boletim informativo técnico da merial

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BOLETIM INFORMATIVO TÉCNICO DA MERIAL
2010
Editorial
VAXXITEK® NEWS proporcionará uma atualização das publicações sobre a vacina VAXXITEK® HVT + IBD,
vacina vetorial da Merial que expressa a proteína viral 2 (VP2) do vírus de Gumboro (IBD).
VAXXITEK HVT + IBD provou ser eficaz contra os vírus de Gumboro clássicos, muito virulentos e variantes
e pode ser usada em todos os contextos epidemiológicos para o controle de Gumboro. Foi lançada
em 2006 no Brasil e hoje já é utilizada em quase todo o mundo, inclusive em países que são grandes produtores
avícolas, como é o caso dos EUA.
Em 1995, a Merial publicou pela primeira vez os trabalhos preliminares sobre a vacina vetorial HVT + IBD.
O interesse na vacina aumentou com uma série de artigos em revistas científicas e apresentações em congressos
internacionais sobre avicultura, por volta de 2003. Atualmente o trabalho incide principalmente em estudos
clínicos de desenvolvimento, que estão sendo realizados em laboratórios de pesquisa e desenvolvimento
nos EUA e na França.
Desde 2007, tem surgido estudos de campo sobre os benefícios da utilização de VAXXITEK HVT + IBD.
Foram igualmente publicados estudos sobre ferramentas de diagnóstico para distinguir entre aves vacinadas
com VAXXITEK HVT + IBD e aves infectadas, ferramentas essas que podem ser usadas para monitorar a resposta
imune à vacinação.
Esperamos que goste de ler VAXXITEK NEWS e convidamos a todos para conhecer os nossos artigos
publicados sobre a vacina VAXXITEK HVT + IBD.
Stéphane LEMIÈRE
Diretor Técnico Global Avicultura
®VAXXITEK é uma marca comercial registrada da Merial nos EUA.
-1-
2010
VAXXITEK® HVT+IBD, a inovadora vacina contra IBD
da Merial: uma vacina segura que proporciona proteção
ampliada e prolongada das aves
VAXXITEK HVT + IBD, a inovadora vacina vetorial viva da Merial contra a doença de Marek e IBD é segura e protege
eficazmente contra duas das principais doenças imunossupressoras que têm um impacto significativo na indústria
avícola, a doença de Marek (MD) e a doença de Gumboro (IBD). VAXXITEK HVT + IBD é eficaz na prevenção de infecções
causadas pelo vírus de IBD, incluindo as cepas clássicas, variantes e muito virulentas. Pode ser administrada in ovo ou
em pintos de 1 dia de vida por injeção subcutânea no incubatório. A vacina induz uma resposta imune ativa contra
IBD e MD, mesmo na presença de elevados níveis de anticorpos maternos e elimina a lacuna imunitária observada
com todas as vacinas vivas convencionais. VAXXITEK HVT + IBD confere uma proteção precoce e prolongada contra
as duas doenças, para frangos de corte, matrizes e poedeiras. Ao proteger a integridade do sistema imune, melhora
também o suporte contra outras doenças infecciosas. Os lotes de aves vacinados com VAXXITEK HVT + IBD têm
uma menor mortalidade, melhor desempenho zootécnico e proporcionam melhor retorno do investimento. As
aves vacinadas e protegidas podem ser diferenciadas sorologicamente das aves infectadas.
1. Introdução
A Doença de Marek (MD) e a Doença de
Gumboro (IBD), são duas das mais comuns
doenças virais imunossupressoras que afetam
a indústria avícola. A MD é uma doença
linfoproliferativa comum causada por um
Herpesvírus (o vírus da Doença de Marek
ou MDv). O controle da doença de Marek
na indústria avícola foi conseguido durante
a década de 70 do século passado, com a
utilização em larga escala de vacinas à base
de Herpesvírus de peru (HVT). A Doença de
Gumboro é uma infecção extremamente
contagiosa das aves causada por um Birnavírus
(IBDv) que destrói os linfócitos da bursa de
Fabricius (BF). Embora tenha sido identificada
há mais de 40 anos, a IBD continua a causar
perdas econômicas significativas na indústria
avícola em todo o mundo. No final da década
de 80 do século passado, surgiu uma cepa de
IBD muito virulenta (vvIBD) em lotes de aves
vacinadas, na Europa, e que rapidamente se
espalhou por todo o globo.
