CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO A INSERÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL NA AGRICULTURA: ADUBO ORGÂNICO COMO ALIADO DA PRODUÇÃO DIOGO RAIMUNDO DE GÓES RODRIGO SGARIBOLDI Capivari - SP 2010 CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO A INSERÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL NA AGRICULTURA: ADUBO ORGÂNICO COMO ALIADO DA PRODUÇÃO DIOGO RAIMUNDO DE GÓES RODRIGO SGARIBOLDI Projeto de Pesquisa de Monografia de conclusão de curso apresentado ao curso de Administração da FACECAP/ CNEC Capivari. Orientador: Prof. Ms. Geraldo José Melaré e Prof. Ms. Marco Antonio Armelin CAPIVARI 2010 II DEDICATÓRIA Aos meus familiares e aos amigos pelo apoio e compromisso. Aos demais que estiveram envolvidos durante esse caminho, nosso muito obrigado. III AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente à Deus que nos deu um sopro de vida e de reflexão sobre a temática. Aos nossos familiares que foram pacientes a todo o momento, nos encorajando a cada novo obstáculo e dando forças para encarar o novo, a busca de conhecimentos, a pesquisa e consequentemente aprendizagens significativas e qualitativas. Às nossas possibilitando um namoradas esforço que mútuo compreenderam para a a realização cada ausência, da pesquisa, proporcionando crescimento profissional e enriquecimento do conhecimento. IV “A questão Administração de habilidade, é e uma não depende da técnica ou experiência. Mas é preciso antes de tudo saber o que se quer”. Sócrates “A necessidade de se identificarem produtos e, mais tarde, processos que apresentassem pouco ou nenhum impacto negativo ao meio ambiente fez com que aparecessem, desde 1978, rótulos ecológicos ou selos verdes dos mais variados tipos e níveis de abrangência”. Nahus (1995 apud Schenini, 1999). V GOES, Diogo Raimundo de, & SGARIBOLDI, Rodrigo – A Inserção da Gestão Ambiental na agricultura: Adubo orgânico como aliado da produção. Projeto de Pesquisa de Monografia de conclusão de curso, Curso de Administração, Faculdade Cenecista de Capivari - CNEC, p.67, 2010. RESUMO Atualmente a preservação do meio ambiente é uma questão importante e causadora de profundas reflexões a respeito da sustentabilidade. Produzir produtos de qualidade, com o aumento significativo da produtividade e preservando o meio ambiente sem a contaminação de agentes e fertilizantes químicos podem ser cultivados com a fertilização de adubos orgânicos, os chamados “adubos verdes”, que ocorrem naturalmente com a corporação no solo. Com o uso da adubação verde melhora a qualidade do solo, e com isso melhora também a qualidade dos produtos cultivados neste solo. Com a utilização destes adubos melhora a massa orgânica e as substâncias do solo, com isso torna-o rico em nutriente e em nitrogênio, e consequentemente aumenta a produtividade da plantação. Outro fator significativo é a cobertura total do solo durante todo o ano, pois a grande variedade de leguminosas faz a cobertura completa, evitando a erosão do solo em períodos chuvosos. A presente pesquisa sugere á empresa estudada, que tem uma visão voltada para a produção aliada á sustentabilidade, a implantação de cultivos de cana-de-açúcar fertilizadas com a adubação verde, visando a preservação do meio ambiente, a fertilização de uma maneira natural e com baixos custos, beneficiando assim, a própria empresa e também os produtores. Palavras chaves: 1-SUSTENTABILIDADE 2-ADUBAÇÃO VERDE 3-QUALIDADE 4- PRODUÇÃO VI SUMÁRIO Introdução Capítulo Capítulo 1 1 Apresentação do trabalho................................................... 3 1.1 Caracterização do problema............................................... 3 1.2 Apresentação e justificativa de trabalho............................. 3 1.3 Relevância do trabalho....................................................... 4 1.4 Objetivos do trabalho.......................................................... 4 1.5 Estrutura do trabalho.......................................................... 5 2 Revisão Teórico – Conceitual............................................. 8 2.1 A importância da gestão ambiental como aliada na agricultura........................................................................... 8 2.2 Fundamentos da adubação verde...................................... 10 2.3 Algumas plantas que podem ser utilizadas como adubos verdes................................................................................. 15 2.4 Gestão ambiental e sustentabilidade.................................. 21 2.5 Qualidade e produtividade.................................................. 24 3 Metodologia da Pesquisa.................................................... 27 3.1 Metodologia......................................................................... 27 3.2 Procedimento para a obtenção de dados........................... 28 3.3 Tratamento de dados.......................................................... 29 Capítulo 4 Apresentação da empresa. / Discussão............................. 32 4.1 A empresa alvo................................................................... 32 4.1.2 Histórico da empresa.......................................................... 33 4.1.3 Apresentação das unidades Cosan.................................... 34 4.2 Ramo da atividade.............................................................. 46 4.3 Mapa de localização, unidade São Francisco.................... 47 4.4 Principais Produtos e serviços............................................ 47 Capítulo VII 4.4.1 Exportação.......................................................................... 47 4.4.2 Açúcar................................................................................. 48 4.4.3 Álcool ................................................................................. 48 4.4.4 A atuação no mercado........................................................ 49 4.5 Visão, Missão e Valores...................................................... 54 4.6 Estatística Descritiva do questionário................................. 54 5 Considerações Finais.......................................................... 58 Referência Bibliográfica............................................................................. 60 Anexo 1 - Questionário realizado para pesquisa de opinião............... 61 Anexo 2- Resultado da entrevista de opinião ilustrada no gráfico..... 62 Anexo 3- Gráfico analítico com os dados em porcentagem.............. 64 Anexo 4- Gráfico comparativo entre as plantações com e sem o uso dos Capítulo adubos verdes............................................................................................ 65 Anexo 5- Análise da tabela com a produtividade da cana-de-açúcar... 66 Anexo 6 Plantação de cana-de-açúcar intercalada com a de soja...... 67 VIII LISTA DE FIGURAS Figura 1: Foto da planta leguminosa Aveia preta................................... 16 Figura 2: Foto da planta leguminosa Azevem ....................................... 16 Figura 3: Foto da planta leguminosa Calopônio..................................... 16 Figura 4: Foto da planta leguminosa Crotária........................................ 16 Figura 5: Foto da planta leguminosa Ervilha Forrageira........................ 17 Figura 6: Foto da planta leguminosa Ervilhaca...................................... 17 Figura 7: Foto da planta leguminosa Feijão de porco............................ 17 Figura 8: Foto da planta leguminosa Girassol........................................ 17 Figura 9: Foto da planta leguminosa Guandu ou Andu.......................... 18 Figura 10: Foto da planta leguminosa Labe- labe.................................... 18 Figura 11: Foto da planta leguminosa Leucena....................................... 18 Figura 12: Foto da planta leguminosa Mucuna Anã................................. 18 Figura 13: Foto da planta leguminosa Mucuna preta............................... 19 Figura 14: Foto da planta leguminosa Nabo Forrageiro........................... 19 Figura 15: Foto da planta leguminosa Soja Perene................................. 19 Figura 16: Foto da planta leguminosa Tremoço....................................... 19 Figura 17: Foto com slogan da empresa Cosan, gestão ambiental......... 23 Figura 18: Foto aérea da empresa Cosan, unidade São Francisco......... 32 Figura 19: Foto aérea da Usina Costa Pinto............................................ 34 Figura 20: Foto aérea da Usina São Francisco........................................ 35 Figura 21: Foto aérea da Usina Santa Helena......................................... 36 Figura 22: Foto aérea da Usina Rafard.................................................... 36 Figura 23: Foto aérea da Usina Diamantina............................................ 37 Figura 24: Foto aérea da Usina Serra...................................................... 38 Figura 25: Foto aérea da Usina Junqueira............................................... 38 Figura 26: Foto aérea da Usina Ipaussu.................................................. 39 Figura 27: Foto aérea da Usina Univalem................................................ 40 Figura 28: Foto aérea da Usina Gasa...................................................... 40 Figura 29: Foto aérea da Usina da Barra................................................. 41 Figura 30: Foto aérea da Usina Dois Córregos........................................ 41 IX Figura 31: Foto aérea da Usina Destivale................................................ 42 Figura 32: Foto aérea da Usina Mundial.................................................. 43 Figura 33: Foto aérea da Usina Bonfim................................................... 43 Figura 34: Foto aérea da Usina Tamoio................................................... 44 Figura 35: Foto aérea da Usina Bom Retiro............................................. 44 Figura 36: Foto aérea da instalação do guindaste no Porto de Santos... 45 Figura 37: Foto da empresa Cosan – Unidade São Francisco................ 46 Figura 38: Mapa de localização da empresa Cosan - São Francisco...... 47 Figura 39: Foto ilustrativa de uma plantação de cana-de-açúcar intercalada com a plantação de uma leguminosa.................. 67 X LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS STAB: Sociedade doa Técnicos Açúcareiros e Álcooleiros do Brasil; Dr.: Doutor; N: Nitrogênio; T, t ou ton.: Toneladas; Kg: Quilograma; H: Hectare; M: Metro; ISO: International Organization for Standardization, ou seja, Organização Internacional de Normalização; COSAN: Nome originado da junção das usinas Costa Pinto e Santa Bárbara. S.A. Sociedade Anônima; SP: São Paulo; S/N. Sem Número; LTDA: Limitada; FBA: Franco Brasileira S.A Açúcar e Àlcool: Km: Quilômetro; SCS: Sacos; M³: Metros cúbicos; MW: Megawat; VHP: Very High Polarization, açúcar para matéria prima. GMP: Grupos de Melhorias de Processos; GL: Gay Lussac, medida do álcool; OHSAS: Occupational Health and Safety Assessment Services, cuja tradução é Serviços de Avaliação de Saúde e Segurança Ocupacional. TCH: Toneladas de colmos por hectare. TPH: Toneladas de pol por hectare XI LISTA DE TABELA Tabela 1: Variedades de plantas que podem ser utilizadas como adubos verdes.......................................................................................... 16 Gráfico 1 Gráfico comparativo com a produção de cana-de-açúcar.......... 49 Gráfico 2 Análise comparativas da produção de açúcar........................... 50 Gráfico 3 Gráfico comparativo com a produção de álcool.......................... 51 Gráfico 4 Gráfico com a venda de açúcar.................................................. Gráfico 5 Gráfico com os dez países produtores de açúcar....................... 52 Gráfico 6 Gráfico comparativo sobre a venda de etanol............................ 53 Gráfico 7 Gráfico dos dez maiores países produtores de álcool................ 