avaliação do nível de informação sobre doenças

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE ODONTOLOGIA
FERNANDO SUPTITZ HOLDERIED
GIOVANO SALVATI
AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE INFORMAÇÃO SOBRE DOENÇAS
PERIODONTAIS DOS PACIENTES EM TRATAMENTO NA CLÍNICA
DE PERIODONTIA DA UNIVALI
Itajaí, (SC) 2011
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FERNANDO SUPTITZ HOLDERIED
GIOVANO SALVATI
AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE INFORMAÇÃO SOBRE DOENÇAS
PERIODONTAIS DOS PACIENTES EM TRATAMENTO NA CLÍNICA
DE PERIODONTIA DA UNIVALI
Trabalho de conclusão de curso apresentado como
requisito parcial para obtenção de créditos da
Disciplina de Metodologia Científica do Curso de
Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí.
Orientadora:
Profª. Dra. Constanza Marín de los Rios Odebrecht
Itajaí, (SC) 2011
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FERNANDO SUPTITZ HOLDERIED
GIOVANO SALVATI
AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE INFORMAÇÃO SOBRE DOENÇAS
PERIODONTAIS DOS PACIENTES EM TRATAMENTO NA CLÍNICA
DE PERIODONTIA DA UNIVALI
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para
obtenção do título de cirurgião-dentista, Curso de Odontologia da Universidade do
Vale do Itajaí, aos XX dias do mês de maio do ano de dois mil e onze, é considerado
aprovado.
Profª Dra. Constanza Marín de los Rios Odebrecht
(Presidente)
_________________________________________________________________________
Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)
Profª.
_________________________________________________________________________
Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)
Prof.
________________________________________________________________________
Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)
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AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE INFORMAÇÃO SOBRE DOENÇAS PERIODONTAIS
DOS PACIENTES EM TRATAMENTO NA CLÍNICA DE PERIODONTIA DA
UNIVALI.
Fernando SUPTITZ HOLDERIED e Giovano SALVATI
Orientadora: Profª Dra. Constanza M. de los Rios ODEBRECHT
Data de defesa: maio de 2011
Resumo:
Introdução:A prevenção e o tratamento da doença periodontal são dependentes da
participação ativa do paciente. Um paciente bem informado e motivado poderá realizar
melhor a sua higiene bucal e tomar atitudes relacionadas com a preservação de sua saúde.
Objetivo: Avaliar o nível de conhecimento sobre doenças periodontais, a percepção de
higiene bucal e os hábitos de higiene bucal dos pacientes em tratamento das Clínicas de
Periodontia I e II da Univali no segundo semestre letivo de 2010. Materiais e Métodos: Foi
constituída uma amostra não probabilística de 40 pacientes, sendo 23 homens (com idade
entre 30 a 80 anos) e 17 mulheres (com idade entre 30 e 66 anos). O instrumento para a
coleta de dados foi um questionário com questões fechadas, aplicado pelos alunos da
clínica durante a anamnese. Resultados: Os pacientes em geral demonstraram
conhecimento básico em relação às doenças periodontais e os métodos de higiene e se
mostraram insatisfeitos com a aparência de seus dentes e a saúde de suas
bocas. Conclusão: Mesmo com o conhecimento básico sobre as doenças periodontais e a
forma como deve ser realizada a higiene, os pacientes ainda possuem pouca informação
sobre etiologia das doenças, características clínicas e a forma como doenças periodontais
progridem, necessitando assim receber uma maior atenção por parte dos responsáveis pelo
tratamento, tornando-os diagnosticador dos seus problemas periodontais precocemente.
Palavras chaves: Conhecimento; Educação em Saúde Bucal; Gengivite; Periodontite.
5
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 04
2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 06
3 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 19
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................ 20
5 DISCUSSÃO ......................................................................................................... 27
6 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 31
7 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 32
8 ANEXO ................................................................................................................... 34
6
1 INTRODUÇÃO
A doença periodontal representa um dos grandes problemas de saúde pública
pela prevalência relativamente alta mesmo nos países desenvolvidos. No Brasil,
78% da população adulta apresenta algum tipo de doença periodontal (BEZERRA et
al., 2003).
A placa bacteriana é o principal fator etiológico responsável pela doença, e
sua remoção, ou desorganização, está intimamente relacionada com a prevenção e
o sucesso do tratamento periodontal. Sendo assim, é necessário melhorar os
hábitos e o comportamento das pessoas, procurando modificá- los ou aperfeiçoá-los,
visando à melhora do seu estado de saúde (MARIM et al. 2008).
A prevenção desta doença está intimamente relacionada com processos de
educação e motivação do paciente e/ou da população. Medidas de higiene bucal
adequada são extremamente eficazes no combate à doença. No entanto, uma vez
instalada a doença, faze-se necessária a realização de tratamento clínico cujo
sucesso, também, está relacionado à educação em saúde. Portanto, uma
higienização adequada proporciona melhor qualidade de saúde às pessoas.
Considerando-se a importância do processo educativo, tanto na prevenção
como para o sucesso do tratamento da doença periodontal, realizamos este estudo
com o objetivo de avaliar o conhecimento sobre doença periodontal dos pacientes
da clínica de Periodontia do curso de Odontologia da Univali, antes do início do
tratamento a que serão submetidos.
A partir da obtenção dos resultados desta investigação, pretende-se
proporcionar uma base para motivar os acadêmicos, futuros profissionais, quanto à
importância
de
se
adotar
procedimentos clínicos.
procedimentos
educativos
simultaneamente
aos
7
2 REVISÃO DE LITERATURA
Unfer e Saliba (2000) avaliaram o conhecimento popular e as práticas
cotidianas em saúde bucal de usuários de serviços públicos de saúde. A população
estudada foi selecionada a partir de uma amostra estratificada de usuários que
procuraram atendimento nas unidades sanitárias da zona urbana de Santa Maria,
RS. Os dados foram coletados por meio de entrevista semi-estruturada e
organizados em conjuntos de categorias descritivas, permitindo sua distribuição em
tabela de frequência. Através dos resultados obtidos verificou-se que predominam
usuários entre 21 e 40 anos de idade, do sexo feminino e com padrão
socioeconômico baixo. A busca pela saúde e o controle das doenças bucais são
atribuídos à responsabilidade individual de realizar a higiene bucal e procurar
tratamento dentário. A presença e os benefícios do flúor no creme dental e na água
de beber não foram reconhecidos pela população estudada. Os autores concluíram
que programas de saúde devem considerar os aspectos relativos ao conhecimento e
as práticas em saúde bucal, para viabilizar o processo de capacitação da população
e promover a responsabilização coletiva da promoção da saúde em todos os níveis
da sociedade.
