a inserção da gestão ambiental na agricultura

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CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE
FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
A INSERÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL NA AGRICULTURA:
ADUBO ORGÂNICO COMO ALIADO DA PRODUÇÃO
DIOGO RAIMUNDO DE GÓES
RODRIGO SGARIBOLDI
Capivari - SP
2010
CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE
FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
A INSERÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL NA AGRICULTURA:
ADUBO ORGÂNICO COMO ALIADO DA PRODUÇÃO
DIOGO RAIMUNDO DE GÓES
RODRIGO SGARIBOLDI
Projeto de Pesquisa de Monografia
de conclusão de curso apresentado
ao curso de Administração da
FACECAP/ CNEC Capivari.
Orientador: Prof. Ms. Geraldo José
Melaré e Prof. Ms. Marco Antonio
Armelin
CAPIVARI
2010
II
DEDICATÓRIA
Aos meus
familiares
e aos
amigos pelo apoio e compromisso.
Aos
demais
que
estiveram
envolvidos durante esse caminho, nosso
muito obrigado.
III
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente à Deus que nos deu um sopro de vida e de
reflexão sobre a temática.
Aos nossos familiares que foram pacientes a todo o momento, nos
encorajando a cada novo obstáculo e dando forças para encarar o novo, a
busca de conhecimentos, a pesquisa e consequentemente aprendizagens
significativas e qualitativas.
Às
nossas
possibilitando
um
namoradas
esforço
que
mútuo
compreenderam
para
a
a
realização
cada
ausência,
da
pesquisa,
proporcionando crescimento profissional e enriquecimento do conhecimento.
IV
“A
questão
Administração
de
habilidade,
é
e
uma
não
depende da técnica ou experiência.
Mas é preciso antes de tudo saber o
que se quer”.
Sócrates
“A
necessidade
de
se
identificarem produtos e, mais tarde,
processos
que
apresentassem
pouco ou nenhum impacto negativo
ao meio ambiente fez com que
aparecessem, desde 1978, rótulos
ecológicos ou selos verdes dos mais
variados
tipos
e
níveis
de
abrangência”.
Nahus (1995 apud Schenini, 1999).
V
GOES, Diogo Raimundo de, & SGARIBOLDI, Rodrigo – A Inserção da Gestão
Ambiental na agricultura: Adubo orgânico como aliado da produção. Projeto de
Pesquisa de Monografia de conclusão de curso, Curso de Administração,
Faculdade Cenecista de Capivari - CNEC, p.67, 2010.
RESUMO
Atualmente a preservação do meio ambiente é uma questão importante
e causadora de profundas reflexões a respeito da sustentabilidade. Produzir
produtos de qualidade, com o aumento significativo da produtividade e
preservando o meio ambiente sem a contaminação de agentes e fertilizantes
químicos podem ser cultivados com a fertilização de adubos orgânicos, os
chamados “adubos verdes”, que ocorrem naturalmente com a corporação no
solo.
Com o uso da adubação verde melhora a qualidade do solo, e com isso
melhora também a qualidade dos produtos cultivados neste solo. Com a
utilização destes adubos melhora a massa orgânica e as substâncias do solo,
com isso torna-o rico em nutriente e em nitrogênio, e consequentemente
aumenta a produtividade da plantação.
Outro fator significativo é a cobertura total do solo durante todo o ano,
pois a grande variedade de leguminosas faz a cobertura completa, evitando a
erosão do solo em períodos chuvosos.
A presente pesquisa sugere á empresa estudada, que tem uma visão
voltada para a produção aliada á sustentabilidade, a implantação de cultivos de
cana-de-açúcar fertilizadas com a adubação verde, visando a preservação do
meio ambiente, a fertilização de uma maneira natural e com baixos custos,
beneficiando assim, a própria empresa e também os produtores.
Palavras chaves:
1-SUSTENTABILIDADE
2-ADUBAÇÃO VERDE
3-QUALIDADE
4- PRODUÇÃO
VI
SUMÁRIO
Introdução
Capítulo
Capítulo
1
1 Apresentação do trabalho...................................................
3
1.1 Caracterização do problema...............................................
3
1.2 Apresentação e justificativa de trabalho.............................
3
1.3 Relevância do trabalho.......................................................
4
1.4 Objetivos do trabalho..........................................................
4
1.5 Estrutura do trabalho..........................................................
5
2 Revisão Teórico – Conceitual.............................................
8
2.1 A importância da gestão ambiental como aliada na
agricultura...........................................................................
8
2.2 Fundamentos da adubação verde......................................
10
2.3 Algumas plantas que podem ser utilizadas como adubos
verdes.................................................................................
15
2.4 Gestão ambiental e sustentabilidade..................................
21
2.5 Qualidade e produtividade..................................................
24
3 Metodologia da Pesquisa....................................................
27
3.1 Metodologia.........................................................................
27
3.2 Procedimento para a obtenção de dados...........................
28
3.3 Tratamento de dados..........................................................
29
Capítulo 4 Apresentação da empresa. / Discussão.............................
32
4.1 A empresa alvo...................................................................
32
4.1.2 Histórico da empresa..........................................................
33
4.1.3 Apresentação das unidades Cosan....................................
34
4.2 Ramo da atividade..............................................................
46
4.3 Mapa de localização, unidade São Francisco....................
47
4.4 Principais Produtos e serviços............................................
47
Capítulo
VII
4.4.1 Exportação..........................................................................
47
4.4.2 Açúcar.................................................................................
48
4.4.3 Álcool .................................................................................
48
4.4.4 A atuação no mercado........................................................
49
4.5 Visão, Missão e Valores......................................................
54
4.6 Estatística Descritiva do questionário.................................
54
5 Considerações Finais..........................................................
58
Referência Bibliográfica.............................................................................
60
Anexo 1 -
Questionário realizado para pesquisa de opinião...............
61
Anexo 2-
Resultado da entrevista de opinião ilustrada no gráfico.....
62
Anexo 3-
Gráfico analítico com os dados em porcentagem..............
64
Anexo 4-
Gráfico comparativo entre as plantações com e sem o uso dos
Capítulo
adubos verdes............................................................................................
65
Anexo 5-
Análise da tabela com a produtividade da cana-de-açúcar...
66
Anexo 6
Plantação de cana-de-açúcar intercalada com a de soja......
67
VIII
LISTA DE FIGURAS
Figura 1:
Foto da planta leguminosa Aveia preta...................................
16
Figura 2:
Foto da planta leguminosa Azevem .......................................
16
Figura 3:
Foto da planta leguminosa Calopônio.....................................
16
Figura 4:
Foto da planta leguminosa Crotária........................................
16
Figura 5:
Foto da planta leguminosa Ervilha Forrageira........................
17
Figura 6:
Foto da planta leguminosa Ervilhaca......................................
17
Figura 7:
Foto da planta leguminosa Feijão de porco............................
17
Figura 8:
Foto da planta leguminosa Girassol........................................
17
Figura 9:
Foto da planta leguminosa Guandu ou Andu..........................
18
Figura 10:
Foto da planta leguminosa Labe- labe....................................
18
Figura 11:
Foto da planta leguminosa Leucena.......................................
18
Figura 12:
Foto da planta leguminosa Mucuna Anã.................................
18
Figura 13:
Foto da planta leguminosa Mucuna preta...............................
19
Figura 14:
Foto da planta leguminosa Nabo Forrageiro...........................
19
Figura 15:
Foto da planta leguminosa Soja Perene.................................
19
Figura 16:
Foto da planta leguminosa Tremoço.......................................
19
Figura 17:
Foto com slogan da empresa Cosan, gestão ambiental.........
23
Figura 18:
Foto aérea da empresa Cosan, unidade São Francisco.........
32
Figura 19:
Foto aérea da Usina Costa Pinto............................................
34
Figura 20:
Foto aérea da Usina São Francisco........................................
35
Figura 21:
Foto aérea da Usina Santa Helena.........................................
36
Figura 22:
Foto aérea da Usina Rafard....................................................
36
Figura 23:
Foto aérea da Usina Diamantina............................................
37
Figura 24:
Foto aérea da Usina Serra......................................................
38
Figura 25:
Foto aérea da Usina Junqueira...............................................
38
Figura 26:
Foto aérea da Usina Ipaussu..................................................
39
Figura 27:
Foto aérea da Usina Univalem................................................
40
Figura 28:
Foto aérea da Usina Gasa......................................................
40
Figura 29:
Foto aérea da Usina da Barra.................................................
41
Figura 30:
Foto aérea da Usina Dois Córregos........................................
41
IX
Figura 31:
Foto aérea da Usina Destivale................................................
42
Figura 32:
Foto aérea da Usina Mundial..................................................
43
Figura 33:
Foto aérea da Usina Bonfim...................................................
43
Figura 34:
Foto aérea da Usina Tamoio...................................................
44
Figura 35:
Foto aérea da Usina Bom Retiro.............................................
44
Figura 36:
Foto aérea da instalação do guindaste no Porto de Santos...
45
Figura 37:
Foto da empresa Cosan – Unidade São Francisco................
46
Figura 38:
Mapa de localização da empresa Cosan - São Francisco......
47
Figura 39:
Foto ilustrativa de uma plantação de cana-de-açúcar
intercalada com a plantação de uma leguminosa..................
67
X
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
STAB: Sociedade doa Técnicos Açúcareiros e Álcooleiros do Brasil;
Dr.: Doutor;
N: Nitrogênio;
T, t ou ton.: Toneladas;
Kg: Quilograma;
H: Hectare;
M: Metro;
ISO: International Organization for Standardization, ou seja, Organização
Internacional de Normalização;
COSAN: Nome originado da junção das usinas Costa Pinto e Santa Bárbara.
S.A. Sociedade Anônima;
SP: São Paulo;
S/N. Sem Número;
LTDA: Limitada;
FBA: Franco Brasileira S.A Açúcar e Àlcool:
Km: Quilômetro;
SCS: Sacos;
M³: Metros cúbicos;
MW: Megawat;
VHP: Very High Polarization, açúcar para matéria prima.
GMP: Grupos de Melhorias de Processos;
GL: Gay Lussac, medida do álcool;
OHSAS: Occupational Health and Safety Assessment Services, cuja tradução
é Serviços de Avaliação de Saúde e Segurança Ocupacional.
TCH: Toneladas de colmos por hectare.
TPH: Toneladas de pol por hectare
XI
LISTA DE TABELA
Tabela 1:
Variedades de plantas que podem ser utilizadas como adubos
verdes.......................................................................................... 16
Gráfico 1
Gráfico comparativo com a produção de cana-de-açúcar..........
49
Gráfico 2
Análise comparativas da produção de açúcar...........................
50
Gráfico 3
Gráfico comparativo com a produção de álcool.......................... 51
Gráfico 4
Gráfico com a venda de açúcar..................................................
Gráfico 5
Gráfico com os dez países produtores de açúcar....................... 52
Gráfico 6
Gráfico comparativo sobre a venda de etanol............................
53
Gráfico 7
Gráfico dos dez maiores países produtores de álcool................
53
Tabela 2
Resultados em pontos referentes a respostas da questão A,
preservação do meio ambiente e sustentabilidade....................
Tabela 3:
54
Resultados em pontos referentes a resposta da questão B,
sobre a importância da cobertura do solo, evitando a erosão....
Tabela 4:
51
55
Resultados em pontos referentes a respostas da questão C,
sobre o aumento da produtividade aliada ao uso de adubos
orgânicos..................................................................................... 55
Gráfico 8
Gráfico analítico sobre a questão da preservação...................... 61
Gráfico 9
Gráfico analítico sobre a questão da cobertura de solo ............. 62
Gráfico 10
Gráfico analítico sobre a questão da produtividade.................... 62
Gráfico 11
Gráfico das plantas com maior índice de produtividade.............
Tabela 5:
Produtividade agrícola de três cortes, em toneladas de colmos
por hectare..................................................................................
64
65
XII
INTRODUÇÃO
Atualmente muito tem se refletido sobre a questão ambiental em todo o
planeta, e o que as empresas podem fazer para amenizar todo o impacto que
algumas atividades podem causar ao meio ambiente.
Outra grande preocupação é aumentar a produtividade de produtos
agrícolas, com uma gestão harmônica voltada para o meio ambiente.
A gestão ambiental prevê utilizar os recursos da natureza, de forma
racional, afim de preservar o meio ambiente e todos os recursos oferecidos, e
deve visar
também o uso de práticas que garantam a conservação e
preservação da biodiversidade, a reciclagem das matérias-primas e a redução
do impacto ambiental das atividades humanas sobre os recursos naturais.
