54º Congresso Brasileiro de Genética Resumos do 54º Congresso Brasileiro de Genética • 16 a 19 de setembro de 2008 Bahia Othon Palace Hotel • Salvador • BA • Brasil www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2 Estimativa da contribuição genética para o fenótipo conteúdo mineral ósseo utilizando pares de irmãs adolescentes Borges, PL1; Fonseca, RMC1; Fonseca, RMC2,3; França, NM2; Pereira, RW1,2 Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Ciências Genômicas e Biotecnologia, Universidade Católica de Brasília Nucleo de estudo em escolares, Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Educação Física, Universidade Católica de Brasília 3 Aluno Bolsista da CAPES [email protected] 1 2 Palavras-chave: Conteúdo mineral ósseo, hereditariedade, irmãs, adolescentes, massa óssea Existem alguns fatores que influenciam diretamente o pico de massa óssea, sendo que o componente genético é o principal responsável, correspondendo a uma variação de 60 a 80% na massa óssea adquirida Já é conhecido que pelo menos 90% do pico de massa óssea são adquiridos até os 18 anos de idade e que o risco de desenvolver osteoporose no futuro está diretamente relacionado ao ganho de conteúdo ósseo na infância e adolescência. Assim como a densidade mineral óssea, o conteúdo mineral ósseo (CMO) também é bastante utilizado para a avaliação da massa óssea em adolescentes, principalmente por não precisar delimitar a área óssea, que está em constante modificação durante esse período. Portanto, o objetivo desse presente estudo foi estimar o efeito da hereditariedade do CMO no colo do fêmur em pares de irmãs adolescentes. Foram avaliados 69 pares de irmãs consangüíneas com idades entre 10 e 20 anos (idade: 14,3 ± 2,40 anos; massa corporal: 48,2 ± 9,7 Kg; estatura: 155 ± 14,4 cm) de escolas da rede pública do Distrito Federal. A massa corporal e a estatura foram avaliadas por equipamentos padronizados. Também foi avaliado o estágio de maturação sexual segundo o método de Tanner e idade da menarca; o CMO do colo do fêmur foi obtido pelo exame de densitometria óssea realizada em um aparelho de absortometria de Raios X de dupla energia (DXA), da marca Lunar. Um modelo de regressão múltipla stepwise foi utilizado para estimar o efeito da hereditariedade entre a CMO do colo do fêmur das irmãs (p≤0,05). O efeito da hereditariedade foi considerado pelas mensurações realizadas nas irmãs mais velhas em relação as mais novas. Entre as variáveis analisadas (massa corporal, estatura, estágio maturacional, quantidade de anos após a menarca, e CMO do colo do fêmur), apenas o CMO do colo do fêmur e a quantidade de anos após a menarca das irmãs mais velhas, foram responsáveis pela variação de 28% no CMO das irmãs mais novas. Sendo que somente pelo CMO da irmã mais velha, é possível predizer 20% do CMO da irmã mais nova. A observação de que podemos explicar parte da variação do CMO utilizando pares de irmãs, mesmo utilizando um número ainda pequeno de pares, nos leva a crer que poderemos utilizar esta estratégia para um melhor entendimento de aspectos genéticos responsáveis pela variação no conteúdo mineral ósseo incorporando marcadores moleculares em nossos estudos e aumentando o número de pares de irmãs. Estas abordagens estão em fase de implementação. Apoio Financeiro: CNPq. 129