TC ADM - Grupo Gilso Bernardi - Custo de produção e

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FACULDADE ASSIS GURGACZ
CUSTO DE PRODUÇÃO DA LINGUIÇA TOSCANA E FORMAÇÃO DO SEU
PREÇO DE VENDA
CASCAVEL
2012
FACULDADE ASSIS GURGACZ
GILSO BERNARDI JUNIOR
MARIANA PEGORARO
MARINA VOLPATO
MICHELLE RECH
CUSTO DE PRODUÇÃO DA LINGUIÇA TOSCANA E FORMAÇÃO DO SEU
PREÇO DE VENDA
Trabalho de conclusão de curso apresentado
ao Curso de bacharel em Administração de
Empresas da Faculdade Assis Gurgacz FAG, como requisito parcial para obtenção
de grau de Bacharel em Administração, sob
orientação do Professor Gilnei Saurin.
CASCAVEL
2012
FACULDADE ASSIS GURGACZ
GILSO BERNARDI JUNIOR
MARIANA PEGORARO
MARINA VOLPATO
MICHELLE RECH
CUSTO DE PRODUÇÃO DA LINGUIÇA TOSCANA E FORMAÇÃO DO SEU
PREÇO DE VENDA
Trabalho apresentado no Curso de Administração, da Faculdade Assis
Gurgacz/ Dom Bosco, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel,
sob a orientação do Professor Gilnei Saurin.
COMISSÃO EXAMINADORA
______________________________
Prof. Gilnei Saurin
Professor Orientador
______________________________
Prof.
______________________________
Prof.
Cascavel, ______de _______de_______.
DEDICATÓRIA
A Deus, que tanto nos abençoou e a quem tudo
devemos.
Aos
nossos
pais,
compreensão e amor incondicional.
pelo
apoio,
AGRADECIMENTOS
À Deus por ter proporcionado discernimento, empenho e dedicação, nos
tornando pessoas preparadas para a vida.
Ao nosso orientador, Gilnei Saurin, por contribuir com sua experiência e
sabedoria.
Aos professores Luciana Ferraz e Leonardo Levi que apontaram as direções
para melhoria deste trabalho.
A todos os professores que de alguma forma contribuíram para a execução
deste estudo.
A Faculdade Assis Gurgacz – FAG, por toda estrutura concebida para a
realização de todos os processos até a conclusão do nosso TC.
A Indústria de Embutidos, por ter nos cedido todo material necessário, visitas
à empresa e demais dados utilizados ao longo desse ano.
A Daniela Miotto Bernardi que teve participação especial no trabalho todo e
pelo seu gentil auxilio.
Aos nossos pais Gilso e Anelita, Pedro e Rosangela, Luiz e Rosangela, Maria
Rosa e Alcides, e demais familiares que nos deram toda a estrutura, amor e apoio
para a conclusão de mais uma etapa importante de nossas vidas.
EPIGRAFE
“Nos tornamos grandiosos não por vencer
cada jornada, mas sim, por nunca desistir de
ser um lutador”.
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Exemplo de método de custeio variável ou direto............................... 27
Quadro 2 – Explicação do exemplo do custeio variável ou direto.......................... 27
Quadro 3 – Demonstração do resultado do exemplo de custeio variável ou
direto..................................................................................................................
27
Quadro 4 – Exemplo do método de custeio por absorção ...................................
29
Quadro 5 – Custo da Produção do Período (CPP)...............................................
29
Quadro 6 – Explicação do exemplo de custeio por absorção................................
30
Quadro 7 – Demonstração dos resultados do método de custeio por absorção ..
30
Quadro 8 – Análise dos custos e formação de preços........................................... 32
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Custo da Pesquisa ..............................................................................
45
Tabela 2 – - Fator de correção (FC) de acordo com o valor do kg vivo para o
rendimento de carcaça............................................................................................ 48
Tabela 3 – Peso da carcaça...................................................................................
49
Tabela 4 – Porcentagem baseado no peso total....................................................
50
Tabela 5 – Média de preço dos cortes no mercado................................................ 51
Tabela 6 – Representatividade dos cortes.............................................................
52
Tabela 7 – Custos da matéria prima para a produção de 1 Kg de linguiça
toscana...................................................................................................................
53
Tabela 8 – Custos da matéria prima para a produção de 1 Kg de linguiça
toscana picante.......................................................................................................
54
Tabela 9 – Custos da matéria prima para a produção de 1 Kg de linguiça
toscana especial.....................................................................................................
55
Tabela 10 - Custos da matéria prima para a produção de 1 Kg de linguiça
toscana de queijo....................................................................................................
56
Tabela 11 – Média dos resultados obtidos pela empresa de fevereiro a julho de
2012........................................................................................................................
57
Tabela 12 – Apuração dos resultados e composição do Mark-up..........................
57
Tabela 13 – Cálculo do preço de venda da linguiça toscana.................................. 58
Tabela 14 – Cálculo do preço de venda da linguiça toscana Picante..................... 58
Tabela 15 – Cálculo do preço de venda da linguiça toscana Especial...................
59
Tabela 16 – Cálculo do preço de venda da linguiça toscana de Queijo.................
59
RESUMO
Esta pesquisa teve como objetivo apontar os custos da produção da linguiça
toscana, tendo como intuito estabelecer seu preço de venda. Para o melhor
entendimento da pesquisa foi realizado um levantamento dos custos diretos e
indiretos da produção, fazendo seus respectivos rateios e introduzindo-os no custeio
variável. Através de um estudo de caso, foram levantados dados para conhecer os
custos da produção da linha da linguiça toscana, e assim pôde-se também obter os
dados para a formação do seu preço de venda. A metodologia utilizada na pesquisa
foi um estudo de caso, e este se classifica como descritivo e exploratório, e o
cenário pesquisado foi uma indústria de embutidos de suínos, localizada no Oeste
do estado do Paraná. Os resultados obtidos nesta pesquisa foram o custo da
produção da linha da linguiça toscana e seu preço de venda, onde foram calculados
e apresentados através do uso do cálculo de mark-up e formação do preço de
venda. Esses resultados buscam dar um auxilio à indústria de embutidos de suínos
na margem de lucro, através da formação do preço de venda.
Palavras-chave: custos de produção, preço de venda, linguiça toscana
.
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 – Esquema básico do custeio por absorção .........................................
27
Figura 02 – Visão conceitual resumida do custo ABC...........................................
30
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13
1.1 TEMA E PROBLEMA DA PESQUISA ................................................................. 14
1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 15
1.2.1 Geral ................................................................................................................ 15
1.2.2 Específicos ..................................................................................................... 15
1.3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 16
2 ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO ............................................................................. 17
2.1 HISTÓRICO ........................................................................................................ 17
2.2 RAMO DE ATUAÇÃO E HIERARQUIA ............................................................... 17
2.3 PLANOS E AÇÕES ............................................................................................. 18
3 REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................... 19
3.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS .......................................................................... 19
3.2 HISTÓRICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS ............................................... 19
3.3 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS ....................................................................... 20
3.3.1 Custos Diretos ................................................................................................ 21
3.3.2 Custos Indiretos ............................................................................................. 21
3.3.3 Custos Fixos ................................................................................................... 21
3.3.4 Custos Variáveis ............................................................................................ 22
3.3.5 Custo total unitário......................................................................................... 22
3.3.6 Custo padrão .................................................................................................. 22
3.4 INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS DE CUSTOS ..................................................... 23
3.5 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS ............................. 23
3.6 MÉTODOS DE CUSTEIO ................................................................................... 25
3.6.1 Custeio variável ou direto.............................................................................. 26
3.6.2 Custeio por absorção..................................................................................... 28
3.6.3 Custeio baseado em atividades - ABC ......................................................... 30
3.7 RATEIO DE CUSTOS INDIRETOS ..................................................................... 32
3.7.1 Critérios de rateio ........................................................................................... 32
3.8 A FUNÇÃO CONTROLE DOS CUSTOS ............................................................ 33
3.9 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA ................................................................ 34
3.9.1 Mark-up ........................................................................................................... 35
3.9.2 Margem de contribuição ou lucro bruto ....................................................... 36
3.9.3 Lucro líquido................................................................................................... 37
4 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO ............................................................. 38
4.1 TIPO DE ESTUDO .............................................................................................. 38
4.2 LOCAL DE REALIZAÇÃO DA PESQUISA .......................................................... 39
4.2.1 Aplicação da entrevista ................................................................................. 40
4.2.2 Análise e cálculo de custo da produção ...................................................... 40
4.2.3 Determinação do preço de venda ................................................................. 42
4.3 ASPECTOS ÉTICOS........................................................................................... 42
4.3.1 Procedimentos da coleta de dados .............................................................. 42
4.3.2 População e amostra ..................................................................................... 43
4.3.3 Critérios de inclusão e exclusão................................................................... 43
4.3.4 Grau de vulnerabilidade dos sujeitos – benefícios, riscos, desconfortos e
medidas protetoras. ................................................................................................ 43
4.3.5 Critérios para interromper a pesquisa.......................................................... 44
4.3.6 Sigilo e confidencialidade das informações ................................................ 44
4.3.7 Uso e destinação do material e/ou dados coletados .................................. 43
4.4 ORÇAMENTO DETALHADO .............................................................................. 44
5 COLETA E ANÁLISE DE DADOS ........................................................................ 46
6 SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................................... 60
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 61
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 63
APÊNDICE 1 ............................................................................................................. 64
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ..................................... 64
APÊNDICE 2 ............................................................................................................. 68
ANEXOS ................................................................................................................... 69
PARECER 107/2012 – CEP/FAG ............................................................................. 69
1 INTRODUÇÃO
A globalização e a concorrência exigem das empresas mudanças em seus
objetivos, visando melhorar cada vez mais a qualidade de seus produtos e a
satisfação contínua de seus clientes.
Nesse cenário, a busca constante pela diminuição de custos de produção nas
diversas áreas, deve ser fundamental. Desta forma, é necessário utilizar ferramentas
de gestão que sejam capazes de estabelecer o planejamento estratégico e
organizacional, requerendo um controle direcionado dos resultados econômicos e
financeiros, em busca de maior atenção nos custos obtidos nas diferentes
operações realizadas.
Uma organização tende ser gerenciada com foco no planejamento das
possíveis variáveis envolvidas no processo, bem como voltada para a redução das
devidas falhas produtivas. O planejamento, na elaboração dos custos, deve ser
gerado de tal forma que possa perceber quais são os custos que agregam ou não o
valor no produto.
Nas empresas de pequeno porte, é normal que a administração seja familiar,
ocorrendo assim uma deficiência no controle de dados, visto que é comum estas
não terem seus custos bem definidos.
Este estudo procura analisar os custos de produção da linguiça toscana, bem
como propor o preço de venda para o mesmo. Para este ser realizado, foi
necessário um levantamento dos custos diretos e indiretos da produção.
Em
princípio, precisou-se realizar uma coleta de dados do processo produtivo a fim de
verificar o tempo despendido para a fabricação e o custo deste tempo. Também
houve a necessidade de levantar os seus respectivos valores, custos das matérias
primas, custos fixos e variáveis, bem como todos os demais custos.
Com base nessas informações, os dados foram tratados e analisados para se
obter o objetivo proposto no presente estudo, o custo da produção da linha de
linguiça toscana e dos seus respectivos preços de vendas, abordando o
gerenciamento de custos de produção, tendo como fim a apuração dos custos
balizados pelas áreas de contabilidade de custos, finanças e administração da
produção.
Uma das estratégias possíveis de serem adotadas nesta pesquisa consiste
em estabelecer controles de produção voltada para um melhor aproveitamento da
capacidade instalada na organização, visto que é importante ter seus custos bem
definidos para então elaborar o preço do produto de forma competitiva no mercado.
Entende-se que esta etapa é fundamental para o crescimento da empresa.
Para o melhor entendimento da pesquisa o trabalho foi dividido em sete
capítulos, sendo o primeiro deles a introdução, onde definem-se tema e problema de
pesquisa, objetivos e justificativa, demonstrando a importância da pesquisa para a
empresa em estudo bem como para os acadêmicos envolvidos. Num segundo
momento, foi realizado um breve histórico da empresa, demonstrando seu campo de
atuação, planos e ações da empresa e sua divisão hierárquica.
No terceiro capítulo foi realizado um levantamento bibliográfico dos assuntos
envolvidos para a elaboração da pesquisa, procurando dar fundamento teórico ao
estudo através da opinião de autores diversos que tratam sobre o tema em seus
livros, artigos e outros. No quarto capítulo foi estruturada a metodologia,
demonstrando a forma que os dados serão levantados e analisados.
No quinto capítulo da pesquisa foi feito o estudo de caso, onde através do
conhecimento dos números envolvidos no custo da produção, foi levantado o preço
de venda do produto. E por fim, no sexto e sétimo capítulos da pesquisa foram feitas
as sugestões e recomendações e as considerações finais, onde pôde-se dar
sugestões para pesquisas futuras e responder os objetivos do trabalho.
1.1 TEMA E PROBLEMA DA PESQUISA
Com a frequente busca de informações, as organizações precisam adequarse às necessidades do mercado, para que assim consiga manter-se sólida diante de
ameaças internas e externas. Em razão disso, algumas adequações são
indispensáveis, como a verificação de seus custos e o gerenciamento estratégico
eficaz.
Nesse sentido, é importante a implantação de um sistema de custeio que
possa auxiliar na tomada de decisões, propondo caminhos para suportar as
mudanças do mercado, sem que a empresa sofra perdas significativas, ou até
mesmo gere o fim de suas atividades.
