BOLETIM INFORMATIVO TÉCNICO DA MERIAL 2010 Editorial VAXXITEK® NEWS proporcionará uma atualização das publicações sobre a vacina VAXXITEK® HVT + IBD, vacina vetorial da Merial que expressa a proteína viral 2 (VP2) do vírus de Gumboro (IBD). VAXXITEK HVT + IBD provou ser eficaz contra os vírus de Gumboro clássicos, muito virulentos e variantes e pode ser usada em todos os contextos epidemiológicos para o controle de Gumboro. Foi lançada em 2006 no Brasil e hoje já é utilizada em quase todo o mundo, inclusive em países que são grandes produtores avícolas, como é o caso dos EUA. Em 1995, a Merial publicou pela primeira vez os trabalhos preliminares sobre a vacina vetorial HVT + IBD. O interesse na vacina aumentou com uma série de artigos em revistas científicas e apresentações em congressos internacionais sobre avicultura, por volta de 2003. Atualmente o trabalho incide principalmente em estudos clínicos de desenvolvimento, que estão sendo realizados em laboratórios de pesquisa e desenvolvimento nos EUA e na França. Desde 2007, tem surgido estudos de campo sobre os benefícios da utilização de VAXXITEK HVT + IBD. Foram igualmente publicados estudos sobre ferramentas de diagnóstico para distinguir entre aves vacinadas com VAXXITEK HVT + IBD e aves infectadas, ferramentas essas que podem ser usadas para monitorar a resposta imune à vacinação. Esperamos que goste de ler VAXXITEK NEWS e convidamos a todos para conhecer os nossos artigos publicados sobre a vacina VAXXITEK HVT + IBD. Stéphane LEMIÈRE Diretor Técnico Global Avicultura ®VAXXITEK é uma marca comercial registrada da Merial nos EUA. -1- 2010 VAXXITEK® HVT+IBD, a inovadora vacina contra IBD da Merial: uma vacina segura que proporciona proteção ampliada e prolongada das aves VAXXITEK HVT + IBD, a inovadora vacina vetorial viva da Merial contra a doença de Marek e IBD é segura e protege eficazmente contra duas das principais doenças imunossupressoras que têm um impacto significativo na indústria avícola, a doença de Marek (MD) e a doença de Gumboro (IBD). VAXXITEK HVT + IBD é eficaz na prevenção de infecções causadas pelo vírus de IBD, incluindo as cepas clássicas, variantes e muito virulentas. Pode ser administrada in ovo ou em pintos de 1 dia de vida por injeção subcutânea no incubatório. A vacina induz uma resposta imune ativa contra IBD e MD, mesmo na presença de elevados níveis de anticorpos maternos e elimina a lacuna imunitária observada com todas as vacinas vivas convencionais. VAXXITEK HVT + IBD confere uma proteção precoce e prolongada contra as duas doenças, para frangos de corte, matrizes e poedeiras. Ao proteger a integridade do sistema imune, melhora também o suporte contra outras doenças infecciosas. Os lotes de aves vacinados com VAXXITEK HVT + IBD têm uma menor mortalidade, melhor desempenho zootécnico e proporcionam melhor retorno do investimento. As aves vacinadas e protegidas podem ser diferenciadas sorologicamente das aves infectadas. 1. Introdução A Doença de Marek (MD) e a Doença de Gumboro (IBD), são duas das mais comuns doenças virais imunossupressoras que afetam a indústria avícola. A MD é uma doença linfoproliferativa comum causada por um Herpesvírus (o vírus da Doença de Marek ou MDv). O controle da doença de Marek na indústria avícola foi conseguido durante a década de 70 do século passado, com a utilização em larga escala de vacinas à base de Herpesvírus de peru (HVT). A Doença de Gumboro é uma infecção extremamente contagiosa das aves causada por um Birnavírus (IBDv) que destrói os linfócitos da bursa de Fabricius (BF). Embora tenha sido identificada há mais de 40 anos, a IBD continua a causar perdas econômicas significativas na indústria avícola em todo o mundo. No final da década de 80 do século passado, surgiu uma cepa de IBD muito virulenta (vvIBD) em lotes de aves vacinadas, na Europa, e que rapidamente se espalhou por todo o globo. A IBD afeta principalmente as aves até 6 semanas de idade, dependendo do seu nível de proteção imunitária materna contra a doença. A forma clínica da IBD ocorre normalmente em frangos com 3 a 6 semanas de idade, com um aparecimento súbito e aumento rápido da taxa de mortalidade. A forma da doença mais frequente e economicamente importante é subclínica e ocorre em frangos com menos de 3 semanas de idade. As aves não apresentam sinais clínicos da doença, mas têm imunossupressão permanente e grave, resposta reduzida dos anticorpos à vacinação e susceptibilidade aumentada a infecções concomitantes ou secundárias. 