Inovações oferecem mais qualidade de vida Estimativas mostram que o câncer de mama é o segundo mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres. No Brasil, cerca de 60 mil novos casos de câncer de mama são diagnosticados por ano. Cada vez mais os oncologistas e mastologistas buscam novidades no tratamento e medicamentos a cura e para que a qualidade de vida da paciente seja elevada. Médicos do IOP participaram do XVIII Congresso Brasileiro de Mastologia que aconteceu em junho, em Curitiba, e mostrou assuntos relevantes na questão da cirurgia, genética, radioterapia, radiologia e oncologia clínica. O presidente do Congresso e mastologista do IOP, Dr. Vinícius Milani Budel, conta que entre as principais novidades apresentadas no evento destacam-se os tratamentos conservadores. “Cada vez mais estamos fazendo o diagnóstico precoce, proporcionando um tratamento mais conservador e índices de cura mais elevados. Quanto menor a lesão observada, menor a cirurgia, pois a lesão menor é mais fácil de operar e oferece menos traumas pós-cirúrgicos”, cita. Atualmente vários casos são diagnosticados no início, graças às campanhas de conscientização que são realizadas, entre ele o Outubro Rosa. O mastologista conta que as mulheres estão mais conscientes, sendo que são realizadas cerca de 400 mil mamografias no Paraná, somente na rede pública, colocando o Estado acima da média nacional de cobertura. Para Dr. Vinícius, “temos melhores condições para a realização de exames, facilitando o diagnóstico precoce”. Uma das principais consequências depois das cirurgias de mama era o esvaziamento dos gânglios da axila (esvaziamento axilar), agora, com as novas técnicas apresentadas no Congresso, é possível diminuir em até 40% esse procedimento, independente do estágio da doença. “A maior sequela do tratamento do câncer de mama é o edema de braço, já que a reconstrução da mama é possível com diversas técnicas, mas o edema de braço não. Agora, é cada vez maior o número de pacientes que serão beneficiadas com a utilização desta nova técnica”, aponta. Durante o Congresso Brasileiro de Mastologia também foi exposto que os trabalhos observados por estatísticas comparativas em grandes centros, como os americanos, mostram uma mudança de conceito nas formas de tratamento e prevenção, possibilitando melhores condições para os pacientes. “A radioterapia intraoperatória pode ser realizada em situações de pacientes de baixo risco que irão se beneficiar com um tratamento mais curto. Já com os marcadores multigenéticos conseguimos reduzir de forma significante o número de quimioterapia que fazemos, pois determinamos o risco de ter uma recidiva. Visamos cada vez a qualidade de vida do paciente”, finaliza.