UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Fisioterapia Caroline Francisco Guimarães Cristiane Rezende Sant’ Anna ANÁLISE DA COMPLACÊNCIA PULMONAR DINÂMICA ATRAVÉS DE NÍVEIS MENSURADOS DE VOLUME CORRENTE EXPIRATÓRIO EM PACIENTES SUBMETIDOS A VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA NO CTI DA ASSOCIAÇÃO HOSPITALAR SANTA CASA DE LINS. Lins – SP 2015 CAROLINE FRANCISCO GUIMARÃES CRISTIANE REZENDE SANT’ ANNA ANÁLISE DA COMPLACÊNCIA PULMONAR DINÂMICA ATRAVÉS DE NÍVEIS MENSURADOS DE VOLUME CORRENTE EXPIRATÓRIO EM PACIENTES SUBMETIDOS A VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA NO CTI DA ASSOCIAÇÃO HOSPITALAR SANTA CASA DE LINS. Trabalho de Conclusão de Cruso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Fisioterapia, sob a orientação do Me Antonio Henrique Semençato Júnior e orientação técnica da Profª Ma. Jovira Maria Sarraceni. LINS – SP 2015 Guimarães, Caroline Francisco; Sant’ Anna, Cristiane Rezende Análise da complacência pulmonar dinâmica através de níveis mensurados de volume corrente expiratório em pacientes submetidos a Ventilação Mecânica Invasiva (VMI) no Centro de Terapia Intensiva (CTI) da Associação Hospitalar Santa Casa de Lins. / Caroline Francisco Guimarães; Cristiane Rezende Sant’ Anna. -- Lins, 2015. 53p. il. 31cm. G977a Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Fisioterapia, 2015. Orientadores: Antonio Henrique Semençato Junior; Jovira Maria Sarraceni 1. Centro de Terapia Intensiva. 2. Complacência Pulmonar. 3. Volume Corrente. 4. Ventilômetro de Wright. 5. Pressao de Pico. I Título. CDU 615.8 CAROLINE FRANCISCO GUIMARÃES CRISTIANE REZENDE SANT’ ANNA ANÁLISE DA COMPLACÊNCIA PULMONAR DINÂMICA ATRAVÉS DE NÍVEIS MENSURADOS DE VOLUME CORRENTE EXPIRATÓRIO EM PACIENTES SUBMETIDOS A VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA NO CTI DA ASSOCIAÇÃO HOSPITALAR SANTA CASA DE LINS. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para obtenção do título de Bacharel em ________________________. Aprovada em: _____/______/_____ Banca Examinadora: Prof(a) Orientador(a): Antonio Henrique Semençato Júnior Titulação: Fisioterapeuta Especialista em Fisioterapia Cardiorrespiratória e Mestre em Terapia Intensiva Assinatura: _________________________________ 1º Prof(a): ______________________________________________________ Titulação: ______________________________________________________ _______________________________________________________________ Assinatura: _______________________________________ 2º Prof(a): ______________________________________________________ Titulação: ______________________________________________________ _______________________________________________________________ Assinatura: _________________________________ Lins-SP 2015 AGRADECIMENTOS A DEUS Por ser a base para tudo em minha vida, por me proteger e guiar, em um caminho de bem, fazendo-me ser mais humana durante essa caminhada, me fazendo superar todas as barreiras que a vida nos impõe. AOS MEUS PAIS e FAMILIARES Obrigada por tudo que já fizeram por mim, pelo grande apoio nessa jornada, sem vocês, tudo se tornaria muito difícil. Obrigada por toda compreensão mediante aos meus dias sem paciência, quando cansada achava que muitas coisas não dariam certo. Amo vocês. AOS MEUS AMIGOS: CLÓVIS, NÁDIA E CRISTIANE A vocês agradeço todo o companheirismo desde os primeiros anos de nosso curso, por jamais me decepcionarem, não sei como seria sem vocês, certamente serão profissionais de excelência fazendo o diferencial na vida de muitas pessoas. AO MEU ORIENTADOR:JÚNIOR Obrigada pelo carinho e dedicação que sempre teve com nossa turma, mas de forma especial com seus orientados, nos tornamos uma família. Você é um grande profissional e faz toda a diferença. Muito sucesso!! À PROFESSORA JOVIRA Obrigada pela compreensão, paciência e dedicação que foram fundamentais nesse processo. Caroline Francisco Guimarães AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus primeiramente, por ter me ajudado a chegar até aqui, sempre me dando força nos momentos mais difíceis, e por ter conseguido vencer mais uma etapa da minha vida. Agradeço aos meus pais por sempre me darem o maior apoio e suporte em tudo que necessitei, e por estarem sempre acreditando em mim. Agradeço também aos meus amigos que sempre estiveram ao meu lado me ajudando. Agradeço aos meus professores por sempre estarem ao meu lado, me ajudando em tudo que precisei, e por todo aprendizado que obtive com eles. Cristiane Rezende Sant’ Anna RESUMO No decorrer dos tempos à fisioterapia vem assumindo um papel de extrema importância dentro das unidades de terapia intensiva junto ao paciente crítico, destacando assim uma atenção maximizada aos processos terapêuticos, bem como o direcionamento e aprofundamento técnico científico da mecânica ventilatória pelo profissional que atua nessa área. Durante a mecânica ventilatória são realizadas mensurações da complacência dinâmica e estática, e da resistência pulmonar, além das trocas gasosas, por meio de índices que apontam seus valores. Desta forma a mecânica ventilatória abrange de forma muito especial o profissional da área de fisioterapia intensivista no que diz respeito ao estudo das forças que sustentam e movem os pulmões e a parede torácica, conjuntamente a resistências e fluxos. O conhecimento morfofisiológico do aparelho respiratório e sua inter-relação com equipamentos de suporte ao mesmo devem receber maior atenção e aprofundamento inerente ao reconhecimento de sua função. Para que seja iniciada a ventilação mecânica é necessário que o fisioterapeuta tenha amplo conhecimento das modalidades e parâmetros utilizados na prótese ventilatória. Nos ventiladores mecânicos de terceira geração em diante podemos observar na grande maioria o volume corrente através do display e sua mensuração real serem conseguidas utilizando-se um Ventilômetro de Wright. A presente pesquisa fora efetuada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) da Associação Hospitalar Santa Casa de Lins e teve como objetivo principal analisar as condições da complacência pulmonar dinâmica, executando a razão entre o volume corrente obtido por meio de ventilometria, com a diferença entre a pressão de platô e a pressão expiratória final positiva, obtendo-se desta forma a complacência pulmonar dinâmica real e compará-las com valores indicados no display do ventilador mecânico. Para tanto, realizou-se estatística pelo Teste T de Student e demostrando graficamente dados gerais. Completando tal estudo fora apontado que apesar de o volume corrente e a complacência dinâmica indicados no display do ventilador mecânico e observada pelo ventilômetro de Wright não apresentarem diferenças estatisticamente significativas. Graficamente foram observadas diferenças que de certa forma podem comprometer a mecânica ventilatória de pacientes criticamente enfermos, demonstrando-se assim a real necessidade de uma análise detalhada e constante dos dados ventilatórios do paciente pelo profissional de fisioterapia intensiva. Palavras – chave: centro de terapia intensiva, complacência pulmonar, volume corrente, ventilômetro de Wright, pressão de pico. ABSTRACT In course of time the therapy has had an extremely important role within intensive care units with the critical patient, thus highlighting an attention maximized the therapeutic processes and directing scientific and technical deepening of ventilatory mechanics by professionals who work in this area . During ventilatory mechanics measurements are made of static and dynamic compliance, lung resistance and, in addition to gas exchange by means of indices which point to their values. Thus ventilatory mechanics covers very special professional area of intensive therapy as regards the study of the forces that support and move the lungs and chest wall, along the resistance and flow. The morphophysiological knowledge of the respiratory system and its interrelation with the same support equipment should receive more attention and deepening inherent in the recognition of their role. For mechanical ventilation is initiated it is necessary that the physiotherapist has extensive knowledge of the methods and parameters used in ventilation support. In the third generation of mechanical ventilators, can be observed on the most current through the display volume and a real measurement be achieved using a Wright spirometer. This research was performed in the Intensive Care Unit (ICU) of the Hospital Association Santa Casa de Lins and aimed to analyze the conditions of dynamic pulmonary compliance, running the ratio of the tidal volume obtained through ventilometry, with the difference between the plateau pressure and positive end-expiratory pressure, obtaining in this way the real dynamic lung compliance and compare it to values in the mechanical ventilator display. To this end, there was statistically by Student's t test and was graphically demonstrated general data. Completing such a study pointed out that although the tidal volume and dynamic compliance indicated in the mechanical ventilator display and observed by Wright spirometer do not show statistically significant differences. Graphically differences were observed in a way that may compromise the mechanical ventilation of critically ill patients, demonstrating thus the real need for a comprehensive and continuous analysis of ventilator patient data by professional intensive physiotherapy. Keywords: the intensive care unit, pulmonary compliance, tidal volume, Wright spirometer, peak pressure LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Demonstra os dados gerais obtidos e aqueles referentes para execução dos cálculos da pesquisa em relação a complacência dinâmica........................................................................................................... 41 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1- Compara os dados referentes às complacências mensuradas, obtidas no display e dados averiguados e calculados conforme demonstrado no aparelho............................................................................................................ 