PLANO( Planejamento) DE AULA ESCOLA: MUNICÍPIO: Rio de Janeiro SÉRIE: 3° ano do Ensino Médio PROFESSORA:Bianca Wild TEMPO DE AULA: 120 minutos ASSUNTO: As relações sociais segundo a teoria positivista OBJETIVO GERAL: Esclarecer e promover ampliação de conhecimentos aos alunos sobre as relações sociais segundo a teoria positivista. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Compreensão do texto, do conceito de positivismo, das relações sociais modernas e contemporâneas suas semelhanças e peculiaridades. CONTEÚDOS: Texto de apoio, dinâmica de grupo, debate, apresentação do hino nacional e bandeira nacional explicando os princípios positivistas impostos em nossa colonização e exemplificar como as relações sociais são explicitadas e explicadas através das mídias e as diferentes visões da mesma. DESENVOLVIMENTO e METODOLOGIA: Leitura do texto individualmente.Esclarecimento de dúvidas sobre o vocabulário se solicitado pelos alunos. Indagar os alunos dos tipos de relação social e como eles estão identificando e percebendo as relações sociais na comunidade onde moram,em suas casas, em seu estado, país etc. Incentiva-los para que exponham através da música, matérias de jornais e revistas,programas de tv,jornalismo,enfim diversos tipos de mídia etc as relações sociais e verificar se compreenderam corretamente as relações sociais segundo a teoria positivista a partir da exposição de conteúdos. Tempo necessário: Três aulas de 40 minutos cada (A velocidade da realização da leitura depende da quantidade de alunos envolvidos e da motivação dos mesmos em discutir o texto). 1- Apresentação do tema: 1ª aula (serão necessários de 30 a 40 minutos) - Exposição de diversos tipos de mídia contendo relação com o tema, esclarecendo o conceito de relação social e do positivismo. - Entrega do texto de apoio. - Elucidação dos conceitos. 2- Realização de debate sobre o tema e demais esclarecimentos. 2ª aula (30 a 40 minutos) - Exposição de notícias de jornais, revistas, músicas, menção de filmes e documentários relacionados com o tema.(trazidos pelo professor) - Escolha da forma de expressão e representação ou reprodução das concepções e percepções dos educandos sobre os temas abordados, a partir da escolha pessoal dos mesmos, a fim de possibilitar a autonomia de demonstrarem a sua compreensão da forma que lhes for mais conveniente ou agradável conseqüentemente aumentando o seu empenho e interesse.Redação, seminário, apresentação de músicas, fotografias, matérias etc. 3- Expressão, representação e reprodução das concepções e percepções dos educandos. 3ª aula. (40 minutos a 60 minutos). TEXTO DE APOIO As relações sociais segundo a teoria positivista Auguste Comte(1798 –1857) foi o inventor do neologismo “sociologia” e pai do positivismo e principalmente se mostrou sensível as mutações das sociedades européias do século XIX.Comte percebeu neste movimento conjunto a passagem de uma sociedade “militar teocrática” para uma sociedade “industrial científica”, como outros observadores de sua época ele diagnostica uma crise profunda na sociedade ocidental, com o objetivo de remediar esta crise Comte desejou consagrar-se a uma tarefa de reflexão e tornar-se assim um reformador científico.Inicialmente toma emprestado de Thomas Hobbes o termo “física social” e entregou-se a uma empreitada fundadora para as ciências sociais, que consiste em elevar a política a nível de ciência. No intento de resolver a crise social de seu tempo Comte não propugnou e nisto se opôs aos contra revolucionários, uma volta da historia sobre si mesma e igualmente ao contrario dos socialistas não procurou transformar o mundo por alguma atividade revolucionária qualquer, Comte desejou uma nova ordem social, com base nas conquistas da filosofia positiva, esse positivismo é declinado em duas regras elementares: observar aos fatos sem emitir qualquer juízo de valor e enunciar as leis. Comte enunciou que o verdadeiro espírito positivo consiste, sobretudo a ver para prever, estudar o que é, a fim de concluir assim o que será segundo o dogma geral da invariabilidade das leis naturais.Comte esteve o tempo inteiro convicto de que combinando ordem e progresso o positivismo iria superar a teologia e a revolução, a partir da construção de uma sociedade unida de uma religião da humanidade que consolide e aperfeiçoe os fundamentos da sociedade, acha-se assim a missão da sociologia. Comte compara o objeto da sociologia: A sociedade, a um corpo onde os esforços são coordenados a fim de realizar um único objetivo; o todo prevalece, portanto sobre as partes individuais.A sociedade vem necessariamente primeiro, é o alfa e o Omega do social, para Comte a