário, o conhecimento sobre etiologia, evolução e prevenção da cárie dentária e doença periodontal, de professores de Ciências (n = 75) e das demais disciplinas ministradas no Ensino Fundamental Ciclo II (n = 137) da rede pública de Araraquara - SP. Verificou-se que apenas 2,2% do Ciclo II e 16,3% do Ciclo II - Ciências responderam adequadamente sobre a placa bacteriana; a maioria dos entrevistados dos Ciclos II e II - Ciências associou a cárie apenas à má higiene (58,5% e 65,7%, respectivamente); somente um pequeno percentual dos professores dos dois grupos mencionou a etiologia da cárie como sendo multifatorial - açúcares + bactérias + má higiene (Ciclo II - 6,9% / Ciclo II Ciências - 2,8%); 36,5% dos professores avaliados do Ciclo II e 42,7% do Ciclo II Ciências revelaram saber o que é a doença periodontal, e destes, a maioria 18 mencionou o sangramento e a infamação gengival como manifestações da doença periodontal; dos professores que responderam saber qual a função do fúor (Ciclo II 80,3%; Ciclo II - Ciências - 82,7%), os maiores índices de respostas foram proteger/fortalecer o esmalte dental contra os ácidos das bactérias (Ciclo II - 41,8%; Ciclo II - Ciências - 50,0%) e prevenir o aparecimento de cárie (Ciclo II - 33,6%; Ciclo II - Ciências - 37,1%). Os autores chegaram à conclusão que tanto os professores do Ciclo II - Ciências quanto os demais professores do Ciclo II apresentaram conhecimento sobre a cárie dentária e a doença periodontal deficiente. Marin et al. (2008) avaliaram o nível de aprendizado sobre doenças periodontais dos pacientes em tratamento das Clínicas de Periodontia I e II da UNIVALI no decorrer de 2006. Para o estudo foi constituída uma amostra não probabilística de 63 pacientes divididos por gênero, sendo 23 homens (com idade entre 21 e 70 anos) e 40 mulheres (com idade entre 12 e 78 anos). O instrumento de dados foi um questionário com questões fechadas, aplicado pelos alunos da clínica durante a anamnese e na última sessão do tratamento. A análise entre o nível de informação no início e no término do tratamento foi efetuada por meio de comparação das freqüências relativas das alternativas corretas. Os resultados mostraram que houve uma evolução no nível de conhecimento, e, comparando- se os gêneros, o grupo feminino apresentou melhores índices de acerto. Os autores concluíram que, apesar da melhora do nível de informações, no que se refere aos fatores de risco às doenças periondontais e às suas características clínicas, o nível permaneceu relativamente baixo, necessitando assim receber mais atenção por parte dos responsáveis pelo tratamento. Martins et al. (2008) analisaram fatores associados à auto percepção da necessidade de tratamento odontológico entre idosos. Foram pesquisados 5.326 indivíduos incluídos em amostra dos idosos (65-74 anos) brasileiros do inquérito domiciliar de saúde bucal realizado em 2002/2003 pelo Ministério da Saúde. A análise foi baseada no modelo de Gift, Atchison & Drury e foi utilizada a regressão de Poisson para análise de inquéritos com amostras complexas. Os resultados obtidos mostraram que, 2.928 (55%) idosos relataram necessitar tratamento odontológico. A auto percepção dessa necessidade foi menor entre aqueles com 70 anos ou mais (RP=0,94; IC 95%: 0,89;0,99), que não receberam informações sobre como evitar problemas bucais (RP=0,89; IC 95%: 0,83;0,95) e que eram edentados (RP=0,68; IC 95%: 0,62;0,74). Foi maior entre aqueles que auto perceberam: saúde 19 bucal regular (RP=1,31; IC 95%: 1,21;1,41) ou ruim/péssima (RP=1,29; IC 95%: 1,19;1,41); aparência como regular (RP=1,23; IC 95%: 1,15;1,32) ou ruim/péssima (RP=1,28; IC 95%:1,18;1,39); mastigação como regular (RP=1,08; IC 95%: 1,01;1,15) ou ruim péssima (RP=1,13; IC 95%:1,05;1,21); os que relataram dor nos dentes ou gengivas nos seis meses anteriores ao inquérito (RP=1,27; IC 95%: 1,18;1,36); os que necessitavam de prótese em uma arcada (RP=1,29; IC 95%: 1,19-1,39) ou em ambas (RP=1,27; IC 95%: 1,16;1,40). Os autores concluíram que