A indústria de embutidos, onde a pesquisa será realizada, está localizada na
região oeste do Paraná e esta opera desde 1991. Ainda não possui seus custos de
produção organizados por não ter um controle de dados eficaz, sendo uma etapa
fundamental para a sobrevivência e o crescimento da empresa. O presente trabalho
irá levantar o custo de produção de determinados produtos os mesmos serão de
grande poder de comercialização. A partir deste trabalho, a empresa poderá levantar
os custos dos demais produtos que compõem o seu mix de produção.
Identificar e avaliar os custos de produção são condições fundamentais em
favor do crescimento de uma empresa. Para esta permanecer no mercado, é
necessário ter os custos bem definidos, de maneira que os produtos acabados
tenham no final do processo, seu preço bem definido como estratégia de mercado.
A empresa é nova e visa expandir suas vendas nas regiões onde já atua, bem
como abrir novos mercados. Neste contexto, para que este crescimento ocorra de
forma sólida, é fundamental conhecer os custos de produção de seus produtos e
estabelecer os respectivos preços de venda para que a empresa possa, de forma
adequada, competir com seus concorrentes.
Diante deste contexto, formulou-se o problema da pesquisa: Qual deve ser o
preço de venda da linha de linguiça toscana para remunerar o custo total de sua
produção?
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Geral
Calcular o custo para a produção de 01 (um) kg de linguiça toscana e elaborar
o seu preço de venda.
1.2.2 Específicos
a) Levantar os custos envolvidos na produção da linguiça toscana.
b) Definir o preço de venda de 1 (um) kg de linguiça toscana.
1.3 JUSTIFICATIVA
A realização desta pesquisa, como objetivo pessoal para os acadêmicos, é
expandir seus conhecimentos específicos na área de produção e contabilidade de
custos, não só nos processos cotidianos de uma indústria, mas, também, aplicando
as noções adquiridas no decorrer da formação. Contudo, é parte fundamental para a
conclusão do curso de Administração.
Para a empresa, o desenvolvimento da pesquisa demonstrará a importância
da absorção interna dos custos de produção, bem como a formação do preço de
venda. Desta forma, a indústria poderá investir todos os seus recursos nas diversas
áreas de sua atuação, obtendo vantagem competitiva no mercado em que está
inserida.
Neste contexto, o gerenciamento de custos trará informações relevantes que
auxiliarão nas tomadas de decisões para que o gestor possa administrar de forma
estratégica o crescimento da empresa.
2 ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO
2.1 HISTÓRICO
A empresa, localizada no oeste do Paraná, iniciou suas atividades em 1991,
constituída por cinco funcionários, além de seus proprietários. Em princípio, dedicouse no ramo de abate de suínos e transformação da carne em embutidos, sendo o
salame seu principal produto.
Com o tempo, diversificou seus produtos e, em 1997, obteve a licença da
Vigilância Sanitária do município e passou a distribuir seus produtos na cidade de
origem.
Hoje, a empresa conta com novas instalações, as quais foram criadas em 20
de julho 2009, cuja inspeção passou a ser estadual e seu quadro de funcionários
passou para 21 colaboradores.
Atualmente, possui uma estrutura moderna que atende os mais altos padrões
de exigência sanitária, além de estar constantemente em busca de melhorias.
A indústria é dividida em seis departamentos, entre eles: recebimento de
carcaça; sala de desossa; preparo e embutimento de produtos; sala de defumação;
sala de embalagens e sala de expedição.
A linha de produtos, que antes era composta apenas por salame colonial, hoje
conta com mais de 40 itens, preparados com temperos naturais e de forma
artesanal, o que garante um sabor único ao produto.
2.2 RAMO DE ATUAÇÃO E HIERARQUIA
A empresa atua no processo de transformação de carne suína em embutidos
e carnes temperadas.
É constituída por dois sócios proprietários, dois gerentes de produção, um
auxiliar administrativo, um responsável pelo controle de qualidade, doze auxiliares
de produção, dois motoristas, dois vendedores e uma cozinheira.
2.3 PLANOS E AÇÕES
Atualmente, a indústria de embutidos tem como principal plano de ação
aperfeiçoar as técnicas de produção de cada produto para melhorar o seu padrão de
qualidade e estabelecer seus reais custos de produção, a fim de garantir para o
cliente produtos com excelência.
Como busca preservar o meio ambiente, contribui com o destino correto, ou
seja, faz tratamento de seus resíduos, já que possui reserva natural e preserva os
afluentes que estão localizados dentro de sua área.
Em relação aos recursos humanos, a empresa busca o permanente
aperfeiçoamento, de forma a proporcionar constantes treinamentos para seus
colaboradores.
Com relação aos custos, a empresa deseja conhecê-los para obter o controle
eficaz de suas contas, bem como formular o preço de venda adequado para
acumular à competitividade da empresa no mercado.
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS
Segundo Vanderberck e Nagy (2003), a contabilidade de custos fornece as
informações necessárias para vários tipos de relatórios que a contabilidade
financeira prepara.
Conforme Vanderbeck e Nagy (2003), a contabilidade de custos é a fonte que
disponibiliza os dados detalhados dos custos que uma organização necessita. Com
isso, ela proporciona um levantamento para as ações do momento e do futuro.
Segundo Leone (2000), a contabilidade de custos possui a função de apurar
informações internas e externas, extraindo dados da matéria-prima para auxiliar os
administradores a finalizar o processo de produção.
“Custo é gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens
ou serviços”.(MARTINS 2009, p. 25). Para o produto chegar a sua etapa final, os
processos como compra da matéria-prima e estocagem, necessitaram algum tipo de
investimento.
3.2 HISTÓRICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS
De acordo com Martins (2009), a contabilidade de custos surgiu após a
revolução industrial, em que se verificou a necessidade de apurar um balanço final
bem detalhado, constando despesas e os devidos custos relacionados ao estoque.
Para chegar a um resultado, o estoque era medido da seguinte maneira: tomando
como base os estoques iniciais, somavam-se as compras e subtraíam-se os
estoques finais, até chegar ao custo das mercadorias vendidas.
Antigamente, os artesões, que nem sempre se tratavam de pessoas jurídicas,
faziam os artigos para o cálculo dos custos dos produtos que já haviam sido
fabricados. A contabilidade financeira não era comum, exceto, na maioria das vezes,
por empresas comerciais para apuração do patrimônio. Essa falta na exatidão dos
custos dos produtos fabricados ocasionou o surgimento da contabilidade de custos,
utilizada para avaliação dos inventários. Com isso, a contabilidade de custos se
expandiu nas indústrias. (BORNIA, 2002)
Com o grande desenvolvimento das indústrias, tornou-se mais ampla a
contabilidade de custos para o levantamento dos balanços e apuração dos
resultados. Com isso, houve a necessidade dos contadores trabalharem voltados
principalmente para o processo produtivo, em especial aos estoques. (MARTINS,
2009)
3.3 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS
De acordo com Dutra (2003), o principal objetivo de se classificar os custos é
obter uma padronização para lançamentos contábeis. O autor classifica os custos da
seguinte forma: quanto à natureza, quanto à função, quanto à contabilização, quanto
à apuração, em que aparecem os custos diretos e indiretos e quanto à formação, em
que se definem os custos fixos e variáveis.
Segundo Cardoso, Mário e Aquino (2007), os custos podem ser classificados
sob os seguintes critérios: quanto à sua ocorrência, quanto a sua alocação ao
produto e quanto ao volume de produção. Quanto à ocorrência, subdividem-se em
custos básicos, custos de transformação, custo de fabricação, custo dos produtos
acabados e custo dos produtos vendidos.
Ainda de acordo com os autores, os custos básicos são os custos voltados
diretamente à matéria prima, que é a condição essencial para o produto acabado. O
custo de transformação está relacionado diretamente ao processo de fabricação
bem como tudo que é envolvido nesse processo.
Já os custos de fabricação
também conhecidos como custos fáceis, nada mais são do que a somatória do custo
básico juntamente com custo de transformação. Os custos de produtos acabados
englobam o processo de estocagem e reposição do estoque do produto final. E,
finalmente, o custo do produto vendido visa contabilizar todos os custos, desde o
início do processo até a entrega final da mercadoria.
Os custos se subdividem em custos diretos, indiretos, fixos, variáveis, total
unitário e padrão. Sendo assim cada um possui sua definição e a sua função para
auxiliar na contabilidade da empresa.
3.3.1 Custos Diretos
Segundo Padoveze (2006), os custos diretos são aqueles que estão ligados
diretamente à fabricação do produto ou serviço. Tomando como exemplo uma linha
de produtos, os custos diretos relacionados são os materiais e a mão de obra
utilizada na fabricação. Estes custos podem ser fixos ou variáveis.
O autor também menciona que estes custos são de fácil identificação, pois
estão relacionados aos materiais diretos e estes fazem parte da estrutura do
produto, ou seja, o consumo deste material é visto como necessidade para obtenção
do produto final. Se o custo estabelecer uma possibilidade de verificação, medição,
identificação e visualização direta com o produto acabado, então ele é um custo
direto.
3.3.2 Custos Indiretos
Os custos indiretos são caracterizados por estarem relacionados, de forma
indireta, com os produtos acabados. Os gastos com a gerência e diretoria de fábrica,
por exemplo, são considerados custos indiretos, pois essas pessoas trabalham em
função, não de apenas um produto, mas também de todos da empresa. Assim esse
custo é aplicado ao produto através de um critério de distribuição denominado rateio.
(PADOVEZE, 2006)
Para Mott (1996), custos indiretos são aqueles lançados antes dos serviços
ou produtos acabados, pois fazem parte e agregam valor ao preço final. Incluem-se
nos custos indiretos às despesas de luz, taxas e o pagamento de salários aos
colaboradores.
3.3.3 Custos Fixos
Na opinião de Dutra (2003, p. 47), “custos fixos como os custos de estrutura,
que ocorrem período após período sem variação, não são consequência de
variações do volume de atividades em períodos iguais”.
Segundo Cardoso, Mário e Aquino (2007), os custos fixos são aqueles que
não têm variação, mesmo com as mudanças na produção. Os custos fixos
influenciam negativamente nas tomadas de decisões, pois apresentam uma visão
distorcida dos custos reais unitários da produção e não se alteram em decorrência
da quantidade produzida, mas sim da capacidade instalada.
Para Ribeiro (1999, p. 31), “custos fixos são aqueles que independem do
volume de produção do período, isto é, qualquer que seja a quantidade produzida,
esses custos não se alteram”.
3.3.4 Custos Variáveis
De acordo com Dutra (2003), os custos variáveis são aqueles influenciados
pelo aumento ou decadência da produção, assim depende muito do processo das
atividades nela vinculada.
“Quanto maior for o volume de atividades no período, maiores serão seus
custos variáveis, já quanto menor for seu volume de atividades no período, menor
serão seus custos variáveis”. (DUTRA 2003, p. 47)
No entender de Mott (1996), custo variável é aquele que pode se alterar
conforme o volume, fluxo da produção e preço de materias primas utilizadas dentro
do processo produtivo da empresa.
3.3.5 Custo total unitário
Segundo Vanderbeck e Nagy (2003), calcular o valor unitário do item
produzido é de suma importância para a empresa uma vez que pode usar esses
dados para auxiliar áreas como marketing.
Para Leite (1997), adotar sempre o valor menor de produção é vantagem para
qualquer organização, e, para ter os devidos valores estipulados, é necessário
calcular os custos por item produzido. O autor cita também, a importância do cálculo
de reposição por produto.
3.3.6 Custo padrão
Além de calculados com base na relação operacional da organização, podem
ser usados para a tomada de decisões, planejamento e controle.
Geralmente, em
operações repetitivas, quando os custos já possuem uma ligação com os dados
quantitativos, e também quando já se conhecem os indicadores físicos. (LEONE,
2000)
Conforme Padoveze (2010), o custo-padrão é uma inconstância do preço de
transferência com ênfase nos custos. Se buscar exatamente estes, o produto
fabricado poderá obter a qualidade operacional. Caso ocorram custos menores que
o custo-padrão, a unidade que está transferindo não passará um resultado muito
benéfico para a unidade que o recebe.
Segundo Martins (2000), o custo-padrão possui a função de fazer uma
estimação entre o que realmente ocorreu de custo e o que deveria ter acontecido.
Se considerado o controle dos custos, possui uma finalidade de efeito psicológico
sobre os funcionários, podendo ser positiva ou não, dependendo do formato de sua
implementação.
3.4 INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS DE CUSTOS
Na visão de Dutra (2003), qualquer tipo de variação pode ter resultados
negativos ou positivos, e mesmo com o ponto de equilíbrio, o qual é influenciado
pelos custos, pode sofrer uma variação tanto em percentual como em valores.
[...] se os custos fixos totais forem acrescidos ou reduzidos em determinado
percentual, os pontos de equilíbrio, em percentual e em valor, irão sofrer os
mesmo acréscimos ou decréscimos, [...]. (DUTRA, 1995, p. 181)
Conforme Cardoso, Mário e Aquino (2007), calcular a variação dos custos é
fundamental para a finalização de qualquer processo, pois assim as empresas
podem descobrir suas deficiências e aproveitar melhor alguns outros recursos que
esta possua, e para isso, cada departamento da organização deve ser analisado
cuidadosamente.
3.5 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS
a)
Princípio da realização da receita: segundo Martins (2009), só é
possível avaliar se o resultado obtido com a fabricação de certo produto foi de lucro
ou prejuízo, a partir do momento em que se dá a realização da receita, ou seja, o
bem ou serviço foi repassado ao comprador.