A IBD afeta principalmente as aves até 6 semanas de idade, dependendo do seu nível de
proteção imunitária materna contra a doença.
A forma clínica da IBD ocorre normalmente
em frangos com 3 a 6 semanas de idade, com
um aparecimento súbito e aumento rápido da
taxa de mortalidade. A forma da doença mais
frequente e economicamente importante é
subclínica e ocorre em frangos com menos de
3 semanas de idade. As aves não apresentam
sinais clínicos da doença, mas têm imunossupressão permanente e grave, resposta reduzida dos anticorpos à vacinação e susceptibilidade aumentada a infecções concomitantes
ou secundárias.
2. VAXXITEK HVT + IBD, uma vacina inovadora
2.1. Vacinação contra a IBD,
uma questão desafiadora
A nova vacina, VAXXITEK HVT + IBD, conjuga
as vantagens de uma vacina viva contra o IBDv
sem os seus problemas de segurança e permite a vacinação precoce contra os vírus da MD
e da IBD (incluindo as cepas de IBD clássicas,
variantes e muito virulentas).
A proteção precoce dos pintos é fundamental
para a prevenção da IBD; a proteção pode ser
alcançada através da proteção passiva que é
obtida pela vacinação das matrizes com vacinas
vivas e inativadas contra o IBDv. Os anticorpos
maternos são transmitidos à progênie através
da gema do ovo para proporcionar proteção aos
pintos durante as primeiras semanas de vida, começando então os títulos a diminuir. Após isto,
a proteção contra o IBDv tem que ser mantida
através da administração de vacinas vivas.
Contudo, os níveis dos anticorpos maternos são
extremamente variáveis e o delicado equilíbrio
entre a eficácia e a segurança das vacinas vivas
permanece difícil de ser alcançado (Figura 1).
Como os elevados níveis de anticorpos maternos
quando da vacinação neutralizam os vírus da
vacina, os pintos são normalmente vacinados
às 2-3 semanas de idade, uma idade em que os
anticorpos maternos atingem níveis subprotetores. Em seguida, são necessários cerca de 10 a
12 dias após a vacinação para o desenvolvimento de títulos minimamente protetores,
criando uma lacuna imunitária entre, aproximadamente, os 15 e os 28 dias de vida, durante os
quais as aves estão susceptíveis à IBD.
Figura 1 - Equilíbrio entre a eficácia e a segurança.
®VAXXITEK é uma marca comercial registrada da Merial nos EUA.
-2-
Foram desenvolvidas várias vacinas vivas modificadas (MLV), classificadas como sendo vacinas
contra a IBD “suaves”, “intermediárias” ou “fortes”. As vacinas “suaves” são seguras em aves
isentas de patógenos específicos (SPF) mas a sua
eficácia na presença de anticorpos anti-IBDv maternos é fraca. A proteção proporcionada pelas
vacinas “intermediárias” e “fortes” é muito superior, mas estas vacinas mantêm alguma patogenicidade: induzem lesões na bursa (2).
Foi proposta a administração simultânea de
vacinas vivas contra a MD e a IBD o mais cedo
possível (isto é, em pintos de 1 dia ou in ovo)
para induzir uma proteção precoce contra as
duas doenças imunossupressoras, no entanto
esta abordagem tem sido dificultada pelo problema da segurança/eficácia (7).