53 Tabela 2 Resultados em pontos referentes a respostas da questão A, preservação do meio ambiente e sustentabilidade.................... Tabela 3: 54 Resultados em pontos referentes a resposta da questão B, sobre a importância da cobertura do solo, evitando a erosão.... Tabela 4: 51 55 Resultados em pontos referentes a respostas da questão C, sobre o aumento da produtividade aliada ao uso de adubos orgânicos..................................................................................... 55 Gráfico 8 Gráfico analítico sobre a questão da preservação...................... 61 Gráfico 9 Gráfico analítico sobre a questão da cobertura de solo ............. 62 Gráfico 10 Gráfico analítico sobre a questão da produtividade.................... 62 Gráfico 11 Gráfico das plantas com maior índice de produtividade............. Tabela 5: Produtividade agrícola de três cortes, em toneladas de colmos por hectare.................................................................................. 64 65 XII INTRODUÇÃO Atualmente muito tem se refletido sobre a questão ambiental em todo o planeta, e o que as empresas podem fazer para amenizar todo o impacto que algumas atividades podem causar ao meio ambiente. Outra grande preocupação é aumentar a produtividade de produtos agrícolas, com uma gestão harmônica voltada para o meio ambiente. A gestão ambiental prevê utilizar os recursos da natureza, de forma racional, afim de preservar o meio ambiente e todos os recursos oferecidos, e deve visar também o uso de práticas que garantam a conservação e preservação da biodiversidade, a reciclagem das matérias-primas e a redução do impacto ambiental das atividades humanas sobre os recursos naturais. Muitas pesquisas foram feitas na área da agronomia para analisar o plantio de alguns produtos, como por exemplo, a cana-de-açúcar, que prevê o uso de adubos químicos como fertilizantes para aumentar a produtividade, mas que por outro lado, o seu uso pode contaminar o solo, o lençol freático, os rios, represas e córregos do local onde foi utilizado. Pensando nisto, o seguinte trabalho, mostra uma grande preocupação em articular um aumento significativo na produção de cana-de-açúcar, e visando também colaborar com o meio ambiente, utilizando nas plantações como fertilizante, o chamando “adubo verde”, que garante a fertilização da terra, de um modo natural, eficaz, e em plena harmonia com o meio ambiente. Os chamados “adubos verdes”, são algumas espécies de plantas, de origem leguminosas, como a “crotalária juncea”, e a “mucuna preta”, que 1 auxiliam em um solo com baixa fertilização natural, adubando a terra, favorecendo um aumento natural da produção, e um equilíbrio do meio ambiente. A técnica da adubação verde é utilizada desde a antiguidade, e é realizada em rotação com outras plantações, como por exemplo, a de cana-deaçúcar, e é incorporada ao solo como material vegetal não descomposto. Essa mistura resulta uma alteração desejável ao solo que o fertiliza e aumenta a produtividade da plantação subseqüente. O trabalho aborda considerações importantes para o favorecimento e implantação desta forma natural de adubação em plantações de cana-deaçúcar, visando aumento da produtividade aliado a preservação ambiental. Durante a realização desta pesquisa tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a empresa alvo, que nos possibilitou um contato maior com uma indústria que tem uma visão bastante voltada para a qualidade dos produtos que fornece e com o meio ambiente onde retira a matéria prima tão preciosa para a sua sobrevivência. 2 CAPÍTULO 1 – Apresentação do trabalho 1.1. Caracterização do problema A grande preocupação com a preservação do meio ambiente e em utilizar os recursos da natureza de forma racional, aliados com a pretensão de aumentar a produtividade no cultivo de cana-de-açúcar, fez com que muitas pesquisas e estudos conseguissem aliar articulando ambas as questões, utilizando para isso, o cultivo em forma de rotação de plantações, que desenvolve o plantio de alguns tipos de leguminosas, que fazem o papel de fertilizantes naturais para o solo. Esse plantio favorece o enriquecimento do solo de uma maneira natural, e faz com que seja substituído o uso de adubos químicos, que agridem o meio ambiente, podendo contaminar a água, o solo e até os produtos que estão sendo plantados. 1.2. Apresentação e justificativa do trabalho Por se tratar de um tema razoavelmente atual, ou ainda, tema de grande interesse de ambientalistas, consumidores e, a necessidade urgente de se promover um desenvolvimento que não promova a degradação da natureza ainda mais do que ela já foi degradada, e ainda, pelo interesse dos pesquisadores em estarem se aprofundando no conhecimento neste tema em questão, faz com que este trabalho torne-se de grande importância para os envolvidos, não somente os pesquisadores, mas também a organização 3 envolvida na pesquisa, pois, pode trazer aprofundamento em questões ambientais que, hoje, tornam-se cada vez mais necessárias e urgentes. O tema em questão se justifica por buscar responder a seguinte pergunta: Qual a contribuição dos adubos verdes para o aumento da produção de cana-de-açúcar? 1.3. Relevância do trabalho Esta pesquisa tem fins científicos, visando o favorecimento em utilizar um mecanismo natural que protege o meio ambiente e aumenta a produtividade da cana-de-açúcar. Essa contribuição poderá ser analisada e aproveitada como uma forma de buscar eixos que estimulem a preservação do meio, com a utilização dos recursos naturais de um modo racional, visando também com isso, a melhora nos níveis de produtividade. 1.4. Objetivos do trabalho A partir da pergunta- problema, como ponto de reflexão para muitos estudos sobre a melhor maneira de aumentar a produtividade da cana-deaçúcar, em total apoio à preservação do meio ambiente, desenvolvemos um estudo em uma empresa que tem uma de suas usinas de cana-de-açúcar, no município de Capivari, SP, no setor agrícola, que tem por objetivo geral aumentar a produtividade, em harmonia com o meio ambiente. 4 Para elucidar a mencionada questão se fez necessário a elaboração de pesquisas, a saber: a) Acompanhamento da empresa Cosan, que já utilizou o plantio em forma de rotação de agriculturas, com leguminosas e em rotação com a plantação de cana-de-açúcar; b) Pesquisas e análise em dados e tabelas com informações sobre o aumento da produtividade com a utilização de adubos orgânicos como forma de fertilizar o solo com um meio natural. Para tratar da metodologia, será utilizado o capítulo 3, onde poderemos também analisar o modelo de estratégia abordada no trabalho. Além deste, ainda temos os objetivos específicos a serem atingidos: • Buscar alternativas para substituição de adubos químicos; • Levantar a situação da empresa alvo em relação ao tema abordado; • Analisar a produtividade utilizando os adubos orgânicos no plantio de cana-de-açúcar; • Identificar as principais vantagens em utilizar adubos naturais para a fertilização do solo. 1.5. Estrutura do trabalho Este trabalho é dividido em cinco capítulos, e ainda os anexos que apresentam alguns indicativos que favorecem o uso de adubos orgânicos nas plantações de cana-de-açúcar. 5 O primeiro capítulo dá ênfase à pergunta-problema, e pretende elucidála com um enfoque comparativo e analítico, estimulando a preservação do meio ambiente. No segundo capítulo, apresenta um estudo científico e uma reflexão bibliográfica sobre os temas que resgatam a grande preocupação em desenvolver técnicas e utilizá-las para favorecer a preservação do meio ambiente e aumentar a produtividade na plantação de cana-de-açúcar. E os principais temas são: A importância da gestão ambiental como aliada na agricultura; Fundamentos da adubação verde; Algumas plantas que podem ser utilizadas como adubos verdes; Gestão ambiental e sustentabilidade; e Qualidade e produtividade. O terceiro capítulo apresenta a metodologia utilizada no trabalho a partir de pesquisas, entrevistas e coletas de dados sobre a temática, durante a elaboração das pesquisas bibliográficas. O quarto capítulo apresenta a empresa alvo, que foi estudada e em que foram coletados os dados, as informações, e aplicado o questionário respondido pelos funcionários responsáveis pelo setor da produção e administração da produtividade dos produtos agrícolas. O quinto capítulo é destinado às considerações finais que trás uma reflexão sobre as vantagens em optar por adubos orgânicos que fertilizam o solo e ajudam a preservar o meio ambiente. O primeiro anexo é referente ao questionário aplicado entre os diretores funcionários e agricultores, que traz três blocos, cada um com três perguntas de acordo com a temática. A primeira questão elencou a importância da preservação do meio ambiente, e a sustentabilidade, a segunda questão 6 elucidou a temática sobre a importância da cobertura do solo por plantas, durante todo o ano, mesmo nos períodos mais chuvosos, protegendo a terra da erosão ocasionada pelas águas da chuva. A terceira questão elencou dados importantes a respeito do aumento da produtividade com o uso dos adubos orgânicos. O segundo e o terceiro anexos mostram o resultado do questionário com os dados elaborados em tabelas e no gráfico ilustrativo. O anexo 4 faz a comparação entre a produtividade de plantações em que foram utilizados adubos químicos e outras que foram utilizados adubos verdes, analisando as principais vantagens em termos de produção. O anexo 5, traz uma tabela com algumas leguminosas utilizadas como adubação verde no plantio da cana-de-açúcar e a produtividade de cada um para uma análise comparativa. O anexo 6, traz uma ilustração da plantação de cana-de-açúcar, intercalada com a plantação de soja, na cidade de Brilhantina no Mato Grosso do Sul. 7 CAPÍTULO 2- Revisão Teórico-Conceitual 2.1. A importância da gestão ambiental como aliada na agricultura Houve tempo em que a questão ambiental não era levada em consideração quando havia um cultivo de qualquer produto agrícola. Para se cultivar uma grande leva de produtos era preciso utilizar uma parte muito significativa de agrotóxicos e fertilizantes, com a intenção de otimizar os resultados da colheita, pensavam estar beneficiando as plantas que deveriam ser, de uma certa forma, “saudáveis”, isto é, nutritivas e com alta produtividade das lavouras, mas para isso, a agressão com o meio ambiente era intensa, tanto na forma direta com o solo, quando na contaminação da água, do lençol freático, dos rios próximos a plantação e também na parte dos consumidores dos produtos, que compravam produtos, na maioria das vezes, contaminados por agrotóxicos. Outros produtos como a cana-de-açúcar ainda, necessitavam a queima do canavial para a diminuição das folhagens e melhora para o corte feito manualmente por trabalhadores, esta queima prejudicava o solo e retirava muitos nutrientes, deixando-o com baixa fertilização natural, o que tornava como um ciclo vicioso, a aplicação de muitos adubos químicos para recompensar esta perda. Esta deficiência de nutrientes do solo pode resultar em prejuízos para a lavoura, pois as plantas podem não se desenvolver adequadamente e isso faz com que a produção não seja favorável as intenções do agricultor. 