Para Martins (1998), da mesma forma acontece com as despesas, pois os
valores de gastos referentes aos fatores utilizados no processo produtivo serão
acumulados na forma de estoques, transformando-se em despesas apenas
futuramente.
b)
Princípio da competência ou da confrontação entre despesas e
receitas: tratando do princípio da competência, este se faz necessário para o
reconhecimento da receita. O princípio da confrontação reconhece as despesas e
confronta com a receita realizada, assim deduzem-se as despesas da receita,
obtendo-se o resultado do período. As despesas podem ser subdivididas em dois
grupos, as despesas relacionadas diretamente à produção do bem e as despesas
relacionadas à administração, que são gastos com material de expediente,
propaganda, entre outros, ou seja, gastos relativos à geração de receitas.
(MARTINS, 2009)
c)
Princípio do custo histórico como base de valor: de acordo com Martins
(2009), este princípio trata de como são registrados, contabilmente, os ativos, ou
seja, pelo valor original de entrada. Porém, quando existe a inflação e o produto
fabricado permanece certo tempo estocado para então ser vendido, ocorrerá, na
hora em que houver a reposição desse estoque, uma diferença nos valores e até
perda no preço de venda.
Para Almeida (2002), os ativos da empresa devem ser contabilizados a partir
do preço de custo dos mesmos.
d)
Consistência ou uniformidade: na opinião de Martins (2009), esse
princípio quer dizer que, quando houver mais de uma alternativa para registro
contábil de um mesmo evento, a empresa deverá adotar apenas uma delas,
devendo esta ser utilizada sempre sem mudança de critérios em períodos distintos,
para que haja uniformidade e não provoque alterações nos resultados.
De acordo com Almeida (2002), a consistência é um critério visto como uma
convenção contábil e, caso sofra alguma alteração, esta deverá ser divulgada,
explicando quais foram os efeitos sobre os demonstrativos financeiros.
e)
Conservadorismo ou prudência: segundo Martins (2009), trata-se de
uma regra comportamental, pois exige certa precaução por parte do contador. Se
existirem dúvidas sobre como contabilizar determinado item, deve ser adotada uma
alternativa conservadora como forma precavida de avaliação.
Conforme Almeida (2002), este também é visto como uma convenção
contábil e significa apropriar de forma correta todas as perdas e despesas sem
antecipar as receitas.
f)
Materialidade ou relevância: para Martins (2009), itens com valores
monetários irrisórios não necessitam de um tratamento rigoroso dentro do controle
de gastos totais, pois costumam ser englobados e totalmente considerados como
custo no período em que foram adquiridos, evitando que seja necessária a baixa por
vários períodos.
No ponto de vista de Almeida (2002), materialidade ou relevância é um
critério visto como convenção contábil e sua premissa é não se focar em miudezas e
sim em eventos com maior valor envolvido, a fim de evitar perda de tempo e
dinheiro.
3.6 MÉTODOS DE CUSTEIO
Conforme Dutra (2003), a contabilidade de custos tem como princípios duas
tarefas importantes, ou seja, controlar e decidir, tendo como finalidade auxiliar na
tomada de decisões e apuração dos resultados. Como métodos, utiliza-se o sistema
variável ou direto, custeio por absorção e sistema ABC.
Neste sentido, os métodos de custeio
[...] são filosofias básicas a serem seguidas pelos sistemas de custos, de
acordo com o objetivo e/ou o período de tempo no qual se realiza a análise.
Vistos de forma restrita, identificam o tratamento dado pelo sistema aos
custos fixos, [...]. (BORNIA, 2002, p. 55)
No entender de Padoveze (2010), o custeio é utilizado para definir o custo
unitário de produtos e serviços de uma empresa, tendo como base o total dos custos
diretos e indiretos, rateando os gastos de acordo com os produtos e serviços da
empresa, assim encontrando o custo final.
Para Cardoso, Mário e Aquino (2007), uma das principais vantagens dos
métodos de custeio, é a adaptação destes suprindo as necessidades sobre
informações de custos, porém, depende do custo de sua implantação e o fluxo de
produção. De acordo com essas informações, será definido o melhor método a ser
utilizado no presente trabalho.
3.6.1 Custeio variável ou direto
Para Padoveze (2004), primeiramente, é correto chamar de custeio variável
para depois custeio direto, pois este se utiliza dos custos e despesas que estão
correlacionados com a quantidade de produtos. Porém, o custo variável quase
sempre se trata de custo direto na maioria dos produtos.
[...] a diferença entre custeio variável e custeio direto é que este só
considera como custo dos produtos os custos diretos (pouco importa se fixo
ou variável). Já o custo variável só considera como custo dos produtos os
custos variáveis (pouco importa se diretos ou indiretos, embora,
normalmente, sejam diretos). (CARDOSO; MÁRIO e AQUINO, 2007, p. 112)
De acordo com Leone (2000), custeio variável ou direto leva esse nome, pois
são os custos que variam com o padrão operacional, que foram determinados para
ser a base do segmento, sendo utilizado para o acúmulo de custos de quaisquer
atividades da empresa.
Uma das vantagens, no que se refere à utilização do método do custeio
variável ou direto, dá-se por impedir que o resultado seja distorcido por aumento de
produção não correspondente ao aumento de vendas. Porém, para alguns
contadores e auditores de algumas empresas, esse método não é aceito, pois
desrespeita alguns princípios contábeis, como o princípio da realização da receita, o
da confrontação e o da competência. (NEVES E VICECONTI, 2010)
Nessa linha de pensamento, os autores afirmam que o método de custeio
variável ou direto possui a intenção de demonstrar os resultados. Este é utilizado
com base na diferença do valor da venda líquida juntamente com a soma dos
produtos vendidos e as despesas variáveis, resultando na margem de contribuição.
Diminuindo-se desta os custos fixos e as despesas fixas, chega-se ao lucro
operacional líquido.
Para o cálculo do custeio variável, os autores demonstram o seguinte
exemplo:
A Cia. Silnevi apresentou os seguintes dados contábeis para determinado
exercício:
Quadro 1 – Exemplo de método de custeio variável ou direto
•
•
•
•
•
•
•
•
Produção: 1.000 unidades totalmente acabadas.
Custos Variáveis: ..................................... R$ 20.000,00
Custos Fixos: ............................................ R$ 12.000,00
Despesas Variáveis ................................. R$ 4.000,00
Despesas Fixas: ....................................... R$ 6.000,00
Não há estoques iniciais e finais de produtos em elaboração
Não há estoques iniciais de produtos acabados
Vendas liquidas: 800 unidades a R$ 60,00 cada uma: R$ 48.000,00
Fonte: Neves e Viceconti (2010, p. 160)
Quadro 2 – Explicação do exemplo do custeio variável ou direto
•
CPP = R$ 20.000,00
•
CPA = CPP = 20.000,00
•
Custo dos Produtos Vendidos (CPV)
Custo Unitário de Produção: R$ 20.000,00/1.000 = R$ 20,00
CPV = 800 unidades vendidas x R$ 20,00 = R$ 16.000,00
•
Estoque Final de Produtos Acabados
200 unidades x R$ 20,00 = 4.000,00
Fonte: Neves e Viceconti (2010, p. 160)
Quadro 3 – Demonstração do resultado do exemplo de custeio variável ou direto
Vendas Líquidas............................R$ 48.000,00
(-) CPV..........................................R$ (16.000,00)
(-) Despesas Variáveis...................R$ ( 4.000,00)
(=) Margem de Contribuição...........R$ 28.000,00
(-) Custos Fixos.............................R$ (12.000,00)
(-) Despesas Fixas........................R$ ( 6.000,00)
(=) Lucro Líquido........................... R$
10.000,00
Fonte: Neves e Viceconti (2010, p. 161)
Conforme Neves e Viceconti (2010), para a resolução do exemplo utilizando o
custeio variável ou direto, é necessário encontrar o custo de produção do período, o
custo da produção acabada no período, o custo dos produtos vendidos e o estoque
final de produtos acabados. Assim, chegar-se-á à demonstração do resultado.
Utilizando o valor das vendas líquidas e subtraindo-se o custo dos produtos
vendidos e as despesas variáveis, obter-se-á a margem de contribuição. Diminuindo
desta os custos fixos e as despesas fixas, resulta no lucro líquido.
3.6.2 Custeio por absorção
Segundo Padoveze (2004), trata-se de um método tradicionalmente usado, no
qual, para encontrar o custo final, são considerados os gastos industriais, os custos
diretos ou indiretos e os custos fixos ou variáveis.
Na opinião de Dutra (2003), o método de custeio por absorção é o mais
utilizado quando o assunto é apuração de resultado. Este consiste em interligar os
custos e os produtos em suas devidas áreas de elaboração.
Figura 1 – Esquema básico do custeio por absorção
Fonte: Martins (2009, p.57)
Para Martins (2009), a Figura 1 representa que os custos ocorridos no
processo irão influenciar diretamente os resultados. Para que isso aconteça, a
empresa não poderá ter estoques de produtos acabados. Como mostra a Figura 1,
as despesas sempre são subtraídas diretamente dos resultados do processo.
Conforme Bornia (2002), o sistema de custeio por absorção total ou integral é
usado para a verificação de estoques, cujos dados serão utilizados pelos gerentes.
Com isto, o uso da contabilidade de custos é ligado na contabilidade financeira,
transmitindo as informações para área externa da empresa.
O custeio por absorção é um dos mais utilizados, principalmente por atender
a legislação e proporcionar a visão dos resultados, juntamente com os cálculos dos
impostos e dividendos, pois todos os custos inerentes a produção estão diretamente
vinculados aos estoques. No entanto, as despesas não são consideradas para
elaboração deste método de custeio. (DUTRA, 2003)
Neves e Viceconti (2010), utilizam os seguintes dados para exemplificar o
cálculo do custeio por absorção:
Quadro 4 – Exemplo do método de custeio por absorção
•
•
•
•
•
•
•
•
Produção: 1.000 unidades totalmente acabadas.
Custos Variáveis: ..................................... R$ 20.000,00
Custos Fixos: ........................................... R$ 12.000,00
Despesas Variáveis ................................. R$ 4.000,00
Despesas Fixas: ....................................... R$ 6.000,00
Não há estoques iniciais e finais de produtos em elaboração
Não há estoques iniciais de produtos acabados
Vendas liquidas: 800 unidades a R$ 60,00 cada uma: R$ 48.000,00
Fonte: Neves e Viceconti (2010, p. 160)
Quadro 5 - Custo do Produção do Período (CPP)
Custos Fixos ........................ R$ 12.000,00
Custos Variáveis .................. R$ 20,000,00
CPP...................................... R$ 32.000,00
Fonte: Neves e Viceconti (2010, p. 160)
Quadro 6 – Explicação do exemplo de custeio por absorção
Custo da Produção Acabada no Período (CPA)
Como não há estoques iniciais e finais de produtos em elaboração.
CPA = CPP = R$ 32.000,00
Custo dos Produtos Vendidos (CPV)
Custo unitário de produção: R$ 32.000,00 ÷ 1.000 = R$ 32,00
CPV = Unidades Vendidas x Custo Unitário
CPV = 800 × R$ 32,00 = R$ 25.600,00
Estoque Final de Produtos Acabados
200 unidades × R$ 32,00 = R$ 6.400,00
Fonte: Neves e Viceconti (2010, p. 161)
Quadro 7 – Demonstração dos resultados do método de custeio por absorção
Vendas Líquidas ........................................... R$ 48.000,00
(-) CPV .......................................................... R$ (25.600,00)
(=) Resultado Industrial ................................ R$ 22. 400,00
(-) Despesas Fixas e Variáveis .................... R$ (10.000,00)
(=) Lucro Liquido .......................................... R$ 12.400,00
Fonte: Neves e Viceconti (2010, p. 161)
Segundo Neves e Viceconti (2010), para a utilização do custeio por absorção,
será preciso usar o custo de produção do período, o custo da produção acabada no
período, o custo dos produtos vendidos e o estoque final de produtos acabados.
Assim, obter-se-á a demonstração do resultado através do valor das vendas
líquidas, menos o custo dos produtos vendidos, com o qual se chegará ao resultado
operacional da empresa. Deste, serão subtraídas as despesas fixas e variáveis,
obtendo-se o lucro líquido.
3.6.3 Custeio baseado em atividades - ABC
Segundo Cogan (1997), a metodologia do custeio baseado em atividades
consiste em uma série de tarefas, que podem passar por um departamento da
organização ou mais. O ABC tem como principal horizonte transformar as despesas
indiretas em despesas diretas, e estuda sempre o custo-benefício desta prática, para
que os recursos existentes na empresa possam ser melhor aproveitados.
Para Dutra (2003), este método é utilizado para maximizar a qualidade na
tomada de decisões, podendo este analisar a produtividade da força de trabalho e
encontrar um equilíbrio ideal de produção. O custeio, baseado em atividades, traz,
como metodologia principal, a busca pela melhoria das informações.
O custeio, baseado em atividades (ABC), diferencia-se do custeio por
absorção por utilizar, além dos custos de produção, as despesas administrativas e
comerciais na elaboração do custo, buscando encontrar os elementos que causaram
os gastos em cada atividade. (PADOVEZE, 2006)
Conforme Cardoso, Mário e Aquino (2007), o custeio, baseado em atividades,
traz a facilidade para a empresa executar algumas práticas, como eliminar limitações
impostas pelos outros métodos de custeio e anexar os gastos indiretos aos bens e
serviços.
Figura 2 – Visão conceitual resumida do custo ABC
Recursos
Geradores do Processo
Atividades
Medidas de
Desempenho
Objetos de Custo
Fonte: Adaptado de Padoveze (2006, p. 210)
Baseado na figura 2, para obter o custeio ABC, é necessário estabelecer as
devidas atividades inerentes aos geradores de processo. Depois de identificadas as
principais atividades, estas serão elencadas nos seus objetos de custos, assim
podendo medir seus desempenhos. Para que isso ocorra, faz-se necessário o
direcionamento dos recursos, para se chegar a uma atividade desejada.