2.2. VAXXITEK HVT + IBD :
O conceito do vetor HVT
VAXXITEK HVT + IBD é uma vacina viva vetorial,
na qual um Herpesvírus de peru (HVT), a cepa de
vacinação contra a MD mais amplamente usada
no mercado, é utilizada como o vetor que expressa um antígeno IBDv (VP2) (3). A vacina HVT é bem
conhecida por ser segura e ter fraca sensibilidade
à interferência dos anticorpos maternos. O antígeno VP2 é uma das principais proteínas estruturais do vírus e o principal antígeno protetor do
hospedeiro contra o IBDv, contendo pelo menos
três epítopes independentes, responsáveis pela
indução de anticorpos neutralizantes.
A cepa da vacina vetorial é obtida através da
inserção do gene VP2 da cepa Faragher 52/70
do IBDv, no vírus HVT. A sua expressão durante
a replicação do vetor desencadeia uma resposta imune que protege contra todas as cepas de
IBDv (clássicas, variantes e muito virulentas) (8).
Como não estão presentes no vetor quaisquer
genes do IBDv responsáveis por lesões da bursa,
a vacina VAXXITEK HVT + IBD é segura e pode
ser administrada através de injeção subcutânea
em aves SPF, no primeiro dia de vida ou via in ovo
durante a transferência da incubadora para o
nascedouro, entre o 18º e o 19º dia da embriogênese. Não foram observadas alterações patológicas macroscópicas nem lesões microscópicas
da bursa, até 35 dias após a vacinação de pintos
com um dia de idade (2).
2010
3. VAXXITEK HVT + IBD : Elevada eficácia demonstrada em estudos experimentais
3.1. Prevenção da lacuna imunitária
Administrada no primeiro dia de vida ou in ovo,
quando os níveis dos anticorpos maternos
são mais elevados, VAXXITEK HVT + IBD induz
uma resposta imune eficiente e precoce, tanto em frangos de corte, matrizes e poedeiras
comercias, em condições experimentais assim como no campo. Estudos mostraram que
a vacinação com Vaxxitek elimina a janela
imunológica durante o período entre as 3 e
as 5 semanas de idade, período mais crítico
para o desafio de campo com IBDv (2,6,8,9)
(Tabela 1).
Foi observada proteção total contra lesões
da bursa, induzida por desafio com vírus
IBD clássicos ou variantes, tão cedo quanto
uma semana após a vacinação de frangos de
corte (2).
3.2. Período de susceptibilidade –
proteção duradoura contra a
exposição experimental ao IBDv
A resposta imune induzida por VAXXITEK
HVT + IBD proporciona uma proteção precoce
contra o IBDv que perdura durante todo
o período de susceptibilidade ao IBDv. A
proteção refere-se à prevenção da mortalidade
e à redução dos sinais clínicos, assim como das
lesões causadas pelos vírus IBD, dependendo
do contexto dos estudos clínicos.
A imunidade conferida por VAXXITEK HVT + IBD
é duradoura, sem necessidade de revacinação
no campo (5). Massi et al. observaram títulos elevados de anticorpos às 6 semanas de idade em
poedeiras comerciais vermelhas, vacinadas com
VAXXITEK HVT + IBD no primeiro dia de vida, o
que não era o caso de poedeiras vacinadas com
vacinas vivas convencionais (8).
Num estudo efetuado por Goutebroze et al.,
frangos de corte vacinados no primeiro dia
de vida com VAXXITEK HVT + IBD ficaram
totalmente protegidos contra o desafio com
vvIBDv, quer às 3 como às 6 semanas de
idade, enquanto 70% dos controles foram
gravemente afetados (5) (Tabela 2a). Massi
et al. constataram que as aves também ficavam totalmente protegidas contra o desafio com vvIBDv às 6 semanas de idade;
não foram observados sinais clínicos nem
lesões significativas em 15 aves vacinadas
com VAXXITEK HVT + IBD, ao passo que foram observados 1-2 casos de mortalidade
em grupos semelhantes de aves vacinadas
com vacinas vivas comerciais (Tabela 2b). Os
parâmetros que refletem a imunodepressão
induzida por IBD, como o peso da bursa e as
proporções de peso bursa/peso corporal, foram apenas ligeiramente afetados no grupo
VAXXITEK HVT + IBD, tendo diminuído dramaticamente em outros grupos (8).
