Agrotóxicos na alimentação e risco de cânceres

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Agrotóxicos na alimentação e risco de cânceres
Um artigo elaborado pelo professor doutor Hasime Tokeshi, da fundação Mokiti Okada, traz
com clareza e brilhantismo explicações científicas sobre um dos piores males que ameaçam a
humanidade: o uso de agrotóxicos, que são usados indiscriminadamente e, muitas das vezes,
sem necessidade, ou sem nenhum tipo de controle, ou, pior ainda, com o agricultor utilizandoos sem nenhum critério de época a ser aplicada, quantidade a ser usada, cuidados básicos
consigo mesmo, etc.
Dentre os venenos citados pelo Dr. Hasime, um grupo se destaca: os organoclorados, banidos
em alguns países e usados em outros, embutidos com outros nomes ou siglas indecifráveis em
terceiros, e por aí segue. Esses venenos estão amplamente disseminados na natureza e são
encontrados em geleiras localizadas a mais de 800 quilômetros do Polo Norte, longe, portanto
de qualquer lavoura ou plantação. Acumulam-se com extrema facilidade, especialmente nos
tecidos gordurosos dos seres humanos e dos animais; lembremos que mais de 60% do nosso
cérebro é composto por substâncias lipídicas, que são compostos que dificilmente se
degradam na natureza, já que não existem micro-organismos com enzimas capacitadas para
esta função.
Essa classe de agrotóxicos assimila receptores de estrógenos, aumentando enormemente a
probabilidade de câncer de mama, tanto na mulher como no homem (neste é mais agressivo
ainda), e dando um aumento também no número e na agressividade do câncer de próstata. À
parte, isso diminui o tempo de amamentação infantil, pois reduz a produção do leite materno,
que, com isso, fica muito mais suscetível a uma série de doenças e a um grande aumento da
mortalidade infantil.
Portanto, sempre que possível, devemos consumir alimentos orgânicos. Evitar os enlatados e
embutidos e descascar os alimentos antes de ingeri-los, deixá-los horas de molhos em água
com bicarbonato, limão e vinagre, escová-los muito bem, e lavá-los com todo o cuidado.
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