Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama

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Radioterapia intraoperatória
para o câncer de mama
Radioterapia
Unidade Brasília
Enfª Roberta Fiuza
Nas últimas décadas têm ocorrido em todo o mundo
aumento significativo da incidência do câncer de
mama. Ao que tudo indica é o resultado da interação
de fatores genéticos, estilo de vida, hábitos
reprodutivos e meio ambiente.
2104
Acredita-se que 90% a 95% decorram de mutações
somáticas que se verificam durante a vida. E 5% a
10% sejam hereditárias devido a herança de uma
mutação germinativa ao nascimento.
141
Segundo JOHNSON THOMPSON, 2000.
Histórico
Utilização de RT no tratamento do Ca de mama é
descrita desde início do século XX com altas doses em
única/poucas frações, tendo como consequência alta
morbidade e baixo controle.
Regaud & Ferroux (1927) e Coutard (1932): muitas
frações em tempo maior levam a melhor controle e
menor toxicidade.
Tratamento Conservador
Cirurgia oncológica com
preservação da mama
Radioterapia da mama
remanescente
± drenagens
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
Radioterapia Padrão
5 semanas
Toda mama ± drenagens
1 semana
Boost
Total 6 semanas
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
RT Acelerada Total da Mama
Estudo
Esquema
(dose/dias)
Canadense
50/25
42,5/16
Europeu
50/25
39/13
Francês
45/25
23/4
Reino Unido 1 (START B)
40/15
50/25
Reino Unido 2 (FAST)
30/5
28,5/5
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
Motivos
RADIOTERAPIA ACELERADA E
PARCIAL DA MAMA
idade
Seguro Saúde
Transporte
Serviços próximos
Perda de renda
Custo
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
RT Acelerada Parcial da Mama
Tratamentos
em 5
5 dias
dias
Tratamentos em
Teleterapia
Braquiterapia (LDR ou HDR)
Tratamentos
em dose
dose única
única
Tratamentos em
Elétrons
Implantes permanentes
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
Tratamentos em dose única
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
Radiobiologia
Tem sido utilizada para predizer vantagens
terapêuticas de:
Baixa dose
Tumor normal
Fracionamento acelerado com modesta
diminuição da dose total
Hipofracionamento.
Tem sido utilizado para predizer em
5
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
APBI – Estudos de fase III
Braço Padrão
Braço
Experimental
HDR intersticial
MammoSite
RT 3D parcial
Estudo
N
RTOG 0413/
NSABP B-39
2800
GEC-ESTRO
457
Canadá
400
Hungria
258
HDR intersticial
TARGIT
2000
IntraBeam
TARGIT
Milão (Itália)
1230
RTIOP
HDR intersticial
RT convencional
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
RT 3D parcial
Milão – Fase III
1306 pacientes
2004 – 2007
T < 2,5cm
Idade > 48 anos
Cirurgia conservadora
R
RT Convencional (60 Gy)
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
RTIOP (21 Gy)
RTIOP Mama em Milão – off trial
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
RTIOP Mama em Milão – off trial
Primeiro evento
%
RL verdadeira
2,3
Câncer de mama ipsilateral
1,3
Metástases regionais
1
Carcinoma contralateral
1
Outro câncer
1,8
Metástases distantes
1,4
Morte
0,6
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
TARGIT-A Trial
Número de Complicações
TARGIT
RT externa
p
Hematoma (cirurgia)
11 (1,0%)
7 (0,6%)
0,338
Seroma > 3 punções
23 (2,1%)
9 (0,8%)
0,012
Infecção (antibiótico EV)
20 (1,8%)
14 (1,3%)
0,292
Necrose de pele ou deiscência 31 (2,8%)
21 (1,9%)
0,155
RTOG radiodermite G3 ou 4
6 (0,5%)
23 (2,1%)
0,002
Toxicidade > G3
37 (3,3%)
44 (3,9%)
0,443
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
TARGIT-A Trial
Seguimento de 4 anos
TARGIT
Recorrências axilares
Recorrências locais + distantes
Recorrência local
Logrank p=0,41
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
4
1
6
1,20%
RT
3
1
5
0,95%
Aberto em maio/2004
Estudo Prospectivo
Uni-institucional de
Fase II
Programa de Filantropia HSL e
Secretaria Estadual da Saúde SP
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
RTIOP no HSL – inclusão
Idade (anos)
>40
Histologia
CDI/CDIS
Tamanho (cm)
<3
Margens
Negativas
LNS
Negativo
Pele
Negativa
RNM (*)
Tumor Unifocal
Serviço de Radioterapia e Núcleo de Mastologia - HSL
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
RTIOP no HSL – exclusão
Não preencher critérios de inclusão
Contra-indicações à cirurgia conservadora ou à RT
Metástases
RT prévia na Mama
RTIOP como Boost
Preservação de CAP
Vontade das pacientes
Serviço de Radioterapia e Núcleo de Mastologia - HSL
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
APBI – Guidelines ASTRO
