assistência de enfermagem ao paciente com hanseníase

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM HANSENÍASE:
REVISÃO DE LITERATURA
THE NURSING CARE PATIENT WITH LEPROSY: LITERATURE REVIEW
SOUSA, Renata Helena da Costa1; CARVALHO, Lucas Henrique de
Sousa2; SOUSA, Filipe Soares de3; NASCIMENTO, Francisco Adalberto
Paz4; VIANA, Magda Rogéria Pereira5.
1,2,3
Acadêmicos de Enfermagem da FSA
4
5
Orientador, professor da FSA
Enfermeira, Co-Orientador e professora da FSA
RESUMO
A hanseníase é uma doença crônica granulomatosa, originada da infecção pelo
Mycobacterium leprae, caracterizada por evolução lenta, manifestando-se
basicamente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos, tendo como
característica
principal
o
comprometimento
dos nervos
periféricos.
A
hanseníase no Brasil ainda se apresenta como um grave problema de saúde
pública. No Piauí, o coeficiente de prevalência da doença, na atualidade é de
3,5 casos/10 mil habitantes, porém a capital Teresina apresentou 71,2
casos/100 mil habitantes em 2010. O estudo teve como objetivos realizar
levantamento da produção científica sobre hanseníase, analisar a produção
científica que aborda o papel da enfermagem na assistência ao portador de
hanseníase. Adotou-se a pesquisa bibliográfica, na qual os dados foram
coletados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e utilizou-se um roteiro de
coleta de dados para análise. Os resultados foram apresentados por meio de
tabela e quadros e a discussão dos 12 artigos foi feita por meio de duas
categorias: educação em saúde e hanseníase: preconceito e estigma ao
paciente com hanseníase e sistematização da assistência ao paciente portador
de hanseníase e concepções e alterações físicas do paciente. Concluiu-se que
o papel da Enfermagem e de toda a equipe de saúde é imprescindível na
orientação, sensibilização e acolhimento, criando vínculo entre o serviço de
saúde e o paciente, mas para que isso ocorra os profissionais da saúde
precisam saber como fazer.
PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem. Hanseníase. Sintomas e Tratamento.
ABSTRACT
Leprosy is a chronic granulomatous disease, caused by Mycobacterium leprae
infection, characterized by slow evolution, manifesting itself primarily through
dermatoneurológicos signs and symptoms, the main feature of the involvement
of the peripheral nerves. Leprosy in Brazil still presents itself as a serious public
health problem. In Piaui, the prevalence rate of the disease at present is 3.5
cases / 10,000 inhabitants, but the capital Teresina was 71.2 cases / 100,000
inhabitants in 2010. The study aimed to carry out a survey of scientific literature
on leprosy, to review scientific literature that addresses the role of nursing in
care for leprosy patient. Adopted the literature, in which data were collected in
the Virtual Health Library (VHL) and used a data collection script for analysis.
The results were presented through tables and table and the discussion of 12
articles was made through two categories: health education and leprosy:
prejudice and stigma for patients with leprosy and systematization of care to
patients with leprosy and concepts and changes Physical patient. It was
concluded that the role of nursing and the entire health care team is essential in
the orientation, awareness and care, creating link between the health service
and the patient, but for this to occur healthcare professionals need to know how
to do.
KEYWORDS:
Nursing.
Leprosy.
Symptoms
and
Treatment.
INTRODUÇÃO
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pelo bacilo
Mycobacterium leprae, caracterizada por evolução lenta, manifestando-se
basicamente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos, geralmente
nervos periféricos dos olhos, mãos e pés (BRASIL, 2001). A característica
principal da doença é o comprometimento dos nervos periféricos que
potencializa ainda mais a patologia, causando incapacidades físicas, podendo
evoluir para deformidades. A incapacidade e a deformidade podem acarretar
alguns problemas como diminuição da capacidade de trabalho, problemas
psicológicos e limitação do convívio da vida social, gerando estigma e
preconceito contra a doença (BRASIL, 2002). A OMS divulgou, em 2010, que
no mundo, registraram-se em 16 países, mais de mil casos de hanseníase
notificados. A Ásia apresentou a maior taxa de detecção, sendo 9,39 casos por
10.000 habitantes; as Américas apresentaram 4,58 casos por 10.000
habitantes; A Índia e o Brasil os casos notificados influenciaram fortemente,
nessas regiões, tornando a Índia o país queapresentou o maior número de
casos registrados, sendo 133.717, e o Brasil logo em seguida, com 37.610.