49 Gráfico 2- Apresenta a discrepância entre às complacências mensuradas, obtidas no display e dados averiguados calculados conforme demonstrado no aparelho............................................................................................................ 49 LISTA DE SIGLAS A/C - Ventilação assistido-controlada C – Complacência Cdyn -Complacência dinâmica Cest -Complacência estática CO2 – Gás Carbônico CPT – Capacidade pulmonar total CRF – Capacidade residual funcional CTI – Centro de Terapia Intensiva f- Frequência respiratória H2O – Água ml – Mililitros ml/cm H2O – Mililitros por centímetro água. O2 – Oxigênio PEEP – Pressão Positiva ao Final da Expiração PO2- Pressão parcial de oxigênio Ppico- Pressão de pico Pplatô- Pressão de platô P-V- Pressão –Volume SIMV – Ventilação Mandatória Intermitente sincronizada TOT -orotraqual VC – Volume Corrente VM- Volume minuto VME- Volume minuto expiratório VMI- Ventilação mecânica invasiva VNI- Ventilação mecânica não- invasiva VR – Volume residual VRE–Volume residual expiratório VRI- Volume residual inspiratório SUMÁRIO INTRODUÇÃO...................................................................................................13 CAPÍTULO I - ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO...16 1 DEFINIÇÃO....................................................................................................16 1.1 Cavidade nasal............................................................................................17 1.2 Faringe.........................................................................................................17 1.3 Laringe.........................................................................................................17 1.4 Traqueia.......................................................................................................18 1.5 Cavidade torácica........................................................................................18 1.6 Pulmões.......................................................................................................19 1.6.1 Bronquios..................................................................................................19 1.6.2Bronquíolos................................................................................................19 1.6.3 Alvéolos....................................................................................................19 1.6.4 Pleuras......................................................................................................20 1.7 Diafragma....................................................................................................20 2 MECÂNICA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO.................................................20 2.1 Respiração...................................................................................................21 2.1.1 Inspiração.................................................................................................21 2.1.2 Expiração..................................................................................................21 2.1.3 Pressão intrapulmonar..............................................................................22 2.1.4 Pressão intrapleural..................................................................................22 2.1.5 Resistências das vias aéreas...................................................................22 2.2 Trocas gasosas............................................................................................23 2.2.1 Processo de trocas gasosas.....................................................................23 2.2.2 Transporte de oxigênio.............................................................................24 2.2.3 Respiração externa: trocas gasosas pulmonares.....................................24 2.2.4 Respiração interna: trocas gasosas nos capilares...................................25 2.2.5 Razão ventilação perfusão.......................................................................25 2.3 Regulação da respiração.............................................................................26 2.4 Surfactante pulmonar...................................................................................27 CAPÍTULO II - COMPLACÊNCIA PULMONAR – DOS ASPECTOS FISIOLÓGICOS AOS PARAMÊTROS PARA AFERIÇÃO............................ 28 1. DEFINIÇÃO...................................................................................................28 1.1 Complacência pulmonar estática................................................................29 1.1.1 Complacência pulmonar dinâmica............................................................29 1.1.1.1. Propriedades elásticas do sistema respiratório....................................30 1.1.1.2 Curva pressão – volume.......................................................................30 1.1.1.3 Volume corrente.....................................................................................32 1.1.1.4 PEEP.....................................................................................................32 1.1.1.5 Pressão de pico ....................................................................................32 1.1.1.6 Pressão platô.........................................................................................33 1.1.1.7 Capacidades pulmonares......................................................................34 2 VENTILAÇÕES MECÂNICA..........................................................................34 2.1 Ventilação mecânica não invasiva...............................................................34 2.2 Ventilação mecânica invasiva......................................................................35 2.2.1 Modos tradicionais de ventilação mecânica.............................................35 2.2.1.1 Ventilação mecânica controlada (CMV).................................................35 2.2.1.2 Ventilação assisto-controlada (A/C).......................................................35 2.2.1.3 Ventilação mandatória intermitente (IMV)..............................................36 2.2.1.4 Ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV).....................36 2.3 Ventilometria................................................................................................36 2.4 Ventilômetro de wright.................................................................................37 CAPÍTULO III – A PESQUISA..........................................................................39 1 INTRODUÇÃO................................................................................................39 1.2 Casuística e Métodos.................................................................................39 1.3 Sujeitos........................................................................................................39 1.4 Material ......................................................................................................40 1.5 Procedimentos.............................................................................................40 1.6 Análise estatística.......................................................................................41 1.7 Resultados...................................................................................................41 1.8 Discussão....................................................................................................42 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO......................................................................44 CONCLUSÃO....................................................................................................45 REFERÊNCIAS.................................................................................................46 APÊNDICE........................................................................................................48 ANEXOS............................................................................................................50 13 INTRODUÇÃO O sistema respiratório é parte vital de nossa composição, refere-se ao sistema orgânico de trocas de oxigênio (O 2) e dióxido de carbono (CO2) com o meio ambiente. Nos seres humanos, os principais órgãos e mais importantes do sistema respiratório são os pulmões que estão dentro da caixa torácica e que são responsáveis de realizar a troca de gases. Pensando nos aspectos Morfológicos, que definem a Mecânica Respiratória, aponta-se com relevância para o presente estudo Aspectos da Resistência Respiratória que é definida como o conjunto de forças opostas ao fluxo aéreo, podemos ainda conceituar resistência como a relação existente entre o gradiente de pressão e o fluxo (DAVID, 2001). Para Gambaroto (2006) o conceito de Complacência Pulmonar pode ser identificado como o conjunto de forças que se opõem à distensão dos pulmões na fase inspiratória, esta importante definição é uma relação existente entre a alteração do volume gasoso pulmonar vinda de um, determinado valor de variação na pressão das vias aéreas, respiratórias. Na ótica de tais características do sistema respiratório e sua funcionalidade, temos como um grande recurso em terapêuticas curativas a Ventilação Mecânica respiratória que segundo David (2001), o objetivo desta é manter tanto a ventilação como as trocas gasosas adequadas e evitar os efeitos consequentes da pressão positiva e da distensão excessiva dos alvéolos. Levitzky (2004) discorre a ventiloterapia que se trata da terapia através do controle dos volumes pulmonares espontâneos, tem como base a ventilometria que indica a mensuração dos volumes pulmonares espontâneos; volume corrente (VC) e volume minuto (VM). Neste aspecto, tem-se como instrumento para estabelecer tais parâmetros o Ventilômetro de Wright que fornece valor do Volume Corrente Expiratório Mesurado em ventilação mecânica invasiva (VMI), determinando valores fidedignos quando comparados aos valores apresentados pelo display do ventilador, em virtude de os cálculos basearem-se no Volume Corrente ofertado pelo ventilador. Para Shoemaker (1992) a utilização de parâmetros mensurados pelo fisioterapeuta durante a ventilação VMI fornecem