8 Desta forma, a adubação orgânica é muito significativa e tem objetivos claros e eficientes. Além deste pressuposto, deve-se levar em consideração a questão ambiental, a preservação do meio ambiente, do solo, que são muito importantes, a qualidade do produto que será disponibilizado no mercado e o aumento da produtividade da plantação, como citam Cáceres e Alcarde (1995,p.16-20) O cultivo da cana-de-açúcar no Brasil está apto a receber outros cultivos nas áreas de reforma do canavial, que ficam meses desprovido de vegetação, sujeita á ocorrência de elevadas precipitações pluviométricas agravando os problemas decorrentes da erosão. Dependendo do solo e da variedade utilizada a longevidade do canavial pode chegar a quatro ou cinco cortes e após esse período a cana é retirada e efetuada novo plantio. Como essa retirada é feita de maio a agosto, é possível a semeadura dessas plantas de outubro a novembro, com a colheita prevista para janeiro e fevereiro e plantio da canade-açúcar em março. Esta técnica deve ser ampliadamente divulgada, por se tratar de uma técnica antiga, conforme podemos observar no anexo 5, mas que prevê uma temática muito atual que é a de preservar tanto a plantação como o meio ambiente, com progressos até os dias atuais, apresentando seu custo relativamente baixo e promovendo o aumento da produção de cana-de-açúcar, contribuindo também para a qualidade do produto agrícola que deixa de ser contaminado por uma série de agrotóxicos e fertilizantes químicos valorizando a técnica natural de fertilização, que enriquece o solo por meio do plantio de leguminosas, como cita o artigo da revista Brasileira de Agroecologia, elaborado por Salomé, Juliana Roline Sakai, e Rogério Haruo,( 2007.p 116.) 9 A prática da adubação verde não implica na perda do ano agrícola e não interfere na brotação da cana. Seu custo é relativamente baixo e promove aumentos significativos nas produções de cana e de açúcar em pelo menos dois cortes. Além de eficiente, a adubação verde contribui para o aumento da fertilização do solo de uma maneira natural e sem agressão do meio ambiente e é uma questão muito discutida pelos ambientalistas e proprietários agrícolas que desejam aumentar a sua produção e reduzir custos com adubos químicos. 2.2. Fundamentos da “adubação verde”. O termo “adubação verde” pode não ser tão conhecido quando tratado desta maneira, mas com certeza é muito divulgado como a rotação de agriculturas, que consiste em cultivar diferentes produtos entre uma plantação e outra, desta vez iremos tratar da plantação de cana-de-açúcar. Estes produtos não podem ser quaisquer um, devem atender a alguns requisitos como ser leguminosas, que aumentam o teor de nitrogênio total dos solos e, conseqüentemente, aumentam as produtividades das culturas subsequentes, como citam Cáceres e Alcarde (2005, p. 20 op. cit. Pág.9.) A adubação verde é uma prática conhecida desde a antiguidade, podendo ser definida como a incorporação ao solo de material vegetal não decomposto, produzido ou não no local. Desta operação, resultam alterações desejáveis no solo, em seus atributos químicos, físicos e biológicos, levando a cultura subsequente a se beneficiar destas mudanças, refletindo normalmente em maiores produtividades. Dos benefícios relevantes produzidos pelo uso de leguminosas como adubos verdes, podem ser 10 citados a adição de nitrogênio ao solo; manutenção da matéria orgânica do sol, reciclando nutrientes. Outro fator de extrema importância, e que a adubação verde auxilia é a cobertura do solo e a sua preservação, pois como o solo fica protegido pela vegetação durante o ano todo, na época de chuva irão diminuir a erosão do solo e com isso problemas com a compactação da terra a ser plantada como cita Cáceres e Alcarde (2005, p. 20 op. cit. Pág.9.) A cobertura do terreno minimiza problemas com erosão e em alguns casos, o controle de nematóides e a redução de problemas com a compactação do solo. A cultura da cana-de-açúcar conduzida na região centro-sul do Brasil possui grande afinidade com a adubação verde, uma vez que quando o canavial é reformado, normalmente após o quarto ou quinto corte, o solo permanece desprovido de vegetação por vários meses, sendo frequente a ocorrência de elevadas precipitações pluviométricas neste período, tornando bastante severos os problemas decorrentes de erosão. Desta forma a agricultura orgânica é um sistema de gerenciamento total da produção agrícola que se preocupa a promover e realçar a saúde do meio ambiente, com ênfase a preservar a biodiversidade, os ciclos e as atividades biológicas do solo naturais. Nesse sentido, a agricultura orgânica enfatiza o uso de práticas de manejo em oposição ao uso de elementos estranhos ao meio rural. (agrotóxicos, adubos e fertilizantes químicos). Isso abrange, sempre que possível, a administração de conhecimentos agronômicos, biológicos e até mesmo mecânicos, isto é a gestão ambiental, que exclui a adoção de substâncias químicas ou outros materiais sintéticos que desempenhem no solo funções estranhas às desempenhadas pelo ecossistema, como artigo abaixo 11 retirado do portal ambiental Ambiente Brasil, desenvolvido por Ronnan del Rey,(2005), O produto orgânico é cultivado sem o uso de adubos químicos ou agrotóxicos. É um produto limpo, saudável, que provém de um sistema de cultivo que observa as leis da natureza e todo o manejo agrícola está baseado no respeito ao meio ambiente e na preservação dos recursos naturais. O solo é a base do trabalho orgânico. Vários resíduos são reintegrados ao solo; esterco, restos de verduras, folhas, aparas, etc., são devolvidos aos canteiros para que sejam decompostos e transformados em nutrientes para as plantas. Essa fertilização ativará a vida no solo; os microorganismos além de transformar a matéria orgânica em alimento para as plantas, tornarão a terra porosa, solta, permeável à água e ao ar. O grande valor da horticultura orgânica é promover permanentemente o melhoramento do solo. Ao invés de mero suporte para a planta, o solo será sua fonte de nutrição. Desta forma, a matéria orgânica do solo é uma boa fonte de nutrientes e alimentos necessários para a planta. A massa orgânica composta que forma o solo, resulta principalmente em resíduos vegetais, como partes de outras plantas, e também os despojos dos animais que movimentam a terra e faz com que melhore as propriedades físicas do solo, como cita Malavolta (1989, p.115). A matéria orgânica do solo em geral é uma boa fonte de alimentos para as plantas. Fornece nutrientes parar os microrganismos do terreno; no curso de sua decomposição ajuda a transformas em solúveis os componentes minerais da terra: melhora as propriedades físicas do solo. (...) Por sua composição química, a matéria orgânica do solo é sumamente complicada, desde o material fresco que contém as mesmas sustâncias que os 12 organismos vivos, até os produtos da decomposição dessas substâncias. Durante a decomposição da matéria orgânica nos solos seja natural ou aquela adicionada pelo homem nas adubações orgânicas, os nutrientes são postos gradualmente em liberdade tornando-se aproveitáveis pelas plantas. À medida que a matéria orgânica se decompõe, formam-se quantidades consideráveis de gás carbônico e de certos ácidos. O gás carbônico quando se dissolve na água do solo, juntamente com os ácidos, ajuda a solubilizar os minerais que contém os nutrientes das plantas. Desta forma, a adubação orgânica apresenta inúmeros benefícios para a plantação, para os produtos que serão mais nutritivos e com menor probabilidade de contaminação, além de baixo custo para os agricultores. A matéria orgânica melhora o solo, aumentando a sua capacidade para reter água, evitando assim a erosão do terreno, de forma natural, devolvendo os nutrientes, que muitas vezes são levados com a água da chuva como cita Malavolta (1989, pág. 123, 124, op. cit., pág.12) Os adubos verdes são plantas herbáceas que se cultivam com o fim único de incorporá-las ao solo. Esses adubos aumentam a matéria orgânica, devolvem as camadas superiores os elementos nutritivos que as raízes absorvem e foram encaminhados para a parte aérea, melhoram a estrutura do solo, retém os nutrientes que seriam perdidos por lixiviação (arrastamento pelas águas da chuva). Se o adubo verde for uma leguminosa - como geralmente é - fixa então nitrogênio atmosférico e ao se decompor no solo, faz uma adubação nitrogenada que não custa um centavo ao lavrador. A quantidade de matéria orgânica que, ao enterrar um adubo verde, adicionamos ao solo è muito grande assim a crotalaria juncea fornece 20 toneladas de matéria seca por hectare, o guandu 15 tonelada, a mucuna anã, 13 toneladas, o feijão de porco, 11 toneladas e assim por diante (dados do Dr. Dário Ferreira de Souza, obtidos na “Luiz de Queiroz”). (...) 13 Quando se usa adubos verdes deve-se cortá-los com arado ou grade de disco antes que produzam sementes. Nesse estado se decompõem rapidamente no solo fornecendo material nutritivo a cultura seguinte. Muitos estudos apontam com grandes significados para a associação de adubos verdes a fontes minerais de N (nitrogênio) para as culturas está tornando-se uma opção promissora de manejo da fertilização nitrogenada, com o objetivo de recuperar a fertilidade, aumentar a matéria orgânica do solo, reduzir as perdas de N mineral de fontes prontamente disponíveis, e no caso das leguminosas incorporarem-no ao solo proveniente da fixação biológica, de forma natural. 2.3. Algumas plantas que podem ser utilizadas como adubos verdes Foram conduzidas muitas pesquisas para obter dados concretos de qual tipo de planta seria utilizada para a rotação de agriculturas com o plantio de cana-de-açúcar, e os estudos desenvolvidos com as leguminosas foram muito significativos, pois ao serem incorporadas ao solo, aumentam a liberação de nitrogênio, e com isso melhora a produtividade do mesmo, como cita o artigo retirado do Portal ambiental Ambiente Brasil, desenvolvido por Ronnan Del Rey, (2010, op. Cit. p. 12), Diversas leguminosas prestam-se bem ao uso como adubos verdes em solos cultivados com cana-de-açúcar, sendo a mais utilizada a Crotalaria juncea. Esta leguminosa possui grande aceitação entre os agricultores, chegando a tornar difícil a obtenção de suas sementes no mercado por ocasião de sua melhor época de plantio, que ocorre entre os meses de setembro e novembro, em detrimento, muitas vezes, da disponibilidade de outras espécies que também seriam indicadas para as mesmas condições. Observa-se, 14 na verdade, que há insuficientes informações científicas que embasem recomendações de utilização de outras espécies de leguminosas como adubos verdes, aliadas a poucos dados que mostram os benefícios econômicos dessas espécies que justifiquem a adoção desta técnica nos solos cultivados, em especial os cultivados com canade-açúcar. Diante deste panorama, conduziu-se um experimento de campo que objetivou avaliar diferentes espécies de leguminosas indicadas para adubação verde, em um solo de baixa fertilidade natural, durante o período que compreendia a reforma do canavial, possibilitando a comparação dos efeitos obtidos decorrentes do cultivo de diferentes leguminosas nos atributos do solo, especialmente os químicos, e o reflexo destas no desempenho do canavial instalado após a incorporação das espécies estudadas. Estes estudos foram significativos e importantes para a consciência ecológica, e a preservação do meio ambiente e para o aumento da produtividade em certas plantações, melhorando com isso, também o solo. Muitos agricultores desconhecem a grande importância de se utilizar o solo para o cultivo de produtos agrícolas, sem a necessidade da aplicação de adubos químicos que enriquecem a terra, mas também a contamina. A prática de adubação com plantas chamadas de “adubação verde”, garante uma produtividade maior, pois nutre o solo, durante o ano todo, cobrindo a superfície da terra e protegendo-a da erosão. Para que essa aplicabilidade ocorresse coerentemente contamos com estudos que procuraram mostrar quais as principais espécies de plantas a ser utilizadas como adubos verdes e em quais plantações poderiam ser melhor indicadas. De acordo com a tabela 1 observaremos uma relação de plantas que são utilizados na agricultura como adubos verdes: 15 Aveia Schieb preta - Avena strigosa Família: gramíneas temperado e subtropical – Climas: Rústica, produz grande quantidade de massa verde mesmo em solos pobres. Muito eficiente na reciclagem de nutrientes. Diminui presença de patógenos no solo e melhora o rendimento especialmente da soja e do feijão. Figura 1 Azevém - Lollium multiflorum Lam Família: gramíneas temperado e