presidenciais Marisa Matias denuncia fabricação de sondagens Candidata vai apresentar queixa de sondagem que apenas aceita declaração de intenção de voto em Marcelo, Maria de Belém e Sampaio da Nóvoa 111 Marisa Matias regressou ontem a “casa”: de manhã, visitou o Centro de Estudos Sociais, onde foi investigadora; à tarde, participou numa conferência, organizado pelo Núcleo de Estudante da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, de que foi cofundadora. No auditório da faculdade, à tarde, Marisa Matias começou por denunciar o que designou de “fabricação”: um email, recebido minutos antes, dava conta de uma sondagem telefónica, em que o entrevistador perguntava em que partido tinha votado a 4 de outubro e em qual dos três candidatos (Marcelo, Maria de Belém e Sampaio da Nóvoa) iria votar a 24 de janeiro. “À pessoa que me enviou o email, o entrevistador disse ter ordens para apenas incluir aqueles três nomes”, revelou a candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda. “Naturalmente que o caso vai, agora, ser comunicado às entidades competentes”, acrescentou. Na sua intervenção, perante dezenas de estudantes e muitos apoiantes, Marisa Matias procurou valorizar o exercício da política, propondo uma DB-Luís Carregã Eurodeputada em pré-campanha regressou ontem a “casa” Candidata apoiada pelo BE esteve em Coimbra 1 De manhã visitou o CES onde fez investigação 2 De tarde participou em debate na FEUC, onde se formou reflexão sobre as funções presidenciais: dar voz a setores, por norma, esquecidos; mobilizar os cidadãos e o país para questões fun- damentais (como as alterações climáticas ou os tratados internacionais). “Mas nunca associando a este exercício qualquer caderno de encargos a impor ao Governo ou à Assembleia da República”, sublinhou. De manhã, no CES, a candidata tinha abordado os problemas que a ciência em Portugal enfrenta.“É preciso lidar com os problemas que temos pela frente” e que “não são apenas de financiamento”, mas são “também de reconhecimento” e de garantia de “direitos de trabalho a pessoas que passam a vida a fazer investigação e que nunca têm direitos de trabalho normais”. | Paulo Marques