Lira ALBC, Albuquerque JC, Lopes MVO PERFIL DOS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM PRESENTES EM PACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS Artigos de Pesquisa NURSING DIAGNOSES PROFILE PRESENTED BY RENAL TRANSPLANTED PATIENTS Ana Luisa Brandão de Carvalho Lira* Jaqueline Galdino Albuquerque** Marcos Venícios de Oliveira Lopes*** RESUMO: O estudo dos diagnósticos de enfermagem em pacientes transplantados renais proporciona uma linguagem própria e delimita o âmbito de competências do enfermeiro. Objetivou-se analisar a distribuição dos diagnósticos de enfermagem, conforme a taxonomia da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA), características definidoras e fatores relacionados presentes em pacientes transplantados renais. Trata-se de estudo quantitativo do tipo transversal, de caráter exploratório e descritivo, realizado em hospital universitário, localizado na cidade de Fortaleza-CE. Foram avaliados 58 pacientes entre 2004 e 2005. Os dados foram coletados através de entrevista e exame físico. Identificou-se 38 diagnósticos de enfermagem, sendo 10 significativos: risco de infecção, percepção visual perturbada, percepção auditiva perturbada, padrão de sono perturbado, nutrição desequilibrada, fadiga, disfunção sexual, dor aguda, padrões de sexualidade ineficazes e risco de nutrição desequilibrada. O estudo desses diagnósticos proporcionou maior conhecimento da realidade dos pacientes, visando a implementação futura das ações de enfermagem. Palavras-chave: Perfil de saúde; diagnóstico de enfermagem; transplante renal; NANDA. ABSTRACT ABSTRACT:: The study of nursing diagnoses in renal transplanted patients provides proper language and defines the extent of caretaker´s competences. The aim was to analyze the distribution of nursing diagnosis, according to North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) taxionomy, defining characteristics and related factors in renal transplanted patients. It is a quantitative cross-sectional, exploratory, and descriptive study accomplished at an academical hospital, in Fortaleza-CE. Fifty eight patients were analysed from 2004 to 2005. Data were collected by means of interview and physical exam. 38 nursing diagnoses were identified and 10 were more significant: infection risk, disturbed visual perception, disturbed hearing perception, disturbed sleeping pattern, unbalanced nutrition, fatigues, sexual dysfunction, sharp pain, ineffective sexuality patterns and risk of unbalanced nutrition. The study of those diagnoses provided larger knowledge of the patients’ reality, contributing for future implementation of nursing actions. Keywords: Health profile; nursing diagnosis; renal transplant; NANDA. INTRODUÇÃO O transplante renal é hoje uma terapêutica amplamente utilizada no tratamento de pacientes portadores de insuficiência renal crônica. O transplante renal envolve a transferência do órgão de um doa- dor vivo ou cadáver humano para um receptor com doença renal em estágio terminal1. Os pacientes renais devem ser agentes ativos e participantes do seu processo de recuperação e adapR Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2007 jan/mar; 15(1):13-9. • p.13 Diagnósticos de enfermagem em transplantados renais tação aos impasses que a doença crônica lhes impõe, no qual se destaca a relevância do programa educativo promovido por equipe multiprofissional. Tal abordagem educativa deve ser implementada também pelo enfermeiro, em sua função de educador, atendendo as necessidades humanas afetadas do renal crônico2. Considerando as respostas humanas individuais e familiares que envolvem o transplantado renal, é possível perceber a existência ainda incipiente de estudos sobre diagnósticos de enfermagem nessa população. Essa problemática e a vivência com esses pacientes determinaram o interesse por esta pesquisa cujo objetivo é analisar a distribuição dos diagnósticos de enfermagem conforme a taxonomia da North American Nursing Disgnosis Association (NANDA), características definidoras e fatores relacionados presentes em pacientes transplantados renais. REFERENCIAL TEÓRICO O agir e o pensar relacionados à assistência ao ser humano devem ser prioridades na área da saúde, principalmente para a enfermagem que tem o cuidar como um dos elementos essenciais da sua prática. Na implementação do cuidado, é observado o processo de enfermagem, que se organiza em cinco etapas: o histórico, o diagnóstico de enfermagem, a prescrição de enfermagem, a implementação e a avaliação3. Esse processo é uma abordagem para a solução de problemas do cliente e habilita o enfermeiro a organizar e a