Anatomia e Fisiologia Cardíaca

Propaganda
Hospital Dr. Hélio Angotti
SERVIÇO DE HEMODINÂMICA E CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA
ANATOMIA E FLUXO CORONARIANO
Dr. Achilles Gustavo da Silva
[email protected]
CAUSA DE MORTE EM
ADULTOS ( 1996 )
Doença Coronária
7.2 milhões
Câncer
6.3
Doença Cerebrovascular
4.6
Infecções do Trato respiratório Inferior
3.9
Tuberculose
3.0
DPOC
2.9
Diarréia (incluindo disenteria)
2.5
Malária
2.1
AIDS
1.5
Hepatite B
1.2
PREVISÃO ALARMANTE
AVALIAÇÃO DA DOENÇA
CORONARIANA
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
TRATAMENTO
Histórico
 Galeno em 1551 ao
escrever De Venarum
et Arteriarum
Dissectione Liber deu
nome às artérias
coronárias
HISTÓRICO
 Desde o século XVI
devido aos trabalhos de
Vesálio, Falopio e
Riolan que se
conhecem os troncos
principais
HISTÓRICO
 Bons anfiteatros
apareceram no século XVI
 Nessa época Jeronimo
Fabricio de Acqua
Pendendte ( 1537 – 1609)
iniciou o ensino clássico de
Anatomia Humana em
Pádua com demonstração
de cadáveres
HISTÓRICO
 Thebesius em 1716
parece ter sido o
primeiro a registrar a
existência de das duas
artérias coronárias
HISTÓRICO
 Fim do século XVII e
início do XVIII
Frederick Ruysch
usando injeções
vasculares, conseguiu
peças anatômicas
excelentes
Mason Sones Jr
 Inicialmente era realizado
aortografia na raiz da aorta com
grandes volumes de contraste
50-60ml
 Passou-se a injetar durante a
diástole
 Em 1958 Arnulf tentou uma
melhor injeção após parada
cardíaca com acetilcolina
 Outros métodos foram tentados
 Até a cateterização seletiva
conseguida por Mason Sones Jr
em 1959
Histórico
No Brasil José Eduardo M.R Sousa
em Novembro de 1966 realizou a
primeira coronariografia
INTRODUÇÃO
 Coração humano é irrigado pelas coronárias direita
e esquerda
 Origem a 0,7 – 1 cm acima das cúspides aórticas
 Situam-se na superfície epicárdica e dão ramos para
o interior do miocárdio
 Há 4000 capilares /mm2
 Os esfíncteres exercem função reguladora
ANATOMIA E FISIOLOGIA CORONÁRIA
FLUXO SANGUÍNEO E CONSUMO DE O2 – INDIVIDUO NORMAL AO REPOUSO
ml/min/g
ml/min
%DC
consO2 ml/m
consO2%
CORAÇÃO
0,8
243
4 a 5%
27
11%
CÉREBRO
0,5
795
12%
46
20%
RINS
4,0
1188
18%
16
7%
INTESTINO
0,3
1529
23%
58
25%
70
30%
MÚSCULOS
CORAÇÃO = 300 g – 0,5% do peso corporal
ANATOMIA CORONARIANA
9,5 - 13,5 mm
9,8 cm
9,3 cm
14,7 cm
CASS E BARI
ANATOMIA CORONARIANA
CORONÁRIA DIREITA
 Nasce no seio de Valsava direito
( 97% ) e acompanha o sulco
atrioventricular direito
 Atravessa a “ crux cordis “ e se
divide
 Dá origem a 4 – 5 ramos
ventriculares
 Artéria do nó sinusal em 55%
dos casos
 Irriga toda parede livre do VD,
1/3 posterior do septo, parede
inferior do VE e todo átrio
direito
CORONÁRIA DIREITA
Detalhes da coronária direita
 Frequentemente nasce nos terços superiores e médio do seio
de valsava direito
 Em 23% dos casos há mais de um óstio no seio aórtico
direito
 Artéria do cone nasce em óstio próprio em 20 a 50% dos
casos
 Artéria sinusal geralmente é ramo da CD em 60% dos casos
 Ramos ventriculares 2 – 5
 DP em 80 – 90% dos casos nasce da CD
 VP em número de 1 a 3 e irrigam a parede posterior do
ventrículo esquerdo
CORONÁRIA ESQUERDA
 Constituída por curto
segmento e depois se
divide em DA e CX
 Irriga todo o átrio
esquerdo, os 2/3 anteriores
do septo, a margem
esquerda da parede livre do
VD e a parede anterior e
lateral do VE
CORONÁRIA CIRCUNFLEXA
 Nasce na porção distal do
TCE
 Forma um ângulo de 90°
com DA
 Pode dar origem a DP
 Ramos atriais
 Ramos póstero-laterais
 Ramos pósteros-inferiores
Artéria Circunflexa e incidências
CORONÁRIA DESCENDENTE
ANTERIOR
 Percorre todo o sulco
interventricular anterior até o
ápice
 Ramos perfurantes septais
(3a6)
 Ramos diagonais ( 1 a 5 )
irrigando a parede ânterolateral do VE
 Podem apresentar ramos
mais desenvolvido que
podem ser confundidos com
a DA
Descendente anterior e incidências
Descendente anterior e incidências
DOMINÂNCIA CORONARIANA
 Dominância CD : 85% casos - ultrapassa o “ crux cordis “
e dá origem a Descendente posterior e Ventricular posterior
 Dominância CX : 8% casos
Descendente posterior e ventriculares posteriores da porção
distal da CX. (CD não envia sangue para VE )
 Codominância CD : 7% casos
Coronária direita dá a DP e a CX dá a VP e eventualmente
pode dar origem a outra DP
DOMINÂNCIA DIREITA
DOMINÂNCIA ESQUERDA
PADRÃO BALANCEADO
DRENAGEM VENOSA
 Veias de Tebhésius : ( menor) drenam
diretamente para VD e AD ( pouca
importância )
 Veias cardíacas direitas: drenam quase todo
sangue que irriga o VD ( para o AD )
 Seio Venoso : veias superficiais drenam para
grande e pequena veia cardíaca anterior, que
desembocam no seio coronário
Drenagem venosa
Drenagem venosa
CIRCULAÇÃO COLATERAL
 Circulação que se estabelece entre dois vasos
sem rede capilar intermediária
 Intracoronária ou intercoronária
 Condições normais 40 micro mas nas DAC
são visíveis pela angiografia e valor
funcional considerável
CIRCULAÇÃO COLATERAL
 Obstrução de 90% ou mais induzem rápido
aumento das colaterais
 Podem desaparecer com restauração do fluxo
 Fluxo pode variar de 8 a 36% do fluxo normal
 28 – 50% das oclusões não têm déficit mecânico
ventricular
 Na DA sempre há isquemia com oclusão do vaso
 Para ser protetora deve estar presente antes da
oclusão
CIRCULAÇÃO COLATERAL