(PADOVEZE, 2006)
Segundo UVB – Universidade Virtual Brasileira (2012), descreve-se por meio
do quadro 8 um exemplo de custeio ABC:
Quadro 8 – Exemplo de custeio utilizando o método ABC
Produto
x
Y
Produção (uni/mês)
Z
90.000
50.000
60.000
9,50
7,00
8,00
Receita bruta
855.000
350.000
480.000
Custo direto
280.000
220.000
180.000
Despesa direta
76.000
46.000
48.000
Custos indiretos
173.250
31.500
110.250
Despesas indiretas
204.600
46.500
58.900
Lucro antes dos impostos
121.150
6.000
42.850
L.A.I.R (Total)
170.000
Preço de venda
Fonte: Universidade Virtual Brasileira (UVB), 2012.
Baseado na UVB (2012), o exemplo demonstra que o valor produzido é
multiplicado pelo valor unitário chegando assim na receita bruta, onde se desconta
os custos diretos e indiretas, e as despesas diretas e indiretas decorrentes a sua
produção. Sendo assim se obtêm o LAIR.
3.7 RATEIO DE CUSTOS INDIRETOS
Para Martins (2009), o rateio de custos indiretos é considerado a distribuição
dos custos de todo o mix de produção em cima do percentual produzido, para que
assim possa chegar ao custo indireto rateado de cada produto.
De acordo com Perez, Oliveira e Costa (2005), são a divisão dos custos
indiretos que ocorrem dentro dos departamentos produtivos, ajudando a diminuir os
erros na execução de tarefas contábeis, pois os custos indiretos são mais visíveis
desta forma e auxiliam o controle de gastos departamentais.
3.7.1 Critérios de rateio
Segundo Dutra (2003), os critérios de rateio dominantes são identificados da
seguinte maneira:
a) Causa e efeito – Neste critério o fator de rateio será aquele que dá origem ao
custo, apresentando relação direta entre custo indireto e dado utilizado como
base de alocação, e é muito usado nos custos indiretos variáveis.
b) Benefícios recebidos – É considerado em relação aos custos recebidos por
unidade de acumulação, o que torna uma relação causal. Dessa forma a
relação existente é com a atividade, pois as variações de volume não causam
variações equivalentes no custo.
c) Equidade ou imparcialidade – Baseia-se na negociação das partes
interessadas e seu maior enfoque é o acordo e não os aspectos técnicos.
d) Capacidade de suportar – Baseia-se na capacidade do produto de absorver
os custos. Assim quanto maior o desempenho do objeto de custo, maior será
a parcela de custo atribuída a ele.
3.8 A FUNÇÃO CONTROLE DOS CUSTOS
Para Leone (1998), o controle das operações é o principal objetivo de se
estabelecer os custos, já que grande parte dos meios de controle de um
administrador vem de dados de custos. Para tanto, uma contabilidade de custos
bem organizada é fator primordial para que este faça a verificação entre o que foi
planejado e o que está sendo realizado.
Desta forma, estabelece conceitos diferenciados para os controles exercidos
em custos, nas diversas áreas de atuação, sendo eles os preços, as receitas, os
gastos, os desembolsos, os custos, as despesas, as perdas e as doações. (DUTRA,
2003)
Segundo o mesmo autor, preço é o valor estabelecido pela empresa para
efetuar qualquer transferência de bens ou serviços, receita é a multiplicação do
preço de venda, pela a sua quantidade; gasto é o valor pago ou assumido por uma
empresa mediante à aquisição de um bem ou serviço; desembolso é a saída de
dinheiro do caixa da empresa, para o pagamento de algo que foi adquirido; custos
são gastos voltados à produção como a matéria prima, e, desta forma, o custo é o
valor que deve ser reembolsado com a
comercialização do bem ou serviço;
despesas são gastos que não estão voltados à elaboração de bem e serviço, mas
sim gastos ocorridos durante a comercialização; perdas são gastos não
programados e doações são gastos voluntários sem a intenção de obter receita.
Controle significa conhecer com aprofundamento as informações dentro das
organizações, estar ciente das divergências e procurar corrigi-las o mais rápido
possível. Assim, o sistema de custos é fundamental para se obter o controle.
(MARTINS, 2009)
3.9 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
De acordo com Perez, Oliveira e Costa (2005), para a construção do preço de
venda, é necessário o conhecimento do tipo do mercado em que a empresa está,
analisando assim, a oferta e a procura de bens e serviços, fazendo uma previsão do
que buscam os consumidores, considerando também o lucro da empresa.
Para Bernardi (1998), o preço de venda é elaborado a partir da somatória de
custos, despesas, impostos e lucro.
Padoveze (2010), comenta que, para a formulação do preço de venda dos
produtos, o custo-padrão e por absorção são as formas mais usadas. Forma-se este
adicionando as taxas de despesas administrativas, comerciais e financeiras, e a
margem desejada na base dos custos de produção do produto, até se chegar ao
preço desejado.
O mesmo autor mostra que a formação do preço de venda pode ser também
a partir do custo e sua validade, sendo calculados com base nos custos reais ou
orçados. Existe outra maneira de se obter a formação do preço de venda, a partir do
custeio direto ou variável, que é constituído pelo cálculo dos custos diretos ou
variáveis mais as despesas variáveis do produto.
Conforme Bernardi (1998), formar preços, baseando-se em custos, é
resultado da somatória de um índice conhecido como mark-up.
A fórmula abaixo confirma a explicação dada pelo autor acima:
Preço de Venda a Vista =
Fonte: SEBRAE (2010, p. 35)
Custo da mercadoria vendida
% impostos+% comissões+%CF+% Lucro
1100
Segundo SEBRAE (2010), para calcular do preço de venda à vista, é
necessário possuir o custo do produto vendido, dividindo este custo pela soma dos
percentuais de custos variáveis, custos fixo e lucro, subtraídos de 100 %.
Na formação dos preços, depois do método à vista, obtém-se também o preço
a prazo, que é, além da adição de um prazo para pagamento, uma adição de um
custo financeiro. (MEGLIORINI, 2007)
Para Santos (2000), existem alguns fatores que influenciam na formação do
preço de venda, como verificar o mercado em que o produto está inserido, a
demanda e os custos que são utilizados para a fabricação, a comercialização, os
preços de mercado e a quantia de produto em relação à procura do mercado. Com
isso, faz-se necessário a definição da margem de contribuição para formação do
preço do produto.
3.9.1 Mark-up
Segundo Padoveze (2010), mark-up é traduzido como multiplicador sobre os
custos. É utilizado para o cálculo do preço de venda, seguindo o custo de absorção
de cada produto. A partir deste, as demais características serão adicionadas ao
custo e a sua formação está relacionada a percentuais sobre o preço de venda, que
a partir daí, são aplicados sobre o custo do produto. Os elementos que compõem o
mark-up são encontrados nos percentuais médios sobre os preços de venda.
Conforme Santos (2000), o mark-up é utilizado para a formação de preço de
venda, sendo este somado sobre o custo de um determinado produto. Possui sua
contribuição para cobrir contas de vendas como seus impostos e comissão.
É um modelo que possui a função de se obter o cálculo viável do preço de
mercado e formar o preço correto para determinado produto com a intenção de
conseguir o lucro, tirando todas suas despesas, impostos e custos. (BERNARDI,
2010)
Segundo Bernardi (1998), para se calcular o mark-up, é necessário que o
preço de venda do produto cubra os devidos custos. Assim, calcula-se o preço de
venda com base na somatória de vários elementos: custos, despesas, impostos e
lucros. Desta forma, o autor demonstra o exemplo de cálculo de mark-up:
PREÇO DE VENDA
ICMS da venda
PIS/ Cofins
Comissões
Despesas administrativas
Lucro antes dos impostos
Total
Mark-up Divisor =
100,00%
18,00%
2,65%
2,50%
8,00%
20,00%
51,15%
(variável da venda)
(variável da venda)
(variável da venda)
(variável)
(variável)
100%-51,15%
=0,4885
100
Mark-up Multiplicador =
1
= 2,0470
0,4885
Fonte: Adaptado de Bernardi (1998, p. 252)
Segundo Bernandi (1998), para encontrar o mark-up, é necessário
primeiramente diminuir de 100% o preço de venda, o somatório de todos os
percentuais de impostos relacionados às vendas, despesas administrativas e lucro
antes dos impostos, e dividir por 100. Assim, encontra-se o mark-up divisor. Em
seguida, divide-se 1 pelo mark-up divisor, no qual se encontra o mark-up
multiplicador.
3.9.2 Margem de contribuição ou lucro bruto
O lucro bruto é definido como a diferença da venda do produto e o custo
deste, não levando em conta as despesas administrativas, financeiras e de vendas.
(MARION, 1998)
Na opinião de Neves e Viceconti (2010), calcula-se o lucro bruto, utilizando-se
as vendas líquidas e diminuindo destas o custo dos produtos vendidos, que nada
mais é que, o custo de produção formado por custos fixos e variáveis divididas pelo
custo unitário.
Segundo Perez, Oliveira e Costa (2005), a margem de contribuição é
essencial para as decisões gerenciais, e também para o custeio variável. Ela se
define como a diferença entre o preço de venda e a somatória dos custos e
despesas variáveis, contribuindo assim, para o lucro e para a absorção dos custos
fixos.
A margem de contribuição ou o lucro bruto
[...] é a diferença entre o preço de venda unitário do produto e os custos e
despesas variáveis por unidade de produto. Significa que em cada unidade
vendida à empresa lucrará determinado valor. Multiplicando pelo total
vendido, teremos a contribuição marginal total do produto para a empresa.
(PADOVEZE. 2010, p. 376)
Para Cardoso, Mário e Aquino (2007), a margem de contribuição pode ser de
múltiplos produtos, porém, o foco de decisão é formado por variados itens que
fazem relação com o volume comercializado de determinado produto.
3.9.3 Lucro líquido
Segundo Neves e Viceconti (2010), para se obter o lucro líquido, é necessário
tomar como base as vendas líquidas. Deste, subtrai-se o custo dos produtos
vendidos, o que gera o resultado industrial. Após, diminui-se deste resultado as
despesas fixas e variáveis, definindo-se, assim, o lucro líquido.
Conforme Marion (1998), o lucro líquido é considerado “o que sobrou” da
receita para os sócios ou proprietários, sendo que esses decidirão se o dinheiro será
distribuído ou permanecerá na empresa.
4 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
4.1 TIPO DE ESTUDO
A escolha do estudo de caso, na indústria de embutidos, deu-se pelo fácil
acesso às informações e, por esta ser uma empresa em ascensão no mercado
regional. Destaca-se perante a concorrência, pela qualidade de seus produtos.
Gil (1994, p. 78) afirma que “o estudo de caso é caracterizado pelo estudo
profundo e exaustivo de um ou de poucos objetivos, de maneira a permitir
conhecimento amplo e detalhado do mesmo [...]”. A pesquisa, em questão, trata-se
de um estudo de caso, pois analisa o custo de produção, com intuito de formar o
preço de venda das linguiças toscanas produzidas na referida indústria.
De acordo com Gil (1992), a pesquisa de campo é o ato de observar os fatos
tal como eles são. Não podendo isolar e controlar as variáveis, mas perceber e
analisar as relações estabelecidas.
Foi utilizada a pesquisa bibliográfica usando diversos livros de produção e de
custos, consultando também artigos científicos relacionados a pesquisa proposta.
“Este levantamento deverá envolver procura em livros sobre o assunto, revistas
especializadas ou não, dissertações e teses apresentadas em universidades e
informações publicadas por jornais [...]”. (MATTAR, 2001, p. 20)
Conforme os pensamentos de Gil (1992), pesquisas documentais são aquelas
baseadas em documentos as quais se desenvolvem de maneira diversa. São
consideradas estas, as fases de determinação dos objetivos, elaboração do plano de
trabalho, tratamento de dados, entre outros. Onde dentro esta pesquisa foram
analisados os documentos já existentes na empresa, e foi possível obter uma
visualização dos dados já levantados sem fazer modificações a estes.
O presente estudo classifica-se como descritivo e exploratório. O primeiro por
se tratar de um levantamento de custos, no qual os pesquisadores não interferem
nas informações encontradas, apenas descrevem-nas da forma que foram coletadas
e fazem uma relação entre elas. Triviños (1987, p. 110) afirma que “os estudos
descritivos pretendem detalhar “com exatidão” os fatos e fenômenos de determinada
realidade”. Assim, para este estudo, envolve revisão bibliográfica, levantamento e
análise de dados (TRIVIÑOS, 1987).
A pesquisa exploratória tem a função de ligar os pesquisadores com o
problema em estudo, que neste caso é identificar o custo de produção e propor o
preço de venda das linguiças toscanas. Nesta linha de pensamento, Gil (1992, p. 45)
afirma que “pesquisa exploratória visa proporcionar maior familiaridade com o
problema com vistas e torná-lo explícito ou a construir hipóteses”.
Esta pesquisa utilizou dados quantitativos e qualitativos, pois um se embasa
no outro. A análise qualitativa demonstra o lado descritivo dos fatos, e a
preocupação do pesquisador com os entes envolvidos. O estudo qualitativo busca
trazer o conhecimento através da visão e compreensão sobre o contexto do
problema. (MALHOTRA, 2001)
Uma vez que esta pesquisa utilizou dados quantitativos, foram utilizadas
planilhas de recebimento de matérias primas, juntamente com peso e tempo gasto
para a fabricação dos produtos em estudo. A análise quantitativa tem como objetivo
quantificar os dados, mostrando os resultados de forma estatística. (MALHOTRA,
2001)
Neste estudo, utilizou-se dados primários e secundários. Os dados primários
foram analisados por meio das observações dos pesquisadores, para o qual
buscaram informações em documentos e arquivos contábeis, entrevistas com o
proprietário da empresa e observações diretas na empresa.