De Micheli et al. (2001) avaliaram a importância do tratamento periodontal de
suporte (TPS) para a manutenção da saúde do periodonto, conhecer a porcentagem
e as características dos pacientes que cooperam assiduamente com o TPS e
identificar as condutas mais eficientes para obter a cooperação consciente desses
pacientes. Os trabalhos consultados sugerem que somente com o TPS é possível
atingir os objetivos de prevenir ou reduzir a recorrência da doença periodontal (DP),
a incidência da perda de dentes, de implantes dentários e/ou condições encontradas
na cavidade bucal que interferem na DP. A porcentagem de cooperação dos
pacientes vem aumentando com o passar dos anos. Esse aumento de cooperação,
entretanto, está intrinsecamente relacionado aos esforços que os profissionais têm
enviado para identificar, logo de início, os pacientes não cooperadores, adotando
métodos individuais de instruções de higiene bucal e de motivação. Os autores
concluíram que o TPS é parte essencial do tratamento periodontal, e a comunicação
é a chave para o sucesso desse tratamento, a longo prazo.
8
Silva e Fernandes (2001) estudaram a auto percepção das condições de
saúde bucal de idosos e analisaram os fatores clínicos, subjetivos e sócio
demográficos que interferem nessa percepção. Participaram do estudo 201 pessoas,
dentadas, com 60 anos ou mais, funcionalmente independentes, que frequentavam
um centro de saúde localizado em Araraquara, SP, Brasil. Foi aplicado questionário
com questões sobre as características sociodemográficas da amostra, a auto
percepção da condição bucal e o índice Geriatric Oral Health Assessment
Index (GOHAI). Realizou-se exame clínico para determinar a prevalência das
principais doenças bucais. Foram usados testes estatísticos para determinar a
associação das variáveis sociodemográficas e clínicas e do índice GOHAI com a
autopercepção da condição bucal e a identificação dos preditores da auto-avaliação.
O exame clínico revelou grande prevalência das principais doenças bucais, apesar
de 42,7% das pessoas avaliarem sua condição bucal como regular. As variáveis
associadas à auto-avaliação foram: classe social, índice de GOHAI, dentes cariados
e indicados para extração. A análise multivariada mostrou que os preditores da autoavaliação foram o GOHAI, os dentes com extração indicada e o índice Community
Periodontal Index and Treatment Needs. Esses preditores explicaram 30% da
variabilidade da auto-avaliação. Os autores concluíram que a percepção da saúde
bucal teve pouca influência nas condições clínicas, mostrando ser necessário
desenvolver ações preventivas e educativas para a população.
Magalhães (2002) estudou dois métodos de motivação em 37 pacientes para
um melhor controle da placa. Os pacientes possuíam idades variando entre 18 e 71
anos, sendo que 24 eram do gênero feminino e 13 do gênero masculino. Os
pacientes foram divididos em dois grupos: o grupo I recebeu orientação direta, que
era feita no consultório informando os pacientes sobre a placa bacteriana e suas
consequências, a técnica de higienização (escovação e fio dental) que deveriam
executar, associada à orientação indireta, através da apresentação de uma palestra
com o uso de diapositivos ilustrativos que mostrava a placa bacteriana, casos
clínicos de doença periodontal e ilustrações sobre a técnica correta de higienização;
o grupo II recebeu somente a orientação direta. Os pacientes foram avaliados
através do registro de seus índices de placa e sangramento gengival durante um
período de 4 meses. Foram feitas 8 avaliações com intervalos que variavam
inicialmente em 1 semana, depois 2 semanas e finalmente 1 mês. Os resultados
obtidos mostraram que o grupo I obteve maior redução nos índices de placa e
9
gengival, apresentando resultados significantemente superiores (p < 0,05) ao grupo
II. Assim, o autor concluiu que a orientação direta associada à orientação indireta é o
método mais eficiente quando comparado com a orientação direta na motivação de
pacientes para melhor controle de placa.
Petry e Toassi (2002) avaliaram a eficácia de duas estratégias motivacionais
em relação ao controle do biofilme dental e sangramento gengival em 135 escolares
da rede estadual e municipal de ensino do município de Santa Tereza, RS, 1999. O
programa de motivação a que os escolares tinham acesso constou da utilização de
diversos recursos aplicados em dois grupos de intervenção: Grupo A, motivação em
sessão única, e Grupo B, motivação em quatro sessões. Para a avaliação da
metodologia empregada foram realizados levantamentos do índice de placa visível
(IPV) de Ainamo & Bay (1975), e do índice de sangramento gengival (ISG). Em
ambos os grupos houve redução tanto do ISG quanto do IPV após as sessões de
intervenção (p<0,001). Adicionalmente, quando comparados entre os grupos, o ISG,
e mais marcadamente o IPV, apresentaram redução altamente significativa no grupo
de intervenção B quando comparado a A (p<0,001). Os autores concluíram que os
reforços motivacionais em programas educativos preventivos atuam positivamente
para a redução do biofilme dental e sangramento gengival
Santos, Rodrigues e Garcia (2002) avaliaram o conhecimento relacionado à
saúde bucal de professores de ensino fundamental de escolas particulares da
cidade de Araraquara. O instrumento de análise baseou-se em um questionário
composto de questões fechadas e abertas, relativas à etiologia, prevenção e
evolução da cárie dental e doença periodontal e fonte de informações sobre saúde
bucal. Os autores concluíram que o conhecimento odontológico apresentou
limitações, sugerindo a necessidade da elaboração de programas educativos
direcionados a essa população.
Aquilante et al. (2003) avaliaram a eficácia de um Programa de Educação em
Saúde Bucal, pautado na verificação da performance de higiene do paciente através
do índice PHP (componente psicomotor) e de uma entrevista baseada num
questionário elaborado para avaliar os conhecimentos sobre saúde bucal
(componente cognitivo). Participaram da parte experimental as crianças da turma do
Pré, do ano 2001, da EMEI Gasparzinho (Bauru-SP), que possuíam 6 anos
completos desde o início até o final do experimento (o que gerou uma amostra final
de 44 crianças). O procedimento, anteriormente e logo após a jornada educativa, na
10
aplicação dos questionários e no levantamento do índice de placa. Os resultados
demonstraram que houve aumento da ordem de 16% no nível de conhecimento
sobre saúde, bem como redução de 0,63 (o que corresponde a 15,5%) no índice
médio de placa. Os autores concluíram que os programas educativos promovem o
aumento do conhecimento sobre Saúde Bucal e a redução do índice de placa.