Grau 0 – ausente
Grau 1 – CC precária : vaso ocluído com leve opacificação
Grau 2 – CC moderada : vaso ocluído opacificado incompletamente
Grau 3 – CC importante : vaso ocluído opacificado até ponto estenótico
Capacidade – manter necessidades metabólicas ao repouso
manter viabilidade miocárdica pós-obstrução
Baroldi – 44% pacientes com 1 a 2 vasos ocluídos – sem
evidência IAM
CIRCULAÇÃO COLATERAL MÁXIMA EQUIVALE A OBSTRUÇÃO 75%
FLUXO CORONARIANO






No homem é em média 225ml/min
70 – 90ml/100g/min
Representa 4 – 5 % do DC
Equivale a 0,8ml / g de miocárdio
Consumo é 8 – 10ml/100g/min
Alta extração de oxigênio Ssv 30% e PO2 de 18 –
20mmHg
 Capaz de aumentar o fluxo em 5 -6 vezes
FLUXO CORONARIANO
ASPECTOS ANÁTOMO-FUNCIONAIS
 Artérias epicárdicas com ramos para
miocárdio
 Rede de arteríolas e capilares
 Esfíncteres pré-capilares que regulam o fluxo
sanguíneo
 3500 capilares mm2
 1/3 encontra-se aberta
RESISTÊNCIA
 Arteríolas – 60%
 Capilares – 15%
 Veias – 15%
 Artéria epicárdicas – 10%
RESISTÊNCIA CORONARIANA
FLUXO CORONARIANO
DETERMINANTES DO FSC
FSC = PAo – PAD
R=LXN
RESISTÊNCIA
PI x R4
L= DISTÂNCIA
N= VISCOSIDADE
PI= 3,14
R= RAIO
DIÂMETRO DAS LESÕES
FLUXO CORONARIANO
 Relação entre gradiente de pressão e
resistência
 Variação principal relacionada ao calibre do
vaso
 Influenciado por vários fatores
 Variação durante o ciclo cardíaco
FSC = PAo – PAD
RESISTÊNCIA
RESERVA CORONÁRIA
Capacidade da circulação coronária em
fornecer, quando necessário, uma
quantidade de fluxo adicional de
sangue oxigenado
DIÂMETRO X FLUXO
REGULAÇÃO DO FLUXO
CORONÁRIO
 Depende da diferença de pressão e da
resistência das coronárias
 Influenciado por fatores extrínsecos e
intrínsecos
REGULAÇÃO DO FLUXO
CORONÁRIO
Fatores neuro – humorais
Fatores metabólicos
REGULAÇÃO DO FLUXO
CORONARIANO
RECEPTORES CAROTÍDEOS
METABÓLITOS ATIVOS
ACETILCOLINA
PO2
PCO2
ALFA E BETA-2
ÁCIDO
LÁTICO
HISTAMINA
Angiotensina II
BETA-1
ELETRÓLITOS
HORMÔNIO TIREOIDEANO
ADENOSINA
Referências bibliográficas
1. Hemodinâmica e Angiocardiografia: obtenção
de dados, interpretação e aplicações clínicas/
Leslie Aloan - São Paulo: Editora Atheneu, 1990.
2. Hemodinâmica e Angiocardiografia :
interpretação clínica/ Wilson A. Pimentel – São
Paulo: Sarvier, 1988
3. Cardiac catheterization, angiography, and
intervention/ Grossman´s: 7ª edição – 2006
4. Tratado de Doenças Cardiovasculares/
Braunwald – 7ª edição. Elsevier, 2006
Download