informação, condições de saúde bucal e questões subjetivas estiveram associadas à auto percepção da necessidade de tratamento odontológico. Os resultados reforçam a necessidade de capacitar os indivíduos para realizarem o auto-exame bucal e identificar precocemente os sinais e sintomas não dolorosos das lesões da mucosa, da cárie e da doença periodontal. Teixeira et al. (2009) desenvolveram um estudo exploratório sobre experiência de cárie, condição gengival, ocorrência de fuorose e comportamento em saúde bucal da Comunidade Beira-rio. Participaram do estudo 49 indivíduos de 1 a 50 anos de idade. Os resultados obtidos foram que, entre 1 e 2 anos, 50% já apresentavam experiência de cárie, aumentando para 89% na faixa etária de 3 a 6 anos. Dos 7 aos 12 anos, somente 52,6% eram livres de cárie na dentição permanente. Entre 21 e 50 anos, verifcou-se 100% de experiência de cárie. Não foram observados casos de fluorose nos indivíduos examinados. Embora tenha sido relatado que a maioria higienizava-se 2 vezes ao dia com escova e dentifrício, 100% apresentavam placa bacteriana nos dentes examinados. O açúcar refinado faz parte da alimentação dessa população, e todos os pais entrevistados relataram colocá-lo nos alimentos dados aos filhos. Os autores concluíram que a comunidade necessita de ações adequadas à realidade da população, tanto coletivamente quanto nas alterações de hábitos individuais. Necessitando de educação para a prevenção dos problemas bucais mais freqüentes e de atendimento precoce para a melhoria da condição bucal da população. 20 5 MATERIAIS E MÉTODOS Este estudo se caracterizou como uma pesquisa descritiva, do tipo transversal, através da coleta de dados primários. A população-alvo foram os pacientes da Clínica de Periodontia do curso de Odontologia, no segundo semestre letivo de 2010. A amostra foi do tipo não probabilístico, obtida por conveniência entre os sujeitos constituída por 40 pacientes que por livre e espontânea vontade, aceitaram participar da pesquisa, mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.(Anexo A). O instrumento de coleta de dados foi um questionário estruturado com dezesseis questões do tipo fechado distribuídas em dois campos. Um campo abordava aspectos sobre a caracterização dos sujeitos (gênero, idade, grau de escolaridade); o outro campo abordava assuntos sobre doença periodontal no que dizia respeito à prevenção, à evolução das doenças, aos sinais clínicos e às características gerais. (Anexo B). O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa da Univali sob o número 253/10. Os pacientes foram previamente esclarecidos quanto aos objetivos da pesquisa e responderam o questionário que foi aplicado em dois tempos: na consulta inicial e na consulta final do semestre. Os dados foram tabulados e organizados, calculando-se a frequência relativa das respostas emitidas para cada questão. 21 RESULTADOS O grupo analisado ficou constituído por 40 sujeitos, sendo 57,50% (n=23) do gênero masculino e 42,50% (n=17) do gênero feminino tendo uma variação de faixa etária de 32 a 80 anos. Gráfico 1 – Frequência das respostas à pergunta “Como agir para remover a placa bacteriana”. Gráfico 2 - Frequência das respostas à pergunta “Porquê ocorrre sangramento gengival”. 22 Gráfico 3 – Frequência relativa das respostas referentes ao tempo decorrido da última consulta. Gráfico 4 - Frequência relativa das respostas referentes ao local em que foi realizado o último atendimento odontológico. 23 Gráfico 5 - Frequência relativa das respostas referentes ao motivo odontológica. da última consulta Gráfico 6 - Frequência relativa das respostas referentes à auto-avaliação da saúde bucal. . 24 Gráfico 7 - Frequência relativa das respostas referentes à auto-avaliação da aparência dos dentes. Gráfico 8 - Frequência das respostas à pergunta “O que é placa bacteriana”. 25 Gráfico 9 - Frequência das respostas à pergunta “O que é cálculo ou tártaro”. Gráfico 10 - Frequência relativa das respostas sobre a prática escovação dental diária. 