Os pacientes bem atendidos não querem eutanásia

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Os pacientes bem atendidos não querem eutanásia
01-Jun-2001
Os pacientes terminais por vezes sofrem frustração ou sensação de humilhação, um estado de mau-estar que pode leva-los
a desejar a amorte. Para alguns destes pacientes, o pedido de eutanásia pode ser o recurso para que se lhes
modifique o tratamento ou se lhes administre outro tipos de cuidados, ou simplesmente para que se lhes preste atenção.
Um estudo publicado no "Journal of the American Medical Association" parece confirmar que, entre os pacientes
terminais, aqueles com depressão, necessidade de especiais cuidados médicos ou fortes dores, são os mais
predispostos a solicitar a eutanásia ou a cooperação no suicídio. Outro artigo recente da mesma revista comenta que
essas três situações são geralmente reversíveis e que podem ser tratadas com meios específicos, tais como a atenção
psiquiátrica ou cuidados paliativos, pelo que seria um grave erro permitir que o paciente tomasse uma decisão induzido
por uma situação que poderá a vir-se modificar.
Os pacientes terminais por vezes sofrem frustração ou sensação de humilhação, um estado de mau-estar que pode leva-los
a desejar a amorte. Para alguns destes pacientes, o pedido de eutanásia pode ser o recurso para que se lhes
modifique o tratamento ou se lhes administre outro tipos de cuidados, ou simplesmente para que se lhes preste atenção.
Ainda que o pedido de eutanásia seja o verdadeiro desejo do paciente, outro recente trabalho do "New England Journal
of Medicine" mostra que uma boa actuação dos médicos e familiares pode lograr uma alteração na postura do paciente.
Segundo o estudo, cabe afirmar que pedir a eutanásia é mais a expressão de um sintoma de doença médica ou social
que um desejo real de morrer.
Inauguração do primeiro hospício em Espanha
O sofrimento que induz o pedir eutanásia combate-se eficazmente nas unidades de cuidados paliativos e nos
hospícios.Estes últimos, nascidos em Inglaterra nos princípios dos anos sessenta são centros que tratam de melhorar a
qualidade de vida dos enfermos terminais, atendendo às suas necessidades básicas e proporcionando o tratamento
médico adequado, orientado para diminuir os seus sofrimentos físicos, e complementando tudo com a devida atenção aos
familiares. Inclusivé prestam a ajuda necessária para os doentes críticos, em caso de falecimento.
O primeiro hospício que funciona em Espanha, foi acabado de inaugurar em Gijón (Astúrias) no passado dia 9 de Abril,
de acordo com o "Diário Médico". Este hospício é promovido pela Associação de Amigos de la Fundación Alba, ainda que
também cooperem ao financiamento o Insalud e a Caja de Asturias. Por agora trata-se se um pequeno centro, com
capacidade para oito pacientes oncológicos terminais. No entanto, isto é só o começo até que se disponham do centro
definitivo, já em estado avançado de construcção, em Villaviciosa (Asturias), que contará com 17 camas. Este segue o
modelo dum hospício existente no Quebec (Canadá), que pretende acima de tudo ter um ambiente semelhante ao
familiar, pelo que estes centros nunca têm muitas camas. O hospício de Gijón está atendido por uma equipa
multidisciplinar constituído por pessoal médico e de enfermaria, assim como voluntários, previamente formados para
este fim.
Fonte: Aceprensa
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Data de impressão: 4 January, 2016, 00:30
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