2. VAXXITEK HVT + IBD, uma vacina inovadora 2.1. Vacinação contra a IBD, uma questão desafiadora A nova vacina, VAXXITEK HVT + IBD, conjuga as vantagens de uma vacina viva contra o IBDv sem os seus problemas de segurança e permite a vacinação precoce contra os vírus da MD e da IBD (incluindo as cepas de IBD clássicas, variantes e muito virulentas). A proteção precoce dos pintos é fundamental para a prevenção da IBD; a proteção pode ser alcançada através da proteção passiva que é obtida pela vacinação das matrizes com vacinas vivas e inativadas contra o IBDv. Os anticorpos maternos são transmitidos à progênie através da gema do ovo para proporcionar proteção aos pintos durante as primeiras semanas de vida, começando então os títulos a diminuir. Após isto, a proteção contra o IBDv tem que ser mantida através da administração de vacinas vivas. Contudo, os níveis dos anticorpos maternos são extremamente variáveis e o delicado equilíbrio entre a eficácia e a segurança das vacinas vivas permanece difícil de ser alcançado (Figura 1). Como os elevados níveis de anticorpos maternos quando da vacinação neutralizam os vírus da vacina, os pintos são normalmente vacinados às 2-3 semanas de idade, uma idade em que os anticorpos maternos atingem níveis subprotetores. Em seguida, são necessários cerca de 10 a 12 dias após a vacinação para o desenvolvimento de títulos minimamente protetores, criando uma lacuna imunitária entre, aproximadamente, os 15 e os 28 dias de vida, durante os quais as aves estão susceptíveis à IBD. Figura 1 - Equilíbrio entre a eficácia e a segurança. ®VAXXITEK é uma marca comercial registrada da Merial nos EUA. -2- Foram desenvolvidas várias vacinas vivas modificadas (MLV), classificadas como sendo vacinas contra a IBD “suaves”, “intermediárias” ou “fortes”. As vacinas “suaves” são seguras em aves isentas de patógenos específicos (SPF) mas a sua eficácia na presença de anticorpos anti-IBDv maternos é fraca. A proteção proporcionada pelas vacinas “intermediárias” e “fortes” é muito superior, mas estas vacinas mantêm alguma patogenicidade: induzem lesões na bursa (2). Foi proposta a administração simultânea de vacinas vivas contra a MD e a IBD o mais cedo possível (isto é, em pintos de 1 dia ou in ovo) para induzir uma proteção precoce contra as duas doenças imunossupressoras, no entanto esta abordagem tem sido dificultada pelo problema da segurança/eficácia (7). 2.2. VAXXITEK HVT + IBD : O conceito do vetor HVT VAXXITEK HVT + IBD é uma vacina viva vetorial, na qual um Herpesvírus de peru (HVT), a cepa de vacinação contra a MD mais amplamente usada no mercado, é utilizada como o vetor que expressa um antígeno IBDv (VP2) (3). A vacina HVT é bem conhecida por ser segura e ter fraca sensibilidade à interferência dos anticorpos maternos. O antígeno VP2 é uma das principais proteínas estruturais do vírus e o principal antígeno protetor do hospedeiro contra o IBDv, contendo pelo menos três epítopes independentes, responsáveis pela indução de anticorpos neutralizantes. A cepa da vacina vetorial é obtida através da inserção do gene VP2 da cepa Faragher 52/70 do IBDv, no vírus HVT. A sua expressão durante a replicação do vetor desencadeia uma resposta imune que protege contra todas as cepas de IBDv (clássicas, variantes e muito virulentas) (8). Como não estão presentes no vetor quaisquer genes do IBDv responsáveis por lesões da bursa, a vacina VAXXITEK HVT + IBD é segura e pode ser administrada através de injeção subcutânea em aves SPF, no primeiro dia de vida ou via in ovo durante a transferência da incubadora para o nascedouro, entre o 18º e o 19º dia da embriogênese. Não foram observadas alterações patológicas macroscópicas nem lesões microscópicas da bursa, até 35 dias após a vacinação de pintos com um dia de idade (2). 