exportadora e importadora do Brasil com os BRICS, EUA - Unifal-MG

Propaganda
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS – MG
CAMPUS VARGINHA
INSTITUTO CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
Fernanda Teixeira Franco Ribeiro
COMÉRCIO DO BRASIL COM OS ESTADOS UNIDOS E OS BRICS DE 2002
A 2014
VARGINHA
2015
Fernanda Teixeira Franco Ribeiro
COMÉRCIO DO BRASIL COM OS ESTADOS UNIDOS E OS BRICS DE 2002
A 2014
Trabalho de conclusão de curso apresentado
ao Instituto de Ciências Sociais Aplicadas
da Universidade Federal de Alfenas, como
requisito parcial à obtenção do título de
Bacharel em Ciências Econômicas com
Ênfase em Controladoria.
Orientadora: Profa. Débora Juliene Pereira
Lima
VARGINHA
2015
FERNANDA TEIXEIRA FRANCO RIBEIRO
COMÉRCIO DO BRASIL COM OS ESTADOS UNIDOS E OS BRICS DE 2002
A 2014
A Banca examinadora abaixo-assinada
aprova o trabalho de conclusão de curso
apresentado como parte dos requisitos
para obtenção do título de Bacharel em
Ciências Econômicas com Ênfase em
Controladoria da Universidade Federal
de Alfenas.
Aprovada em: Varginha, 08 de julho de 2015.
________________________________
Profa Débora Juliene Pereira Lima
________________________________
Prof. Thiago Fontelas Rosado Gambi
________________________________
Prof. Thiago Caliari Silva
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais por todo apoio e incentivo. A minha querida irmã, que sempre
esteve presente nessa caminhada e me incentivou.
Em especial a minha orientadora que me proporcionou grandes novos
conhecimentos, pelo suporte, direcionamento e toda correção.
E a todos que direta ou indiretamente fazem parte de minha formação, muito
obrigada.
RESUMO
O objetivo desse trabalho é verificar a hipótese de que a pauta exportadora do Brasil é
composta por produtos não industriais, ou seja, se há uma primarização da pauta
exportadora do país. Além disso, verificar o saldo da Balança Comercial por categorias
de produtos no período de 2002 a 2014. A criação do grupo dos BRICS e sua
evoluçãodespertou o interesse de analisar as exportações e importações brasileiras feitas
com esses países. Junto aos BRICS foi visto a necessidade de se analisar os mesmos
dados com os Estados Unidos, devido sua posição mundial como país hegemônico. Os
dados apresentados revelam que a pauta exportadora brasileira com esses países é
composta, em grande parte, por produtos não industriais e de baixa intensidade
tecnológica. O saldo da Balança comercial apresenta déficits para produtos de média ou
mais intensidade tecnológica, ao passo que, apresenta superávit na comercialização de
produtos não industriais.A metodologia utilizada para separação de produtos por
categoria foi o da Organização para Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) e os dados
foram coletados no International Trade Statistics Database (COMTRADE) da
Organização das Nações Unidas (ONU).Após toda essa análise verifica-se que a
hipótese de que o Brasil é um país exportador de produtos de pouco valor agregado se
confirma. Ou seja, há uma nítida Divisão Internacional do Trabalho na qual o Brasil se
insere como fornecedor de commodities agrícolas e mineiras.
Palavras Chaves: Exportações, Importações, Balança Comercial.
Sumário
Introdução .................................................................................................................................... 7
1.
Teorias do Comércio Internacional ....................................................................................... 7
2.
Doença Holandesa ............................................................................................................... 12
2.1.
3.
Desindustrialização e Doença Holandesa no Brasil.................................................... 13
BRICS ................................................................................................................................. 15
3.1.
Brasil ............................................................................................................................... 17
3.2.
China ............................................................................................................................... 19
3.3.
Índia................................................................................................................................. 21
3.4.
Rússia .............................................................................................................................. 22
3.5.
Estados Unidos .............................................................................................................. 22
3.6 África do Sul ......................................................................................................................... 23
4.
Câmbio e Comércio Internacional ................................................................................... 24
5. Composição da pauta de exportações e importações do Brasil com os BRICS e EUA
de 2002 a 2014. ........................................................................................................................... 26
6.
Saldo da Balança Comercial............................................................................................. 39
7.
Considerações finais .......................................................................................................... 42
Referências ................................................................................................................................. 43
ANEXO I .................................................................................................................................... 47
ANEXO II – Notas metodológicas............................................................................................ 588
7
Introdução
A teoria do comércio internacional deAdam Smith afirma que cada país deve se
especializar na produção de mercadorias que tenham o menor custo e assim todos os
países são beneficiados. A teoria de Smith é limitada pelo fato de que o país pode se
tornar dependente quandose especializa na produção de mercadorias de baixa ou
nenhuma intensidade tecnológica. Além disso, a Balança Comercial de países
exportadores de mercadorias agropecuárias pode ser tornar deficitária pelo fato de
serem produtos mais baratos em relação aos produtos de alta intensidade tecnológica.
Existe um debate em relação à hipótese de que o Brasil tem se tornado
fornecedor de produtos agropecuários e de baixa intensidade tecnológica e importador
de mercadorias de alta intensidade tecnológica.
Nos últimos anos o Brasil estreitou suas relações com os BRICS. Tratando
desses países merece destaque o crescimento expressivo da China recentemente. Por
isso,é importante analisar as exportações e importações do Brasil com os países que
compõem esse grupo.Além disso, os Estados Unidos merecem atenção por ser
considerado o país hegemônico na economia mundial.
Este trabalho tem como principal objetivo identificar a composição da pauta
exportadora e importadora do Brasil com os BRICS, EUA e o resto do mundo. Além
disso, analisar se é benéfico ao Brasil, em termos de saldo da Balança Comercial e pauta
exportadora, o comércio com esses países. A importância de analisar temas como este é
devido a dependência econômica que pode surgir quando um país se especializa na
exportação de produtos não industriais.
1. Teorias do Comércio Internacional
O comércio internacional podeser importante para que os países consigam obter
produtos que não produzem internamente. No entanto, há divergências com relação aos
efeitos desse comércio. Sobre esse tema foram elaboradas várias teorias.
8
Bado (2004) afirma que o comércio internacional é um dos aspectos principais
das ideias de Smith. Adam Smith desenvolveu uma teoria para o comércio internacional
que ficou conhecida como Teoria das Vantagens Absolutas.
De acordo com a teoria de Smithcada país deve se concentrar na produção dos
bens que lhe oferecem vantagem absoluta. Aquilo que exceder o consumo interno
deveria ser exportado e a receita equivalente deve ser utilizada para importar os bens
produzidos em outro país. Como a capacidade de consumo dos países envolvidos no
comércio internacional será maior após as trocas, Smith (1985) concluiu que o comércio
exterior eleva o bem-estar da sociedade (COUTINHO, 2005, p.102)
De acordo com a teoria de Smith, uma vez que o comércio internacional
aumenta o mercado para os produtos produzidos domesticamente, ele permite o
aprofundamento da divisão do trabalho, contribuindo para aumentar a riqueza das
nações (BADO, 2004, p.5).
Silva (2009) faz referência à teoria do comércio internacional de Smith.
Smithdefende quea divisão internacional do trabalho faz com que haja um aumento de
produtividade o que leva a um aumento da produção e da oferta para o mercado
internacional também, o que reduz o preço da mercadoria. Porém a teoria de Smith é
considerada limitada, pelo fato de se o país for incapaz de produzir mercadorias com
custos menores, ele não poderá fazer parte do comércio internacional.
David Ricardo foi quem primeiro advertiu sobre a insuficiência analítica da
teoria Smithiana do comércio internacional. Ricardo observou que a idéia de vantagens
absolutas pode ser utilizada para se determinar o padrão de comércio interno de um país
que apresente perfeita mobilidade dos fatores de produção, mas não para o comércio
internacional, onde há a presença de imobilidade (ou baixa mobilidade) dos fatores de
produção (OLIVEIRA, 2007).
Coutinho (2005) ressalta que, para Ricardo, não é o princípio da vantagem
absoluta que define os benefícios do comércio, mas sim a vantagem comparativa.Hunt
(2005) descreve que Ricardo foi o primeiro economista a argumentar coerentemente que
o livre comércio internacional teria a capacidade de beneficiar dois países, ainda que um
deles produzisse todas as mercadorias comerciais com maior eficiência que o outro.
Coutinho (2005) também mostra que a vantagem comparativa reflete o custo de
oportunidade relativa, que se define em relacionar as quantidades de um bem que dois
países precisam deixar de produzir para focar sua produção em outro bem. O autor
prossegue dizendo que as vantagens comparativas de Ricardo são provenientes das
9
alterações de produtividade do fator trabalho para bens diferentes. Os países deveriam
se especializar em bens nos quais tivessem vantagem comparativa, aumentando sua
produção doméstica. Assim, a produção que não fosse vendida no mercado doméstico
de um país deveria ser exportada. Os outros bens seriam adquiridos no mercado
internacional a um preço menor que o de produzi-los internamente. Dessa forma, o
comércio seria benéfico para todos (COUTINHO, 2005, p.103).