Bortoli et al. (2003) avaliaram a auto percepção de saúde bucal em adultos
pertencentes ao Grupo de Educação Continuada para a Terceira Idade da UEPG,
assim como sua relação com um indicador subjetivo de impactos das condições
bucais na qualidade de vida (OHIP-14) e indicadores clínicos (CPO-D e CPI). Foram
aplicados dois questinários: auto percepção de saúde bucal e Oral Health Impact
Profile (OHIP-14), e os indivíduos submeteram-se a exames clínicos de acordo com
a metodologia proposta pela OMS. Os resultados revelaram que 42,1% dos
indivíduos consideraram sua saúde bucal “regular” e 44,7% a consideraram “boa”.
Quanto à percepção de doenças bucais, 39,5% afirmaram possuir problemas com
os dentes e 36,8% com as gengivas. De acordo com as respostas obtidas através
da aplicação do questionário OHIP-14, 60,5% não apresentaram impacto das
condições bucais em sua qualidade de vida. Através da análise de regressão linear
simples observou-se uma correlação de -0,46 (p=0,004) entre o OHIP-14 e a auto
percepção de saúde bucal e de -0,56 (p=0,04) entre esta e o índice CPI. Não houve
correlação significativa entre o OHIP-14 e o índice CPO-D nem entre a auto
percepção e esse índice. Através da análise de regressão linear múltipla,
evidenciou-se que 52% da auto percepção de saúde bucal nesse grupo de
indivíduos pode ser explicada pelo indicador subjetivo (OHIP-14) e o de problemas
periodontais (CPI).
Couto, Couto e Duarte (2003) realizaram uma pesquisa com a finalidade de
avaliar clinicamente, o efeito de um programa de comunicação na motivação de
pacientes à higiene bucal e ao tratamento periodontal de manutenção. Para tanto,
foram tratados 112 pacientes em clinica periodontal privada. Destes, 103 pacientes
concluíram a fase ativa do tratamento periodontal. Os pacientes que deixaram de
comparecer às consultas por duas vezes consecutivas, ou três alternadas, ou não
compareceram à consulta no prazo máximo estabelecido de 40 dias, foram
eliminados
do
programa,
ao
final
do
experimento.
Cumpridos
todos
os
procedimentos relatados, para efeito de análise estatística, foi possível avaliar os
resultados obtidos de 72 pacientes, sendo 36 de cada grupo – representados por 45
11
do sexo feminino e 27 do sexo masculino – cujo acompanhamento ocorreu durante
8 (oito) períodos, dos quais 5 (cinco) períodos aconteceram durante o tratamento
periodontal de
manutenção realizados a cada três meses. Os pacientes foram
divididos em dois grupos de acordo com a técnica de comunicação aplicada, ou
seja; grupo experimental: Técnica de Comunicação direta direcionada aos canais de
Comunicação do paciente (Visual, Auditivo e Cinestésico) e aplicação do Kit
Periomotivacional (modelos tridimensionais, macromodelos, pôster, prospectos,
fascículos de prevenção e filme em videocassete). Grupo controle: comunicação
verbal direta, fazendo-se uso da realidade bucal do paciente e de um espelho de
mão. A análise estatística dos resultados obtidos mostrou que os pacientes do grupo
experimental foram os que apresentaram os melhores resultados, conseguindo a
média de retorno de 73,9% e o grupo controle de 54,4%. No oitavo período de
observação, a percentagem média de placa dos pacientes que compareceram à
consulta se reduziu de 88,55% a 22,9% no grupo experimental e de 89,1% para
31,8% no grupo controle.
Santos, Rodrigues e Garcia (2003) avaliaram o conhecimento e as atitudes
relacionadas à cárie dental e doença periodontal de professores de ensino
fundamental da rede pública, da cidade de Araraquara, SP - Brasil, bem como seu
comportamento com relação à higiene bucal. O instrumento de análise baseou-se
em um questionário, composto de questões fechadas e abertas, relativas à etiologia,
prevenção e evolução da cárie dental e doença periodontal, atitudes relacionadas ao
comportamento de higiene bucal e fonte de informações sobre saúde bucal. Os
autores concluíram que, embora as atitudes relacionadas à saúde bucal da
população estudada tenham se mostrado positivas, o conhecimento odontológico
apresentou limitações, sugerindo a necessidade de estabelecer programas
educativos direcionados a esta população.
Ferreira et al. (2004) descreveram a experiência do programa educativo
desenvolvido em uma Unidade Básica de Saúde de Campinas, São Paulo, e
discutiram, com base em uma revista da literatura, a educação em saúde bucal para
pacientes adultos. A partir da discussão que esse tema propicia, sugere-se que os
adultos sejam mais valorizados porque podem atuar não apenas como pacientes,
mas também como multiplicadores dos aconselhamentos e instruções. No entanto,
as práticas educativas devem considerar os determinantes sociais das afecções
bucais e a equipe de saúde bucal deve compreender que a motivação contínua dos
12
educandos é mais efetiva do que a imposição de técnicas padronizadas e a
prescrição de materiais dispendiosos, para a higiene bucal.
Pinto, Bonam e Garcia (2004) avaliaram o conhecimento de adolescentes
pertencentes à uma escola da rede privada de ensino sobre cárie dental e doença
periodontal. Foram selecionados 263 indivíduos, de ambos os sexos, de 10 a 14
anos de idade, matriculados nas 5ª a 8 ª séries em uma escola particular da cidade
de Araraquara-SP. O instrumento de análise selecionado foi um questionário
aplicado em sala de aula por um cirurgião-dentista devidamente treinado. Observouse que o cirurgião-dentista foi a principal fonte de informações sobre a cárie dental e
doença periodontal (69,2%), tendo a família (4,9%) e a escola (6,8%) também
sido mencionadas. Com relação à cárie dental, 19,1% dos adolescentes avaliados
responderam não possuir conhecimento a seu respeito, 55,5% referiram-se
inadequadamente à cárie como sendo bactérias ou microorganismos e apenas 3,8%
souberam explicá-la adequadamente. Quanto à doença periodontal, 69,6% não
souberam defini-la, e apenas 7,2% o fizeram de maneira correta. De acordo com a
metodologia aplicada, os autores concluíram que embora os adolescentes tenham
como fonte de transmissão de conhecimentos o cirurgião-dentista, o seu
conhecimento sobre cárie dental e doença periodontal é deficiente, sugerindo que
também esse público deva ser alvo de campanhas educativas.