sociedade se compõe de famílias e não de indivíduos, uma sociedade não poderia se decompor em indivíduos.Assim como Hobbes, Comte atribuiu por outro lado um lugar central a força,do numero ou da riqueza no ordenamento social, a ordem se encontra mantida com o auxilio de um poder, que ele qualifica como “temporal”. Na sociedade industrial este poder estava entre as mãos daqueles que dão prova de real competência para dirigir os outros, porém este poder do qual somente se beneficia um numero reduzido de indivíduos pediria para ser equilibrado por um poder espiritual, para Comte, este cabe por direito aqueles que compreenderam o segredo da ordem social como sacerdotes, sábios e sociólogos, o exercício deste poder tem como finalidade fazer com que se aceite o mundo real tal qual ele é, provocar o amor dos chefes, mas também lembrar a estes últimos os limites de suas funções. Com o advento de fundação da sociologia Auguste Comte tem como grande feito operacionalizar uma reconciliação entre duas tradições opostas: de um lado os saudosistas da comunidade perdida e de outro os adeptos da idéia de razão e de progresso. Comte tomou emprestado da biologia a dicotomia anatomia/fisiologia e definiu a estática como um estudo da ordem e do consenso social. A religião, a propriedade e a atividade econômica, a família e a linguagem participam a este titulo de equilíbrio muito apreciado pelos contra revolucionários e que ao entender de Comte impõe-se como um momento prévio para o desenvolvimento gradual e progressivo da ordem social. O estudo do progresso do espírito humano e das sociedades é precisamente o objeto da dinâmica social, Comte postulou que o desenvolvimento do espírito humano passa por três estados desde seu terceiro opúsculo até a primeira lição do curso de filosofia positiva.Como os estados da sociedade não fazem mais do que refletir o estado das idéias, a historia dos seres humanos é medida também por esse compasso ternário: O primeiro estado é o teológico, onde o espírito humano “representa os fenômenos como se fossem produzidos pela ação direta e continua de agentes sobrenaturais”, O segundo estado é o metafísico ou abstrato neste estado o espírito humano substitui os agentes sobrenaturais da sociedade teológica dão lugar as forças abstratas, como a natureza, aplicada a sociedade, esta fase adolescente transitória e desordenada corresponde a um estado militar. O terceiro e último estado é o cientifico ou positivo, onde o espírito humano chega a sua maturidade descartando a busca de qualquer causa ultima para considerar os fatos e suas leis efetivas, isto é suas relações invariáveis de sucessões e semelhanças,este estado estaria em conformidade com a sociedade industrial. A concepção positivista não termina no século XIX com Comte, mas será uma das correntes mais poderosas e influentes nas ciências humanas em todo o século XX. Assim, por exemplo, a psicologia positivista afirma que seu objeto não é o psiquismo enquanto consciência, mas enquanto comportamento observável que pode ser tratado com o método experimental das ciências naturais. A sociologia positivista iniciada por Comte e desenvolvida como ciência pelo francês Emile Durkheim estuda a sociedade como fato, afirmando que o fato social deve ser tratado como uma coisa, à qual são aplicados os procedimentos de análise e síntese criados pelas ciências naturais. Os elementos ou átomos sociais são os indivíduos, obtidos por via da análise; as relações causais entre os indivíduos, recompostas por via da síntese, constituem as instituições sociais (família, trabalho, religião, Estado, etc.). Durkheim parte da idéia fundamental de Comte de que a sociedade deve ser vista como um organismo vivo. Também concordava com o pressuposto de que as sociedades apenas se mantêm coesas quando de alguma forma compartilham sentimentos e crenças comuns. Entretanto critica Comte na sua perspectiva evolucionista, pois entende que os povos que sucedem os anteriores não necessariamente são superiores, apenas são diferentes em sua estrutura, seus valores, seus conhecimentos, em sua forma organizacional. Durkheim entendeu que a seqüência das sociedades adapta-se melhor a semelhança de uma árvore cujos ramos se orientam em sentidos opostos que uma linha geométrica evolucionista. Segundo Durkheim muitos sociólogos trabalhavam não sobre o objeto em si, mas de acordo com a idéia pré-estabelecida acerca do fenômeno. Também ponderou como seria possível encontrar a fórmula suprema da vida social quando ainda ignorava-se as diferentes espécies de sociedades, suas principais funções e suas leis. Alguns pontos que me parecem fundamentais para compreender o pensamento