A UE e o Oceano: a P.M.I. e a Estratégia do Atlântico António Rebelo Duarte Resumo da sessão: O título em cena sugere-nos três figurantes: Mar, Atlântico e Europa, sem esquecer que o mar europeu não se confina ao Atlântico (circundada por quatro mares e dois oceanos), mas será deste que a Europa espera colher a grande alíquota do benefício da sua aposta em termos geopolíticos (potencial de prosperidade e afirmação global), estratégicos (liberdade dos fluxos globais de comércio e segurança marítima) e económicos (cerca de 40% do PIB da UE é gerado nas regiões marítimas e 75% do volume do comércio externo é efetuado por via marítima). Uma avaliação do sucesso e retorno dessa aposta, por parte da Europa e dos seus 28 E-M´s (mais concretamente 23 com zonas costeiras, representando mais 70% das fronteiras externas da União) será o resultado esperado do debate que se coloca como desafio ao conjunto dos participantes no Seminário, depois de uma breve apresentação da documentação política e estratégica promulgada até agora. PMI europeia e “Plano de Ação” (Conselho Europeu de 14DEZ2007), Diretiva-Quadro da Estratégia Marítima (PE e CE, de 17JUL2008) e Estratégia Marítima para a Área do Atlântico (Comunicação da Comissão Europeia, de 21NOV2011), tendo de permeio a Comunicação da Comissão Europeia, de 13SET2012, dedicada ao “Crescimento Azul”, definidor e caracterizador da “Economia Azul” e a nova Estratégia Europeia de Segurança Marítima (adotada pelo CE, de 24JUL2014), constituirão as balizas da discussão, numa perspetiva de balanço entre realizações conseguidas (em termos de desenvolvimento do cluster marítimo europeu) e objetivos proclamados (em termos de natureza e alcance), pelo menos é esta a proposta de trabalho que se deixa ao critério e cuidado dos participantes. Com essa participação, espera o moderador ver mitigado o ceticismo que o acompanha nestas (marítimas) e noutras matérias (políticas comuns), no que ao funcionamento da UE diz respeito e às soluções encontradas para as crises que sucessivamente a vêm abalando, em especial desde 2008 (Euro, dívida soberana, crescimento e emprego, fronteiras Leste europeu, refugiados, etc, etc,).