O Paciente Difícil de Tratar com Diabetes e Várias Comorbidades, Parte 3: Controle Glicêmico na Doença Renal Crônica Amena a Moderada Apoiado por um subsídio educacional independente de Boehringer Ingelheim e Lilly Dr. PhD André Scheen: Olá e bem-vindos a este programa educativo da Medscape, O Complexo Paciente com Diabetes e Comorbidades, Parte 3: Controle Glicêmico na Doença Renal Crônica Amena a Moderada. Eu sou o Dr. PhD André Scheen, Chefe da Divisão de Diabetes, Nutrição e Distúrbios Metabólicos e também Chefe da Unidade de Farmacologia Clínica da Universidade de Liège, na Bélgica. http://www.medscape.org/viewarticle/774379 http://www.theheart.org/article/1477705.do O Paciente Difícil de Tratar com Diabetes e Várias Comorbidades, Parte 3: Controle Glicêmico na Doença Renal Crônica Amena a Moderada Neste programa, estou acompanhado de Stefano Del Prato, que é Professor de Endocrinologia e Metabolismo no Departamento de Medicina Clínica e Experimental na Universidade de Pisa, na Itália. Seja bem-vindo, Stefano. Dr. Stefano Del Prato: Obrigado. Dr. Scheen: Neste programa, nos concentraremos em duas questões importantes: Primeiro, a limitação do uso de agentes anti-hiperglicêmicos tradicionais em pacientes diabéticos com doença renal crônica amena a moderada (DRC); e segundo, o uso de opções de tratamento baseados em incretinas para se conseguir o controle glicêmico em pacientes diabéticos com DRC amena a moderada. Stefano, você tem um caso que gostaria de apresentar para iniciar nossa discussão? http://www.medscape.org/viewarticle/774379 http://www.theheart.org/article/1477705.do O Paciente Difícil de Tratar com Diabetes e Várias Comorbidades, Parte 3: Controle Glicêmico na Doença Renal Crônica Amena a Moderada Dr. Del Prato: Sim, tenho, sim. Tenho um. Eu gostaria de relatar o caso de Ewan Anthony. Anthony é um homem de 70 anos, que veio até a clínica para um check-up de rotina. Tem diabetes há 8 anos. Também tem hipertensão, que foi diagnosticada 12 anos atrás. No passado, teve também um infarto do miocárdio e tem doença coronária. Nós o atendemos na clínica. Sua pressão arterial era 142/88 mmHg, com batimentos de 64, e o IMC [índice de massa corpórea], como acontece com frequência, está na faixa mais alta, a 29 kg/m2. http://www.medscape.org/viewarticle/774379 http://www.theheart.org/article/1477705.do O Paciente Difícil de Tratar com Diabetes e Várias Comorbidades, Parte 3: Controle Glicêmico na Doença Renal Crônica Amena a Moderada Fizemos alguns exames laboratoriais, e aqui estão os resultados: ele tem uma hemoglobina glicada (A1c) de 8,1% e uma creatinina sérica de 1,4 mg/dL, o que leva a uma TFG [taxa de filtração glomerular] calculada em 50 mL/min. O paciente tem feito exames renais regulares desde o diagnóstico do diabetes. Como acontece com frequência, sua TFG vem diminuindo com o tempo. A relação albumina:creatinina é superior a 10 mg/mmol. Ele está sendo medicado. Está sendo tratado com lisinopril e também está tomando hidroclorotiazida e beta-bloqueador. Está tomando aspirina e também está tratando seu diabetes com metformina 1 grama duas vezes ao dia. Dr. Scheen: Stefano, vejo que esse paciente é tratado com metformina. Você acha que ele ainda é um bom candidato ao tratamento com metformina, considerando que sua TFG é de cerca de 50 mL/min? http://www.medscape.org/viewarticle/774379 http://www.theheart.org/article/1477705.do O Paciente Difícil de Tratar com Diabetes e Várias Comorbidades, Parte 3: Controle Glicêmico na Doença Renal Crônica Amena a Moderada Dr. Del Prato: Essa é uma questão clínica muito comum. Há muita discussão sobre o uso da metformina em indivíduos com diabetes tipo 2, particularmente quando o nível de doença renal está alto. As orientações oficiais tendem a ser um pouco mais rigorosas. Nos últimos anos, tem-se discutido muito sobre o benefício potencial que a metformina pode oferecer em termos de proteção cardiovascular. Lembre-se que o Anthony teve um infarto do miocárdio no passado. Porém, existe essa questão