Estudos adicionais mostraram que, em
condições de campo, os frangos de corte
vacinados com VAXXITEK HVT + IBD tinham
uma melhor proteção contra a cepa vvIBDv
91-1928 ou a cepa clássica IBDv F52/70 às
3-5 semanas de idade (simulando a exposição
natural aos vírus do campo) em comparação
com aves vacinadas com outras vacinas
comerciais, em termos do desenvolvimento
de sinais clínicos de IBD e de mortalidade (4,5)
(Tabela 3).
3.3. Proteção eficiente
contra cepas de IBDv
3.4. Proteção da bursa
VAXXITEK HVT + IBD protege as aves contra
cepas de campo de IBDv, incluindo vvIBD e IBD
clássica, e contra as variantes do vírus IBD. Testes
laboratoriais mostraram que 95 a 100% das
aves vacinadas quer in ovo quer no primeiro dia
de vida, estavam protegidas contra o desafio
com diversas cepas de IBD: o isolado USDA
(STC), a cepa homóloga Faragher 52/70, a cepa
francesa de vvIBDv (91168), um isolado italiano
de campo de vvIBDv e a cepa norte-americana
da variante E. A proteção foi avaliada pela
observação de lesões macroscópicas da bursa
4 dias após o desafio (STC), pela classificação
das lesões microscópicas da bursa (52/70 e
91168), pela medição da classificação da lesão
da bursa (isolado italiano) ou pela relação do
peso bursa/peso corporal 10 dias após o desafio
(variante E) (2,5,8) (Tabela 4).
Frangos
de corte
Frangos de corte
e Frangas
Ensaio
Condições
experimentais
Condições
de campo
Condições
de campo
Uma vez que VAXXITEK HVT + IBD apenas
desencadeia a expressão do gene VP2 do
IBDv, não expressa qualquer gene responsável pela patogenicidade do IBDv: não induz
lesões da bursa em contraste com as vacinas
vivas convencionais, mesmo aquelas com cepas intermediárias.
Vários estudos experimentais demonstraram
que a vacinação com VAXXITEK HVT + IBD
protege a integridade da bursa de Fabricius, o principal alvo do IBDv. Após o desafio
com várias cepas de IBDv, as características
da bursa de frangos de corte e de poedeiras vacinados (tamanho, peso, presença de
lesões microscópicas ou macroscópicas)
demonstraram permanecer inalteradas ou
serem melhores que as das aves não vacinadas ou vacinadas com vacinas vivas (2,5,8)
(Tabela 4).
Imunidade
Níveis elevados e persistentes de anticorpos anti-IBDv
soroneutralizantes atingido cerca de 6 semanas de idade.
Resposta imune ativa às 3-4 semanas de idade/lacuna
imunitária em aves controle vacinadas com uma vacina
de IBD intermediária registrada
Resposta anti-VP2 ativa e forte observada
a partir dos 15 dias de idade
Bibliografia
Bublot et al, 2007
Le Gros et al, 2009
Prandini et al, 2008
Tabela 1 - Aparecimento e persistência da imunidade após vacinação.
Proteção contra o desafio com a cepa vvIBDV 91-168
Desafio às 3 semanas de idade
Desafio às 6 semanas de idade
20 frangos de corte
20 frangos de corte
Proteção total
Proteção total
Título de anticorpos = 1:1 890
30%
30%
Título de anticorpos = 1:18
Condições experimentais
Frangos de corte
VAXXITEK HVT + IBD
(no primeiro dia de vida)
Controles
Tabela 2a - Proteção proporcionada pela vacinação de frangos de corte com VAXXITEK HVT + IBD contra o desafio.