informações para averiguação da complacência pulmonar dinâmica (C dyn) real em pacientes sob 14 tratamento no Centro de Terapia Intensiva (CTI). Pois esses mesmos parâmetros demonstram as variações na Cdyn real, de acordo com os valores obtidos durante a coleta do VC Mensurado no ventilômetro de Wright, demonstrando com maior fidedignidade a mecânica ventilatória dos pacientes submetidos a prótese ventilatória invasiva em CTI, porque os valores mensurados apresentam o VC real que está sendo ofertado ao paciente. O objetivo do presente trabalho fora analisar o volume corrente expiratório através do ventilômetro de whight e determinar a Cdyn real e desta forma comparar com os valores obtidos no display do ventilador mecânico. Para tanto se utilizou o Ventilômetro de Wright para obter o Volume Minuto Expiratório (VME) realizando-se posteriormente a razão entre o VME e a Frequência Respiratória Média (f) dos pacientes para alcançar os Valores médios do volume corrente, executando a razão deste com a diferença entre a pressão de pico (Ppico) e a Pressão Positiva Final Expiratória (PEEP) ofertadas pelo Dysplay do Ventilador Mecânico. Após averiguação, levantamento e elucidação dos dados literários, surgiu a seguinte pergunta-problema que tem por finalidade última nortear os argumentos e demais acerca da pesquisa executada: Existem diferenças entre a complacência dinâmica averiguada no display do ventilador mecânico e obtida através da ventilometria e cálculos executados pelo fisioterapeuta intensivista em CTI? Em resposta ao questionamento supracitado fora levantada a seguinte hipótese: Existem diferenças entre a complacência do paciente em ventilação mecânica pois os valores das grandezas devem ser averiguadas o mais próximo de sua boca em virtude da relação desta com a pressão alveolar; no entanto parâmetros evidenciados no display do ventilador mecânico usualmente são determinados por sensores distantes da boca do paciente. De acordo com a hipótese levantada fora realizada uma pesquisa de caráter descritivo e de campo com abordagem quantitativa coletando, analisando, organizando e expondo dados que se referem a C dyn real, de acordo com o volume expiratório mensurado e obtido pela razão do VM e frequência respiratória através do ventilômetro de Wright pelo Fisioterapeuta e aquelas observadas no dysplay do ventilador. Para tanto a presente está organizada em: 15 Capítulo I - Desvela os sistema respiratório e sua fisiologia na mecânica respiratória. Capítulo II – Discorrem os principais conceitos e definições atrelados as características da resistência pulmonar; modos ventilatórios e suas atribuições. Capítulo III – Descreve a pesquisa executada apresentando os resultados em forma de gráfico e tabela, bem como discussão de acordo com as referências bibliográficas apontadas. Ao final será apresentada a proposta de intervenção e a conclusão da pesquisa. 16 CAPÍTULO I ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 1 DEFINIÇÃO O sistema respiratório é responsável por fornecer O 2 a todas as células do corpo humano. Ele também é responsável pela remoção do CO 2 restante das trocas gasosas. A boca e o nariz canalizam o ar atmosférico para o interior do corpo por meio de um sistema de pequenos tubos que chegam aos dois pulmões situados em cada lado do coração dentro da cavidade torácica. (SMITH, 1995) As principais vias aéreas e estruturas do sistema respiratório são cavidade nasal, faringe, laringe e traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares no interior dos pulmões. As estruturas do sistema respiratório superior incluem o nariz, a faringe a traqueia, a árvore bronquial, os alvéolos pulmonares e os pulmões. (SMITH, 1995) Em termos de sua função geral o sistema respiratório é dividido com frequência em parte condutora, onde estão incluídos as cavidades e estruturas que transportam gases para e dos alvéolos pulmonares. E a parte respiratória formada pelos alvéolos pulmonares onde, ocorrem as trocas gasosas. Além destas estruturas, também inclui-se os músculos respiratórios como integrantes deste sistema. (VAN DE GRAFF, 2003, p. 603) O ar entra no corpo principalmente pelas narinas (e, ás vezes, pela boca). As narinas comunicam-se com a cavidade nasal que se prolonga no interior do crânio e se une posteriormente com a faringe. A faringe é um tubo que se estende parcialmente para baixo na região do pescoço. A primeira parte da faringe transporta somente ar, mas, na sua porção inferior, também passam alimentos e líquidos. A laringe, local onde encontram-se as cordas vocais, liga a faringe a traqueia. Uma dobra isolada de cartilagem, a epiglote situa-se logo acima da entrada da faringe e a obstrui durante a deglutição para evitar que alimentos e líquidos entrem na traqueia. (SMITH, 1995) 17 1.1 Cavidade nasal Principal via para o ar alcançar ou deixar os pulmões, é forrada por uma membrana mucosa aderente que prende partículas de pó e microrganismos; dividida em dois compartimentos por uma placa central de cartilagem (septo nasal).O epitélio olfatório, se encontra no teto da cavidade, são os órgãos olfativos. (SMITH, 1995) 1.2 Faringe De acordo com Marieb & Hoehn (2009) a faringe faz a comunicação da cavidade nasal e a parte superior da boca com a laringe e o esôfago inferiormente, denomina-se como garganta. Possui um formato afunilado medindo aproximadamente cerca de 13 cm de comprimento, é composta por músculos esqueléticos ao longo do seu comprimento. Ela e dividida em três regiões: Parte nasal da faringe localiza-se na parte posterior à cavidade nasal e inferior ao osso esfenoide e superior ao palato mole. Possui função exclusiva de servir como passagem, na deglutição o palato mole e a úvula palatina são movidos para cima impedindo a entrada de alimento na cavidade nasal. (MARIEB & HOEHN, 2009) Parte oral da faringe possui localização na parte posterior à cavidade oral com continuidade através de uma abertura arqueada chamada de garganta. Permite a passagem do alimento deglutido e do ar inspirado através da parte oral da faringe devido a sua extensão que se inicia no palato mole e finaliza na epiglote. (MARIEB & HOEHN, 2009) Parte laríngea da faringe esta localizada na parte posterior da epiglote e se estende até a laringe, onde ocorre a divergência das vias respiratórias e digestivas. É revestida por epitélio estratificado plano, e serve de via para a passagem de ar e alimento. (MARIEB & HOEHN, 2009) 1.3 Laringe Um tubo curto e cartilaginoso que liga a faringe á traqueia, junto com as 18 pregas vocais nelas presentes, desempenham um papel importantíssimo na fala. (SMITH, 1995) A laringe tem três funções, sendo as duas principais fornecer uma via livre para a passagem de ar e agir como um mecanismo alternador para direcionar o ar e o alimento para os canais apropriados. A terceira função da laringe e a produção da voz, por conter as pregas vocais. (MARIEB & HOEHN, 2009, p.733) 1.4 Traqueia A principal via aérea para os pulmões com aproximadamente 11 cm de comprimento e mantida aberta, contra a pressão de órgãos vizinhos, por anéis de cartilagem em forma de C. A Traqueia divide-se em duas vias aéreas chamadas brônquios principais, um para o pulmão direito e o outro para o pulmão esquerdo, Cada um destes brônquios divide-se mais a adiante em brônquios lobares e, estes em segmentares, e, finalmente, em minúsculos bronquíolos. Essa contínua ramificação é denominada árvore bronquial. Nas regiões mais profundas dos pulmões, de formato cônico ocorrem as trocas gasosas (ácinos pulmonares). (KAPANDJI, 2001) 1.5 Cavidade torácica Espaço ocupado pelos pulmões, revestido por uma camada de membrana pleural cuja a continuidade é manter o líquido pleural que reveste a face interna da caixa torácica (pleura parietal) e a face externa dos pulmões (pleura visceral). (KAPANDJI, 2001) O tórax é constituído pelos ossos esterno, costelas, cartilagens costais além das vértebras torácicas. É limitada anteriormente pelo esterno, superiormente pela clavícula e inferiormente pelo músculo diafragma. A cavidade torácica fixa á coluna vertebral posteriormente, e ao osso esterno na anteriormente, além de proteger os órgãos internos. Há 12 costelas de cada lado, totalizando 24. As sete superiores são chamadas verdadeiras, fixando-se diretamente ao esterno, anteriormente. A oitava e a décima, são denominadas falsas costelas, pois fixam-se indiretamente ao esterno através da cartilagem costa. A 11ª 12ª são chamadas de flutuantes pois não têm fixações anteriores. (MOORE, DALLEY, AGUR,2009) 19 1.6 Pulmões Os dois pulmões, de consistência esponjosa, ocupam a maior parte da cavidade torácica, sendo, portanto protegidos por esta. Juntos, formam o órgão mais extenso do corpo. Sua função essencial é a troca gasosa capitando o oxigênio vital do ar atmosférico e eliminando o dióxido de carbono não utilizável. (KAPANDJI, 2001) O pulmão esquerdo é dividido em lobos superior e inferior, através da fissura obliqua e com tamanho menor que o pulmão direito. Enquanto que o pulmão direito possui três lobos o superior , médio e o inferior dividido pelas fissuras obliqua e horizontal .