Hunt (2005) aponta que, para Ricardo, um país não precisa ter ganho total da
produção de uma única mercadoria para que o comércio internacional entre ele e outro
país seja mutuamente benéfico. Dois países podem se beneficiar com o comércio se
cada um tiver uma vantagem relativa na produção, ou seja, que a razão entre o trabalho
incorporado às duas mercadorias seja diferente entre os dois países.
A seguir será apresentada a tabela que exemplifica a teoria das vantagens
comparativas de Ricardo.
Tabela1: Número de horas necessárias para produzir uma unidade de tecido e vinho na
Inglaterra e em Portugal.
Razão entre o preço
Razão entre o preço
Tecido
Vinho
do vinho e o preço do do tecido e o preço
tecido
do Vinho
Inglaterra
100
120
1,2
0,83
Portugal
90
80
0,88
1,12
Fonte: HUNT, 2005.
De acordo com a tabela pode-se notar que Portugal possui vantagem absoluta
com a Inglaterra para produzir tecido e vinho. A vantagem se deve ao fato de Portugal
precisar de menos horas de trabalho para produzir ambos os bens.Portugal gasta 90
horas para produzir uma unidade de tecido e gasta 80 horas para produzir uma unidade
de vinho. A Inglaterra gasta 100 horas para produzir uma unidade de tecido e 120 horas
para produzir uma unidade de vinho.
A razão entre os preços mostra que a produção de vinho, em Portugal, gasta 0,88
do trabalho exigido para produzir tecido. Na Inglaterra o trabalho exigido para a
produção de vinho é de 1,12 de tecido. Com isso nota-se que Portugal usa menos
trabalho na produção de vinho comparado a Inglaterra, isso torna o preço relativamente
mais baixo. Por isso, Portugal possui vantagem comparativa para a produção de vinho.
10
A Inglaterrausa 1,2 de trabalho da produção de vinho para produzir tecido. O
preço do tecido equivale a 0,83 do vinho.Com isso nota-se que a Inglaterra tem uma
vantagem relativa na produção de tecido devido a ter menos trabalho relativamente para
produzir tecido1.
Bado (2004) afirma quea teoria proposta por Ricardo demonstra as vantagens da
especialização produtiva. O autor justificaas vantagens da liberdade no comércio
internacional como uma das mais antigas contribuições da ciência econômica.
Bado (2004) diz que o comércio internacional é vantajoso quando um país
exporta as mercadorias que consegue produzir por um preço menor que os demais
países e importar aquelas que produzem por um preço maior. Desta forma os países
passam a consumir mais produtos do que seriam capazes na inexistência do comércio
internacional.
Dadas as complexidades dos temas não é possível obtermos uma teoria geral e
única do comércio internacional. É importante, por isso, termos um balanço dos
diferentes enfoques teóricos do comércio internacional (GONÇALVES, 2005, p. 97).
Segundo Krugman e Obstefeld (2001)apud Silva (2011) a teoria de Ricardocontém
alguns erros implícitos que são:

A suposição de um grau extremo de especialização que não se observa no mundo
real;

Os efeitos indiretos do comércio internacional sobre a distribuição de renda dentro
dos países e, portanto, a ideia de que os países como um todo sempre ganharão por
meio do comércio;

O fato de o autor ignorar o papel das economias de escala 2 como uma causa do
comércio.
Coutinho (2005) afirma que diversos estudos empíricos têm confirmado que os
países tenderiam a exportar bens cuja produtividade é relativamente alta e importar
aqueles cuja produtividade é relativamente baixa.
Como alternativa ao modelo Ricardiano foi desenvolvido o modelo de Heckscher
Ohlin (H-O). Segundo Silva(2011) o modelo H-O é conhecido por abordar as seguintes
propostas:
1
Foi firmado um acordo entre esses países no ano de 1703 que ficou conhecido como Tratado de
Methuen, ou tratado de panos e vinhos. Portugal se comprometeu a comprar o tecido inglês e a
Inglaterra se comprometeu a comprar o vinho português.
2
Há economia de escala quando os custos unitários de produção se reduzem na medida em que
a produção aumenta.
11

Os bens são diferentes em termos de dotação de fatores. Para exemplificar: aviões
exigem maior emprego de capitais do que roupas. Este processo é denominado
como bens por intensidade de fatores;

Os países apresentam diferenças em termos de exigência de fatores.
Segundo Silva (2011), de acordo com o modelo de Hecksher-Ohlin, se um país
produz com intensidade tecnológica, venderá seus produtos para um país que produz
com intensidade de recursos naturais e vice-versa. Esse comércio será benéfico para
ambos os países.
Krugman (2005) descreve que o comércio internacional beneficia o nascimento
da indústria nascente, pois com o aumento da receita de exportações de bens intensivos
em recursos naturais, o acúmulo de capitais se eleva, e com isso ocorre um
favorecimento advindo da industrialização que permite a substituição de importações.
Por outro lado, Carcanholo (2008) adverte que a “perda nos termos de troca” é
um condicionante da dependência econômica dos países da América Latina. A perda
dos termos de trocas é defina pelo autor como a redução dos preços dos produtos
exportados pelas economias dependentes (produtos de baixo valor agregado) em relação
ao preço dos produtos industriais importados das economias desenvolvidas (com alto
valor agregado). O autor dá o nome de dependência colonial a essa relação.
De acordo Duarte e Gracioli (2008), a inserção da América Latina como
fornecedora de alimentos, na divisão internacional do trabalho, configura uma das
relações de dependência. A essa função foi acrescentada a de contribuir para a formação
de um mercado de matérias-primas industriais. Na medida em que ofertam esses
produtos, os países da América Latinaacabam induzindo a redução dos preços dos
produtos primários no mercado mundial o que reflete na deterioração dos termos de
trocas.
De acordo com Maciel (2015), algumas explicações para os efeitos deletérios do
dos recursos naturais tem sido formuladas pela lógica estruturalista da concepção da
CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe). De acordo com essa
concepção, as diferenças de progresso técnico acentuam as diferenças entre o centro e a
periferia pela deterioração dos termos de troca. Sendo assim, a industrialização da
América Latina é uma exigência para alcançar o desenvolvimento econômico.
De acordo com Maciel (2015) surgiram, desde a década de 50, diversas teorias
econômicas que objetivaram evidenciar os limites do desenvolvimento econômico
12
liderado por recursos naturais. A partir da década de 80 muitos trabalhos tentaram
comprovar a existência de uma “maldição” do capital natural, ou seja, que há efeitos
perversos da dotação de recursos naturais sobre o desempenho econômico. Esses efeitos
estariam representados pela redução dos gastos com educação e P&D e redução dos
investimentos industriais. Nesse sentido, os países estariam em melhores condições
para o desenvolvimento se abdicassem do uso da sua riqueza natural. Ainda na década
de 1980 as explicações sobre a “maldição dos recursos naturais” se voltaram para
modelos estritamente econômicos baseados no que ficou conhecido como “Doença
Holandesa”.
2. Doença Holandesa
Ao se tratar de comércio internacional é importanteabordar a Doença Holandesa.
Segundo Silva et. al. (2012), conhece-se como “Doença Holandesa” um acontecimento
ocorrido na Holanda nas décadas de sessenta e setenta do século XX. Foram descobertas
novas jazidas de gás natural no norte do país. Com o acréscimo do preço do gás natural
no mercado internacional a Holanda intensificou a produção com objetivo de atender ao
mercado externo. A implicação imediata foi a rentabilidade das exportações e a
valorização da moeda desse país, o Florim.
A Doença Holandesaestá ligada à especialização da estrutura produtiva e
exportadora em bens intensivos em recursos naturais. Esta especialização acarreta a
determinação da taxa de câmbio corrente em níveis inferiores (apreciados) àqueles
necessários para viabilizar a atividade industrial (BRESSER PEREIRA 2008).Essa
sobrevalorização do câmbio reduziria a competitividade da indústria nacional e
desencadearia um processo de desindustrialização.
Silva (2012)adverte que apreciaçãoda taxa de câmbio real ocorreria pela
intensificação das exportações de commodities agrícolas e minerais que aumentam a
quantidade de moeda estrangeira na economia. Essa apreciação leva a um aumento da
importação de produtos industriais que pode prejudicar ainda mais a indústria nacional.
Ademais, Silva (2010) aponta outro problema decorrente da especialização
produtiva. Segundo ele, com o aumento das receitas de exportações ocorre uma
elevação no nível de renda e a formação de lucros econômicos no setor de recursos
13
naturais. Isso provoca fortes desestímulos aos demais setores da economia e redução da
competitividade na indústria.
Isso é o que teria ocorrido na Holanda. Com oaumento da exportaçãode gás natural a
Holanda reduziu as exportações de outros setores,o que afetou a indústria doméstica.
