A VIVÊNCIA DO INTERNATO EM MEDICINA DE FAMÍIA E

A VIVÊNCIA DO INTERNATO EM MEDICINA DE FAMÍIA E COMUNIDADE.
Daniela Teixeira Borges; Viviane Baumhardt; Caroline Trindade
Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC
Introdução: O aumento da carga horária do internato na atenção básica, de acordo com as Novas Diretrizes
Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina, torna essencial saber mais sobre a vivência dos
doutorandos nessa área. Objetivo: Apresentar a vivência de cinco doutorandas sobre o período do internato
em emdicina de família e comunidade numa Unidade Básica de Saúde de Santa Cruz do Sul. Relato de
experiência: Cada doutoranda registrava em um “caderno de campo” suas percepções sobre as atividades
práticas rotineiras: consultas médicas, visitas domiciliares. Ao final do estágio, houve encontro em que cada
acadêmica pôde expressar suas opiniões com relação à vivência médica na atenção básica. Experiência
marcante foi de uma senhora que relatou, durante visita domiciliar, a “história do jasmim”. Ela havia
procurado seu cardiologista e este a desesperançou de seu quadro. Sua resposta foi: “Sabe, doutor, eu me
sinto como meu pé de jasmim, que estava morrendo. Numa medida desesperada em salvá-lo, procurei
ajuda. Fui informada que meu querido jasmim já estava velho e que tinha que morrer. É esse meu caso,
então?” E ela trocou de médico. Resultados: Positivamente, houve a percepção de que a boa medicina não
se faz somente de conhecimento teórico, mas principalmente de conhecimento humano: de seu paciente e
da sua realidade (familiar, social, domiciliar). Observou-se que um agente de saúde comprometido com seu
trabalho qualifica e efetiva as condutas em saúde propostas aos pacientes. Negativamente, houve a
percepção da carência em educação/orientação em saúde e que processos de ordem da gestão interferem
na qualidade do trabalho, mas não são determinantes para a produção de saúde. Conclusões: Dentro do
contexto do paciente, a empatia pode ser construída a cada encontro. Isso nos motiva ainda mais a buscar
os melhores recursos, independente de idade ou prognóstico.