Dos 40.474 casos novos nas Américas, 93% são notificados no Brasil.
Segundo o Ministério da Saúde (2008b), a hanseníase no Brasil ainda se
apresenta como um grave problema de saúde pública, por ser uma patologia
que tem características de doenças de origem socioeconômica e cultural. No
Piauí, apesar da relevante redução do coeficiente de prevalência da doença,
que na atualidade é de 3,5 casos/10 mil habitantes, o estado demanda
intensificação das ações para eliminação da doença, justificadas por um
padrão de média endemicidade segundo os critérios de prevalência. A capital
Teresina apresentou 71,2 casos/100 mil habitantes em 2010, padrão de
hiperendemicidade (BRASIL, 2011). De acordo com Colombrini, Marchiore e
Figuereido(2009), o diagnóstico é obtido através de exame clínico e avaliação
dermatoneurológica detalhada, pesquisa de BAAR, mucosa nasal, linfa de lobo
de orelha, cotovelo e joelho e por biópsia de pele. A doença se manifesta por
manchas avermelhadas, esbranquiçadas e acastanhadas, podem aparecer em
qualquer parte do corpo e podem ser lisas ou elevadas; caroços avermelhados
ou acastanhados, áreas da pele que não apresentam manchas, no entanto,
formigam ou pinicam e vão ficando dormentes com ausência álgica,
sensibilidade térmica e tátil. Outros sinais são: engrossamento de alguns
nervos dos braços, das pernas e do pescoço; aparecimento de caroços na
orelha, no rosto e nas mãos, alopécia nas manchas, podendo ocorrer também
perdados cílios e sobrancelhas (BRASIL, 2008b). As manifestações clínicas da
hanseníase podem ser descritas como síndrome nervosa, devido ao tropismo
especial que o bacilo tem através da pele e dos nervos periféricos, que se
manifesta durante a evolução da doença; e síndrome tegumentar, na qual suas
características variam de acordo com a forma clínica (tuberculóide,
virchowiana, dimorfa ou indeterminada) (PEREIRA,et al., 2008). De acordo com
Araújo (2003), a hanseníase tuberculóide caracteriza-se por lesões bem
definidas, em pequena quantidade, anestésicas e de disposição irregular.
Essas lesões apresentam-se em placas ou anulares com extremidades
papulosas e áreas da pele avermelhadas com crescimento lento, levando a
atrofia na parte interna da lesão, podendo ainda haver descamação das
bordas. A hanseníase virchowiana é uma forma multibacilar caracterizada pela
infiltração lenta e generalizada da pele, mucosas, testículos, nervos, podendo
atingir também linfonodos, fígado e baço, sendo mais evidenciada na face e
nos membros. A forma dimorfa é determinada por sua oscilação imunológica,
ocorrendo grande modificação em suas manifestações clínicas, seja em nível
de pele, nervo ou comprometimento sistêmico. A pele apresenta numerosas
lesões com morfologia contendo aspectos de hanseníase virchowiana e
tuberculóide. A forma indeterminada é definida pelo surgimento de manchas
hipocrômicas com alteração de sensibilidade. As lesões são em pequena
quantidade podendo ser encontradas em qualquer área da pele. Essas lesões
aparecem após um período de incubação que varia de dois a cinco anos. Os
nervos podem ser afetados por dois fatores: pela penetração do bacilo e pela
reação do organismo ao bacilo, que pode atingir vários nervos, atingindo mais
os nervos dos braços e das pernas.