Porém, os dados secundários, tem como objetivo, coletar as informações já
existentes na indústria, não as criando, mas as utilizando. Neste contexto, Aaker;
Kumar e Day (2004, p. 130) afirmam “os dados secundários são aqueles que foram
coletados por pessoas ou agências para outros propósitos que não a resolução do
problema específico que temos em mãos”.
Nesta pesquisa foram utilizados relatórios para análise da produção e seus
custos. Neste contexto, Cobra (1997) descreve o relatório como uma espécie de
documento que responde aos problemas-chave. Deve ser redigido de maneira clara
e objetiva e as soluções encontradas devidamente apresentadas.
4.2 LOCAL DE REALIZAÇÃO DA PESQUISA
A pesquisa foi realizada em uma indústria de embutidos de suínos, localizada
no Oeste do estado do Paraná, já que esta possui uma infraestrutura adequada para
o desenvolvimento da pesquisa.
O presente trabalho foi dividido em três etapas: uma entrevista com o
proprietário da empresa, a análise da produção para identificar o custo dos produtos
selecionados, por fim, elaboração do preço de venda destes.
4.2.1 Aplicação da entrevista
A empresa onde a entrevista foi executada, localiza-se em um município de
pequena população, contando com 11.032 habitantes, onde 21 pessoas estão
trabalhando nesta empresa e apenas o sócio proprietário que será entrevistado para
a pesquisa.
A entrevista foi aplicada após o proprietário assinar o termo de consentimento
livre e esclarecido (APÊNDICE 1). A presente entrevista (APÊNDICE 1), foi
composta por nove perguntas, as quais buscam dados e informações do proprietário
em relação ao processo produtivo, bem como a importância de ter os custos de
produção já elaborados e as suas dificuldades em não ter os custos de produção
definidos.
4.2.2 Análise e cálculo de custo da produção
Foi realizada a análise da produção dos produtos escolhidos, desde a compra
da matéria prima até a sua transformação e distribuição, a fim de identificar os
custos de produção incorridos nos determinados processos e estabelecer seus
preços de venda. Para alcançar os objetivos do presente trabalho foram coletados
os seguintes dados: quantidade da matéria prima ao longo da cadeia produtiva e o
tempo utilizado para realização de cada etapa da produção.
Neste sentido, o processo produtivo se dá por meio das seguintes etapas:
a) Compra do suíno vivo e negociação do preço do animal;
b) Contratação do frete, carregamento e pesagem dos animais e transporte até
o frigorífico onde o abate é terceirizado (quebra de peso devido ao
transporte);
c) Abate do animal no frigorífico terceirizado. Cobra-se uma taxa de abate
(quebra de peso devido ao abate (evisceração);
d) Frete de transporte até a indústria e entrega das carcaças;
e) Recebimento das carcaças, pesagem e armazenamento em câmara fria
(quebra de peso da carcaça devido à dessora1);
f) Desmanche da carcaça2 (separação em pernil, paleta, costela, lombo/copa,
barriga e toucinho);
g) Separação dos ossos da carne (quebra de peso devido ao descarte dos
ossos);
h) Seleção da carne destinada à produção dos produtos selecionados (quebra
de peso devido à retirada da gordura);
i) Pesagem e moagem da carne, bem como pesagem dos temperos
(incremento de peso devido ao adicional de ingredientes);
j) Mistura da carne com os ingredientes (incremento de peso devido ao
adicional de tripa e embalagem);
k) Embutimento
l) Armazenamento em câmara fria;
m) Venda e distribuição.
De acordo com as etapas do processo produtivo, foram observadas e
coletadas o tempo despendido em cada etapa, bem como o número de
colaboradores necessários para realização da tarefa. Este dado foi utilizado para
calcular o custo da mão de obra.
Também, foi feita a pesagem da carne antes e depois da realização de cada
etapa, bem como a pesagem dos resíduos originados durante o processo. Este dado
foi utilizado para o cálculo do custo da matéria prima utilizada para a produção das
linguiças toscanas.
Para obterem-se informações seguras, a coleta dos dados, tanto no que se
refere à mão de obra como à matéria prima, foi feita com repetição de 10 medições,
sendo estas realizadas em dias e horários alternados. Assim, para o cálculo do
custo de produção, utilizou-se a média aritmética do resultado obtido em cada etapa.
Para a definição do valor do Kg da matéria prima, foram consideradas as
quebras que ocorreram durante transporte, abate e classificação de carne, bem
como taxa de abate e frete. Além disso, para a produção das linguiças toscanas, são
1
Termo técnico utilizado para descrever a perda de sangue do animal no processo produtivo, bem
como perdas não calculáveis.
2
Termo Técnico para definir meio animal
utilizados dois tipos de carne do suíno. Sabe-se que, economicamente, cada corte
tem um valor definido pelo mercado consumidor. Dessa forma, para chegar ao valor
de cada corte, foi realizada uma pesquisa de mercado com 10 empresas do ramo, a
fim de identificar o preço de cada corte suíno com base no preço do suíno vivo.
Também, foram levantados os custos dos condimentos e temperos adicionados para
a produção dos itens em destaque. Assim, somente após a definição individualizada
do preço de cada corte e dos demais ingredientes que são adicionados no processo
produtivo, é que foi possível chegar ao custo da matéria prima.
Para o estabelecimento do custo de produção, também deverão ser incluídos
os custos referentes a impostos e taxas, bem como os custos de manutenção da
indústria, como por exemplo o de higienização. Estes custos serão levantados e
rateados pela quantidade média de Kg de produtos produzidos pela empresa.
Desta forma, após a coleta dos dados de custo da mão de obra, custo da
matéria prima e demais custos, é que foi possível encontrar o valor total de
produção.
Todos os dados coletados foram trabalhados em planilhas do programa
Microsoft Excel®, onde foram analisados, tabulados e apresentados em forma de
tabelas, e analisados para o melhor entendimento da pesquisa.
4.2.3 Determinação do preço de venda
Com os custos totalizados a partir da análise da produção, formou-se o preço
de venda de 1kg de linguiça toscana através do estudo de mark-up.
A determinação do preço de venda foi baseada em fórmulas que visam somar
os custos, despesas, impostos e a margem de lucro, possibilitando ao gestor decidir
seu preço baseado em fundamentos.
4.3 ASPECTOS ÉTICOS
4.3.1 Procedimentos da coleta de dados
O trabalho de coleta de dados foi iniciado após a aprovação pelo Comitê de
Ética em Pesquisa (CEP). Antes de iniciar qualquer atividade, foi realizada uma
reunião com o proprietário da empresa, durante a qual serão explicados os objetivos
e os procedimentos adotados para a realização do presente trabalho.
A coleta de dados foi feita a partir de três fontes: dados a partir de uma
entrevista realizada com o proprietário da empresa, dados da produção e
informações da literatura que nortearão a formação do preço de venda. Assim, com
relação à entrevista, cabe ressaltar que a aplicação somente foi realizada após a
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice 1). Além
disso, não foram apresentados dados de identificação no mesmo, e o proprietário
ficou à vontade para responder às perguntas, sem pressão ou coação por parte dos
pesquisadores, uma vez que estes ficarão à disposição para quaisquer
esclarecimentos.
4.3.2 População e amostra
Este trabalho não utilizou de população e amostra por se tratar de um estudo
de caso.
4.3.3 Critérios de inclusão e exclusão
O presente estudo não utilizou de critérios de inclusão e exclusão, pois não
houve população, e esta pesquisa foi aplicada exclusivamente à referida empresa.
4.3.4 Grau de vulnerabilidade dos sujeitos – benefícios, riscos, desconfortos e
medidas protetoras.
A realização da pesquisa buscou trazer benefícios para a indústria no sentido
de promover um maior conhecimento dos processos produtivos, bem como
identificar o custo de produção e propor o preço de venda. Já para os
pesquisadores, trouxe benefícios no sentido de conhecer os processos e cotidiano
de uma indústria.
Assim, a aplicação da entrevista não causou nenhum risco para a empresa ou
para o proprietário, pois não houve identificação do nome da empresa e o nome do
proprietário na entrevista e no trabalho, o que não causará transtorno ao
entrevistado, devido ao fato de não haver exposição direta.
4.3.5 Critérios para interromper a pesquisa
A pesquisa poderá ser interrompida a qualquer momento, seja por parte do
pesquisado, seja por parte dos pesquisadores, sem causar qualquer prejuízo às
partes envolvidas.
Os critérios para os pesquisadores interromperem a pesquisa são: falta de
colaboração da empresa no fornecimento dos dados e falta de informações
indispensáveis para a conclusão do trabalho. Os critérios para a empresa
interromper a pesquisa são: considerar que os pesquisadores estão trazendo
prejuízo de qualquer natureza para a empresa e identificar falta de responsabilidade
por parte dos pesquisadores na coleta e tratamento dos dados.
4.3.6 Sigilo e confidencialidade das informações
Nesta pesquisa, a identidade do proprietário será mantida em sigilo bem
como o nome da empresa e suas demais informações. Os dados coletados serão
expostos e apresentados, no presente trabalho, porém garantido a confidencialidade
das informações da empresa, no momento em que não divulgar-se-á seu nome.
Para verificação de dados, somente o gestor da empresa será consultado.
4.3.7 Uso e destinação do material e/ou dados coletados
As informações coletadas serão armazenadas em responsabilidade dos
pesquisadores em um período de 5 (cinco) anos. Os dados, após tabulados e
analisados, serão utilizados para desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de
Curso, podendo ainda aproveitar os resultados para construção de artigos para
publicação em revistas científicas ou apresentação em eventos científicos.
4.4 ORÇAMENTO DETALHADO
Por meio da tabela 1 apresentam-se as despesas incorridas para o
desenvolvimento desta pesquisa.
Tabela 1- Custos da pesquisa
Despesas
Energia elétrica
Caneta
Combustível
Impressão
Folhas papel A4 - 01 Resma
Toucas descartáveis
Total
Reais (R$)
R$ 30,00
R$ 1,00
R$ 500,00
R$ 170,00
R$ 9,75
R$ 15,00
R$ 725,75
Fonte: Dados da pesquisa, 2012.
A pesquisa foi custeada pelos pesquisadores colaboradores. Os valores
relacionados ao pesquisador orientador foram custeados pela faculdade. Foram
gastos, com a elaboração desta pesquisa, um valor aproximado de R$ 725,75,
definido com energia R$ 30,00 devido ao uso dos computadores e internet; caneta
R$ 1,00 mediante às correções manuscritas da pesquisa e coleta de dados;
combustível R$ 500,00 devido à distância da empresa que tem um percurso de 30
km da instituição de ensino, bem como o combustível gasto com os encontros para a
elaboração da pesquisa; impressão R$ 170,00 devido ao número de cópias da
pesquisa para correção e até mesmo entrega final do estudo; papel R$ 9,75 para a
impressão e toucas descartáveis R$ 15,00 que foram utilizadas para entrar na área
de produção da empresa.
5 COLETA E ANÁLISE DE DADOS
Após a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP), foi iniciada a coleta
de dados, baseada nos critérios éticos propostos na pesquisa.
Este capítulo tem por objetivo analisar os dados coletados, inserindo-os em
tabelas onde serão demonstrados os resultados obtidos através da entrevista
realizada com o proprietário da empresa, com os dados da produção e informações
da literatura que nortearão a formação do preço de venda.
Em atendimento ao problema levantando, que era saber qual deve ser o
preço de venda da linguiça toscana para remunerar o custo total de sua produção,
foi resolvido a partir das análises dos dados de produção e fórmulas desenvolvidas
por autores para se chegar à formação do preço de venda.
A seguir, apresenta-se o diagnóstico dos fatores analisados para tornar válido
este estudo, onde as informações obtidas, contribuíram para o conhecimento do
custo da produção da linguiça toscana e formar o preço de venda do produto.
Como citado anteriormente, na indústria em estudo, não é feita a compra da
carcaça pronta, o suíno é comprado vivo e o abate é terceirizado. Assim, vários
fatores influenciam no preço final da carcaça: taxa de abate, frete para o envio do
animal ao abate, frete de retorno da carcaça para a indústria e por fim o rendimento
da carcaça.
Diariamente o preço do suíno varia, ou seja, aumenta ou reduz. Assim, para
encontrar o custo do quilo da carcaça foi utilizada a fórmula a seguir, onde o custo
do suíno vivo foi somado à taxa de abate e aos fretes, sendo estes valores divididos
pelo peso final das carcaças. Importante ressaltar que os valores apontados
referem-se a um determinado dia do mês de setembro.
Os valores apresentados na fórmula referem-se a um carregamento de 40
animais destinados ao abate. O custo obtido com a resolução da fórmula de
R$3,56/kg, trata-se do custo da carcaça que será utilizado para atender os objetivos
da pesquisa.
CCa=
CCa=
(CSV+A+F1+F2)
PCa
10.727,20+520,00+390,00+221,20
3331
CCa=R$3,56/kg
CCa - Custo da carcaça em reais (R$)/kg
CSV - Custo do suíno vivo em reais (R$)
A - Taxa de Abate
F1 - Frete de ida
F2 - Frete de volta
PCa - Peso Carcaça
Entretanto, o uso desta fórmula, apesar de produzir dados importantes, tornase inviável para o dia a dia da indústria, pois o processo de obtenção do custo da
carcaça é lento, uma vez que é necessário pesar o animal antes do abate e após o
abate para encontrar o custo final da carcaça.