administrar os cuidados de enfermagem, diferenciando sua prática dos demais profissionais de saúde. O diagnóstico de enfermagem é uma etapa que se reveste de singular importância, pois fornece meios para propor intervenções de responsabilidade exclusiva do enfermeiro quanto aos problemas de saúde detectados. O estudo desse diagnóstico proporciona ainda o uso de uma linguagem própria do enfermeiro, facilitando a comunicação com os pacientes. Desde 1973, a idéia da criação de um sistema de classificação das práticas de enfermagem vem sendo desenvolvida. Inicialmente, foi criado o National Group for the Classification of Nursing Diagnosis, que a partir da 5a Conferência sobre Diagnósticos de Enfermagem passou a ser chamado NANDA. Essa organização é encarregada do sistema de classificação dos diagnósticos de enfermagem4. p.14 • R Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2007 jan/mar; 15(1):13-9. Atualmente, essa associação passou a ser denominada NANDA Internacional, considerando a difusão de sua taxonomia em diversos países. Em 1986, os diagnósticos foram colocados pela NANDA na estrutura de respostas humanas. Dois anos depois, acompanhando a revisão do processo diagnóstico, outros diagnósticos foram adicionados ao sistema de classificação, o qual foi denominado Taxonomia I5. Hoje é utilizada a Taxonomia II. Essa taxonomia é uma linguagem de enfermagem que proporciona uma terminologia útil na prática clinica. A taxonomia II é definida com 13 domínios, 47 classes e 172 diagnósticos6. O enfermeiro atua de forma a interpretar, analisar e julgar os problemas de saúde atuais ou potencias baseados na manifestação das respostas humanas do paciente. É importante para a prática clínica basear-se no diagnóstico de enfermagem, haja vista o mesmo ter sido criado com o intuito de padronizar uma linguagem para a profissão. Além disso, o uso do processo de enfermagem reflete a variedade, a complexidade e a cientificidade do cuidar em enfermagem. METODOLOGIA E studo transversal, de caráter exploratório e descritivo. A pesquisa foi realizada no ambulatório de transplante renal de um hospital universitário da cidade de Fortaleza-Ceará. A população foi composta por 265 transplantados renais que estavam sendo regularmente acompanhados. A amostra foi determinada a partir da aplicação da seguinte fórmula: Nessa fómula, n = tamanho da amostra; t1%=valor tabelado da distribuição t de Student ao nível de significância de 1%; e = erro amostral absoluto; N = tamanho da população; Q = porcentagem complementar (100-p); P = prevalência do fenômeno em estudo. Foram considerados como parâmetros o nível de significância de 1%, o erro amostral de 3% e a população de 265 pacientes. O fenômeno considerado para avaliar os transplantados renais foi a Insuficiência Renal Crônica, cuja prevalência foi considerada como 0,02% 7. Neste estudo, consideramos a prevalência de 1% para aumentar o tamanho da amostra e, dessa forma, melhorar a predição dos resultados. A partir da aplicação da fórmula, definiu-se um total de 58 indivíduos para compor a amostra. Lira ALBC, Albuquerque JC, Lopes MVO Os critérios de inclusão no estudo foram: ser transplantado no serviço, não importando o tipo de doador; estar em acompanhamento ambulatorial; aceitar participar da pesquisa, assinando o termo de consentimento; ser adulto (18 a 65 anos). Os critérios de exclusão foram: estar hospitalizado no momento da coleta de dados; apresentar alterações físicas e / ou mentais que impedissem a coleta dos dados; pacientes transplantados renais com câncer, doença cardíaca avançadas, doença pulmonar avançada, doença hepática progressiva, doença vascular cerebral, coronariana ou periférica extensa. A coleta dos dados deu-se através de um roteiro de entrevista e da realização do exame físico, realizada nos dias de retorno ao acompanhamento ambulatorial. O período de coleta ocorreu de dezembro de 2004 a abril de 2005. Os dados foram organizados em tabelas com indicação de freqüências absolutas e percentuais, separatrizes e intervalos de confiança (95%). Para avaliação do total de diagnósticos de enfermagem, características definidoras e fatores relacionados foram apresentadas as medidas de tendência central e dispersão, ademais de aplicar o Teste de KolmogorovSmirnov para verificação da normalidade dos mesmos. O projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará, de acordo com as disposições da Resolução 196/19968, definidora das diretrizes e das normas regulamentadoras da pesquisa envolvendo seres humanos, recebendo parecer favorável. Foram obtidos o consentimento prévio dos pacientes e