Os nervos mais afetados podem ser palpados, pois ficam engrossados e
dolorosos (BRASIL, 2008b). De acordo com o Ministério da Saúde (2002), o
tratamento do paciente hansênico é essencial para curá-lo, bloqueando a fonte
de infecção, quebrando a cadeia de transmissão da doença, dessa forma
contribuindo para o controle da endemia e para a eliminação da doença. O
tratamento completo da Hanseníase inclui a poliquimioterapia (PTQ)tratamento quimioterápico específico, seu acompanhamento, com intuito de
identificar e intervir nas intercorrências e complicações da patologia que
possam surgir, a prevenção e o tratamento das incapacidades físicas. O
tratamento deve ser realizado em regime ambulatorial, nos serviços básicos de
saúde
onde
se
administra
uma
combinação
de
medicamentos,
a
poliquimioterapia (PTQ). A PTQ mata o bacilo evitando a evolução da doença,
prevenindo as incapacidades e deformidades por ela causadas, levando a cura.
É administrada conforme a classificação operacional do paciente em
paucibacilar e multibacilar por meio de um esquema padrão. O conhecimento
sobre a classificação do doente é essencial para a escolha do esquema de
tratamento correto para cada caso. A dose do medicamento do esquema
padrão para crianças com Hanseníase é adaptada conforme a idade e o peso.
Para os indivíduos com intolerância a um dos medicamentos do esquema
padrão são utilizados esquemas alternativos (BRASIL, 2010a). De acordo com
o Ministério da Saúde (2002) no esquema paucibacilar (PB) é utilizada uma
associação da rifampicina e dapsona, dispostas na mesma cartela: rifampicinauma dose mensal de 600mg (2 cápsulas de 300mg) com administração
supervisionada; dapsona uma dose mensal de 100mg supervisionada e dose
diária de 100mg autoadministrada. O tratamento estará concluído com 6 doses
de rifampicina supervisionadas em até 9 meses. No esquema multibacilar (MB)
é utilizada uma associação da rifampicina, dapsona e da clofazimina, dispostas
na mesma cartela: rifampicina uma dose mensal de 600mg (2 cápsulas de
300mg ) com administração supervisionada; clofazimina uma dose mensal de
300mg (3 cápsulas de 100mg) com administração supervisionada e dose diária
de
50mg
autoadministrada;
dapsona
uma
dose
mensal
de
100mg
supervisionada e uma dose diária de 100 mg autoadministrada. O tratamento
estará concluído com 12 doses supervisionadas em até 18 meses. Segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS), pessoas que apresentam lesões de
pele com alteração de sensibilidade, espessamento de nervo periférico
acompanhado de alteração de sensibilidade e baciloscopia positiva para o
bacilo de hansen, tem hanseníase e precisa de tratamento (BRASIL, 2010a).
Os estados reacionais ou reações hansênicas, são reações do sistema
imunológico através de manifestações inflamatórias agudas e subagudas,
ocorrendo, antes, durante ou depois do tratamento com Poliquimioterapia
(PQT). Na maioria dos casos ocorre em pacientes multibacilar (BRASIL,
2010a). A assistência de enfermagem é a assistência prestada seguindo as
etapas do processo de enfermagem, seguindo métodos científicos para sua
implementação e resolução dos problemas de enfermagem de forma lógica,
conduzindo
à
Sistematização
da
Assistência
de
Enfermagem
(SAE)
(CARRARO, 2001). Segundo a American Nursing Diagnosis Association –
Internacional (Nanda), (2012-2014), o paciente com hanseníase possui os
seguintes diagnósticos: controle ineficaz do regime terapêutico relacionado à
sua própria complexidade, caracterizado por fracasso na inclusão dos regimes
de tratamento nas rotinas diárias; desesperança relacionada à deterioração da
condição fisiológica, caracterizada por falta de envolvimento no cuidado;
