Os Recursos Hídricos e a Biodiversidade O que é a Biodiversidade? Ø A biodiversidade, é como o próprio nome indica, toda a variedade que a vida assume no planeta Terra: variedade genética dentro de populações e espécies, variedade da flora, da fauna, dos fungos e microrganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas por todos os organismos dentro dos ecossistemas. Biodiversidade no Mar Peixe Palhaço O colorido de seu corpo chama a atenção. Pode-se dizer que é um peixe exótico, cuja cor laranja e as tiras brancas ou azuladas, assim como a maneira desalinhada e desajeitada de nadar, dão sentido ao nome: Peixe-Palhaço. O seu habitat natural são as águas tropicais e subtropicais, principalmente os recifes de corais do Indo-Pacífico, mas podem ser encontrados, em menor quantidade, no Caribe e no Mar Vermelho. Os Peixes-Palhaço, também denominados Peixes da Anémona, são da família Pomacentridae e de várias espécies, entre as quais, as mais conhecidas são o Palhaço Tomate, o Palhaço Comum (Ocellaris), o Palhaço Sebae e o Palhaço Marrom e todas sobrevivem em cativeiro sem grandes dificuldades. Peixe Balão O peixe balão usa a sua capacidade para aumentar rapidamente de tamanho, para evitar ser comido por predadores. Este tipo de peixe tem um estômago elástico que lhe permite ingerir rapidamente água e ar, o que aumenta o seu tamanho várias vezes, e que o deixa parecido com uma bola, que os predadores não conseguem comer. Alguns deste peixes também têm espinhas na pele, o que os torna menos apetecíveis. Além desta protecção, os peixe balão também produzem uma substância tóxica, que lhes dá um sabor desagradável e pode ser mortal. Existem cerca de 120 espécies deste peixe, que pode ser encontrado em águas tropicais. Os peixe balão podem medir até 60 cm. A sua alimentação consiste de algas, pequenos invertebrados, moluscos e marisco. Cavalo Marinho Os cavalos marinhos podem ser encontrados em águas pouco profundas, quentes e tropicais. Existem cerca de 35 espécies deste animais, que têm um período de vida que dura entre 1 a 5 anos. Estes seres alimentam-se de pequenos crustáceos e de plâncton, que sugam da água através do seu bico. Os cavalos marinhos não são bons nadadores devido à forma do seu corpo, e podem ficar exaustos se forem apanhados em correntes fortes. Para se deslocarem, usam uma pequena barbatana que têm nas costas e que bate cerca de 35 vezes por segundo. Os cavalos marinhos podem medir entre 1,5 a 35 cm de comprimento. Peixe Borboleta Existem cerca de 114 espécies de peixes borboleta, que vivem nos corais de recife nos oceanos. Os peixes borboleta podem chegar a medir cerca de 20 cm. Normalmente, são peixes de cores vivas, que vão desde o azul ao laranja, ou amarelo. Durante o dia, estes seres procuram comida nos recifes de coral, o que inclui pólipos, vermes e outros pequenos invertebrados. Raia As raias podem ser encontradas nas águas pouco profundas de mares temperados. Passam a maior parte do seu tempo inactivas, enterradas debaixo da areia, só se deslocando para caçar. Os olhos das raias estão localizados no seu lado dorsal, mas a boca, as narinas e as guelras encontram-se posicionadas na barriga. As raias possuem veneno na sua cauda afiada, que pode ser usada para protecção contra predadores. Estes animais alimentam-se de moluscos, ostras e invertebrados. O período de vida destes animais varia entre 15 e 25 anos. Podem medir cerca de 2 m e pesar até 35 kg. Tubarões Os tubarões são dos maiores peixes que existem na terra. São, na sua maioria, animais que se alimentam de outros peixes, camarões, tartarugas, focas, leões marinhos, baleias pequenas e plâncton. Estes animais podem chegar a medir até 6 m de comprimento e pesar mais de duas toneladas. Quando nadam, a sua cauda forte pode fazê-los nadar debaixo de água a velocidades superiores a 23 km por hora. Os tubarões dispõem de sensores que lhes permitem captar sinais de outros animais. Atum São peixes que vivem nas regiões tropicais e subtropicais de todos os oceanos. Apresenta o corpo alongado, foliforme, boca grande e alongada, duas barbatanas dorsais bem separadas e ajustáveis a um sulco no dorso, seguidas por grupos de lepidotríquias (também na região ventral. A barbatana caudal bifurcada e, no seu pedúnculo, ostenta duas quilhas de queratina. Os atuns e espécies vizinhas têm um sistema vascular. especializado