Se I Br F 1 2 TOXICIDADE DOS AMETAIS NO SOLO E NAS PLANTAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA Ladilson de Souza Macêdo1 e Waldirene Bezerra Barcos Morril2 Embrapa/Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba S.A. - Emepa. E-mail: [email protected] Curso Engenharia Agrícola, Universidade Federal Rural de Pernambuco. E-mail: [email protected] INTRODUÇÃO COMPORTAMENTO DO IODO NO SOLO E NA PLANTA O solo é a base dos sistemas agrícolas sustentáveis, sendo sua preservação de vital importância para a manutenção da produtividade, qualidade ambiental e s e g u r a n ç a a l i m e n t a r. E s s a conceituação infere que análises de solo confiáveis devem ser realizadas quando forem diagnosticados problemas afetos a suposta presença de ametais nos solos agrícolas que podem causar toxidez nas plantas cultivadas, no homem e nos animais, observandose os níveis críticos, que variam conforme a espécie vegetal. Esses elementos químicos quando encontrados em concentrações elevadas são potencialmente tóxicos às plantas econômicas cultivadas, mas técnicas agronômicas como a calagem e as adubações fosfatadas e orgânicas podem diminuir os efeitos tóxicos de iodo e flúor, por exemplo, em solos poluídos. A aplicação de calcário não é eficiente à redução da toxidez de selênio, mas aplicações de adubos fosfatados e nitrogenados podem reduzir seus efeitos. Concentrações excessivas de ametais resultam em fitotoxicidade, causando disfunções, devido a habilidade dos íons ligarem-se fortemente a átomos de oxigênio, nitrogênio e enxofre que são abundantes em sistemas biológicos. O presente artigo apresenta uma revisão de literatura a respeito da toxicidade dos ametais, visando contribuir para a diminuição dos efeitos deletérios desses elementos químicos na agricultura. Solo: Origem e Comportamento O teor de iodo (I) na crosta terrestre equivale a 1 mg/kg, sendo encontrado na forma do ânion iodeto (I-) na salmoura e águas que acompanham o petróleo e na forma de iodato (IO3 ) nos depósitos de salitre do Chile (Joly, 1966). O conteúdo de iodo em muitas rochas varia de 0,01 a 6 mg/kg e no solo de 0,1 a 40 mg/kg, com uma média de 2,8 mg/kg. Entretanto, em solos de países ilha (Irlanda, Japão, Nova Zelândia) o teor pode chegar a 80 mg/kg. Todos os compostos de iodo são facilmente solúveis, portanto, o intemperismo das rochas resulta na liberação da maior parte do iodo do solo. Embora o iodo seja transportado pela água para os oceanos, sua grande sorção por carbono, matéria orgânica e argilas influencia em muito seu ciclo (Kabata-Pendias & Pendias, 1984). Relataram estes autores que a alta interação iodo-matéria orgânica provoca acúmulo do mesmo em horizontes superficiais do solo. Em solos gleisados é esperada uma alta concentração de iodo em horizontes mais profundos. As plantas são capazes de absorver iodo diretamente da atmosfera tanto via cutícula quanto por partículas componentes dos pêlos celulares. Altos níveis de cloro podem reduzir os efeitos tóxicos de iodo, sugerindo haver um efeito competitivo entre esses elementos (Lewis & Powers, citados por Bergmann, 1982). O sintoma de toxidez de iodo é uma clorose na margem das folhas velhas, enquanto as folhas mais jovens adquirem coloração verde-escuro (Kabata-Pendias & Pendias, 1984). Em tomateiro, as folhas mais velhas amarelecem e caem, enquanto as mais novas permanecem verdes; o crescimento diminui e as folhas se encurvam para a base, mostrando necrose nas pontas e margens (Malavolta, 1980; Bergmann, 1982). Estes autores relataram que o iodo é requerido na alimentação humana e animal por tratar-se de um elemento essencial para o hormônio tiroxina. Kabata-Pendias & Pendias (1984) preconizam que a calagem é uma forma de reduzir, pela elevação do pH, a disponibilidade de iodo. COMPORTAMENTO DO BROMO NO SOLO E NA PLANTA Solo: Origem e