Com isso, houve contração do dinamismo industrial da economia holandesa por meio da
redução de investimentos na indústria e pela migração de capitais para extração de gás.
Ou seja, a “Doença Holandesa” é um fenômeno decorrente da existência de
recursos naturais abundantes que geram vantagens comparativas aos países que os
possuem. Isso pode levar o país a se especializar na produção destes bens e não se
industrializar ou terminar se desindustrializando, o que pode inibir o processo de
desenvolvimento econômico (SILVA, 2010, p. 16).
Por fim, a “Doença Holandesa”, se refere ao aumento das exportações de
commoditiesque provocam a uma sobrevalorização da taxa de câmbio que, por sua vez,
levaria à desindustrialização. A desindustrialização significa a redução do emprego
industrial e da participação da indústria no valor agregado.
2.1.Desindustrialização e Doença Holandesa no Brasil
Bresser-Pereira (2008) considera que os mais importantes obstáculos ao
crescimento econômico do Brasil, desde o final dos anos 80, foram: a redução dos
investimentos públicos e a incapacidade de deter a apreciação da taxa de cambio.
Bresser atribui como principal causa da apreciação cambial a manifestação de uma
Doença Holandesa, resultantes da existência de recursos naturais e primarizacao da
pauta exportadora brasileira.
Para Nassif (2008), na segunda metade dos anos 1990, o processo de
liberalização comercial teria ocasionado uma forte reprimarização da pauta de
exportações brasileira que nolongo prazo comprometeriam a competitividade da
indústria nacional e levaria a economia brasileira a um processo de desindustrialização.
A relação entre câmbio apreciado e desindustrialização seriam as características de uma
espécie de “doença holandesa" no Brasil3.
3
Por outro lado, deve-se ressaltar que, a sobrevalorização cambial pode estar relacionada a
outros condicionantes além da exportação de commodities agrícolas, como por exemplo, a
política macroeconômica de juros altos para atração de capitais especulativos.
14
Segundo Palma (2005), em vez de um processo desencadeado pela descoberta de
recursos naturais, como ocorreu na Holanda, anova “doença holandesa" que atingiu o
Brasil, teria ocorrido em função da mudança do regime de substituição de importações
por
outro:
liberalização
comercial
e
financeira
commudanças
institucionais
significativas. Palma (2005) mostra que as novas políticas econômicas trouxeram não
apenas prejuízo relativo e precoce de participação da indústria no PIB, mas também a
voltade um padrão de especialização internacional aprimorado em produtos intensivos
em recursos naturais.
Nassif (2008) interpreta que tendência à desindustrializaçãotem se tornadomaior
desde 2004, devido à combinação de taxas de câmbio reais excessivamente baixas,
juntamente com o aumento dos preços relativos das principais commodities exportadas
pelo país.
Segundo Marquetti (2002), a "desindustrialização" ocorrida na década de 1980 e
1990 no Brasil pode ter sido consequência do baixo investimento realizado na
economia, principalmente na indústria.Isso levaria à transferência de recursos e de
trabalho
da
indústria
para
setores
com
menorprodutividade
do
trabalho,
provocandobaixo crescimento do produto.
Nassif (2008) aponta que no final dos anos 1970 houve modernização de
diversos segmentos industriais já existentes, principalmente nos segmentos de
siderurgia e de bens de capitais, ocorreram investimentos em produtores de bens
intermediários, como exemplo o petróleo, investiu-se também em infraestrutura
energética. Com isso o autor prossegue dizendo, que é de se esperar que tenham
ocorrido mudanças na estrutura produtiva brasileira durante esse período.
Segundo Oreiro (2010) uma observação que deve ser feita a respeito do conceito
de "desindustrialização" é que o mesmo é compatível com um crescimento significativo
da produção da indústria em termos físicos. O que mostra que uma economia não se
desindustrializa quando a produção industrial está estagnada ou em queda, mas quando
o setor industrial perde importância como fonte geradora de empregos ou de valor
adicionado para uma determinada economia. Com isso, a ampliação da produção
industrial não pode ser utilizada como "prova" da inexistência de desindustrialização.
Para Bresser Pereira (2008), a desindustrialização não está necessariamente
associada a uma "re-primarização da pauta de exportação". A participação da indústria
no emprego e no valor acrescido podediminuir em função da transferência para o
exterior das atividades manufatureiras, ou seja, de produtos com maior conteúdo
15
tecnológico e maior valor adicionado na pauta de exportações. Com este contexto, a
desindustrialização é classificada como "positiva". No entanto, se a desindustrialização
vier seguida de uma "re-primarização" da pauta de exportações, tendo um processo de
reversão da pauta exportadora na direção de commodities, produtos primários ou
manufaturas com baixo valor adicionado ou baixo conteúdo tecnológico, isso pode ser
indício da ocorrência de "doença holandesa".
Nesse cenário, a desindustrialização é vista como "negativa” porque a
primarização provoca uma apreciação da taxa de câmbio real, causando uma
externalidade negativa sobre o setor produtor de bens manufaturados que é mais intenso
em trabalho e seus produtos possuem maior valor adicionado.
Sendo assim, para Silva (2012), com a ativação do comércio exterior e o avanço
das exportações de commodities agrícolas e minerais ocorre um aumento das receitas de
exportação, uma elevação do nível de renda, proporcionando a formação de lucros
econômicos ou rendas ricardianas para o setor de crescimento rápido, o que ocasiona
fortes desestímulos aos demais setores, o que leva a um processo de retração da
competitividade na industrial.
3. BRICS
A sigla BRIC se refere a um grupo de cooperação formado por
China,Brasil,Índia e Rússia. Em 2011 a África do Sul também entrou para o grupo e,
por isso, foi acrescentado a letra “S” tornando-se BRICS. Estes países possuem uma
característica comum, ambos são países subdesenvolvidos.
As duas tabelas a seguir irão mostrar dados dos países que compõem os BRICS.
A primeira tabela menciona o número de habitantes em cada país e sua porcentagem em
relação ao total da composição mundial. A segunda tabela apresenta a área geográfica
de cada país.
16
Tabela 2. População em 2008 (milhões de habitantes e % do total)
País
Número de Habitantes
% do total do mundo
Brasil
192
2,9
Rússia
142
2,1
Índia
1140
17
China
1326
19,8
Total
2800
41,8
Fonte:IPEA, 2010.
Tabela 3. Área geográfica (milhões de km²)
País
Área Geográfica
Brasil
8,5
China
9,6
Índia
3,3
Rússia
17,1
Fonte: IPEA, 2010.
Analisando a tabela 2 pode-se notar que os BRICS representam quase a metade
da população mundial. A China possui a maior parte representando 19,8% da população
mundial seguida da Índia com 17% e na sequencia Brasil e Rússia.
A tabela 3 mostra que a área geográfica desses países é extensa, a menor
extensão territorial è da Índia, seguida do Brasil e China. A Rússia possui a maior área
territorial no grupo dos BRICS.
Segundo os dados do Ministério das Relações Exteriores o peso econômico dos
BRICS é certamente considerável. Entre 2003 e 2007, o crescimento dos quatro países
representou 65% da expansão do PIB mundial. Em paridade de poder de compra, o PIB
dos BRICS já supera o dos EUA e o da União Européia. Os ritmos de crescimento
desses países, em 2003 respondiam por 9% do PIB mundial, e, em 2009, esse valor
aumentou para 14%. Em 2010, o PIB conjunto dos cinco países (incluindo a África do
17
Sul), totalizou US$ 11 trilhões, ou 18% da economia mundial. Considerando o PIB pela
paridade de poder de compra, esse índice é ainda maior: US$ 19 trilhões, ou 25%.
De acordo com Almeida (2009), a China representa mais de um quinto da
população mundial, em seguida pela Índia (17,5%), o Brasil (2,9%) e a Rússia (2,2%).
Mesmo dispondo de grandes territórios – dos 17 milhões de km2 da Rússia, aos 3,2 da
Índia, passando pelos 9,3 da China e pelos 8,5 do Brasil –, os BRIC diferem entre si,
nos seus recursos naturais, graus de industrialização e capacidade de impacto na
economia mundial.
A Rússia se consolidou como fornecedora mundial de matéria-prima
energética, o Brasil se destaca por ser grande exportador de commodities agrícolas, a
Índia apresentou ao mundo uma desenvolvida tecnologia da informação ao passo que a
China é destaque por exportar produtos de consumo de massa e a África do Sul é
exportadora de minérios. (SILVA, 2009).
Nos primeiros anos do século XXI, a China ascendeu ao posto de segunda
economia do mundo e de maior exportadora global (2010); o Brasil passou à posição de
sexta maior economia do planeta (2011); a Índia mantém elevadas taxas de crescimento
anual, sendo a nona maior economia; a Rússia recuperou sua autoestima com base na
estabilidade econômica, situando-se como a décima primeira maior economia; e a
África do Sul apresenta-se ao mundo reconstruída em sua dignidade nacional com o fim
do apartheid e com o fortalecimento de sua democracia e de sua economia
(REIS,p:34,2012).