da função renal. Acho que, nesse momento, a recomendação comum é a que também foi reiterada recentemente pelo Instituto Nacional de Saúde e Excelência Clínica (NICE) e pelo posicionamento da Associação Americana de Diabetes (ADA)/Associação Europeia de Estudo do Diabetes (EASD), que foi publicado alguns meses atrás. O que está sendo recomendado é que se tenha cautela com a metformina. Deve-se evitar a metformina se a TFG estiver abaixo de 30 mL/min. Se estiver acima disso, a metformina pode ser usada com cautela. A dose de metformina pode ser reduzida caso a TFG esteja entre 30 mL/min e 40 mL/min. A ideia é não perder o benefício potencial da metformina, mas não administrá-la em pacientes com disfunção renal. http://www.medscape.org/viewarticle/774379 http://www.theheart.org/article/1477705.do O Paciente Difícil de Tratar com Diabetes e Várias Comorbidades, Parte 3: Controle Glicêmico na Doença Renal Crônica Amena a Moderada Dr. Scheen: Sim, concordo plenamente com esse posicionamento. Stefano, vejo que seu paciente tem uma A1c de aproximadamente 8,1%. Portanto, requer um segundo agente anti-hiperglicêmico. Como você decide qual agente usar no paciente com algum grau de disfunção renal? Dr. Del Prato: Esse é outro dilema clínico comum, embora eu acredite que, agora, as coisas melhoraram por causa das orientações oficiais como, por exemplo, o posicionamento mais recente da ADA/EASD. Já não temos uma orientação fixa, mas a sugestão de que precisamos personalizar o tratamento, a fim de que se faça um gerenciamento da doença centrado no paciente. O que isso significa é que, se você tem um paciente que não está fazendo um bom controle glicêmico, você vai querer melhorar isso, mas precisa equilibrar o benefício potencial de um tratamento com o risco. Em outras palavras, precisa calcular a relação risco-benefício para esses pacientes, como foi sugerido pela ADA/EASD ao acrescentar uma segunda droga. Você quer considerar a eficácia. Você precisa definir sua meta e também considerar o risco de hipoglicemia, o efeito no peso corporal, contraindicações e assim por diante. Então, existe a possibilidade de tentar individualizar o tratamento; se você quer fazer isso, você tem de estar ciente dos prós e contras ao escolher o tratamento que está disponível. http://www.medscape.org/viewarticle/774379 http://www.theheart.org/article/1477705.do O Paciente Difícil de Tratar com Diabetes e Várias Comorbidades, Parte 3: Controle Glicêmico na Doença Renal Crônica Amena a Moderada Precisamos entender qual é a eficácia, mas também precisamos considerar qual é a implicação potencial em termos de risco de hipoglicemia, qual é o efeito no peso corporal, qual é o risco em termos de doença cardiovascular. O que eu quero dizer com risco é o risco associado com o tratamento, mas também o benefício potencial que o tratamento pode proporcionar, além do tipo de dosagem que você está usando, porque isso pode melhorar a aderência ao tratamento. Obviamente, você tem de levar em consideração a contraindicação e a função renal; O Anthony é um típico exemplo disso. http://www.medscape.org/viewarticle/774379 http://www.theheart.org/article/1477705.do O Paciente Difícil de Tratar com Diabetes e Várias Comorbidades, Parte 3: Controle Glicêmico na Doença Renal Crônica Amena a Moderada Acho que é muito importante considerar todo o cenário de pacientes, porque o Anthony, como mencionei e como se demonstrou nos resultados dos exames laboratoriais, tem uma disfunção renal. A função renal está associada com um aumento no risco de hipoglicemia. A hipoglicemia em pacientes com um infarto do miocárdio anterior é algo que procuramos evitar. Existe uma forma de tentar identificar o risco de hipoglicemia, porque a idade é um fator, como a presença de complicações, a disfunção renal, neuropatia, duração da doença e peso corporal também são, todos, pistas que podem ser usadas para identificar pessoas com risco aumentado de hipoglicemia. Eu gostaria de calcular qual é o benefício potencial e qual é o dano