subtropical – Climas: Exige temperaturas frias no outono e inverno. A incorporação de massa verde deve ser feita na floração, 130 a 170 dias após a semeadura. Produz 20 a 30 toneladas de massa verde e de 2 a 6 toneladas de matéria seca por hectare. Figura 2 Calopogônio – Calopogonium mucunoides. Família: tropical. leguminosas – Clima: Figura 3 Crotalária – Grotalaria juncea Família: leguminosas tropical e subtropical Figura 4 – Climas: Muito rústica, tem crescimento inicial lento, mas, após cinco meses, desenvolve uma cama da vegetal de 30 a 60 centímetros de altura. Fixa de 370 a 450 quilos de nitrogênio por hectare/ano. Incorporação no florescimento, por aração. Tem rápido crescimento inicial e impede o desenvolvimento de invasoras. A planta chega a mais de 2 metros de altura e as raízes atingem 3 metros de profundidade até o florescimento (de 110 a 140 dias após o plantio) 16 . Ervilha forrageira – Pisum sativum Família: leguminosas temperado esubtropical – Climas: Figura 5 Ervilhaca - Vicia sativa Família: leguminosas temperado esubtropical – Climas: Figura 6 Feijão-de-porco – Cana ensiformis Familia: tropical leguminosas valia – Clima: Seu crescimento é rápido e em 60 dias chega a cobrir 70% da superfície do solo. É uma fonte de nitrogênio aproveitado especialmente por gramíneas como milho e arroz Plantio pode ainda ser intercalado a culturas perenes. Possibilita a incorporação de 108 quilos de nitrogênio por hectare ao ano, em média, e tem grande capacidade de reciclar outros nutrientes. Outra espécie, a ervilhaca peluda (Vicia vilasa) é mais rústica e precoce, e, por isso, vem sendo bastante utilizada. Seu sistema radicular profundo – chega a 3 metros de profundidade em 110 dias – assegura resistência à seca e melhora a porosidade do solo. Deve ser acamado com rolofaca ou incorporado de 100 a 120 dias após o plantio. Inibe o crescimento da tiririca Figura 7 Girassol - Helianthus annuus Família: compostas temperado esubtropical – Climas: Excelente para a sanidade do solo, em rotação ou consorciação de culturas. Muito resistente à seca e suporta temperaturas elevadas. Apresenta desenvolvimento inicial rápido e inibe o desenvolvimento de invasoras. Figura 8 17 Guandu ou andu – Cajanus cajan Família: leguminosas tropical e subtropical – Climas: Figura 9 Labe-Iabe - Dolichos lablab Família: leguminosas tropical e subtropical – Climas: Figura 10 Leucena – Leucaena leucocephala Família: leguminosas Figura 11 Mucuna anã deeringiana - Stizolobium Família: leguminosas tropical e subtropical Figura 12 – Climas: É pouco exigente quanto à fertilidade do solo. Suas raízes penetram em solos compactos e adensados e tem grande capacidade de reciclar nutrientes, além de liberar um ácido que facilita a absorção do fósforo pelas plantas. Produz, em média, 40 t de massa verde por ha. Uma tonelada de matéria seca contém 18 kg de nitrogênio. Em 150 dias, suas raízes chegam a 3,4 metros de profundidade. O manejo ou incorporação devem ser feitos no florescimento (140 a 180 dias do plantio). Espécie perene. Variedade que vai da arbustiva à arbórea. Pode produzir 100 t. ao ano de massa verde, usada como cobertura morta ou incorporada. No plantio intercalar a outras culturas, fixa 400 a 1000 kg ao ano de nitrogênio ao solo. Produz menos massa que as mucunas cinza (Cinereum) ou preta e, por isso, é recomendada para plantio entre fileiras de culturas perenes e mesmo anuais, Tem a vantagem do ciclo curto, com corte ou incorporação em 90 dias após semeada. 18 Mucuna aterrimum preta - Stizolobium Família: leguminosas tropical e subtropical – Climas: Figura 13 Nabo sativus forrageiro Famílía: crucíferas temperado e subtropical - Raphanus – Climas: Figura 14 Soja perene – Glycíne wightii Família: leguminosas tropical e subtropical – Climas: Muito rústica, cresce bem em solos ácidos e pobres em fertilidade. Em áreas dos cerrados chega a produzir 40 toneladas por hectare de massa verde, com uma composição rica e variada de nutrientes. Impede a multiplicação da população de nematóides. È de baixo custo. Rústica, tem crescimento rápido e dificulta a infestação de invasoras. Tem raiz pivotante profunda e grande capacidade de reciclagem de nutrientes, especialmente nitrogênio e fósforo, favorecendo a cultura posterior. De crescimento inicial lento, produz de 20 a 40 t. por h. por ano de massa verde, com boa capacidade de fixar nitrogênio. É recomendada como cobertura permanente intercalada a culturas perenes. Mas exige solos com boa fertilidade. Figura 15 Tremoço – Lupinus sr. Família: leguminosas temperado esubtropica – Climas: Figura 16 O sistema radicular penetra até mais de 2 m de profundidade e fixa até 150 kg por h. de nitrogênio no solo. O tremoço branco é mais resistente ao calor e o azul o mais exigente em frio. O amarelo dá bem no Sul do país. TABELA 1- Tabela com a variedade de plantas que podem ser utilizadas como adubos verdes. Fonte: Revista Globo Rural – Junho de 1994. 19 Pesquisas comprovam que a utilização de adubos verdes é excelente para a barragem da água da chuva que causa erosão em superfícies sem cobertura, segundo Nascimento (1994), citado por Donegá (1994, p. 34 apud,1994), A estrutura proporciona maior controle da erosão hídrica. estudando mucuna-preta, lab-lab e Crotalaria juncea na proteção do solo, concluiu que leguminosas apresentaram níveis diferentes de proteção ao solo, sendo, no geral, mais efetivas a partir dos 60 dias; contudo, a mucuna-preta ofereceu melhor proteção do solo contra a erosão. A planta de melhor aproveitamento para a preservação do solo é a mucuna preta segundo Guimarães (1994, p. 43-50.), A mucuna preta (Mucuna aterrima), pertencente à família Leguminosae, é uma das espécies mais utilizada como adubo verde. Esta planta possui uma boa eficiência no controle de nematóides formadores de galhas e fixa nitrogênio atmosférico através de simbiose com bactérias do gênero Rhizobium . Se destaca pela rapidez com que cresce e domina o terreno, podendo impedir o florescimento de plantas espontâneas, além de conter substâncias alelopáticas. O uso de uma planta, como a que utilizamos de exemplo, de adubos verdes, verificamos que obteve uma melhora no solo, com a entrada de muitos nutrientes naturais para a terra, a melhora na contenção da superfície da terra, evitando a erosão do solo e também evita que algumas e ervas daninhas prejudiquem as plantações como cita Tanaka (1992, , p.1477-1483.), “...verificaram que a mucuna - preta pode controlar nematóides e algumas espécies de plantas daninhas". 20 Outro ponto de grande importância para a utilização de adubos verdes como a mucuna preta, conforme citada na tabela 1, na figura 13, é o baixo custo das sementes. 2.4. Gestão ambiental e sustentabilidade Atualmente a preocupação em se preservar o meio ambiente esta evidente. É preciso viabilizar a sustentabilidade, mas o que é sustentabilidade? Sustentabilidade é produzir sem degradar os recursos naturais. É manejar e preservar o solo, a água, a fauna, e a flora de forma a garantir a satisfação das necessidades humanas para as gerações presentes e futuras. A partir desse conceito que a adubação verde ganhou forças num mercado ágil que cresce a cada dia. Diante do uso excessivo dos fertilizantes químicos e adubos para o controle de pragas há contaminação dos produtos, por isso buscam sistemas de manejo que minimizem o impacto da produção sobre o meio ambiente. A adubação verde promove uma cobertura na superfície da terra e a incorporação de nutrientes promovendo melhorias nas propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. Refletindo sobre a questão do meio ambiente, é importante valorizar a ideia de reaproveitamento, da reciclagem, em uma empresa, pois poluir pode custar o meio ambiente mais do que reciclar produtos e agredir a natureza, como cita, Andrade, Tachizawa e Carvalho (2000, pág. 60.) A preocupação ambiental e suas políticas e ações decorrentes foram implantadas de forma gradual ao longo do tempo. Historicamente, começou como uma questão meramente de segurança industrial para evoluir para uma política permanente que impulsiona ações empresariais com planejamento antecipado dos impactos ambientais. Tal implementação provocou conflitos culturais e sistêmicos que tiveram de ser contornados. Uma série de mudanças culturais ocorreram ao longo do tempo às custas de muita troca de informações, de treinamentos e educação 21 continuada que procuraram mostrar uma nova forma de pensar e agir. Precisou-se mudar a cultura das pessoas, enfocando que a preocupação não seria apenas de produção, mas também de geração de subprodutos/resíduos que, potencialmente, poderiam ser despejados no meio ambiente. Desta forma, a cada dia, mais se tem pensado na questão da preservação do meio ambiente articulada com a melhora da qualidade dos produtos oferecidos, com o aumento da produtividade em cada cultivo e com o baixo custo na forma de fertilizar, valorizando uma gestão voltada para os recursos naturais e para a sustentabilidade. A empresa pode incorporar a questão ambiental de várias maneiras, verificando o seu próprio posicionamento em relação ao desafio ambiental, elencando para isso pontos negativos e positivos, desta maneira identificando ameaças e oportunidades, custos e gastos, vantagens e desvantagens potencializando metas e interesses ambientais. A empresa alvo apresenta uma grande preocupação com a questão da sustentabilidade em harmonia com a agricultura e fertilização utilizando adubos orgânicos. É muito importante incorporar à produtividade condições que promovam a preservação do meio ambiente, apresentando para isso, metas e objetivos claros que priorizem as plantações de cana-de-açúcar onde a grande responsável pela fertilização do solo seja o plantio anterior dos adubos orgânicos. O aumento sustentável dos negócios depende de uma relação equilibrada com o meio ambiente. A empresa alvo, a Cosan tem como um dos pontos norteadores de maior responsabilidade, a questão ambiental, pela qual desenvolve um plano de metas e ações que buscam a sustentabilidade e a melhoria. Todas as metas e ações são desenvolvidas de acordo com a legislação vigente, a toda a lei que permite melhorar a qualidade de vida, o equilíbrio com a natureza e a qualidade dos produtos. Este processo inicia-se pela conscientização de seus colaboradores, suas famílias, a comunidade e toda sociedade em geral, sobre a preservação do meio ambiente, e neste caso, do solo, seus nutrientes e propriedades 22 naturais para uma plantação de qualidade, produtiva e com os efeitos químicos minimizados, além de reforçar a utilização racional e consciente dos recursos naturais. Toda essa conscientização fez com que a Cosan conquistasse o certificado de Gestão de Qualidade pela ISO 9001; 2000, do processo de produção de açúcar e refinamento granulado. A preocupação da empresa é notável, como mostra a figura 17 ilustrada no site da empresa, que marca a importância de se refletir em preservar os recursos naturais para as gerações futuras. Figura 17 – Slogan da empresa marcando preocupação com a questão ambiental. Fonte: Empresa Cosan, disponível em WWW.cosan.com.br, acessado em 12/10/2010. 