A Proteção do Bioma Cerrado

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A Proteção do Bioma Cerrado
Expansão do agronegócio, dos agrotóxicos e dos
transgênicos
A importância do Cerrado
O Cerrado, originalmente e grosso modo, compreende um quarto do território nacional e
alberga um terço de toda a biodiversidade brasileira.
O avanço contra o Cerrado
Originalmente, o Cerrado alcançava uma área de, aproximadamente,
2.000.000 km².
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Hoje, metade dessa área já se encontra desmatada (1.000.000 km²).
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Estima-se que somente 20% do Cerrado ainda não tenha sofrido qualquer
forma de atividade humana.
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A quase totalidade da área desmatada é utilizada para atividades
agropecuárias.
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A evolução das monoculturas
Atualmente, o Cerrado sofre com a grande pressão para a expansão do
cultivo agrícola, especialmente de soja, algodão, cana-de-açúcar e milho.
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De todos os cultivos de grãos, o da soja, por métodos típicos de
monocultura, é o mais presente nas regiões alcançadas pelo Cerrado.
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Soja
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Em termos de PIB, a soja
representa 11,5% dos 42%
gerados
pelo
agronegócio
(IBGE,Embrapa,2010)
O Brasil é o principal exportador
de soja desde 2003
Aumento da produção de soja no
Cerrado:

1970: 2%

1980: 20%

1990: 40%

2002/2003: 60%
Projeções do Agronegócio (2010/2011 a
2020/2021)
Soja Grão
Projeções do Agronegócio (2010/2011 a
2020/2021)
Soja Grão
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As estimativas para soja grão indicam uma produção
brasileira de 86,5 milhões de toneladas em
2020/2021 (AGE/Mapa, Embrapa, 2011)
Essa projeção é maior em cerca de 17,8 milhões de
toneladas em relação ao que o Brasil produziu na
safra de 2010/2011 (AGE/Mapa, Embrapa, 2011)
A Moratória da Soja
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Em 2006, um conjunto de entidades da sociedade civil (entre
elas, o Greenpeace e a WWF) firmaram com representantes
do setor produtivo (a ABIOVE e a ANEC) a “Moratória da
Soja”, que prega a proibição da expansão do cultivo de soja
em áreas de novos desmatamentos da Amazônia.
O acordo em questão se encontra vigente até janeiro de
2014.
Além de maior fiscalização, a Moratória da Soja demanda sua
expansão para o Cerrado, que hoje se apresenta como um
bioma mais ameaçado que a própria Amazônia.
Projeções do Agronegócio (2010/2011 a
2020/2021)
Milho
Projeções do Agronegócio (2010/2011 a
2020/2021)
Milho
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O cultivo de milho cresce vertiginosamente: 12
milhões de toneladas previstas para este ano.
Área plantada de milho deve aumentar 500 mil
hectares nos próximos anos (CONAB, 2011).
As projeções de produção de milho no Brasil indicam
um aumento de 12,7 milhões de toneladas entre as
safras de 2010/2011 e 2020/2021 (AGE/Mapa,
Embrapa, 2011)
Projeções do Agronegócio (2010/2011 a
2020/2021)
Algodão em pluma
Projeções do Agronegócio (2010/2011 a
2020/2021)
Algodão em pluma
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As projeções para o algodão em pluma indicam um
aumento da produção de 1,6 milhão de toneladas em
2010/2011 para 2,4 milhões de toneladas em
2020/2021 (AGE/Mapa, Embrapa, 2011)
A estimativa de área plantada com algodão indica
que no final de 2021 serão cultivados 892 mil
hectares (AGE/Mapa, Embrapa, 2011)
A associação das monoculturas com o emprego
de agrotóxicos
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Além de forçar a abertura de novas áreas,
expandindo a fronteira agrícola em direção ao
Cerrado, o crescimento das monoculturas está
associado ao aumento do consumo de agrotóxicos
no Brasil, que produz riscos ambientais para o
Cerrado e riscos de saúde para a população.
Crescimento do consumo de agrotóxicos e geração de
novas sementes transgênicas
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Desde 2009, o Brasil se
tornou
o
maior
consumidor e produtor de
agrotóxicos do planeta, o
que se dá de forma
consorciada
com
a
expansão de liberações
comerciais de sementes
transgênicas resistentes
aos agrotóxicos.
Novos rumos para os agrotóxicos
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Diversos agrotóxicos, apesar de serem considerados
tecnicamente como potenciais causadores de câncer,
mutações genéticas, problemas neurológicos e reprodutivos
em seres humanos, ainda possuem registro na Anvisa.
Em 2013, surgiu mais uma brecha legal para a liberação de
novos agrotóxicos, em razão da edição da Lei nº 12.873/2013
e do Decreto nº 8.133/2013, que permitem ao MAPA declarar
emergência fitossanitária e autorizar, sem o aval do IBAMA e
da Anvisa, a liberação de novos agrotóxicos altamente
perigosos.
Os riscos à saúde humana
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Segundo a Abrasco (2012), dos 50 agrotóxicos mais
consumidos no Brasil, 22 já se encontram proibidos noutros
países, especialmente na União Europeia.
Ainda que existam programas de monitoramento e
rastreamentos de agrotóxicos nos alimentos que chegam ao
consumidor final (o PARA da Anvisa e o RAMA da Abras), não
se logrou obstar que os agrotóxicos (e seus metabólitos)
cheguem à mesa do brasileiro.
De acordo com os últimos relatórios do PARA,
aproximadamente um terço dos alimentos que consumimos
contêm quantidade intolerável de resíduos de agrotóxicos.
Relatório do Programa de Análise de
Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos
(PARA/ANVISA)
Obrigado!
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