integridade tecidual prejudicada relacionada à mobilidade física prejudicada,
caracterizada por tecido lesado; dor aguda à lesão de nervos periféricos,
caracterizada pelo relato verbal da dor; risco de integridade da pele
prejudicada, relacionada à sensibilidade alterada; risco de baixa autoestima
relacionada ao distúrbio de imagem corporal; mobilidade física prejudicada
relacionada a prejuízos neuromusculares, sensório perceptivos, caracterizada
por capacidade limitada para desempenhar as habilidades motoras finas e
grossas; Isolamento social relacionado a alterações na aparência física,
caracterizado por expressar sentimentos de rejeição. O enfermeiro deve
aproveitar a internação para esclarecer sobre a doença com o paciente e a
família, visto que a hanseníase ainda causa um grande preconceito. E
convencer ao paciente da importância da adesão ao tratamento, evitando que a
doença evolua e provoque incapacidades físicas. É importante observar
reações adversas a medicações, o paciente deve conhecer o processo da
doença, tratamento, efeitos colaterais, mudanças no estilo de vida, sinais e
sintomas de complicações, disponibilidade de recursos e apoios. O paciente
deve
ser estimulado
a
ter contato
com
outras
pessoas; deve
ter
acompanhamento psicológico e ser orientado quanto à eficácia do tratamento e
esclarecido de que a doença é curável. (COLOMBRINI; MARCHIORE;
FIGUEREIDO, 2009). O profissional de saúde deve ensinar a importância do
cuidado com as mucosas (nariz e olhos) explicar que o nariz e os olhos podem
ser instilados e lavados com soro fisiológico a 0,9% e ensinar a se
autoinspecionar e realizar exercícios com as pálpebras. É importante que,
quando houver dor, o enfermeiro avalie a intensidade, local, e duração da dor,
e que a identifique para evitá-la. Administrar medicações conforme prescrição
médica e adotar medidas de conforto e repouso como ambiente com baixa
luminosidade,
posicionamento
confortável
e
silêncio
(COLOMBRINI;
MARCHIORE; FIGUEREIDO, 2000).
METODOLOGIA
Este estudo trata-se de uma revisão integrativa que, segundo Mendes,
Silveira e Galvão (2008) é o método que tem como objetivo reunir e sintetizar
resultados de pesquisas sobre um determinado tema ou questão, de maneira
sistemática e ordenada, contribuindo para o aprofundamento do conhecimento
do tema investigado. Esta revisão é composta por algumas fases, que têm por
finalidade buscar evidências sobre diversos temas. Na realização desta
pesquisa seguiram-se as seis etapas que constituem o método de pesquisa:
escolha do tema, organização de critérios para seleção da amostra,
categorização dos estudos, análise dos dados, interpretação dos resultados e
apresentação da pesquisa (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008). O
desenvolvimento deste trabalho transcorreu a partir de material já elaborado
por outros autores sobre o tema hanseníase. A identificação das fontes
bibliográficas foi realizada por meio do sistema informatizado de busca
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), onde foi utilizado especificamente SCIELO
(Scientific Electronic Library Online). Para a organização da pesquisa, foram
utilizados nos critérios de inclusão: artigos científicos indexados nos bancos de
dados selecionados, com texto completo, no idioma português, no período de
2008 a 2013. E nos critérios de exclusão: periódicos que não fornecem o texto
completo, artigos que não são disponibilizados no idioma português, artigos
que não apresentem o assunto abordado. Foram utilizados os artigos
científicos indexados nas bases de dados citadas, relacionadas ao tema, no