(MARIEB & HOEHN,2009) 1.6.1 Brônquios Existem dois brônquios principais, cada um suprindo um pulmão. Este por sua vez ramifica-se progressivamente em brônquio lobares e segmentares. Um dos cinco ramos do brônquio principal; cada um abastecendo um determinado lobo pulmonar. Esses brônquios, em seguida, dividem-se em vias aéreas de pequeno diâmetro denominadas brônquios segmentares. (KAPANDJI, 2001) 1.6.2 Bronquíolos Terminações minúsculas das ramificações provenientes dos brônquios segmentares ou de terceira ordem, dentre os quais se destacam os bronquíolos terminais e respiratórios. Destaca-se que a hematose além de ocorrer nos capilares alveolares também recebe contribuição dos Ácinos respiratórios. (SMITH,1995) 1.6.3 Alvéolos Os alvéolos são câmaras microscópicas nas terminações da árvore bronquial; parede de epitélio simples pavimentoso sobreposta a uma fina 20 camada de membrana basal; superfície externa intimamente associada aos capilares pulmonares. Ao redor dos alvéolos existem redes de capilares. O oxigênio de dentro do alvéolo para o interior dos capilares sanguíneos através da difusão entre as paredes alveolares e capilares. O dióxido de carbono se difunde do sangue para o interior do alvéolo. Existem mais de 300 milhões de alvéolos nos dois pulmões, proporcionando uma grande superfície para a troca gasosa, aproximadamente 40 vezes maior do que a superfície externa do corpo. (SMITH, 1995, p.134) 1.6.4 Pleuras A pleura é uma fina camada serosa que reveste os pulmões, podendo ser dividida em pleural parietal que cobre a parede torácica e a parte superior do diafragma, e em pleura visceral que cobre a parte externa dos pulmões. Entre as pleuras localiza-se a cavidade pleural que é preenchida com o liquido pleural, produzido pelas pleuras. Esse líquido tem a função de lubrificação dos pulmões facilitando seu deslizamento sob a parede torácica durante os movimentos ventilatórios. (MARIEB & HOEHN, 2009) 1.7 Diafragma. De acordo com Marieb & Hoenh (2009) diafragma, um músculo grande (sua área superficial é de aproximadamente 250 cm²) em uma forma de cúpula, que separa o tórax da cavidade abdominal. O diafragma é tido como parte integrante da parede torácica e deve ser sempre levado em consideração na análise da mecânica da parede torácica. O diafragma é o principal músculo inspiratório sendo responsável por aproximadamente 2/3 do ar que é introduzido nos pulmões durante a respiração normal tranquila (denominada eupeneia). Quando um indivíduo esta em posição ortostática ou em sedestação, o diafragma é responsável por cerca DE 1/3 A ½ do volume corrente. Ele é inervado pelos nervos frênicos, que deixam a medula espinal entre o 3° e o 5° segmento cervical. As fibras musculares do diafragma se inserem no esterno, nas seis costelas inferiores e na coluna vertebral por meio de dois pilares. 21 2 MECÂNICA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 2.1 Respiração O movimento físico do ar entrando e saindo dos pulmões é gerado por diferenças de pressão, entre comparando á pressão atmosférica circunvizinha. As diferenças de pressão são produzidas pela expansão do tórax e dos pulmões por ação muscular e de maneira passiva, o que lhes permite regressar em seguida ás suas dimensões anteriores. A frequência e a intensidade da respiração podem ser modificadas conscientemente. Entretanto, a necessidade subjacente de se respirar é controlada por aéreas internas do tronco encefálico, onde respostas, para regular os músculos da respiração (do que usualmente não somos conscientes) ocorrem de acordo com os níveis de dióxido de carbono e oxigênio no sangue. (SMITH, 1995) A respiração ou ventilação pulmonar é composta por duas fases: inspiração na qual o ar flui para dentro dos pulmões, e a expiração, o período no qual o ar ira fluir para fora destes. As pressões respiratórias, são sempre relacionadas á pressão atmosférica. Ao nível do mar, a pressão atmosférica é de 760 mmHg. Esta pressão também pode ser expressa em unidades atmosféricas: pressão atmosférica = 760 mmHg = 1 atm. Uma pressão respiratória negativa em qualquer área respiratória, como a de -4 mmHg, será indicativo de que a pressão nesta aérea é mais baixa que a pressão atmosférica. Uma pressão respiratória positiva será mais alta que a pressão atmosférica, e a pressão respiratória igual a zero tornasse equivalente á pressão atmosférica. (MARIEB e HOENH,2009,p744). 2.1.1 Inspiração Marieb e Hoehn (2009) descreve que a inspiração e a entrada de O 2 para dentro dos pulmões, promovendo um aumento em todas as dimensões da caixa torácica. Com isso os músculos inspiratórios o diafragma e os intercostais externos são ativados fazendo uma contração. 2.1.2 Expiração De acordo com Marieb & Hoehn (2009) a expiração é a saída de CO 2 dos pulmões, isso vai depender mais da elasticidade pulmonar do que da 22 contração muscular impedindo o colabamento dos pulmões. Enquanto os músculos inspiratórios relaxam e retornam ao seu comprimento de repouso a caixa torácica se relaxa e os pulmões se retraem, diminuindo o volume torácico e intrapulmonar. Os músculos expiratórios são ativados contraindo os músculos da parede abdominal, principalmente os músculos oblíquos e transverso do abdômen, com essa contração há o aumento da pressão intra-abdominal comprimindo os órgãos abdominais superiormente ao diafragma e rebaixando as costelas. Para Marieb e Hoehn (2009, p.747) “o controle dos músculos da expiração é importante quando a regulação precisa de efluxo de ar dos pulmões é necessária.” 2.1.3 Pressão Intrapulmonar A pressão intrapulmonar é pressão dentro dos alvéolos. Esta pressão aumenta e diminui com as fases da ventilação, mas sempre em algum momento, torna-se equivalente a pressão atmosférica. (MARIEB & HOENH, 2009) 2.1.4 Presão Intrapleural A pressão dentro da cavidade pleural, também oscila com as fases da ventilação, mas aproximadamente 4 mmHg menor. Desta maneira nota-se que a pressão pleural, é sempre negativa quando relacionada a pressão intrapulmonar. (MARIEB & HOENH, 2009) 2.1.5 Resistência das Vias aéreas A resistência do fluxo aéreo reside no trato respiratório superior, incluindo nariz, boca, faringe, laringe e traqueia. Durante a respiração nasal o nariz constitui cerca de 50% da resistência total das vias aéreas. A maior parte do resto da resistência se encontra nos brônquios médios, segmentares e subsegmentares, até aproximadamente a sétima geração das vias aéreas periféricas, sendo assim pequena sua responsabilidade em torno de apenas 23 10% a 20%. (GAMBAROTO, 2006) A resistência representa o total de forças que se opõem ao fluxo dos gases nos pulmões quando um diferencial de pressão é neles aplicado. Ela é calculada medindo-se as pressões na boca e na cavidade intrapleural e dividindo a diferença pelo fluxo aéreo, a medida pode ser obtida de forma não invasiva, durante a respiração normal, a partir do registro da pressão intrapleural.(GAMBAROTO, 2006) 2.2 Trocas gasosas. O corpo não pode armazenar oxigênio precisa de abastecimento contínuo ele também produz, constantemente, o dióxido de carbono como um produto descartável. A troca gasosa significa a permuta de dióxido de carbono e oxigênio nos pulmões e nos tecidos. (SMITH, 1995) O oxigênio é fisicamente introduzido para o interior do corpo pela expansão dos pulmões. Quando ele alcança os sacos em fundo cego microscópicos da via aérea pulmonar, o gás dissolve-se na camada de líquido de revestimento dos espaços aéreos (alvéolos). Ele, então passa para a corrente sanguínea, que distribui o oxigênio para cada célula do corpo. No interior das células, as mudanças químicas, conhecidas como respiração celular, usam oxigênio nos mecanismos aeróbicos. Para Smith (1995) dióxido de carbono, tóxico, é um subproduto desse processo, mas a troca gasosa elimina-o no ar. Tanto nos dois pulmões quanto nos tecidos do corpo, os gases passa por difusão o processo de passagem de uma região de maior para a de menor densidade. 2.2.1 Processo de troca gasosa. Quando o ar, rico em oxigênio alcança os alvéolos – pequenos sacos em fundo cego dentro dos pulmões – Este irá permear diversas membranas para alcançar os eritrócitos no sangue. Mas essas camadas são tão finas que a distância total é apenas 0,001mm. (SMITH, 1995) O oxigênio contido no ar alveolar dissolve-se na camada de líquido que reveste o alvéolo e difunde-se pela parede capilar venosa. O oxigênio entra no 24 plasma sanguíneo no interior do capilar, rapidamente prende-se a hemoglobina no eritrócitos. O dióxido de carbono difunde-se para fora do plasma sanguíneo e entra no ar alveolar no interior dos alvéolos (espaço aéreo). O sangue oxigenado deixa o coração pela artéria aorta (a artéria principal do corpo) e circula por meio de uma rede arterial em direção aos tecidos do corpo. O sangue rico em oxigênio é transportado pelos tecidos em capilares mais finos. As células sanguíneas vermelhas que chegam aos tecidos são ricas em oxigênio. O oxigênio deixa a hemoglobina no interior das células vermelhas do sangue, e difunde-se pela parede do capilar sanguíneo para dentro do interstício. Níveis de oxigênio são mais altos no sangue que em tecidos circunvizinhos. A diferença em níveis força o oxigênio a romper sua ligação para a hemoglobina nas células vermelhas e difundir-se para fora do sangue e para dentro da célula adjacente. O contrário aplica-se ao dióxido de carbono, que se difunde do tecido para dentro do plasma. (SMITH,1995.p135) O CO2 difunde-se para fora da célula tecidual, cruza a parede do capilar venoso e vai para dentro do plasma sanguíneo. 2.2.2 Transporte de Oxigênio Cerca de 98% do sangue que entra no átrio esquerdo proveniente dos pulmões acabou de passar através dos capilares alveolares e tornou-se oxigenado a uma pressão parcial de oxigênio (PO2) em torno de 104 mmHg. Outros 2% do sangue vem da aorta, através da circulação brônquica, que supre basicamente os tecidos profundos dos pulmões e não é exposta ao ar pulmonar. Esse fluxo de sangue é denominado “fluxo do desvio”, significando que o sangue é desviado além das aéreas de trocas gasosas. Ao deixar os pulmões, a PO2 do sangue do desvio fica em torno da PO 2 do sangue venoso sistêmico normal, aproximadamente 40 mmHg. Quando este sangue se combina nas veias pulmonares com o sangue oxigenado dos capilares alveolares, essa chamada mistura venosa de sangue que faz com que a PO2 do sangue que entra no coração esquerdo e é bombeado para a aorta diminua para cerca de 95 mmHg. Essas mudanças na PO2 do sangue em diferentes pontos do sistema circulatório. (MARIEB & HOENH, 2009) 25 2.2.3 Respiração Externa: trocas gasosas pulmonares. Durante a respiração externa, o sangue venoso que flui através da circulação pulmonar é oxigenado nos capilares pulmonares, retorna ao coração e, posteriormente, é distribuído pelas artérias sistêmicas para todos os tecidos corporais. A mudança da cor do sangue, verificada nos capilares pulmonares, ocorre devido á captação do O2 e á sua ligação com a hemoglobina nos eritrócitos. (MARIEB & HOENH, 2009) Ao mesmo tempo, a eliminação do CO2 do sangue ocorre com a mesma velocidade. Os próximos fatores que influenciam o movimento do oxigênio e do dióxido de carbono através da membrana respiratória, destacam-se como: Gradiente das pressões parciais