Desta forma, utilizou-se dez suínos para calcular o rendimento da carcaça,
subtraindo o peso dos suínos vivos do peso dos suínos abatidos, e, assim
estabelecer o chamado fator de correção que se dá por meio da divisão do custo da
carcaça de R$3,56kg pelo custo do suíno vivo de R$2,53kg de um dia aleatório..
FC=
CCa
CSV
FC=
3,56
2,53
FC=1,41
FC - Fator correção
CCa - Custo da carcaça em reais (R$)
CSV - Custo do suíno vivo em reais (R$)
Ao realizar o cálculo, verificou-se que, dependendo do custo do suíno vivo, o
fator de correção sofre alterações. Assim, levantou-se que, no último ano, o custo do
suíno variou de R$2,00 a R$3,00 o Kg e dessa forma calculou-se o FC para os
seguintes valores de suíno vivo: R$2,00; R$2,10; R$2,20; R$2,30; R$2,40; R$2,50;
R$2,60; R$2,70; R$2,80; R$2,90 e R$3,00. A tabela 2 indica os respectivos fatores
de correção com variação de R$2,00 a R$3,00, para os devidos valores do suíno
vivo.
Tabela 2 - Fator de correção (FC) de acordo com o valor do kg vivo para o
rendimento de carcaça
Suíno vivo
R$ 2,00
R$ 2,10
R$ 2,20
R$ 2,30
R$ 2,40
R$ 2,50
R$ 2,60
R$ 2,70
R$ 2,80
R$ 2,90
R$ 3,00
Fator de correção (FC)
1,46
1,45
1,44
1,44
1,43
1,42
1,42
1,42
1,41
1,41
1,40
Carcaça
R$ 2,92
R$ 3,05
R$ 3,17
R$ 3,31
R$ 3,43
R$ 3,55
R$ 3,69
R$ 3,83
R$ 3,95
R$ 4,09
R$ 4,20
Fonte: Dados da pesquisa, 2012
Cabe ressaltar ainda, que estes valores de fator de correção são específicos
para a indústria em estudo. Está é uma ferramenta válida utilizada no dia a dia da
empresa.
Na tabela 3, apresenta-se a pesagem de 10 suínos. O número de suínos para
as medições foi escolhido devido ao fato de que existem variações no peso do
animal, bem como a necessidade em quilos de carne para produzir 100 kg de
linguiça toscana, já que esta é a quantidade mínima de produção do maquinário.
Desta forma, utilizou-se a proporção de 100 kg para 1 kg de linguiça toscana,
descrito posteriormente no presente trabalho.
Tabela 3 - Peso da carcaça
Carcaça
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Total (Kg)
Custo
Peso (Kg)
79,40
83,00
79,30
76,40
76,30
80,90
78,90
88,90
89,40
87,40
819,90
R$ 2.918,84
Fonte: Dados da pesquisa, 2012
Para o entendimento da tabela 3, fez-se necessário somar os quilos das 10
carcaças, onde multiplicou-se o total de 819,90 kg pelo preço médio da carcaça de
R$3,56, obtendo-se o custo de R$2.918,84.
A tabela 4 apresenta a separação das carnes de acordo com a utilização para
cada produto que a empresa produz.
Tabela 4 - Porcentagem baseado no peso total
Partes do corpo dos Suínos
Retalho gordo (barrigas e partes gordas)
Retalho magro (pernil)
Assuam (ossinho)
Couro
Músculo (porpeta)
Alcatra (pernil)
Banha (barriga)
Banha (outros pedaços)
Carne c/ banha
Picanha (pernil)
Lombo
Copa
Filé
Pé
Rabo
Orelha
Costela cozinha (retalho)
Costela
Paleta (coxão duro)
Paleta
Coxão mole (pernil)
Osso
Quebra Técnica
Total
Kg
109,50
148,20
25,80
29,18
11,50
11,00
12,00
90,00
52,50
5,04
29,50
16,60
6,00
13,80
3,30
3,80
34,00
23,10
43,30
48,40
41,00
38,80
23,58
819,90
%
13,36%
18,08%
3,15%
3,56%
1,40%
1,34%
1,46%
10,98%
6,40%
0,61%
3,60%
2,02%
0,73%
1,68%
0,40%
0,46%
4,15%
2,82%
5,28%
5,90%
5,00%
4,73%
2,88%
100,00%
Fonte: Dados da pesquisa, 2012
No que se refere às linguiças toscana são utilizadas apenas algumas partes
do suíno, são elas: retalho gordo e retalho magro. Desta forma a tabela 4 apresenta
a divisão dos 819,90 kg obtidos com o peso das carcaças e sua representatividade
em percentual em relação ao peso total. A quebra técnica foi considerada a partir
das perdas existentes no processo de separação das carnes, que incluem dessora e
resíduos não calculáveis.
Perante o mercado, não é possível utilizar um custo linear de R$3,56 para
todas as partes do suíno, uma vez que existem partes mais nobres e outras menos
nobres em uma carcaça. Assim, fez-se necessária uma análise de preços no
mercado de cada corte de carne utilizado pela empresa, para obter-se a média.
Para a construção da tabela 5, foram realizadas pesquisas de preço dos
cortes do suíno apresentados na tabela 4, nos principais mercados da região e
indústrias do ramo, totalizando preços diferentes para a grande maioria dos cortes
pesquisados.
Tabela 5 - Média de preço dos cortes no Mercado
Partes do corpo suíno
1
2
3
4
Retalho gordo (barrigas e partes gordas)
R$ 3,99 R$ 6,99 R$ 4,98
Retalho magro (pernil)
R$ 5,48 R$ 6,49 R$ 5,28 R$ 6,98
5
6
7
8
9
10
Média
R$ 3,80 R$ 4,40
R$ 4,83
R$ 6,55 R$ 4,70 R$ 5,20
R$ 5,81
Assuam (ossinho)
R$ 1,89 R$ 2,99 R$ 1,99 R$ 2,49
R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 6,60 R$ 4,10
Couro
R$ 3,99 R$ 5,66 R$ 4,98 R$ 6,98
R$ 5,40
Músculo (porpeta)
R$ 2,98
R$ 2,98
Alcatra (pernil)
R$ 14,98 R$ 21,98 R$ 6,98
Banha (barriga)
R$ 4,49 R$ 4,98 R$ 4,05
R$ 4,51
Banha (outros pedaços)
R$ 3,69 R$ 3,99 R$ 5,89 R$ 6,98
R$ 5,14
Carne c/ banha
R$ 3,99 R$ 6,99 R$ 4,98
R$ 5,32
Picanha (pernil)
R$ 18,99 R$ 14,99
R$ 4,90 R$ 4,90 R$ 5,50
R$ 4,90 R$ 4,90 R$ 5,50
R$ 9,87
R$ 9,86
Lombo
R$ 18,49 R$ 15,99 R$ 16,98 R$ 13,95 R$ 12,39 R$ 15,99 R$ 8,99 R$ 9,70
R$ 14,06
Copa
R$ 18,49 R$ 15,99 R$ 16,98 R$ 13,95 R$ 12,39
R$ 12,87
R$ 6,10 R$ 6,20
Filé
R$ 9,98 R$ 7,95 R$ 9,99
R$ 9,31
Pé
R$ 5,98 R$ 5,29 R$ 6,69
R$ 5,99
Rabo
R$ 9,98 R$ 9,59 R$ 7,15
R$ 8,91
Orelha
R$ 9,98 R$ 14,99 R$ 8,29 R$ 10,35
R$ 10,90
Costela cozinha (retalho)
R$ 6,99 R$ 7,99 R$ 10,98 R$ 11,95
R$ 9,48
Costela
R$ 6,99 R$ 7,99 R$ 10,98 R$ 11,95
R$ 7,60 R$ 7,50 R$ 8,60 R$ 7,72 R$ 8,67
Paleta (coxão duro)
R$ 4,99 R$ 4,98 R$ 6,75 R$ 7,25
R$ 5,99 R$ 4,00 R$ 4,70 R$ 6,70 R$ 6,00 R$ 5,71
Paleta
R$ 4,99 R$ 4,98 R$ 6,75 R$ 7,25
R$ 5,99 R$ 4,00 R$ 4,70 R$ 6,70 R$ 6,00 R$ 5,71
Coxão mole (pernil)
R$ 5,48 R$ 6,49 R$ 5,28 R$ 6,98
R$ 6,55 R$ 4,90 R$ 4,90 R$ 5,50
Osso
R$ 0,15
R$ 5,76
R$ 0,15
Fonte: Dados da pesquisa, 2012
Observa-se que existem diferenças entre cada valor encontrado. Desta forma,
estabeleceu-se a média praticada no mercado, que se formaliza baseado na
somatória dos valores dos produtos divididos pela quantidade dos preços
encontrados.
Para a construção da tabela 6 utilizou-se a média de preço encontrada na
tabela 5. Isto se dá, devido ao fato de que cada parte do suíno possui um valor
agregado diferenciado. Assim, pôde-se calcular o custo do quilo de cada corte
baseado na representatividade do mercado.
Tabela 6 – Representatividade dos cortes
Produtos
Retalho gordo (barrigas e partes gordas)
Retalho magro (pernil)
Assuam (ossinho)
Couro
Músculo (porpeta)
Alcatra (pernil)
Banha (barriga)
Banha (outros pedaços)
Carne c/ banha
Picanha (pernil)
Lombo
Copa
Filé
Pé
Rabo
Orelha
Costela cozinha (retalho)
Costela
Paleta (coxão duro)
Paleta
Coxão mole (pernil)
Osso
Total
Kg
Preço de Mercado (Kg)
109,50
R$ 4,83
148,20
R$ 5,81
25,80
R$ 4,10
29,18
R$ 5,40
11,50
R$ 2,98
11,00
R$ 9,87
12,00
R$ 4,51
90,00
R$ 5,14
52,50
R$ 5,32
5,04
R$ 9,86
29,50
R$ 14,06
16,60
R$ 12,87
6,00
R$ 9,31
13,80
R$ 5,99
3,30
R$ 8,91
3,80
R$ 10,90
34,00
R$ 9,48
23,10
R$ 8,67
43,30
R$ 5,71
48,40
R$ 5,71
41,00
R$ 5,76
38,80
R$ 0,15
796,32
Total
Representatividade Custo Total Custo Kg
R$ 528,89
11,09%
R$ 323,82 R$ 2,96
R$ 861,19
18,06%
R$ 527,29 R$ 3,56
R$ 105,65
2,22%
R$ 64,69 R$ 2,51
R$ 157,66
3,31%
R$ 96,53 R$ 3,31
R$ 34,27
0,72%
R$ 20,98 R$ 1,82
R$ 108,60
2,28%
R$ 66,50 R$ 6,05
R$ 54,08
1,13%
R$ 33,11 R$ 2,76
R$ 462,42
9,70%
R$ 283,13 R$ 3,15
R$ 279,30
5,86%
R$ 171,01 R$ 3,26
R$ 49,67
1,04%
R$ 30,41 R$ 6,03
R$ 414,77
8,70%
R$ 253,95 R$ 8,61
R$ 213,66
4,48%
R$ 130,82 R$ 7,88
R$ 55,84
1,17%
R$ 34,19 R$ 5,70
R$ 82,62
1,73%
R$ 50,59 R$ 3,67
R$ 29,39
0,62%
R$ 18,00 R$ 5,45
R$ 41,43
0,87%
R$ 25,37 R$ 6,68
R$ 322,25
6,76%
R$ 197,31 R$ 5,80
R$ 200,18
4,20%
R$ 122,57 R$ 5,31
R$ 247,11
5,18%
R$ 151,30 R$ 3,49
R$ 276,22
5,79%
R$ 169,12 R$ 3,49
R$ 236,16
4,95%
R$ 144,60 R$ 3,53
R$ 5,82
0,12%
R$ 3,56 R$ 0,09
R$ 4.767,20
100,00%
R$ 2.918,84
Fonte: Dados da pesquisa, 2012
Para a formação da tabela 6, fez-se necessário estabelecer uma
representatividade de cada corte de carne utilizado na empresa, estes apresentados
na coluna dos produtos. Em seguida os devidos Kg e seus respectivos pesos, de
acordo com a tabela 4. Os valores de preço de mercado foram alocados baseados
nos preços médios descritos na tabela 5, o que com a multiplicação destes, resultou
na coluna do total, valores estes que foram encontrados por meio da regra de três
para representatividade praticada no mercado, para cada corte de acordo com sua
nobreza e qualidade.
O custo total foi obtido por meio da multiplicação da representatividade do
mercado pelo custo inicial das carcaças de R$2.918,84. Observa-se que a
quantidade em quilos de carne de 796,32 kg, não representa a quantidade de
819,90 kg, apresentados na tabela 3. Isto dá-se devido ao fato da existência da
quebra técnica de 23,58 kg, a qual consta da tabela 4. Assim, esta teve seu custo
rateado e distribuído de forma linear, entre todos os cortes de carne da empresa.
Por fim, o custo do Kg é dado pela representatividade do custo de cada corte
de carne. Obteve-se este custo por meio da divisão do valores do custo total pela
quantidade em quilos.
Na tabela 7, apresentam-se os ingredientes utilizados na fabricação da
linguiça toscana tradicional, bem como embalagens primárias e secundárias com
seus respectivos custos. Os ingredientes utilizados na produção não foram
nomeados, pois a empresa deseja preservar a receita de seus produtos. Neste caso,
usou-se a denominação de ingredientes 1, ingredientes 2, e assim, sucessivamente.