Uemura et al. (2004) relataram o caso clinico de um paciente portador de
deficiência mental e auditiva atendido na Disciplina de Pacientes Especiais da
Faculdade de Odontologia da UNIBAN, apresentando higiene bucal precária, em
que a utilização de figuras como meio para motivação e educação em saúde bucal,
superou a dificuldade de comunicação imposta pelas patologias melhorando a
condição bucal do paciente.
Dutra e Ferreira (2005) analisaram a capacidade de dois projetos de
Educação em Saúde Bucal, um individual e outro coletivo (grupo focal), de motivar
práticas de auto cuidados e modificações de comportamento em pacientes
submetidos à manutenção periodontal. A amostra foi constituída de 50 pacientes
que receberam tratamento periodontal e estiveram em tratamento no projeto de
Terapia Periodontal de Suporte da FOUFMG, no ano de 1999. Utilizou-se o IHO-s
(Índice de Higiene Oral-simplificado) e a PSSS (Porcentagem de Sangramento à
Sondagem por Sítio) como medidas a serem analisadas. O programa individual
trabalhou com entrevistas estruturadas, pré-testadas num piloto, para levantar as
13
dúvidas dos pacientes, e estas dúvidas foram trabalhadas por meio de material
educativo (folders e cartilha). As sessões de educação em saúde ocorreram em
intervalos mensais, durante 4 meses, quando foram, paralelamente, coletados o
IHO-s e a PSSS de cada paciente. Na última sessão foi realizada outra entrevista
para avaliar a apreensão do conteúdo trabalhado, o desenvolvimento do auto
cuidado e as mudanças comportamentais relatadas. O programa coletivo trabalhou
através de grupos focais com um roteiro não estruturado, mas seguindo os mesmos
conteúdos aplicados no individual, com os mesmos intervalos de tempo. A avaliação
foi feita no último grupo focal, com os mesmos parâmetros utilizados no trabalho
individual. Na análise dos resultados, utilizou-se o teste do c2, evidenciando a
homogeneidade dos grupos quanto a idade, gênero e classe econômica. Para
avaliar os IHO-s e PSSS, foram computadas as variações médias das medidas de
cada paciente no tempo de duração dos programas. Os dados foram agrupados e
posteriormente, submetidos ao teste T-student para verificar a significância dos
resultados. Observou-se, na análise dos dados das PSSS, bem como na dos IHO-s,
que a redução foi mais homogênea, maior e estatisticamente signifcante (p <
0,0005) nos pacientes do programa coletivo em
relação aos do programa
individual. Os autores concluiram que, para esses pacientes, o programa com
metodologia coletiva foi mais efetivo na motivação para o auto cuidado do que para
os pacientes da metodologia individual.
Micheli et al. (2005) demonstraram a importância dos controles periódicos de
manutenção do tratamento periodontal , aumentando desta forma as possibilidades
de sucesso a longo prazo. Nos trabalhos estudados foi observado que pacientes
não-colaboradores após o tratamento periodontal apresentaram periodontite
recorrente com uma taxa de perda de inserção de 3 a 5 vezes; relataram ainda que
a incidência de perda dental é inversamente proporcional à frequência das consultas
de terapia periodontal de suporte, ou seja, quanto mais espaçado o intervalo da
manutenção, maior será a mortalidade dentária. Os resultados mostraram que com o
controle e a manutenção, é possível prevenir ou reduzir a recorrência da doença
periodontal, a incidência da perda de dentes e/ ou implantes. Tem sido observado
que o aumento na porcentagem de cooperação dos pacientes é responsabilidade do
clínico, que percebe desde o início os pacientes não-colaboradores, para assim
adotar métodos individuais de motivação. Os autores concluíram que a contínua
realização da manutenção é fundamental para melhores resultados de um paciente
14
tratado, demonstrando também que a contínua comunicação beneficiará o paciente
em longo prazo.
Trentin et al. (2005) avaliaram o riscos comportamentais, psicossociais e de
gênero na prevalência e severidade da doença periodontal. Este estudo constitui-se
de uma amostra de 58 pacientes entre 20 e 57 anos, sendo 48 por cento do sexo
masculino e 52 por cento do feminino. Como instrumentos foram utilizados um
questionário para avaliar os fatores de risco comportamentais dos indivíduos e um
exame clínico intrabucal para avaliar a condição periodontal de cada paciente.
Quanto ao envolvimento periodontal independente do gênero, 39 por cento dos
pacientes apresentaram periodontite moderada (bolsa 4-6mm) e 36 por cento,
periodontite severa (bolsas > 6mm). Os autores chegaram à conclusão que a
presença de uma significativa correlação da severidade da doença periodontal com
os fatores de risco comportamentais e socioeconômicos analisados neste trabalho.
Este resultado vem corroborar estudos que afirmam que os estímulos estressores
podem ter essa correlação.
Figueiredo, Wassal e Flório (2006) avaliaram a associação entre algumas
características sócio-demográficas, como idade, gênero, condição econômica, nível
de escolaridade e estilo de vida em relação aos impactos dos problemas de saúde
bucal. A amostra foi constituída por 997 respondentes e foi selecionada através da
população cadastrada no Programa de Saúde da Família. Os resultados permitiram
concluir que a idade e o gênero não apresentaram relação com a escolha de estilo
de vida saudável. A condição econômica e o nível de escolaridade apresentaram
relação com a escolha de estilo de vida, sendo que indivíduos em classificações
econômicas mais favorecidas e maior nível de escolaridade apresentavam um estilo
de vida mais saudável. Os resultados mostraram também que o estilo de vida em
saúde bucal não apresentou relação com a frequência de impactos dos problemas
de saúde bucal e que o contexto de vida aos quais os indivíduos pertenciam, que foi
avaliado através da condição econômica, possuía mais peso sobre a freqüência de
impactos dos problemas de saúde bucal do que o estilo de vida adotado por estas
pessoas.
Staut e Fregoneze (2006) experimentaram e avaliaram a eficiência de 3
métodos diferentes de controle de placa bacteriana em indivíduos portadores de
deficiência visual, comparando a escovação habitual (grupo A), escovação orientada
(grupo B) e associação da escovação habitual com bochechos diários de
15
enxaguatório bucal a base de triclosan (grupo C). Foi realizada a mensuração do
IHO-S (Índice de Higiene Oral Simplificado) antes e após duas semanas da
utilização de cada um dos métodos. Os resultados demonstram uma redução da
placa bacteriana estatisticamente significativa de 30% no grupo A, 37% no grupo B e
45% no grupo C. Através dos resultados obtidos os autores chegaram à conclusão
que apenas a motivação para higiene bucal gerou uma diminuição de placa em
todos os indivíduos estudados. O método de higiene que demonstrou uma redução
mais efetiva foi à escovação habitual com bochechos de enxaguatório bucal a base
de triclosan; embora esta redução não seja estatisticamente significativa entre os
grupos, pode ser considerada clinicamente relevante.