23 2.5. Qualidade e Produtividade Um otimismo cauteloso provoca inovações e melhorias nos sistemas de produção, que atualmente deve ser flexível, a baixos custos e com a máxima qualidade, conforme cita Martins (1999, Pág.10.) A melhoria contínua da qualidade foi o grande triunfo das empresas japonesas na conquista de mercados cada vez maiores, e mais sofisticados. A dedicação de esforços na área da qualidade dos produtos/serviços tem um duplo efeito no aumento da vantagem competitiva, pois está demonstrando que a melhoria da qualidade, ao contrário do que sempre se imaginou, traz uma conseqüente redução de custos de produção. (...) Flexibilidade é a capacidade que a empresa deve ter para rapidamente adaptar-se às mudanças nas tendências do mercado. Deve ser ágil na adaptação de seus produtos às novas exigências do consumidor. Quanto mais flexível e rápida for, mais cedo sairá na frente de seus concorrentes, ganhando consequentemente a vantagem da novidade. Desta forma, a empresa agrícola também deve se comportar com uma visão voltada para a qualidade de seus produtos articuladas com a grande flexibilidade de adequar seus bens de consumo aos interesses dos consumidores e agricultores. Durante muito tempo pensou-se que a melhora da qualidade estava fortemente aliada ao aumento de preços dos produtos, mas com a aplicabilidade da adubação verde esta idéia deixa de ser questionada, pois aumenta - se a produtividade, e a qualidade dos produtos de uma forma natural, com custos menores do que com o uso de fertilizantes químicos, que demandam muito mais cuidado e tempo por parte dos produtores, ainda com a desvantagem da não cobertura do solo, deixando-o exposto a erosão. 24 Para a certificação da qualidade dos produtos, foram desenvolvidos pela International Organization for Standardization, um sistema que contém um conjunto de regras e normas que se referem a qualidade dos produtos, onde os produtos certificados ganham qualidade mundialmente conhecidos e a confiança dos consumidores, chamado de ISO 9000. Para a certificação de um produto, este deve se passar por um processo longo e contínuo de verificações quanto a sua qualidade, segundo Martins, (1999, p.402, 403 e 404. op. Cit 24), O processo de certificação é um processo longo (1 a 2 anos), e para ser levado a bom termo é preciso que haja envolvimento de toda a organização na questão. A certificação é importante porque facilita a comercialização dos produtos na comunidade européia. Para a certificação, que é realizada por auditorias reconhecidas internacionalmente, é preciso que se cumpram estas fases: 1. Levantamentos internos, elaboração de procedimentos e de manuais. 2. Realização das auditorias internas e das correções necessárias. 3. Certificação envolvendo uma ou mais pré-auditorias e a auditorias para a certificação final. Após a obtenção de certificados, existem as auditorias de acompanhamento, que são realizadas a cada seis meses no primeiro ano e, posteriormente, a cada ano. Caso sejam detectadas não-conformidades pelas auditorias e não sejam devidamente corrigidas, a empresa poderá perder sua certificação. Para a questão ambiental, recorremos ao gerenciamento ambiental e a norma ISO 14000, que está sendo instalada no Brasil, esta norma abrande os fornecedores, a matéria-prima, e os insumos. É estudada desde o uso dos produtos e após o uso, os produtos, os subprodutos, os resíduos no meio ambiente e a emissão líquida, atmosférica e de energia. 25 Cria-se um novo critério dentro da empresa que visa sistemas de gerenciamento, que valorizem a política ambiental, os efeitos ambientais, os objetivos, metas, controle operacional, registros, organização, pessoal, manual, documentação, auditorias e revisões constantes para a gestão voltada à sustentabilidade. A empresa Cosan, conquistou em 2000, o certificado ISO 9001, que comprova a seriedade de seus produtos em modelo para garantia da qualidade em projetos, desenvolvimento, produção, instalação, e assistência técnica. Com isso, mostra a grande preocupação da empresa com a produtividade e com a qualidade em todos os seus segmentos de mercado. Para o aumento da produtividade conforme verificamos no anexo 3, a adubação orgânica tem mostrado eficiência através de meios naturais de fertilização, pois ao incorporar matéria orgânica ao solo, há aumento da produção, já que o solo ganha os nutrientes necessários para uma plantação de qualidade. A preocupação com a produtividade é também constante na atividade agrícola que deve seguir critérios para as plantações. Atualmente, as empresas procuram uma gestão voltada para a qualidade com excelência em produção. Segundo Martins (1999, p. 10, op. Cit. P.348.) Organização da produção. Será focada na alta produtividade. As atividades que não agregam valor serão eliminadas. A filosofia de fazer certo desde a primeira vez será levada a extremos. (...) Os métodos de trabalho terão mecanismos para a preservação de problemas. 26 CAPÍTULO 3 – Metodologia de Pesquisa 3.1. Metodologia Toda pesquisa pode-se definir como um processo formal e sistemático, segundo Gil, (1999, p. 42), esse processo de desenvolvimento do método científico, deve ter como principal objetivo a descoberta de respostas mediante o emprego de procedimentos científicos, permitindo com isso, a obtenção de novos conhecimentos no campo da realidade social. Partindo deste pressuposto para a coleta de dados e a realização do trabalho, utilizamos pesquisas feitas em páginas virtuais sobre o conteúdo adequado na rede internet, onde possuem informações atualizadas sobre a área. Durante as pesquisas se fez necessário um aprofundamento sobre o conteúdo para adquirir conhecimentos e crescer profissionalmente. As pesquisas fundamentam-se em bibliografias e coleta de dados através de uma entrevista com questionário entre funcionários, diretores e produtores em uma empresa no setor agrícola que trabalha com produção de álcool e açúcar, bem como também com parte da produção do setor canavieiro. Desta forma pode-se definir o questionário como a técnica de investigação composta por um número certo de questões apresentadas por escrito às pessoas, segundo Gil, (1999, p.128, op. Cit p. 27), esse questionário deve apresentar como objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas, e pesquisas relacionadas a condições de trabalho qualidade e aumento da produção. Desta forma utilizamos um questionário simples, com perguntas objetivas contendo quatro alternativas cada, a serem escolhidas pelos questionados. A utilização de fontes de dados em pesquisas bibliográficas, com estudos em livros, revistas, tabelas, manuais e documentos correspondem à 27 base para investigar possíveis possibilidades de avanços no processo de ensino aprendizagem. A coleta de dados na própria empresa com o cotidiano e articulado com o processo produtivo, estabelece uma série de conhecimentos que permite vivenciar e trocar experiências, interagindo com o meio, com dados concretos e reais. O estudo de caso realizado com análise sobre o desenvolvimento das plantações de cana-de-açúcar sendo utilizado como meio natural de fertilização os adubos orgânicos, permite uma integração entre a formulação de hipóteses e a constatação da real escala de produção, e a melhora na qualidade do solo. 3.2. Procedimento para a obtenção de dados Durante a realização do estudo de caso utilizamos análises comparativas sobre as principais características entre as produções de canade-açúcar fertilizadas com adubos orgânicos e com adubos químicos, considerando entrevistas com agricultores, agrônomos e o pessoal do setor responsável pelo teste da qualidade do produto. Na coleta de dados utilizamos o método de pesquisas com questionário entre o pessoal autorizado pelo setor de produção e colheita da empresa alvo, alguns produtores e diretores da mesma, além de tabela contendo a escala de produtividade do produto nas duas maneiras de fertilização. No questionário, conforme anexo 1, utilizamos o anonimato como a identificação da empresa, bem como do respondente. O campo do cargo tornou o preenchimento facultativo, garantindo o anonimato das respostas, não comprometendo os funcionários, diretores e produtores. A primeira pergunta compreendeu os principais pontos relevantes para a utilização de adubos orgânicos em plantações de cana-de-açúcar, partindo do 28 pressuposto da sustentabilidade e conscientização sobre a preservação do meio ambiente. A segunda pergunta elencou melhorias que o uso de adubos orgânicos podem oferecer para a cobertura total da superfície da terra, que permite uma proteção durante todo o ano, evitando assim a erosão do solo. A terceira pergunta questionou a melhoria no aumento da produção de cana-de-açúcar utilizando a adubação orgânica aliado com a sustentabilidade e qualidade. 3.3. Tratamento dos dados Para a coleta de informações sobre as melhorias que o plantio da canade-açúcar apresenta com o uso de adubos orgânicos, elaboramos um questionário que coletasse informações importantes e diretas com funcionários, diretores e produtores envolvidos diretamente no sistema de produção e plantio da empresa, afim de, pesquisar meios de aumentar a produção com uma qualidade superior do solo, para isso foram entrevistadas 10 pessoas que expressaram suas opiniões sobre as melhorias com a implantação de adubos orgânicos, respondendo a 3 questões fechadas, com três subitens principais contendo cada uma quatro alternativas que questionam a principal mudança, que é a inserção da adubação orgânica no plantio de cana-de-açúcar e se esta foi vantajosa ou não. As respostas apresentam escalas entre 1 a 4 pontos computados em porcentagem entre o total de pessoas que responderam as questões, podendo assim melhor visualizar e refletir sobre os resultados. Para o levantamento dos pontos referentes a opinião dos envolvidos, utilizamos a Escala de Likert, (1976, pág. 212), que foi também mencionada por GIL (1999, p.147, op. Cit. p. 27), mas com oscilação de valores que variam entre 1 a 4 pontos, possibilitando a estatística descritiva. 29 Para a organização dos dados desta pesquisa, optou-se pela pontuação a seguir: •Ótimo/ Concordo totalmente = 1 pontos; •Regular/ Concordo parcialmente = 2 pontos; •Ruim/ Não concordo = 3 pontos; •Não sei/ = 4 pontos = questão desconsiderada. As questões foram divididas em três blocos iniciais, e para cada bloco, contendo uma unidade, denominadas A, acerca de melhorias para o meio ambiente, questão ambiental. A unidade denominada B, acerca da cobertura total do solo, mesmo nos períodos de entre safra evitando assim a erosão. A unidade denominada C, acerca do significativo aumento da produtividade do produto. Faz-se necessário um questionário fechado e objetivo para coletar mais informações e conhecimento da área de uma maneira integrada e atualizada, segundo GIL, (1999, p. 161, op. Cit. p. 27), De modo geral, a coletas de registros estatísticos é muito mais simples do que mediante qualquer procedimento direto. No entanto, exige que o pesquisador disponha de um bem elaborado plano de pesquisa que indique com clareza a natureza dos dados a serem obtidos. E também que saiba identificar as fontes adequadas para a obtenção de dados significativos para os propósitos da pesquisa. Para refletir sobre uso dos adubos orgânicos foram analisadas algumas considerações pertinentes conforme podemos observar no anexo 1 e resumidamente destacados sobre a seguinte temática: 30 A) Melhoria do solo, da água e um plantio voltado para a preservação e a questão ambiental. B) Cobertura total do solo, evitando a erosão. C) Aumento significativo da produção de cana-de-açúcar. De acordo com as respostas foram elaborados vários tipos de gráficos, considerando o de pontos segundo a tabela Likert, o de porcentagem, de acordo com as respostas e uma análise constatando um resultado favorável para uma problematização pertinente. 31 CAPÍTULO 4 – Apresentação da empresa - Discussão 4.1 A empresa alvo A empresa Cosan S.A. Indústria e Comércio-Filial São Francisco situada na fazenda Sobrado, s/n°, Elias Fausto/SP foi fundada em 17 de dezembro de 1948, é voltada exclusivamente para a produção de açúcar refinada granulado e cristal, passou a receber, à partir de 1990, grandes investimentos em equipamentos e tecnologia de ponta que modernizam seus processos produtivos. Tal investimento, associado à melhoria continua de suas práticas de trabalho, resultou na certificação de um sistema de Gestão de Qualidade. Figura 18: Foto aérea da empresa Cosan – Unidade São Francisco. Fonte: Acervo da Empresa Cosan. NOME: Cosan S.A. Indústria e Comércio Filial São Paulo ENDEREÇO: Fazenda sobrado, s/n. CIDADE: Elias Fausto UF: São Paulo CEP: 13.350-000 TELEFONE: (19) 3491-1700 SITE: www.cosan.com.br RAMO DE ATIVIDADE: Agrícola PORTE DA EMPRESA: Grande porte N° DE EMPREGADOS: 800 Funcionários efetivos, aproximadamente. 