2010 3. VAXXITEK HVT + IBD : Elevada eficácia demonstrada em estudos experimentais 3.1. Prevenção da lacuna imunitária Administrada no primeiro dia de vida ou in ovo, quando os níveis dos anticorpos maternos são mais elevados, VAXXITEK HVT + IBD induz uma resposta imune eficiente e precoce, tanto em frangos de corte, matrizes e poedeiras comercias, em condições experimentais assim como no campo. Estudos mostraram que a vacinação com Vaxxitek elimina a janela imunológica durante o período entre as 3 e as 5 semanas de idade, período mais crítico para o desafio de campo com IBDv (2,6,8,9) (Tabela 1). Foi observada proteção total contra lesões da bursa, induzida por desafio com vírus IBD clássicos ou variantes, tão cedo quanto uma semana após a vacinação de frangos de corte (2). 3.2. Período de susceptibilidade – proteção duradoura contra a exposição experimental ao IBDv A resposta imune induzida por VAXXITEK HVT + IBD proporciona uma proteção precoce contra o IBDv que perdura durante todo o período de susceptibilidade ao IBDv. A proteção refere-se à prevenção da mortalidade e à redução dos sinais clínicos, assim como das lesões causadas pelos vírus IBD, dependendo do contexto dos estudos clínicos. A imunidade conferida por VAXXITEK HVT + IBD é duradoura, sem necessidade de revacinação no campo (5). Massi et al. observaram títulos elevados de anticorpos às 6 semanas de idade em poedeiras comerciais vermelhas, vacinadas com VAXXITEK HVT + IBD no primeiro dia de vida, o que não era o caso de poedeiras vacinadas com vacinas vivas convencionais (8). Num estudo efetuado por Goutebroze et al., frangos de corte vacinados no primeiro dia de vida com VAXXITEK HVT + IBD ficaram totalmente protegidos contra o desafio com vvIBDv, quer às 3 como às 6 semanas de idade, enquanto 70% dos controles foram gravemente afetados (5) (Tabela 2a). Massi et al. constataram que as aves também ficavam totalmente protegidas contra o desafio com vvIBDv às 6 semanas de idade; não foram observados sinais clínicos nem lesões significativas em 15 aves vacinadas com VAXXITEK HVT + IBD, ao passo que foram observados 1-2 casos de mortalidade em grupos semelhantes de aves vacinadas com vacinas vivas comerciais (Tabela 2b). Os parâmetros que refletem a imunodepressão induzida por IBD, como o peso da bursa e as proporções de peso bursa/peso corporal, foram apenas ligeiramente afetados no grupo VAXXITEK HVT + IBD, tendo diminuído dramaticamente em outros grupos (8). Estudos adicionais mostraram que, em condições de campo, os frangos de corte vacinados com VAXXITEK HVT + IBD tinham uma melhor proteção contra a cepa vvIBDv 91-1928 ou a cepa clássica IBDv F52/70 às 3-5 semanas de idade (simulando a exposição natural aos vírus do campo) em comparação com aves vacinadas com outras vacinas comerciais, em termos do desenvolvimento de sinais clínicos de IBD e de mortalidade (4,5) (Tabela 3). 3.3. Proteção eficiente contra cepas de IBDv 3.4. Proteção da bursa VAXXITEK HVT + IBD protege as aves contra cepas de campo de IBDv, incluindo vvIBD e IBD clássica, e contra as variantes do vírus IBD. Testes laboratoriais mostraram que 95 a 100% das aves vacinadas quer in ovo quer no primeiro dia de vida, estavam protegidas contra o desafio com diversas cepas de IBD: o isolado USDA (STC), a cepa homóloga Faragher 52/70, a cepa francesa de vvIBDv (91168), um isolado italiano de campo de vvIBDv e a cepa norte-americana da variante E. A proteção foi avaliada pela observação de lesões macroscópicas da bursa 4 dias após o desafio (STC), pela classificação das lesões microscópicas da bursa (52/70 e 91168), pela medição da classificação da lesão da bursa (isolado italiano) ou pela relação do peso bursa/peso corporal 10 dias após o desafio (variante E) (2,5,8) (Tabela 4). Frangos de corte Frangos de corte e Frangas Ensaio Condições experimentais Condições de campo Condições de campo Uma vez que VAXXITEK HVT + IBD