de Durkheim, cuja base assenta-se em alguns pressupostos ou noções fundamentais a serem detalhadas adiante: Os fatos sociais devem ser tratados como coisas; A análise dos fatos sociais exige reflexão prévia e fuga de idéias préconcebidas; O conjunto de crenças e sentimentos coletivos são a base da coesão da sociedade; Destaca o estudo da moral dos indivíduos; e A própria sociedade cria mecanismos de coerção internos que fazem com que os indivíduos aceitem de uma forma ou de outra as regras estabelecidas (a explicação dos fatos sociais deve ser buscada na sociedade e não nos indivíduos – os estados psíquicos, na verdade, são conseqüências e não causas dos fenômenos sociais). Podemos dizer que o método sociológico de Durkheim apresenta algumas idéias centrais, que percorrem toda a extensão de sua visão sociológica. São elas: 1) Contraposição ao conhecimento filosófico da sociedade: A filosofia possui um método dedutivo de conhecimento, que parte da tentativa de explicar a sociedade a partir do conhecimento da natureza humana. Ou seja, para os filósofos o conhecimento da sociedade pode ser feito a partir de dentro, do conhecimento da natureza do indivíduo. Como a sociedade é formada pelos indivíduos, a filosofia tem a prática de explicar a sociedade (e os fatos sociais) como uma expressão comum destes indivíduos. De outro lado, se existe uma natureza individual que se expressa coletivamente na organização social, então se pode dizer que a história da humanidade tem um sentido, que deve ser a contínua busca de expressão desta natureza humana. Para Durkheim, estas concepções eram insuportáveis, pois eram deduções e não tinham validade científica, eram crenças fundamentadas em concepções a respeito da natureza humana. Durkheim acreditava que o conhecimento dos fatos sociológicos deveria vir de fora, da observação empírica dos fatos. 2) Os fenômenos sociais são exteriores aos indivíduos: a sociedade não seria simplesmente a realização da natureza humana, mas, ao contrário, aquilo que é considerado natureza humana é, na verdade, produto da própria sociedade. Os fenômenos sociais são considerados por Durkheim como exteriores aos indivíduos, e devem ser conhecidos não por meio psicológico, pela busca das razões internas aos indivíduos, mas sim externamente a ele na própria sociedade e na interação dos fatos sociais. Fazendo uma analogia com a biologia, a vida, para Durkheim, seria uma síntese, um todo maior do que a soma das partes, da mesma forma que a sociedade é uma síntese de indivíduos que produz fenômenos diferentes dos que ocorrem nas consciências individuais (isto justificaria a diferença entre a sociologia e a psicologia). 3) Os fatos sociais são uma realidade objetiva: ou seja, para Durkheim, os fatos sociais possuem uma realidade objetiva e, portanto, são passíveis de observação externa. Devem, desta forma, ser tratados como "coisas". 4) O grupo (e a consciência do grupo) exerce pressão (coerção) sobre o indivíduo: Durkheim inverte a visão filosófica de que a sociedade é a realização de consciências individuais. Para ele, as consciências individuais são formadas pela sociedade por meio da coerção. A formação do ser social, feita em boa parte pela educação, é a assimilação pelo indivíduo de uma série de normas, princípios morais, religiosos, éticos, de comportamento, etc. que balizam a conduta do indivíduo na sociedade. Portanto, o homem, mais do que formador da sociedade é um produto dela. Max Weber propôs que as ciências humanas, no caso, a sociologia e a economia, trabalhassem seus objetos como tipos ideais e não como fatos empíricos. O tipo ideal , como o nome indica, oferece construções conceituais puras, que permitem compreender e interpretar fatos particulares observáveis. Assim, por exemplo, o Estado se apresenta como uma forma de dominação social e política sob vários tipos ideais (dominação carismática, dominação pessoal, burocrática, etc.), cabendo ao cientista verificar sob qual tipo encontra-se o caso particular investigado. A análise da teoria weberiana como ciência tem como ponto de partida a distinção entre quatro tipos de ação: A ação racional com relação a um objetivo é determinada por expectativas no comportamento tanto de objetos do mundo exterior como de outros homens e utiliza essas expectativas como condições ou meios para alcance de fins próprios racionalmente avaliados e perseguidos; é uma ação concreta que tem um fim especifico, por exemplo: o engenheiro que constrói uma ponte. A ação racional com relação a um valor é aquela definida pela crença consciente no valor interpretável como ético, estético, religioso ou qualquer outra forma, absoluto de uma