Caracterização genealógica dos acessos do banco de

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56º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 56º Congresso Brasileiro de Genética • 14 a 17 de setembro de 2010
Casa Grande Hotel Resort • Guarujá • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Caracterização genealógica dos acessos do banco de
germoplasma de cana-de-açúcar da Ridesa
Martins, ACFS1; Nunes, CMC1; Santana, JRO1; Pantalião, GF1; Reis, AJS1; Coelho, ASG1
Setor de Melhoramento de Plantas, Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos, Universidade Federal de Goiás
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Palavras-chave: Saccharum, genealogia, Ridesa, banco de germoplasma, UPGMA.
Introdução: A caracterização e o conhecimento da variabilidade genética que está disponível ao melhorista
são informações essenciais para o planejamento de um programa de melhoramento. Teoricamente, devem ser
escolhidos genitores com a maior divergência genética possível, a fim de se produzir combinações híbridas de
maior efeito heterótico. Além disso, os genótipos utilizados nos cruzamentos devem ser selecionados de forma que
as populações geradas a partir dos seus cruzamentos tenham genótipos superiores àqueles em uso comercial. O
estudo da genealogia dos acessos de um banco de germoplasma apresenta-se, desse modo, como uma estratégia de
escolha de genitores, por permitir a avaliação do grau de parentesco existente entre eles. Nesse contexto, o objetivo
do presente trabalho foi obter a genealogia dos 3314 acessos do banco de germoplasma da Rede Interuniversitária
para o Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro (Ridesa), situado na Estação de Floração e Cruzamento da Serra
do Ouro, no município de Murici, no Estado de Alagoas. Com isso, procura-se contribuir para a caracterização deste
banco de germoplasma, indicando-se o grau de parentesco entre os acessos disponíveis, subsidiando a tomada de
decisão relativa ao planejamento de cruzamentos futuros. Métodos: Para obtenção da genealogia foi utilizado o
pacote “kinship” do software R, pelo qual se obteve uma matriz de parentesco baseada no coeficiente de parentesco
de Malècot. Essa matriz foi transformada em uma matriz triangular inferior para que pudesse ser utilizada no
software NTSYS, pelo qual, para melhor visualização da genealogia, se obteve um dendrograma através do método de
agrupamento “Unweighted Pair-Group Method using Arithmetic Average” (UPGMA). Com a análise do dendrograma,
pode-se perceber que 350 indivíduos não apresentaram nenhum grau de parentesco conhecido; 1875 indivíduos com
aproximadamente 0,25 de parentesco; e o restante do banco com outros valores de parentesco, incluindo valores
entre 0,50 e 0,75. Conclusões: Com base na análise do dendrograma, o coeficiente de parentesco entre os pares de
acesso variou de 0 a 0,5625, com valor médio de 0,0722. O parentesco de cada acesso consigo mesmo também variou,
tendo valores de, aproximadamente, 0,5 e 0,75. Acredita-se que os acessos que tiveram 0,75 de parentesco consigo
mesmo sejam oriundos de autofecundações sucessivas. Observou-se ainda que algumas espécies de Saccharum,
como Saccharum barberi, S. officinarum, S. spontaneum e, até mesmo, um genótipo do gênero Miscanthus e outro
do gênero Erianthus apresentaram coeficiente de parentesco de 0,25 com algumas variedades presentes no banco.
Apoio financeiro: Ridesa/UFG, Capes.
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