© Paulo Cunha Martins música Peixe com Joana Sá, Carlos Bica e Nicô Tricot Sala Principal sex 21 junho 2013 22h00 M/3 Maria Matos Teatro Municipal Av. Frei Miguel Contreiras, n.º 52 1 700-21 3 Lisboa tel. 21 8 438 800 www.teatromariamatos.pt "Ouve-se - vai o 'peixe' a meio da travessia de mares desconhecidos - e já nada é o mesmo. De olhos fechados, distingue-se o encanto das figuras imprevisíveis onde a forma vence a cor, como se fosse a geometria 'quem mais ordena' - geradas por um espirito singular. Aqui, já convém abrir os olhos: para que - imbuído da música - o ouvinte 'veja' as 'portas da perceção' abrirem-se à sua frente; e compreenda que não é de simples 'singularidade' que se trata mas, sobretudo, de inquietação. De quem receia deixar de respirar, quando tanto fica por dizer. Daí esta simbiose única de poesia e de disciplina do ato de respirar. Que mais se sente quanto mais o discurso se aprimora em estilo e adensa em carga narrativa." Ricardo Saló in Revista Atual / Expresso, agosto 2012 Quando fui convidado pelo Teatro Maria Matos para me apresentar em concerto, resolvi fazer do espetáculo um momento de partilha. Intuitivamente, tal como o meu processo de criação, decidi convidar músicos que enriquecessem a minha música e que proporcionassem surpresas aos temas de Apneia que já venho tocando em público há cerca de um ano. Quando vi o trailer do filme through this looking glass, realizado pelo meu amigo Daniel Neves, fiquei impressionado com a musicalidade arrojada da Joana. Mais tarde, graças a uma feliz coincidência, tive oportunidade de tocar com ela e com o grupo Drumming na Fundação de Serralves no Porto. Desde logo ficou a ideia de que gostaria um dia, de partilhar a minha música com ela. Assim foi também com o Carlos, que tanto ouvi e que muito me inspirou. Quando ouvi Azul pela primeira vez, fiquei deslumbrado e desde então acompanho a sua música, sem nunca antes ter pensado que um dia poderíamos vir a tocar juntos. O Nicô é outra história. Já há vários anos que partilhamos sons e desde que tive a feliz ideia de o convi- dar para os Zelig, há cerca de cinco anos, que não parámos mais de fazer música em conjunto. Foi uma ótima ideia a sua, de trocar Montpellier pelo Porto. A Invicta agradece. Obrigado por terem aceite este desafio. A música dá-nos esta magnífica hipótese de conhecer, partilhando o que é nosso, e de trazer até nós o que nos outros nos seduz. Intuitivamente tudo parece fazer sentido, portanto faz. Pedro Cardoso (Peixe) Peixe Foi o Porto que o viu nascer, mas foi com os Ornatos Violeta que o país inteiro lhe fixou os olhos e os ouvidos. De seu alter ego Peixe, Pedro Cardoso, um dos fundadores dessa que é considerada uma das mais importantes bandas Portuguesas de sempre, e que editou dois discos que marcaram uma geração – Cão! e O Monstro Precisa de Amigos – lança-se agora numa viagem a solo com a edição do seu primeiro disco Apneia. Antes de imaginar todo este novo caminho musical, e após a separação dos Ornatos Violeta, fundou ainda a banda de rock Pluto onde editou o disco Bom Dia, e a Orquestra de Guitarras e Baixos Eléctricos com o apoio do serviço educativo da Casa da Música, grupo do qual hoje é diretor. Mas o seu percurso não passa só pelos palcos. A sua música cresce e evolui quando vai estudar guitarra clássica no Conservatório de Música do Porto e guitarra jazz na Escola Superior de Música. Com o selo da editora portuense Meifumado, Peixe traz até nós o seu primeiro registo discográfico desta viagem a solo por caminhos e paisagens diferentes, composto por onze peças para guitarra acústica e eléctrica, e que tem conquistado a crítica e o público desde o seu lançamento a 9 de julho de 2012. viola acústica, guitarra elétrica Peixe piano Joana Sá contrabaixo Carlos Bica bateria, percussão Nicô Tricot a seguir... dança Victor Hugo Pontes ZOO qui 27 sex 28 junho 2013 21h30 A partir do livro de John Berger, Why Look at Animals?, surgiram os pares, ora dicotómicos, ora complementares, sobre os quais se estrutura ZOO, nova criação de Victor Hugo Pontes: homem e animal, observador e observado, público e cena. Da natureza para as sociedades humanas e para o teatro: é este o fio condutor de ZOO.