Tabela 7 – Custos da matéria prima para a produção de 1 Kg de linguiça toscana
tradicional
Produto
LINGUIÇA
TOSCANA
Ingredientes
Ingrediente 1
Ingrediente 2
Ingrediente 3
Ingrediente 4
Ingrediente 5
Ingrediente 6
Ingrediente 7
Ingrediente 8
Ingrediente 9
Ingrediente 10
Ingrediente 11
Ingrediente 12
Ingrediente 13
Ingrediente 14
Carne (retalho gordo)
Carne (retalho magro)
Tripa suína (maço)
Embalagem
Etiqueta
Total
Quantidade Custo unitário
R$ 0,1247
R$ 0,0100
R$ 0,0010
R$ 6,7000
R$ 0,0017
R$ 95,8100
R$ 0,0112
R$ 0,7400
R$ 0,0003
R$ 8,0000
R$ 0,0008
R$ 46,8300
R$ 0,0002
R$ 8,0000
R$ 0,0004
R$ 32,0000
R$ 0,0075
R$ 2,5000
R$ 0,0002
R$ 5,5000
R$ 0,0017
R$ 1,6000
R$ 0,0021
R$ 11,8000
R$ 0,0083
R$ 11,7100
R$ 0,0083
R$ 9,5000
R$ 0,3326
R$ 3,0300
R$ 0,4989
R$ 3,6500
R$ 1,8000
R$ 0,2300
R$ 1,0000
R$ 0,0750
R$ 1,0000
R$ 0,0580
Custo Final
R$ 0,0012
R$ 0,0070
R$ 0,1593
R$ 0,0083
R$ 0,0027
R$ 0,0389
R$ 0,0013
R$ 0,0133
R$ 0,0187
R$ 0,0009
R$ 0,0027
R$ 0,0245
R$ 0,0974
R$ 0,0790
R$ 1,0079
R$ 1,8211
R$ 0,4140
R$ 0,0750
R$ 0,0580
R$ 3,8313
Fonte: Dados da pesquisa, 2012
Para obter o custo final de cada ingrediente, foi necessária a multiplicação da
quantidade de cada item, pelo seu respectivo custo unitário. Ao final realizou-se a
somatória de todos os custos, obtendo assim o custo unitário variável de R$ 3,8313.
Na tabela 8, apresentam-se os ingredientes utilizados na fabricação da
linguiça toscana picante, assim como, embalagens primárias e secundárias com
seus respectivos custos.
Tabela 8 – Custos da matéria prima para a produção de 1 Kg de linguiça toscana
picante
Produto
LINGUIÇA
TOSCANA
PICANTE
Ingredientes
Ingrediente 1
Ingrediente 2
Ingrediente 3
Ingrediente 4
Ingrediente 5
Ingrediente 6
Ingrediente 7
Ingrediente 8
Ingrediente 9
Ingrediente 10
Ingrediente 11
Ingrediente 12
Ingrediente 13
Ingrediente 14
Ingrediente 15
Carne (retalho gordo)
Carne (retalho magro)
Tripa suína (maço)
Embalagem
Etiqueta
Quantidade Custo unitário
0,1231
R$ 0,0100
0,0012
R$ 6,7000
0,0017
R$ 95,8100
0,0111
R$ 0,7400
0,0003
R$ 8,0000
0,0010
R$ 46,8300
0,0004
R$ 32,0000
0,0074
R$ 2,5000
0,0002
R$ 5,5000
0,0016
R$ 1,6000
0,0021
R$ 11,8000
0,0082
R$ 11,7100
0,0082
R$ 9,5000
0,0111
R$ 3,8000
0,0033
R$ 51,0000
0,3326
R$ 3,0300
0,4989
R$ 3,6500
1,8000
R$ 0,2300
1,0000
R$ 0,0750
1,0000
R$ 0,0580
Total
Custo Final
R$ 0,0012
R$ 0,0082
R$ 0,1593
R$ 0,0082
R$ 0,0026
R$ 0,0461
R$ 0,0131
R$ 0,0185
R$ 0,0009
R$ 0,0026
R$ 0,0242
R$ 0,0961
R$ 0,0780
R$ 0,0421
R$ 0,1674
R$ 1,0079
R$ 1,8211
R$ 0,4140
R$ 0,0750
R$ 0,0580
R$ 4,0447
Fonte: Dados da pesquisa, 2012
Na tabela 8, encontra-se a multiplicação da quantidade de cada ingrediente
utilizado na produção da linguiça toscana picante pelo seu custo unitário, obtendo-se
o custo final unitário de cada item. Na sequência, foi feita a soma do custo final de
todos os produtos calculados, obtendo o custo unitário variável de R$ 4,0447 para
cada quilo de linguiça toscana picante produzida pela empresa.
Na tabela 9 são descritos os ingredientes usados para a fabricação da
linguiça toscana especial, além das embalagens primárias e secundárias utilizadas,
com seus respectivos custos.
Tabela 9 – Custos da matéria prima para a produção de 1 Kg de linguiça toscana
especial
Produto
LINGUIÇA
TOSCANA
ESPESCIAL
Ingredientes
Ingrediente 1
Ingrediente 2
Ingrediente 3
Ingrediente 4
Ingrediente 5
Ingrediente 6
Ingrediente 7
Ingrediente 8
Ingrediente 9
Ingrediente 10
Ingrediente 11
Ingrediente 12
Ingrediente 13
Ingrediente 14
Carne (retalho gordo)
Carne (retalho magro)
Tripa suína (maço)
Embalagem
Etiqueta
Quantidade Custo unitário
0,1250
R$ 0,0100
0,0010
R$ 6,7000
0,0017
R$ 95,8100
0,0112
R$ 0,7400
0,0003
R$ 8,0000
0,0007
R$ 46,8300
0,0002
R$ 8,0000
0,0003
R$ 32,0000
0,0075
R$ 2,5000
0,0002
R$ 5,5000
0,0017
R$ 1,6000
0,0021
R$ 11,8000
0,0083
R$ 11,7100
0,0083
R$ 9,5000
0,2499
R$ 3,0300
0,5831
R$ 3,6500
2,1000
R$ 0,2300
1,0000
R$ 0,0750
1,0000
R$ 0,0580
Total
Custo Final
R$ 0,0012
R$ 0,0067
R$ 0,1593
R$ 0,0083
R$ 0,0027
R$ 0,0312
R$ 0,0013
R$ 0,0107
R$ 0,0187
R$ 0,0009
R$ 0,0027
R$ 0,0246
R$ 0,0976
R$ 0,0791
R$ 0,7572
R$ 2,1285
R$ 0,4830
R$ 0,0750
R$ 0,0580
R$ 3,9468
Fonte: Dados da pesquisa, 2012
Na tabela 9, foi demonstrado o cálculo utilizado para encontrar o custo
variável da linguiça toscana especial de R$3,9468, multiplicando a quantidade de
cada ingrediente pelo seu custo unitário, obtendo assim, o custo final de cada
produto. Posteriormente, somou-se o custo final de cada produto calculado, para
obter o custo total dos ingredientes utilizados na produção da linguiça.
Para obter-se o custo da linguiça toscana de queijo, apresentado na tabela
10, calculou-se os custos da matéria prima e embalagens para sua produção.
Tabela 10 – Custos da matéria prima para a produção de 1 Kg de linguiça toscana
de queijo
Produto
Ingredientes
Quantidade Custo unitário
Custo Final
Ingrediente 1
0,098
R$ 0,0100
R$ 0,0010
Ingrediente 2
0,001
R$ 6,7000
R$ 0,0076
Ingrediente 3
0,002
R$ 95,8100
R$ 0,0145
Ingrediente 4
0,010
R$ 0,7400
R$ 0,0073
Ingrediente 5
0,000
R$ 8,0000
R$ 0,0024
Ingrediente 6
0,001
R$ 46,8300
R$ 0,0353
Ingrediente 7
0,000
R$ 32,0000
R$ 0,0145
Ingrediente 8
0,007
R$ 2,5000
R$ 0,0170
Ingrediente 9
0,000
R$ 5,5000
R$ 0,0008
LINGUIÇA
Ingrediente 10
0,002
R$ 1,6000
R$ 0,0024
TOSCANA
Ingrediente 11
0,002
R$ 11,8000
R$ 0,0223
QUEIJO
Ingrediente 12
0,008
R$ 11,7100
R$ 0,0884
Ingrediente 13
0,008
R$ 9,5000
R$ 0,0717
Ingrediente 14
0,087
R$ 12,9000
R$ 1,1193
Ingrediente 15
0,023
R$ 19,7000
R$ 0,4459
Carne (retalho gordo)
0,302
R$ 3,0300
R$ 0,0027
Carne (retalho magro)
0,453
R$ 3,6500
R$ 2,8293
Tripa suína (maço)
2,000
R$ 0,2300
R$ 0,4140
Embalagem
1,000
R$ 0,0750
R$ 0,0750
Etiqueta
1,000
R$ 0,0580
R$ 0,0580
Total
R$ 5,2265
Fonte: Dados da pesquisa, 2012
Para obter o custo de R$5,2265 apresentado na tabela 10, multiplicou-se a
quantidade de cada ingrediente pelo seu custo unitário, obtendo-se o custo final de
cada produto. Após, realizou-se a soma do custo final de cada produto calculado.
Na tabela 11, apresenta-se a média do último semestre da indústria de
embutidos, com sua demonstração de resultados.
Tabela 11 – Média dos resultados obtidos pela empresa de fevereiro a julho de 2012
fev/12
mar/12
abr/12
mai/12
jun/12
jul/12
Média
Receita operacional bruta
R$ 222.168,42 R$ 235.764,96 R$ 228.139,03 R$ 227.691,12 R$ 232.795,24 R$ 281.305,16 R$ 237.977,32
Margem de lucro desejada
R$
Impostos
R$ 13.620,24 R$ 12.836,62 R$ 12.071,48 R$ 12.615,50 R$ 13.798,14 R$ 15.281,79 R$ 13.370,63
Salários, encargos e pró-labore R$ 23.021,74 R$ 22.467,87 R$ 21.471,28 R$ 25.382,23 R$ 27.992,05 R$ 26.010,17 R$ 24.390,89
Luz
R$ 3.086,41 R$ 3.249,98 R$ 3.471,36 R$ 3.380,73 R$ 3.325,07 R$ 3.641,71 R$ 3.359,21
Água
R$
66,00 R$
66,00 R$
66,00 R$
66,00 R$
66,00 R$
66,00 R$
66,00
Telefone
R$ 1.015,48 R$
548,27 R$
549,39 R$
568,89 R$
543,89 R$
545,47 R$
628,57
Manutenção
R$ 6.601,93 R$ 4.301,11 R$ 5.306,09 R$ 2.784,54 R$ 4.046,75 R$ 5.397,52 R$ 4.739,66
Despesas com frete e entregas R$ 3.032,82 R$ 5.346,13 R$ 4.553,43 R$ 5.861,75 R$ 5.361,62 R$ 3.799,87 R$ 4.659,27
Despesas financeiras
R$ 12.260,00 R$ 12.260,00 R$ 12.260,00 R$ 12.260,00 R$ 12.260,00 R$ 12.260,00 R$ 12.260,00
Outras despesas
R$ 7.467,35 R$ 9.592,12 R$ 6.936,22 R$ 9.757,01 R$ 6.341,90 R$ 8.498,93 R$ 8.098,92
Fonte: Dados da pesquisa, 2012
Na tabela 11 foram descritos os resultados extraídos da DRE da empresa,
composto pelos custos e despesas dos últimos seis meses. A média é obtida
através da somatória dos valores dos meses, divididos pela sua quantidade.
A tabela 12 apresenta a composição do mark-up, baseado na apuração de
resultados do ano de 2012 da empresa. Além dos resultados obtidos pela empresa
apontados na tabela 11, apresentam-se também seus custos, bem como, a definição
da margem de lucro desejada pela empresa. Por fim, calculou-se o mark-up.
Tabela 12 – Apuração de resultados e composição do Mark-up
Apuração de resultado e composição do Mark-up
Receita operacional bruta
R$ 237.977,32
Margem de lucro desejada
Impostos
R$ 13.370,63
Salários, encargos e pró-labore
R$ 24.390,89
Luz
R$ 3.359,21
Água
R$ 66,00
Telefone
R$ 628,57
Manutenção
R$ 4.739,66
Despesas com frete e entregas
R$ 4.659,27
Despesas financeiras
R$ 12.260,00
Outras despesas
R$ 8.098,92
Total
Cálculo do índice de Mark-up
Fonte: Dados da pesquisa, 2012
%
100,00%
12,00%
5,62%
10,25%
1,41%
0,03%
0,26%
1,99%
1,96%
5,15%
3,40%
42,08%
57,92%
0,58%
Na tabela 12 são descritos os valores utilizados para a formação do preço de
venda dos produtos por meio do mark-up. Os valores apresentados na tabela foram
obtidos através da média dos valores das DRE’s do último semestre, apresentados
pela indústria de embutidos. No que se refere ao índice de mark-up, este foi
encontrado a partir dos resultados da representatividade da demonstração de
resultados. Esta fez-se através da multiplicação dos valores de cada item por 100,
divididos pela receita operacional bruta, R$237.977,32. Após, realizou-se a
somatória dos percentuais, desde o item margem de lucro desejada até o item
outras despesas e deste resultado subtraiu-se 100%, onde obteve-se o resultado de
57,92%. Por fim este resultado foi dividido por 100%, encontrando o índice de markup de 0,58%.
Na tabela 13 demonstra-se o cálculo do preço de venda da linguiça toscana
tradicional.
Tabela 13 – Cálculo do preço de venda de 1kg da linguiça toscana
Cálculo do preço de venda da Linguiça Toscana
Custo unitário
Mark-up
Preço de venda sugerido
R$ 3,8313
0,58
R$ 6,6057
Fonte: Dados da pesquisa, 2012
Para obter o preço de venda da linguiça toscana tradicional de R$6,6057,
dividiu-se o custo unitário apresentado na tabela 7 de R$3,8313, pelo índice de
mark-up obtido na tabela 12, de 0,58.