32 4.1.2. Histórico da Empresa A empresa Cosan conta com um grupo em extensão, que continua adquirindo mais unidades e usinas produtoras de açúcar e álcool. Em fevereiro de 2000, a empresa Irmãos Franceschi Agrícola Industrial e Comercial Ltda., em junção com as usinas Costa Pinto, Santa Helena, São Francisco e Tamandupá, a Cosan expandiu as operações principalmente por meio de aquisições, parcerias e reestruturações societárias. Entre as principais aquisições, parcerias e reestruturações desde 2000 estão: Em novembro de 2000 a Cosan expandiu suas operações constituindo a FBA com a Tereos e a Sucden. Como forma de integralização das ações da FBA, a Cosan contribuiu com a usina Ipaussú. Em abril de 2001, a FBA adquiriu o controle da Univalem S.A. Açúcar e Álcool (“Univalem”). A Cosan garantiu sua participação indireta na controlada da Univalem, a Guanabara. Em 2001, a FBA foi incorporada pela sua controlada Univalem, e a Univalem mudou a sua denominação social para FBA Franco Brasileira S.A. Açúcar e Álcool e em 2002 a FBA ganhou o controle da Guanabara. Em 2003, a Cosan incorporou várias controladas na Da Barra, que centralizou determinadas operações que antes estavam dispersas e mudou o nome da usina e aumentou o capital da empresa. Em abril de 2004, a Cosan adquiriu uma porcentagem da Cosan Portuária através de um aumento de capital. A Cosan transferiu para acionistas e arrendadores muitos hectares de terra, com essa transferência, a Amaralina celebrou um contrato de arrendamento de terras de longo prazo. E o nome Cosan teve origem da junção das usinas Costa Pinto e Santa Bárbara, utilizando, assim as iniciais de casa uma delas. 33 4.1.3. Apresentação das unidades Cosan As unidades do grupo COSAN/BARRA se concentram em São Paulo que é servido por uma ampla e moderna malha rodoviária, além do terminal portuário Teaçu 2 em Santos por onde passa 23% das exportações de açúcar do Brasil. No total são 23 unidades, quatro refinarias e dois terminais portuários em Santos (SP) que atua de forma independente, mas totalmente integrado e voltado para os objetivos da COSAN, tanto para a moagem da cana das usinas do grupo saltou de pouco mais de 7 milhões de toneladas em 1996 para mais de 29 milhões de toneladas em 2004. Abaixo apresentamos algumas de suas unidades. UNIDADE COSTA PINTO Matriz do grupo COSAN, a Costa Pinto é uma das maiores do Brasil. Os constantes investimentos em pesquisa e inovação tecnológica tornaram-na em uma das mais modernas unidades produtivas do setor. A unidade nasceu a COSAN está localizada na mais tradicional região canavieira do estado, o que possibilitou, à Costa Pinto, incorporar várias outras unidades produtoras da região, como forma de ampliar sua fronteira agrícola e capacidade industrial.. Fundação: 1936 Localização: Piracicaba/SP Distância São Paulo: 180 Km Capacidade total instalada para: Moagem: 24.000 t/dia Açúcar: 41.500 scs/dia Etanol: 1.250 m3/dia Potência: 9,4 MW Figura 19: Foto aérea da Usina Costa Pinto. Fonte: Acervo da empresa Cosan. 34 UNIDADE SÃO FRANCISCO Voltada exclusivamente para a produção de açúcar refinado granulado e cristal, a São Francisco passou a receber, a partir de 1990, grandes investimentos em equipamentos e tecnologia de ponta que modernizaram seus processos produtivos. Tais investimentos, associados à melhoria contínua de suas práticas de trabalho, resultaram na certificação do seu Sistema de Gestão da Qualidade pela ISO 9001:2000 do processo de produção de açúcar e refinado granulado. Fundação: 1948 Localização: Elias fausto – SP Distância São Paulo: 120 Km Capacidade total instalada para: Moagem: 8.700 t/dia Açúcar: 22.000 scs/dia Potência: 4,2 MW Figura 20: Foto aérea da Usina São Francisco Fonte: Acervo da empresa Cosan SANTA HELENA O pioneirismo do grupo COSAN também marca presença na Santa Helena que inovou pelo seu sistema de redução da captação de água e efluentes líquidos. Esta unidade incorporou a produção de outras usinas próximas. Os constantes investimentos em tecnologia têm proporcionando considerável aumento em sua produção. 35 Fundação: 1951 Localização: Rio das Pedras – SP Distância São Paulo: 160 Km Capacidade total instalada para: Moagem: 11.000 t/dia Açúcar: 24.000 ssc/dia Etanol: 350 m3/dia Potência: 4,3 MW Figura 21: Foto aérea Usina Santa Helena Fonte: Acervo da empresa Cosan. UNIDADE RAFARD Sinônimo de vigor empresarial, a unidade Rafard contabiliza mais de um século de funcionamento e é hoje valiosa econômica para toda a cidade e região. Esta unidade é pioneira no desenvolvimento do projeto de cogeração de energia para suprir a demanda interna e vender os excedentes. Fundação: 1883 Localização: Rafard – SP Distância São Paulo: 120 Km Capacidade total instalada para: Moagem: 13.500 t/dia Açúcar: 27.000 scs/dia Etanol: 550 m3/dia Potência: 10,2 MW Figura 22: Foto aérea da Usina Rafard Fonte: Acervo da empresa Cosan. 36 UNIDADE DIAMANTE Localizada numa região de terras de alta fertilidade, a Diamante tem uma topografia privilegiada que permite a execução da colheita mecanizada em 80% do seu território. Devido a sua localização estratégica às margens do rio Tietê, a unidade desenvolveu um empreendimento pioneiro de transporte fluvial, proporcionando menor custo operacional de movimentação de matériaprima. Fundação: 1945 Localização: Jaú –SP Distância São Paulo: 400 Km Capacidade total instalada para: Moagem: 10.000 t/dia Açúcar: 24.000 scs/dia Etanol: 340 m3/dia Potência: 7,00 MW Figura 23: Foto aérea Usina Diamante Fonte: Acervo da empresa Cosan. UNIDADE SERRA Situada na região central do estado de São Paulo, esta unidade reúne diversos aspectos positivos: seu terreno é altamente fértil, com relevo topográfico propício à colheita mecanizada, e localizado próximo de importantes malhas rodoviárias. Apesar destes benefícios, os investimentos em pesquisas por fontes alternativas de energia resultaram em um processo de geração de energia elétrica, no qual a Serra, além de se tornar auto-suficiente, é também vendedora do excedente. Em 2004, a unidade comercializou cerca de 27.000 m w/h, nova fonte de receita para a COSAN. 37 Fundação: 1945 Localização: Jaú – SP Distância São Paulo: 400 KM Capacidade total instalada para: Moagem: 10.000 t/dia Açúcar: 24.000 scs/dia Etanol: 340 m3/dia Potência: 7,0 MW Figura 24: Foto aérea Usina Serra Fonte: Acervo da empresa Cosan. UNIDADE JUNQUEIRA Localizada ao norte do estado de São Paulo, na divisa com o estado de Minas Gerais e próxima a cidade de Ribeirão Preto, região grande expressão no setor canavieiro, a Junqueira é considerada uma unidade estratégica para a COSAN, devido à excelência do solo para o cultivo da cana-de-açúcar. Fundação: 1910 Localização: Igarapava- SP Distância São Paulo: 450 Km Capacidade total instalada para: Moagem: 13.500 t/dia Açúcar: 24.000 scs/dia Etanol: 900 m3/dia Potência: 19,2 MW Figura 25: Foto aérea Usina Junqueira Fonte: Acervo da empresa Cosan. 38 UNIDADE IPAUSSU Após grandes transformações e investimentos, em 1995, a unidade Ipaussu iniciou um processo de expansão e transformou-se em uma grande unidade produtora de açúcar. A duplicação da área de plantio acarretou no aumento imediato da sua produção. Fundação: 1982 Localização: Ipaussu – SP Distância São Paulo: 380 Km Capacidade total instalada para: Moagem: 12.000 t/dia Açúcar: 25.000 scs/dia Etanol: 360 m3/dia Potência: 6,0 MW Figura 26: Foto aérea Usina Ipaussu Fonte: Acervo da empresa Cosan. INIDADE UNIVALEM Criada inicialmente para produzir álcool anidro, a Univalem triplicou sua produção e diversificou seu ramo de atuação, passando também a produzir açúcar. É a única unidade do grupo a produzir açúcar orgânico, totalmente isento de qualquer tipo de aditivo químico. Este diferencial é reconhecido por sua qualidade, com a certificação do Sistema de Gestão de Qualidade pela ISO 9001:2000 dos processos de produção de açúcares orgânicos, VHP, VVHP e VHP Plus, além de processo de produção de material biológico para combate às pragas da cana-de-açúcar. A unidade participa ainda do Terminal Unimodal. 39 Fundação: 1976 Localização: Valparaíso – SP Distância São Paulo: 560 Km Capacidade total instalada para: Moagem: 11.500 t/dia Açúcar: 19.000 scs/dia Etanol: 650 m3/dia Potência: 8,0 MW Figura 27: Foto aérea Usina Univalem Fonte: Acervo da empresa Cosan. UNIDADE GASA Situada no extremo oeste do estado, a unidade dispõe de alta tecnologia na produção de álcool anidro pelo uso da peneira molecular. A Gasa é outra unidade do grupo que participa do Terminal Unimodal de transporte, pioneiro na integração logística rodo-fluvial de combustível, no rio Tietê. Em 2005, foram realizados investimentos para a construção da fábrica de açúcar e, a partir de junho de 2005, a Gasa iniciou a sua produção de açúcar VHP. Fundação: 1996 Localização: Andradina – SP Distância São Paulo: 630 Km Capacidade total instalada para: Moagem: 6.500 t/dia Etanol: 450 m3/dia Potência: 4,0 MW Figura 28: Foto aérea Usina Gasa. Fonte: Acervo da empresa Cosan. 40 UNIDADE DA BARRA A unidade da Barra é a maior usina de açúcar e etanol do mundo em capacidade de moagem de cana. Com foco no varejo, é a responsável pela fabricação do açúcar da Barra, marca que possui destacada participação no mercado nacional. Fundação: 1945 Localização: Barra Bonita – SP Distância São Paulo: 280 Km Capacidade total instalada para: Moagem: 36.500 t/dia Açúcar: 60.000 scs/dia Etanol: 1.800 m3/dia Potência: 19,0 M Figura 29: Foto aérea Usina da Barra. Fonte: Acervo da empresa Cosan. UNIDADE DOIS CÓRREGOS A localização geográfica da unidade Dois Córregos, próxima das malhas rodoviárias e ferroviárias da região central do estado de São Paulo, facilita o escoamento de sua produção. Fundação: 1947 Localização: Dois Córregos – SP Distância São Paulo: 280 KM Capacidade total instalada para: Moagem: 7.500 t/dia Açúcar: 18.500 scs/dia Etanol: 220 m3/dia Potência: 3,6 MW Figura 30: Foto aérea usina Dois Córregos Fonte: Acervo da empresa Cosan. 41 UNIDADE DESTIVALE Localizada na região nordeste do estado de São Paulo, aa margens do Rio Tietê, a Destivale nasceu com atividade voltada para a produção de álcool e, a partir de 2001, deu início a produção de açúcar VHP. Esta unidade tem fácil acesso a outros meios de escoamento de sua produção, como rodovias, hidrovias e ferrovias. Fundação: 1980 Localização: Araçatuba – SP Distância São Paulo: 530 KM Capacidade total instalada para: Moagem: 7.000 t/dia Açúcar: 7.200 scs/dia Etanol: 520 m3/dia Potência; 3,0 MW Figura 31: Foto aérea Usina Destivale Fonte: Acervo da empresa Cosan. UNDADE MUNDIAL A Usina Mundial ocupa uma área de aproximadamente 200 alqueires de terras próprias. O parque industrial da usina ocupa hoje em área de 21,27 alqueires, onde são produzidas açúcar tipo exportação, álcool anidro e hidratado. A proximidade geográfica com as unidades Destivale, Univalem e Gasa, a Mundial amplia o potencial da Cosan na região noroeste do estado de São Paulo. 42 Fundação: 1979 Localização: Mirandópolis – SP Distância São Paulo: 580 Km Capacidade total instalada para: Moagem: 6.500 t/dia Açúcar: 10.000 scs/dia Etanol: 300 m3/dia Potência: 2,8 MW Figura 32: Foto aérea da Usina Mundial Fonte: Acervo da empresa Cosan. UNIDADE BONFIM Localizada na região de Ribeirão Preto, umas das melhores áreas para o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil, a unidade Bonfim produz açúcar VHP, álcool anidro, hidratado e refinado. Fundação: 1948 Localização: Guariba – SP Distância São Paulo: 400 Km Capacidade total instalada para: Moagem: 27.000 t/dia Açúcar: 45.000 scs/dia Etanol: 1.100 m3/dia Potência: 17,0 MW Figura 33: Foto aérea Usina Bonfim Fonte: Acervo da empresa Cosan. 