e a solubilidade dos gases. Razão entre a ventilação alveolar e a perfusão sanguínea pulmonar, e as características estruturais da membrana respiratória. (MARIEB & HOENH, 2009, p.754) 2.2.4 Respiração interna: trocas gasosas nos capilares Durante a respiração interna, as pressões parciais e os gradientes de difusão são inversos aos verificados na respiração externa nas trocas gasosas pulmonares. No entanto, os fatores que promovem as trocas gasosas entre os capilares sistêmicos e as células teciduais são basicamente idênticos àqueles dos pulmões. As células teciduais continuamente utilizam O2 para suas atividades metabólicas e produzem CO2. (MARIEB & HOENH,.2009) Como a PO2 nos tecidos é sempre menor do que a do sangue arterial sistêmico, o O2 é movido rapidamente do sangue para os tecidos até atingir o equilíbrio e, inversamente, o CO2 é movido rapidamente a favor do seu gradiente pressórico das células teciduais para o sangue. Como resultado, o sangue venoso drenado a partir dos capilares teciduais retorna ao coração. (MARIEB & HOENH, 2009, p.756) 2.2.5 Razão Ventilação Perfusão Para que as trocas gasosas sejam bem sucedidas, deve haver uma minuciosa combinação, ou relação, entre a ventilação (fluxo de ar nos alvéolos) e a perfusão (fluxo sanguíneo nos capilares pulmonares). (MARIEB & HOENH, 2009) Em alvéolos com ventilação inadequada, a saturação de dióxido de 26 carbono se torna baixa, resultando em uma constrição das arteríolas que irrigam estes alvéolos, e o sangue é direcionado para áreas mais ventiladas, onde a PO2 é alta e a captação de O2 será mais eficiente. Nos alvéolos onde a ventilação é máxima, as arteríolas pulmonares dilatam, aumentando o fluxo sanguíneo nesse local. Sendo assim nota-se que o mecanismo de auto regulação que controla os músculos vasculares pulmonares é o oposto do mecanismo que controla a maioria das arteríolas na circulação sistêmica. (MARIEB & HOENH,2009) Enquanto alterações da saturação de oxigênio (SPO 2), alveolar afetam o diâmetro dos vasos sanguíneos pulmonares, causando alterações no diâmetro dos bronquíolos. As vias aéreas associadas a aéreas com alto nível de CO 2 alveolar são dilatadas, permitindo que o mesmo seja eliminado do corpo mais rapidamente. 2.3 Regulação da respiração A ventilação pulmonar é principalmente uma ação involuntária e rítmica tão eficiente que continua funcionando até mesmo quando uma pessoa está inconsciente. A fim de que o centro nervoso de controle possa funcionar de forma adequada, necessita de propriedades de monitoramento, estimulação e inibição de forma que o corpo possa responder adequadamente ás necessidades metabólicas aumentadas ou diminuídas. Além disso, o centro deve estar ligado ao cérebro para receber os impulsos voluntários. (MARIEB & HOENH, 2009) Os três centros respiratórios do encéfalo são as áreas da ritmicidade, apnêustica e pneumotáxica. A área da ritmicidade, localizada no bulbo, contém dois conjuntos de corpos de células nervosas que formam as porções inspiratória seguem através dos nervos frênicos e intercostais e estimulam o diafragma e os músculos intercostais. Impulsos da porção expiratória estimulam os músculos expiratórios.(VAN DE GRAAFF, 2003, p 623) Segundo Van De Graff (2003) duas porções agem de maneira recíproca. O estiramento de receptores na pleura visceral dos pulmões proporciona retroalimentação através dos nervos vagos para estimular a porção expiratória. As áreas apnêustica e pneumotáxica estão localizadas na ponte. Essas 27 áreas influenciam a atividade da área de ritimicidade. O centro apnêustico promove a inspiração e o centro pneumotáxico inibe a atividade dos neurônios inspiratórios. 2.4 Surfactante pulmonar Os alvéolos têm apenas 0.2mm de diâmetro quando estão completamente preenchidos por ar. Ocasionalmente os alvéolos poderiam perder sua capacidade de armazenamento diante, da poderosa tensão superficial em suas camadas de revestimento. Esse processo de esvaziamento é evitado por uma substância natural denominada surfactante. Ela é produzida pelas células alveolares e consiste principalmente de substâncias gordurosas, tais como colesterol, fosfolipídios e proteínas. Além de manter o alvéolo expandido, desempenha o papel de incapacitar ações de microrganismos, prevenindo certas infecções pulmonares. (SMITH, 1995) 28 CAPÍTULO II COMPLACÊNCIA PULMONAR – DOS ASPECTOS FISIOLÓGICOS AOS PARAMÊTROS PARA AFERIÇÃO. 1 DEFINIÇÃO Toda estrutura elástica tem como propriedade fundamental oferecer resistência á deformação. Os pulmões por sua vez tem sua mecânica definida por estas características. Sua morfologia é determinada por uma estrutura elástica, interligando artérias, vias aéreas e o interstício. Sua capacidade de expandir-se é chamada de complacência (C). Para expandir os pulmões é necessário um mínimo esforço, que ocorre naturalmente, na atividade da respiração. Esse esforço é realizado pelo músculo diafragma e pelos músculos intercostais externos. Quando a capacidade de expansão está diminuída, o pulmão encontra-se com complacência reduzida. A diminuição da complacência é por si só perigosa, pois impõe um maior trabalho ao sistema respiratório para que os pulmões estendam-se e haja a passagem do ar para dentro destes. Em disfunções agudas pode evoluir rapidamente para insuficiência respiratória. (LEVITZKY, 2004). Em condição crônica, insuficiência ocorre de forma lenta e progressiva no decorrer dos anos, tornando o esforço do trabalho respiratório cada vez maior, dificultando a expansão pulmonar. Em sua definição clássica a complacência pulmonar é relatada como uma relação entre pressão e volume, onde a capacidade de distensibilidade dos pulmões permeia a entrada de ar nas vias aéreas. A extensão na qual os pulmões se expandirão por cada unidade de aumento na pressão transpulmonar (se um tempo suficiente for permitido para atingir o equilíbrio) é chamada complacência pulmonar. A complacência total de ambos os pulmões num adulto normal é, em média, de 200 mililitros de ar por centímetro de pressão de água transpulmonar. (GUYTON,HALL,2006,p.473) David (2001) descreve que é importante consideramos que associada a variação dos volumes pulmonares ocorre também uma variação da pressão. Na faixa fisiológica normal de variação de pressão (-5 a -10 cmH2O) o pulmão é bem distensível, para cada variação de 1 cmH 2O ocorre uma variação de 200 29 ml de ar, contudo se o pulmão já estiver expandido, pequenas variações de volume, geram uma grande variação de pressão impondo um aumento do trabalho aos músculos inspiratórios. Devido a distensibilidade dessas estruturas a contração muscular, estabelece uma diferença de pressão, dentro e fora dos pulmões permitindo a passagem de ar ao sistema respiratório. Para David (2001) durante a distensão, ocorre diferenças nas pressões do sistema respiratório gerando uma diferença entre pressão alveolar e a pressão atmosférica em torno do tórax. 1.1 Complacência pulmonar estática (Cest) De acordo com David (2001) a Cest do sistema respiratório, conceitua-se a partir da complacência pulmonar sendo assim, estado de é determinada como um distensibilidade mantido nos pulmões sem que, haja uma movimentação efetiva da musculatura envolvida no trabalho respiratório. Durante o trabalho respiratório seu valor é superior ao da complacência pulmonar dinâmica, é definida em fluxo zero, com a musculatura relaxada e após um ponto de estabilidade do sistema respiratório. A complacência da caixa torácica modifica-se por exemplo com as mudanças das pressões intra-abdominais. Como a complacência varia com o volume pulmonar, é importante que comparações progressivas sejam feitas sempre com o mesmo volume. (DAVID, 2001,p.86) É possível notar a redução da complacência pulmonar a altos volumes e, quando a mesma encontra-se próxima a capacidade pulmonar total. A determinação é feita no momento de fluxo zero, após uma pausa de 3 a 4 segundos, na pressão de platô , para que não exista significativa influência da resistência nas vias aérea e da viscoelasticidade. Neste ponto é zero a diferença de pressão nas vias aéreas e é quando a pressão nestas aproxima-se da pressão existente nos alvéolos. (DAVID, 2001, p.86) 1.1.1 Complacência pulmonar dinâmica (Cdyn) Ao passo que a Complacência Pulmonar dinâmica é definida como o padrão de distensibilidade da caixa torácica, em relação a volumes de pressão que compõe o sistema respiratório e sua mecânica de funcionamento. Para Levitzky (2004) a complacência dinâmica é identificada como um ponto da 30 curva volume-pressão determinado entre os limites máximos e mínimos de pressões geradas durante o ciclo respiratório (final da inspiração e da expiração). 1.1.1.1 Propriedades elásticas do sistema respiratório. A elasticidade é uma propriedade da matéria que permite ao corpo retornar á sua forma original após ter sido deformado por uma força sobre ele aplicada. Os tecidos dos pulmões e do tórax são constituídos por fibras elásticas, cartilagens, células epiteliais, glândulas, nervos, vasos sanguíneos e linfáticos, que possuem propriedades elásticas e obedecem á Lei de Hooke, de modo que, quanto mais intensa a pressão gerada pelos músculos respiratórios, maior o volume inspirado. De tal forma esses músculos devem ser distendidos durante a inspiração por meio de uma força externa. Quando essa força cessa, os tecidos se encurtam. (GAMBAROTO, 2006) Essa relação entre pressão e volume depende apenas da variação de volume medida em condições estáticas, isto é, quando não há fluxo de ar na árvore brônquica. A inclinação da curva de pressão – volume, ou a mudança de volume por unidade de alteração de pressão.