26 Gráfico 11 - Frequência relativa das respostas sobre que usavam para realizar a higiene bucal. Gráfico 12 - Frequência relativa das respostas à pergunta “Quais são as características das doenças periodontais”. 27 Gráfico 13 - Frequência relativa das respostas à presença de sintomas relacionadas às doenças periodontais. Gráfico 14 - Frequência relativa das respostas à pergunta “Sabe o que é placa dental” 28 DISCUSSÃO A realidade de cada uma das pessoas, o modo de vida, as crenças, valores, anseios, como se organizam na comunidade, como solucionam os problemas individuais e coletivos, como adoecem, como tratam a doença, como usam o corpo, qual o conceito de qualidade de vida, expectativa de ter doença ou saúde são fundamentais para conhecermos o nosso paciente, e então ajudá-lo nas suas necessidades de saúde (manutenção ou busca). (KRIGER et al., 1997) Assim, o objetivo desta investigação preocupou-se quanto à formação de um paciente diagnosticador no que diz respeito ao seu conhecimento sobre doenças periodontais, sua percepção de saúde bucal, seus hábitos de higiene e estado da saúde bucal, deste modo relacionando esses quesitos para uma avaliação do que pode ser melhorado na auto-promoção de saúde bucal. A promoção de auto-cuidado é uma das estratégias mais importantes no cuidado primário da saúde. Compreende esforços que levam a mudanças individuais de comportamento, visando estabelecimento de hábitos que proporcionam a prevenção/controle das doenças e a descontinuidade daqueles que aumentam o risco às doenças. (KRIGER et al., 1997) Na análise dos resultados deste estudo, identificou-se que os sujeitos integrantes apresentaram um bom conhecimento (frequência de acerto superior a 70%) quando questionados sobre como remover a placa bacteriana e porque ocorre sangramento da gengiva. Associando-se este bom desempenho com a resposta à pergunta sobre instrumentos utilizados para higiene bucal pode-se inferir que estes sujeitos estão recebendo orientação sobre saúde bucal. Isso, provavelmente, é resultado do diálogo do profissional com o paciente, além das informações que são veiculadas pelos meios de comunicação sobre produtos de higiene bucal e sua importância no uso diário. A parte mais importante do tratamento odontológico se dá pela comunicação profissional/paciente. Programas de motivação educacional em relação à higiene bucal com métodos simples e eficientes para remoção do biofilme dental e prevenção das doenças que ocasiona, são da maior importância na tentativa de se implantar a escovação dos dentes como rotina de vida. (COUTO; COUTO e 29 DUARTE, 2003; PETRY; TOASSI, 2002; AQUILANTE et al. 2003; FERREIRA et al. 2004; UEMURA et al. 2004; CRUZ e COSTA, 2005; DUTRA e FERREIRA, 2005) A orientação de higiene bucal na clínica de periodontia da Univali é feita individualmente para cada paciente pelo aluno que realizará o seu tratamento naquele semestre. São usados macromodelos de arcadas dentais e macromodelos de escovas dentais para a visualização das técnicas de escovação, a forma correta do uso do fio dental e a importância da higiene não só sobre as estruturas dentais, mas em todas as estruturas que compõe a cavidade bucal. Na questão que diz respeito ao conhecimento sobre a etiologia da placa bacteriana e sobre as características da doença periodontal, a maioria entrevistada não soube responder corretamente. Este desempenho pode ser resultado de escassez de repasse de informação sobre a doença, tanto em nível individual (para o paciente) como em âmbito coletivo através de campanhas educativas, fazendo com que os pacientes não atuem como diagnosticadores. Muitos tiveram acertos parciais e apenas relacionaram a doença com a mobilidade dental pela perda de inserção. Os sinais como sangramento, inflamação e inchaço das gengivas foram relacionados com a gengivite, e não como um progressão da doença que inicia-se com a gengivite e pode progredir para a periodontite afetando os tecidos de sustentação e causando o amolecimento dos dentes. O que se