3.1.Brasil
O Brasil é uma típica criação colonial no quadro de uma construção estatal
mais precoce. O Brasil teve um Estado unificado antes de ter uma economia integrada.
O Estado foi o elemento indutor da construção de uma economia industrial, bastante
moderna para os padrões dos países “periféricos”. Trata-se de um país “contente” com
sua geografia e tranqüilo quanto ao relacionamento regional. Esse contexto de “paz
regional” – pelo menos desde o final da Guerra do Paraguai – e de ausência de reais
ameaças externas definem o Brasil em suas singularidades geopolítica e deve ser
considerado com um “ativo” positivo no seu processo de inserção regional e
internacional, (ALMEIDA, 2009).
18
Entre os países que compõem os BRICS, o Brasil é o que possui as menores
taxas de crescimento do PIB observadas ao longo das últimas décadas (média de 1,7%
nos anos 1990 e 3,7% entre 2000 e 2005.) (VIEIRA, 2009). O Brasil é um dos países
com maior desigualdade de renda e pobreza do mundo. Parte considerável da população
não possui acesso a saneamento básico, os índices de escolaridade da população são
baixos (apesar de terem crescido no período recente) e o mercado de trabalho é
segmentado por cor e gênero.
Segundo Mota (2012) o Brasil se caracteriza como amplo produtor e
exportador de commodities e possuiuma moeda apreciada, o que aprofunda a
especialização primário-exportadora. A implicação imediata dessa posição na divisão
internacional do trabalho é o aumento das commodities na pauta de exportações
brasileiras e a indesejável participação crescente das importações no consumo
doméstico, com destaque nos segmentos de tecnologia.
Esses movimentos têm impactado a estrutura produtiva brasileira o que
provoca uma revisão da política industrial. A missão do Brasil deve contemplar as
vantagens de ser um ator central em commodities sem abrir mão de ser também
competitivo na área industrial, em especial incorporando valor por meio da inovação em
seus produtos e processos. (MOTA, p: 64, 2012).
Quando se analisa comercio internacional é importante que se leve em
consideração o comportamento da economia no período tratado, isso porque o
comportamento do produto interno bruto pode influenciar o comércio do país com o
mundo. A tabela a seguir apresenta a variação real do Produto Interno Bruto (PIB) e o
saldo da balança comercial brasileira do ano de 2002 a 2014.
19
Tabela 4. Produto Interno Bruto e Saldo da Balança Comercial de 2002 a 2014
Ano
PIB (variação real)
Saldo na Balança Comercial (bilhões de US$)
2002
2,66
13.121,30
2003
1,15
24.793,92
2004
5,71
33.640,54
2005
3,16
44.702,88
2006
3,96
46.456,63
2007
6,09
40.031,63
2008
5,17
24.835,75
2009
-0,33
25.289,81
2011
2,73
29.792,82
2012
1,03
19.394,54
2013
2,64
2.399,48
2014
0,84
-3.930,13
Fonte: IPEADATA. Elaboração Própria.
Pela tabela pode se observar que o ano de 2007 teve a maior variação do PIB:
6,09% seguido pelo ano de 2004:5,71%.O ano de 2009 apresentou recessão de 0,33%.
O saldo da balança comercial foi superavitário durante quase todo o período analisado,
exceto no ano de 2014.
3.2.China
A China possui uma história bem interessante. Trata-se da mais antiga
civilização contínua da história, não exatamente pela linearidade política, mas sim pela
continuidade cultural. Sua história contemporânea é, no entanto, trágica, feita de
decadência econômica, instabilidade política, humilhação militar e retrocessos sociais
expressos em uma degradação profunda do tecido social, quando as loucuras
econômicas de Mao Tsé-tung levaram o país a uma hecatombe humana, criando uma
“lacuna” demográfica de dezenas de milhões de pessoas (ALMEIDA, 2009).
A economia da China vem se destacando por apresentar altas taxas de
crescimento, ao longo dos anos. Segundo Nonnenberg (2010), as principais
características do desenvolvimento econômico da China, são referentes aos últimos
trinta anos, que teve um expressivo aumento do comércio exterior. Entre os anos 1975 e
2008, as exportações chinesas aumentaram muito, assim como as importações.
20
Tal crescimento foi viabilizado por diversos fatores, com destaque para a
política cambial, que teve a forte desvalorização real da sua moeda entre 1990 e 1994.
Contudo, o comércio exterior só começou a se destacar no crescimento da economia
chinesa no final da década de 1980, quando tanto as exportações quanto importações
ultrapassam 15% do PIB.
Segundo dados do IPEA (2010), o desempenho comercial da China e a política
que segue em relação ao setor externo, têm aceitado que o país acumule volume
expressivo de reservas de divisas. Diversos países têm seguido políticas amigáveis com
esse país na perspectiva de que essa disponibilidade de recursos possa vir a consolidar
em investimentos chineses em suas economias.
A China é mais expressiva como receptora de investimentos externos diretos
que como investidora no exterior. O investimento chinês típico é de baixo valor (terça
parte dos investimentos externos diretos da China é inferior a US$ 5 milhões), e é
tipicamente concentrado na compra de participações em empresas já existentes. Os
países da região mais aquinhoados com investimentos chineses são o Brasil, a
Venezuela, o Chile, o Equador e o México, e o volume de recursos investidos tem
crescido em forma expressiva desde o ano 2000. (IPEA, p: 7, 2010.).
Segundo Mattos (2013), ao comparar a economia chinesa com as economias
que estão em desenvolvimento, verifica que em 1986 a China não era a principal. A
região total da América Latina e Caribe ultrapassava a participação chinesa, com 4,6%
do PIB global, como também a economia brasileira, com 2,4% do PIB global.
Portanto, o quadro mudou e a crescente importância da economia chinesa no
mundo veio acompanhada de uma mudança expressiva da forma de sua inserção externa
que, de forma contraria a estratégia neoliberal de desenvolvimento, procurou ampliar
suas exportações de produtos com maior conteúdo tecnológico e diminuir a participação
das exportações de produtos primários.
Ao mesmo tempo, constatou-se que a economia chinesa, no mesmo período,
cresceu sua participação enquanto parceiro comercial da América Latina e, em
específico, de economias como Argentina, Brasil e Chile. Estas últimas, com suas
especificidades, estão inseridas dentro de um processo de reprimarização das
exportações que caracteriza a região, juntamente com o crescimento das importações de
produtos com maior conteúdo tecnológico. Conclui-se, portanto, que, mantidas as
características dessa reestruturação nas relações comerciais da Região com a maior
participação chinesa, e dada a conformação da inserção externa mais ativa desta última
21
economia, o padrão de especialização no fluxo de comércio latino-americano pode
acentuar o caráter regressivo de sua inserção externa. Isso apenas poderá ser revertido
com uma mudança estrutural na estratégia de desenvolvimento da América
Latina(MATTOS,2013.p.77).
3.3.Índia
A Índia possui características de um país de alto índice de pobreza,
desigualdades sociais e muitos outros problemas relacionados à qualidade de vida. Para
Alves (2011) a Índia e um país marcado por desigualdades sociais profundas. O
desenvolvimento econômico foi por um longo tempo bloqueado pelo fardo de uma
tradição ancestral intensamente oponente aos valores capitalistas e pela ação intrusiva
de um Estado de dimensões desmesuradas. Mas, desde meados da última década, esse
país vem adotando uma forma coerente de política de liberalização econômica interna e
integração à economia globalizada, como conseqüência observa-se altas taxas de
aumento e avanços nos setores de elevada tecnologia.
Na década de 1990 a liberalização das importações foi mais intensa e houve
um maior controle sobre a taxa de câmbio, que era flutuante, mas conduzida para
estimular o comércio internacional. Nesse mesmo período, o controle estatal foi reduzir
e novas regras para o investimento externo direto foram estabelecidas - os setores mais
beneficiados foram o de engenharia, o de serviços, o de equipamentos elétricos e o de
computação. Os resultados foram bastante positivos, pois aumentaram o comércio
exterior de forma considerável. O fluxo de investimentos estrangeiros também teve
crescimento; em 1990 o valor era de 103 milhões de dólares e em 2005 de 17 bilhões
(BARBOSA, 2008).
Segundo Vieira (2009), a economia da Índia tem apresentado durante as
últimas décadas um notável desempenho macroeconômico, que é caracterizado por
elevadas taxas de crescimento do PIB (média de 5,7% nos anos 1990 e de 6,3% entre
2000 e 2005), baixa inflação e crescimento expressivo das exportações de bens e
serviços, especialmente de serviços relacionados á tecnologia de informação.