Henriques et al. (2007) verificaram a saúde bucal e a auto-percepção de 61
idosos atendidos na FOAR/UNESP, no ano de 2001. Para avaliação da autopercepção utilizou-se o Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI) e o
questionário proposto por Silva & Castellanos Fernandes (2001). Um examinador
realizou exame clínico e adotou-se (0) para ausência e (1) para presença de
problemas periodontais ou cárie radicular e, quando da presença de próteses (0)
para não funcionais e (1) para funcionais. Realizou-se análise descritiva das
variáveis. Testou-se a reprodutibilidade a auto-percepção pelo texte e estatística de
Kappa (κ). Os pacientes foram agrupados em autopercepção “ótima”, “regular” e
“ruim”. A associação com doença periodontal, cárie radicular e uso de prótese foi
realizada pelo teste de qui-quadrado ou teste exato de Fisher, com significância de
5%. A maioria dos idosos afirmou nunca ter sofrido limitações devido a seus dentes,
gengivas ou próteses, entretanto, o Índice GOHAI global foi de 27,77, característico
de uma autopercepção ruim. Observou-se que 56% dos idosos apresentaram
doença periodontal, 38% cárie radicular e 92% dos idosos eram usuários de
próteses não funcionais. Houve baixa concordância entre os diferentes métodos de
avaliação (κ = 0,087) e associação não significativa entre o índice GOHAI e doença
periodontal (χ2=0,856; p=0,5133), cárie radicular (χ2=0,002; p=0,9636) e o uso de
próteses (Exato de Fisher: p=0,3286). Os autores concluíram que as condições de
saúde bucal apresentaram-se insatisfatórias e a auto-percepção mostrou-se ruim,
com associação não significativa com as variáveis clínicas doença periodontal, cárie
radicular e uso de prótese.
Nuto, Nations e Costa (2007) analisaram concepções, crenças, atitudes e
modelos explicativos para a doença em portadores de periodontite crônica, visando
16
a colaborar na comunicação clínica entre cirurgiões-dentistas e pacientes, e
contribuir para a adesão consciente ao tratamento. A amostra da pesquisa constou
de vinte pacientes provenientes dos cursos de especialização em periodontia da
Universidade de Fortaleza e da Associação Brasileira de Odontologia, em Fortaleza,
Ceará, Brasil. A coleta de dados deu-se no período de outubro de 2004 a janeiro de
2005. Referencial metodológico qualitativo foi utilizado para a interpretação da
subjetividade dos pacientes. Entrevistas semi-estruturadas foram realizadas no
intuito de obter relatos de "experiências vividas" dos doentes. Para a análise
temática do discurso, empregaram-se: as categorias empíricas constituídas no
próprio estudo, as frequências simples, os percentuais calculados e o refinamento
das classificações por temas. A partir dos relatos examinados, os autores concluíram
que os pacientes compreendem o processo saúde-doença periodontal por meio da
intermediação do conhecimento popular e científico, do envolvimento das condições
de vida e de trabalho e do acesso ao serviço de qualidade, ou seja, eles não
incorporam somente o discurso biomédico.
Pontes et al. (2007) verificaram se os alunos do último semestre do Curso de
Odontologia da UNIFOR têm motivação e conhecimento sobre higiene bucal,
avaliando sua capacidade em manter um adequado controle de placa em função da
frequência de escovação e utilização de métodos auxiliares. Vinte e cinco
voluntários de ambos os sexos (sete do gênero masculino e dezoito do feminino),
com idade entre 22 e 25 anos foram selecionados, utilizando-se como critérios de
inclusão a presença de todos os dentes com coroa íntegra ou restaurada
adequadamente e não ser portador de aparelho ortodôntico e/ou prótese fixa. Dois
índices foram utilizados para avaliar a quantidade de sangramento nos sulcos
gengivais e o grau de acúmulo de placa nos dentes examinados, por meio do índice
de sangramento gengival (ISG) e o índice de placa (IPL), respectivamente. A análise
estatística descritiva dos dados demonstrou que pequenas alterações em ambos os
índices foram observadas em relação ao uso ou não de métodos auxiliares para
controle de placa. Portanto, os alunos do último semestre do Curso de Odontologia
da UNIFOR possuem conhecimento suficiente para manter sua saúde bucal,
tornando-se potenciais agentes no cuidado em saúde bucal de seus pacientes.
Figueira
e
Leite
(2008)
investigaram
condições
socioeconômicas,
conhecimentos e práticas em saúde bucal de pais ou responsáveis e verificaram a
influência destes fatores sobre os cuidados que estes possuam com a saúde bucal
17
de seus filhos. A amostra foi constituída por 141 pais de alunos da 3ª e 4ª séries do
ensino fundamental da Escola Estadual Vieira Marques. Esta escola está localizada
na zona urbana do município de Santos Dumont/MG e faz parte do Programa de
Atenção à Saúde Bucal desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde. O
instrumento utilizado para a coleta dos dados foi um questionário auto-aplicável
composto por questões fechadas. Os dados foram analisados estatisticamente,
utilizando-se o programa Epi Info. Variáveis categóricas foram comparadas pelo
teste x2. O conhecimento odontológico dos pais mostrou-se baixo, a escovação
dentária foi a prática que teve maior adesão. Foi encontrada associação entre
procura
por
assistência
escolaridade(p=0,03)
e
o
odontológica
hábito
do
infantil,
renda
responsável
de
mensal
visitar
(p=0,003),
o
dentista
regularmente(p=0,0006) e entre auxílio ao menor durante a higienização bucal e o
hábito de escovação dentária pelos pais (p=0,03). Não foi encontrada associação
entre as variáveis pesquisadas e o controle da ingestão de guloseimas pelas
crianças. Os autores concluíram que há necessidade de ações em saúde bucal para
esta população, envolvendo atividades educativas e assistência clínica odontológica.