a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os 58 clientes transplantados renais estu- dados eram, em sua maioria, do sexo masculino (62,1%), com idade média de 40,86 anos (±11,74 anos). A freqüência de pacientes transplantados renais foi maior na faixa de idade de 34 a 49 anos (39,7%). Em relação ao estado civil, 51,7% tinham companheiros, com a média de 1,91 (± 2,16) filhos. Os transplantados renais desta investigação eram, em sua maioria, aposentados (62,1%). Quanto à escolaridade, 43,1% tinham apenas o ensino fundamental incompleto e 17,2%, o ensino médio completo. Cerca de 74% desses pacientes eram católicos. Um estudo descritivo e exploratório com pacientes adultos transplantados renais9 apresentou os seguintes resultados: a maioria era do sexo masculino (58,33%), com nível de escolaridade fundamental (61,11%) e trabalhador aposentado (80,56%). Comparando-se tais resultados9 com a presente pesquisa, há aproximação do perfil da clientela quanto ao sexo, ao nível de instrução e à condição de ser aposentado. Em um estudo descritivo com adolescentes transplantados renais10, foi observado que a doença surge de forma repentina e intensa e, até sua recuperação, o adolescente fica afastado da sua escola para tratamento. A oportunidade de dar continuidade aos estudos por parte do adolescente fica reduzida, devido às sessões de hemodiálise antes do transplante e às limitações e cuidados pós-transplante. Quanto à procedência, 79,3% dos pacientes transplantados renais desta investigação eram de cidades do interior do Estado ou de outros Estados da nação. A renda familiar variou de 0 a 19 salários mínimos (260,00 reais) no período, estando a maioria (62,1%) na faixa de 0 a 3,5 salários, com média de 4,44 salários e desvio padrão de 4,05. Foram identificadas 113 características definidoras nos pacientes deste estudo. Dessas, 28 estiveram acima do percentil 75 e eram relacionadas à percepção sensorial, dor, sexualidade, atividade, repouso, sistema gastrintestinal e locomotor. A maioria dessas características esteve presente em menos de 30% dos pacientes com transplante renal, indicando características individuais e, portanto, não generalizáveis à população. Entre as características comuns da maioria, estão a mudança relatada ou medida na acuidade sensorial (69,0%), as distorções visuais (67,2%) e três ou mais despertares durante a noite (63,8%), conforme mostra a Tabela 1. Foram identificados 38 diagnósticos de enfermagem nos pacientes entrevistados. Desses, 10 diagnósticos se encontravam acima do percentil 75, entre os quais os diagnósticos nutrição desequilibrada: mais do que as necessidades corporais e risco de nutrição desequilibrada: mais do que as necessidades corporais; ambos pertencem ao domínio nutrição e à classe ingestão; dois diagnósticos pertencem ao domínio atividade/repouso e à classe sono/repouso (padrão de sono perturbado) e à classe equilíbrio de energia (fadiga); os diagnósticos percepção sensorial perturbada: visual e percepção sensorial perturbada: auditiva são do domínio percepção/ cognição e à classe sensação/ percepção; os diagnósticos disfunção sexual e padrões de sexualidade ineficazes são do R Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2007 jan/mar; 15(1):13-9. • p.15 Diagnósticos de enfermagem em transplantados renais TABELA 1: Distribuição das características definidoras acima do percentil 75 presentes em pacientes transplantados renais. Fortaleza, 2005. IC- Intervalo de confiança; P75- Percentil 75; P50- Percentil 50; P25- Percentil 25. domínio sexualidade e da classe função sexual, o diagnóstico risco de infecção pertence ao domínio segurança/ proteção e à classe infecção; o diagnóstico dor aguda pertence ao domínio conforto e à classe conforto físico, conforme mostra a Tabela 2. Assim como as características definidoras, a maioria desses diagnósticos estava presente em menos de 30% dos indivíduos estudados. O diagnóstico de enfermagem risco de infecção foi atribuído à toda a clientela (100,0%). Os diagnósticos percepção sensorial perturbada: visual (67,2%) e padrão de sono perturbado (63,8%) foram encontrados na maioria dos clientes. Em um estudo11 sobre diagnósticos de enfermagem em pacientes renais crônicos em hemodiálise, classificados de acordo com os 11 padrões funcionais de saúde de Gordon5, foram identificados vários diagnósticos, entre os quais se destacam: alteração nos processos sensório-perceptivo visual e auditivo, p.16 • R Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2007 jan/mar; 15(1):13-9. desequilíbrio nutricional, fadiga, déficit de conhecimento farmacológico, de dieta e do acesso vascular, risco de infecção, padrão