determinada conduta. O ator age racionalmente aceitando todos os riscos, não para obter um resultado exterior, mas para permanecer fiel a sua honra, qual seja, à sua crença consciente no valor, por exemplo, um capitão que afunda com o seu navio. A ação afetiva é aquela ditada pelo estado de consciência ou humor do sujeito, é definida por uma reação emocional do ator em determinadas circunstâncias e não em relação a um objetivo ou a um sistema de valor, por exemplo, a mãe quando bate em seu filho por se comportar mal. A ação tradicional é aquela ditada pelos hábitos, costumes, crenças transformadas numa segunda natureza, para agir conforme a tradição o ator não precisa conceber um objeto, ou um valor nem ser impelido por uma emoção, obedece a reflexos adquiridos pela prática. Tanto a ação afetiva quanto a tradicional produz relação entre pessoas (relações pessoais), são coletivas, comunitárias, nos dão noção de comunhão e conceito de comunidade. Ação social é um comportamento humano, ou seja, uma atitude interior ou exterior voltada para ação ou abstenção. Esse comportamento só é ação social quando o ator atribui a sua conduta um significado/sentido próprio, e esse sentido se relaciona com o comportamento de outras pessoas. Para Weber a sociologia é uma ciência que procura compreender a ação social; considerava o indivíduo e suas ações como ponto chave da investigação evidenciando o que para ele era o ponto de partida para a sociologia a compreensão e a percepção do sentido que o ator atribui à sua conduta. O principal objetivo de Weber é compreender o sentido que cada ator dá a sua conduta e perceber assim a sua estrutura inteligível e não a analise das instituições sociais como dizia Durkheim. Com este pensamento, não possuía a idéia de negar a existência ou a importância dos fenômenos sociais, dando importância à necessidade de entender as intenções e motivações dos indivíduos que vivenciam essas situações sociais, ou seja, a sua idéia é que no domínio dos fenômenos naturais só se podem aprender as regularidades observadas por meio de proposições de forma e natureza matemática. É preciso explicar os fenômenos por meio de proposições confirmadas pela experiência, para poder ter o sentimento e compreendê-las. Ao contrário de Durkheim, Weber não pensa que a ordem social tenha que se opor e se distinguir dos indivíduos como uma realidade exterior a eles, mas que as normas sociais se concretizam exatamente quando se manifestam em cada indivíduo sob a forma de motivação. Weber vê como objetivo primordial da sociologia a captação da relação de sentido da ação humana, ou seja, chegamos a conhecer um fenômeno social quando o compreendemos como fato carregado de sentido que aponta para outros fatos significativos. O sentido, quando se manifesta, dá à ação concreta o seu caráter, quer seja ele político, econômico ou religioso. Por isso, para Weber, há profunda ligação entre as ciências históricas e a sociologia. Mas este processo nunca é acabado, pois "o conhecimento é uma conquista que nunca chega ao seu termo”, fazendo da ciência um vir a ser constante. Aqui, vê-se como Max Weber se distancia de A. Comte, quando julga impossível que a sociologia possa um dia formular um quadro claro e definitivo das leis fundamentais da sociedade humana. E se distancia também de Marx, quando defende que um mesmo acontecimento pode ter causas econômicas, políticas e religiosas, sendo que nenhuma dessas causas pode ser considerada superior em relação às outras. O que garante a objetividade da explicação sociológica é o seu método e não a objetividade pura dos fatos. A sociologia compreensiva de M. Weber, para chegar ao objetivo proposto acima, trabalha com um instrumento teórico chamado “tipo ideal”. O tipo ideal é um conceito sociológico construído e testado previamente, antes de ser aplicado às diferentes situações onde se acredita que ele tenha ocorrido. É um modelo teórico fabricado a partir de fenômenos isolados ou da ligação entre eles, e que é testado, em seguida, empiricamente. No cerne de relações sociais, moldadas pelas lutas, Max Weber percebe de fato a dominação, dominação esta, assentada em uma verdadeira constelação de interesses, monopólios econômicos, dominação estabelecida na autoridade, ou seja o poder de dar ordens, por isso ele acrescenta a cada tipo de atividade tradicional, afetiva ou racional um tipo de dominação particular.Weber definiu as dominações como a oportunidade de encontrar uma pessoa determinada pronta a obedecer a uma ordem de conteúdo determinado. Dominação Legal (onde qualquer direito pode ser criado e modificado através de um estatuto sancionado corretamente), tendo a “burocracia” como sendo o tipo mais puro desta dominação. Os princípios fundamentais da burocracia, segundo o autor são a Hierarquia Funcional, a Administração baseada em Documentos, a Demanda pela Aprendizagem Profissional, as Atribuições são oficializadas e há uma Exigência de todo o Rendimento do Profissional. A obediência se presta não à pessoa, em virtude de direito próprio, mas à regra, que se conhece competente para designar a quem e em que extensão se há de obedecer. Weber classifica este tipo de dominação como sendo estável, uma vez que é baseada em normas que, como foi dito anteriormente, são criadas e modificadas através de um estatuto sancionado corretamente. Ou seja, o poder de autoridade é legalmente assegurado. Dominação Tradicional (onde a autoridade é, pura e simplesmente, suportada pela existência de uma fidelidade tradicional); o governante é o patriarca ou senhor, os dominados são os súditos e o funcionário é o servidor. O patriarcalismo é o tipo mais puro desta dominação. Presta-se obediência à pessoa por respeito, em virtude da tradição de uma dignidade pessoal que se julga sagrada. Todo o comando se prende intrinsecamente a normas tradicionais (não legais) ao meu ver seria um tipo de “lei moral”. A criação de um novo direito é, em princípio, impossível, em virtude das normas oriundas da tradição. Também é classificado, por Weber, como sendo uma dominação estável, devido à solidez e estabilidade do meio social, que se acha sob a dependência direta e imediata do aprofundamento da tradição na consciência coletiva. Dominação Carismática (onde a autoridade é suportada, graças a uma devoção afetiva por parte dos dominados). Ela assenta sobre as “crenças” transmitidas por profetas, sobre o “reconhecimento” que pessoalmente alcançam os heróis e os demagogos, durante as guerras e revoluções, nas ruas e nas tribunas, convertendo a fé e o reconhecimento em deveres invioláveis que lhes são devidos pelos governados. A obediência a uma pessoa se dá devido às suas qualidades pessoais. Não apresenta nenhum procedimento ordenado para a nomeação e substituição. Não há carreiras e não é requerida formação profissional por parte do “portador” do carisma e de seus ajudantes. Weber coloca que a forma mais pura de dominação carismática é o caráter autoritário e imperativo. Contudo, Weber classifica a Dominação Carismática como sendo instável, pois nada há que assegure a perpetuidade da devoção afetiva ao dominador, por parte dos dominados. Max Weber observa que o poder racional ou legal cria em suas manifestações de legitimidade a noção de competência, o poder tradicional a de privilégio e o carismático dilata a legitimação até onde alcance a missão do “chefe”, na medida de seus atributos carismáticos pessoais. Podemos apontar, portanto, como primeiro princípio teórico dessa escola a tentativa de constituir seu objeto, catalogar seus métodos e elaborar seus conceitos à luz das ciências naturais, procurando dessa maneira chegar à mesma objetividade e ao mesmo êxito nas formas de controle sobre os fenômenos estudados. O positivismo foi o pensamento que glorificou a sociedade européia do século XIX, em franca expansão. Procurava resolver os conflitos sociais por meio da exaltação à harmonia, a harmonia natural entre os indivíduos, ao bemestar do todo social. Acreditando na superioridade de sua cultura, os europeus intervieram nas formas tradicionais de vida existentes nos outros continentes, procurando transforma-las. O darwinismo social justifica o colonialismo europeu e reflete o otimismo dos europeus em relação à sua cultura. Os organicistas procuram características universais da espécie humana, deixando de lado suas particularidades. Desde meados do século XIX, como conseqüência da filosofia de Augusto Comte, chamada de positivismo foi feita uma separação entre Filosofia e as ciências positivas (matemática, física, química, biologia, astronomia, sociologia).As ciências, dizia Comte, estudam a realidade natural, social, psicológica e moral e são propriamente o conhecimento. Para ele, a Filosofia seria apenas uma reflexão sobre o significado do trabalho científico, isto é, uma análise e uma interpretação dos procedimentos ou das metodologias usadas pelas ciências e uma avaliação dos resultados científicos. Vale a pena ressaltar que as inscrições existentes em nossa bandeira nacional “Ordem e progresso” são baseadas nos princípios positivistas, Resumindo “saber para prever e prever para poder” esta é a formula que melhor traduz o espírito da filosofia positivista. Consulta Bibliográfica: COSTA,Cristina. Sociologia: Introdução à ciência da sociedade. 2° ed. São Paulo: Moderna, 1997.