Os programas educativos destinados ao público infantil não devem se limitar a
transmitir informações para os pais sobre cuidados com a saúde bucal das crianças,
incluindo
também
ações
que
estimulem
os
responsáveis
a
adotarem
comportamentos saudáveis
Garcia e Caetano (2008) analisaram o conhecimento sobre etiologia evolução
e prevenção da cárie dentária e doença periodontal de professores de ensino
fundamental sobre a educação em saúde dos escolares. O presente trabalho
observou, mediante a aplicação de questionário, o conhecimento sobre etiologia,
evolução e prevenção da cárie dentária e doença periodontal, de professores de
Ciências (n = 75) e das demais disciplinas ministradas no Ensino Fundamental Ciclo II (n = 137) da rede pública de Araraquara - SP. Verificou-se que apenas 2,2%
do Ciclo II e 16,3% do Ciclo II - Ciências responderam adequadamente sobre a
placa bacteriana; a maioria dos entrevistados dos Ciclos II e II - Ciências associou a
cárie apenas à má higiene (58,5% e 65,7%, respectivamente); somente um pequeno
percentual dos professores dos dois grupos mencionou a etiologia da cárie como
sendo multifatorial - açúcares + bactérias + má higiene (Ciclo II - 6,9% / Ciclo II Ciências - 2,8%); 36,5% dos professores avaliados do Ciclo II e 42,7% do Ciclo II Ciências revelaram saber o que é a doença periodontal, e destes, a maioria
18
mencionou o sangramento e a infamação gengival como manifestações da doença
periodontal; dos professores que responderam saber qual a função do fúor (Ciclo II 80,3%; Ciclo II - Ciências - 82,7%), os maiores índices de respostas foram
proteger/fortalecer o esmalte dental contra os ácidos das bactérias (Ciclo II - 41,8%;
Ciclo II - Ciências - 50,0%) e prevenir o aparecimento de cárie (Ciclo II - 33,6%; Ciclo
II - Ciências - 37,1%). Os autores chegaram à conclusão que tanto os professores
do Ciclo II - Ciências quanto os demais professores do Ciclo II apresentaram
conhecimento sobre a cárie dentária e a doença periodontal deficiente.
Marin et al.
(2008) avaliaram o nível de aprendizado sobre doenças
periodontais dos pacientes em tratamento das Clínicas de Periodontia I e II da
UNIVALI no decorrer de 2006. Para o estudo foi constituída uma amostra não
probabilística de 63 pacientes divididos por gênero, sendo 23 homens (com idade
entre 21 e 70 anos) e 40 mulheres (com idade entre 12 e 78 anos). O instrumento de
dados foi um questionário com questões fechadas, aplicado pelos alunos da clínica
durante a anamnese e na última sessão do tratamento. A análise entre o nível de
informação no início e no término do tratamento foi efetuada por meio de
comparação das freqüências relativas das alternativas corretas. Os resultados
mostraram que houve uma evolução no nível de conhecimento, e, comparando- se
os gêneros, o grupo feminino apresentou melhores índices de acerto. Os autores
concluíram que, apesar da melhora do nível de informações, no que se refere aos
fatores de risco às doenças periondontais e às suas características clínicas, o nível
permaneceu relativamente baixo, necessitando assim receber mais atenção por
parte dos responsáveis pelo tratamento.
Martins et al. (2008) analisaram fatores associados à auto percepção da
necessidade de tratamento odontológico entre idosos. Foram pesquisados 5.326
indivíduos incluídos em amostra dos idosos (65-74 anos) brasileiros do inquérito
domiciliar de saúde bucal realizado em 2002/2003 pelo Ministério da Saúde. A
análise foi baseada no modelo de Gift, Atchison & Drury e foi utilizada a regressão
de Poisson para análise de inquéritos com amostras complexas. Os resultados
obtidos mostraram que, 2.928 (55%) idosos relataram necessitar tratamento
odontológico. A auto percepção dessa necessidade foi menor entre aqueles com 70
anos ou mais (RP=0,94; IC 95%: 0,89;0,99), que não receberam informações sobre
como evitar problemas bucais (RP=0,89; IC 95%: 0,83;0,95) e que eram edentados
(RP=0,68; IC 95%: 0,62;0,74). Foi maior entre aqueles que auto perceberam: saúde
19
bucal regular (RP=1,31; IC 95%: 1,21;1,41) ou ruim/péssima (RP=1,29; IC 95%:
1,19;1,41); aparência como regular (RP=1,23; IC 95%: 1,15;1,32) ou ruim/péssima
(RP=1,28; IC 95%:1,18;1,39); mastigação como regular (RP=1,08; IC 95%:
1,01;1,15) ou ruim péssima (RP=1,13; IC 95%:1,05;1,21); os que relataram dor nos
dentes ou gengivas nos seis meses anteriores ao inquérito (RP=1,27; IC 95%:
1,18;1,36); os que necessitavam de prótese em uma arcada (RP=1,29; IC 95%:
1,19-1,39) ou em ambas (RP=1,27; IC 95%: 1,16;1,40). Os autores concluíram que
informação, condições de saúde bucal e questões subjetivas estiveram associadas à
auto percepção da necessidade de tratamento odontológico. Os resultados reforçam
a necessidade de capacitar os indivíduos para realizarem o auto-exame bucal e
identificar precocemente os sinais e sintomas não dolorosos das lesões da mucosa,
da cárie e da doença periodontal.
Teixeira et al. (2009) desenvolveram um estudo exploratório sobre
experiência de cárie, condição gengival, ocorrência de fuorose e comportamento em
saúde bucal da Comunidade Beira-rio. Participaram do estudo 49 indivíduos de 1 a
50 anos de idade. Os resultados obtidos foram que, entre 1 e 2 anos, 50% já
apresentavam experiência de cárie, aumentando para 89% na faixa etária de 3 a 6
anos. Dos 7 aos 12 anos, somente 52,6% eram livres de cárie na dentição
permanente. Entre 21 e 50 anos, verifcou-se 100% de experiência de cárie. Não
foram observados casos de fluorose nos indivíduos examinados. Embora tenha sido
relatado que a maioria higienizava-se 2 vezes ao dia com escova e dentifrício, 100%
apresentavam placa bacteriana nos dentes examinados. O açúcar refinado faz parte
da alimentação dessa população, e todos os pais entrevistados relataram colocá-lo
nos alimentos dados aos filhos. Os autores concluíram que a comunidade necessita
de ações adequadas à realidade da população, tanto coletivamente quanto nas
alterações de hábitos individuais. Necessitando de educação para a prevenção dos
problemas bucais mais freqüentes e de atendimento precoce para a melhoria da
condição bucal da população.
20
5 MATERIAIS E MÉTODOS
Este estudo se caracterizou como uma pesquisa descritiva, do tipo
transversal, através da coleta de dados primários.
A população-alvo foram os pacientes da Clínica de Periodontia do curso de
Odontologia, no segundo semestre letivo de 2010. A amostra foi do tipo não
probabilístico, obtida por conveniência entre os sujeitos constituída por 40 pacientes
que por livre e espontânea vontade, aceitaram participar da pesquisa, mediante
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.(Anexo A).