Condições experimentais
Frangas
VAXXITEK HVT + IBD
Vacina “intermediária” A
Vacina “intermediária” B
Vacina “intermediária plus” C
Não vacinadas, desafiadas
Não vacinadas, não desafiadas
Desafio com uma cepa italiana de campo
vvIBDv às 6 semanas de idade
sim
sim
sim
sim
sim
não
Sinais clínicos
de IBD
0/15
2/15
2/15
2/15
15/15
0/15
Taxa de
mortalidade
0/15
2/15
2/15
1/15
2/15
0/15
Tabela 2b - Proteção proporcionada pela vacinação de frangos de corte com VAXXITEK HVT + IBD contra o desafio experimental (adaptado de Massi et al, 2008).
Condições de campo
Frangos de corte
VAXXITEK HVT + IBD (no primeiro dia de vida)
Programa de vacinação convencional
contra a IBD (cepa intermediária S706
administrada durante a 2ª semana de vida)
Sem vacinação
Proteção contra o desafio com a cepa vvIBDV 91-168
(avaliado por dados cumulativos para sinais clínicos)
Desafio às 3 semanas de idade
Desafio às 5 semanas de idade
45%
82,5%
0%
55%
0%
/
Tabela 3 - Proteção proporcionada pela vacinação de frangos de corte com VAXXITEK HVT + IBD contra o desafio experimental em condições de campo.
Cepa de desafío
Parâmetro avaliado
Tamanho da bursa
de Fabricius
Cepa vvIBD 91168 Presença de lesões
Isentos de patógenos
específicos
microscópicas
Isentos de
Presença
de lesões
patógenos
Cepa STC
macroscópicas da bursa
específicos
Frangos de corte
Isentos de patógenos Cepa da variante E
específicos
Poedeiras
Isolado italiano
de campo vvIBDv
Razão do peso
bursa/peso corporal
Classificação média
das lesões da bursa
Resultados
Bursa significativamente maior na necropsia
em relação aos controles não vacinados
Ausência de lesões microscópicas
(lesões em 70% dos controles)
Não foram detectadas lesões macroscópicas
da bursa 4 dias após o desafio, independente
da idade do desafio
Proporção do peso bursa/peso corporal superior,
10 dias após o desafio em comparação
com os controles não vacinados e desafiados
Classificação das lesões da bursa
significativamente inferior 11 dias
após o desafio, em comparação
com aves vacinadas com vacinas vivas
Tabela 4 - Proteção ampliada e integridade da bursa preservada após a vacinação com VAXXITEK HVT + IBD.
-3-
Bibliografia
Goutebroze et al,
2003
Bublot et al, 2007
Bublot et al, 2007
Bublot et al, 2007
Massi et al, 2008
2010
4. Desempenho das aves vacinadas com VAXXITEK HVT + IBD
4.1. Mortalidade e proteção da bursa
O melhor desempenho das aves vacinadas
com VAXXITEK HVT + IBD foi demonstrado
em vários ensaios de campo com lotes de
frangos de corte. Um ensaio de campo nas
Filipinas apenas encontrou lesões da bursa
de baixo grau na pós-vacinação, confirmando que a vacina VAXXITEK HVT + IBD é mais
segura que as vacinas convencionais no campo. O mesmo ensaio demonstrou que lotes
de aves vacinadas com VAXXITEK HVT + IBD
tinham, após a vacinação, melhor proteção
contra as infecções que acometem os lotes
de aves vacinadas com as vacinas IBD clássicas: não foi observada IBD clínica nestas
granjas historicamente positivas, após a vacinação com VAXXITEK HVT + IBD (1).
Os parâmetros do crescimento de aves vacinadas com
VAXXITEK HVT + IBD no campo
têm sido consistentemente
melhores que os dos grupos
de controle, com um peso corporal médio superior, menor
índice de conversão alimentar
e menor mortalidade (4). No
ensaio das Filipinas, tanto o
peso vivo médio ao longo da
vida como o índice de conversão alimentar foram favoráveis nos lotes vacinados com
VAXXITEK HVT + IBD (1) (Figura 3).