potencial ao qual estou submetendo o Anthony, ao escolher o tratamento que vou acrescentar à metformina. Dr. Scheen: Concordo. Acho que a sulfonilureia, provavelmente, não é uma boa escolha para esse tipo de paciente, por causa do risco de hipoglicemia em um paciente que já sofre de doença coronária. Você mencionou o risco de hipoglicemia. Concordo com você. Isso significa que seu paciente é um bom candidato a uma terapia com incretinas? http://www.medscape.org/viewarticle/774379 http://www.theheart.org/article/1477705.do O Paciente Difícil de Tratar com Diabetes e Várias Comorbidades, Parte 3: Controle Glicêmico na Doença Renal Crônica Amena a Moderada Dr. Del Prato: Essa é uma boa sugestão. A incretina deveria ser considerada, porque, como você sabe, o tratamento com incretina, inibidores da dipeptidil-peptidase-4 (DPP-4) e com agonistas do receptor do peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1) estão associados com um risco muito baixo de hipoglicemia. Você até pode ter hipoglicemia, se essas drogas forem usadas em combinação com um agente hipoglicêmico clássico —sulfonilureias, como você mencionou— mas, sozinhos, eles estão associados com um risco muito baixo de hipoglicemia. E não apenas isso, mas eles não têm um impacto negativo no peso corporal. Na verdade, o agonista do receptor do GLP-1 pode reduzir o peso corporal, e os inibidores da DPP-4 são praticamente neutros. Também estão associados com uma melhora significativa no controle glicêmico. Acho que essa é uma solução potencial. É algo que vamos querer considerar para o Anthony em termos de segunda droga a ser acrescentada à metformina. Dr. Scheen: A próxima pergunta é: que tipo de terapia com incretinas —porque, se você considerar, tem a opção entre inibidores da DPP-4 e agonistas do receptor do GLP-1— qual será sua preferência para esse tipo de paciente? http://www.medscape.org/viewarticle/774379 http://www.theheart.org/article/1477705.do O Paciente Difícil de Tratar com Diabetes e Várias Comorbidades, Parte 3: Controle Glicêmico na Doença Renal Crônica Amena a Moderada Dr. Del Prato: Como mencionei, tanto os agonistas do receptor do GLP-1 quanto os inibidores da DPP-4 estão associados com nenhum risco de hipoglicemia, são muito simples, muito neutros em termos de peso corporal. Existem algumas diferenças. No desenho que está sendo mostrado, pode-se identificar quais são as diferenças potenciais. A principal diferença, eu diria, no entanto, é o efeito sobre o peso corporal. Os agonistas do receptor do GLP-1 estão associados a ou pode-se esperar que tenham efeito na redução do peso corporal até certo ponto, enquanto os inibidores da DPP-4 geralmente são neutros. Sempre existe também outra diferença importante. Uma droga, o agonista do receptor do GLP-1, é injetável, e a outra é um comprimido. É administrada por via oral. Isso também deve ser levado em consideração, porque a aderência ao tratamento de um paciente deve ser considerada como uma forma de melhorar a durabilidade de um tratamento também em termos de eficácia. http://www.medscape.org/viewarticle/774379 http://www.theheart.org/article/1477705.do O Paciente Difícil de Tratar com Diabetes e Várias Comorbidades, Parte 3: Controle Glicêmico na Doença Renal Crônica Amena a Moderada Existe outra questão importante, que precisa ser considerada, que é muito importante no caso do Anthony. É a presença de disfunção renal. Também precisamos avaliar qual é o impacto ou qual é a contraindicação ou a recomendação para o uso de diferentes inibidores da DPP-4 e agonistas do receptor do GLP-1 com respeito à função renal. Isso está sendo mostrado neste slide aqui. Você pode ver que existem diferenças. Para alguns dos inibidores da DPP-4, existe a necessidade de reduzir, pelo menos pela metade, a dose usual, caso haja uma disfunção renal amena a moderada. No caso da linagliptina, que não tem excreção renal, não existe sugestão ou recomendação para ajustar a dose. Quanto aos agonistas do receptor do GLP-1, não existem recomendações específicas