1987- Estudos em Biohidrometalurgia Prof. Dr. Oswaldo Garcia Júnior Oswaldo Garcia Júnior -Gerente do Laboratório de Biometalurgia da Empresas Nucleares Brasileiras-NUCLEBRAS Poços de Caldas-MG (Abril/1979 a Maio/1986) -1979- IPT(SP) – Silvia Vaisbich – Lixiviação bacteriana de cobre, Walter Borzani -1982 – Primeira planta piloto de biolixiviação de minério de urânio – Figueira/PR - Patente- Garcia, Jr. O. 1984. Processo combinado bacteriano/químico de lixiviação estática de minério contendo sulfetos e valores recuperáveis de elementos metálicos. Patente de Invenção, INPI do Ministério da Industria e Comércio, nº 8402983. -1986 – Instituto de Química de Araraquara 40 participantes 16 pesquisadores internacionais Scientific commitee Ana Teresa Lombardi Antonio Ballester Assis Vicente Benedetti Blanca Escobar Miguel Denise Bevilaqua Domingo Cantero Moreno Edgardo Donati Fernando Acevedo Jesús Muñoz José Manuel Gómez Monte de Oca Juan Carlos Gentina Laura Maria Mariscal Ottoboni Monica Cristina Teixeira Orquídea Coto Pérez Wolfgang Sand Luis Gonzaga Santos Sobral Sylvie Le Borgne Le Gall Tomas Vargas Olli Tuovinen Histórico da Biohidrometalurgia Quanto aos microorganismos: • ~ 1900: Winogradsk, Nathanson e Beijerinck definem o modo quimilitotrófico de vida – “fonte de energia de substratos inorgânicos”: Thiobacillus thioparus. 5 Na2S203 + H20 + 4 02 → 5 Na2SO4 + H2SO4 + 4 S ~ 1920: Waksman e Joffe isolaram e purificaram: Thiobacillus thioox idans : S0 → H2SO4 + e• ~ 1950: Temple, Colmer e Hinckle isolaram Thiobacillus ferroox idans de minas de carvão: Fe2+ → Fe3+ + e• 2001: Kelly propõe um novo gênero: A. ferroox idans, A. thioox idans, A. caldus, A. albertensis Histórico da Biohidrometalurgia Quanto ao processo: • Fenícios e gregos (A.C. – lixiviação natural de cobre) • Espanha: romanos (Plinio, 20 DC, N aturalis Historia ) • Chipre: 166 DC, “chalcantos” (sulfato de cobre) • Registros: Hungria, Alemanha (1.500) • Espanha (Rio Tinto): 1752, registro oficial (cobre) • Rússia, EUA e Bulgária: (~ 1800 - cobre) • Canadá, Portugal, Espanha (~60-70 – urânio) • Chile (cobre), África do Sul, Austrália, EUA (ouro) – anos 80 • Brasil (ouro) – anos 90; Austrália (niquel) anos 2000 •Finlândia (níquel) 2008 Drenagem ácida de minas MINAS DE CARVÃO MINAS DE COBRE ÁGUA ÁCIDA DE MINA (H2SO4 e metais) ~1950 Acidithiobacillus ferrooxidans MINAS DE URÂNIO Drenagem ácida de minas Acidofílica (pH 1-4) Quimiolitotrófica (fixa CO2 via Ciclo de Calvin) Fontes de energia: Fe2+ e compostos reduzidos de enxofre (incluindo os sulfetos metálicos) Ambiente natural – drenagem ácida de minas 4FeSO4 + O2 + 2H2SO4 2S0 + 3O2 + 2H2O MeS + 2O2 2Fe2(SO4)3 + 2H2O 2H2SO4 MeSO4 Outras espécies: Espécie Fe2+ S0 Temp. pH Acidithiobacillus thiooxidans Não Sim 28° 2.0 Leptospirillum ferrooxidans Sim Não 28° 2.0 Acidithiobacillus caldus Não Sim 45° 2.0-2.5 Sulfobacillus acidophilus Sim Sim 45-50° 2.0 Acidimicrobium ferrooxidans Sim Não 45-50° 2.0 Sulfobacillus thermosulfidooxidans Sim Sim 50° 2.0 Sulfolobus metallicus Sim Sim 65° 2.0 Metallosphera sedula Sim Sim 65° 2.0 Acidianus brierleyi Sim Sim 70° 1.5-2.0 Metallosphera prunae Não Sim 75° 2.0 Fe3+ (a) bactéria Fe2+ (b) Fe3+ Fe2+ (c) CRUNDWELL, F. K. How do bacteria interact with minerals. In: CIMINELLI, V. S. T.; GARCIA JR., O. (Eds.) Biohydrometallurgy: fundamental, tecnology and sustainable development, part A: bioleaching, microbiology and molecular biology. Amsterdam: Elsevier, 2001. p. 149-157. Mecanismo galvânico OXIDAÇÃO DA CALCOPIRITA H2SO4 H+ A. ferrooxidans O2 H 2O e- S0 Fe2+ CuFeS2 FeS2 Fe3+ CuSO4 Oxidação da calcopirita CO2 CuFeS2 eletrons Fe3+ CuSO4 2CuFeS2 + 8½O2 + H2SO4 CuFeS2 + Fe2(SO4)3 ATP NADPH+ A. ferrooxidans biomassa crescimento 2CuSO4 + Fe2(SO4)3 + H2O 2CuSO4 + FeSO4 + 2S0 Oxidação da arsenopirita (recuperação de ouro) A. ferrooxidans FeAsS CN- Au Au Fe3+ AuCN- CN- Carvão ativado Fe3+ Au AsSO43- FeAsS + 3½O2 + H2O FeAsO4 + H2SO4 Oxidação da uraninita (oxidação indireta) FeS2 A. ferroox idans eletrons Fe3+ H2SO4 Fe3 UO2 + FeS2 + 3½O2 + H2O 4FeSO4 + O2 + 2H2SO4 FeS2 + Fe2(SO4)3 Fe2+ UO2SO4 (solúvel) FeSO4 + H2SO4 2Fe2(SO4)3 + 2H2O 3FeSO4 +2S0 Mecanismo direto: a controvérsia Silverman y Ehrlich (1964) MS + 2O2 M2+ + SO4-2 - Adesão das bactérias biolixiviantes na superficie dos minerais (Condição necessária mas não suficiente) - Ação bacteriana sobre a superfície do mineral - Identificação do agente biológico de lixiviação - Comparação das cinéticas de lixiviação com ou sem bactérias Como se dá a transferência eletrônica? Quatrini et al. BMC Genomics 2009 10:394 doi:10.1186/1471-2164-10-394 Physiological studies - respirometric assays (3 mL) shake flasks (150 mL) reactors (5L) columns (1.5 m) Electrochemical studies - CV EIS ENA microcell Surface analysis - FEG EDS TEM AFM Molecular biology studies -identification of genes -proteins expressions -transformations of bacteria (“gene gun”) 22 BIOPROCESSOS APLICADOS À MINERAÇÃO E AO MEIO AMBIENTE Biolixiviação de minérios Projetos em andamento: *Biolixiviação da calcopirita (CuFeS2): mecanismos e interações da superfície bactéria/mineral *Análise das bases moleculares da tolerância ao sal em Thiobacillus prosperus e sua aplicação biotecnológica na biolixiviação de minérios sulfetados de cobre em ambientes com alta salinidade *Avaliação da biodiversidade de bactérias associadas a ambientes de mina *Efeito do potencial de óxido-redução na biolixiviação de minérios de cobre *Obtenção e avaliação de mutantes de Acidithiobacillus ferrooxidans quanto à capacidade de lixiviar minérios de cobre Remoção de metais de lodo de esgoto por biolixiviação Avaliação da biodegradação de biossólidos para cultivo de alface Descontaminação de gases industriais Tratamento de odores e compostos orgânicos voláteis utilizando biofiltros percoladores Adesão bacteriana • Características físico-químicas da superfície e do envelope celular • Força iônica do meio • Forças atrativas ou repulsivas entre as duas composição da amostra, influências ambientais, disponibilidade e natureza do substrato, etc... superfícies •bactérias possuem carga negativa •forças repulsivas diminuem com o aumento da força iônica • Água adsorvida sobre a superfície • Condições de crescimento • Proteínas (aporusticianina) • EPS (exopolimeric substances) • Grupo tiol presente na cisteína IRRIGAÇÃO PILHAS AERAÇÃO LIXIVIA