Muitas pesquisas foram feitas na área da agronomia para analisar o
plantio de alguns produtos, como por exemplo, a cana-de-açúcar, que prevê o
uso de adubos químicos como fertilizantes para aumentar a produtividade, mas
que por outro lado, o seu uso pode contaminar o solo, o lençol freático, os rios,
represas e córregos do local onde foi utilizado.
Pensando nisto, o seguinte trabalho, mostra uma grande preocupação
em articular um aumento significativo na produção de cana-de-açúcar, e
visando também colaborar com o meio ambiente, utilizando nas plantações
como fertilizante, o chamando “adubo verde”, que garante a fertilização da
terra, de um modo natural, eficaz, e em plena harmonia com o meio ambiente.
Os chamados “adubos verdes”, são algumas espécies de plantas, de
origem leguminosas, como a “crotalária juncea”, e a “mucuna preta”, que
1
auxiliam em um solo com baixa fertilização natural, adubando a terra,
favorecendo um aumento natural da produção, e um equilíbrio do meio
ambiente.
A técnica da adubação verde é utilizada desde a antiguidade, e é
realizada em rotação com outras plantações, como por exemplo, a de cana-deaçúcar, e é incorporada ao solo como material vegetal não descomposto. Essa
mistura resulta uma alteração desejável ao solo que o fertiliza e aumenta a
produtividade da plantação subseqüente.
O trabalho aborda considerações importantes para o favorecimento e
implantação desta forma natural de adubação em plantações de cana-deaçúcar, visando aumento da produtividade aliado a preservação ambiental.
Durante a realização desta pesquisa tivemos a oportunidade de
conhecer um pouco mais sobre a empresa alvo, que nos possibilitou um
contato maior com uma indústria que tem uma visão bastante voltada para a
qualidade dos produtos que fornece e com o meio ambiente onde retira a
matéria prima tão preciosa para a sua sobrevivência.
2
CAPÍTULO 1 – Apresentação do trabalho
1.1.
Caracterização do problema
A grande preocupação com a preservação do meio ambiente e em
utilizar os recursos da natureza de forma racional, aliados com a pretensão de
aumentar a produtividade no cultivo de cana-de-açúcar, fez com que muitas
pesquisas e estudos conseguissem aliar articulando ambas as questões,
utilizando para isso, o cultivo em forma de rotação de plantações, que
desenvolve o plantio de alguns tipos de leguminosas, que fazem o papel de
fertilizantes naturais para o solo.
Esse plantio favorece o enriquecimento do solo de uma maneira natural,
e faz com que seja substituído o uso de adubos químicos, que agridem o meio
ambiente, podendo contaminar a água, o solo e até os produtos que estão
sendo plantados.
1.2.
Apresentação e justificativa do trabalho
Por se tratar de um tema razoavelmente atual, ou ainda, tema de grande
interesse de ambientalistas, consumidores e, a necessidade urgente de se
promover um desenvolvimento que não promova a degradação da natureza
ainda mais do que ela já foi degradada, e ainda, pelo interesse dos
pesquisadores em estarem se aprofundando no conhecimento neste tema em
questão, faz com que este trabalho torne-se de grande importância para os
envolvidos, não somente os pesquisadores, mas também a organização
3
envolvida na pesquisa, pois, pode trazer aprofundamento em questões
ambientais que, hoje, tornam-se cada vez mais necessárias e urgentes.
O tema em questão se justifica por buscar responder a seguinte
pergunta: Qual a contribuição dos adubos verdes para o aumento da produção
de cana-de-açúcar?
1.3.
Relevância do trabalho
Esta pesquisa tem fins científicos, visando o favorecimento em utilizar
um mecanismo natural que protege o meio ambiente e aumenta a
produtividade da cana-de-açúcar.
Essa contribuição poderá ser analisada e aproveitada como uma forma
de buscar eixos que estimulem a preservação do meio, com a utilização dos
recursos naturais de um modo racional, visando também com isso, a melhora
nos níveis de produtividade.
1.4.
Objetivos do trabalho
A partir da pergunta- problema, como ponto de reflexão para muitos
estudos sobre a melhor maneira de aumentar a produtividade da cana-deaçúcar, em total apoio à preservação do meio ambiente, desenvolvemos um
estudo em uma empresa que tem uma de suas usinas de cana-de-açúcar, no
município de Capivari, SP, no setor agrícola, que tem por objetivo geral
aumentar a produtividade, em harmonia com o meio ambiente.
4
Para elucidar a mencionada questão se fez necessário a elaboração de
pesquisas, a saber:
a)
Acompanhamento da empresa Cosan, que já utilizou o plantio em
forma de rotação de agriculturas, com leguminosas e em rotação com a
plantação de cana-de-açúcar;
b)
Pesquisas e análise em dados e tabelas com informações sobre o
aumento da produtividade com a utilização de adubos orgânicos como forma
de fertilizar o solo com um meio natural.
Para tratar da metodologia, será utilizado o capítulo 3, onde poderemos
também analisar o modelo de estratégia abordada no trabalho.
Além deste, ainda temos os objetivos específicos a serem atingidos:
• Buscar alternativas para substituição de adubos químicos;
• Levantar a situação da empresa alvo em relação ao tema
abordado;
• Analisar a produtividade utilizando os adubos orgânicos no plantio
de cana-de-açúcar;
• Identificar as principais vantagens em utilizar adubos naturais
para a fertilização do solo.
1.5.
Estrutura do trabalho
Este trabalho é dividido em cinco capítulos, e ainda os anexos que
apresentam alguns indicativos que favorecem o uso de adubos orgânicos nas
plantações de cana-de-açúcar.
5
O primeiro capítulo dá ênfase à pergunta-problema, e pretende elucidála com um enfoque comparativo e analítico, estimulando a preservação do
meio ambiente.
No segundo capítulo, apresenta um estudo científico e uma reflexão
bibliográfica sobre os temas que resgatam a grande preocupação em
desenvolver técnicas e utilizá-las para favorecer a preservação do meio
ambiente e aumentar a produtividade na plantação de cana-de-açúcar. E os
principais temas são: A importância da gestão ambiental como aliada na
agricultura; Fundamentos da adubação verde; Algumas plantas que podem ser
utilizadas como adubos verdes; Gestão ambiental e sustentabilidade; e
Qualidade e produtividade.
O terceiro capítulo apresenta a metodologia utilizada no trabalho a partir
de pesquisas, entrevistas e coletas de dados sobre a temática, durante a
elaboração das pesquisas bibliográficas.
O quarto capítulo apresenta a empresa alvo, que foi estudada e em que
foram coletados os dados, as informações, e aplicado o questionário
respondido pelos funcionários responsáveis pelo setor da produção e
administração da produtividade dos produtos agrícolas.
O quinto capítulo é destinado às considerações finais que trás uma
reflexão sobre as vantagens em optar por adubos orgânicos que fertilizam o
solo e ajudam a preservar o meio ambiente.
O primeiro anexo é referente ao questionário aplicado entre os diretores
funcionários e agricultores, que traz três blocos, cada um com três perguntas
de acordo com a temática. A primeira questão elencou a importância da
preservação do meio ambiente, e a sustentabilidade, a segunda questão
6
elucidou a temática sobre a importância da cobertura do solo por plantas,
durante todo o ano, mesmo nos períodos mais chuvosos, protegendo a terra da
erosão ocasionada pelas águas da chuva. A terceira questão elencou dados
importantes a respeito do aumento da produtividade com o uso dos adubos
orgânicos.
O segundo e o terceiro anexos mostram o resultado do questionário
com os dados elaborados em tabelas e no gráfico ilustrativo.
O anexo 4 faz a comparação entre a produtividade de plantações em
que foram utilizados adubos químicos e outras que foram utilizados adubos
verdes, analisando as principais vantagens em termos de produção.
O anexo 5, traz uma tabela com algumas leguminosas utilizadas como
adubação verde no plantio da cana-de-açúcar e a produtividade de cada um
para uma análise comparativa.
O anexo 6, traz uma ilustração da plantação de cana-de-açúcar,
intercalada com a plantação de soja, na cidade de Brilhantina no Mato Grosso
do Sul.
7
CAPÍTULO 2- Revisão Teórico-Conceitual
2.1. A importância da gestão ambiental como aliada na agricultura
Houve tempo em que a questão ambiental não era levada em
consideração quando havia um cultivo de qualquer produto agrícola. Para se
cultivar uma grande leva de produtos era preciso utilizar uma parte muito
significativa de agrotóxicos e fertilizantes, com a intenção de otimizar os
resultados da colheita, pensavam estar beneficiando as plantas que deveriam
ser, de uma certa forma, “saudáveis”, isto é, nutritivas e com alta produtividade
das lavouras, mas para isso, a agressão com o meio ambiente era intensa,
tanto na forma direta com o solo, quando na contaminação da água, do lençol
freático, dos rios próximos a plantação e também na parte dos consumidores
dos produtos, que compravam produtos, na maioria das vezes, contaminados
por agrotóxicos.
Outros produtos como a cana-de-açúcar ainda, necessitavam a queima
do canavial para a diminuição das folhagens e melhora para o corte feito
manualmente por trabalhadores, esta queima prejudicava o solo e retirava
muitos nutrientes, deixando-o com baixa fertilização natural, o que tornava
como um ciclo vicioso, a aplicação de muitos adubos químicos para
recompensar esta perda.
Esta deficiência de nutrientes do solo pode resultar em prejuízos para a
lavoura, pois as plantas podem não se desenvolver adequadamente e isso faz
com que a produção não seja favorável as intenções do agricultor.
8
Desta forma, a adubação orgânica é muito significativa e tem objetivos
claros e eficientes. Além deste pressuposto, deve-se levar em consideração a
questão ambiental, a preservação do meio ambiente, do solo, que são muito
importantes, a qualidade do produto que será disponibilizado no mercado e o
aumento da produtividade da plantação, como citam Cáceres e Alcarde
(1995,p.16-20)
O cultivo da cana-de-açúcar no Brasil está apto a
receber outros cultivos nas áreas de reforma do canavial,
que ficam meses desprovido de vegetação, sujeita á
ocorrência de elevadas precipitações pluviométricas
agravando os problemas decorrentes da erosão.
Dependendo do solo e da variedade utilizada a longevidade
do canavial pode chegar a quatro ou cinco cortes e após
esse período a cana é retirada e efetuada novo plantio.
Como essa retirada é feita de maio a agosto, é possível a
semeadura dessas plantas de outubro a novembro, com a
colheita prevista para janeiro e fevereiro e plantio da canade-açúcar em março.
Esta técnica deve ser ampliadamente divulgada, por se tratar de uma
técnica antiga, conforme podemos observar no anexo 5, mas que prevê uma
temática muito atual que é a de preservar tanto a plantação como o meio
ambiente, com progressos até os dias atuais, apresentando seu custo
relativamente baixo e promovendo o aumento da produção de cana-de-açúcar,
contribuindo também para a qualidade do produto agrícola que deixa de ser
contaminado por uma série de agrotóxicos e fertilizantes químicos valorizando
a técnica natural de fertilização, que enriquece o solo por meio do plantio de
leguminosas, como cita o artigo da revista Brasileira de Agroecologia,
elaborado por Salomé, Juliana Roline Sakai, e Rogério Haruo,( 2007.p 116.)
9
A prática da adubação verde não implica na perda
do ano agrícola e não interfere na brotação da cana. Seu
custo é relativamente baixo e promove aumentos
significativos nas produções de cana e de açúcar em pelo
menos dois cortes.
Além de eficiente, a adubação verde contribui para o aumento da
fertilização do solo de uma maneira natural e sem agressão do meio ambiente
e é uma questão muito discutida pelos ambientalistas e proprietários agrícolas
que desejam aumentar a sua produção e reduzir custos com adubos químicos.
2.2. Fundamentos da “adubação verde”.
O termo “adubação verde” pode não ser tão conhecido quando tratado
desta maneira, mas com certeza é muito divulgado como a rotação de
agriculturas, que consiste em cultivar diferentes produtos entre uma plantação
e outra, desta vez iremos tratar da plantação de cana-de-açúcar. Estes
produtos não podem ser quaisquer um, devem atender a alguns requisitos
como ser leguminosas, que aumentam o teor de nitrogênio total dos solos e,
conseqüentemente, aumentam as produtividades das culturas subsequentes,
como citam Cáceres e Alcarde (2005, p. 20 op. cit. Pág.9.)