Hoje, segundo o Banco Mundial, são quatro os maiores entraves ao
desenvolvimento indiano. O primeiro é a infra-estrutura: o país tem carência de
eletricidade, transporte e infra-estrutura em geral. Faltam investimentos por parte do
governo. Apenas de 3 a 4% do PIB é investido. Diante dessa situação, são feitas
22
parcerias entre o público e o privado para o suprimento das carências. O segundo
entrave é o Déficit Fiscal: há risco de crise, é necessário que se aumente impostos e se
reduza os gastos, contudo, o governo não sabe lidar com o problema. O terceiro são as
Leis Trabalhistas, as quais possuem várias falhas e inconsistências, fato que causa
incerteza e que, portanto, acaba desestimulando o investimento. O quarto e último
entrave é o setor financeiro que cresceu pós-1990, mas que exclui as pequenas e médias
empresas do acesso ao crédito. (HAFFNER, 2011).
3.4.Rússia
Com o fim da União Soviética e os vários transtornos ocorridos, o país foi
reerguido e se tornou a Rússia. Segundo Fiori (2009), transformou - se no maior estado
territorial do mundo, com uma enorme capacidade de resistência militar, como ficou
comprovado nas Guerras Napoleônicas. Tudo indica que a Rússia está se recuperando
rapidamente desta importância estratégica como Grande Potência que dividiu o mundo
com os Estados Unidos durante a segunda metade do século XX.
De acordo com Alves (2011), a Rússia enfrenta muitos problemas. Sendo os
mais importantes: a necessidade de ampliar a infra-estrutura de transporte,
principalmente oleodutos para petróleo e gás natural; a diversificação da estrutura
econômica, que hoje é altamente dependente dos setores de energia e commodities do
setor metalúrgico. Para solucionar a diversificação da estrutura econômica, o governo
pretende intervir de duas formas através da ampliação do programa de privatização,
visando eliminar as empresas estatais deficitárias, e através da reforma administrativa
que estabelecendo novas bases para competência fiscal entre os diversos níveis da
administração estatal, e aumentando a eficiência da máquina estatal através de seu
enxugamento.
3.5.Estados Unidos
Estados Unidos da América é um país localizado no continente americano, mais
precisamente na América do Norte. O país é o terceiro mais populoso do mundo,
superado somente pela China (1,3 bilhão) e Índia (1,1 bilhão). A população
estadunidense é de aproximadamente 314,6 milhões de habitantes, distribuídos em um
23
dos maiores países do mundo, ocupando uma área de 9 363 520 km².Os Estados Unidos
possuem a principal economia do mundo, a sua moeda é forte e é usada como
referência.
O subsolo do país abriga uma grande riqueza em minérios, como ouro, petróleo, carvão
e urânio. Na agricultura, apresenta como um dos mais desenvolvidos do mundo, sendo
grande produtor de milho, trigo, açúcar e tabaco. Na indústria o país também se destaca,
uma vez que seu parque industrial é bastante diversificado, atuando na produção de base
e no desenvolvimento de tecnologia de ponta. Os principais produtos industrializados
são automóveis, aviões e produtos eletrônicos. Mas o setor da economia que mais
emprega a população economicamente ativa (PEA) no país é o de serviços, ou seja,
terciário.
3.6. África do Sul
Segundo Vieira et.al (2009), a África do Sul, recentemente, vem se destacando
no cenário econômico internacional, devido à obtenção de uma taxa de crescimento do
PIB ascendente nos anos 2000,média de 4% entre 2000 e 2005.
A África do Sul possui elevado nível de desemprego. Adicionalmente, tanto o
alto desemprego como as taxas de crescimento moderadas estão associadas à redução do
chamado setor não mineral da economia nos anos 1990 e à fragilidade do setor
manufatureiro voltado para as exportações, que tem vivenciado uma redução de
lucratividade, fator que compromete a geração de empregos e o estímulo ao crescimento
da economia. (VIEIRA, 2009, p.528).
Edwards e Lawrence (2006) analisam a política de comércio exterior da África
do Sul. Porém durante o período do apartheid, tal política foi assinalada por um
elevado nível de protecionismo, fazendo com que as exportações fossem limitadas.
Segundo Vieira (2009), essa situação da economia sul-africana passou a
necessitar de choques internacionais favoráveis nos preços das commodities; caso
contrário, a economia sofreria sérias restrições externas.
Recentemente, tendo por base vantagens de dotação de recursos naturais, o país
desenvolveu uma estratégia de
competitividade para produtos
primários e
manufaturados com algum grau de intensidade de capital. Esse desenvolvimento pode
ser explicado em função do padrão de proteção tarifária que não favorece a exportação
24
de bens manufaturados que não sejam commodities, limitando, assim, o crescimento e a
diversificação das exportações. Períodos marcados por baixa demanda internacional por
commodities e por queda no preço do ouro no mercado internacional acabam refletindo
um baixo crescimento econômico. O processo de liberalização comercial, ocorrido a
partir de meados dos anos 1990, além de exercer um impacto favorável em termos de
redução de custos dos insumos, tem mostrado efeitos relevantes ao estimular o setor
exportador e mesmo em relação à diversificação da pauta. (VIEIRA, 2009, p.529).
4. Câmbio e Comércio Internacional
A taxa de câmbio pode ser definida como o preço de uma moeda estrangeira
medido em unidades da moeda nacional. No Brasil, a moeda estrangeira mais negociada
é o dólar dos Estados Unidos, fazendo com que a cotação comumente utilizada seja a
dessa moeda. Assim, quando dizemos, por exemplo, que a taxa de câmbio é 1,80,
significa que um dólar dos Estados Unidos custa R$ 1,80.
A taxa de câmbio reflete, assim, o custo de uma moeda em relação a outras. As
cotações apresentam taxas para a compra e para a venda da moeda, as quais são
referenciadas do ponto de vista do agente autorizado a operar no mercado de câmbio
pelo Banco Central (BANCO CENTRAL, 2015).
Holland e Pereira (1999) define a taxa de câmbio como uma das variáveis mais
importantes de uma economia, principalmente a economia brasileira, que se caracteriza
como uma economia emergente. O autor caracteriza a economia brasileira como:
exportadora de produtos baseados em recursos naturais, importadora de bens de capital
e de insumos industriais, e possui um mercado financeiro pouco desenvolvido.
Existem duas operações de câmbio diferentes: a taxa de câmbio comercial e a
taxa de câmbio de turismo. A operação de turismo é a taxa de câmbio referente aquelas
usada quando se vai viajar para o exterior. E a taxa comercial é a utilizada para
exportações e importações de mercadorias entre diferentes países.
As operações de câmbio têm diferentes características, de acordo com a
natureza de cada uma, com custos administrativos e financeiros também diversos.
Assim, a taxa de câmbio pode variar de acordo com a natureza da operação, da forma de
entrega da moeda estrangeira e de outros componentes tais como valor da operação,
25
cliente, prazo de liquidação, etc. As taxas de câmbio divulgadas normalmente são
médias apuradas para simples referência. (BANCO CENTRAL, 2015).
O gráfico seguinte irá mostrar a trajetória da taxa de câmbio (R$/US$) comercial
para venda no período de 2002 a 2014.
Gráfico 1. Taxa de Câmbio Comercial para venda: Real(R$)/Dólar americano (US$)média. 2002 a 2014
3,5
3
2,5
2
Taxa de Câmbio
1,5
1
0,5
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte:Banco Central do Brasil.
O gráfico mostra que a taxa de câmbio em 2002 estava perto de 3,0 e começou a
diminuir a partir de 2003. Em 2008 estava em 1,8 e atingiu a menor cotação em 2011:
1,6. A partir desse ano começou a se elevar até atingir 2,3 no ano de 2014.
A taxa de câmbio é responsável por influenciar o comercio internacional. Uma
taxa mais valorizada como a verificada em 2008 e 2011 incentiva as importações e uma
taxa de câmbio desvalorizada como em 2003 e 2004 as exportações.
A trajetória da taxa de câmbio real efetiva é importante quando se trata de
comércio internacional. Ela representa o preço de uma moeda estrangeira, medida em
unidades da moeda nacional. Mostra também o custo de uma moeda em relação a
outra,diferenciando em taxa de venda e taxa de compra.A taxa de venda é o preço que o
banco cobra para vender a moeda estrangeira,enquanto a taxa de compra é o preço que o
banco aceita pagar pela moeda estrangeira,que lhe é ofertada.Com isso, pode notar que
o câmbio é umas das variáveis macroeconômicas mais importantes,quando se refere ao
comércio internacional.Quando ocorre a negociação de ativos de um país para o outro, é
26
preciso mudar a unidade de contas do valor do ativo,da moeda doméstica para a moeda
estrangeira.
O comércio de bens e serviços e também o fluxo de capitais são fatores
importantes para a precificação da taxa cambial. Quando ocorrer um aumento
significativo nas exportações fará uma pressão para a desvalorização do real,
diminuindo a taxa de câmbio.
5. Composição da pauta de exportações e importações do Brasil com os
BRICS e EUA de 2002 a 2014.
Nessa seção será analisado o comércio do Brasil com os BRICS, os EUA e com
o resto do mundo. Serão apresentadas as trajetórias de exportações e importações do
Brasil com esses países e do Brasil com o resto do mundo. Além disso, será apresentada
trajetória do saldo da Balança Comercial do Brasil com esses países.