Em ensaios de campo efetuados nas Filipinas
e na América Latina, onde foram reportadas
cepas clássicas, vvIBDv e variantes, a mortalidade em frangos de corte vacinados com
VAXXITEK HVT + IBD era muito inferior à das
aves controles vacinadas com vacinas vivas
(1,4). No ensaio das Filipinas, o tamanho e o
peso da bursa, a proporção do peso bursa/
peso corporal eram superiores e a classificação das lesões da bursa era inferior em
lotes vacinados com VAXXITEK HVT + IBD
em comparação com lotes vacinados com as
vacinas IBD convencionais (1) (Figura 2).
4.3. Retorno
do investimento
4.2. Desempenho do crescimento
VAXXITEK HVT + IBD contribui para o desenvolvimento de um sistema imune forte e
diminui o risco dos problemas respiratórios
detectados em ensaios de campo. A integridade do sistema imune resulta num melhor
desempenho de produção do lote, já que a
energia obtida da alimentação é utilizada
para o crescimento e não para resposta às
agressões virais pelas excessivas vacinações
a campo. Na produção de frangos de corte,
uma melhoria do desempenho da produção
quase sempre significa um benefício econômico melhor.
Figura 2 - Monitoria da mortalidade - Ensaios das Filipinas.
Em ensaios de campo realizados na América Latina (Venezuela, Peru e Brasil), a utilização de VAXXITEK HVT + IBD
resultou em maior produtividade e em benefícios econômicos (Fernandez et al, 2007).
O ensaio das Filipinas mostrou
Figura 3 - Monitoria do índice de conversão alimentar - Ensaios das Filipinas.
que, na prática, a utilização
de VAXXITEK HVT + IBD nas
evidências de que a utilização da vacina
granjas traduz-se num ganho diário médio
VAXXITEK HVT + IBD é rentável, conforme
superior, num índice de eficiência (IEP) supeilustrado por uma vantagem em termos de
rior e num menor custo de alimentação por
custos calculados por ave, observada em toave, em comparação com o uso de vacinas
das as granjas do estudo. (1) (Tabela 5).
clássicas contra a IBD. Estes dados fornecem
Ganho diário médio (GPD) (g)
Índice de Eficiência (IEP)
Custo da alimentação por ave (EUA $)
Vantagem em termos de custo calculada
por ave (EUA $)
Granja 1
VAXXITEK Controle
HVT + IBD
48,49
48,25
287,25
261,44
1,19 $
1,31 $
0,13 $
Granja 2
VAXXITEK Controle
HVT + IBD
37,52
35,57
156,72
124,30
1,23 $
$1,28
0,19 $
Granja 3
VAXXITEK Controle
HVT + IBD
50,33
47,81
240,27
190,11
1,50 $
1,69 $
0,27 $
Tabela 5 - Retorno do investimento após a vacinação com VAXXITEK HVT+IBD (adaptado de Atienza et al, 2008).
5. Monitoria da vacinação e diagnóstico da infecção no campo
A determinação do perfil dos anticorpos
dos lotes de aves é crítico para a avaliação
da eficácia da vacina, da persistência dos
anticorpos e para o diagnóstico das infecções
de campo que podem ter consequências
dramáticas. Contudo, os testes por ELISA da
IBD clássica não permitem diferenciar com
facilidade entre as aves infectadas e as aves
vacinadas com vacinas vivas. Isto constitui
um problema, especialmente quando se
observam lesões da bursa. Uma forma de
distinguir aves vacinadas de aves infectadas
é efetuar um RT-PCR das cepas de IBDv
responsáveis pelas lesões da bursa.
Com a utilização da vacina VAXXITEK HVT + IBD
é possível diferenciar entre aves susceptíveis,
imunizadas e infectadas com base na
resposta dos anticorpos anti-IBDv obtida
com um teste que utiliza dois kits de ELISA:
os kits de teste ProFLOK® IBD Ab e ProFLOK®
IBD Plus Ab. O kit de teste IBD Ab detecta
principalmente anticorpos contra o antígeno
VP3, presente nos vírus de campo assim como
em vírus de vacinas vivas, mas não na vacina
Bibliogafia
1. Atienza JC, Nagera AJ, Martinez PO, Baysac ND, Castillo
MT, Damaso VR, Lemière S. Evaluation of a herpesvirus of
turkey vector vaccine inducing protection against infectious
bursal and Marek’s diseases (VAXXITEK® HVT + IBD) under
Philippines field conditions. Apresentação oral. XXIII
World Poultry Congress, Brisbane, Austrália. 2008. Artigo
wpc0801684, 9 p.