A adubação verde é uma prática conhecida desde a
antiguidade, podendo ser definida como a incorporação ao
solo de material vegetal não decomposto, produzido ou não
no local. Desta operação, resultam alterações desejáveis
no solo, em seus atributos químicos, físicos e biológicos,
levando a cultura subsequente a se beneficiar destas
mudanças,
refletindo
normalmente
em
maiores
produtividades. Dos benefícios relevantes produzidos pelo
uso de leguminosas como adubos verdes, podem ser
10
citados a adição de nitrogênio ao solo; manutenção da
matéria orgânica do sol, reciclando nutrientes.
Outro fator de extrema importância, e que a adubação verde auxilia é a
cobertura do solo e a sua preservação, pois como o solo fica protegido pela
vegetação durante o ano todo, na época de chuva irão diminuir a erosão do
solo e com isso problemas com a compactação da terra a ser plantada como
cita Cáceres e Alcarde (2005, p. 20 op. cit. Pág.9.)
A cobertura do terreno minimiza problemas com
erosão e em alguns casos, o controle de nematóides e a
redução de problemas com a compactação do solo. A
cultura da cana-de-açúcar conduzida na região centro-sul
do Brasil possui grande afinidade com a adubação verde,
uma vez que quando o canavial é reformado, normalmente
após o quarto ou quinto corte, o solo permanece
desprovido de vegetação por vários meses, sendo
frequente a ocorrência de elevadas precipitações
pluviométricas neste período, tornando bastante severos os
problemas decorrentes de erosão.
Desta forma a agricultura orgânica é um sistema de gerenciamento total
da produção agrícola que se preocupa a promover e realçar a saúde do meio
ambiente, com ênfase a preservar a biodiversidade, os ciclos e as atividades
biológicas do solo naturais. Nesse sentido, a agricultura orgânica enfatiza o
uso de práticas de manejo em oposição ao uso de elementos estranhos ao
meio rural. (agrotóxicos, adubos e fertilizantes químicos). Isso abrange, sempre
que possível, a administração de conhecimentos agronômicos, biológicos e até
mesmo mecânicos, isto é a gestão ambiental, que exclui a adoção de
substâncias químicas ou outros materiais sintéticos que desempenhem no solo
funções estranhas às desempenhadas pelo ecossistema, como artigo abaixo
11
retirado do portal ambiental Ambiente Brasil, desenvolvido por Ronnan del
Rey,(2005),
O produto orgânico é cultivado sem o uso de
adubos químicos ou agrotóxicos. É um produto limpo,
saudável, que provém de um sistema de cultivo que
observa as leis da natureza e todo o manejo agrícola
está baseado no respeito ao meio ambiente e na
preservação dos recursos naturais. O solo é a base do
trabalho orgânico. Vários resíduos são reintegrados ao
solo; esterco, restos de verduras, folhas, aparas, etc.,
são devolvidos aos canteiros para que sejam
decompostos e transformados em nutrientes para as
plantas. Essa fertilização ativará a vida no solo; os
microorganismos além de transformar a matéria
orgânica em alimento para as plantas, tornarão a terra
porosa, solta, permeável à água e ao ar. O grande valor
da horticultura orgânica é promover permanentemente o
melhoramento do solo. Ao invés de mero suporte para a
planta, o solo será sua fonte de nutrição.
Desta forma, a matéria orgânica do solo é uma boa fonte de
nutrientes e alimentos necessários para a planta. A massa orgânica
composta que forma o solo, resulta principalmente em resíduos vegetais,
como partes de outras plantas, e também os despojos dos animais que
movimentam a terra e faz com que melhore as propriedades físicas do solo,
como cita Malavolta (1989, p.115).
A matéria orgânica do solo em geral é uma boa
fonte de alimentos para as plantas. Fornece nutrientes
parar os microrganismos do terreno; no curso de sua
decomposição ajuda a transformas em solúveis os
componentes
minerais da terra: melhora as
propriedades físicas do solo.
(...)
Por sua composição química, a matéria orgânica
do solo é sumamente complicada, desde o material
fresco que contém as mesmas sustâncias que os
12
organismos vivos, até os produtos da decomposição
dessas substâncias.
Durante a decomposição da matéria orgânica nos
solos seja natural ou aquela adicionada pelo homem nas
adubações orgânicas, os nutrientes são postos
gradualmente em liberdade tornando-se aproveitáveis
pelas plantas. À medida que a matéria orgânica se
decompõe, formam-se quantidades consideráveis de
gás carbônico e de certos ácidos. O gás carbônico
quando se dissolve na água do solo, juntamente com os
ácidos, ajuda a solubilizar os minerais que contém os
nutrientes das plantas.
Desta forma, a adubação orgânica apresenta inúmeros benefícios
para a plantação, para os produtos que serão mais nutritivos e com menor
probabilidade de contaminação, além de baixo custo para os agricultores.
A matéria orgânica melhora o solo, aumentando a sua capacidade
para reter água, evitando assim a erosão do terreno, de forma natural,
devolvendo os nutrientes, que muitas vezes são levados com a água da
chuva como cita Malavolta (1989, pág. 123, 124, op. cit., pág.12)
Os adubos verdes são plantas herbáceas que se
cultivam com o fim único de incorporá-las ao solo. Esses
adubos aumentam a matéria orgânica, devolvem as
camadas superiores os elementos nutritivos que as
raízes absorvem e foram encaminhados para a parte
aérea, melhoram a estrutura do solo, retém os nutrientes
que seriam perdidos por lixiviação (arrastamento pelas
águas da chuva). Se o adubo verde for uma leguminosa
- como geralmente é - fixa então nitrogênio atmosférico
e ao se decompor no solo, faz uma adubação
nitrogenada que não custa um centavo ao lavrador.
A quantidade de matéria orgânica que, ao
enterrar um adubo verde, adicionamos ao solo è muito
grande assim a crotalaria juncea fornece 20 toneladas
de matéria seca por hectare, o guandu 15 tonelada, a
mucuna anã, 13 toneladas, o feijão de porco, 11
toneladas e assim por diante (dados do Dr. Dário
Ferreira de Souza, obtidos na “Luiz de Queiroz”).
(...)
13
Quando se usa adubos verdes deve-se cortá-los
com arado ou grade de disco antes que produzam
sementes. Nesse estado se decompõem rapidamente
no solo fornecendo material nutritivo a cultura seguinte.
Muitos estudos apontam com grandes significados para a associação
de adubos verdes a fontes minerais de N (nitrogênio) para as culturas está
tornando-se uma opção promissora de manejo da fertilização nitrogenada,
com o objetivo de recuperar a fertilidade, aumentar a matéria orgânica do
solo, reduzir as perdas de N mineral de fontes prontamente disponíveis, e no
caso das leguminosas incorporarem-no ao solo proveniente da fixação
biológica, de forma natural.
2.3. Algumas plantas que podem ser utilizadas como adubos verdes
Foram conduzidas muitas pesquisas para obter dados concretos de qual
tipo de planta seria utilizada para a rotação de agriculturas com o plantio de
cana-de-açúcar, e os estudos desenvolvidos com as leguminosas foram muito
significativos, pois ao serem incorporadas ao solo, aumentam a liberação de
nitrogênio, e com isso melhora a produtividade do mesmo, como cita o artigo
retirado do Portal ambiental Ambiente Brasil, desenvolvido por Ronnan Del
Rey, (2010, op. Cit. p. 12),
Diversas leguminosas prestam-se bem ao uso como
adubos verdes em solos cultivados com cana-de-açúcar,
sendo a mais utilizada a Crotalaria juncea. Esta leguminosa
possui grande aceitação entre os agricultores, chegando a
tornar difícil a obtenção de suas sementes no mercado por
ocasião de sua melhor época de plantio, que ocorre entre
os meses de setembro e novembro, em detrimento, muitas
vezes, da disponibilidade de outras espécies que também
seriam indicadas para as mesmas condições. Observa-se,
14
na verdade, que há insuficientes informações científicas
que embasem recomendações de utilização de outras
espécies de leguminosas como adubos verdes, aliadas a
poucos dados que mostram os benefícios econômicos
dessas espécies que justifiquem a adoção desta técnica
nos solos cultivados, em especial os cultivados com canade-açúcar. Diante deste panorama, conduziu-se um
experimento de campo que objetivou avaliar diferentes
espécies de leguminosas indicadas para adubação verde,
em um solo de baixa fertilidade natural, durante o período
que compreendia a reforma do canavial, possibilitando a
comparação dos efeitos obtidos decorrentes do cultivo de
diferentes
leguminosas
nos
atributos
do
solo,
especialmente os químicos, e o reflexo destas no
desempenho do canavial instalado após a incorporação
das espécies estudadas.
Estes estudos foram significativos e importantes para a consciência
ecológica, e a preservação do meio ambiente e para o aumento da
produtividade em certas plantações, melhorando com isso, também o solo.
Muitos agricultores desconhecem a grande importância de se utilizar o
solo para o cultivo de produtos agrícolas, sem a necessidade da aplicação de
adubos químicos que enriquecem a terra, mas também a contamina. A prática
de adubação com plantas chamadas de “adubação verde”, garante uma
produtividade maior, pois nutre o solo, durante o ano todo, cobrindo a
superfície da terra e protegendo-a da erosão.
Para que essa aplicabilidade ocorresse coerentemente contamos com
estudos que procuraram mostrar quais as principais espécies de plantas a ser
utilizadas como adubos verdes e em quais plantações poderiam ser melhor
indicadas.
De acordo com a tabela 1 observaremos uma relação de plantas que
são utilizados na agricultura como adubos verdes:
15
Aveia
Schieb
preta - Avena
strigosa
Família:
gramíneas
temperado e subtropical
– Climas:
Rústica, produz grande quantidade
de massa verde mesmo em solos
pobres.
Muito
eficiente
na
reciclagem de nutrientes. Diminui
presença de patógenos no solo e
melhora
o
rendimento
especialmente da soja e do feijão.
Figura 1
Azevém - Lollium multiflorum Lam
Família:
gramíneas
temperado e subtropical
– Climas:
Exige temperaturas frias no outono
e inverno. A incorporação de massa
verde deve ser feita na floração,
130 a 170 dias após a semeadura.
Produz 20 a 30 toneladas de massa
verde e de 2 a 6 toneladas de
matéria seca por hectare.
Figura 2
Calopogônio – Calopogonium
mucunoides.
Família:
tropical.
leguminosas
– Clima:
Figura 3
Crotalária – Grotalaria juncea
Família: leguminosas
tropical e subtropical
Figura 4
– Climas:
Muito rústica, tem crescimento
inicial lento, mas, após cinco
meses, desenvolve uma cama da
vegetal de 30 a 60 centímetros de
altura. Fixa de 370 a 450 quilos de
nitrogênio
por
hectare/ano.
Incorporação no florescimento, por
aração.
Tem rápido crescimento inicial e
impede o desenvolvimento de
invasoras. A planta chega a mais
de 2 metros de altura e as raízes
atingem 3 metros de profundidade
até o florescimento (de 110 a 140
dias após o plantio)
16
.
Ervilha forrageira – Pisum sativum
Família: leguminosas
temperado esubtropical
– Climas:
Figura 5
Ervilhaca - Vicia sativa
Família: leguminosas
temperado esubtropical
– Climas:
Figura 6
Feijão-de-porco – Cana
ensiformis
Familia:
tropical
leguminosas
valia
–
Clima:
Seu crescimento é rápido e em 60
dias chega a cobrir 70% da
superfície do solo. É uma fonte de
nitrogênio aproveitado
especialmente por gramíneas como
milho e arroz Plantio pode ainda
ser intercalado a culturas perenes.
Possibilita a incorporação de 108
quilos de nitrogênio por hectare ao
ano, em média, e tem grande
capacidade de reciclar outros
nutrientes. Outra espécie, a
ervilhaca peluda (Vicia vilasa) é
mais rústica e precoce, e, por isso,
vem sendo bastante utilizada.
Seu sistema radicular profundo –
chega a 3 metros de profundidade
em 110 dias – assegura resistência
à seca e melhora a porosidade do
solo. Deve ser acamado com rolofaca ou incorporado de 100 a 120
dias após o plantio. Inibe o crescimento da tiririca
Figura 7
Girassol - Helianthus annuus
Família:
compostas
temperado esubtropical
– Climas:
Excelente para a sanidade do solo,
em rotação ou consorciação de
culturas. Muito resistente à seca e
suporta temperaturas elevadas.
