Técnica melhora tratamento de metástase no fígado (GASTRO

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Programa de Informações Médicas UD
Esta é uma cortesia, cópia de matéria publicada no jornal
“Folha de S. Paulo”.
Técnica melhora tratamento
de metástase no fígado
Procedimento que permite a aplicação de altas doses de
quimioterápico aumentou a sobrevida de paciente de 49 para 245 dias
Uma nova técnica pouco invasiva promete melhorar o tratamento de pacientes com
metástase hepática.
Batizada perfusão hepática percutânea, consiste no isolamento circulatório do fígado para
aplicação de medicamentos em doses até 12 vezes maiores do que as usadas na quimioterapia
convencional.
O procedimento, desenvolvido pela empresa americana Delcath, foi submetido à FDA
(agência reguladora de remédios nos EUA). A expectativa è que a aprovação saia até julho de
2011.
O médico Krishna Kandarpa, que apresentará a técnica nesta semana no simpósio
“Embolution”, em São Paulo explica que, atualmente, o tratamento da metástase hepática é
limitado.
Segundo ele, a dose de medicamento necessário para debelar o tumor dificilmente á
alcançada na quimioterapia intravenosa devido ao risco de intoxicação.
Por isso, em alguns casos, opta-se pela realização de uma cirurgia que possibilita a
aplicação de doses mais altas do medicamento diretamente no fígado do paciente.
O problema, segundo Kandarpa, é que o procedimento é muito invasivo com duração de
cerca de nove horas, exige de 11 a 15 dias de internação. “Se a dose aplicada não for suficiente,
não há como submeter o paciente a outra cirurgia”, diz.
Já a perfuração hepática percutânea dura apenas três horas e, após dois ou três dias, a
pessoa pode deixar o hospital. Se for preciso, o tratamento pode ser repetido.
O paciente passa por três pequenas incisões para a introdução de cateteres. Por um
deles, é feita a aplicação do quimioterápico.
Outro cateter, com dois balões de ar, desvia o sangue que sai do fígado para um filtro
externo. Após a filtragem do remédio, o sangue retorna ao paciente.
Kandarpa diz que os teste foram feitos em pacientes que tinham o fígado atingido por
melanoma, tumor originário da pele ou dos olhos.
Na ultima fase, foram analisadas 93 pessoas em dez hospitais. A sobrevida media chegou
a 245 dias, contra 49 daquelas submetidas aos tratamentos disponíveis hoje.
Entre os pacientes que fizeram a perfusão, 86,4% tiveram melhora total, parcial ou ao
menos a estabilização do quadro. No outro grupo, percentual ficou em 28,5%.
UD diagnóstico por imagem Ultrassonografia e Mamografia Digital com Qualidade 32212402
Testes em pacientes com outro tipo de câncer, como o carcinoma hepatocelular e o
câncer colorretal metastático, deverão ser feitos ainda. A técnica também pode vir a ser aplicada
para hepatites.
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