de sono perturbado e disfunção no padrão sexual. O tratamento dialítico prolonga a vida do paciente renal crônico, embora não substitua totalmente a função renal. Nessa condição está sujeito a várias complicações. O tempo de diálise, além de levar aos malefícios da hipertensão arterial, proporciona maior grau de osteodistrofia renal; o seu principal problema, porém, é o risco de maior contaminação pelos vírus da hepatite B e C, quer por transfusão, quer por transmissão no ambiente de diálise12. Neste estudo, foi verificado que três diagnósticos de enfermagem surgiram devido ao tratamento dialítico prolongado, e são os seguintes: percepção sensorial perturbada (visual), percepção sensorial perturbada (auditiva) e fadiga. Alterações na percepção sensorial, geralmente, ocorrem com o avançar da idade, da doença e Lira ALBC, Albuquerque JC, Lopes MVO TABELA 2: Distribuição dos diagnósticos de enfermagem acima do percentil 75 presentes em pacientes transplantados renais. Fortaleza, 2005. IC- Intervalo de confiança; P75- Percentil 75; P50- Percentil 50; P25- Percentil 25. pelo uso constante de medicamentos, principalmente os corticosteróides13. Portanto, o paciente transplantado renal, ao fazer uso de medicamentos para manter o enxerto, pode apresentar alguns efeitos colaterais, como problemas na visão. A fadiga no paciente renal crônico está presente desde o período de hemodiálise, época na qual deve ser mantida uma dieta restrita, a ida ao serviço dialítico, em média três vezes por semana, o que resulta na restrição de sua liberdade para realizar atividades pessoais e recreativas. Em estudo14 realizado com pacientes em tratamento dialítico, a fadiga foi considerada mais de ordem física do que psicológica. Nesta pesquisa, de forma semelhante, o estado de doença e o cansaço foram encontrados como fatores associados ao diagnóstico fadiga. Foram identificados 72 fatores relacionados, entre os quais, 19 encontravam-se acima do percentil 75 e estavam associados ao sistema urinário, locomotor, gastrintestinal, uso de medicamentos, percepção sensorial, sexualidade, metabolismo e dor. Destes, a maioria estava presente em menos de 30% dos pacientes com transplante renal. Somente os fatores relacionados imunossupressão (100,0%), agentes farmacêuticos (72,4%), percepção sensorial alterada (69,0%) e urgência urinária (62,1%) foram identificados na maioria da clientela, conforme mostra a Tabela 3. Os pacientes com transplante renal apresentaram vários diagnósticos de enfermagem, fatores relacionados e características definidoras. Alguns diagnósticos tiveram origem no surgimento da doença renal crônica, continuando no pós-transplante. Ou- TABELA 3: Distribuição dos fatores relacionados acima do percentil 75 presentes em pacientes transplantados renais. Fortaleza, 2005. IC- Intervalo de confiança; P75- Percentil 75; P50- Percentil 50; P25- Percentil 25. R Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2007 jan/mar; 15(1):13-9. • p.17 Diagnósticos de enfermagem em transplantados renais tros surgiram após a realização da cirurgia. O estudo contribuiu para o serviço em que foi desenvolvido, pois foram identificados os diagnósticos de enfermagem presentes em transplantados renais, proporcionando, assim, informações necessárias para focalizar os cuidados de enfermagem a essa clientela. As intervenções de enfermagem implementadas para os diagnósticos identificados podem favorecer um melhor seguimento ambulatorial, melhor qualidade de vida e diminuição dos sinais e sintomas de rejeição do enxerto renal. CONCLUSÃO O estudo foi realizado com 58 pacientes com transplante renal em tratamento ambulatorial, tendo sido encontrados 38 diagnósticos de enfermagem, em média 5,29 diagnósticos. Foram identificados 10 diagnósticos significativos: risco de infecção (100,0%); percepção sensorial perturbada: visual (67,2%); padrão de sono perturbado (63,8%); nutrição desequilibrada: mais do que as necessidades corporais (29,3%); fadiga (24,1%); disfunção sexual (22,4%); percepção sensorial perturbada: auditiva (22,4%); dor aguda (20,7%); padrões de sexualidade ineficazes (20,7%); risco de nutrição desequilibrada: mais do que as necessidades corporais (13,8%). A identificação dos diagnósticos de enfermagem permitiu conhecer a realidade dos pacientes com transplante renal em tratamento ambulatorial. Espera-se que este trabalho contribua para o planejamento e a implementação dos cuidados de enfermagem a essa clientela, visando a resolução dos problemas identificados e sua melhor qualidade de vida. Ressalta-se a importância da realização de novos estudos que proporcionem uma análise mais aprofundada dos diagnósticos de enfermagem referidos nesta pesquisa, os quais são importantes instrumentos para o planejamento das intervenções. Outrossim, ofertar um cuidado de qualidade, respaldado no processo de enfermagem, é de competência exclusiva do enfermeiro. Desse modo ele contribui para a melhoria da qualidade assistencial e, conseqüentemente, para o desenvolvimento da profissão. p.18 • R Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2007 jan/mar; 15(1):13-9. REFERENCIAS 1. Smeltzer SC, Bare BG. Brunner, Suddarth. Tratado de enfermagem médico- cirúrgico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000. 