Apresenta desenvolvimento inicial
rápido e inibe o desenvolvimento de
invasoras.
Figura 8
17
Guandu ou andu – Cajanus cajan
Família: leguminosas
tropical e subtropical
– Climas:
Figura 9
Labe-Iabe - Dolichos lablab
Família: leguminosas
tropical e subtropical
– Climas:
Figura 10
Leucena – Leucaena leucocephala
Família: leguminosas
Figura 11
Mucuna
anã
deeringiana
- Stizolobium
Família: leguminosas
tropical e subtropical
Figura 12
– Climas:
É pouco exigente quanto à
fertilidade do solo. Suas raízes
penetram em solos compactos e
adensados e tem grande capacidade de reciclar nutrientes,
além de liberar um ácido que facilita
a absorção do fósforo pelas
plantas.
Produz, em média, 40 t de massa
verde por ha. Uma tonelada de
matéria seca contém 18 kg de
nitrogênio. Em 150 dias, suas
raízes chegam a 3,4 metros de
profundidade.
O
manejo
ou
incorporação devem ser feitos no
florescimento (140 a 180 dias do
plantio).
Espécie perene. Variedade que vai
da arbustiva à arbórea. Pode
produzir 100 t. ao ano de massa
verde, usada como cobertura morta
ou
incorporada.
No
plantio
intercalar a outras culturas, fixa 400
a 1000 kg ao ano de nitrogênio ao
solo.
Produz menos massa que as
mucunas cinza (Cinereum) ou preta
e, por isso, é recomendada para
plantio entre fileiras de culturas
perenes e mesmo anuais, Tem a
vantagem do ciclo curto, com corte
ou incorporação em 90 dias após
semeada.
18
Mucuna
aterrimum
preta
- Stizolobium
Família: leguminosas
tropical e subtropical
– Climas:
Figura 13
Nabo
sativus
forrageiro
Famílía:
crucíferas
temperado e subtropical
- Raphanus
– Climas:
Figura 14
Soja perene – Glycíne wightii
Família: leguminosas
tropical e subtropical
– Climas:
Muito rústica, cresce bem em solos
ácidos e pobres em fertilidade. Em
áreas dos cerrados chega a
produzir 40 toneladas por hectare
de massa verde, com uma
composição rica e variada de
nutrientes. Impede a multiplicação
da população de nematóides. È de
baixo custo.
Rústica, tem crescimento rápido e
dificulta a infestação de invasoras.
Tem raiz pivotante profunda e
grande capacidade de reciclagem
de
nutrientes,
especialmente
nitrogênio e fósforo, favorecendo a
cultura posterior.
De crescimento inicial lento, produz
de 20 a 40 t. por h. por ano de
massa verde, com boa capacidade
de fixar nitrogênio. É recomendada
como
cobertura
permanente
intercalada a culturas perenes. Mas
exige solos com boa fertilidade.
Figura 15
Tremoço – Lupinus sr.
Família: leguminosas
temperado esubtropica
– Climas:
Figura 16
O sistema radicular penetra até
mais de 2 m de profundidade e fixa
até 150 kg por h. de nitrogênio no
solo. O tremoço branco é mais
resistente ao calor e o azul o mais
exigente em frio. O amarelo dá bem
no Sul do país.
TABELA 1- Tabela com a variedade de plantas que podem ser utilizadas como
adubos verdes.
Fonte: Revista Globo Rural – Junho de 1994.
19
Pesquisas comprovam que a utilização de adubos verdes é excelente
para a barragem da água da chuva que causa erosão em superfícies sem
cobertura, segundo Nascimento (1994), citado por Donegá (1994, p. 34
apud,1994),
A estrutura proporciona maior controle da erosão
hídrica. estudando mucuna-preta, lab-lab e Crotalaria
juncea na proteção do solo, concluiu que leguminosas
apresentaram níveis diferentes de proteção ao solo, sendo,
no geral, mais efetivas a partir dos 60 dias; contudo, a
mucuna-preta ofereceu melhor proteção do solo contra a
erosão.
A planta de melhor aproveitamento para a preservação do solo é a
mucuna preta segundo Guimarães (1994, p. 43-50.),
A mucuna preta (Mucuna aterrima), pertencente à
família Leguminosae, é uma das espécies mais utilizada
como adubo verde. Esta planta possui uma boa eficiência
no controle de nematóides formadores de galhas e fixa
nitrogênio atmosférico através de simbiose com bactérias
do gênero Rhizobium . Se destaca pela rapidez com que
cresce e domina o terreno, podendo impedir o
florescimento de plantas espontâneas, além de conter
substâncias alelopáticas.
O uso de uma planta, como a que utilizamos de exemplo, de adubos
verdes, verificamos que obteve uma melhora no solo, com a entrada de muitos
nutrientes naturais para a terra, a melhora na contenção da superfície da terra,
evitando a erosão do solo e também evita que algumas e ervas daninhas
prejudiquem as plantações como cita Tanaka (1992, , p.1477-1483.),
“...verificaram que a mucuna - preta pode controlar nematóides e
algumas espécies de plantas daninhas".
20
Outro ponto de grande importância para a utilização de adubos verdes
como a mucuna preta, conforme citada na tabela 1, na figura 13, é o baixo
custo das sementes.
2.4. Gestão ambiental e sustentabilidade
Atualmente a preocupação em se preservar o meio ambiente esta
evidente. É preciso viabilizar a sustentabilidade, mas o que é sustentabilidade?
Sustentabilidade é produzir sem degradar os recursos naturais. É manejar e
preservar o solo, a água, a fauna, e a flora de forma a garantir a satisfação das
necessidades humanas para as gerações presentes e futuras. A partir desse
conceito que a adubação verde ganhou forças num mercado ágil que cresce a
cada dia.
Diante do uso excessivo dos fertilizantes químicos e adubos para o
controle de pragas há contaminação dos produtos, por isso buscam sistemas
de manejo que minimizem o impacto da produção sobre o meio ambiente. A
adubação verde promove uma cobertura na superfície da terra e a
incorporação de nutrientes promovendo melhorias nas propriedades físicas,
químicas e biológicas do solo.
Refletindo sobre a questão do meio ambiente, é importante valorizar a
ideia de reaproveitamento, da reciclagem, em uma empresa, pois poluir pode
custar o meio ambiente mais do que reciclar produtos e agredir a natureza,
como cita, Andrade, Tachizawa e Carvalho (2000, pág. 60.)
A preocupação ambiental e suas políticas e ações
decorrentes foram implantadas de forma gradual ao longo
do tempo. Historicamente, começou como uma questão
meramente de segurança industrial para evoluir para uma
política permanente que impulsiona ações empresariais
com planejamento antecipado dos impactos ambientais. Tal
implementação provocou conflitos culturais e sistêmicos
que tiveram de ser contornados. Uma série de mudanças
culturais ocorreram ao longo do tempo às custas de muita
troca de informações, de treinamentos e educação
21
continuada que procuraram mostrar uma nova forma de
pensar e agir. Precisou-se mudar a cultura das pessoas,
enfocando que a preocupação não seria apenas de
produção,
mas
também
de
geração
de
subprodutos/resíduos que, potencialmente, poderiam ser
despejados no meio ambiente.
Desta forma, a cada dia, mais se tem pensado na questão da
preservação do meio ambiente articulada com a melhora da qualidade dos
produtos oferecidos, com o aumento da produtividade em cada cultivo e com o
baixo custo na forma de fertilizar, valorizando uma gestão voltada para os
recursos naturais e para a sustentabilidade.
A empresa pode incorporar a questão ambiental de várias maneiras,
verificando o seu próprio posicionamento em relação ao desafio ambiental,
elencando para isso pontos negativos e positivos, desta maneira identificando
ameaças e oportunidades, custos e gastos, vantagens e desvantagens
potencializando metas e interesses ambientais.
A empresa alvo apresenta uma grande preocupação com a questão da
sustentabilidade em harmonia com a agricultura e fertilização utilizando adubos
orgânicos. É muito importante incorporar à produtividade condições que
promovam a preservação do meio ambiente, apresentando para isso, metas e
objetivos claros que priorizem as plantações de cana-de-açúcar onde a grande
responsável pela fertilização do solo seja o plantio anterior dos adubos
orgânicos.
O aumento sustentável dos negócios depende de uma relação
equilibrada com o meio ambiente. A empresa alvo, a Cosan tem como um dos
pontos norteadores de maior responsabilidade, a questão ambiental, pela qual
desenvolve um plano de metas e ações que buscam a sustentabilidade e a
melhoria.
Todas as metas e ações são desenvolvidas de acordo com a legislação
vigente, a toda a lei que permite melhorar a qualidade de vida, o equilíbrio
com a natureza e a qualidade dos produtos.
Este processo inicia-se pela conscientização de seus colaboradores,
suas famílias, a comunidade e toda sociedade em geral, sobre a preservação
do meio ambiente, e neste caso, do solo, seus nutrientes e propriedades
22
naturais para uma plantação de qualidade, produtiva e com os efeitos
químicos minimizados, além de reforçar a utilização racional e consciente dos
recursos naturais.
Toda essa conscientização fez com que a Cosan conquistasse o
certificado de Gestão de Qualidade pela ISO 9001; 2000, do processo de
produção de açúcar e refinamento granulado.
A preocupação da empresa é notável, como mostra a figura 17
ilustrada no site da empresa, que marca a importância de se refletir em
preservar os recursos naturais para as gerações futuras.
Figura 17 – Slogan da empresa marcando preocupação com a questão
ambiental.
Fonte: Empresa Cosan, disponível em WWW.cosan.com.br, acessado em
12/10/2010.
23
2.5. Qualidade e Produtividade
Um otimismo cauteloso provoca inovações e melhorias nos sistemas de
produção, que atualmente deve ser flexível, a baixos custos e com a máxima
qualidade, conforme cita Martins (1999, Pág.10.)
A melhoria contínua da qualidade foi o grande triunfo
das empresas japonesas na conquista de mercados cada
vez maiores, e mais sofisticados. A dedicação de esforços
na área da qualidade dos produtos/serviços tem um duplo
efeito no aumento da vantagem competitiva, pois está
demonstrando que a melhoria da qualidade, ao contrário do
que sempre se imaginou, traz uma conseqüente redução
de custos de produção.
(...)
Flexibilidade é a capacidade que a empresa deve ter
para rapidamente adaptar-se às mudanças nas tendências
do mercado. Deve ser ágil na adaptação de seus produtos
às novas exigências do consumidor. Quanto mais flexível e
rápida for, mais cedo sairá na frente de seus concorrentes,
ganhando consequentemente a vantagem da novidade.
Desta forma, a empresa agrícola também deve se comportar com uma
visão voltada para a qualidade de seus produtos articuladas com a grande
flexibilidade de adequar seus bens de consumo aos interesses dos
consumidores e agricultores.
Durante muito tempo pensou-se que a melhora da qualidade estava
fortemente aliada ao aumento de preços dos produtos, mas com a
aplicabilidade da adubação verde esta idéia deixa de ser questionada, pois
aumenta - se a produtividade, e a qualidade dos produtos de uma forma
natural, com custos menores do que com o uso de fertilizantes químicos, que
demandam muito mais cuidado e tempo por parte dos produtores, ainda com a
desvantagem da não cobertura do solo, deixando-o exposto a erosão.
24
Para a certificação da qualidade dos produtos, foram desenvolvidos pela
International Organization for Standardization, um sistema que contém um
conjunto de regras e normas que se referem a qualidade dos produtos, onde os
produtos certificados ganham qualidade mundialmente conhecidos e a
confiança dos consumidores, chamado de ISO 9000.
Para a certificação de um produto, este deve se passar por um processo
longo e contínuo de verificações quanto a sua qualidade, segundo Martins,
(1999, p.402, 403 e 404. op. Cit 24),
O processo de certificação é um processo longo (1 a
2 anos), e para ser levado a bom termo é preciso que haja
envolvimento de toda a organização na questão. A
certificação é importante porque facilita a comercialização
dos produtos na comunidade européia.
Para a certificação, que é realizada por auditorias
reconhecidas internacionalmente, é preciso que se
cumpram estas fases:
1. Levantamentos
internos,
elaboração
de
procedimentos e de manuais.
2. Realização das auditorias internas e das correções
necessárias.
3. Certificação envolvendo uma ou mais pré-auditorias
e a auditorias para a certificação final.
Após a obtenção de certificados, existem as
auditorias de acompanhamento, que são realizadas a cada
seis meses no primeiro ano e, posteriormente, a cada ano.