período de 2008 a 2013 de forma retrospectiva, utilizando como descritores:
enfermagem, hanseníase e sintomas e tratamento, para coletar os dados. No
banco de dados foram encontrados dados de 257 artigos, utilizando os
descritores, Destes, após filtragem refinada, 29 artigos atenderam aos critérios
de inclusão, destes 11 se repetiram e 6 artigos não abordaram o tema
proposto, totalizando em 12 artigos que atenderam aos critérios e constituíram
a amostra definitiva para a análise integrativa da literatura.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados obtidos foram divididos em duas etapas, a primeira etapa
demonstrada pela tabela 1, que apresenta a disposição das produções
científicas segundo período de publicação, abordagem metodológica e
periódico. Posteriormente mostra-se a categorização dos artigos apresentados
que conduzem a realização da pesquisa sobre hanseníase representados pelo
quadro 1 e 2. Determinaram-se algumas variáveis importantes para análise das
produções científicas sobre a temática abordada, segundo se verifica na tabela
1. Os resultados da busca demonstraram que o ano de maior concentração das
publicações foi 2008, com 04 artigos (33,33%), seguido de 2009 e 2012, ambos
com 03 artigos (25%), por último o ano de 2010 com 2 artigos (16,67%).Podese observar uma prevalência na abordagem qualitativa com 08 (66,6%) artigos,
isto se deve à abordagem qualitativa que leva em conta a prática vivenciada
pelo objeto de estudo, através de seu âmbito histórico e social, atribuindo a
possibilidade de elaboração de conhecimento científico (DALFOVO; LANA;
SILVEIRA, 2008),seguido por trabalhos quantitativos quanti-qualitativos com 02
publicações (16,6%) cada. Verificamos que os artigos foram publicados por
vários periódicos, sendo a RevBrasEnferm com a maior frequência de
publicação com 05 artigos (41,67%), seguido do periódico Texto Contexto
Enferm e RevEnferm UERJ, ambos com 02 artigos (16,67%), e por fim o
periódico Rev. Min. Enferm, Rev Rene e Esc Anna Nery Ver Enferm
apresentando 01 artigo cada (8,33% cada periódico).
Tabela 1: Distribuição das produções científicas segundo o período de publicação,
abordagem metodológica e periódicos (n= 12). Teresina- PI, 2014.
Variáveis
Nº
%
2008
04
33,33
2009
03
25
2010
02
16,67
2012
03
25
metodológica
08
66,67
Qualitativo
02
16,67
Quantitativo
02
16,67
Periódicos
05
41,67
RevBrasEnferm
02
16,67
Texto Contexto Enferm
02
16,67
Rev enferm UERJ
01
8,33
Rev. Min. Enferm
01
8,33
Rev Rene
01
8,33
Período
Abordagem
Quanti-qualitativo
Esc.
Anna
Nery
Rev
Enfermagem.
Fonte: Banco de dados SCIELO; BVS,2014.
O estigma como dificultador da assistência de enfermagem ao
paciente com hanseníase.
Quadro 01. O estigma como dificultador da assistência de enfermagem ao paciente com
hanseníase.
Autor / Ano
Título do Artigo
Ayres et al., 2012
Repercussões
da
hanseníase
no
cotidiano de pacientes: Vulnerabilidade e
solidariedade.
Cid et al.,(2012)
Percepção
de
usuários
sobre
o
preconceito da hanseníase.
Bittencourt et al., 2010
Estigma: Percepções sociais reveladas
por pessoas acometidas por hanseníase.
Silva; Paz, 2010
Educação e saúde no programa de
controle da Hanseníase: a vivência da
equipe multiprofissional.
Sangiet al., 2009
Hanseníase e estado reacional: História
de vida de pessoas acometidas.
Gusmão; Antunes, 2009
Ter
hanseníase
enfermagem:
e
história
trabalhar
de
lutas
na
e
superação.
Fonte: Banco de dados SCIELO; BVS,2014.
Silva e Paz (2010) mostram a impessoalidade dos enfermeiros em
realizar as atividades de educação em saúde acerca da hanseníase. A
evidência mostra que as atividades se direcionam ao processo de
adoecimento, adesão do tratamento, e não às pessoas e suas necessidades.