percebe é que há uma ênfase nos aspectos higiênico-preventivos em detrimento de informações que possam subsidiar um auto-diagnóstico. Desta forma, a ausência da dor e a natureza crônica da maioria das doenças periodontais fazem com que, muitas vezes, o paciente procure atendimento somente em estágios avançados. (PEREIRA et al., 2003) Sugere-se, portanto, uma abordagem mais explicativa e esclarecedora sobre os sinais da doença e como ela pode progredir da gengivite para a periodontite, mudando a forma de encaminhamento do paciente para que ele saiba da importância do tratamento periodontal para o tratamento reabilitador. A gengivite e a periodontite são as duas maiores formas de doenças inflamatórias que afetam o periodonto. O fator etiológico dessas doenças é o acúmulo do biofilme bacteriano, o qual pode iniciar o processo de destruição do tecido gengival e do periodonto de inserção. Gengivite é a inflamação do tecido gengival que não resulta em perda de inserção clínica. Periodontite é a inflamação 30 do tecido gengival e do aparato de inserção adjacente, caracterizada pela perda de inserção de tecido conjuntivo e de osso alveolar. (PEREIRA, 2003) Muitos pacientes desconhecem a natureza multifatorial da doença periodontal. Os problemas locais e sistêmicos abrangem uma ação conjunta de atividade da doença que pode estar se manifestando pela má qualidade de higiene bucal até a síntese de mediadores inflamatórios de forma irregular. Neste sentido, é fundamental o repasse de informações sobre a diabetes e sua relação com as doenças periodontais o que poderia servir de estímulo para a procura preventiva do tratamento periodontal. Na prevenção da doença periodontal, a motivação é a chave do sucesso. É importante separar o que é motivar e o que é dar instruções sobre higiene bucal. Motivação é o trabalho base para a instrução e esta deve incluir informações sobre a patogênese da doença periodontal, sua etiologia e consequências, assim como os princípios básicos para a sua prevenção. (KRIGER et al., 1997) Quanto à percepção sobre saúde bucal, os resultados mostram que a maioria dos pacientes classifica-a como regular e, ao relacionarmos a percepção de saúde bucal com o conhecimento das características da doença periodontal, ratifica-se a falta de conhecimento destes sujeitos. Portanto, é necessário desenvolver um programa específico de repasse de informações e de motivação para os pacientes da Univali. Estudos reforçam que o processo educativo é fundamental, pois indivíduos bem instruídos têm uma melhor percepção de sua condição bucal, participam mais ativamente do tratamento e tendem a realizar uma melhor higiene bucal. (FERNANDES, 2001; BORTOLI et al. 2003; HENRIQUES et al. 2007; MARTINS et al. 2008; SILVA; FIGUEIRA; LEITE, 2008) Diversos artigos abordando programas educativos em saúde bucal têm mostrado resultados positivos (PETRY; TOASSI, 2002; COUTO; COUTO; DUARTE; 2003; MAGALHÃES, 2003; STAUT; FROEGOENZE, 2006), portanto é válida a diversificação de estratégias de programas educativos, podendo ser utilizados os mais diversos meios, como: fascículos, posters, palestras, macro- modelos, visando informação, motivação e auto-diagnóstico. O trabalho conduzido por Marin et al. (2008), com pacientes da clínica de periodontia, demonstrou que havia melhora percentual na evolução do nível de conhecimento. Com base neste estudo anterior e nos resultados desta pesquisa, 31 podemos afirmar que é necessária a proposição de um programa educativo específico, modificando e criando padrões de abordagem aos pacientes. 