apenas desencadeia a expressão do gene VP2 do IBDv, não expressa qualquer gene responsável pela patogenicidade do IBDv: não induz lesões da bursa em contraste com as vacinas vivas convencionais, mesmo aquelas com cepas intermediárias. Vários estudos experimentais demonstraram que a vacinação com VAXXITEK HVT + IBD protege a integridade da bursa de Fabricius, o principal alvo do IBDv. Após o desafio com várias cepas de IBDv, as características da bursa de frangos de corte e de poedeiras vacinados (tamanho, peso, presença de lesões microscópicas ou macroscópicas) demonstraram permanecer inalteradas ou serem melhores que as das aves não vacinadas ou vacinadas com vacinas vivas (2,5,8) (Tabela 4). Imunidade Níveis elevados e persistentes de anticorpos anti-IBDv soroneutralizantes atingido cerca de 6 semanas de idade. Resposta imune ativa às 3-4 semanas de idade/lacuna imunitária em aves controle vacinadas com uma vacina de IBD intermediária registrada Resposta anti-VP2 ativa e forte observada a partir dos 15 dias de idade Bibliografia Bublot et al, 2007 Le Gros et al, 2009 Prandini et al, 2008 Tabela 1 - Aparecimento e persistência da imunidade após vacinação. Proteção contra o desafio com a cepa vvIBDV 91-168 Desafio às 3 semanas de idade Desafio às 6 semanas de idade 20 frangos de corte 20 frangos de corte Proteção total Proteção total Título de anticorpos = 1:1 890 30% 30% Título de anticorpos = 1:18 Condições experimentais Frangos de corte VAXXITEK HVT + IBD (no primeiro dia de vida) Controles Tabela 2a - Proteção proporcionada pela vacinação de frangos de corte com VAXXITEK HVT + IBD contra o desafio. Condições experimentais Frangas VAXXITEK HVT + IBD Vacina “intermediária” A Vacina “intermediária” B Vacina “intermediária plus” C Não vacinadas, desafiadas Não vacinadas, não desafiadas Desafio com uma cepa italiana de campo vvIBDv às 6 semanas de idade sim sim sim sim sim não Sinais clínicos de IBD 0/15 2/15 2/15 2/15 15/15 0/15 Taxa de mortalidade 0/15 2/15 2/15 1/15 2/15 0/15 Tabela 2b - Proteção proporcionada pela vacinação de frangos de corte com VAXXITEK HVT + IBD contra o desafio experimental (adaptado de Massi et al, 2008). Condições de campo Frangos de corte VAXXITEK HVT + IBD (no primeiro dia de vida) Programa de vacinação convencional contra a IBD (cepa intermediária S706 administrada durante a 2ª semana de vida) Sem vacinação Proteção contra o desafio com a cepa vvIBDV 91-168 (avaliado por dados cumulativos para sinais clínicos) Desafio às 3 semanas de idade Desafio às 5 semanas de idade 45% 82,5% 0% 55% 0% / Tabela 3 - Proteção proporcionada pela vacinação de frangos de corte com VAXXITEK HVT + IBD contra o desafio experimental em condições de campo. Cepa de desafío Parâmetro avaliado Tamanho da bursa de Fabricius Cepa vvIBD 91168 Presença de lesões Isentos de patógenos específicos microscópicas Isentos de Presença de lesões patógenos Cepa STC macroscópicas da bursa específicos Frangos de corte Isentos de patógenos Cepa da variante E específicos Poedeiras Isolado italiano de campo vvIBDv Razão do peso bursa/peso corporal Classificação média das lesões da bursa Resultados Bursa significativamente maior na necropsia em relação aos controles não vacinados Ausência de lesões microscópicas (lesões em 70% dos controles) Não foram detectadas lesões macroscópicas da bursa 4 dias após o desafio, independente da idade do desafio Proporção do peso bursa/peso corporal superior, 10 dias após o desafio em comparação com os controles não vacinados e desafiados Classificação das lesões da bursa significativamente inferior 11 dias após o desafio, em comparação com aves vacinadas com vacinas vivas Tabela 4 - Proteção ampliada e integridade da bursa preservada após a vacinação com VAXXITEK HVT + IBD. -3- Bibliografia Goutebroze et al, 2003 Bublot et al, 2007 Bublot et al, 2007 Bublot et al, 2007 Massi et al, 2008 2010 4. Desempenho das aves vacinadas com VAXXITEK HVT + IBD 4.1. Mortalidade e proteção da bursa O melhor desempenho das aves vacinadas com VAXXITEK HVT + IBD foi demonstrado em vários ensaios