(GAMBAROTO, 2006) 1.1.1.2 Curva pressão - volume (P-V) A porção inicial da curva corresponde a mecânica da parede torácica com volume pulmonar baixo, neste volume existem vias aéreas colabadas, e é preciso uma pressão mínima para abrir essas vias aéreas. A segunda parte é uma subida quase retilínea, sendo assim, os aumentos de volume correspondem a aumentos de pressão. È nessa parte da curva que avaliamos a complacência estática. A inclinação dessa curva é a complacência. A porção final da curva representa a hiperdistenção pulmonar. (LEVITZKY, 2004). A curva do conjunto Pulmões, mais Tórax tende a ficar horizontalizada, aproximando-se ao volume residual (VR), indicando uma complacência 31 reduzida em baixos volumes representa um volume pulmonar muito baixo, com vários alvéolos colabados que necessitam de uma pressão inicial para insuflarse. Também tende a ficar horizontal próxima a capacidade pulmonar total (CPT) (hiperdistensão pulmonar – representando a distensão máxima, com todos os alvéolos insuflados). Nestas duas situações, é preciso uma grande variação de pressão para a obtenção de pequenas variações de volume. (DAVID, 2001). A curva P-V nada mais é que um trajeto construído através da insuflação pulmonar, com volume corrente predeterminado, medindo-se a consequente pressão gerada no sistema medida, seria apenas um ponto no gráfico, devemos tomar várias medidas com diferentes pressões e volume criando um trajeto no gráfico. (GAMBORATO, 2006,p.239) A elasticidade de um pulmão é determinada pelo preenchimento pulmonar (insuflação) através das relações entre o volume e a pressão mensuradas ao nível de fechamento das vias aéreas. As relações pressão – volume ( P -V) sofrem influência da caixa torácica, dos pulmões e da pressão do sistema respiratório . Grandes distensões nos alvéolos produzem lesões nestas estruturas. A ventilação Mecânica pode produzir lesão pulmonar pelo excesso de enchimento alveolar e pela abertura e fechamento repetitivos de unidades aéreas de atelectasia. (DAVID, 2001) As informações para a manutenção das unidades abertas (PEEP) podem ser fornecidos pela curva P- V. Da mesma maneira, a curva P-V nos orienta quanto aos volumes máximos (hiperinsuflação) que correspondem á diminuição da elasticidade dos sistemas. (DAVID, 2001) As determinações das pressões da curva equivalem a valores médios do sistema respiratório, sabe-se que na posição ortostática a complacência nos ápices pulmonares apresenta-se em níveis que diferem da complacência nas regiões mais inferiores (bases, regiões dependentes) . A determinação da curva Pressão – Volume e da complacência podem ser realizadas por várias técnicas como volumes aleatórios, fluxo contínuo, superseringa e aumentos progressivos da PEEP (DAVID, 2001, p.91). A complacência pulmonar pode estar reduzida, causando maior trabalho da respiração para distender todo o sistema e permitindo a entrada do ar atmosférico. De forma geral, condições que impeçam a expansão e retração pulmonar diminuem a complacência. Condições que produzem fibrose ou edema ou reduzem a parte funcional dos pulmões, como atelectasias, 32 derrames pleurais, ascites e escoliose. (DAVID, 2001). Outras situações que diminuem a complacência incluem: congestão dos vasos pulmonares, processo inflamatório alveolar com presença de líquido dentro dos alvéolos (redução do surfactante). A complacência pode estar aumentada em idosos ou em pessoas com enfisema pulmonar. Nesta situação, há perda de fibras elásticas, e uma vez, que o pulmão estende-se não retorna a sua posição inicial. O problema está na expiração, com a redução do recuo elástico que torna mais difícil a saída do ar. (DAVID, 2001) 1.1.1.3 Volume corrente (VC) Define-se como volume corrente a quantidade de ar que entra e sai dos pulmões durante uma inspiração e uma expiração normal, produzindo cerca de 500 ml de ar. De acordo com Emmerich (1996) durante a ventilação mecânica o volume corrente necessita ser monitorado constantemente para que seja definido se o grau de suporte mecânico, fornecido esta apropriado para atender as necessidades do paciente . 1.1.1.4 Pressão positiva expiratória final (PEEP) Segundo Presto e Presto (2006) a PEEP é uma pressão positiva adicionada ao final da expiração no interior das vias aéreas. Para Azeredo (2002) esta pode ser utilizada com o paciente em ventilação não – invasiva, assim como em ventilação invasiva. Pode ser utilizada durante o desmame ventilatório, ou ainda como solução para aqueles que necessitam de ventilação artificial. 1.1.1.5 Pressão de pico Tradicionalmente a monitorização da mecânica ventilatória em pacientes intubados em regime de ventilação mecânica inclui a determinação intermitente 33 das pressões, volume e fluxo durante duas situações distintas, insuflação dinâmica e insuflação passiva do sistema respiratório. Os respiradores microprocessados com módulos gráficos incorporados viabilizaram e aperfeiçoaram a análise contínua dos parâmetros da mecânica respiratória. A análise continua das curvas de fluxo, volume e pressão em relação ao tempo, assim como as curvas de fluxo x volume e pressão x volume permitem avaliar a interação paciente-ventilador, diagnosticar precocemente falhas no sistema ou mudanças da mecânica e fundamentalmente auxiliar nos ajustes dos paramentos ventilatórios, tornando deste modo o processo de ventilação mais seguro. (DAVID, 2001) As pressões criadas no sistema respiratório (paciente e circuito), nas diferentes fases do ciclo respiratório e ao longo do tempo, são determinadas principalmente pelos componentes elástico e resistivo. O componente elástico é determinado pela retração elástica dos pulmões e da caixa torácica, enquanto o resistivo é decorrente do atrito originado pela movimentação gasosa em todos o percurso de movimentação. Uma das maneiras de mensurar cada um desses componentes pode ser realizada de forma estática na modalidade volume controlado (sem ciclos espontâneos), através de uma pausa inspiratória próxima de 1 a 2 segundos. Nessa circunstância de ausência temporária de fluxo, observando o período final da pausa inspiratória, verificamos a pressão gerada pela retração elástica do sistema respiratório (pressão de platô), sendo a pressão resistiva desprezível. A diferença entre a pressão de pico e a pressão de platô deve-se ao atrito e é denominada pressão resistiva. (DAVID, 2001) 1.1.1.6 Pressão de platô (Pplatô) Monitorização da Pplatô representa a pressão estática de retração elástica de todo o sistema respiratório, ao final da insuflação realizada pelo ventilador mecânico. Define-se pressão de platô como uma pressão resultante á pressão de pico em uma ocorrência de cerca de dois segundos posteriores, que se origina de todas as forças que se oponentes ao fluxo de ar para dentro dos 34 pulmões, sendo está diretamente proporcional ao fluxo, volume, PEEP, resistência das vias aéreas, a forças retráteis ( elástica e tensão superficial alveolar) e inversamente proporcional a complacência pulmonar.(AZEREDO,2002). Durante a pausa inspiratória todo volume de ar se acomoda dentro dos pulmões correm dois fenômenos, o stress relaxation, no qual o tecido pulmonar entra em relaxamento e o Pendelluft que é a transferência de volume de gás entre os alvéolos com constantes de tempo diferentes.(AZEREDO,2002) 1.1.1.7 Capacidades pulmonares As capacidades pulmonares incluem capacidade inspiratória, capacidade residual funcional, capacidade vital e capacidade pulmonar total. As capacidades pulmonares são sempre constituídas por dois ou mais volumes pulmonares. A capacidade inspiratória é determinada como a quantidade total de ar que pode ser inspirada após uma expiração basal. Assim, esta é a soma do VC e do Volume Residual Inspiratório (VRI). A capacidade residual funcional (CRF) é a combinação do volume residual (VR) e do volume residual expiratório (VRE) e representa a quantidade de ar que permanece nos pulmões após uma expiração basal. (MARIEB e HOENH,2003). A capacidade vital (CV) é a quantidade total de ar movimentado nos pulmões em um ciclo ventilatório. Esta capacidade é a soma de VC, VRI e VRE. Em homens jovens saudáveis, a CV é de aproximadamente 4800 mL. (MARIEB; HOENH, 2003, p.750) A capacidade pulmonar total (CPT) é a soma de todos os volumes pulmonares, normalmente sendo de cerca de 6.000 mL. Os volumes e as capacidades pulmonares (com exceção do VC) tendem a ser menores em mulheres, devido ao menor tamanho corporal. 2 VENTILAÇÃO MECÂNICA A ventilação mecânica e um suporte respiratório por meio de um aparelho chamado ventilador mecânico ao paciente de acordo com seu estado, onde auxilia nas trocas gasosas permitindo assim uma ventilação 35 adequada. Ela pode ser classificada de duas formas como ventilação invasiva e não invasiva. 2.1 Ventilação mecânica não invasiva (VNI) A ventilação mecânica não invasiva é aplicada, quando não há necessidade da intubação ou traqueostomia ao paciente. O suporte ventilatório não invasivo é um método cada vez mais utilizado no paciente em insuficiência respiratória aguda e crônica. Para David (2001) A ventilação não invasiva é um método satisfatório em pacientes selecionados, como portadores de DPOC reduzindo a necessidade de intubação traqueal, o tempo de internação e a mortalidade hospitalar. 2.2 Ventilação mecânica invasiva (VMI) David (2001) descreve VMI como um suporte ventilatório interligado ao paciente através de uma traqueostomia ou de uma intubação, onde são controlados através dos modos ventilatórios. 2.2.1 Modos tradicionais de ventilação mecânica 2.2.1.1 Ventilação mecânica controlada (CMV) De acordo com David (2001) esse modo ventilatório o paciente fica totalmente dependente do ventilador isto é o volume corrente e a frequência respiratória, geralmente utilizados em pacientes em estado mais graves em processo de sedação não conseguindo realizar os drives respiratórios. 2.2.1.2 Ventilação assistido-controlada (A/C) David (2001) refere que o modo assistido-controlado é quando o paciente controla sua frequência respiratória, colocando-se a frequência respiratória controlada inferior a frequência o paciente, sendo que o volume corrente e previamente determinado. Na ausência de drives respiratórios ela 36 deixa de ser assistida e passa a ser controlado, o ventilador mantém uma frequência respiratória servindo de apoio. Perel e Stock (1994) citam que drives respiratórios junto a ventilação A/C podem prevenir ou adiar a atrofia dos músculos respiratórios. 