32 CONCLUSÕES De acordo com a metodologia empregada e os resultados obtidos, pode se afirmar que: - Os pacientes responderam que sabiam da existência de placa bacteriana, mas a maioria não soube conceituá-la de forma correta. - Houve um grande percentual positivo sobre o conhecimento das formas de higiene, dos artifícios que podem ser utilizados para realizá-la, e da freqüência assídua dos pacientes ao dentista, porém os pacientes ainda possuem pouco conhecimento sobre o seu estado de saúde bucal, tendo uma desconfiança em relação à aparência dos seus dentes e do seu estado de saúde bucal. A maioria não utiliza meios auxiliares de higiene como o fio dental. - Há carência de conhecimentos sobre as características clínicas das doenças periodontais e como elas podem progredir da gengivite para a periodontie. Sugere-se a utilização de métodos explicativos mais claros sobre a saúde do paciente tornando-o diagnosticador precoce de eventuais problemas relacionados a doenças periodontais. 33 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AQUILANTE, A.G. et al. A Importância da Educação em Saúde Bucal para Pré-Escolares. Rev. Odontol. UNESP, Marília, v. 32, n.1, p. 39-45, jan./jun. 2003. BEZERRA et al. Avaliação do hábito de fumar como fator de risco para doença periodontal. Rev Bra Patologia Oral. [periódico na Internet] [acesso em 2003 jul/set]; 2(3): 18-21. Disponível em: http://www.patologiaoral.com.br/texto52.asp BORTOLI, D. et al. Associação entre percepção de saúde bucal e indicadores clínicos e subjetivos: estudo em adultos de um grupo de educação continuada da terceira idade. Pub. UEPG. Ci. Biol. Saúde, Ponta Grossa, v. 9, n. 3/4, p. 55-65, set./dez/ 2003. BUENO, F.S. Minidicionário da língua Portuguesa. São Paulo: Melhoramentos,1996. 594 p. COUTO, J.L.; COUTO, R.S.; DUARTE, A.C. A importância da comunicação na motivação de pacientes à higiene bucal e ao tratamento periodontal de manutenção. RGO(Porto Alegre), Porto Alegre, v. 52, n. 5, p. 401-406, nov./dez. 2003. CRUZ, A.L.C.; COSTA, I.C.C.; A educação em saúde como instrumento de manutenção das estruturas bucais. Rev. odontol. Univ. Cid. Sao Paulo, São Paulo, v. 17, n. 2, p. 153161, maio/ago. 2005. DE MICHELI, G. et al. O tratamento periodontal de suporte e a importância da cooperação consciente. Rev. odontol. UNICID, São Paulo, v. 13, n. 3, p. 203-213. set./dez. 2001. DUTRA, C.M.R.; FERREIRA, E.F. A motivação de pacientes portadores de doença periodontal crônica sob manutenção periodontal: um estudo quantitativo. Rev. Odontol. UNESP, Marília, v. 35, n. 1, p. 5-10, 2005. FERREIRA, R.I. et al. Educação em Saúde Bucal para Pacientes Adultos: Relato de uma Experiência. Rev. Odontol. UNESP, Marília, v. 33, n. 3, p.149-156, 2004. FIGUEIRA, T. R.; LEITE, I. C. G. Percepções, conhecimentos e práticas em saúde bucal de escolares. RGO(Porto Alegre), Porto Alegre, v. 56, n.1, p. 27-32, jan./mar. 2008. FIGUEIREDO, R.M.O.; WASSAL, T.; FLÓRIO, F.M. Frequência de impactos dos problemas de saúde na qualidade de vida. RGO(Porto Alegre), Porto Alegre, v. 54, n. 1, p. 11-16, jan./mar. 2006. GARCIA, P.P.N.S.; CAETANO, D.G. Conhecimento de professores de ensino fundamental (Ciclo II) de Araraquara sobre cárie dentária e doença periodontal. Rev. Odontol. UNESP, Marília, v.37, n. 4, p. 371-379, maio/jul. 2008. HENRIQUES, C. et al. Autopercepção das condições de saúde bucal de idosos do município de Araraquara – SP. Rev. Cienc. Odontol. Bras., São Paulo, v. 10 n. 3, p. 67-73, jul./set. 2007. KRIGER, L. et al. ABOPREV: Promoção de Saúde Bucal. São Paulo: Artes Médicas, 1997. p. 365. MAGALHÃES, L.P.A. Avaliação da influência de dois métodos de instrução da motivação à higienização bucal em pacientes com doença periodontal. 34 Dissertação. (Mestrado)- Faculdade de Odontologia, Universidade de São Paulo, Bauru, 2002. MARIN, C. et al. Avaliação do nível de informação sobre doenças periodontais dos pacientes em tratamento na clínica de periodontia da UNIVALI. Rev. sul-bras. odontol., Joinville, v. 5, n. 3, p. 20-26, dez. 2008. MARTINS, A.M.E.B.L. et al. Fatores relacionados à auto percepção da necessidade de tratamento odontológico entre idosos. Rev. saúde pública, São Paulo, v. 42, n. 3, p. 487496, 2008. MICHELLI, G. et al. Controles periódicos e manutenção em periodontia. Rev. odontol. univ. cid. São Paulo, São Paulo, v. 17, n. 2, p. 177-183, maio/ago. 2005. NUTO, S.A.S.; NATIONS, M.K.; COSTA, I.C.C. Aspectos culturais na compreensão da periodontite crônica: um estudo qualitativo. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 3, p. 681-690, mar. 2007. PEREIRA, A.C. Odontologia em Saúde Coletiva. São Paulo: Artmed, 2003. p. 346. PETRY, P.C.;TOASSI, R.F.C. Motivação no controle do biofilme dental e sangramento gengival em escolares. Rev. saúde pública, São Paulo, v. 36, n. 5, p. 634-637, out. 2002. PINTO, L.R.; BONAM, R.F.; GARCIA, P.P.N.S. Conhecimento sobre Cárie e Doença Periodontal: Avaliação de Adolescentes Pertencentes à Rede Privada de Ensino. Rev. de Odontol. da UNESP, Marília, v. 33, n. 3, p. 137-142, 2004. PONTES, I.V. et al. Análise do controle de placa em alunos de graduação em odontologia. Rev. Periodontia, Fortaleza, v. 17 n.3, p. 105-109, set. 2007. SANTOS, P.A.; RODRIGUES, J.A.; GARCIA, P.P.N.S. Avaliação do conhecimento dos professores do ensino fundamental de escolas particulares sobre saúde bucal. Rev. Odontol. UNESP, Marília, v. 31, n. 2, p. 205-214, 2002. SANTOS, P.A.; RODRIGUES, J.A.; GARCIA, P.P.N.S. Conhecimento sobre prevenção de cárie e doença periodontal e comportamento de higiene bucal de professores de ensino fundamental. Rev. Cienc. Odontol. Bras., São Paulo. v. 6, n. 1, p. 67-74, jan./mar. 2003. SILVA, S.R.C.; FERNANDES, R.A.C. Autopercepção das condições de saúde bucal por idosos. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 35, n. 4, p. 349-355, ago.2001. STAUT, F.M.; FREGONEZE, A.P. Estudo de três diferentes métodos de controle de placa bacteriana em indivíduos portadores de deficiência visual. Rev. int. odonto-psicol. odontol. pacientes especiais, Curitiba, v. 7, n. 2, p. 71-77, jul./set. 2006. TEIXEIRA, S.C. et al. Comunidade Beira-rio: primeiro relato sobre condição bucal, hábitos de higiene e dieta alimentar. Ciênc. odontol. bras., São José dos Campos, v.12, n.1, p. 6-14, jan./mar. 2009. TRENTIN, M.S. et al. Influência do gênero das condições socioeconômicas e psicosociais na prevalência e severidade da doença periodontal. RFO UPF, Passo Fundo, v. 10, n. 2, p.76-80, jul./dez. 2005. UEMURA, S.T. et al. Motivação e educação odontológica em paciente especial. RGO(Porto Alegre), Porto Alegre, v. 52, n. 2, p. 91-100, abr./jun. 2004. 35 UNFER, B.; SALIBA, O. Avaliação do conhecimento popular e práticas cotidianas em saúde bucal. Rev. saúde pública, São Paulo, v. 34, n. 2, p. 190-195, abr.2000. 7 ANEXOS QUESTIONÁRIO Data: ___/___/___ Idade:____________ Sexo: Masculino ( ) 1 Sabe o que é placa bacteriana? ( ) Sim ( ) Não 2 Como pode ser removida a placa bacteriana? ( ) Escovação, fio dental e auxílio do dentista ( ) Através do bochecho com água ( ) Comendo frutas ou legumes ( ) Não sabe 3 Porque ocorre o sangramento na gengiva? ( ) Gengiva inflamada ( ) Devido ao dente estar cariado ( ) Pela mobilidade do dente ( ) Não sabe 4 Quando foi a última consulta? ( ) Nunca foi ( ) Menos de 1 ano ( ) Entre 1 e 2 anos ( ) 3 ou mais anos Feminino ( ) 36 5 Onde foi seu último atendimento? ( ) Serviço Público ( ) Serviço privado ( ) Convênio ( ) UNIVALI ( ) Outros 6 Qual foi o motivo da consulta? ( ) Rotina ( ) Dor ( ) Sangramento ( ) Cárie ( ) Estética ( ) Feridas, caroço ( ) Foi encaminhado 7 Como classifica sua saúde bucal? ( ) Não sabe ( ) Ruim ( ) Regular ( ) Boa 8 Como classifica a aparência de seus dentes? ( ) Não sabe ( ) Ruim ( ) Regular ( ) Boa 9 Sua gengiva sangra ao escovar? ( ) Sim ( ) Não 37 10 Sente dor em alguma parte da boca? ( ) Sim ( ) Não 11 Sente dor ao escovar os dentes ou ingerir alimento gelado? ( ) Sim ( ) Não 12 Placa Bacteriana é: ( ) restos de alimentos ( ) inflamação ( ) acúmulo de bactérias prejudiciais 13 Cálculo (tártaro) é: ( ) placa endurecida ( ) o mesmo que placa ( ) restos de alimentos 14 Frequência de escovação: ___________________________________ 15 O que usa para realizar sua higiene bucal? ( ) escova de dentes ( ) fio dental ( ) escova interdental ou bitufo ( ) bochechos ( ) outros 16 Quais características da doença periodontal você conhece? ( ) inflamação das gengivas ( ) sangramento 38 ( ) amolecimento dos dentes ( ) inchaço das gengivas