A tabela 14 apresenta o preço de venda sugerido para a linguiça toscana
picante.
Tabela 14 – Cálculo do preço de venda de 1kg da linguiça toscana picante
Cálculo do preço de venda da Linguiça Toscana Picante
Custo unitário
R$ 4,0447
Mark-up
0,58
Preço de venda sugerido
R$ 6,9736
Fonte: Dados da pesquisa, 2012
O preço de venda sugerido da linguiça toscana picante apresentado na tabela
14, foi elaborado por meio da divisão do custo unitário de R$4,0447, encontrado na
tabela 8, pelo índice padrão de mark-up 0,58. Sendo assim, obteve-se o preço de R$
6,9736.
Encontra-se na tabela 15 o cálculo de preço de venda sugerido da linguiça
toscana especial.
Tabela 15 – Cálculo do preço de venda de 1kg da linguiça toscana especial
Cálculo do preço de venda da Linguiça Toscana Especial
Custo unitário
R$ 3,9468
Mark-up
0,58
Preço de venda sugerido
R$ 6,8048
Fonte: Dados da pesquisa, 2012
O preço de venda sugerido da linguiça toscana especial de R$ 6,8048,
demonstrado na tabela 15, foi elaborado por meio da divisão do custo unitário de R$
3,9468, encontrado na tabela 9, pelo indicador de mark-up de 0,58 obtido no tabela
12.
Na tabela 16, apresenta-se o cálculo do preço de venda da linguiça toscana
de queijo.
Tabela 16 – Cálculo do preço de venda de 1kg da linguiça toscana de queijo
Cálculo do preço de venda da Linguiça Toscana de Queijo
Custo unitário
R$ 5,2265
Mark-up
0,58
Preço de venda sugerido
R$ 9,0112
Fonte: Dados da pesquisa, 2012
Como nos demais cálculos efetuados, para obter o preço de venda sugerido
da linguiça toscana de queijo de R$9,0112 foi utilizado o custo unitário de R$ 5,2265
encontrado na tabela 10, cujo o custo foi divido pelo índice de mark-up de 0,58.
Com isso, obteve-se os preços de venda sugeridos da linda da linguiça
toscana por meio da utilização do índice de mark-up. Desta forma, encontrou-se os
valores para a produção de um quilo de cada linguiça toscana, sendo estes:
R$6,6057 para a linguiça toscana, R$6,9736 a picante, R$6,8048 a especial, e por
fim R$9,0112 a linguiça toscana de queijo.
6 SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES
Empresas pequenas, como é o caso da indústria de embutidos tem certa
facilidade de agir de forma mais rápida na tomada de decisão por serem menos
burocráticas. Por outro lado, necessitam de avaliações financeiras minuciosas para
não ocorrerem problemas futuros, como baixa lucratividade e até mesmo prejuízos.
Isso é função do administrador financeiro, ele precisa ter estabelecidos os custos
gerados na produção para evitar resultados negativos.
Diante disso e de acordo com o objeto de estudo apontado no decorrer da
pesquisa, sugere-se à empresa:
a) Avaliar os custos envolvidos em todo o processo produtivo, obtendo assim um
controle mais eficaz dos custos, para que a indústria possa reduzir suas
despesas, e com isso obter a lucratividade desejada de 12% no seu mix de
produtos.
b) Atualmente a empresa pratica os seguintes preços na linha de linguiça
toscana: linguiça toscana tradicional R$6,65, linguiça toscana picante R$7,53,
lingüiça toscana especial R$8,07 e linguica toscana de queijo R$9,27. Diante
disto, sugere-se que a empresa continue trabalhando desta forma revendo
somente o preço de venda da linguiça toscana especial, pois o preço
praticado no mercado é 18,5% superior ao preço sugerido.
c) Ter a gestão de custos bem definida na criação de novos produtos, para que
a empresa não perceba possíveis prejuízos somente no momento que estes
estejam acontecendo.
d) Implementar o método de custeio variável, uma vez que este é um dos mais
seguros, permitindo ao gestor ter conhecimento dos custos incorridos dentro
do processo produtivo.
e) Utilizar esta pesquisa como base para definir o custo e preço de todo seu mix
de produtos, ou seja, para os 45 itens produzidos atualmente pela empresa.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o crescimento da economia mundial e a necessidade de expansão das
empresas em busca de novas oportunidades de negócios, a contabilidade de custos
é uma ferramenta importante de apoio aos gestores das empresas, para que essas
possam estar aptas a atuar no mercado e definir o preço de venda de seus produtos.
A grande preocupação atual é identificar o que na verdade são custos dentro
de uma empresa. Tudo aquilo que está ligado à produção é identificado como custo.
Estes são classificados em diretos ou indiretos e variáveis ou fixos. A análise dos
custos operacionais fixos e variáveis decorrentes da atividade da empresa são
responsáveis pela formação do preço de venda dos produtos e pelo índice de
lucratividade que esta irá obter.
Numa análise teórica do que foi proposto na elaboração desta pesquisa,
conclui-se que a contabilidade de custos está envolvida no auxilio do conhecimento
dos custos da formação do produto. Diante disso, deve-se sempre estar atento as
oscilações e possíveis variações do mercado que possam influenciar nos custos,
para determinar o preço de venda do produto.
O preço de venda segundo a visão teórica do estudo, é que vai definir o lucro
liquido que a indústria vai obter através da venda do produto em destaque, que no
caso, é a linha de linguiça toscana.
O objetivo geral da pesquisa era calcular o custo para a produção de 01 (um)
kg de cada linguiça toscana e elaborar o seu preço de venda. Este foi dividido em
dois objetivos específicos sendo o primeiro deles, levantar todos os custos
envolvidos na produção da linha de linguiça toscana, que foi realizado através de um
estudo de caso dentro de uma indústria de embutidos e pode ser visto seu resultado
nas tabelas 7,8,9,10 e 12. Nestas, foram rateados os custos de produção sobre
todos os tipos de linguiça toscana fabricados pela indústria de embutidos, atendendo
então o primeiro objetivo.
O problema da pesquisa era identificar qual o preço de venda da linguiça
toscana para remunerar o custo total de sua produção. Para se chegar a resposta do
problema evidenciado, bem como responder ao segundo objetivo específico, adotouse uma estratégia e um método para a formação do preço de venda. Foi proposta a
utilização da metodologia de formação de preço de venda pelo mark-up, que através
dos cálculos realizados nas tabelas 13, 14, 15, 16, chegou-se ao custo do preço de
venda para cada tipo de lingüiça, onde foram encontrados os valores da linha de
toscanas: R$6,6057 para a linguiça toscana tradicional, R$6,9736 para a linguiça
toscana picante, R$6,8048 para a linguiça toscana especial e R$9,0112 para a
linguiça toscana de queijo.
Com a realização dos dois objetivos da pesquisa, nota-se que o preço
calculado no estudo, diferencia-se um pouco do preço praticado pela empresa
atualmente. A empresa pratica um preço um pouco superior ao preço de venda
sugerido, porém, seu objetivo de 12% de lucro é alcançado.
Conclui-se, então, a importância de ter uma análise de custos e formação de
preço de venda estabelecido, para que possa obter um bom posicionamento no
mercado no qual a indústria de embutidos encontra-se inserida.
REFERÊNCIAS
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PADOVEZE, C. L. Curso básico gerencial de custos. 2. ed. São Paulo: Pioneira
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Faculdade online: UVB, 2012. Disponível em: http://arquivos.unama.br/nead/go
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outubro de 2012.
VANDERBECK, E. J.; NAGY, C. F. Contabilidade de Custos. 11. ed. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2003.
APÊNDICE 1
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Você está sendo convidado (a) a participar, como voluntário (a), da pesquisa
CUSTO DE PRODUÇÃO DA LINGUIÇA TOSCANA E FORMAÇÃO DO SEU
PREÇO DE VENDA, no caso de você concordar em participar, favor assinar ao final
do documento.
Sua participação não é obrigatória, e, a qualquer momento, você poderá
desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum
prejuízo em sua relação com o pesquisador (a) ou com a instituição.
Você receberá uma cópia deste termo, no qual consta o telefone e endereço
do pesquisador(a) principal, podendo tirar dúvidas do projeto e de sua participação.
TÍTULO DA PESQUISA: Custo de produção da linguiça toscana e formação do seu
preço de venda.
PESQUISADOR(A) RESPONSÁVEL: Gilnei Saurin.
ENDEREÇO: Rua Dos Pinheiros, Nº 834.
TELEFONE: (45) 9934-9349.
PESQUISADORES PARTICIPANTES: Gilso Bernardi Junior, Mariana Pegoraro,
Marina Volpato e Michelle Rech.
PATROCINADOR: Não se aplica.
OBJETIVOS: Calcular o custo e o preço de venda para a produção de 01 (um) kg de
cada linguiça toscana.
JUSTIFICATIVA: A principal intenção deste estudo é conseguir descobrir o real
custo da fabricação e estipular o preço de venda das linguiças toscanas, para que
assim a empresa consiga manter-se mais competitiva na busca de resultados.
PROCEDIMENTOS DO ESTUDO: A pesquisa é direcionada para a área de
produção e custos da indústria de embutidos. Após uma coleta detalhada dos
números e informações da empresa, os dados serão estudados e fundamentados
através de cálculos, tabelas e demais análises. O estudo tem como principal objetivo
calcular o custo total da linha de linguiças toscanas desta indústria, já que esta tem
grande destaque nas vendas e ainda não possui ser valor detalhado.
RISCOS E DESCONFORTOS: O presente estudo não trará riscos para o
proprietário nem para a empresa, pois somente será realizada uma entrevista sob
sua autorização. Porém, podem ocorrer certos desconfortos para o proprietário na
hora em que este estiver respondendo às perguntas, mas os pesquisadores
colaboradores tomarão todos os cuidados possíveis para nenhum constrangimento
futuro.
BENEFÍCIOS: Esta pesquisa busca trazer benefícios para a indústria em estudo, no
aspecto de promover um melhor desempenho em seus processos produtivos e um
conhecimento sobre o custo de produção e venda dos produtos escolhidos. Além
disso, trará grande melhoria no sentido de conhecimento para os pesquisadores,
que podem entender como é o cotidiano de uma organização.
CUSTO/REEMBOLSO PARA O PARTICIPANTE: A pesquisa não irá render custo
nem lucro para o participante, pois o estudo é baseado em estudo de caso no qual a
aplicação de uma entrevista será sem valor algum. Na verdade, a intenção é coletar
informações do processo produtivo e área contábil da empresa e os demais
levantamentos de dados ocorrerão também sem custo algum. A partir disso, o
participante pode alterar ou retirar suas informações.
CONFIDENCIALIDADE
DA PESQUISA:
Nesta
pesquisa,
a
identidade
do
proprietário será mantida em sigilo bem como o nome da empresa e suas demais
informações, os dados coletados serão expostos e apresentados. Para que assim
garanta a confidencialidade da empresa. Para verificação de dados, somente o
gestor da empresa será consultado.
Assinatura do Pesquisador Responsável:______________________________
Eu,
_____________________________________
declaro
que
li
as
informações contidas nesse documento, fui devidamente informado (a) pelo
pesquisador (a) – Gilnei Saurin – dos procedimentos que serão utilizados, riscos e
desconfortos, benefícios, custo/reembolso dos participantes, confidencialidade da
pesquisa, concordando ainda em participar da pesquisa.
Foi-me garantido que posso retirar o consentimento a qualquer momento,
sem
qualquer
penalidade
ou
interrupção
de
meu
acompanhamento/assistência/tratamento. Declaro ainda que recebi uma cópia
desse Termo de Consentimento.
Poderei consultar o pesquisador responsável (acima identificado) ou o
CEP/FAG, com endereço na Faculdade Assis Gurgacz, Av. das Torres, 500, Cep
85807-030, Fone: (45) 3321-3871, no e-mail: [email protected] sempre que
entender necessário obter informações ou esclarecimentos sobre o projeto de
pesquisa e minha participação no mesmo.
Os resultados obtidos, durante este estudo, serão mantidos em sigilo, mas
concordo que sejam divulgados em publicações científicas, desde que meus dados
pessoais não sejam mencionados.
LOCAL E DATA: Cascavel, 27 de maio de 2012.
_________________________
(Nome por extenso)
___________________________
(Assinatura)
Presenciamos a solicitação de consentimento, esclarecimentos sobre a
pesquisa e aceite do sujeito em participar.
Testemunhas
Nome: _________________________Assinatura:_______________________
Nome: _________________________Assinatura:_______________________
Entrevista com o proprietário da empresa:
APÊNDICE 2
CUSTO DE PRODUÇÃO DA LINGUIÇA TOSCANA E FORMAÇÃO DO SEU
PREÇO DE VENDA
ENTREVISTA COM O PROPRIETÁRIO DA INDÚSTRIA DE EMBUTIDOS
01) Como funciona o processo produtivo?
02) Como são feitos os controles financeiros e de matéria prima na empresa?
03) Quantos funcionários estão alocados no setor de produção e nos demais
setores?
04) Qual é a margem de lucro que a empresa deseja acrescentar aos seus
produtos? Por quê?
05) Qual o volume de produção diária da empresa?
06) Quais dificuldades que a indústria tem por não possuir o custo de produção
definido?
07) Quais são os custos fixos e variáveis da produção?
08) Qual é a receita bruta mensal obtida pela empresa com a venda de seus
produtos?
09) Qual é o preço de venda da linha linguiça toscana atualmente praticada pela
empresa?
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