2.2.1.3 Ventilação mandatória intermitente (IMV) Perel e Stock (1994) discorrem como método onde o suporte ventilatório ofertado ao paciente é parcial onde o ventilador fornece ciclos controlados (mandatórios) com Volume Corrente e frequência respiratória determinados e permite que o paciente realize ciclos ventilatórios espontâneos nos intervalos dos ciclos mandatórios, resultando em uma menor pressão média nas vias aéreas. Na Ventilação Mandatória intermitente é considerada a mais indicada entre as assistências ventilatórias por melhor distribuir o gás inspirado, além de diminuir a possibilidade de um dessincronia entre paciente e ventilador. Este método permite ainda uma maior atividade dos músculos ventilatórios, já que mantém algum trabalho ventilatório enquanto está sendo utilizado. A indicação é feita á pacientes que necessitam ser mantidos no ventilador e apresentam intolerância á sedação, pacientes com comprometimento hemodinâmico e aqueles que precisem de um acréscimo de oxigenação independente do nível de trabalho ventilatório.(PEREL, STOCK , 1994) 2.2.1.4 Ventilação mandatória intermitente sincronizada ( SIMV) De acordo com David (2001) esse modo ventilatório o ventilador efetua ciclos mandatórios após o um drive inspiratórios do paciente, o ventilador so se inicia um novo ciclo após o estimulo do paciente, caso não ocorra este estimulo existirá ciclos controlados e não assistidos. A SIMV proporciona uma melhor sincronia entre ventilador e paciente suavizando os efeitos hemodinâmicos deletérios da pressão positiva intratorácica. David (2001) ainda cita que a SIMV produz um maior trabalho respiratório, porque quanto menos ciclos mandatório-controlados e mais ciclos espontâneos maior será o trabalho muscular respiratório . 37 2.3 Ventilometria Das diversas formas de avaliar a capacidade ventilatória os testes de função pulmonar dispõe um direcionamento para o estado de funcionamento do sistema respiratório. O conhecimento dos testes e a compreensão dos dados fornecidos contribuem para uma decisão terapêutica apropriada. (GAMBAROTO, 2006) Durante a internação dos pacientes em CTI, os fisioterapeutas proveem cuidados necessários á preservação da função dos músculos respiratórios, e a ventilometria será uma das medidas de grande valor para análise de volumes e capacidades, principalmente nos pacientes sob ventilação mecânica. A avaliação desses e de outros dados irá demonstrar se a capacidade ventilatória do paciente está ou não satisfatória para que possa reassumir o controle da sua respiração espontaneamente. Segundo Gambaroto (2006) nos pacientes traqueostomizados, considera-se também, a ventilometria como um método de monitorização, principalmente nos pacientes com disfunções neurológicos que podem apresentar alterações do drive respiratório. 2.4 Ventilômetro de Wright A ventilometria define-se como um meio seguro de obter informações práticas acerca da mecânica respiratória. Para Azeredo (2002) com ajuda de um ventilômetro de Wright, unido a um cronômetro, e o manômetro do ventilador, viabiliza a mensuração de parâmetros como: Volume Minuto; Volume corrente; Ventilação máxima voluntária; Capacidade Vital e Capacidade Inspiratória. Sendo que o ventilômetro Wright apresenta-se com dois ponteiros para mensuração do volume inspirado ou expirado. Onde-se para aferir o volume em ml (mililitros) observa-se o ponteiro maior e para aferir o volume em litros observa-se o ponteiro menor. Por meio do cronômetro serão determinados: Frequência respiratória; Tempo inspiratório; Tempo expiratório; Tempo total do ciclo ventilatório. (AZEREDO, 2002) Para mensurar o volume corrente inspirado ou expirado o ventilômetro é 38 acoplado entre o tubo traqueal e o ventilador. O Fisioterapeuta então irá analisar o volume minuto do paciente, monitorando durante um minuto as incursões respiratórias realmente completadas no tempo de 1 minuto. Vale ressaltar que o volume minuto geralmente observado no ponteiro maior pode variar de 0 a 1 litro, enquanto que no ponteiro menor o volume-minuto irá variar de 0 a 20 litros . (AZEREDO, 2002) 39 CAPÍTULO III A PESQUISA 1 INTRODUÇÃO O presente estudo após aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Unisalesiano, Protocolo nº 1.130.181 em 29/06/2015, (ANEXO I), foi realizado no Centro de Terapia Intensiva da Associação Hospitalar Santa casa de Lins, localizada na Rua Pedro de Toledo nº 486, na cidade de Lins-SP, 5 vezes por semana no período vespertino das 13:00h ás 18:00h nos meses de Agosto a Outubro de 2015 para acompanhamento, familiarização e execução dos procedimentos atinentes a esta, sob supervisão do Fisioterapeuta e Docente de tal setor frente a execução e aplicação do Protocolo de Rotina em Terapia Intensiva (ANEXO II), ponderando-se dados coletados e arquivados, de acordo com as seguintes variáveis de interesse para presente pesquisa: Volume Corrente mensurado; Pressão de Pico e PEEP. 1.2 Casuística e Métodos Esta pesquisa trata-se de uma pesquisa documental descritiva e de campo. Neste caso foi solicitado a Dispensa do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, (ANEXO III). Para o estudo foram obtidas informações acerca de 37 pacientes hospitalizados no CTI da Associação Hospitalar Santa Casa de Lins nos meses de Agosto a Outubro de 2015. 1.3 Sujeitos Foram selecionados de forma não aleatória 37 pacientes do gênero feminino, abrangendo assim, apenas aqueles que obedecessem ao critério de inclusão o qual determinava que os pacientes estivessem hospitalizados no Centro de Terapia Intensiva da Associação Hospitalar Santa Casa de Lins sob 40 assistência Fisioterapêutica e Ventilação Mecânica Invasiva, excluindo-se para tal aqueles que não obedecessem aos critérios supracitados. 1.4 Materiais Para a realização da pesquisa foram utilizados os seguintes materiais: 1.5 a) Ventilador Mecânico Dixtal- DX3012® b) Ventilômetro de Wright Analógico Mark 8 (Ferraris®); c) Cronômetro: Aplicativo do Smartphone - Galaxy S4 (Samsung®); d) Calculadora: Aplicativo do Smartphone - Galaxy S4 (Samsung®); e) Jaleco f) Luvas para procedimento (descartáveis) g) Protocolo de rotina em terapia intensiva. Procedimentos Os dados foram adquiridos a beira do leito, utilizou-se para tal o Ventilômetro de Wright Analógico Mark 8 (Ferraris®) acoplando-o entre o circuito do Ventilador Mecânico (VM) e a extremidade externa do Tubo Orotraqueal (TOT) interligado as vias aéreas do paciente, após acoplamento do ventilômetro entre tais extremidades e conexões destas liberava-se o botão on com o aparelho zerado, obtendo-se o valor do Volume Minuto ( conforme registro do tempo através do cronômetro digital do Smartphone - Galaxy S4 (Samsung®), na sequência retornava-se o botão para posição off e realizavase a desconexão do ventilômetro retornando o circuito do VM e o TOT em suas posições iniciais. Em seguida, através da razão entre o Volume Minuto e a frequência respiratória (f), através da calculadora digital do Smartphone - Galaxy S4 (Samsung®) era obtido o volume corrente (VC) médio em ml/min. Na sequência obteve-se a complacência dinâmica realizando-se a razão entre o 41 Volume Corrente e a diferença entre a pressão de pico e a pressão expiratória positiva final. O mesmo cálculo fora executado de acordo com tais parâmetros fornecidos no display digital do ventilador mecânico, além de obter a própria complacência dinâmica averiguada na tela selecionada do ventilador mecânico. 1.6 Análise estatística A estatística desenvolvida foi mediante o uso de tabela e cálculos através do teste T de Student para duas amostras em par para as médias. Foram verificados tanto a variação (valores máximos e mínimos, além das médias e desvios padrões. A tabela 1-Demonstra os dados gerais obtidos e aqueles referentes a execução dos cálculos da pesquisa em relação a complacência dinâmica. Tabela 1: Cálculos em relação a complacência. VARIÁVEIS VC (M) PEEP (M) VC (O) PEEP (O) P.PICO C. DIN. MENSURADA MÁXIMO MÍNIMO C. DIN. DISPLAY C. DIN. CONFORME PARÊMTROS 151 16 54 ± 28**/*** 785 12 1511 12 30 49 74 239 5 323 5 15 11 9 442 ± 7± 782 ± 7± 23 ± 29 ± 28 ± MÉDIA/DP 138* 3 276* 3 4 10** 12*** Fonte: Elaborada pelas autoras,2015 Tete T: C. DIN. Mensurada e Display = 0,53; * Volume Corrente Mensurado e Mandatório = 3-8; ** C.DIN Mensurada e Conforme Parâmetros = 5-7; *** C.DIN. Display e Conforme Parâmetros = 2-6 *,** e *** Teste T de Student com duas amostras em par para as médias (hemoscedestáticas) e distribuição bicaudal. (p<0,05) existem diferenças estatisticamente significativas. 1.7 Resultados Os resultados gerais foram explicitador em forma de tabela (1) contendo dados inerentes a complacência dinâmica, além do volume corrente mensurado pelo display do ventilador, o volume corrente mensurado pelo ventilômetro de Wright, e a complacência calculada. Após execução estatística através do Teste T de Student para amostras dependentes observou-se diferenças estatisticamente significativas quando comparados os volumes correntes mensurados através do ventilômetro de 42 Wright e o mandatório fornecido pelo display do ventilador mecânico (p=3-8), além das complacências dinâmicas mensuradas através da obtenção de dados a beira do leito com o Ventilômetro de Wright e avaliadas a partir dos valores mandatórios e/ou espontâneos averiguados no display (p= 4,8-7) e aquele obtido no display digital do próprio ventilador (p= 2,2 -6). Não se observou tais diferenças quando comparados os valores averiguados através do ventilômetro de Wright e aqueles obtidos no display digital ventilador (p=0,53). Observa-se através dos gráficos 1 e 2 (APÊNDICES I e II) as variações que devem ser levadas em consideração pelo Fisioterapeuta Intensivista durante a execução dos métodos e técnicas atinentes a prática diária em centro de terapia intensiva e que numericamente foram corroboradas nesta. 