variações individuais num grupo de 38 pacientes. Cappellette Jr. at a16., 2005, avaliaram em 50 pacientes respiradores bucais, de 4 até 14 anos, graves, submetidos a disjunção rápida da maxila e concluiram que: "A dis- junção maxilar no grupo submetido a este procedimento ortopédico apresentou aumento transversal da maxila e volumes nasais, de maneira significativamente maior quando comparado ao grupo não tratado. Pelo método empregado na mensuração da cavidade nasal obteve um aumento estatisticamente significante do volume nasal e área transversal mínima no grupo experimental. O grupo controle não apresentou aumento dessas áreas nas mesmas proporções" . Neste estudo clínico retrospectivo, do caso clínico aqui apresentado, GuarimT observou que a recuperação da respiração nasal, tanto na criança como no adulto aqui relatado, conduz a uma estabilidade no tratamento ortopédico, ortodôntico e nas funções de mastigação bilateral, deglutição e da estabilidade do sistema estomatognático e neuro-musculars,e Este equilíbrio só é possível com o tratamento multidisciplinar: ORL, fonoaudiologia, fisioterapia respiratória, ortopedia funcional dos maxilares e ortodontia. E a expansão da maxila terá indicação ortopédica fixa, removível ou cirúrgica, dependendo do planejamento e diagnostico individualizado e sempre realizado com a interação acima mencionada, um tratamento com uma única especialidade, não levará a resultados estáveis, podendo em alguns casos levar ao desenvolvimento de outras patologias. OBJETIVOS Os objetivos deste tratamento foram: controlar as dores da ATM, recuperar a respiração nasal, re-educação dos músculos do sistema estomatognático: esternocleidomastoideo, bucinador, masseter, pterigoideos laterais e mediais, temporais, a deglutição, mastigação, oclusão e estétlca com estabilidade. O tratamento demonstrou a importância da recupera- ção da respiração nasal, da musculatura buco-facial e da oclusão mediante a ação multi e interdisciplinar para a estabilidade oclusal e funcional do sistema estomatognático. Analisando-se o sucesso deste caso clínico após 10 anos da conclusão do tratamento. MATERIAL E MÉTODO O presente caso clínico foi aprovado junto ao Comitê de Etica e Pesquisa da UNIFESP, Escola Paulista de Medicina, com CEP 0l68/09. Faz parte deste artigo o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) as- sinado pelo paciente. O paciente foi encaminhado para a otorrinolaringolo- gia, com indicação cirúrgica de desvio de septo. E, à fonoaudiologia para o tratamento das alterações musculares: dos lábios, do músculo mentual, relaxamento do esternocleidomastoideo. Re-educação da deglutição, da mastigação bilateral e da respiração nasal. Fig. 1 ( A eB) A ortopedia funcional dos maxilares iniciou-se com RELATO DO GASO CLíNICO o aparelho pré-fabricado com extra-oral e tração alta, tipo O presente caso clínrco refere-se a um jovem que em 1211996 estava com 25 anos e 1 mês, apresentava dor oro facial, na ATM, na região do pescoço e nuca. Era respirador bucal crônico, Classe ll dentária de Angle e esquelética, com retrusão mandibular e mordida aberta esquelética. Verificou-se, conforme a literaturas que o paciente respirador bucal deste estudo, apresentava ação labial, mentual e projeção Iingual durante a deglutição, caracterizando-se a função como alterada. O maior esforço para manter o selamento labial relacionou-se com a postura separada dos mesmos, a qual os respiradores bucais estão habituados. Era decorrente, também, da hipotonicidade labial, encurtamento do lábio superior e eversão do lábio inferior, determinados pela hipofuncionalidade de ambos os lábios nesse sujeito para permitir a passagem de ar pela boca1o,11-13. Figura 1 - (A) Fotografia frontal sem vedamento labial, músculo mentual com hiperatividade lábio inferior interposto entre os dentes supeiores. Não há paralelelismo orbital pupilar. O lado esquerdo é mais longo, devido a mastigação predominante deste lado. (B) Mandíbula retruída, discrepância do pertil arco dentário superior e inferior, de 7 mm. Revista Paulista de Odontologia