Caso sejam detectadas não-conformidades pelas auditorias
e não sejam devidamente corrigidas, a empresa poderá
perder sua certificação.
Para a questão ambiental, recorremos ao gerenciamento ambiental e a
norma ISO 14000, que está sendo instalada no Brasil, esta norma abrande os
fornecedores, a matéria-prima, e os insumos. É estudada desde o uso dos
produtos e após o uso, os produtos, os subprodutos, os resíduos no meio
ambiente e a emissão líquida, atmosférica e de energia.
25
Cria-se um novo critério dentro da empresa que visa sistemas de
gerenciamento, que valorizem a política ambiental, os efeitos ambientais, os
objetivos, metas, controle operacional, registros, organização, pessoal, manual,
documentação, auditorias e revisões constantes para a gestão voltada à
sustentabilidade.
A empresa Cosan, conquistou em 2000, o certificado ISO 9001, que
comprova a seriedade de seus produtos em modelo para garantia da qualidade
em projetos, desenvolvimento, produção, instalação, e assistência técnica.
Com isso, mostra a grande preocupação da empresa com a produtividade e
com a qualidade em todos os seus segmentos de mercado.
Para o aumento da produtividade conforme verificamos no anexo 3, a
adubação orgânica tem mostrado eficiência através de meios naturais de
fertilização, pois ao incorporar matéria orgânica ao solo, há aumento da
produção, já que o solo ganha os nutrientes necessários para uma plantação
de qualidade.
A preocupação com a produtividade é também constante na atividade
agrícola que deve seguir critérios para as plantações.
Atualmente, as empresas procuram uma gestão voltada para a
qualidade com excelência em produção. Segundo Martins (1999, p. 10, op. Cit.
P.348.)
Organização da produção. Será focada na alta
produtividade. As atividades que não agregam valor serão
eliminadas. A filosofia de fazer certo desde a primeira vez
será levada a extremos.
(...)
Os métodos de trabalho terão mecanismos para a
preservação de problemas.
26
CAPÍTULO 3 – Metodologia de Pesquisa
3.1. Metodologia
Toda pesquisa pode-se definir como um processo formal e sistemático,
segundo Gil, (1999, p. 42), esse processo de desenvolvimento do método
científico, deve ter como principal objetivo a descoberta de respostas mediante
o emprego de procedimentos científicos, permitindo com isso, a obtenção de
novos conhecimentos no campo da realidade social.
Partindo deste pressuposto para a coleta de dados e a realização do
trabalho, utilizamos pesquisas feitas em páginas virtuais sobre o conteúdo
adequado na rede internet, onde possuem informações atualizadas sobre a
área.
Durante as pesquisas se fez necessário um aprofundamento sobre o
conteúdo para adquirir conhecimentos e crescer profissionalmente. As
pesquisas fundamentam-se em bibliografias e coleta de dados através de uma
entrevista com questionário entre funcionários, diretores e produtores em uma
empresa no setor agrícola que trabalha com produção de álcool e açúcar, bem
como também com parte da produção do setor canavieiro.
Desta forma pode-se definir o questionário como a técnica de
investigação composta por um número certo de questões apresentadas por
escrito às pessoas, segundo Gil, (1999, p.128, op. Cit p. 27), esse questionário
deve apresentar como objetivo o conhecimento de opiniões, crenças,
sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas, e pesquisas
relacionadas a condições de trabalho qualidade e aumento da produção.
Desta forma utilizamos um questionário simples, com perguntas
objetivas contendo quatro alternativas cada, a serem escolhidas pelos
questionados.
A utilização de fontes de dados em pesquisas bibliográficas, com
estudos em livros, revistas, tabelas, manuais e documentos correspondem à
27
base para investigar possíveis possibilidades de avanços no processo de
ensino aprendizagem.
A coleta de dados na própria empresa com o cotidiano e articulado com
o processo produtivo, estabelece uma série de conhecimentos que permite
vivenciar e trocar experiências, interagindo com o meio, com dados concretos e
reais.
O estudo de caso realizado com análise sobre o desenvolvimento das
plantações de cana-de-açúcar sendo utilizado como meio natural de fertilização
os adubos orgânicos, permite uma integração entre a formulação de hipóteses
e a constatação da real escala de produção, e a melhora na qualidade do solo.
3.2. Procedimento para a obtenção de dados
Durante
a
realização
do
estudo
de
caso
utilizamos
análises
comparativas sobre as principais características entre as produções de canade-açúcar fertilizadas com adubos orgânicos e com adubos químicos,
considerando entrevistas com agricultores, agrônomos e o pessoal do setor
responsável pelo teste da qualidade do produto.
Na coleta de dados utilizamos o método de pesquisas com questionário
entre o pessoal autorizado pelo setor de produção e colheita da empresa alvo,
alguns produtores e diretores da mesma, além de tabela contendo a escala de
produtividade do produto nas duas maneiras de fertilização.
No questionário, conforme anexo 1, utilizamos o anonimato como a
identificação da empresa, bem como do respondente. O campo do cargo
tornou o preenchimento facultativo, garantindo o anonimato das respostas, não
comprometendo os funcionários, diretores e produtores.
A primeira pergunta compreendeu os principais pontos relevantes para a
utilização de adubos orgânicos em plantações de cana-de-açúcar, partindo do
28
pressuposto da sustentabilidade e conscientização sobre a preservação do
meio ambiente.
A segunda pergunta elencou melhorias que o uso de adubos orgânicos
podem oferecer para a cobertura total da superfície da terra, que permite uma
proteção durante todo o ano, evitando assim a erosão do solo.
A terceira pergunta questionou a melhoria no aumento da produção de
cana-de-açúcar utilizando a adubação orgânica aliado com a sustentabilidade e
qualidade.
3.3. Tratamento dos dados
Para a coleta de informações sobre as melhorias que o plantio da canade-açúcar apresenta com o uso de adubos orgânicos, elaboramos um
questionário que coletasse informações importantes e diretas com funcionários,
diretores e produtores envolvidos diretamente no sistema de produção e plantio
da empresa, afim de, pesquisar meios de aumentar a produção com uma
qualidade superior do solo, para isso foram entrevistadas 10 pessoas que
expressaram suas opiniões sobre as melhorias com a implantação de adubos
orgânicos, respondendo a 3 questões fechadas, com três subitens principais
contendo cada uma quatro alternativas que questionam a principal mudança,
que é a inserção da adubação orgânica no plantio de cana-de-açúcar e se esta
foi vantajosa ou não.
As respostas apresentam escalas entre 1 a 4 pontos computados em
porcentagem entre o total de pessoas que responderam as questões, podendo
assim melhor visualizar e refletir sobre os resultados.
Para o levantamento dos pontos referentes a opinião dos envolvidos,
utilizamos a Escala de Likert, (1976, pág. 212), que foi também mencionada
por GIL (1999, p.147, op. Cit. p. 27), mas com oscilação de valores que variam
entre 1 a 4 pontos, possibilitando a estatística descritiva.
29
Para a organização dos dados desta pesquisa, optou-se pela pontuação
a seguir:
•Ótimo/ Concordo totalmente = 1 pontos;
•Regular/ Concordo parcialmente = 2 pontos;
•Ruim/ Não concordo = 3 pontos;
•Não sei/ = 4 pontos = questão desconsiderada.
As questões foram divididas em três blocos iniciais, e para cada bloco,
contendo uma unidade, denominadas A, acerca de melhorias para o meio
ambiente, questão ambiental. A unidade denominada B, acerca da cobertura
total do solo, mesmo nos períodos de entre safra evitando assim a erosão. A
unidade denominada C, acerca do significativo aumento da produtividade do
produto.
Faz-se necessário um questionário fechado e objetivo para coletar mais
informações e conhecimento da área de uma maneira integrada e atualizada,
segundo GIL, (1999, p. 161, op. Cit. p. 27),
De modo geral, a coletas de registros estatísticos é
muito mais simples do que mediante qualquer
procedimento direto. No entanto, exige que o pesquisador
disponha de um bem elaborado plano de pesquisa que
indique com clareza a natureza dos dados a serem obtidos.
E também que saiba identificar as fontes adequadas para a
obtenção de dados significativos para os propósitos da
pesquisa.
Para refletir sobre uso dos adubos orgânicos foram analisadas algumas
considerações pertinentes conforme podemos observar no anexo 1 e
resumidamente destacados sobre a seguinte temática:
30
A)
Melhoria do solo, da água e um plantio voltado para a
preservação e a questão ambiental.
B)
Cobertura total do solo, evitando a erosão.
C)
Aumento significativo da produção de cana-de-açúcar.
De acordo com as respostas foram elaborados vários tipos de gráficos,
considerando o de pontos segundo a tabela Likert, o de porcentagem, de
acordo com as respostas e uma análise constatando um resultado favorável
para uma problematização pertinente.
31
CAPÍTULO 4 – Apresentação da empresa - Discussão
4.1
A empresa alvo
A empresa Cosan S.A. Indústria e Comércio-Filial São Francisco situada
na fazenda Sobrado, s/n°, Elias Fausto/SP foi fundada em 17 de dezembro de
1948, é voltada exclusivamente para a produção de açúcar refinada granulado
e cristal, passou a receber, à partir de 1990, grandes investimentos em
equipamentos e tecnologia de ponta que modernizam seus processos
produtivos. Tal investimento, associado à melhoria continua de suas práticas
de trabalho, resultou na certificação de um sistema de Gestão de Qualidade.
Figura 18: Foto aérea da empresa Cosan – Unidade São Francisco.
Fonte: Acervo da Empresa Cosan.
NOME: Cosan S.A. Indústria e Comércio Filial São Paulo
ENDEREÇO: Fazenda sobrado, s/n.
CIDADE: Elias Fausto
UF: São Paulo
CEP: 13.350-000
TELEFONE: (19) 3491-1700
SITE: www.cosan.com.br
RAMO DE ATIVIDADE: Agrícola
PORTE DA EMPRESA: Grande porte
N° DE EMPREGADOS: 800 Funcionários efetivos, aproximadamente.
32
4.1.2. Histórico da Empresa
A empresa Cosan conta com um grupo em extensão, que continua
adquirindo mais unidades e usinas produtoras de açúcar e álcool. Em fevereiro
de 2000, a empresa Irmãos Franceschi Agrícola Industrial e Comercial Ltda.,
em junção com as usinas Costa Pinto, Santa Helena, São Francisco e
Tamandupá, a Cosan expandiu as operações principalmente por meio de
aquisições, parcerias e reestruturações societárias. Entre as principais
aquisições, parcerias e reestruturações desde 2000 estão:
Em novembro de 2000 a Cosan expandiu suas operações constituindo a
FBA com a Tereos e a Sucden. Como forma de integralização das ações da
FBA, a Cosan contribuiu com a usina Ipaussú.
Em abril de 2001, a FBA adquiriu o controle da Univalem S.A. Açúcar e
Álcool (“Univalem”). A Cosan garantiu sua participação indireta na controlada
da Univalem, a Guanabara. Em 2001, a FBA foi incorporada pela sua
controlada Univalem, e a Univalem mudou a sua denominação social para FBA
Franco Brasileira S.A. Açúcar e Álcool e em 2002 a FBA ganhou o controle da
Guanabara.
Em 2003, a Cosan incorporou várias controladas na Da Barra, que
centralizou determinadas operações que antes estavam dispersas e mudou o
nome da usina e aumentou o capital da empresa.
Em abril de 2004, a Cosan adquiriu uma porcentagem da Cosan
Portuária através de um aumento de capital.
A Cosan transferiu para acionistas e arrendadores muitos hectares de
terra, com essa transferência, a Amaralina celebrou um contrato de
arrendamento de terras de longo prazo.
E o nome Cosan teve origem da junção das usinas Costa Pinto e Santa
Bárbara, utilizando, assim as iniciais de casa uma delas.
33
4.1.3. Apresentação das unidades Cosan
As unidades do grupo COSAN/BARRA se concentram em São Paulo
que é servido por uma ampla e moderna malha rodoviária, além do terminal
portuário Teaçu 2 em Santos por onde passa 23% das exportações de açúcar
do Brasil.
No total são 23 unidades, quatro refinarias e dois terminais portuários
em Santos (SP) que atua de forma independente, mas totalmente integrado e
voltado para os objetivos da COSAN, tanto para a moagem da cana das usinas
do grupo saltou de pouco mais de 7 milhões de toneladas em 1996 para mais
de 29 milhões de toneladas em 2004. Abaixo apresentamos algumas de suas
unidades.