2. Pacheco GS, Santos I, Bregman R. Características de clientes com doença renal crônica: evidências para o ensino do autocuidado. R Enferm UERJ. 2006; 14: 434-9. 3. Potter PA, Perry AG. O raciocínio crítico e o julgamento de enfermagem. In: Potter PA, Perry AG. Fundamentos de enfermagem: conceitos, processo e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1999. p. 90-8. 4. Carpenito LJ. Diagnósticos de enfermagem: aplicação à prática clínica. Porto Alegre (RS): Artmed; 2002. 5. Gordon M. Nursing diagnosis: process and aplication. St. Louis (MG): Mosby; 1994. 6. North American Nursing Diagnosis Association. Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificações 2005-2006. Porto Alegre (RS): Artmed; 2006. 7. Cendoroglo M, Sardenberg C, Suassuna P. Insuficiência renal crônica: etiologia, diagnóstico e tratamento. In: Schor N, Srougi M. Nefrologia, urologia clínica. São Paulo: Sarvier; 1998. p. 29-41. 8. Conselho Nacional de Saúde (Br). Resolução no 196/ 96. Decreto no 93.333 de janeiro de 1987. Estabelece critérios sobre pesquisa envolvendo seres humanos. Bioética. 1996; 4 (supl. 2): 15-25. 9. Sampaio FPR, Pagliuca LMF. O transplante renal em acompanhamento ambulatorial: autocuidado higiênico-dietético e medicamentoso. Fortaleza (CE): FCPC; 2000. 10. Lira ALBC, Guedes MVC, Lopes MVO. Adaptação psicossocial do adolescente pós-transplante renal segundo a teoria de Roy. Rev Inv Educ Enf. 2005; 23(1): 68-77. 11. Galache BA. Diagnósticos de enfermería en pacientes com insuficiencia renal crónica en hemodiálisis. Rev Soc Esp Enf Nefrol. 2004; 7(3): 158-63. 12. Ianhez LE. Peculiaridade do transplante renal nos países em desenvolvimento. In: Neumann J. Transplante de órgãos e tecidos. São Paulo: Sarvier; 1997. p.193-97. 13. Rang HP, Ritter JM, Dale MM. Sistema endócrino. In: Rang HP, Ritter JM, Dale MM. Farmacologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1994. p. 332-61. 14. Schneider RA. Chronic renal failure: assessing the fatigue severity scale for use among caregivers. J Clin Nurs. 2004; 13(2): 219-25. Lira ALBC, Albuquerque JC, Lopes MVO PERFIL DE RENALES LOS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMERÍA PRESENTES EN PACIENTES TRASPLANTADOS RESUMEN: El estudio de los diagnósticos de enfermería en pacientes trasplantados renales es importante, pues proporciona un lenguaje propio y delimita el ámbito de competencias del enfermero. Se objetivó analizar la distribución de los diagnósticos de enfermería, conforme la taseonomía de la North American Nursing Diagnosis Association (NADA), características definitorias y factores relacionados presentes en pacientes trasplantados renales de un hospital universitario en la ciudad de Fortaleza-CE Brasil. Se trata de estudio cuantitativo del tipo transversal, de carácter exploratorio y descriptivo. Fueron evaluados 58 pacientes entre 2004 y 2005. Los datos fueron recolectados a través de entrevista y examen físico. Se identificó 39 diagnósticos de enfermería siendo 10 significativos: riesgo de infección; percepción visual perturbada; percepción auditiva perturbada; patrón de sueño perturbado; nutrición desequilibrada; fadiga; disfunción sexual; dolor agudo; patrones de sexualidad ineficaces; y riesgo de nutrición desequilibrada. El estudio de eses diagnósticos propició conocimiento mejor de la realidad de los pacientes, mirando a la implementación futura de las acciones de enfermería. Palabras Clave: Perfil de salud; diagnóstico de enfermería; trasplante renal; NANDA. Recebido em: 28.04.2006 Aprovado em: 12.08.2006 Notas Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FASE) - Petrópolis / RJ Universidade Federal do Ceará - Fortaleza / CE *** Doutor em Enfermagem. Professor Adjunto do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará - Fortaleza / CE Endereço: Rua Almirante Rubim, 804, Montese. Fortaleza - Ceará. CEP 60425-480. Tel.: (85) 3232-2729. E-mail: [email protected] * ** R Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2007 jan/mar; 15(1):13-9. • p.19