em trocas de calor, podendo elevar a temperatura do corpo acima da da água onde nadam - são exotérmicos. Por esta razão, são grandes nadadores, podendo realizar migrações ao longo dum oceano. Um atum pode nadar até 170 km num único dia. Normalmente formam cardumes só de peixes da mesma idade. São predadores activos. Do ponto de vista da reprodução, são dióicos e não mostram dimorfismo sexual. As fêmeas produzem grandes quantidades de ovos platónicos que se desenvolvem em larvas pelágicas. Cavala As cavalas, tal como os atuns, nadam rápida e constantemente e são conhecidas por migrações de longo curso. A sua forma foliforme, altamente musculada e as barbatanas rígidas (que agem como quilhas) são características que lhe permitem este estilo de vida. É um peixe de cardume, que passa os dias junto ao fundo, para evitar predadores. Durante a noite aproxima-se da superfície para se alimentar. Esta espécie é usada na China para fins medicinais. Pescada As pescadas são peixes de crescimento lento que podem viver até aos 20 anos. A pescada da Argentina é muito vulnerável à pesca, com um índice de vulnerabilidade de 61/100, no entanto a pescada europeia é ainda mais vulnerável com um índice de 69/100. Muitas espécies de pescada têm sido capturadas em excesso, especialmente os stocks em águas europeias, no entanto alguns destes stocks estão a recuperar. Embora muitas pescadas sejam capturadas na plataforma continental pouco profunda, outras são capturadas no mar alto através do arrasto de profundidade, um método de pesca que destrói o fundo dos oceanos e captura acidentalmente quantidades elevadas de juvenis e outras espécies, que são devolvidas ao mar, mortas ou a morrer. Agulhão - Vela Espécie pelágica, oceânica, podendo ser encontrada em águas costeiras, nos locais mais profundos. Os indivíduos são solitários, mas formam cardumes durante a época reprodutiva. A dieta é constituída por vários organismos, desde peixes oceânicos, como dourados, atuns, peixe voador, e lulas, polvos e crustáceos. Para evitar predadores, costuma levantar a nadadeira dorsal. É um peixe que dá grandes saltos espectaculares. Não é muito comercial e dificilmente encontrado nos mercados. Badejo Por esse nome são conhecidos diversos peixes do mar, alguns tradicionais na alimentação brasileira. Vivem em pequenos cardumes que são vistos sobretudo durante a primavera quando a procriação se intensifica. Coberto de manchas escuras separadas por linhas brancas, o chamado badejo-ferro é o maior de todos, podendo chegar a quase 2m de comprimento. Um de seus hábitos mais curiosos é o de vir à flor da água, em lugares pedregosos, para tomar sol. Tão frequentes quanto ele, no Brasil, são o badejobranco e o badejo-mira. Betera É um peixe muito comum ao longo do litoral brasileiro, com maior ocorrência na região Sudeste. Habita os canais que se formam nas praias arenosas, sendo que os indivíduos adultos ficam no fundo e os jovens nas águas mais rasas. Peixe de escamas; corpo alongado e comprimido; boca voltada para baixo; barbilhão curto e duro na mandíbula. A coloração é prateada, com manchas escuras alongadas sobre a cabeça, o dorso e os flancos; o ventre é esbranquiçado. Dificilmente ultrapassa 60cm de comprimento total e 1,5kg. Cação O cação-bruxa é uma espécie de tubarão marinho, emersas, pertencente à família Hexanchidae. Habita todos os oceanos com excepção do Mar Mediterrâneo e do Oceano Atlântico, especialmente na plataforma continental. Possui sete fendas brânquias, o seu corpo é foliforme (pode atingir os 3 m de comprimento) e a cabeça é larga. Apresenta uma coloração cinzenta prateada a acastanhada dorsalmente e branca ventralmente. Tem uma alimentação generalista. É uma espécie ovovivípara. É potencialmente agressivo para o Homem, sobretudo se provocado. Caranha Peixe de escamas, possui corpo forte e alongado, cabeça e boca grandes dotado lábios grossos e poderosa dentição. A nadadeira dorsal é espinhosa e a caudal pouco furcada. A coloração é muito variável, pode ser pardo esverdeado, com manchas escuras indistintas, róseo escuro ou pardo avermelhado, dependendo da profundidade e habitat em que o peixe está. As nadadeiras dorsal e caudal são cinza escuro, as peitorais, ventrais e anal são claras ou róseas. Alcança cerca de 1,5m de comprimento e mais de 75 kg. Biodiversidade no Rio Peixe Betta Em 1849 