O instrumento de coleta de dados foi um questionário estruturado com
dezesseis questões do tipo fechado distribuídas em dois campos. Um campo
abordava aspectos sobre a caracterização dos sujeitos (gênero, idade, grau de
escolaridade); o outro campo abordava assuntos sobre doença periodontal no que
dizia respeito à prevenção, à evolução das doenças, aos sinais clínicos e às
características gerais. (Anexo B).
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa da
Univali sob o número 253/10.
Os pacientes foram previamente esclarecidos quanto aos objetivos da
pesquisa e responderam o questionário que foi aplicado em dois tempos: na
consulta inicial e na consulta final do semestre.
Os dados foram tabulados e organizados, calculando-se a frequência relativa
das respostas emitidas para cada questão.
21
RESULTADOS
O grupo analisado ficou constituído por 40 sujeitos, sendo 57,50% (n=23) do
gênero masculino e 42,50% (n=17) do gênero feminino tendo uma variação de faixa
etária de 32 a 80 anos.
Gráfico 1 – Frequência das respostas à pergunta “Como agir para remover a placa
bacteriana”.
Gráfico 2 - Frequência das respostas à pergunta “Porquê ocorrre sangramento gengival”.
22
Gráfico 3 – Frequência relativa das respostas referentes ao tempo decorrido da última
consulta.
Gráfico 4 - Frequência relativa das respostas referentes ao local em que foi realizado o último
atendimento odontológico.
23
Gráfico 5 - Frequência relativa das respostas referentes ao motivo
odontológica.
da
última consulta
Gráfico 6 - Frequência relativa das respostas referentes à auto-avaliação da saúde bucal.
.
24
Gráfico 7 - Frequência relativa das respostas referentes à auto-avaliação da aparência dos
dentes.
Gráfico 8 - Frequência das respostas à pergunta “O que é placa bacteriana”.
25
Gráfico 9 - Frequência das respostas à pergunta “O que é cálculo ou tártaro”.
Gráfico 10 - Frequência relativa das respostas sobre a prática escovação dental diária.
26
Gráfico 11 - Frequência relativa das respostas sobre que usavam para realizar a higiene
bucal.
Gráfico 12 - Frequência relativa das respostas à pergunta “Quais são as características das
doenças periodontais”.
27
Gráfico 13 - Frequência relativa das respostas à presença de sintomas relacionadas às
doenças periodontais.
Gráfico 14 - Frequência relativa das respostas à pergunta “Sabe o que é placa dental”
28
DISCUSSÃO
A realidade de cada uma das pessoas, o modo de vida, as crenças, valores,
anseios, como se organizam na comunidade, como solucionam os problemas
individuais e coletivos, como adoecem, como tratam a doença, como usam o corpo,
qual o conceito de qualidade de vida, expectativa de ter doença ou saúde são
fundamentais para conhecermos o nosso paciente, e então ajudá-lo nas suas
necessidades de saúde (manutenção ou busca). (KRIGER et al., 1997)
Assim, o objetivo desta investigação preocupou-se quanto à formação de um
paciente diagnosticador no que diz respeito ao seu conhecimento sobre doenças
periodontais, sua percepção de saúde bucal, seus hábitos de higiene e estado da
saúde bucal, deste modo relacionando esses quesitos para uma avaliação do que
pode ser melhorado na auto-promoção de saúde bucal.
A promoção de auto-cuidado é uma das estratégias mais importantes no
cuidado primário da saúde. Compreende esforços que levam a mudanças individuais
de comportamento, visando estabelecimento de hábitos que proporcionam a
prevenção/controle das doenças e a descontinuidade daqueles que aumentam o
risco às doenças. (KRIGER et al., 1997)
Na análise dos resultados deste estudo, identificou-se que os sujeitos
integrantes apresentaram um bom conhecimento (frequência de acerto superior a
70%) quando questionados sobre como remover a placa bacteriana e porque ocorre
sangramento da gengiva. Associando-se este bom desempenho com a resposta à
pergunta sobre instrumentos utilizados para higiene bucal pode-se inferir que estes
sujeitos estão recebendo orientação sobre saúde bucal. Isso, provavelmente, é
resultado do diálogo do profissional com o paciente, além das informações que são
veiculadas pelos meios de comunicação sobre produtos de higiene bucal e sua
importância no uso diário.
A parte mais importante do tratamento odontológico se dá pela comunicação
profissional/paciente. Programas de motivação educacional em relação à higiene
bucal com métodos simples e eficientes para remoção do biofilme dental e
prevenção das doenças que ocasiona, são da maior importância na tentativa de se
implantar a escovação dos dentes como rotina de vida. (COUTO; COUTO e
29
DUARTE, 2003; PETRY; TOASSI, 2002; AQUILANTE et al. 2003; FERREIRA et al.
2004; UEMURA et al. 2004; CRUZ e COSTA, 2005; DUTRA e FERREIRA, 2005)
A orientação de higiene bucal na clínica de periodontia da Univali é feita
individualmente para cada paciente pelo aluno que realizará o seu tratamento
naquele semestre. São usados macromodelos de arcadas dentais e macromodelos
de escovas dentais para a visualização das técnicas de escovação, a forma correta
do uso do fio dental e a importância da higiene não só sobre as estruturas dentais,
mas em todas as estruturas que compõe a cavidade bucal.
Na questão que diz respeito ao conhecimento sobre a etiologia da placa
bacteriana e sobre as características da doença periodontal, a maioria entrevistada
não soube responder corretamente. Este desempenho pode ser resultado de
escassez de repasse de informação sobre a doença, tanto em nível individual (para
o paciente) como em âmbito coletivo através de campanhas educativas, fazendo
com que os pacientes não atuem como diagnosticadores. Muitos tiveram acertos
parciais e apenas relacionaram a doença com a mobilidade dental pela perda de
inserção. Os sinais como sangramento, inflamação e inchaço das gengivas foram
relacionados com a gengivite, e não como um progressão da doença que inicia-se
com a gengivite e pode progredir para a periodontite afetando os tecidos de
sustentação e causando o amolecimento dos dentes.
O que se percebe é que há uma ênfase nos aspectos higiênico-preventivos
em detrimento de informações que possam subsidiar um auto-diagnóstico. Desta
forma, a ausência da dor e a natureza crônica da maioria das doenças periodontais
fazem com que, muitas vezes, o paciente procure atendimento somente em estágios
avançados. (PEREIRA et al., 2003)
Sugere-se, portanto, uma abordagem mais explicativa e esclarecedora sobre
os sinais da doença e como ela pode progredir da gengivite para a
periodontite, mudando a forma de encaminhamento do paciente para que ele saiba
da importância do tratamento periodontal para o tratamento reabilitador.