UNIDADE COSTA PINTO
Matriz do grupo COSAN, a Costa Pinto é uma das maiores do Brasil. Os
constantes investimentos em pesquisa e inovação tecnológica tornaram-na em
uma das mais modernas unidades produtivas do setor. A unidade nasceu a
COSAN está localizada na mais tradicional região canavieira do estado, o que
possibilitou, à Costa Pinto, incorporar várias outras unidades produtoras da
região, como forma de ampliar sua fronteira agrícola e capacidade industrial..
Fundação: 1936
Localização: Piracicaba/SP
Distância São Paulo: 180 Km
Capacidade
total
instalada
para:
Moagem: 24.000 t/dia
Açúcar: 41.500 scs/dia
Etanol: 1.250 m3/dia
Potência: 9,4 MW
Figura 19: Foto aérea da Usina Costa Pinto.
Fonte: Acervo da empresa Cosan.
34
UNIDADE SÃO FRANCISCO
Voltada exclusivamente para a produção de açúcar refinado granulado e
cristal, a São Francisco passou a receber, a partir de 1990, grandes
investimentos em equipamentos e tecnologia de ponta que modernizaram seus
processos produtivos. Tais investimentos, associados à melhoria contínua de
suas práticas de trabalho, resultaram na certificação do seu Sistema de Gestão
da Qualidade pela ISO 9001:2000 do processo de produção de açúcar e
refinado granulado.
Fundação: 1948
Localização: Elias fausto – SP
Distância São Paulo: 120 Km
Capacidade
total
instalada
para:
Moagem: 8.700 t/dia
Açúcar: 22.000 scs/dia
Potência: 4,2 MW
Figura 20: Foto aérea da Usina São Francisco
Fonte: Acervo da empresa Cosan
SANTA HELENA
O pioneirismo do grupo COSAN também marca presença na Santa
Helena que inovou pelo seu sistema de redução da captação de água e
efluentes líquidos. Esta unidade incorporou a produção de outras usinas
próximas.
Os constantes investimentos em tecnologia têm proporcionando
considerável aumento em sua produção.
35
Fundação: 1951
Localização: Rio das Pedras – SP
Distância São Paulo: 160 Km
Capacidade total instalada para:
Moagem: 11.000 t/dia
Açúcar: 24.000 ssc/dia
Etanol: 350 m3/dia
Potência: 4,3 MW
Figura 21: Foto aérea Usina Santa Helena
Fonte: Acervo da empresa Cosan.
UNIDADE RAFARD
Sinônimo de vigor empresarial, a unidade Rafard contabiliza mais de um
século de funcionamento e é hoje valiosa econômica para toda a cidade e
região. Esta unidade é pioneira no desenvolvimento do projeto de cogeração
de energia para suprir a demanda interna e vender os excedentes.
Fundação: 1883
Localização: Rafard – SP
Distância São Paulo: 120 Km
Capacidade total instalada para:
Moagem: 13.500 t/dia
Açúcar: 27.000 scs/dia
Etanol: 550 m3/dia
Potência: 10,2 MW
Figura 22: Foto aérea da Usina Rafard
Fonte: Acervo da empresa Cosan.
36
UNIDADE DIAMANTE
Localizada numa região de terras de alta fertilidade, a Diamante tem
uma topografia privilegiada que permite a execução da colheita mecanizada em
80% do seu território. Devido a sua localização estratégica às margens do rio
Tietê, a unidade desenvolveu um empreendimento pioneiro de transporte
fluvial, proporcionando menor custo operacional de movimentação de matériaprima.
Fundação: 1945
Localização: Jaú –SP
Distância São Paulo: 400 Km
Capacidade total instalada para:
Moagem: 10.000 t/dia
Açúcar: 24.000 scs/dia
Etanol: 340 m3/dia
Potência: 7,00 MW
Figura 23: Foto aérea Usina Diamante
Fonte: Acervo da empresa Cosan.
UNIDADE SERRA
Situada na região central do estado de São Paulo, esta unidade reúne
diversos aspectos positivos: seu terreno é altamente fértil, com relevo
topográfico propício à colheita mecanizada, e localizado próximo de
importantes malhas rodoviárias. Apesar destes benefícios, os investimentos em
pesquisas por fontes alternativas de energia resultaram em um processo de
geração de energia elétrica, no qual a Serra, além de se tornar auto-suficiente,
é também vendedora do excedente. Em 2004, a unidade comercializou cerca
de 27.000 m w/h, nova fonte de receita para a COSAN.
37
Fundação: 1945
Localização: Jaú – SP
Distância São Paulo: 400 KM
Capacidade total instalada para:
Moagem: 10.000 t/dia
Açúcar: 24.000 scs/dia
Etanol: 340 m3/dia
Potência: 7,0 MW
Figura 24: Foto aérea Usina Serra
Fonte: Acervo da empresa Cosan.
UNIDADE JUNQUEIRA
Localizada ao norte do estado de São Paulo, na divisa com o estado de
Minas Gerais e próxima a cidade de Ribeirão Preto, região grande expressão
no setor canavieiro, a Junqueira é considerada uma unidade estratégica para a
COSAN, devido à excelência do solo para o cultivo da cana-de-açúcar.
Fundação: 1910
Localização: Igarapava- SP
Distância São Paulo: 450 Km
Capacidade total instalada para:
Moagem: 13.500 t/dia
Açúcar: 24.000 scs/dia
Etanol: 900 m3/dia
Potência: 19,2 MW
Figura 25: Foto aérea Usina Junqueira
Fonte: Acervo da empresa Cosan.
38
UNIDADE IPAUSSU
Após grandes transformações e investimentos, em 1995, a unidade
Ipaussu iniciou um processo de expansão e transformou-se em uma grande
unidade produtora de açúcar. A duplicação da área de plantio acarretou no
aumento imediato da sua produção.
Fundação: 1982
Localização: Ipaussu – SP
Distância São Paulo: 380 Km
Capacidade total instalada para:
Moagem: 12.000 t/dia
Açúcar: 25.000 scs/dia
Etanol: 360 m3/dia
Potência: 6,0 MW
Figura 26: Foto aérea Usina Ipaussu
Fonte: Acervo da empresa Cosan.
INIDADE UNIVALEM
Criada inicialmente para produzir álcool anidro, a Univalem triplicou sua
produção e diversificou seu ramo de atuação, passando também a produzir
açúcar. É a única unidade do grupo a produzir açúcar orgânico, totalmente
isento de qualquer tipo de aditivo químico. Este diferencial é reconhecido por
sua qualidade, com a certificação do Sistema de Gestão de Qualidade pela ISO
9001:2000 dos processos de produção de açúcares orgânicos, VHP, VVHP e
VHP Plus, além de processo de produção de material biológico para combate
às pragas da cana-de-açúcar. A unidade participa ainda do Terminal Unimodal.
39
Fundação: 1976
Localização: Valparaíso – SP
Distância São Paulo: 560 Km
Capacidade total instalada para:
Moagem: 11.500 t/dia
Açúcar: 19.000 scs/dia
Etanol: 650 m3/dia
Potência: 8,0 MW
Figura 27: Foto aérea Usina Univalem
Fonte: Acervo da empresa Cosan.
UNIDADE GASA
Situada no extremo oeste do estado, a unidade dispõe de alta tecnologia
na produção de álcool anidro pelo uso da peneira molecular. A Gasa é outra
unidade do grupo que participa do Terminal Unimodal de transporte, pioneiro
na integração logística rodo-fluvial de combustível, no rio Tietê. Em 2005, foram
realizados investimentos para a construção da fábrica de açúcar e, a partir de
junho de 2005, a Gasa iniciou a sua produção de açúcar VHP.
Fundação: 1996
Localização: Andradina – SP
Distância São Paulo: 630 Km
Capacidade total instalada para:
Moagem: 6.500 t/dia
Etanol: 450 m3/dia
Potência: 4,0 MW
Figura 28: Foto aérea Usina Gasa.
Fonte: Acervo da empresa Cosan.
40
UNIDADE DA BARRA
A unidade da Barra é a maior usina de açúcar e etanol do mundo em
capacidade de moagem de cana. Com foco no varejo, é a responsável pela
fabricação do açúcar da Barra, marca que possui destacada participação no
mercado nacional.
Fundação: 1945
Localização: Barra Bonita – SP
Distância São Paulo: 280 Km
Capacidade total instalada para:
Moagem: 36.500 t/dia
Açúcar: 60.000 scs/dia
Etanol: 1.800 m3/dia
Potência: 19,0 M
Figura 29: Foto aérea Usina da Barra.
Fonte: Acervo da empresa Cosan.
UNIDADE DOIS CÓRREGOS
A localização geográfica da unidade Dois Córregos, próxima das malhas
rodoviárias e ferroviárias da região central do estado de São Paulo, facilita o
escoamento de sua produção.
Fundação: 1947
Localização: Dois Córregos – SP
Distância São Paulo: 280 KM
Capacidade total instalada para:
Moagem: 7.500 t/dia
Açúcar: 18.500 scs/dia
Etanol: 220 m3/dia
Potência: 3,6 MW
Figura 30: Foto aérea usina Dois Córregos
Fonte: Acervo da empresa Cosan.
41
UNIDADE DESTIVALE
Localizada na região nordeste do estado de São Paulo, aa margens do
Rio Tietê, a Destivale nasceu com atividade voltada para a produção de álcool
e, a partir de 2001, deu início a produção de açúcar VHP. Esta unidade tem
fácil acesso a outros meios de escoamento de sua produção, como rodovias,
hidrovias e ferrovias.
Fundação: 1980
Localização: Araçatuba – SP
Distância São Paulo: 530 KM
Capacidade total instalada para:
Moagem: 7.000 t/dia
Açúcar: 7.200 scs/dia
Etanol: 520 m3/dia
Potência; 3,0 MW
Figura 31: Foto aérea Usina Destivale
Fonte: Acervo da empresa Cosan.
UNDADE MUNDIAL
A Usina Mundial ocupa uma área de aproximadamente 200 alqueires de
terras próprias. O parque industrial da usina ocupa hoje em área de 21,27
alqueires, onde são produzidas açúcar tipo exportação, álcool anidro e
hidratado.
A proximidade geográfica com as unidades Destivale, Univalem e Gasa,
a Mundial amplia o potencial da Cosan na região noroeste do estado de São
Paulo.
42
Fundação: 1979
Localização: Mirandópolis – SP
Distância São Paulo: 580 Km
Capacidade total instalada para:
Moagem: 6.500 t/dia
Açúcar: 10.000 scs/dia
Etanol: 300 m3/dia
Potência: 2,8 MW
Figura 32: Foto aérea da Usina Mundial
Fonte: Acervo da empresa Cosan.
UNIDADE BONFIM
Localizada na região de Ribeirão Preto, umas das melhores áreas para o
cultivo de cana-de-açúcar no Brasil, a unidade Bonfim produz açúcar VHP,
álcool anidro, hidratado e refinado.
Fundação: 1948
Localização: Guariba – SP
Distância São Paulo: 400 Km
Capacidade total instalada para:
Moagem: 27.000 t/dia
Açúcar: 45.000 scs/dia
Etanol: 1.100 m3/dia
Potência: 17,0 MW
Figura 33: Foto aérea Usina Bonfim
Fonte: Acervo da empresa Cosan.
43
UNIDADE TAMOIO
Uma das mais tradicionais indústrias açucareiras do estado de São
Paulo, situada em terras de alta produtividade, associada às excelentes
condições climáticas, e a completa infra-estrutura da região sustentam o
complexo agro-industrial da empresa, que produz açúcar Cristal e VHP.
Fundação: 1907
Localização: Araraquara – SP
Distância São Paulo: 300 Km
Capacidade total instalada para:
Moagem: 7.500 t/dia
Açúcar: 18.000 scs/dia
Potência: 3,6 MW
Figura 34: Foto aérea Usina Tamoio
Fonte: Acervo da empresa Cosan.
UNIDADE BOM RETIRO
Localizada na cidade de Capivari, a unidade Bom Retiro concentra sua
atividade na produção de VVHP e etanol. Juntamente, com as unidades
Rafard, São Francisco, Santa Helena e Costa Pinto, a Bom Retiro se apresenta
como uma importante mantenedora do desenvolvimento agroindustrial
canavieiro da região de Piracicaba.
Fundação: 1913
Localização: Capivari – SP
Distância São Paulo: 120 KM
Capacidade total instalada para:
Moagem: 7.000 t/dia
Açúcar: 12.000 scs/dia
Etanol: 350 m3/dia
Potência: 3,5 MW
Figura 35: Foto aérea da Usina Bom Retiro
Fonte: Acervo da empresa Cosan.