Os dados de exportações e importações dos produtos de baixa intensidade
tecnológica do Brasil com os Estados Unidos não estão disponíveis no Comtradepara o
período analisado.
O gráfico a seguir apresenta a trajetória das exportações do Brasil para os
Estados Unidos no período de 2002 a 2014.
27
Gráfico 2. Exportações do Brasil para os Estados Unidos de 2002 a 2014. (US$ a
preços correntes).
10000000000
9000000000
Produtos não Industriais
8000000000
7000000000
Produtos Industriais de baixa média
intensidade tecnológica
6000000000
Produtos Industriais de média alta
intensidade tecnológica
5000000000
4000000000
Produtos Industriais de alta
intensidade tecnológica
3000000000
2000000000
1000000000
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: COMTRADE. ONU. Elaboração própria.
Pode-se verificar pelo gráfico 2 que as exportações do Brasil para os Estados
Unidos são bem concentradas em produtos industriais de baixa média intensidade
tecnológica e produtos não industriais. Os produtos que possuem caráter industrial de
média alta intensidade tecnológica e alta intensidade são poucos exportados para os
Estados Unidos.
Nota-se que nos anos de 2008 e 2009 houve uma queda significativa nas
exportações para os Estados Unidos, tal fato pode estar relacionado à crise mundial
neste período. Mas a partir de 2011 ocorre um crescimento bem expressivo nos
produtos não Industriais que atinge a marca de um bilhão de US$ exportados. Sendo
assim, percebe-se que a pauta exportadora do Brasil é pouco diversificada devido as
exportações de bens que estão classificados nas outras categorias não serem tão
expressivos quanto aos produtos não industrializados e os de baixa média intensidade
tecnológica.
A seguir o gráfico3representa a trajetóriadas importações que o Brasil realiza
dos Estados Unidos de 2002 a 2014.
28
Gráfico 3. Importações do Brasil com os Estados Unidos de 2002 a 2014. (US$ a
preços correntes)
16000000000
Produtos não Industriais
14000000000
12000000000
Produtos Industriais de baixa
média intensidade tecnológica
10000000000
Produtos Industriais de média
alta intensidade tecnológica
8000000000
6000000000
Produtos Industriais de alta
intensidade tecnológica
4000000000
2000000000
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: COMTRADE. ONU. Elaboração própria.
Os produtos industriais de baixa média intensidade tecnológica são os mais
importados pelo Brasil dos Estados Unidos. Pelo gráfico 2 pode-se perceber que essa
mesma categoria de produtos é a que o Brasil mais exporta para os EUA 4 . As
importações dos produtos das outras categorias são bem menores.
Os produtos de baixa intensidade tecnológica tem uma trajetória crescente desde
2003. Quando chega em 2008 notamos uma pequena queda,esta diminuição pode ser
devido à crise mundial ocorrida nesse ano. Após este ano as importações desta categoria
voltam a ascender até o ano de 2011
O gráfico a seguir representa as exportações do Brasil para a China de 2002 a
2014.
4
Isso a princípio parece conflitante, porém não significa que são importados exatamente os mesmos
produtos dessa categoria(baixa média intensidade tecnológica). Dentro dessa categoria existe uma grande
diversidade de produtos.
29
Gráfico 4. Exportações do Brasil para a China de 2002 a 2014. (US$ a preços
correntes)
30000000000
Produtos não
Industriais
25000000000
Produtos Industriais de
baixa intensidade
tecnológica
Produtos Industriais de
baixa média
intensidade tecnológica
Produtos Industriais de
média alta intensidade
tecnológica
Produtos Industriais de
alta intensidade
tecnológica
20000000000
15000000000
10000000000
5000000000
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: COMTRADE. ONU. Elaboração própria.
Os produtos não industriais juntamente com os produtos industriais de baixa
intensidade tecnológica têm dominância nas exportações do Brasil para a China, e os
demais têm uma exportação menor. Em 2008 as exportações dos dois produtos com
maiores índices de exportação cresceram significativamente, porém em 2011 os
produtos industriais de baixa intensidade tecnológica sofreram uma queda nas
exportações, se elevando novamente em 2013 e começa a ter um decréscimo em 2014.
30
Gráfico5. Importações do Brasil com a China de 2002 a 2014. (US$)
14.000.000.000
Produtos não Industriais
12.000.000.000
10.000.000.000
Produtos Industriais de baixa
intensidade tecnológica
8.000.000.000
Produtos Industriais de baixa
média intensidade tecnológica
6.000.000.000
Produtos Industriais de média
alta intensidade tecnológica
4.000.000.000
Produtos Industriais de alta
intensidade tecnológica
2.000.000.000
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: COMTRADE. ONU. Elaboração própria.
Pelo gráfico pode-se observar que o Brasil importa uma quantia significativa de
produtos chineses. Os produtos Industriais de baixa intensidade tecnológica
apresentaram crescimento nas importações desde 2002. Apresentou uma pequena queda
das importações no ano de 2009, mas logo em 2010 o crescimento já retornou
expressivamente até 2014. Os produtos industriais de baixa média intensidade
tecnológica e de média alta intensidade tecnológica também apresentaram um
crescimento significativo no período.
Produtos não industriais e produtos industriais de alta intensidade tecnológica
são poucos importados em relação aos outros três tipos. Esses produtos não chegam ao
saldo de dois milhões importados, já os outros três produtos chegam a ter um saldo em
torno de doze bilhõesimportados.
O gráfico 6 apresenta os dados deexportações do Brasil para Índia, no período de
2002 a 2014.
31
Gráfico 6: Exportações do Brasil para Índia de 2002 a 2014. (US$ a preços correntes)
4.000.000.000
3.500.000.000
Produtos não Industriais
3.000.000.000
2.500.000.000
Produtos Industriais de baixa
intensidade tecnológica
2.000.000.000
Produtos Industriais de baixa média
intensidade tecnológica
1.500.000.000
Produtos Industriais de média alta
intensidade tecnológica
1.000.000.000
Produtos Industriais de alta intensidade
tecnológica
500.000.000
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: COMTRADE. ONU. Elaboração Própria.
As exportações de produtos não industriais com a Índia foram expressivas até o
ano de 2012 tendo uma queda bem significativa no ano de 2013. O saldo de exportações
nesse período caiu de três bilhões e quinhentos para um valor abaixo de dois bilhões.
Os produtos industriais de baixa intensidade tecnológica é o segundo grupo de
produtos que possui um valor significativo das exportações chegando a cerca de dois
milhões no ano de 2009 e mantendo um crescimento em 2014.
Os produtos industriais de alta intensidade tecnológica tiveram um crescimento
nas exportações no período de 2010 a 2012. A partir de 2012 o volume de exportações
apresentou uma queda.
Os produtos industriais de baixa média intensidade tecnológica não apresentam
grandes picos de crescimento e decrescimento, eles se mantiveram abaixo dos
quinhentos milhões em termos monetários.
O próximo gráfico a ser analisado apresenta o volume deprodutos por categoria
que o Brasil importa da Índia.
32
Gráfico 7: Importações do Brasil com a Índia de 2002 a 2014. (US$ a preços correntes)
6.000.000.000
Produtos não Industriais
5.000.000.000
Produtos Industriais de baixa
intensidade tecnológica
4.000.000.000
3.000.000.000
Produtos Industriais de baixa
média intensidade tecnológica
2.000.000.000
Produtos Industriais de média
alta intensidade tecnológica
1.000.000.000
Produtos Industriais de alta
intensidade tecnológica
0
2002200320042005200620072008200920102011201220132014
Fonte: COMTRADE. ONU. Elaboração Própria.
Os produtos industriais de baixa intensidade tecnológica lideram as importações
dos grupos de produtos, chegando em 2014 a ter um saldo na balança comercial acima
de cinco bilhões. A trajetória se mantém crescente exceto de 2008 para 2009. Neste ano
a trajetória volta a ser de crescimento.
No ano de 2009 podemos notar um crescimento nas importações de produtos
industriais de baixa média intensidade tecnológica que se mantém até 2014 este
crescimento. Os produtos industriais de média alta intensidade tecnológica e os de alta
intensidade tecnológica apesentam importações menores.
A seguir será apresentado o gráfico dos produtos por categoria que o Brasil exporta
para Rússia.
33
Gráfico 8: Exportações do Brasil para a Rússia de 2002 a 2014. (US$)
3.500.000.000
Produtos não Industriais
3.000.000.000
2.500.000.000
Produtos Industriais de baixa
intensidade tecnológica
2.000.000.000
Produtos Industriais de baixa média
intensidade tecnológica
1.500.000.000
Produtos Industriais de média alta
intensidade tecnológica
1.000.000.000
Produtos Industriais de alta
intensidade tecnológica
500.000.000
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: COMTRADE. ONU. Elaboração Própria.
A exportação de produtos não industriais tem o maior volume dentre todas as
categorias. Em seguida aparecem os produtos industriais de baixa intensidade
tecnológica.