43 UNIDADE TAMOIO Uma das mais tradicionais indústrias açucareiras do estado de São Paulo, situada em terras de alta produtividade, associada às excelentes condições climáticas, e a completa infra-estrutura da região sustentam o complexo agro-industrial da empresa, que produz açúcar Cristal e VHP. Fundação: 1907 Localização: Araraquara – SP Distância São Paulo: 300 Km Capacidade total instalada para: Moagem: 7.500 t/dia Açúcar: 18.000 scs/dia Potência: 3,6 MW Figura 34: Foto aérea Usina Tamoio Fonte: Acervo da empresa Cosan. UNIDADE BOM RETIRO Localizada na cidade de Capivari, a unidade Bom Retiro concentra sua atividade na produção de VVHP e etanol. Juntamente, com as unidades Rafard, São Francisco, Santa Helena e Costa Pinto, a Bom Retiro se apresenta como uma importante mantenedora do desenvolvimento agroindustrial canavieiro da região de Piracicaba. Fundação: 1913 Localização: Capivari – SP Distância São Paulo: 120 KM Capacidade total instalada para: Moagem: 7.000 t/dia Açúcar: 12.000 scs/dia Etanol: 350 m3/dia Potência: 3,5 MW Figura 35: Foto aérea da Usina Bom Retiro Fonte: Acervo da empresa Cosan. 44 UNIDADE TEAÇÚ 2 Responsável pelo embarque de todo açúcar exportado pela COSAN, a COSAN Operadora Portuária de Granéis possui modernas instalações e equipamentos compatíveis com os mais evoluídos portos do mundo: resultado de um investimento de mais de US$ 32 milhões, nos últimos anos. O processo totalmente informatizado e moderno sistema on-line, da fonte produtora até o embarque no navio garante a excelência do serviço prestado. Prova disso está nos números recordes e nas certificações internacionais que o terminal possui: ISO 9001:2000, ISO 14000:2004, OHSAS 18001:1999 e GMP Code: GMP13. Isso tudo permitiu, à COSAN Operadora de Granéis Terminal Portuário, atingir números recordes: em 1998, exportou 1,3 milhão de toneladas e chegou à casa dos 3,5 milhões, em 2004, número que representa 23% das exportações de açúcar do país. Cerca de 40% desse volume foi produzido pelo grupo COSAN. Durante a entressafra do açúcar, a COSAN Operadora Portuária tem atuado com sucesso no embarque de soja para exportação, operação que consiste na base de projetos futuros na área de grãos. O terminal tem capacidade de movimentação de 4 milhões de toneladas por ano de granéis sólidos, além de grande flexibilidade operacional, o que permite a movimentação da soja simultânea ao açúcar, sem interrupção dos trabalhos. Em 2004, a instalação de um guindaste, conforme verificamos na Figura 36, com capacidade para erguer 16 toneladas, permitiu, ao terminal, receber navios do tipo Capesize, o que irá alavancar os negócios no mercado de grãos e representará novas oportunidades de negócios para o grupo. Figura 36: Foto aérea da instalação do guindaste no porto de Santos. Fonte: Acervo da empresa Cosan. 45 UNIDADE TEAS O Teas – Terminal para Exportação de Álcool Santos é resultado da parceria entre COSAN, Crystalserv, grupo Nova América e Cargil, para a abertura de um Terminal específico para exportação de etanol. A finalidade deste terminal é de prestação de serviços à exportação de álcoois a seus associados e outros agentes do mercado. Este será o primeiro terminal dedicado ao etanol no centro-sul do país. È o primeiro passo importante na direção de evolução logística em álcoois carburantes. Atualmente, o Teas Terminal para Exportação de Álcool Santos conta com 40.000 m3 de capacidade de armazenagem. A expectativa é de que, muito brevemente, numa segunda etapa, a capacidade seja expandida para 80.000 m3. 4.2. Ramo de Atividade A empresa Cosan S.A. Indústria Comércio trabalha no segmento agrícola, na moagem da cana-de-açúcar e fabricação de açúcar e álcool. Figura 37: Foto da Empresa Cosan – Unidade São Francisco Fonte: Acervo da empresa Cosan. 46 4.3. Mapa de Localização, unidade São Francisco Figura 38: Mapa de localização da empresa Cosan, unidade São Francisco. Fonte: Empresa Cosan, disponível em WWW.cosan.com.br, acessado em 12/10/2010. 4.4 - Principais Produtos e Serviços 4.4.1 Exportação Até 2002, cerca de 92% da produção de açúcar do grupo COSAN/BARRA era destinado à exportação. Na safra 2006/2007, o volume exportado chegou a 86,7%. Para atender os interesses de cliente no exterior, a empresa produz quatro diferentes tipos de açúcar. Desenvolvido pelo grupo especialmente para o mercado externo, o açúcar VHP (very high polarization) surgiu em 1993, como inovação do setor. Também são comercializados os tipos de refinado granulado, cristal orgânico. Também são comercializados em 3 tipos o industrial, o refinado e o neutro. 47 4.4.2 Açúcar VHP: O VHP foi desenvolvido pela COSAN em 1993 como um açúcar bruto para ser reprocessado no exterior e, desde então, tornou-se um padrão no mercado mundial. É um açúcar cristalizado com alto grau de polarização. Refinado Granulado: Obtido pelo refino de açúcar cristal dissolvido, onde se aplica um processo de cristalização controlada. Sua granulometria é homogênea, com baixa cor. Especial para processos que exijam elevada pureza. Cristal: Indicado para diversos produtos alimentícios. Orgânico: Obtido dentro de rígidos padrões de qualidade na Univalem, é utilizado para consumo direto e em alimentos orgânicos industrializados. Apresenta cristais regulares de coloração levemente amarelada. 4.4.3 Álcool Álcool Anidro: O álcool anidro, utilizado na mistura da gasolina de veículos automotores, tem teor de 99,7º e surge com a utilização do ciclo-hexano, ou através da passagem do álcool hidratado por colunas de resina de peneira molecular para retenção de água. Álcool Hidratado Carburante: Obtido por destilação da mistura entre álcool, água e fermento, possui 96º GL. Utilizado diretamente em veículos automotores como combustível, é menos poluente que a gasolina. Álcool Hidratado Neutro: Obtido por destilação da mistura entre álcool, água e fermento, possui 96º GL. Utilizado como insumo nas indústrias de perfumes e bebidas. Álcool Hidratado Refinado: A matéria-prima para a produção do Álcool Líquido é uma mistura do caldo de cana submetida a aquecimento e decantação. Em seguida, tem o seu teor alcoólico acertado dentro da especificação 48 4.4.4-Atuação no Mercado Cana-de-açúcar, uma opção de futuro: O Brasil é o maior exportador mundial de açúcar e, junto com a Austrália e alguns países da América Central e do Sul, é um dos poucos países a exportar mais do que o consumo doméstico. Já o mercado do etanol ainda é bastante restrito e, devido ao grande consumo interno do combustível, o grosso da produção ainda é destinada ao mercado. Uma das vantagens do Brasil está em possuir dois períodos de safra distintos. A região norte-nordeste colhe sua safra no período de novembro a abril, enquanto que a região centro-sul realiza essa atividade de maio a outubro. Assim, o país desfruta não apenas de interessante diversificação geográfica, mas também de maior equilíbrio na safra, conforme observamos nos gráficos comparativos1 e 2. Gráfico 1: Gráfico comparativo com a produção de cana-de-açúcar entre várias regiões brasileiras. Fonte: Empresa Cosan, disponível em WWW.cosan.com.br, acessado em 12/10/2010. 49 Gráfico 2: Análise comparativas da produção de açúcar entre várias regiões brasileiras. Fonte: Empresa Cosan, disponível em WWW.cosan.com.br, acessado em 12/10/2010. A produtividade agrícola brasileira cresceu nos últimos anos e, atualmente, está em 77 toneladas de cana por hectare. Os ganhos de produtividade são reflexos de um conjunto de ações contínuas e investimentos em pesquisa e tecnologia. Os produtores da região centro-sul lideram tais ações e obtém melhores resultados que seus competidores no norte-nordeste. Hoje, a região centro-sul representa cerca de 85% da produção de cana, açúcar e etanol e apresenta forte crescimento nas últimas safras. de cana, açúcar e etanol e apresenta forte crescimento nas últimas safras. Esta mesma realidade também é considerável para a produção de álcool, que vem aumentando sua produção e as vendas atendendo assim, a cada ano, mais consumidores e também os produtores, conforme observamos no gráfico 3, analisando os dados. 50 Gráfico 3: Gráfico comparativo com a produção de álcool entre os anos 2000 a 2006 em várias regiões brasileiras. Fonte: Empresa Cosan, disponível em WWW.cosan.com.br, acessado em 12/10/2010. Açúcar O açúcar de cana é responsável por 75% da produção mundial. Apesar da forte “onda de adoçantes” da última década, o consumo de açúcar, no mundo, cresce a uma taxa média de 2,3% ao ano, conforme observamos na Figura 41, a crescente venda de açúcar. Esse crescimento de consumo indica um volume de 40 milhões de toneladas na próxima década, ou seja, 1,4 vezes na produção brasileira, conforme verificamos no gráfico 4. Gráfico 4: Gráfico com a venda de açúcar entre os anos de 2001 a 2006. Fonte: Empresa Cosan, disponível em WWW.cosan.com.br, acessado em 12/10/2010. 51 Conforme o gráfico 5, podemos observar os 10 maiores produtores de açúcar que são responsáveis por 74% da produção mundial de açúcar, mas o Brasil ocupa um papel de liderança, tanto na produção como na exportação de açúcar. Esse potencial competitivo do Brasil se deve a produtividade e rendimento industrial, pesquisas sobre novas variedades, utilização de novas técnicas agrícolas e solos férteis, condições que garantem, ao país, os menores custos de produção do mundo. Gráfico 5: Gráfico com os 10 maiores produtores de açúcar. Fonte: Empresa Cosan, disponível em WWW.cosan.com.br, acessado em 12/10/2010. Etanol O interesse no uso do etanol como combustível tem-se revigorado ultimamente devido ao aumento dos preços do petróleo e à necessidade de redução de emissão de gases causadores do efeito estufa. Conforme o gráfico 6, podemos observar que as vendas de etanol vem aumentando significativamente desde o ano de 2001 até 2006. 52 Gráfico 6: Gráfico comparativo sobre a venda de etanol desde os anos de 2001 a 2006. Fonte: Empresa Cosan, disponível em WWW.cosan.com.br, acessado em 12/10/2010. Observando os dados o gráfico 7 e analisando podemos perceber que o Brasil é o maior produtor mundial de álcool, seguido pelos EUA. Principalmente após a ratificação do protocolo de Kyoto, vários países estão voluntariamente aderindo a metas de redução de gases, entre os quais se destacam Inglaterra, Alemanha, Holanda, Japão. E o Brasil ganha destaque nesse novo mercado já que as vantagens competitivas brasileiras do binômio cana&açúcar também se aplicam à cana&álcool. Gráfico 7: Gráfico comparativo dos países maiores produtores de álcool. Fonte: Empresa Cosan, disponível em WWW.cosan.com.br, acessado em 12/10/2010. 53 4.5. Visão, Missão e Valores A empresa Cosan se preocupa em produzir energia limpa e sua fonte, a cana-de-açúcar, é renovável e de alto desempenho energético. A empresa apresenta reflexões importantes a respeito das questões ambientais neste novo cenário de desenvolvimento sustentável. Investe em tecnologia, planta, colhe e produz. Visão A empresa apresenta uma visão holística na gestão ambiental e tem como referência mundial em energia limpa e renovável. Missão A principal missão da empresa é prover energia cada vez mais limpa e renovável para melhorar a vida das pessoas. 4.6. Estatística Descritiva do questionário Seguindo os dados coletados por meio do questionário em entrevista com funcionários, diretores e alguns agricultores da área, considerando a Escala de Likert, com níveis de 1 a 4 pontos. As questões nomeadas como A diz respeito a preservação do meio ambiente e sustentabilidade conforme a Tabela 2, citada abaixo: Concordo Concordo Não Não sei totalmente parcialmente concordo responder A* 7 3 - - A** 8 2 - - A*** 7 3 - - Questões Tabela 2: Resultado em pontos referentes a respostas da questão A, preservação do meio ambiente e sustentabilidade. 