44
UNIDADE TEAÇÚ 2
Responsável pelo embarque de todo açúcar exportado pela COSAN, a
COSAN Operadora Portuária de Granéis possui modernas instalações e
equipamentos compatíveis com os mais evoluídos portos do mundo: resultado
de um investimento de mais de US$ 32 milhões, nos últimos anos.
O processo totalmente informatizado e moderno sistema on-line, da
fonte produtora até o embarque no navio garante a excelência do serviço
prestado. Prova disso está nos números recordes e nas certificações
internacionais que o terminal possui: ISO 9001:2000, ISO 14000:2004, OHSAS
18001:1999 e GMP Code: GMP13.
Isso tudo permitiu, à COSAN Operadora de Granéis Terminal Portuário,
atingir números recordes: em 1998, exportou 1,3 milhão de toneladas e chegou
à casa dos 3,5 milhões, em 2004, número que representa 23% das
exportações de açúcar do país. Cerca de 40% desse volume foi produzido pelo
grupo COSAN.
Durante a entressafra do açúcar, a COSAN Operadora Portuária tem
atuado com sucesso no embarque de soja para exportação, operação que
consiste na base de projetos futuros na área de grãos. O terminal tem
capacidade de movimentação de 4 milhões de toneladas por ano de granéis
sólidos, além de grande flexibilidade operacional, o que permite a
movimentação da soja simultânea ao açúcar, sem interrupção dos trabalhos.
Em 2004, a instalação de um guindaste, conforme verificamos na Figura
36, com capacidade para erguer 16 toneladas, permitiu, ao terminal, receber
navios do tipo Capesize, o que irá alavancar os negócios no mercado de grãos
e representará novas oportunidades de negócios para o grupo.
Figura 36: Foto aérea da instalação do guindaste no porto de Santos.
Fonte: Acervo da empresa Cosan.
45
UNIDADE TEAS
O Teas – Terminal para Exportação de Álcool Santos é resultado da
parceria entre COSAN, Crystalserv, grupo Nova América e Cargil, para a
abertura de um Terminal específico para exportação de etanol. A finalidade
deste terminal é de prestação de serviços à exportação de álcoois a seus
associados e outros agentes do mercado. Este será o primeiro terminal
dedicado ao etanol no centro-sul do país. È o primeiro passo importante na
direção de evolução logística em álcoois carburantes. Atualmente, o Teas
Terminal para Exportação de Álcool Santos conta com 40.000 m3 de
capacidade de armazenagem. A expectativa é de que, muito brevemente,
numa segunda etapa, a capacidade seja expandida para 80.000 m3.
4.2. Ramo de Atividade
A empresa Cosan S.A. Indústria Comércio trabalha no segmento
agrícola, na moagem da cana-de-açúcar e fabricação de açúcar e álcool.
Figura 37: Foto da Empresa Cosan – Unidade São Francisco
Fonte: Acervo da empresa Cosan.
46
4.3. Mapa de Localização, unidade São Francisco
Figura 38: Mapa de localização da empresa Cosan, unidade São Francisco.
Fonte: Empresa Cosan, disponível em WWW.cosan.com.br, acessado em 12/10/2010.
4.4 - Principais Produtos e Serviços
4.4.1 Exportação
Até 2002, cerca de 92% da produção de açúcar do grupo
COSAN/BARRA era destinado à exportação. Na safra 2006/2007, o volume
exportado chegou a 86,7%.
Para atender os interesses de cliente no exterior, a empresa produz
quatro diferentes tipos de açúcar.
Desenvolvido pelo grupo especialmente para o mercado externo, o
açúcar VHP (very high polarization) surgiu em 1993, como inovação do setor.
Também são comercializados os tipos de refinado granulado, cristal orgânico.
Também são comercializados em 3 tipos o industrial, o refinado e o
neutro.
47
4.4.2 Açúcar
VHP: O VHP foi desenvolvido pela COSAN em 1993 como um açúcar bruto
para ser reprocessado no exterior e, desde então, tornou-se um padrão no
mercado mundial. É um açúcar cristalizado com alto grau de polarização.
Refinado Granulado: Obtido pelo refino de açúcar cristal dissolvido, onde se
aplica um processo de cristalização controlada. Sua granulometria é
homogênea, com baixa cor. Especial para processos que exijam elevada
pureza.
Cristal: Indicado para diversos produtos alimentícios.
Orgânico: Obtido dentro de rígidos padrões de qualidade na Univalem, é
utilizado para consumo direto e em alimentos orgânicos industrializados.
Apresenta cristais regulares de coloração levemente amarelada.
4.4.3 Álcool
Álcool Anidro: O álcool anidro, utilizado na mistura da gasolina de veículos
automotores, tem teor de 99,7º e surge com a utilização do ciclo-hexano, ou
através da passagem do álcool hidratado por colunas de resina de peneira
molecular para retenção de água.
Álcool Hidratado Carburante: Obtido por destilação da mistura entre álcool,
água e fermento, possui 96º GL. Utilizado diretamente em veículos
automotores como combustível, é menos poluente que a gasolina.
Álcool Hidratado Neutro: Obtido por destilação da mistura entre álcool, água
e fermento, possui 96º GL. Utilizado como insumo nas indústrias de perfumes e
bebidas.
Álcool Hidratado Refinado: A matéria-prima para a produção do Álcool
Líquido é uma mistura do caldo de cana submetida a aquecimento e
decantação. Em seguida, tem o seu teor alcoólico acertado dentro da
especificação
48
4.4.4-Atuação no Mercado
Cana-de-açúcar, uma opção de futuro:
O Brasil é o maior exportador mundial de açúcar e, junto com a Austrália
e alguns países da América Central e do Sul, é um dos poucos países a
exportar mais do que o consumo doméstico. Já o mercado do etanol ainda é
bastante restrito e, devido ao grande consumo interno do combustível, o grosso
da produção ainda é destinada ao mercado.
Uma das vantagens do Brasil está em possuir dois períodos de safra
distintos. A região norte-nordeste colhe sua safra no período de novembro a
abril, enquanto que a região centro-sul realiza essa atividade de maio a
outubro. Assim, o país desfruta não apenas de interessante diversificação
geográfica, mas também de maior equilíbrio na safra, conforme observamos
nos gráficos comparativos1 e 2.
Gráfico 1: Gráfico comparativo com a produção de cana-de-açúcar entre várias
regiões brasileiras.
Fonte: Empresa Cosan, disponível em WWW.cosan.com.br, acessado em
12/10/2010.
49
Gráfico 2: Análise comparativas da produção de açúcar entre várias regiões
brasileiras.
Fonte: Empresa Cosan, disponível em WWW.cosan.com.br, acessado em
12/10/2010.
A produtividade agrícola brasileira cresceu nos últimos anos e,
atualmente, está em 77 toneladas de cana por hectare. Os ganhos de
produtividade são reflexos de um conjunto de ações contínuas e investimentos
em pesquisa e tecnologia. Os produtores da região centro-sul lideram tais
ações e obtém melhores resultados que seus competidores no norte-nordeste.
Hoje, a região centro-sul representa cerca de 85% da produção de cana,
açúcar e etanol
e apresenta forte crescimento nas
últimas
safras.
de cana, açúcar e etanol e apresenta forte crescimento nas últimas safras.
Esta mesma realidade também é considerável para a produção de
álcool, que vem aumentando sua produção e as vendas atendendo assim, a
cada ano, mais consumidores e também os produtores, conforme observamos
no gráfico 3, analisando os dados.
50
Gráfico 3: Gráfico comparativo com a produção de álcool entre os anos 2000 a
2006 em várias regiões brasileiras.
Fonte: Empresa Cosan, disponível em WWW.cosan.com.br, acessado em
12/10/2010.
Açúcar
O açúcar de cana é responsável por 75% da produção mundial. Apesar
da forte “onda de adoçantes” da última década, o consumo de açúcar, no
mundo, cresce a uma taxa média de 2,3% ao ano, conforme observamos na
Figura 41, a crescente venda de açúcar.
Esse crescimento de consumo indica um volume de 40 milhões de
toneladas na próxima década, ou seja, 1,4 vezes na produção brasileira,
conforme verificamos no gráfico 4.
Gráfico 4: Gráfico com a venda de açúcar entre os anos de 2001 a 2006.
Fonte: Empresa Cosan, disponível em WWW.cosan.com.br, acessado em
12/10/2010.
51
Conforme o gráfico 5, podemos observar os 10 maiores produtores de
açúcar que são responsáveis por 74% da produção mundial de açúcar, mas o
Brasil ocupa um papel de liderança, tanto na produção como na exportação de
açúcar. Esse potencial competitivo do Brasil se deve a produtividade e
rendimento industrial, pesquisas sobre novas variedades, utilização de novas
técnicas agrícolas e solos férteis, condições que garantem, ao país, os
menores custos de produção do mundo.
Gráfico 5: Gráfico com os 10 maiores produtores de açúcar.
Fonte: Empresa Cosan, disponível em WWW.cosan.com.br, acessado em
12/10/2010.
Etanol
O interesse no uso do etanol como combustível tem-se revigorado
ultimamente devido ao aumento dos preços do petróleo e à necessidade de
redução de emissão de gases causadores do efeito estufa.
Conforme o gráfico 6, podemos observar que as vendas de etanol vem
aumentando significativamente desde o ano de 2001 até 2006.
52
Gráfico 6: Gráfico comparativo sobre a venda de etanol desde os anos de 2001
a 2006.
Fonte: Empresa Cosan, disponível em WWW.cosan.com.br, acessado em
12/10/2010.
Observando os dados o gráfico 7 e analisando podemos perceber que o
Brasil é o maior produtor mundial de álcool, seguido pelos EUA. Principalmente
após a ratificação do protocolo de Kyoto, vários países estão voluntariamente
aderindo a metas de redução de gases, entre os quais se destacam Inglaterra,
Alemanha, Holanda, Japão. E o Brasil ganha destaque nesse novo mercado já
que as vantagens competitivas brasileiras do binômio cana&açúcar também se
aplicam à cana&álcool.
Gráfico 7: Gráfico comparativo dos países maiores produtores de álcool.
Fonte: Empresa Cosan, disponível em WWW.cosan.com.br, acessado em
12/10/2010.
53
4.5. Visão, Missão e Valores
A empresa Cosan se preocupa em produzir energia limpa e sua fonte, a
cana-de-açúcar, é renovável e de alto desempenho energético.
A empresa apresenta reflexões importantes a respeito das questões
ambientais neste novo cenário de desenvolvimento sustentável. Investe em
tecnologia, planta, colhe e produz.
Visão
A empresa apresenta uma visão holística na gestão ambiental e tem como
referência mundial em energia limpa e renovável.
Missão
A principal missão da empresa é prover energia cada vez mais limpa e
renovável para melhorar a vida das pessoas.
4.6. Estatística Descritiva do questionário
Seguindo os dados coletados por meio do questionário em entrevista
com funcionários, diretores e alguns agricultores da área, considerando a
Escala de Likert, com níveis de 1 a 4 pontos. As questões nomeadas como A
diz respeito a preservação do meio ambiente e sustentabilidade conforme a
Tabela 2, citada abaixo:
Concordo
Concordo
Não
Não sei
totalmente
parcialmente
concordo
responder
A*
7
3
-
-
A**
8
2
-
-
A***
7
3
-
-
Questões
Tabela 2: Resultado em pontos referentes a respostas da questão A,
preservação do meio ambiente e sustentabilidade.
54
Analisando os dados obtidos no questionário e melhor visualizado na
tabela acima, podemos constatar que a maioria das pessoas entrevistadas
consideram muitos benefícios com uso dos adubos orgânicos no plantio de
cana-de-açúcar.
A tabela 3, diz respeito às questões sobre a temática nomeada por B,
que viabiliza a necessidade da cobertura do solo durante todo o ano, evitando
assim a erosão do solo, conforme observamos abaixo:
Concordo
Concordo
Não
Não sei
totalmente
parcialmente
concordo
responder
B*
9
1
-
-
B**
8
2
-
-
B***
7
-
3
-
Questões
Tabela 3: Resultado em pontos referentes a respostas da questão B, sobre a
importância da cobertura do solo evitando a erosão.
De acordo com a tabela acima, observamos que a maioria das pessoas
entrevistadas concordam que a cobertura do solo, realizada pela adubação
verde promove a cobertura do solo durante o ano todo, evitando a erosão,
ocasionado pelas chuvas.