Comportamento Planta: Absorção e Transporte O mecanismo de absorção de iodo pelas plantas não é conhecido. No entanto, sabe-se que as folhas possuem mais iodo do que as raízes, indicando que o mesmo é translocado na planta (Kabata-Pendias & Pendias, 1984). A concentração de bromo (Br) na crosta terrestre varia de 0,2 a 1,0 mg/kg tornando-se maior em sedimentos argilosos. No solo, o conteúdo do elemento varia de 5 a 40 mg/kg, sendo que as maiores quantidades de bromo são registradas em solos japoneses Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.2., n.2, p.39-42, jun. 2008 39 derivados de cinzas vulcânicas (Kabata-Pendias & Pendias, 1984). Muitos dos compostos de bromo são semelhantes aos seus correspondentes compostos de cloro (Cl) e estreitas correlações entre Cl e Br, em vários tipos de rocha, têm sido registradas (Joly, 1966). Já que os dois elementos ocorrem juntos na natureza, a taxa Br/Cl é um fator importante para definir várias unidades geológicas. Poucos compostos bromados ocorrem naturalmente como minerais (por exemplo, brometo de prata, AgBr). É um elemento altamente volátil, sendo seus sais, à semelhança dos sais de cloro, rapidamente solúveis, conhecido como o elemento mais lixiviado no perfil do solo. Os carvões mineral e orgânico são conhecidos acumuladores de bromo e uma forte correlação de bromo com carbono orgânico tem sido registrado. A principal fonte antropogênica de bromo é a liberação pelo escapamento de veículo, seguida por fumigantes de solo (brometo de metila, CH3Br) e componentes de fertilizantes potássios (Kabata-Pendias & Pendias, 1984). Planta: Absorção e Transporte O bromo é absorvido pelas plantas na forma do íon brometo (Br ), sendo que a vegetação marinha possui mais Bromo que a terrestre. Embora ocorra em todos os tecidos das plantas, não é ainda conhecida a sua essencialidade (Malavolta, 1980; Kabata-Pendias & Pendias, 1984). O teor de bromo é, normalmente, maior em folhas do que em raízes, sendo facilmente solúvel nos tecidos. De modo geral, as plantas absorvem rapidamente o bromo quando cultivadas em solos enriquecidos com este elemento. No entanto, o método de transporte do bromo do solo para as plantas não foi ainda descrito (KabataPendias & Pendias, 1984). O bromo pode substituir parte da exigência de Cl, portanto, seu excesso é tóxico para as plantas. Há diferenças de sensibilidade a bromo entre as espécies, existindo algumas sensíveis como o cravo, crisântemo, batatinha, espinafre, 40 beterraba e outras tolerantes (podem apresentar 2.000 mg/kg e não manifestarem sintomas) como cenoura, fumo e tomateiro (Malavolta, 1980; Bergmann, 1982). Os sintomas de toxidez de bromo assemelham-se aos do excesso de sais, ocorrendo uma clorose foliar seguida de necrose dos pontos e margens das folhas em expansão, podendo também ocorrer um prejuízo na germinação das sementes. COMPORTAMENTO DO SELÊNIO NO SOLO E NA PLANTA Solo: Origem e Comportamento O teor médio de selênio (Se) na litosfera é de 0,09 mg/kg, porém certas formações geológicas são excepcionalmente ricas neste elemento (Mello et al., 1984). O selênio é um dos elementos mais dispersos no globo terrestre, encontrando-se em quantidades pequenas (em geral, menos de 100 mg/kg) em quase todos os materiais que compõem a crosta terrestre (Malavolta, 1980). O comportamento do selênio no solo:1) em solos ácidos, gleisados e com alto conteúdo de matéria orgânica, 2dominam os selenetos (Se e selenetossulfetos). Essas formas são muito móveis e, portanto, dificilmente disponíveis para as plantas; 2) em solos minerais bem drenados, com pH próximo ao neutro, existem, exclusivamente, selenitos (SeO2-3); selenitos alcalinos são solúveis, enquanto selenitos de ferro são insolúveis, além disso, os selenitos são rápidos e completamente fixados por óxidos e hidróxidos de Fe, tornando-se, assim, pouco disponíveis para as plantas; 3) em solos alcalinos e bem oxidados, os selenatos (SeO2-4) ocorrem amplamente. São facilmente solúveis e, portanto, não fixados por óxidos de ferro, podendo então ser altamente móveis e facilmente absorvidos pelas plantas. Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.2, n.2, p.39-42, jun. 2008 Planta: Absorção e Transporte Em geral, a absorção de selênio depende das condições climáticas, regime hídrico do solo, potencial de óxido-redução, pH e conteúdo de sesquióxidos do solo (Kabata-Pendias & Pendias, 1984). A forma assimilável de selênio é constituída pelos selenatos (SeO2-4) e possivelmente por alguns compostos orgânicos. Tem-se observado que o acúmulo de selênio assimilável em níveis tóxicos se restringe a solos de regiões áridas e semi-áridas, principalmente, quando não irrigados (Mello et al., 1984). A distribuição interna de selênio nas plantas depende de muitos fatores nutricionais, mas sua concentração em pontos de crescimento, em sementes, e também em raiz foi observada. Em plantas, o selênio pode substituir potencialmente o enxofre em suas propriedades bioquímicas, sendo capaz de substituir o enxofre em aminoácidos assim como em muitos processos biológicos. selênio e enxofre competem pelos mesmos sítios de absorção (Malavolta, 1980). Para certas plantas conhecidas como acumuladoras, o selênio parece ser útil para o bom desenvolvimento; é tóxico, contudo, para as não acumuladoras. Certas forragens são acumuladoras de selênio e nelas a concentração pode alcançar níveis tóxicos aos animais (Mello et al., 1984). Em plantas não acumuladoras, o selênio é principalmente encontrado em proteínas, mas as plantas acumuladoras possuem habilidade de sintetizá-lo em aminoácidos não protéicos, o que previne a toxicidade (Bergmann, 1982). Os sintomas de toxidez de selênio são redução do crescimento, clorose das folhas e uma coloração rósea das raízes (Bergmann, 1982; Neal, 1990). Para se evitar o problema da toxidez de selênio sugerem-se cuidadosa investigação e mapeamento das áreas seleníferas; desenvolvimento mais completo da lista das plantas acumuladoras; melhor conhecimento dos sintomas de toxidez apresentados pelos animais e interdição das as áreas mais críticas à criação animal (Mello et al., 1984). Como o SO2-4 compete com o SeO2-4 na absorção, o emprego do primeiro em adubações pode contribuir para reduzir ou eliminar a toxidez (Malavolta, 1980; Bergmann, 1982). Kabata-Pendias & Pendias (1984) sugerem aplicações de adubos fosfatados e nitrogenados como amenizadores do problema e que a aplicação de calcário não é eficiente para reduzir a toxidez de selênio. COMPORTAMENTO DO FLÚOR NO SOLO E NA PLANTA Solo: Origem e Comportamento Embora constituindo somente 0,065% da crosta terrestre, o flúor (F) pode ser considerado um elemento ubíquo, distribuindo-se desde vulcões e suas emanações, passando por diferentes rochas, oceanos, lagos e rios e outras formas de água natural , além disso, o flúor está presente nos ossos, dentes e sangue dos mamíferos e em todas as partes das plantas (Arndt et al., 1995; Amaral, 1997). Segundo Adriano (1986), os valores médios de flúor total (mg/kg) encontrados nas rochas são: basalto, 360; andesito, 210; riolito, 480; fonolito, 930; gabro e diabásio, 420; granito e granodiorito, 810; rochas básicas, 1.000; calcário, 220; dolomita, 260; arenito, 180; sedimentos oceânicos, 730; minerais silicatados, 650 e em solos variando de 200 a 300, os principais minerais contendo flúor são: fluorita (CaF 2 ), fluorapatita [Ca5(PO4)3F] e criolita (Na3AlF6), conforme Amaral (1997). Embora pouco se fale sobre o flúor, no caso da poluição antropogênica, ele está associado a compostos altamente reativos. Estes compostos, na forma de partículas ou gases de exaustão, geralmente liberados pelo aquecimento de rochas e solos, resultam, entre outros, dos