Considera também que as ações de educação em saúde requerem reflexão
crítica dos profissionais de saúde que favoreça a população segundo a sua
realidade. O estigma sobre a hanseníase ainda é grande e, apesar da
mudança de denominação, ainda assusta muitas pessoas que, por falta de
informação e medo das deformidades e estado reacional, agem de forma
preconceituosa. O estudo mostra a importância da ressocialização dos
pacientes hansênicos e a necessidade dos serviços de saúde em reconhecer
suas falhas em proporcionar atenção universal, integral e igualitária (AYRES et
al., 2012). Sangiet al.,(2009), em seu estudo, trata sobre relatos de pacientes
que sofreram o preconceito influenciando a autoestima e consequentemente
resultando no isolamento social. O artigo ainda trata sobre a inserção desses
pacientes no mercado de trabalho, da difícil aceitação das empresas à doença,
sem ficar bem claro o porquê de demissões. Os relatos mostram que a família
é muito importante durante o tratamento e que a enfermagem deve estar atenta
não só para o físico, mas também para o lado emocional do paciente. Gusmão
e Antunes (2009), contam o relato de ex- profissionais de enfermagem
portadores de hanseníase, no século XX, através de arquivos, que descreve a
história de sete indivíduos que portavam a hanseníase e trabalhavam na
enfermagem cuidando de pacientes nas mesmas condições. Os relatos
expressam o estigma da época e as condições dos pacientes trancafiados em
colônias para um tratamento ineficaz.Estes relatos contribuem para um resgate
histórico a respeito da doença e da história da enfermagem mineira nas
colônias, explicitando a importância de combater estigmas e preconceitos
daqueles que não estão informados a respeito da história da doença.
Bittencourt et al.(2010),também tratam dos estigmas trazidos do passado e
considerados como castigo de Deus, de acordo com a história, com os
leprosários e a vivência dos pacientes, e relata que, na atualidade, ainda há
preconceitos, que mostram o estigma vivenciado por pacientes hansênicos,
levando em consideração o trabalho, a família, amigos, perspectivas de cura,
inclusão social e o despreparo dos profissionais de saúde. O estudo destaca a
importância da educação através de trabalhos educativos efetivos para que
mude a concepção social em relação à doença. O estigma da doença, ainda é
mais resistente do que a própria patologia, podendo causar vergonha e
isolamento a muitos portadores, apesar de se saber que ela tem cura. O papel
do enfermeiro é muito importante no processo de tratamento e cura e através
da educação em saúde se minimizam preconceitos com a hanseníase. (CID et
al.,2012)
Benefícios da assistência de enfermagem ao paciente com
hanseníase
Evidenciam-se nessa categoria as estratégias adotadas na assistência
ao paciente portador de hanseníase bem como a concepção e alterações
físicas do paciente com hanseníase. Pode-se constatar isso a seguir no
quadro2.
Quadro 02.Benefícios da assistência de enfermagem ao paciente com hanseníase.
AUTOR / ANO
TÍTULO DO ARTIGO
Ayres et al., 2012
Repercussões
da
hanseníase
no
cotidiano de pacientes: Vulnerabilidade e
solidariedade.
“O Corpo que eu fui e o corpo que eu
Palmeira; Ferreira, 2012
sou": Concepções de mulheres com
alterações causadas pela hanseníase.
Duarte; Ayres; Simonetti, 2009
Consulta de Enfermagem: Estratégia de
cuidado ao portador de hanseníase em
atenção primária.
Moreno; Enders; Simpson, 2008
Avaliação
das
hanseníase:
capacitações
Opnião
de
médicos
de
e
enfermeiros das equipes de Saúde da
Família.
Silva Jr. et al., 2008
Assistência de Enfermagem ao portador
de Hanseníase: Abordagem transcultural.
Freitas et al., 2008
Consulta de Enfermagem ao portador de
Hanseníase no Território da Estratégia
da Saúde da Família: Percepções de
enfermeiros e pacientes.
Duarte; Ayres; Simonetti, 2008
Consulta de Enfermagem ao portador de
Hanseníase: Proposta de um instrumento
para
aplicação
do
processo
de
enfermagem.
Fonte: Banco de dados SCIELO; BVS,2014.
Na análise dos estudos dos autores do quadro 02 foi evidenciada a
assistência, na saúde prestada ao paciente portador de hanseníase, levando
em consideração a opinião de médicos e enfermeiros e dos pacientes,
estratégias e materiais, dando ênfase à sistematização da assistência de
enfermagem.