o Betta foi descoberto, porém confundido com outra espécie e só após alguns anos o erro foi encontrado e enfim viram que se tratava de uma nova espécie que levara o nome de Betta Splendens. A sua forma selvagem é bem diferente das que conhecemos, tendo cauda curta e cores opacas. Basicamente são encontrados na Ásia (Tailândia, Vietnã, China e outros) em charcos e plantações de arroz. Devido a essa regionalidade os Bettas vivem em águas de pouca ou nenhuma correnteza, com baixos níveis de oxigênio dissolvido na água e, além disso, sua alimentação é basicamente feita de mosquitos, larvas e vermes que são encontrados em abundância nesses locais. Devido a esse fato, o seu sistema digestivo não comporta alimentos pesados (de difícil digestão como as famosas rações de "bolinhas"), muitas vezes levando o animal a ter sérios problemas digestivos Peixe Vermelho Este esbelto peixe, de carácter exótico, tem a sua origem nos países asiáticos do Turquemenistão e Mongólia. Segundo fontes científicas foi importado por alguns países da Europa Central e França no século XVII, donde se expandiu para a Península Ibérica. Actualmente julga-se que esta sub-espécie está aumentando as suas populações em muitas regiões do mundo. No nosso país o Peixe-Vermelho encontra-se presente, embora em pequena quantidade, em diversos rios e albufeiras das bacias do Douro, Vouga, Mondego, Tejo, Guadiana e Sado. Enguia Esta espécie foi ao longo dos séculos penetrando em quase todos os estuários da maior parte dos países europeus incluindo Portugal. No nosso país a enguia pode ser encontrada em praticamente todos os cursos de água doce. Só em meados do século XX se reconheceu cientificamente o verdadeiro ciclo biológico desta espécie. Nascendo no Oceano Atlântico, no Mar dos Sargaços, entre as Bahamas e Bermudas, como larvas (leptocéfalas) são arrastadas ao longo de um período de 2 a 3 anos pelas correntes oceânicas até às costas europeias onde inicia uma outra etapa da sua metamorfose, já como pequenas enguias ou enguias de vidro (transparentes) vão subindo ao longo dos rios e ribeiras onde adquirem o estado adulto para mais tarde regressarem de novo à origem onde se reproduzirão e morrerão. Carpa A Carpa é originária da Europa Oriental e Ásia Ocidental e foi introduzida pelos romanos na Europa Ocidental onde se conheceu a sua grande expansão na Península Ibérica a partir da Idade Média. Em Portugal existem actualmente numerosas populações em praticamente todas as bacias hidrográficas à excepção das situadas a norte do Rio Douro, onde são em menor número. Desta robusta e magnífica espécie estão ainda catalogadas quatro variedades: a Carpa comum ou selvagem, a Carpa espelho, a Carpa dourada ou vermelha e a Carpa couro, que se diferenciam entre si pela altura do corpo, coloração, tamanho e disposição das escamas e lábios. É sem dúvida a espécie mais procurada pelo pescador desportivo, originando a sua pesca uma atitude de culto, uma verdadeira paixão que se enraizou em muitos países e se contagiou pelo mundo. Piranha A piranha é uma das diversas espécies encaradas pelo homem como muito perigosas. A elas somam-se os tubarões, as moreias, barracudas entre outras. No entanto muito o que se diz dela é muito folclore. Espécies territorialistas, são agressivas somente em ocasiões especiais. É comum hoje cinegrafistas fazerem longas filmagens subaquáticas dentro de um cardume de piranha sem serem molestados. Aparentemente o grosso de sua alimentação é composto por nadadeiras de peixes e carcaças de Mandi Pintado É uma espécie solitária, que habitam grande parte dos lagos brasileiros e gostam de se esconder em tocas de pedras ou atrás de troncos, podendo alcançar 50 cm de comprimento. Sua alimentação é a base de larvas de insetos, crustáceos, moluscos e pequenos peixes. Pirambóia Este verdadeiro fóssil vivo, está bastante próximo dos primeiros vertebrados a saírem da água, os anfíbios. Apresentam pulmões, respiram ar atmosférico, nadadeiras pares com disposição de patas entre outras características. Vive nas lagoas as margens dos grandes rios brasileiros. Atingem cerca de 1,5 metro de comprimento. Alimentam-se de vermes, caramujos, peixes e vegetais. Tanto no mar como no rio existem outras armas de vida como os corais, as algas, as anémonas… *Trabalho realizado por: Carina Santana 7ºC Daniela Matias 7ºC Maria Feteiro 7ºC