para manter o tratamento no caso de disfunção renal amena a moderada. Grosso modo, eu diria que existe uma melhor flexibilidade com respeito à disfunção renal com os inibidores da DPP-4 do que com os agonistas de receptor do GLP-1 e com algumas diferenças entre os diversos inibidores da DPP-4. Dr. Scheen: Acho que outra questão importante é o objetivo. Você deve ir ao encontro desses tipos de pacientes com doença coronária e disfunção renal. Nossa próxima pergunta seria: qual é o objetivo para o seu paciente? Como você tratará esse paciente para alcançar esse objetivo? http://www.medscape.org/viewarticle/774379 http://www.theheart.org/article/1477705.do O Paciente Difícil de Tratar com Diabetes e Várias Comorbidades, Parte 3: Controle Glicêmico na Doença Renal Crônica Amena a Moderada Dr. Del Prato: Já estivemos discutindo o gerenciamento do tratamento centrado no paciente. Não é só questão de individualizar o tratamento. É individualizar o objetivo do tratamento também. Após a publicação dos grandes estudos e análise do efeito de um melhor controle glicêmico e eventos cardiovasculares, houve um posicionamento da ADA e da Associação Americana de Cardiologia. Eles deram a seguinte sugestão. Se você tem uma pessoa com uma expectativa de vida limitada, com um histórico de hipoglicemia, com a presença de complicações em estágio avançado, um controle glicêmico mais liberal e menos rigoroso deveria ser adotado; porém, se você tem uma pessoa jovem, com uma expectativa de vida longa, curta duração da doença e, por padrão, qualquer indivíduo diagnosticado com diabetes recentemente e sem doença cardiovascular significativa naquele paciente, um tratamento mais agressivo e mais intenso deve ser recomendado, porque sabemos que um bom controle glicêmico pode reduzir o risco de complicações microvasculares, inclusive nefropatia diabética. Fazendo isso, talvez você possa também ajudar a reduzir o risco de complicações cardiovasculares/microvasculares. Esse é um conceito muito bom. A questão é: como pode-se fazer isso? Como pode-se implementar isso? Com alguns amigos nossos, estamos analisando essa figura aqui e propusemos uma sugestão: que usar as primeiras quatro letras do alfabeto pode ajudar a individualizar o objetivo do tratamento. O que eu quero dizer é que pode-se considerar A como idade, porque a idade define a expectativa de vida. B http://www.medscape.org/viewarticle/774379 http://www.theheart.org/article/1477705.do O Paciente Difícil de Tratar com Diabetes e Várias Comorbidades, Parte 3: Controle Glicêmico na Doença Renal Crônica Amena a Moderada é o fenótipo para os pacientes, o peso corporal que querem considerar. C é a presença e ausência ou gravidade ou severidade da complicação. D é a duração da doença. Pode-se também acrescentar E. Um E é interessante, porque o E tem três braços, e cada braço pode ter um significado diferente: E de etiologia, E de economia, E de educação. Com todos esses, pode-se tentar identificar qual é a meta individual. Essa abordagem foi reconhecida e oficializada pelas orientações mais recentes da ADA. A sugestão é que a A1c deve ser inferior a 7% para a maioria das pessoas, mas devemos individualizá-la para outras pessoas que podem ter um risco mais alto em caso de tratamento intensivo. Para o Anthony — ou seja, voltando à sua pergunta— é A1c de 8,1%. Eu diria que, agora, minha meta deve levá-lo a aproximadamente ou abaixo de 7,5%, porque acho que isso nos dará o equilíbrio certo entre os riscos e os benefícios. Dr. Scheen: Concordo. Parece razoável, eu acho. O que você espera que acontecerá com a A1c e com a função renal desse paciente se acrescentar, por exemplo, um inibidor da DPP-4? http://www.medscape.org/viewarticle/774379 http://www.theheart.org/article/1477705.do O Paciente Difícil de Tratar com Diabetes e Várias Comorbidades, Parte 3: Controle Glicêmico na Doença Renal Crônica Amena a Moderada Dr. Del Prato: Eu realmente espero baixá-la para 7,5%, porque essa é a meta que eu estabeleci. Acho que há uma