de campo com lotes de frangos de corte. Um ensaio de campo nas Filipinas apenas encontrou lesões da bursa de baixo grau na pós-vacinação, confirmando que a vacina VAXXITEK HVT + IBD é mais segura que as vacinas convencionais no campo. O mesmo ensaio demonstrou que lotes de aves vacinadas com VAXXITEK HVT + IBD tinham, após a vacinação, melhor proteção contra as infecções que acometem os lotes de aves vacinadas com as vacinas IBD clássicas: não foi observada IBD clínica nestas granjas historicamente positivas, após a vacinação com VAXXITEK HVT + IBD (1). Os parâmetros do crescimento de aves vacinadas com VAXXITEK HVT + IBD no campo têm sido consistentemente melhores que os dos grupos de controle, com um peso corporal médio superior, menor índice de conversão alimentar e menor mortalidade (4). No ensaio das Filipinas, tanto o peso vivo médio ao longo da vida como o índice de conversão alimentar foram favoráveis nos lotes vacinados com VAXXITEK HVT + IBD (1) (Figura 3). Em ensaios de campo efetuados nas Filipinas e na América Latina, onde foram reportadas cepas clássicas, vvIBDv e variantes, a mortalidade em frangos de corte vacinados com VAXXITEK HVT + IBD era muito inferior à das aves controles vacinadas com vacinas vivas (1,4). No ensaio das Filipinas, o tamanho e o peso da bursa, a proporção do peso bursa/ peso corporal eram superiores e a classificação das lesões da bursa era inferior em lotes vacinados com VAXXITEK HVT + IBD em comparação com lotes vacinados com as vacinas IBD convencionais (1) (Figura 2). 4.3. Retorno do investimento 4.2. Desempenho do crescimento VAXXITEK HVT + IBD contribui para o desenvolvimento de um sistema imune forte e diminui o risco dos problemas respiratórios detectados em ensaios de campo. A integridade do sistema imune resulta num melhor desempenho de produção do lote, já que a energia obtida da alimentação é utilizada para o crescimento e não para resposta às agressões virais pelas excessivas vacinações a campo. Na produção de frangos de corte, uma melhoria do desempenho da produção quase sempre significa um benefício econômico melhor. Figura 2 - Monitoria da mortalidade - Ensaios das Filipinas. Em ensaios de campo realizados na América Latina (Venezuela, Peru e Brasil), a utilização de VAXXITEK HVT + IBD resultou em maior produtividade e em benefícios econômicos (Fernandez et al, 2007). O ensaio das Filipinas mostrou Figura 3 - Monitoria do índice de conversão alimentar - Ensaios das Filipinas. que, na prática, a utilização de VAXXITEK HVT + IBD nas evidências de que a utilização da vacina granjas traduz-se num ganho diário médio VAXXITEK HVT + IBD é rentável, conforme superior, num índice de eficiência (IEP) supeilustrado por uma vantagem em termos de rior e num menor custo de alimentação por custos calculados por ave, observada em toave, em comparação com o uso de vacinas das as granjas do estudo. (1) (Tabela 5). clássicas contra a IBD. Estes dados fornecem Ganho diário médio (GPD) (g) Índice de Eficiência (IEP) Custo da alimentação por ave (EUA $) Vantagem em termos de custo calculada por ave (EUA $) Granja 1 VAXXITEK Controle HVT + IBD 48,49 48,25 287,25 261,44 1,19 $ 1,31 $ 0,13 $ Granja 2 VAXXITEK Controle HVT + IBD 37,52 35,57 156,72 124,30 1,23 $ $1,28 0,19 $ Granja 3 VAXXITEK Controle HVT + IBD 50,33 47,81 240,27 190,11 1,50 $ 1,69 $ 0,27 $ Tabela 5 - Retorno do investimento após a vacinação com VAXXITEK HVT+IBD (adaptado de Atienza et al, 2008). 5. Monitoria da vacinação e diagnóstico da infecção no campo A determinação do perfil dos anticorpos dos lotes de aves é crítico para a avaliação da eficácia da vacina, da persistência dos anticorpos e para o diagnóstico das infecções de campo que podem ter consequências dramáticas. Contudo, os testes por ELISA da IBD clássica não permitem diferenciar com facilidade entre as aves infectadas e as aves vacinadas com vacinas vivas. Isto constitui um problema, especialmente quando se observam lesões da bursa. Uma forma de distinguir aves vacinadas de aves infectadas é efetuar um RT-PCR das cepas de IBDv responsáveis