Possibilidade de APBI
Critério
Aceitáveis
(todos)
Cuidadosos
(qualquer fator)
Protocolo Apenas
(qualquer fator)
Tamanho
Até 2cm
2-3cm
> 3cm
Idade
≥ 60 anos
50-59 anos
< 50 anos
BRCA
Negativo
-
Positivo
Tipo histológico
CDI
CLI
CDIS
Margem
Negativa
< 2mm
Positiva
Grau
Qualquer
-
-
Invasão linfovascular
Negativa
Focal
Extensa
Receptor estrógeno
Positivo
Negativo
-
Até 3 mm
> 3 cm
CDIS/extensão intraductal Não permitida
Apresentação
Unicêntrico
-
-
Linfonodos
Negativos
Negativos
Positivos
QT neoadjuvante
Não permitida
Não permitida
Sim
Smith BD et al. Int J Radiat Oncol Biol Phys 74(4):987-1001, 2009
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
APBI – Guidelines GEC-ESTRO
Possibilidade de APBI
Critério
Baixo Risco
(aceitável)
Intermediário
(possíveis)
Alto Risco
(contra-indicada)
Tamanho
T1, T2
T1, T2
T3, T4
Idade
≥ 50 anos
40-50 anos
< 40 anos
Tipo histológico
CDI
CLI
-
Margem
Negativa
< 2mm
Positiva
Invasão linfovascular
Negativa
Negativa
Positiva
Receptor estrógeno
Qualquer
Qualquer
-
CDIS/extensão intraductal
Não permitida
Não permitida
Presente
Apresentação
Unicêntrico
Unicêntrico
Multicêntrico
Linfonodos
Negativos
Negativos
Positivos
QT neoadjuvante
Não permitida
Não permitida
Sim
Polgár C et al. Radiother & Oncol 2010 in press
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
Agosto de 2009
Novo projeto de pesquisa
sobre o mesmo tema
Recoleta dos dados
Mudança nos critérios de
inclusão
Objetivos:
1. toxicidade, eficácia
oncológica
2. destacar a técnica de RT
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
Mudança nos critérios de inclusão
Inicial
Atual
≥ 40 anos
≥ 50 anos
CDI/”CDIS”
CDI
Tu < 3 cm
RNM/MMG/USG
Margens negativas
Imuno-histoquímica
LN negativos
Análise de BRCA 1/2
Pele livre
Tu < 2 cm
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
Etapas
Cirurgia
Análise de margens e linfonodo sentinela
RTIOP caso ambos negativos
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
Etapas
Silicone
Alumínio
Chumbo
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
Etapas
Mobilização do parênquima
Fixação do disco
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
Etapas
Medida da espessura de tratamento
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
Etapas
Paciente é transferida para sala do acelerador linear
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
Etapas
Posicionamento e acoplamento do cone
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
Etapas
Portal film prévio ao tratamento
Cavidade
Anteparo
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
Etapas
Situações inadequadas
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
Etapas
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
Resultados
N=161
INCLUÍDAS
Período de 6 anos (2004 a 2010)
N=34
EXCLUÍDAS
Idade mediana 57 (40-85)
N=127
TRATADAS
Análise
Condição
N
FU (m)
Range
Oncológica
FU ≥ 24 meses
Qualquer evento mamário
83
43
24 – 75
Estética
FU ≥ 12 meses
107
35
12 – 75
Toxicidade
nenhuma
127
31
1 – 75
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
Resultados
Critérios de Exclusão (n=34)
3.03%
3.03%
54.54%
15.15%
3.03%
9.09%
3.03%
18.18%
RTIOP do CAP
Tumor metastático na mama
Invasão de peitoral maior
LNS positivo
LNS irreconhecível
Multifocal/multicêntrico
Tumor prinário não reconhecido
T > 3cm
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
Resultados
Deiscência
Toxicidades
Tipo
Precoce
Deiscência
Dor mamária
Eritema
Seroma
Hematoma
Eritema
Fibrose leve
Tardia
Retração mamilar
Esteatonecrose
Fibrose
Linfedema de braço
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
Esteatonecrose
Resultados
Estética após 1 ano
1.80%
Excelente
4.50%
0.90%
Bom
Regular
91.70%
Ruim
Harvard/NSABP/RTOG score
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
Resultados
Em 4 anos
Sobrevida global
97,6% (3 eventos)
Sobrevida causa-específica
98,4% (2 eventos)
Sobrevida livre de doença
96% (5 eventos)
Recidiva local
2,4% (n=2)
Caso 1
Caso 2
RL+MD 20 meses
RL multifocal 35 meses
Recidiva regional
1,2% (n=1 axila)
Metástases distantes
2,4% (n=2 pulmão e osso)
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
Conclusões (...e atrativos)
RTIOP possibilita oferecer RT para pacientes com
câncer de mama inicial com a mesma eficácia, porém
em menor tempo e com baixo custo (aproveitamento
do próprio equipamento do serviço de radioterapia)
Já há respaldo nível I na literatura, e muito mais
ainda virá
Radioterapia intra-operatória para o câncer de mama
OBRIGADA!
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