2. Bublot M, Pritchard N, Le Gros F-X, Goutebroze S. Use
of a vectored vaccine against infectious bursal disease
of chickens in the face of high-titred maternally
derived antibody. Journal of Comparative Pathology,
2007;137:81-84.
3. Darteil R, Bublot M, Laplace E, Bouquet JF, Audonnet
JC, Riviere M. Herpesvirus of turkey recombinant
viruses expressing infectious bursal disease virus
(IBDV) VP2 immunogen induce protection against
an IBDV virulent challenge in chickens. Virology,
1995;211:481-490.
4. Fernandez R, Rojo F, Garcia H, Sanchez P, Martinez H,
Menendez A, Ruiz H et al. Field efficacy in broiler chickens
in Latin America of vHVT-013, a Marek’s HVT vector
vaccine expressing VP2 in infectious bursal disease virus.
Apresentação oral e resumo no 15th congress of the World
Veterinary Poultry Association, 2007; p199.
5. Goutebroze S, Curet M, Jay ML, Roux C, Le Gros F-X.
Efficacy of a recombinant vaccine HVT-VP2 against
Gumboro disease in the presence of maternal antibodies.
British Poultry Science, 2003;44:824-825.
6. Le Gros F-X, Dancer A, Giacomini C, Pizzoni L, Bublot
M, Graziani M, Prandini F. Field efficacy trial of a novel
HVT-IBD vector vaccine for 1-day-old broilers. Vaccine,
2009;27:592-596.
®ProFLOCK é uma marca comercial registada da Synbiotics, Corporation nos EUA e em todo o mundo.
7. Lemière S. Marek’s virus vector vaccines inducing
protection against Marek’s disease and infectious bursal
disease: a field update. Apresentação oral e resumo
no 8th International Marek’s Disease Symposium,
Townsville, Austrália. 2008. p75.
8. Massi P, Tosi G, Fiorentini L. Experimental challenge trial
with a «very virulent» strain of Infectious Bursal Disease
virus (vvIBDV) in commercial pullets vaccinated with an
IBD vectored vaccine or with three different modified live
vaccines. Zootecnica International, Novembro 2008;50-57.
9. Prandini F, Bublot M, Le Gros F-X, Dancer A, Pizzoni L,
Lamichhane C. Assessment of the immune response in
broilers and pullets using two ELISA lits after in ovo or
day-old vaccination with a vectored HVT + IBD vaccine
(VAXXITEK HVT + IBD). Zootecnica International,
Setembro 2008;40-50.
-4-
VAXXITEK HVT + IBD; o kit de teste IBD Plus
Ab detecta mais especificamente anticorpos
desenvolvidos contra o antígeno VP2, o qual
é expresso por todos os vírus IBDv de campo
e de vacina. Este kit de teste é muito sensível
e apresenta elevada correlação com o teste
de neutralização do vírus, o que reflete com
exatidão a proteção contra o IBDv.
Este teste tem sido usado no campo para
monitorar o aparecimento de anticorpos
protetores após a vacinação, sem risco de
interferência com anticorpos induzidos por
infecção e para mostrar a ausência de uma
lacuna imunitária (6).
Esta abordagem tem sido utilizada com êxito
em lotes de frangos de corte e de poedeiras de
linhagem comercial, em vários países (França,
Itália, Hungria) e tem permitido a diferenciação
entre aves vacinadas com VAXXITEK HVT + IBD
e aves infectadas com IBD, enquanto as aves
vacinadas com vacinas vivas não conseguiam
ser distinguidas das aves infectadas (9).
MERIAL Saúde Animal Ltda.
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