pelas lesões da bursa. Com a utilização da vacina VAXXITEK HVT + IBD é possível diferenciar entre aves susceptíveis, imunizadas e infectadas com base na resposta dos anticorpos anti-IBDv obtida com um teste que utiliza dois kits de ELISA: os kits de teste ProFLOK® IBD Ab e ProFLOK® IBD Plus Ab. O kit de teste IBD Ab detecta principalmente anticorpos contra o antígeno VP3, presente nos vírus de campo assim como em vírus de vacinas vivas, mas não na vacina Bibliogafia 1. Atienza JC, Nagera AJ, Martinez PO, Baysac ND, Castillo MT, Damaso VR, Lemière S. Evaluation of a herpesvirus of turkey vector vaccine inducing protection against infectious bursal and Marek’s diseases (VAXXITEK® HVT + IBD) under Philippines field conditions. Apresentação oral. XXIII World Poultry Congress, Brisbane, Austrália. 2008. Artigo wpc0801684, 9 p. 2. Bublot M, Pritchard N, Le Gros F-X, Goutebroze S. Use of a vectored vaccine against infectious bursal disease of chickens in the face of high-titred maternally derived antibody. Journal of Comparative Pathology, 2007;137:81-84. 3. Darteil R, Bublot M, Laplace E, Bouquet JF, Audonnet JC, Riviere M. Herpesvirus of turkey recombinant viruses expressing infectious bursal disease virus (IBDV) VP2 immunogen induce protection against an IBDV virulent challenge in chickens. Virology, 1995;211:481-490. 4. Fernandez R, Rojo F, Garcia H, Sanchez P, Martinez H, Menendez A, Ruiz H et al. Field efficacy in broiler chickens in Latin America of vHVT-013, a Marek’s HVT vector vaccine expressing VP2 in infectious bursal disease virus. Apresentação oral e resumo no 15th congress of the World Veterinary Poultry Association, 2007; p199. 5. Goutebroze S, Curet M, Jay ML, Roux C, Le Gros F-X. Efficacy of a recombinant vaccine HVT-VP2 against Gumboro disease in the presence of maternal antibodies. British Poultry Science, 2003;44:824-825. 6. Le Gros F-X, Dancer A, Giacomini C, Pizzoni L, Bublot M, Graziani M, Prandini F. Field efficacy trial of a novel HVT-IBD vector vaccine for 1-day-old broilers. Vaccine, 2009;27:592-596. ®ProFLOCK é uma marca comercial registada da Synbiotics, Corporation nos EUA e em todo o mundo. 7. Lemière S. Marek’s virus vector vaccines inducing protection against Marek’s disease and infectious bursal disease: a field update. Apresentação oral e resumo no 8th International Marek’s Disease Symposium, Townsville, Austrália. 2008. p75. 8. Massi P, Tosi G, Fiorentini L. Experimental challenge trial with a «very virulent» strain of Infectious Bursal Disease virus (vvIBDV) in commercial pullets vaccinated with an IBD vectored vaccine or with three different modified live vaccines. Zootecnica International, Novembro 2008;50-57. 9. Prandini F, Bublot M, Le Gros F-X, Dancer A, Pizzoni L, Lamichhane C. Assessment of the immune response in broilers and pullets using two ELISA lits after in ovo or day-old vaccination with a vectored HVT + IBD vaccine (VAXXITEK HVT + IBD). Zootecnica International, Setembro 2008;40-50. -4- VAXXITEK HVT + IBD; o kit de teste IBD Plus Ab detecta mais especificamente anticorpos desenvolvidos contra o antígeno VP2, o qual é expresso por todos os vírus IBDv de campo e de vacina. Este kit de teste é muito sensível e apresenta elevada correlação com o teste de neutralização do vírus, o que reflete com exatidão a proteção contra o IBDv. Este teste tem sido usado no campo para monitorar o aparecimento de anticorpos protetores após a vacinação, sem risco de interferência com anticorpos induzidos por infecção e para mostrar a ausência de uma lacuna imunitária (6). Esta abordagem tem sido utilizada com êxito em lotes de frangos de corte e de poedeiras de linhagem comercial, em vários países (França, Itália, Hungria) e tem permitido a diferenciação entre aves vacinadas com VAXXITEK HVT + IBD e aves infectadas com IBD, enquanto as aves vacinadas com vacinas vivas não conseguiam ser distinguidas das aves infectadas (9). MERIAL Saúde Animal Ltda. Avenida Carlos Grimaldi, 1701 – 4º andar 13091-908 Campinas – SP Tel.: (19) 3578-5018 - Fax: (19) 3578-5101 www.merial.com.br