seguintes processos industriais: grandes incineradores (principalmente a carvão); fundição de alumínio (Al) e outros metais não- ferrosos; produção de superfosfato e outros minerais; fabricação de vidro, cerâmica, esmalte, teflon, gás refrigerante, aerossol, inseticida esterilizante; processamento de urânio; floretação da água (Arndt et al., 1995; Amaral, 1997). O flúor destaca-se como um dos componentes da chuva ácida, sendo facilmente o mais fitotóxico dos poluentes atmosféricos mais comuns (Bustamante, 1988; Arndt et al., 1995). Em conseqüência da sua alta reatividade, especialmente na forma de ácido fluorídrico (HF), o flúor se comporta, seja no transporte ou na dispersão, de maneira diferente de outros contaminantes atmosféricos. Assim, não foi observado até agora um transporte à distância de qualidades significativas desses poluentes; no entanto, em áreas mais próximas de emitentes, são freqüentemente encontradas nas camadas de ar próximas ao solo, concentração de risco para as plantas (Arndt et al., 1995). Por isto a toxidade de flúor ocorre somente em locais poluídos industrialmente (Malavolta, 1980; Mengel & Kirkby, 1982). A concentração de flúor natural cresce em profundidade no solo e somente 5 a 10% do flúor total encontra-se na solução do solo. Sob condições naturais, essa concentração raramente ultrapassa 1 mg/L, no entanto, em solos de regiões altamente poluídas, pode atingir 10 mg/L (Amaral, 1997). A quantidade total de flúor no solo não se correlaciona com sua disponibilidade. Diversos fatores controlam sua disponibilidade para as plantas, entre esses: pH, tipo de solo e quantidade de argila, concentração de Ca e P no solo. Quando o pH do solo é alto ou quando o solo apresenta grande quantidade de Ca ou P, o flúor é fixado como CaF2 ou Al2(SiF6)2. Mesmo quando o nível de flúor solúvel é alto, como em condições de solo ácido, ele não é facilmente absorvido pelas raízes das plantas (Mengel & Kirkby, 1982). Wenzel & Blum, citados por Amaral (1997), avaliando solos contaminados com flúor liberado em regiões m e t a l ú rg i c a s , c o n c l u í r a m q u e solubilidade do flúor total foi mínima em pH 6,0-6,5. A maior solubilidade em condições de acidez foi explicada pela formação de complexos catiônicos envolvendo alumínio, enquanto o aumento da solubilidade do flúor em pH maior que 6,5 deveu-se à dessorção do flúor induzida pela repulsão das superfícies carregadas negativamente. Desse modo, concluíram que o risco de contaminação para a cadeia alimentar e o lençol freático é baixa em solos pouco ácidos, mas aumenta em condições fortemente ácidas tanto quanto em condições alcalinas. O flúor é relativamente imóvel no solo e, em sua maior parte, está combinado com espécies químicas que não são prontamente solúveis ou trocáveis. Os solos intemperizados possuem tendência de fixar flúor, sendo essa uma propriedade desejável se os solos em questão fossem usados para o tratamento de rejeitos com elevada concentração de flúor solúvel. O acúmulo de flúor nas camadas superficiais do solo tem merecido destaque, principalmente, nas regiões de clima temperado, ressaltando-se os estudos sobre as mudanças das propriedades químicas dos materiais orgânicos do solo, a atividade de macro e microrganismos e a ciclagem de nutrientes. Por outro lado, nos solos tropicais, a dinâmica do flúor e seus possíveis efeitos benéficos como melhorador das condições edafoclimáticas não vêm recebendo a atenção que a potencialidade do tema desperta (Amaral, 1997). Planta: Absorção e Transporte O flúor (F) não é essencial para as plantas, mas especula-se, que o seja para os animais (Adriano, 1986). As plantas absorvem o elemento na forma do íon fluoreto (F-), passivamente, entretanto, pouco flúor é absorvido pelas raízes que, em igualdade de condições, absorvem 100 vezes mais íon cloreto (Cl ) que fluoreto (F ). A baixa absorção e a baixa disponibilidade ajudam a explicar a pequena freqüência com que aparece a Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.2., n.2, p.39-42, jun. 2008 41 fito toxidez de flúor nas plantas e os baixos teores nelas encontrados: 2-20 mg/kg (Malavolta, 1980; Mengel & Kirkby, 1982; Amaral, 1997). Um arbusto sul africano, Dichapetalum cynoson, pode acumular até 200 mg/kg, como ácido flúor acético, sendo tóxico para os animais, pois este ácido é convertido em flúor citrato que inibe competitivamente a aconitase, enzima responsável pela conversão do citrato em isocitrato no ciclo dos ácidos tricarboxílicos (Malavolta, 1980; Mengel & Kirkby, 1982). No caso de algumas espécies da família Theaceae, que são reconhecidamente uma das principais plantas acumuladoras de F e Al, têm sido encontradas concentrações superiores a 4.000 mg/kg, sem problemas de fitotoxidade (Amaral, 1997). O flúor em forma gasosa penetra no tecido foliar, sobretudo, através dos estômatos, mas também, em menor proporção, através da cutícula e lenticelas de ramificações. No mesofilo, migra com a corrente de transpiração para as zonas foliares de evaporação (Arndt et al., 1995). Em estudos com flúor marcado (HF18) foi demonstrado que existe um transporte basipetalar do flúor para a raiz e outros órgãos, acompanhando a corrente de assimilados (Ledbetter et al., citados por Arndt et al., 1995). As plantas, geralmente, acumulam pequenas quantidades de flúor variando fundamentalmente com a espécie vegetal e seu estágio de crescimento. Plantas crescidas em solos ou em outros meios (por exemplo, solução nutritiva) com a mesma concentração de flúor podem apresentar diferenças nos teores desse elemento na folhas ou em outra parte aérea analisada, mostrando a existência de capacidades distintas de absorção de flúor pelas raízes e/ou transporte e distribuição dentro da planta (Amaral, 1997). Quando em níveis elevados, o flúor provoca aumento na atividade da desidrogenase de glicose 6-P, catalase, peroxidase, oxidase do citrocromo; inibe a atividade de fosfatases, enolases, fosfoglicomutase e hexoquinases (Malavolta, 1980; Mengel & Kirkby, 1982; Amaral, 1997) e, provavelmente, deve ocorrer diminuição nas atividades 2+ de enzimas que são ativadas pelo Mg através da formação de compostos insolúveis de F, Mg e P (Malavolta , 1980). Em monocotiledôneas, o primeiro sintoma é geralmente clorose na ponta das folhas e nas margens de folhas em desenvolvimento. A clorose se estende às áreas intercostais que finalmente se tornam necrosadas. Em dicotiledôneas o primeiro sintoma é, geralmente, uma clorose que ocorre na extremidade da folha, depois se estende ao longo das margens e para a lâmina foliar entre as nervuras. À medida que a exposição aumenta em duração e intensidade, as áreas com clorose na extremidade das folhas se transformam em necrose e caem, gerando um aspecto entalhado (Arndt et al., 1995). Calagem e adubação com Ca ou P reduzem a disponibilidade de F no solo. REFERÊNCIAS ADRIANO, D. C. Trade elements in the terrestrial environment. New York: Springer-Verlag, 1986.533 p. AMARAL, F.C.S. Efeito do flúor sobre o alumínio e o fósforo em um podzólico vermelho-amarelo e sua acumulação em algumas espécies vegetais. 1997. 118 p. Tese (Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas) Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, São Paulo, 1997. A R N D T, U . ; F L O R E S , F. ; WEINSTEIN, L. Efeitos do flúor sobre as plantas: diagnose de danos da vegetação do Brasil. Porto Alegre: UFRGS, 1995. 155 p. B E R G M A N N , W. N u t r i t i o n a l disorders of plants: developments, visual and analytical dignosis. New York: Gustav Fischer Verlang Jena, 1982. 741 p. BUSTAMANTE, M. M. C. 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Agropec., João Pessoa, v.2, n.2, p.39-42, jun. 2008