Os produtos industriais de baixa média intensidade tecnologica e de alta
intensidade tecnologica ficam abaixo de 500 milhões de volume exportados, assim
como os produtos de média alta intensidade tecnológica. Ou seja, também para a Rússia
a pauta de exportações brasileiras são compostas por produtos não industriais e de baixa
intensidade tecnológica.
O gráfico a seguir irá mostrar as importações feitas do Brasil com a Rússia no período
de 2002 a 2014.
34
Gráfico 9: Importações do Brasil com a Rússia de 2002 a 2014. (US$)
2.500.000.000
Produtos não Industriais
2.000.000.000
Produtos Industriais de baixa
intensidade tecnológica
1.500.000.000
Produtos Industriais de baixa média
intensidade tecnológica
1.000.000.000
Produtos Industriais de média alta
intensidade tecnológica
500.000.000
Produtos Industriais de alta
intensidade tecnológica
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: COMTRADE. ONU. Elaboração Própria.
A importação do Brasil tem uma expressividade maior no grupo de produtos
industriais de baixa média intensidade tecnológica, diferenciando dos produtos que são
exportados. Os produtos industriais de baixa intensidade tecnologica é o segundo de
maior volume importado no período. Os produtos não industrias tem pouco volume
importado, seguido dos produtos de média alta intensidade tecnológica e de alta
intensidade tecnológica.
Podemos concluir que o Brasil exporta para a Rússia produtos de menor valor
agregado (não industriais e baixa intensidade tecnologica) e importa de maior valor
agregado(de baixa média intensidade tecnológica).
A seguir o gráfico dos produtos que são exportados do Brasil para África do Sul
será apresentado, e em seguida o gráfico das importações brasileiras advindas da África
do Sul.
35
Gráfico 10: Exportações do Brasil para a África do Sul de 2002 a 2014.(US$).
900000000
800000000
Produtos não Industriais
700000000
600000000
Produtos Industriais de baixa
média intensidade tecnológica
500000000
400000000
Produtos Industriais de média
alta intensidade tecnológica
300000000
200000000
Produtos Industriais de alta
intensidade tecnológica
100000000
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: COMTRADE. ONU. Elaboração Própria.
Ao processar os dados de exportações da África do Sul dos produtos de baixa
intensidade tecnológica não se obteve dados para o período analisado, ou seja, esses
dados não estão disponíveis pelo COMTRADE.
Os produtos industriais de baixa média intensidade tecnológica são os mais
exportados de todas as categorias. Esses produtos obtiveram crescimento em suas
exportações para África até 2007, a partir desse ano começou a diminuir, depois se
manteve um poucocontinuando a diminuir até 2014.
Já os produtos não industriais são o segundo grupo de maior exportação, este
grupo teve o maior índice de exportação em 2010. A partir desse ano começou a cair
novamente.
Os outros dois grupos possuem as exportações em um nível menor em relação
aos outros, e não tem muitos declínios nas suas trajetórias, mantendo uma exportação
sem grandes variações.Ou seja, o Brasil exporta mais produtos de baixa média
intensidade tecnológica novamente e produtos não industriais.
36
Gráfico 11: Importações do Brasil com a África do Sul de 2002 a 2014. (US$).
400000000
Produtos não Industriais
350000000
300000000
Produtos Industriais de baixa
intensidade tecnológica
250000000
200000000
Produtos Industriais de baixa
média intensidade tecnológica
150000000
Produtos Industriais de média
alta intensidade tecnológica
100000000
50000000
Produtos Industriais de alta
intensidade tecnológica
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: COMTRADE. ONU. Elaboração Própria.
Pode se observar que em 2014 as importações do Brasil são mais expressivas
nos produtos industriais de baixa média intensidade tecnológica, seguidas pelos
produtos não industriais e de baixa intensidade tecnologica.
Os produtos de média alta intensidade tecnológica e os de alta intensidade
tecnológica não chegam ao saldo de importações de 50 milhões de dólares.
Portanto podemos notar que o Brasil possui uma trajetória de produtos
importados parecido com as importações que são feitas da Rússia.
A seguir serão apresentados os gráficos de exportação e importações do Brasil com o
restante do mundo.
37
Gráfico 12: Exportações do Brasil com o restante do mundo (US$).
120000000000
Produtos não Industriais
100000000000
80000000000
Produtos Industriais de baixa
intensidade tecnológica
60000000000
Produtos Industriais de baixa
média intensidade tecnológica
40000000000
Produtos Industriais de média alta
intensidade tecnológica
20000000000
Produtos Industriais de alta
intensidade tecnológica
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: COMTRADE. ONU. Elaboração Própria.
As exportações com o resto do mundo são lideradas pelos produtos de baixa
intensidade tecnologica durante todo o período analisado. Em seguida os produtos não
industriais são os mais exportados, com um aumento significativo no ano de 2012 se
mantendo até 2014.
Os produtos industriais de baixa média intensidade tecnológica também
merecem destaque no volume de exportações. Os produtos de média alta intensidade
tecnologica e os de alta intensidade tecnológica tem um volume pouco expressivo de
exportações, não chegando ao saldo de 20 milhões de dólares.
38
Gráfico 13: Importações Brasil do restante do mundo (US$).
100000000000
Produtos não Industriais
90000000000
80000000000
Produtos Industriais de baixa
intensidade tecnológica
70000000000
60000000000
50000000000
Produtos Industriais de baixa
média intensidade tecnológica
40000000000
30000000000
Produtos Industriais de média alta
intensidade tecnológica
20000000000
10000000000
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Produtos Industriais de alta
intensidade tecnológica
Fonte: COMTRADE. ONU. Elaboração Própria.
Nas importações com o restante do mundo notamos que os produtos industriais
de baixa intensidade tecnologica são o de maior volume importado, seguidos dos
produtos industriais de baixa média intensidade tecnológica.
As importações dos produtos não industriais são expressivas no ano de 2013.Os
produtos de média alta intensidade tecnologica apresentaram uma trajetória crescente no
ano de 2002 até 2007, entrando em um leve declínio de 2008 para 2009 e logo volta a
acrescer até 2011, tendo um novo pequeno declínio até 2014.Os produtos de alta
intensidade tecnologica crescem até 2012 e logo começam a diminuir até 2014.
Pode se observar que no período de 2008 para 2009 ocorre um declínio do
volume importado de todos os grupos de produtos. Este comportamento pode ser
relacionado a crise mundial ocorrida no ano de 2008,que apresentou impactos no Brasil
no ano de 2009.
39
6. Saldo da Balança Comercial
A Balança Comercial registra as exportações e importações de um país.
Quando as exportações superam as importações a Balança comercial apresenta um
superávit e, por outro lado, quando as importações superam as exportações ela
apresenta um superávit. O gráfico a seguir apresenta o saldo da balança comercial do
Brasil com Estados Unidos por categoria de produtos.
Gráfico 14: Saldo da Balança Comercial do Brasil com os Estados Unidos
8.000.000.000
6.000.000.000
Produtos não Industriais
4.000.000.000
2.000.000.000
Produtos Industriais de baixa
média intensidade tecnológica
0
2002200320042005200620072008200920102011201220132014
-2.000.000.000
-4.000.000.000
-6.000.000.000
Produtos Industriais de média
alta intensidade tecnológica
Produtos Industriais de alta
intensidade tecnológica
-8.000.000.000
-10.000.000.000
Fonte: COMTRADE. ONU. 2002 a 2014.
Podemos notar que o Brasil possui um déficit na Balança Comercial referente a
comercialização de produtos industriais de baixa média intensidade tecnológica, de
média alta intensidade tecnológica e de alta intensidade tecnológica. Por outro lado, tem
um superávit na balança comercial de produtos não industriais.
Os produtos industriais de média alta intensidade tecnológica tem saldo negativo
desde 2002. O saldo foi positivo apenas em 2013 e logo voltou a ser negativo em 2014.
Os produtos de alta intensidade tecnologica iniciam 2002 com o saldo superavitário mas
logo em 2006 passa a ser deficitário.
O próximo gráfico irá mostrar o saldo da balança comercial do Brasil com os
BRICS por categoria de produtos.
40
Gráfico 15: Saldo da Balança Comercial do Brasil com os BRICS de 2002 a 2014
30.000.000.000
Produtos não Industriais
25.000.000.000
20.000.000.000
Produtos Industriais de baixa
intensidade tecnológica
15.000.000.000
10.000.000.000
Produtos Industriais de baixa média
intensidade tecnológica
5.000.000.000
0
-5.000.000.000
2002200320042005200620072008200920102011201220132014
-10.000.000.000
Produtos Industriais de média alta
intensidade tecnológica
Produtos Industriais de alta intensidade
tecnológica
-15.000.000.000
Fonte: COMTRADE. ONU. 2002 a 2014.
Os produtos que apresentam saldo positivo na balança comercial são os produtos
não industriais e os produtos de baixa intensidade tecnológica, ou seja, o Brasil exporta
mais dessa categoria de produtos do que importa dos BRICS. Os produtos de alta
intensidade tecnológica ficam com o saldo próximo a zero, já os produtos industriais de
baixa média intensidade tecnológica ficam com o saldo deficitário a de 2006 e os de
média alta intensidade tecnológica a partir de 2004.