1.8 Discussão Conforme o II Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica (2000), a monitorização respiratória á beira do leito, é de fundamental importância, para que tal controle possa assegurar um adequado tratamento ao paciente grave em suporte ventilatório. Na presente pesquisa se realizou a mensuração de apenas um componente inerente á mecânica ventilatória denominada complacência dinâmica. Verificando diferenças dos valores obtidos entre o volume corrente mensurado através do ventilômetro de Wright e aqueles demostrados no display do ventilador mecânico. Shoemaker et al. (1992) refere que para o indivíduo conseguir executar um bom trabalho ventilatório, é necessário que componentes de seu aparelho respiratório vença a elasticidade de ambos os pulmões e da parede torácica . No II Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica (2000), a complacência é determinada como a medida em mililitros por centímetros de água (mL /cm H2O) opondo-se desta forma a elastância. Determinou-se nesta pesquisa a complacência dinâmica conforme cálculos através de dados obtidos no ventilador mecânico e no ventilômetro de Wright. Para Irwin (2004) quando a complacência pulmonar é medida durante procedimentos de interrupção da respiração (a pessoa respira dentro ou fora de um espirômetro em porções de 500ml) , o resultado é chamado quase elástico. Na presente pesquisa determinou-se a complacência dinâmica, não 43 sendo objetivo desta a complacência estática. Segundo Nakagawa e Barnabé (2006) a complacência dinâmica ou efetiva, simplesmente utiliza a Ppico em vez da Pplatô na equação : Cdin = VC/Ppico – PEEP. Assim, qualquer alteração no componente resistivo e elástico altera a Cdyn, enquanto a Cest só muda se o componente elástico do sistema respiratório for alterado. Foram executados tais cálculos tanto com os parâmetros obtidos através da ventilometria como aqueles demonstrados no display do ventilador mecânico e ainda a complacência direta apresentada no display. Shoemaker et al. (1992) refere que fisiologicamente, essa elasticidade, é calculada com a alteração no volume para determinada alteração na pressão transtorácica de distensão. Na presente pesquisa os volumes correntes mensurados através do ventilômetro de Wright e visualizados no display do ventilador mecânico demonstraram diferenças estatisticamente significativas assim como as complacências dinâmicas de acordo com tais volumes. Para Barreto et al (2000) a ventilação mecânica é um método de suporte para o paciente durante uma enfermidade aguda, não constituindo, nunca, uma terapia curativa. O emprego da ventilação mecânica implica riscos próprios, devendo sua indicação ser prudente e criteriosa e sua aplicação cercada por cuidados específicos conforme se pode observar nesta. 44 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO Com a realização deste trabalho, objetivou-se constatar a comparação dos valores mensurados pelo ventilômetro de Wright e os dados coletados no display no que diz respeito a complacência dinâmica, mostrando a importância do fisioterapeuta intensivista no CTI. De acordo com a pesquisa realizada, pode-se evidenciar que o ventilômetro de Wright não demonstrou resultados correspondentes aos valores coletados do display, cujas informações apresentadas devem ser conferidas. No entanto, sugere-se a necessidade de dar continuidade a pesquisa já iniciada no CTI da Associação Hospitalar da Santa Casa de Lins, que evidenciou graficamente a eficácia do ventilômetro de Wright em pacientes sob ventilação mecânica invasiva, confirmando a importância do Fisioterapeuta durante a mensuração da complacência dinâmica. Sendo assim, sugere-se que a ventilometria seja realizada diariamente pelo Fisioterapeuta no CTI em questão, além de ser um método de maior acurácia descrito pela literatura, eficaz, seguro e de fácil aplicabilidade. 45 CONCLUSÃO Após a realização da presente pesquisa pode-se concluir que o volume corrente indicado pelo display do ventilador mecânico e aquele mensurado através do ventilômetro de Wright apresentaram diferenças estatisticamente significativas, assim como a complacência dinâmica de acordo com tais volumes, quando realizadas fórmulas matemáticas. Através de gráficos também se observou diferenças, demonstrando a real necessidade de uma análise constante dos dados ventilatórios do paciente que se encontra sob cuidados pelo profissional de fisioterapia que deve estar preparado para tal procedimento, de forma crítica e concisa. Os objetivos atinentes a tal pesquisa foram alcançados e a pergunta problema respondida através da determinação da existência de diferenças entre a complacência dinâmica averiguada no display do ventilador mecânico e obtida através da ventilometria e cálculos executados pelo fisioterapeuta intensivista em CTI. Esta pesquisa não se esgota por aqui devendo-se realizar junto a complacência dinâmica outras mensurações que não foram objetivo da presente pesquisa. 46 REFERÊNCIAS __________________. Técnicas para o desmame no ventilador mecânico. Barueri: Manole, 2002. p.290-296 AZEREDO, C.A.C. Fisioterapia Manole,2002. p. 389-393 respiratória moderna.4.ed. Barueri: BARRETO, S.S.M. et al Indicações da ventilação mecânica invasiva com pressão positiva. Jornal Brasileiro de Pneumologia. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Pneumologia e Fisiologia, mai 2000. BLANDINE, C.G; Anatomia para o movimento. Volume 1: Introdução à Análise das Técnicas Corporais. Curvas pressão-volume estática do sistema respiratório: eles eram apenas uma moda passageira? Curr Opin Crit Care. 2008 Feb; 14 (1): 80-6. DAVID, C.M. Ventilação mecânica da fisiologia a prática clínica. Rio de Janeiro: Manole,2001 EMMERICH,J.C. Monitorização Janeiro:Revinter,1996. p.69-109 respiratória fundamentos. Rio de GAMBAROTO, Gilberto. Fisioterapia Respiratória: em unidade de terapia intensiva. São Paulo: Atheneu, 2006. GUYTON,A.C;HALL,J.E Tratado de fisiologia médica. 11ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2001. p473 II Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica J Bras Pneumol. 2007;33 IRWIN, S; TECKLIN, J.S Fisioterapia cardiopulmonar. 2. ed. São Paulo: Manole, 2004 KAMPANDJI, A.I; Fisiologia Articular- esquemas comentados de mecânica humana. 3ed. Guanabara:Rio de Janeiro 2001 LEVITZKY.M.G. Fisiologia pulmonar. Barueri: Manole, 2004. MARIEB, E.N; HOENH,K Anatomia e Fisiologia. 3 ed.Porto Alegre: Artmed,2009 47 Mecânica pulmonar à beira do leito: torná-lo simples. Curr Opin Crit Care. 2007 Feb; 13 (1): 64-72. Review. Monitoring the mechanically ventilated patient. Crit Care Jul;23(3):575-611. Review Clin. 2007 Monitorização respiratória durante a ventilação mecânica. Crit Care Clin. 1990 Jul;6(3):679-709. Review. MOORE, K.L. DALLEY, A,F. AGUR,A.M.R Anatomia Orientada para Clínica. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara. 2009 NAKAWAGA,N. K; BARNABÉ; V Paulo:Savier, 2006 Anatomia do sistema respiratório. São PEREL ,A ;STOCK,M.C. Manual de mecanismo de suporte ventilatório .Rio de Janeiro : Medsi,1994 PRESTO, B; PRESTO,L.D.N. Fisioterapia na uti. Rio de Janeiro: Bruno Presto, 2006 SHOEMAKER, W. C. et al Tratado de terapia intensiva. 2.ed. São Paulo: Brasil,1992 SMITH,T. The Human Body.Grã Bretanha: DK,1995 VAN DE GRAFF, K.M Anatomia Humana. 6 ed. Barueri:Manole,2003 p.603 . 48 APÊNDICES 49 APÊNDICE-I 151 160 140 120 100 74 80 60 40 54 49 29 28 11 20 16 9 0 C. DIN. MENSURADA C. DIN. DISPLAY MÁXIMO MÉDIA C. DIN. CONFORME PARÂMETROS MÍNIMO Gráfico 1 – compara os dados referentes às complacências mensuradas, obtidas no display e dados averiguados e calculados conforme demonstrado no aparelho APÊNDICE-II 160 140 120 100 80 60 40 20 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213141516171819202122232425262728293031323334353637 C. DIN. MENSURADA C. DIN. DISPLAY C. DIN. CONFORME PARÊMTROS Gráfico 2- Apresenta a discrepância entre às complacências mensuradas, obtidas no display e dados averiguados calculados conforme demonstrado no aparelho 50 ANEXOS 51 ANEXO I – PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM - UNISALESIANO/SP PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP DADOS DO PROJETO DE PESQUISA Título da Pesquisa: Análise da complacência pulmonar dinâmica através de níveis mensurados de volume corrente expiratório em pacientes submetidos à Ventilação Mecânica Invasiva no CTI da Associação Hospitalar Santa Casa de Lins Pesquisador: Antonio Henrique Semençato Júnior Área Temática: Versão: 2 CAAE: 45198215.2.0000.5379 Instituição Proponente: MISSAO SALESIANA DE MATO GROSSO Patrocinador Principal: Financiamento Próprio DADOS DO PARECER Número do Parecer: 1.130.181 Data da Relatoria: 29/06/2015 Apresentação do Projeto: O projeto apresenta relevância científica. Objetivo da Pesquisa: Objetivos condizentes com a pesquisa. Avaliação dos Riscos e Benefícios: Riscos e Benefícios condizentes com a pesquisa. Comentários e Considerações sobre a Pesquisa: Deve-se acrescentar o intervalo de idade que serão selecionados os participantes e o sexo. Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória: 52 Os termos apresentam-se adequados. Recomendações: O projeto se enquadra dentro dos aspectos éticos de uma pesquisa científica. Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações: Projeto adequado Situação do Parecer:Aprovado Necessita Apreciação da CONEP:Não Considerações Finais a critério do CEP: ARACATUBA, 29 de Junho de 2015. __________________________________ Assinado por: CLAUDIA LOPES FERREIRA (Coordenador) Endereço: Rodovia Teotônio Vilela 3821 Bairro: Alvorada UF: SP Telefone: (18) 3636-5252 E-mail: [email protected] Cep:16.016-500 Município: Araçatuba Fax: (18)3636-5252 53 ANEXO II- Protocolo de Rotina em Terapia Intensiva 54 ANEXO III- Dispensa do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido SOLICITAÇÃO DE DISPENSA DO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Eu, ______________________________(nome do Pesquisador responsável) pelo projeto ______________(nome do Projeto de Pesquisa), solicito perante este Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos - CEP da Missão Salesiano de Mato Grosso – Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UniSALESIANO de Araçatuba – S. P. a dispensa da utilização do TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO para realização do projeto de pesquisa (colocar o nome do projeto) tendo em vista que o mesmo (colocar justificativa). Nestes termos, me comprometo a cumprir todas as diretrizes e normas reguladoras descritas na Resolução n° 466 de 12 de dezembro de 2012, referentes às informações obtidas com este Projeto de Pesquisa. Araçatuba (nome cidade), ___ de____________ de ____ NOME DO PROF. Orientador (pesquisador responsável) CPF________________ Curso de ___________________________ Instituição ____________________________