54 Analisando os dados obtidos no questionário e melhor visualizado na tabela acima, podemos constatar que a maioria das pessoas entrevistadas consideram muitos benefícios com uso dos adubos orgânicos no plantio de cana-de-açúcar. A tabela 3, diz respeito às questões sobre a temática nomeada por B, que viabiliza a necessidade da cobertura do solo durante todo o ano, evitando assim a erosão do solo, conforme observamos abaixo: Concordo Concordo Não Não sei totalmente parcialmente concordo responder B* 9 1 - - B** 8 2 - - B*** 7 - 3 - Questões Tabela 3: Resultado em pontos referentes a respostas da questão B, sobre a importância da cobertura do solo evitando a erosão. De acordo com a tabela acima, observamos que a maioria das pessoas entrevistadas concordam que a cobertura do solo, realizada pela adubação verde promove a cobertura do solo durante o ano todo, evitando a erosão, ocasionado pelas chuvas. A tabela 4, diz respeito às questões sobre a temática nomeadas por C, que analisa o aumento da produtividade com o uso de adubos orgânicos: Concordo Concordo totalmente parcialmente C* 8 2 - - C** 9 1 - - C*** 8 2 - - Questões Não concordo Não sei responder Tabela 4: Resultado em pontos referentes a respostas da questão C, sobre o aumento da produtividade aliada ao uso de adubos orgânicos. 55 Esta pesquisa também pode ser melhor analisada com a Tabela em porcentagem, contendo o gráfico para melhor tratamento da informação, no anexo 3. De acordo com os dados obtidos diante a aplicação do questionário, analisado nas tabelas acima, a maioria das pessoas entrevistadas concordam que há muitos benefícios em se utilizar a adubação verde tanto para a melhora da conservação e cobertura do solo, mesmo durante épocas muito chuvosas do ano, evitando a erosão. Também é muito considerável o aumento da produtividade aliada a fertilização natural e devolução dos nutrientes ao solo, já que supre integralmente o nitrogênio do solo para às próximas plantações. Ao que recai sobre a questão da preservação do meio ambiente e da sustentabilidade há uma grande preocupação em cultivar com o máximo de cuidado com os recursos naturais adotando a agricultura conservacionista, consistindo em preservar, melhorar e otimizar os recursos naturais. Ressaltando o uso da agricultura conservacionista articulada aos dados obtidos através da entrevista e analisados na tabela 2, sobre a preservação dos recursos naturais podermos notar uma readequação de áreas agrícolas de produtores comprometidos com a sustentabilidade e ainda, refletir sobre a citação do pesquisador Denardin, (2008, p. 21.) “Alguns dos enfoques do conservacionismo são a preservação de resíduos culturais na superfície do solo, a ampliação da biodiversidade, a diversificação de sistemas agrícolas, o manejo integrado, a abreviação do período entre a colheita e a semeadura etc. Como exemplos de práticas estão plantas cultivadas como adubos verdes ou simplesmente como cobertura de solo e o sistema plantio direto, prática de uso em cerca de 45% da área agrícola produtora no Brasil”. Desta forma, faz-se extremamente necessário o uso de meios naturais para a fertilização do solo que devolvem os nutrientes, evitam a erosão e aumentam a produtividade sem agredir o meio ambiente. 56 Podemos analisar a produtividade da cana-de-açúcar com o uso de fertilizantes naturais, observando o anexo 5 que contém algumas plantas que podem ser utilizadas como adubos verdes em comparação uma com a outra. Esta tabela possibilitou uma melhor visualização do aumento da produtividade em cada um dos três cortes retirados de cana-de-açúcar. E no anexo 4 pode-se comparar a plantação de cana-de-açúcar com e sem a utilização de leguminosas como substâncias fertilizantes do solo. Para melhor ilustrar os dados da pesquisa realizada utilizamos o anexo 2, que traz a tabulação dos dados obtidos na entrevista de opinião, em forma de gráfico, o que possibilita um melhor tratamento de toda a informação coletada com diretores, funcionários e produtores que trabalham no segmento da plantação de cana-de-açúcar. 57 5. Considerações Finais Considerando fatores cruciais e todos os desafios que produtores e empresas do agronegócio brasileiro têm enfrentado, podemos afirmar que o saldo atual do setor voltado para uma gestão ambiental é positivo e visivelmente favorável. Muitos anos antes, dos temas Aquecimento Global, Energias Renováveis e Sustentabilidade ganharem notoriedade, uma gestão voltada para a preservação já despertava a atenção de pesquisadores sobre a temática. Por esse motivo, a adubação orgânica ganhou forças e credibilidade, já que beneficia o solo devolvendo nutrientes e substâncias que promovem a fertilização e melhora na qualidade e produtividade agrícola. Esse novo olhar que a gestão ambiental proporcionou aos agricultores e usinas que terceirizam o cultivo da cana-de-açúcar, criou condições para o trabalho com o uso da adubação verde, que ao mesmo tempo oferecem melhores condições ao solo, a preservação do meio ambiente, a melhora da qualidade e aumento da produtividade. Como ponto de reflexão, propomos a análise dos dados do gráfico no anexo 2, que foi elaborado com as respostas dos questionários aplicados entre os funcionários, diretores e alguns produtores da Usina Cosan – Unidade São Francisco, e podemos perceber que a maioria dos entrevistados possuem uma visão bastante favorável e aceitável para o uso da adubação verde. Outra implicação importante é o baixo custo que este tipo de fertilização oferece, pois trabalhando com leguminosas que podem devolver os nutrientes ao solo, não se faz necessário a utilização dos adubos químicos que podem até contaminar o solo e o lençol freático. Como consideração final e importante na questão ambiental, refletimos sobre a preservação do meio ambiente, utilizando os recursos naturais sem a sua degradação, que é uma temática atualmente muito discutida que se torna favorável ao uso da adubação verde, melhorando o solo pelos meios naturais. Este trabalho cujo tema foi: A inserção da gestão ambiental na agricultura: adubo orgânico como aliado da produção, tinha como perguntaproblema: Qual a contribuição dos adubos verdes para o aumento da produção 58 da cana-de-açúcar? Abordou um tema importante e relevante e no momento chega ao final.... Isso não significa que o assunto encerrou, antes, abrimos possibilidade de alguém prosseguir a partir deste ponto, desta pequena reflexão acerca da gestão ambiental. A pesquisa bibliográfica e de campo contribuiu para nossa formação e enriqueceu nossa visão de sustentabilidade que temos de exercer como administradores, e nos possibilitou um novo olhar sobre o meio ambiente, o que nos fez mais conscientes. 59 Referências Bibliográficas CÁCERES, Neivaldo Tunes, ALCARDE; José Carlos; Adubação verde com leguminosas em rotação com cana-de-açucar. Revista STAB, v.13, n.5, 1995; ANDRADE, Rui Otávio Bernardes; TACHIZAWA, Takeshy, DE CARVALHO, Ana Barreiros, Gestão Ambiental - Enfoque Estratégico Aplicado ao Desenvolvimento Sustentável, São Paulo, 2000; DENARDIN, José Eloir, Produção Responsável - Artigo: Revista New Holland em campo, Ano 11, N°44, 2008; DONEGÁ, I.M. Comportamento de leguminosas, adubos verdes cultivadas no outono/inverno, em três populações de plantas. Ilha Solteira: UNESP/FEIS, 1994. 75p; GIL, Antonio Carlos, Métodos e Técnicas de Pesquisa Social, Editora Atlas, 1999; GUIMARÃES, O. Adubos verdes: Para o bem da terra. Revista Globo Rural, São Paulo,v. 104, p. 43-50, 1994. MALAVOLTA, E. ABC da Adubação. 5ª ed. Editora Agronômica Ceres. São Paulo. 1989. 292p, p. 115; MARTINS, Petrônio Garcia, LAUGENI, Fernando Piero, Administração da Produção, São Paulo, Saraiva, 1999, 438 p. Pág. 10; Pesquisa em arquivo virtual da Empresa www.cosan.com.br, último acesso em 12/10/2010; Cosan, disponível em Pesquisa em arquivo virtual: Disponível em WWW.agrorganica.com.br, e em www.ambientebrasil.com.br, acessado em 11/04/2010, Produto Orgânico, Estudo indica leguminosas para adubação verde em Minas Gerais, Redação, desenvolvido por Ronnan Del Rey, ( 1° artigo 2005 e 2° artigo 2010). Revista Brasileira de Agroecologia, outubro, 2007, Volume 2, número 2, Manejo de Agroecossistemas Sustentáveis, Salomé, Juliana Roline Sakai, e Rogério Haruo,( 2007.p.116); Revista Globo Rural – Junho de 1994 - Texto: Odilon Guimarães e colaboração de Gislene Silva – Fotos: Oswaldo Maricato, Amilton Vieira e Ernesto de Souza; TANAKA, R.T.; MASCARENHAS, H.A.A.; DIAS, O.S.; CAMPIDELLI, C.; BULISANI, E.A. Cultivo da soja após incorporação de adubo verde e orgânico. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.27, n.11, p.1477-1483, 1992. 60 ANEXO 1 Questionário: Questionário realizado para pesquisa de opinião. Idade: __________________________________________________________ Cargo: (Opcional) ________________________________________________ QUESTÕES A Concordo totalmente Concordo parcialmente Não concordo Não sei responder Concordo totalmente Concordo parcialmente Não concordo Não sei responder Concordo totalmente Concordo parcialmente Não concordo Não sei responder A* – É importante preservar o meio ambiente? A** – Os adubos orgânicos ajudam a preservar e enriquecer o solo? A***– Os adubos verdes melhoram a qualidade e a produtividade da cana-de-açúcar? QUESTÕES B B* - É importante proteger o solo no período das chuvas? B** - A adubação verde é uma boa solução para a cobertura do solo? B***- A adubação verde permite a proteção da superfície do solo? QUESTÕES C C* - Com a adubação verde melhora a qualidade do solo de uma maneira natural? C** - Melhorando a qualidade do solo, melhora a qualidade dos produtos? C*** - Melhora também a produtividade dos produtos cultivados? 61 ANEXO 2 – Resultado da entrevista de opinião ilustrada no gráfico. Resultado da entrevista realizada com diretores, funcionários e produtores que trabalham diretamente com o grupo Cosan, conforme as questões da temática denominada A, referente a preservação do meio ambiente. Gráfico 8: Gráfico analítico sobre a questão de preservação do meio ambiente. Fonte: Pesquisa realizada com a empresa Cosan- Unidade São Francisco. Resultado da entrevista realizada com diretores, funcionários e produtores que trabalham diretamente com o grupo Cosan, conforme as questões da temática denominada B, referente a cobertura do solo durante todo o ano. 62 Gráfico 9: Gráfico analítico sobre a questão da cobertura do solo. Fonte: Pesquisa realizada com a empresa Cosan- Unidade São Francisco. Resultado da entrevista realizada com diretores, funcionários e produtores que trabalham diretamente com o grupo Cosan, conforme as questões da temática denominada C, referente ao aumento da produtividade com a implantação da adubação verde. Gráfico 10: Gráfico analítico sobre a questão da produtividade. Fonte: Pesquisa realizada com a empresa Cosan- Unidade São Francisco. 63 ANEXO 3 Gráfico analítico com os dados em porcentagem. Concordo Concordo Não Não sei totalmente parcialmente concordo responder A* 70% 30% - - A** 80% 20% - - A*** 70% 30% - - Concordo Concordo Não concordo Não sei totalmente parcialmente B* 90% 10% - - B** 80% 20% - - B*** 70% - 30% - Concordo Concordo Não concordo Não sei totalmente parcialmente C* 80% 20% - - C** 90% 10% - - C*** 80% 20% - - Questões Questões Questões responder responder Fonte: Entrevista realizada na empresa Cosan – Unidade São Francisco. 64 ANEXO 4 Gráfico comparativo entre as plantações com e sem o uso dos adubos verdes e as principais plantas utilizadas como adubos e sua produtividade: Gráfico 11- Plantas com maior índice de produtividade. Fonte: Revista Brasileira de Agroecologia - outubro, 2007. 65 ANEXO 5 Análise da tabela com a produtividade da cana-de-açúcar em três cortes utilizando como fertilizantes alguns adubos verdes. Tabela 5: Produtividade agrícola de três cortes, em toneladas de colmos por hectare. Fonte: CACERES & ALCARDE,1995. 66 ANEXO 6 Plantação de cana-de-açúcar intercalada com a plantação de soja. Figura 39: Foto ilustrativa de uma plantação de cana-de-açúcar intercalada com a plantação da soja, considerada como meiose. Fonte: Agencia Embrapa. www.agencia.cnptia.embrapa.br/Nutricao, Rio Brilhante, MS. 67