A gengivite e a periodontite são as duas maiores formas de doenças
inflamatórias que afetam o periodonto. O fator etiológico dessas doenças é o
acúmulo do biofilme bacteriano, o qual pode iniciar o processo de destruição do
tecido gengival e do periodonto de inserção. Gengivite é a inflamação do tecido
gengival que não resulta em perda de inserção clínica. Periodontite é a inflamação
30
do tecido gengival e do aparato de inserção adjacente, caracterizada pela perda de
inserção de tecido conjuntivo e de osso alveolar. (PEREIRA, 2003)
Muitos
pacientes
desconhecem
a
natureza
multifatorial
da
doença
periodontal. Os problemas locais e sistêmicos abrangem uma ação conjunta de
atividade da doença que pode estar se manifestando pela má qualidade de higiene
bucal até a síntese de mediadores inflamatórios de forma irregular. Neste sentido, é
fundamental o repasse de informações sobre a diabetes e sua relação com as
doenças periodontais o que poderia servir de estímulo para a procura preventiva do
tratamento periodontal.
Na prevenção da doença periodontal, a motivação é a chave do sucesso. É
importante separar o que é motivar e o que é dar instruções sobre higiene bucal.
Motivação é o trabalho base para a instrução e esta deve incluir informações sobre a
patogênese da doença periodontal, sua etiologia e consequências, assim como os
princípios básicos para a sua prevenção. (KRIGER et al., 1997)
Quanto à percepção sobre saúde bucal, os resultados mostram que a maioria
dos pacientes classifica-a como regular e, ao relacionarmos a percepção de saúde
bucal com o conhecimento das características da doença periodontal, ratifica-se a
falta de conhecimento destes sujeitos. Portanto, é necessário desenvolver um
programa específico de repasse de informações e de motivação para os pacientes
da Univali. Estudos reforçam que o processo educativo é fundamental, pois
indivíduos bem instruídos têm uma melhor percepção de sua condição bucal,
participam mais ativamente do tratamento e tendem a realizar uma melhor higiene
bucal. (FERNANDES, 2001; BORTOLI et al. 2003; HENRIQUES et al. 2007;
MARTINS et al. 2008; SILVA; FIGUEIRA; LEITE, 2008)
Diversos artigos abordando programas educativos em saúde bucal têm
mostrado resultados positivos (PETRY; TOASSI, 2002; COUTO; COUTO; DUARTE;
2003; MAGALHÃES, 2003; STAUT; FROEGOENZE, 2006), portanto é válida a
diversificação de estratégias de programas educativos, podendo ser utilizados os
mais diversos meios, como: fascículos, posters, palestras, macro- modelos, visando
informação, motivação e auto-diagnóstico.
O trabalho conduzido por Marin et al. (2008), com pacientes da clínica de
periodontia, demonstrou que havia melhora percentual na evolução do nível de
conhecimento. Com base neste estudo anterior e nos resultados desta pesquisa,
31
podemos afirmar que é necessária a proposição de um programa educativo
específico, modificando e criando padrões de abordagem aos pacientes.
32
CONCLUSÕES
De acordo com a metodologia empregada e os resultados obtidos, pode se
afirmar que:
- Os pacientes responderam que sabiam da existência de placa bacteriana, mas a
maioria não soube conceituá-la de forma correta.
- Houve um grande percentual positivo sobre o conhecimento das formas de higiene,
dos artifícios que podem ser utilizados para realizá-la, e da freqüência assídua dos
pacientes ao dentista, porém os pacientes ainda possuem pouco conhecimento
sobre o seu estado de saúde bucal, tendo uma desconfiança em relação à aparência
dos seus dentes e do seu estado de saúde bucal. A maioria não utiliza meios
auxiliares de higiene como o fio dental.
- Há carência de conhecimentos sobre as características clínicas das doenças
periodontais e como elas podem progredir da gengivite para a periodontie.
Sugere-se a utilização de métodos explicativos mais claros sobre a saúde do
paciente tornando-o diagnosticador precoce de eventuais problemas relacionados a
doenças periodontais.
33
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7 ANEXOS
QUESTIONÁRIO
Data: ___/___/___
Idade:____________
Sexo: Masculino ( )
1 Sabe o que é placa bacteriana?
( ) Sim
( ) Não
2 Como pode ser removida a placa bacteriana?
( ) Escovação, fio dental e auxílio do dentista
( ) Através do bochecho com água
( ) Comendo frutas ou legumes
( ) Não sabe
3 Porque ocorre o sangramento na gengiva?
( ) Gengiva inflamada
( ) Devido ao dente estar cariado
( ) Pela mobilidade do dente
( ) Não sabe
4 Quando foi a última consulta?
( ) Nunca foi
( ) Menos de 1 ano
( ) Entre 1 e 2 anos
( ) 3 ou mais anos
Feminino ( )
36
5 Onde foi seu último atendimento?
( ) Serviço Público
( ) Serviço privado
( ) Convênio
( ) UNIVALI
( ) Outros
6 Qual foi o motivo da consulta?
( ) Rotina
( ) Dor
( ) Sangramento
( ) Cárie
( ) Estética
( ) Feridas, caroço
( ) Foi encaminhado
7 Como classifica sua saúde bucal?
( ) Não sabe
( ) Ruim
( ) Regular
( ) Boa
8 Como classifica a aparência de seus dentes?
( ) Não sabe
( ) Ruim
( ) Regular
( ) Boa
9 Sua gengiva sangra ao escovar?
( ) Sim
( ) Não
37
10 Sente dor em alguma parte da boca?
( ) Sim
( ) Não
11 Sente dor ao escovar os dentes ou ingerir alimento gelado?
( ) Sim
( ) Não
12 Placa Bacteriana é:
( ) restos de alimentos
( ) inflamação
( ) acúmulo de bactérias prejudiciais
13 Cálculo (tártaro) é:
( ) placa endurecida
( ) o mesmo que placa
( ) restos de alimentos
14 Frequência de escovação: ___________________________________
15 O que usa para realizar sua higiene bucal?
( ) escova de dentes
( ) fio dental
( ) escova interdental ou bitufo
( ) bochechos
( ) outros
16 Quais características da doença periodontal você conhece?
( ) inflamação das gengivas
( ) sangramento
38
( ) amolecimento dos dentes
( ) inchaço das gengivas
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