A tabela 4, diz respeito às questões sobre a temática nomeadas por C,
que analisa o aumento da produtividade com o uso de adubos orgânicos:
Concordo
Concordo
totalmente
parcialmente
C*
8
2
-
-
C**
9
1
-
-
C***
8
2
-
-
Questões
Não concordo
Não sei
responder
Tabela 4: Resultado em pontos referentes a respostas da questão C, sobre o
aumento da produtividade aliada ao uso de adubos orgânicos.
55
Esta pesquisa também pode ser melhor analisada com a Tabela em
porcentagem, contendo o gráfico para melhor tratamento da informação, no
anexo 3.
De acordo com os dados obtidos diante a aplicação do questionário,
analisado nas tabelas acima, a maioria das pessoas entrevistadas concordam
que há muitos benefícios em se utilizar a adubação verde tanto para a melhora
da conservação e cobertura do solo, mesmo durante épocas muito chuvosas
do ano, evitando a erosão.
Também é muito considerável o aumento da produtividade aliada a
fertilização natural e devolução dos nutrientes ao solo, já que supre
integralmente o nitrogênio do solo para às próximas plantações.
Ao que recai sobre a questão da preservação do meio ambiente e da
sustentabilidade há uma grande preocupação em cultivar com o máximo de
cuidado com os recursos naturais adotando a agricultura conservacionista,
consistindo em preservar, melhorar e otimizar os recursos naturais.
Ressaltando o uso da agricultura conservacionista articulada aos dados
obtidos através da entrevista e analisados na tabela 2, sobre a preservação
dos recursos naturais podermos notar uma readequação de áreas agrícolas de
produtores comprometidos com a sustentabilidade e ainda, refletir sobre a
citação do pesquisador Denardin, (2008, p. 21.)
“Alguns dos enfoques do conservacionismo são a
preservação de resíduos culturais na superfície do solo, a
ampliação da biodiversidade, a diversificação de sistemas
agrícolas, o manejo integrado, a abreviação do período
entre a colheita e a semeadura etc. Como exemplos de
práticas estão plantas cultivadas como adubos verdes ou
simplesmente como cobertura de solo e o sistema plantio
direto, prática de uso em cerca de 45% da área agrícola
produtora no Brasil”.
Desta forma, faz-se extremamente necessário o uso de meios naturais
para a fertilização do solo que devolvem os nutrientes, evitam a erosão e
aumentam a produtividade sem agredir o meio ambiente.
56
Podemos analisar a produtividade da cana-de-açúcar com o uso de
fertilizantes naturais, observando o anexo 5 que contém algumas plantas que
podem ser utilizadas como adubos verdes em comparação uma com a outra.
Esta tabela possibilitou uma melhor visualização do aumento da
produtividade em cada um dos três cortes retirados de cana-de-açúcar. E no
anexo 4 pode-se comparar a plantação de cana-de-açúcar com e sem a
utilização de leguminosas como substâncias fertilizantes do solo.
Para melhor ilustrar os dados da pesquisa realizada utilizamos o anexo
2, que traz a tabulação dos dados obtidos na entrevista de opinião, em forma
de gráfico, o que possibilita um melhor tratamento de toda a informação
coletada com diretores, funcionários e produtores que trabalham no segmento
da plantação de cana-de-açúcar.
57
5. Considerações Finais
Considerando fatores cruciais e todos os desafios que produtores e
empresas do agronegócio brasileiro têm enfrentado, podemos afirmar que o
saldo atual do setor voltado para uma gestão ambiental é positivo e
visivelmente favorável. Muitos anos antes, dos temas Aquecimento Global,
Energias Renováveis e Sustentabilidade ganharem notoriedade, uma gestão
voltada para a preservação já despertava a atenção de pesquisadores sobre a
temática. Por esse motivo, a adubação orgânica ganhou forças e credibilidade,
já que beneficia o solo devolvendo nutrientes e substâncias que promovem a
fertilização e melhora na qualidade e produtividade agrícola.
Esse novo olhar que a gestão ambiental proporcionou aos agricultores e
usinas que terceirizam o cultivo da cana-de-açúcar, criou condições para o
trabalho com o uso da adubação verde, que ao mesmo tempo oferecem
melhores condições ao solo, a preservação do meio ambiente, a melhora da
qualidade e aumento da produtividade.
Como ponto de reflexão, propomos a análise dos dados do gráfico no
anexo 2, que foi elaborado com as respostas dos questionários aplicados entre
os funcionários, diretores e alguns produtores da Usina Cosan – Unidade São
Francisco, e podemos perceber que a maioria dos entrevistados possuem uma
visão bastante favorável e aceitável para o uso da adubação verde. Outra
implicação importante é o baixo custo que este tipo de fertilização oferece, pois
trabalhando com leguminosas que podem devolver os nutrientes ao solo, não
se faz necessário a utilização dos adubos químicos que podem até contaminar
o solo e o lençol freático.
Como consideração final e importante na questão ambiental, refletimos
sobre a preservação do meio ambiente, utilizando os recursos naturais sem a
sua degradação, que é uma temática atualmente muito discutida que se torna
favorável ao uso da adubação verde, melhorando o solo pelos meios naturais.
Este trabalho cujo tema foi: A inserção da gestão ambiental na
agricultura: adubo orgânico como aliado da produção, tinha como perguntaproblema: Qual a contribuição dos adubos verdes para o aumento da produção
58
da cana-de-açúcar? Abordou um tema importante e relevante e no momento
chega ao final....
Isso não significa que o assunto encerrou, antes, abrimos possibilidade
de alguém prosseguir a partir deste ponto, desta pequena reflexão acerca da
gestão ambiental.
A pesquisa bibliográfica e de campo contribuiu para nossa formação e
enriqueceu nossa visão de sustentabilidade que temos de exercer como
administradores, e nos possibilitou um novo olhar sobre o meio ambiente, o
que nos fez mais conscientes.
59
Referências Bibliográficas
CÁCERES, Neivaldo Tunes, ALCARDE; José Carlos; Adubação verde com
leguminosas em rotação com cana-de-açucar. Revista STAB, v.13, n.5, 1995;
ANDRADE, Rui Otávio Bernardes; TACHIZAWA, Takeshy, DE CARVALHO,
Ana Barreiros, Gestão Ambiental - Enfoque Estratégico Aplicado ao
Desenvolvimento Sustentável, São Paulo, 2000;
DENARDIN, José Eloir, Produção Responsável - Artigo: Revista New Holland
em campo, Ano 11, N°44, 2008;
DONEGÁ, I.M. Comportamento de leguminosas, adubos verdes cultivadas no
outono/inverno, em três populações de plantas. Ilha Solteira: UNESP/FEIS,
1994. 75p;
GIL, Antonio Carlos, Métodos e Técnicas de Pesquisa Social, Editora Atlas,
1999;
GUIMARÃES, O. Adubos verdes: Para o bem da terra. Revista Globo Rural,
São Paulo,v. 104, p. 43-50, 1994.
MALAVOLTA, E. ABC da Adubação. 5ª ed. Editora Agronômica Ceres. São
Paulo. 1989. 292p, p. 115;
MARTINS, Petrônio Garcia, LAUGENI, Fernando Piero, Administração da
Produção, São Paulo, Saraiva, 1999, 438 p. Pág. 10;
Pesquisa em arquivo virtual da Empresa
www.cosan.com.br, último acesso em 12/10/2010;
Cosan,
disponível
em
Pesquisa em arquivo virtual: Disponível em WWW.agrorganica.com.br, e em
www.ambientebrasil.com.br, acessado em 11/04/2010, Produto Orgânico,
Estudo indica leguminosas para adubação verde em Minas Gerais, Redação,
desenvolvido por Ronnan Del Rey, ( 1° artigo 2005 e 2° artigo 2010).
Revista Brasileira de Agroecologia, outubro, 2007, Volume 2, número 2, Manejo de Agroecossistemas Sustentáveis, Salomé, Juliana Roline Sakai, e
Rogério Haruo,( 2007.p.116);
Revista Globo Rural – Junho de 1994 - Texto: Odilon Guimarães e colaboração
de Gislene Silva – Fotos: Oswaldo Maricato, Amilton Vieira e Ernesto de
Souza;
TANAKA, R.T.; MASCARENHAS, H.A.A.; DIAS, O.S.; CAMPIDELLI, C.;
BULISANI, E.A. Cultivo da soja após incorporação de adubo verde e orgânico.
Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.27, n.11, p.1477-1483, 1992.
60
ANEXO 1 Questionário:
Questionário realizado para pesquisa de opinião.
Idade: __________________________________________________________
Cargo: (Opcional) ________________________________________________
QUESTÕES A
Concordo
totalmente
Concordo
parcialmente
Não
concordo
Não sei
responder
Concordo
totalmente
Concordo
parcialmente
Não
concordo
Não sei
responder
Concordo
totalmente
Concordo
parcialmente
Não
concordo
Não sei
responder
A* – É importante preservar o
meio ambiente?
A** – Os adubos orgânicos
ajudam a preservar e enriquecer o
solo?
A***–
Os
adubos
verdes
melhoram
a
qualidade
e
a
produtividade da cana-de-açúcar?
QUESTÕES B
B* - É importante proteger o
solo no período das chuvas?
B** - A adubação verde é uma
boa solução para a cobertura do
solo?
B***- A adubação verde permite
a proteção da superfície do solo?
QUESTÕES C
C* - Com a adubação verde
melhora a qualidade do solo de uma
maneira natural?
C** - Melhorando a qualidade do
solo, melhora a qualidade dos
produtos?
C*** - Melhora também a
produtividade
dos
produtos
cultivados?
61
ANEXO 2 – Resultado da entrevista de opinião ilustrada no gráfico.
Resultado da entrevista realizada com diretores, funcionários e
produtores que trabalham diretamente com o grupo Cosan, conforme as
questões da temática denominada A, referente a preservação do meio
ambiente.
Gráfico 8: Gráfico analítico sobre a questão de preservação do meio ambiente.
Fonte: Pesquisa realizada com a empresa Cosan- Unidade São Francisco.
Resultado da entrevista realizada com diretores, funcionários e
produtores que trabalham diretamente com o grupo Cosan, conforme as
questões da temática denominada B, referente a cobertura do solo durante
todo o ano.
62
Gráfico 9: Gráfico analítico sobre a questão da cobertura do solo.
Fonte: Pesquisa realizada com a empresa Cosan- Unidade São Francisco.
Resultado da entrevista realizada com diretores, funcionários e
produtores que trabalham diretamente com o grupo Cosan, conforme as
questões da temática denominada C, referente ao aumento da produtividade
com a implantação da adubação verde.
Gráfico 10: Gráfico analítico sobre a questão da produtividade.
Fonte: Pesquisa realizada com a empresa Cosan- Unidade São Francisco.
63
ANEXO 3 Gráfico analítico com os dados em porcentagem.
Concordo
Concordo
Não
Não sei
totalmente
parcialmente
concordo
responder
A*
70%
30%
-
-
A**
80%
20%
-
-
A***
70%
30%
-
-
Concordo
Concordo
Não concordo
Não sei
totalmente
parcialmente
B*
90%
10%
-
-
B**
80%
20%
-
-
B***
70%
-
30%
-
Concordo
Concordo
Não concordo
Não sei
totalmente
parcialmente
C*
80%
20%
-
-
C**
90%
10%
-
-
C***
80%
20%
-
-
Questões
Questões
Questões
responder
responder
Fonte: Entrevista realizada na empresa Cosan – Unidade São Francisco.
64
ANEXO 4
Gráfico comparativo entre as plantações com e sem o uso dos adubos
verdes e as principais plantas utilizadas como adubos e sua produtividade:
Gráfico 11- Plantas com maior índice de produtividade.
Fonte: Revista Brasileira de Agroecologia - outubro, 2007.
65
ANEXO 5
Análise da tabela com a produtividade da cana-de-açúcar em três cortes
utilizando como fertilizantes alguns adubos verdes.
Tabela 5: Produtividade agrícola de três cortes, em toneladas de colmos por hectare.
Fonte: CACERES & ALCARDE,1995.
66
ANEXO 6
Plantação de cana-de-açúcar intercalada com a plantação de soja.
Figura 39: Foto ilustrativa de uma plantação de cana-de-açúcar intercalada com a
plantação da soja, considerada como meiose.
Fonte: Agencia Embrapa. www.agencia.cnptia.embrapa.br/Nutricao, Rio Brilhante, MS.
67
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