De
acordo
com
Silva
Jr.
et
al.(2008)
e
Freitas
et
al.(2008)evidenciam que há uma relutância cultural dos pacientes em aceitar o
diagnóstico,
tratamento
e
orientações
de
enfermagem,
mostrando
a
importância da assistência de enfermagem em sensibilizar os pacientes,
principalmente quanto ao tratamento da doença, reduzindo riscos potenciais.
Os autores demonstram a importância do vínculo e da necessidade do paciente
adquirir confiança no enfermeiro, mostrando a satisfação dos pacientes no
atendimento. Um destaque foi para a deficiência no conhecimento das
incapacidades e deformidades no autocuidado e falha no controle dos
comunicantes. Ressaltou-se a importância da Sistematização da Assistência de
Enfermagem para prevenir agravos especialmente incapacidades físicas. Os
estudos mostram relevância do enfermeiro no tratamento da hanseníase, que
estes profissionais facilitam a realização da consulta e dos mecanismos de
tratamento (DUARTE; AYRES; SIMONETTI 2008). Em seu estudo Palmeira;
Ferreira (2012) contam relatos de mulheres acometidas com hanseníase e as
modificações em
seus corpos causadas pela
doença,
citando
suas
vulnerabilidades do cotidiano,destacando suas alterações físicas,dimensão
estética e funcional que as orienta quanto à sensação do novo corpo e as
estratégias de superação, para que elas não se excluam do convívio social, e é
através desse conhecimento que os enfermeiros passam a atender melhor às
suas necessidades. Já Ayres et al.(2012) relatam como a hanseníase repercute
no cotidiano das pessoas, homens e mulheres acometidos pela doença. O
estudo consegue identificar que algumas pessoas convivem bem coma
hanseníase, porém, alguns ainda sofrem com o medo e a tristeza, evitando se
relacionar com as pessoas do seu circulo de amizade e até mesmo familiares,
sem comentar sobre o assunto ou falar sobre a doença. A capacitação de
médicos e enfermeiros em clínicas de hanseníase na Estratégia da Saúde tem
uma boa aceitação por porte dos profissionais, porém a falta de continuidade
do treinamento causa insegurança, para diagnosticar, por parte de alguns
profissionais de saúde. Os autores afirmam que a continuidade da educação
permanente junto aos profissionais da Atenção Básica é necessária, pois é de
suma importância para a saúde brasileira, pois ainda existem muitas dúvidas
em relação à hanseníase, uma doença antiga, porém atualmente curável
(MORENO; ENDERS; SIMPSON, 2008).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A hanseníase é um problema de saúde pública no Brasil, apesar da
cura, ainda aflige as autoridades de saúde do país. Nos estudos analisados,
notou-se que a educação em saúde está voltada para o processo de
adoecimento, esquecendo-se das pessoas, suas necessidades e até mesmo
de levar em consideração a realidade em que cada um está inserido. Sabe-se
que a hanseníase é uma doença antiga e que antes causava medo e
preconceito por não se conhecer a cura e que hoje o estigma ainda perdura por
falta de informação, causando transtorno aos pacientes acometidos, no
trabalho, na vida social e na família. O preconceito e estigma, por parte do
próprio paciente é a razão de relutar em aceitar o diagnóstico e o tratamento,
por isso o papel da enfermagem e de toda a equipe de saúde é imprescindível
na orientação, sensibilização e acolhimento, criando vínculo entre o serviço de
saúde e o paciente, mas, para isso acontecer, os profissionais da saúde
precisam saber como fazer. Para uma boa assistência deve existir a
capacitação, que deve ser contínua e atualizada, para que se possa conduzir o
paciente e ensinar a sociedade quebrando a barreira do preconceito e incutindo
uma nova mentalidade a respeito da doença. A hanseníase é uma doença que
tem prevenção, é curável e pode ter agravos evitados se o paciente tiver
orientação correta. O que chamou atenção, foi saber que existe a preocupação
em detectar e curar a doença, porém em nenhum estudo se falou sobre a
profilaxia, que é de suma importância, pois a sensibilização para prevenção é
uma grande aliada no combate à doença.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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Ministério
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Portarianº
165,
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de
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Ministério
da
Saúde.
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Saúde:
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