possibilidade, porque temos dados aqui, no caso, por exemplo, o uso do inibidor da DPP-4 linagliptina, que tem a vantagem de uma não-alteração na dosagem, como uma função das mudanças na TFG. Na análise agrupada a respeito da função renal que vocês podem observar neste slide, não importava qual droga seria acrescentada ou até mesmo se ela seria utilizada como monoterapia; a eficácia é mantida para cada categoria de disfunção renal. Eu esperaria poder conseguir essa redução em A1c e fazer um controle glicêmico muito mais satisfatório com o Anthony. Dr. Scheen: Considerando a função renal? http://www.medscape.org/viewarticle/774379 http://www.theheart.org/article/1477705.do O Paciente Difícil de Tratar com Diabetes e Várias Comorbidades, Parte 3: Controle Glicêmico na Doença Renal Crônica Amena a Moderada Dr. Del Prato: Considerando a função renal, eu não esperaria nenhuma grande implicação. Embora, nesse momento, tenha sido apresentado um trabalho muito intrigante. O que foi feito é que dados sobre isso eram uma análise agrupada de todas as pessoas tratadas com linagliptina e analisando as pessoas com função renal prejudicada e a albuminúria. Os resultados mostram que, nessas pessoas, 52 semanas de tratamento com linagliptina foram associadas com a redução de albuminúria, A albuminúria é um marcador de perda de função renal. Interessantemente, essa produção de albuminúria não está diretamente relacionada à melhora da glicemia. É um efeito independente. Essa pode ser a causa do efeito potencial sobre o nível do rim; esse tratamento pode ter um impacto positivo potencial. São dados provenientes sobretudo da observação. Seriam necessários dados específicos e um estudo de longo prazo para tirar conclusões. Apenas para encurtar a estória, eu não esperaria nenhum grande impacto sobre a função renal atual do Anthony. Eu esperaria apenas uma melhora no controle glicêmico, sem hipoglicemia, sem aumento no peso corporal e mantendo a mesma função renal que ele tem agora. http://www.medscape.org/viewarticle/774379 http://www.theheart.org/article/1477705.do O Paciente Difícil de Tratar com Diabetes e Várias Comorbidades, Parte 3: Controle Glicêmico na Doença Renal Crônica Amena a Moderada Dr. Scheen: Obrigado. Vamos fazer um resumo do que aprendemos hoje. Primeiro, os pacientes com diabetes tipo 2 têm um alto risco de desenvolver disfunção renal. Segundo, os pacientes diabéticos com função renal reduzida têm um maior risco de ter um evento hipoglicêmico, particularmente, com as sulfonilureias. Terceiro, um controle glicêmico adequado é essencial para prevenir ou retardar o progresso da disfunção renal. http://www.medscape.org/viewarticle/774379 http://www.theheart.org/article/1477705.do O Paciente Difícil de Tratar com Diabetes e Várias Comorbidades, Parte 3: Controle Glicêmico na Doença Renal Crônica Amena a Moderada É importante usar agentes anti-hiperglicêmicos bem tolerados e eficazes para conseguir o controle glicêmico em pacientes com disfunção renal. A metformina, que é uma primeira opção, pode continuar sendo utilizada com ajustes de dose até que se alcance uma TFG de 45 mL/min. Os inibidores da DPP-4 são agentes hiperglicêmicos classificados recentemente, que proporcionam uma redução importante na A1c, com baixo risco de hipoglicemia e sem perda de peso. A linagliptina pode ser usada em pacientes com doença renal amena a moderada, sem a necessidade de ajuste de dose. Obrigado por assistir a este programa. Esperamos que você o tenha achado interessante e que as informações possam ajudá-lo a melhorar o controle glicêmico de seu paciente diabético com disfunção renal amena a moderada. http://www.medscape.org/viewarticle/774379 http://www.theheart.org/article/1477705.do O Paciente Difícil de Tratar com Diabetes e Várias Comorbidades, Parte 3: Controle Glicêmico na Doença Renal Crônica Amena a Moderada Muito obrigado, Stefano. Essa transcrição foi editada em termos de estilo e clareza. http://www.medscape.org/viewarticle/774379 http://www.theheart.org/article/1477705.do