O próximo gráfico a ser analisado é o saldo da balança comercial do Brasil com
o restante do mundo.
41
Gráfico 16: Saldo da Balança Comercial do Brasil com o resto do mundo.
60000000000
40000000000
Produtos não Industriais
20000000000
Produtos Industriais de baixa
intensidade tecnológica
Produtos Industriais de baixa média
intensidade tecnológica
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Produtos Industriais de média alta
intensidade tecnológica
-20000000000
Produtos Industriais de alta
intensidade tecnológica
-40000000000
-60000000000
Fonte: COMTRADE. ONU. 2002 a 2014. Elaboração Própria.
O saldo da balança com o restante do mundo mostra que os produtos não
industriais juntamente com os produtos de baixa intensidade tecnológica são os que
compõe o saldo superavitário da balança. Por outro lado os produtos de baixa média
intensidade tecnológica e os de alta intensidade tecnológica possuem saldo negativo
durante a maior parte do período. Os produtos de média alta intensidade tecnológica
começam o período de 2002 superavitário e no ano de 2008 passa a ser deficitário até
2014.
Podemos concluir que as exportações brasileiras superam as importações durante
todo o período para o grupo de produtos não industriais de baixa intensidade
tecnológica.
Os saldos da Balança Comercial brasileira com EUA, BRICS e resto mundo, por
categoria de produtos, revelam que o Brasil tem se especializado na exportação de
produtos não industriais. Ou seja, está em curso um aprofundamento da reprimarização
da economia brasileira que pode provocar prejuízos ao desenvolvimento econômico.
A diferença entre o saldo da Balança Comercial com os BRICS, EUA e o resto
do mundo é que, no caso dos EUA, o superávit existe apenas no caso de produtos não
industriais, ao passo, nos outros dois casos, o superávit foi observado na categoria de
produtos não industriais e industriais com baixa intensidade tecnológica.
42
7. Considerações finais
A análise dos dados obtidos pelo COMTRADE/ONU mostra que a pauta
exportadora brasileira é composta basicamente por produtos não industriais e produtos
de baixa intensidade tecnológica. Ou seja, há uma nítida reprimizarizaçao da pauta
exportadora do Brasil.
Ao observar a Balança Comercial do Brasil com os Estados Unidos observaseum déficit significativo nos produtos de baixa intensidade tecnológica, de média alta
intensidade tecnológica e de alta intensidade tecnológica. Já com relação aos produtos
não industriais o Brasil possui um saldo superavitário na Balança Comercial.
A Balança Comercial do Brasil com os BRICS, diferentemente do que foi
observado no caso dos EUA, é superavitária para a categoria de produtos de baixa
intensidade tecnológica e de produtos não industriais. Com o restante do mundo o Brasil
possui comportamento similar ao dos BRICS. Ou seja, o papel desempenhado pelo
Brasil na Divisão Internacional do Trabalho é o de exportador de produtos não
industriais o que pode aumentar o grau de dependência e vulnerabilidade econômica por
se tratar de produtos com baixo valor agregado e que dependem de fatores climáticos e
do comportamento dos preços internacionais.
Pelos resultados, pode-se concluir que, o Brasil é um país que tem uma pauta
pouco diversificada, importa pouca tecnologia dos outros países e se concentra em
exportar produtos não industriais e produtos de baixa intensidade tecnológica.Desta
forma,os resultados indicam uma primarização da pautaexportadora do Brasil o que
pode,analisados outros condicionantes, levar a uma “Doença Holandesa” no Brasil.
43
Referências
ALMEIDA, R.P. Comércio e Negociações Internacionais para Jornalistas. Rio de
Janeiro, 2009, p. 57-65.
ALVES, N.L; XAVIER, L.C. Dinâmica do Comércio Internacional de Brasil, Rússia,
Índia e China (BRIC) no período 1996 – 2006. Horizonte Científico. Vol5, n°2,
Dezembro/2011.
BADO, A.L. Das vantagens comparativas à construção das vantagens competitivas:
uma resenha das teorias que explicam o comércio internacional. Revista de Economia
e Relações Internacionais, São Paulo, v. 3, n. 5, p.5-21, jul. 2004.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. <http://www.bcb.gov.br/?txcambio>. Acesso em: 25
de junho de 2015.
BAUMANN, R.; ARAUJO, R; FERREIRA, J. As relações comerciais do Brasil com os
demais BRICs. As Relações Comerciais do Brasil Com Os Demais Brics: Comércio
e
Política, Brasil
/
IPEA,
2010.
Disponível
em:
<file:///C:/Users/Usuário/Downloads/BRICS.pdf>. Acesso em: 20 de maio 2015.
BARBOSA, M.J. Crescimento Econômico da Índia antes e depois das reformas de
1985/1993. Porto Alegre. PUCRS: 2008.
BRESSER.P.L. C. The Dutch disease and its neutralization: A Ricardian approach.
Revista de Economia Política, 2008.
CARCANHOLO. M.D. Dialética do Desenvolvimento Periférico: Dependência,
superexploração da Força de Trabalho e Política Econômica. Revista Economia
Contemporânea. Rio de Janeiro. v. 12, n.2, p. 247-272. Maio/Agosto. 2008.
COMISSÃO ECONOMICA PARA AMÉRICA LATINA E O CARIBE-CEPAL, 2010.
44
<http://www.cepal.org/Brasil/>, Acessado em 08 de dezembro de 2014.
COMTRADE ONU. <http://comtrade.un.org/>, Acessado em 20 de junho de 2015.
COUTINHO, Eduardo Senra et. al. De Smith a Porter: Um ensaio sobre as teorias do
comércio exterior. Revista de Gestão USP, São Paulo, v. 12, n. 4, p. 101-113, 2005.
DUARTE, P. H. E; Graciolli, E.J. A Teoria da Dependência: Interpretações sobre o
Subdesenvolvimento na América Latina. Economia e Sociedade. UNICAMP.
Campinas, 2008.
GONÇALVES, R. Economia política internacional: fundamentos teóricos e as
relações internacionais do Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 319 p.
HAFFNER, J.A. H; MONTEIRO, V.O.L.As relações econômicas entre Índia e
Brasil: trajetória e perspectivas.Ministério das Relações Exteriores, disponível em:
<http://www.itamaraty.gov.br/temas/mecanismos-inter-regionais/agrupamento-brics>.
Acessado em: 26 de novembro de 2013.
HOLLAND. M; PEREIRA, P. L. V. Taxa de Cambio Real e Paridade de Poder de
Compra no Brasil. Revista Brasileira de Economia. Julho/setembro de 1999.
E.K.HUNT. História do Pensamento Econômico: Uma perspectiva Crítica. 2. ed. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2005. 512 p. Tradução: José Ricardo Brandão Azevedo e Maria
José Cyhlar Monteiro.
INSTITUTO
DE
PESQUISAS
ECONOMICAS
APLICADAS
(IPEA),
2010.http://www.ipea.gov.br/portal/<acesso: 20 de junho de 2015>.
KRUGMAN, P.R. (2005) Economia Internacional: Teoria Política.São Paulo Person
Addison Wesley.
45
MACIEL.G. C. A. Recursos Naturais e Desenvolvimento Econômico: Benção,
Maldição ou Oportunidade? Tese de Doutoramento. URJ. Rio de Janeiro, 2015.
MARQUETTI, A. "Progresso Técnico, Distribuição e Crescimento na Economia
Brasileira: 1955-1998”.Estudos Econômicos, Vol. 32, N.1. 2002
MATTOS, F. A.M.; CARCANHOLO, M. D. Inserção externa e perfil do comércio
externo: uma comparação entre o caso chinês e a América Latina desde os anos 80 do
século passado. Indicadores. Econômicos. Fee, Porto Alegre, v. 40, n. 3, p.63-80, mar.
2013.
MOTA, R.O Brasil, os BRICS e o Cenário de Inovação. Ministério das Relações
Exteriores, Fundação Alexandre de Gusmão, Brasília-DF, 2012.
NONNENBERG,
B.J.M.Revista
de
Economia
Política,
vol.30 no.2 São
Paulo Apr./June 2010.
OLIVEIRA, I.T.M. Livre Comércio versus Protecionismo: uma análise das principais
teorias
do
comércio
internacional. Revista
Urutágua:
revista
acadêmica
multidisciplinar, Maringá/Paraná, n. 11, p.1-18, mar. 2007. Disponível em:
<http://www.urutagua.uem.br/011/11oliveira.htm>. Acesso em: 20 de junho 2015.
PALMA, J. GABRIEL (2005) “Four sources of deindustrialization and a new
concept of the Dutch disease”.In: Ocampo, J.A. (ed.) Beyond Reforms. Palo Alto
(CA): Stanford University Press.2005.
OLIVEIRA, M.T.I. Livre comércio versus protecionismo:uma análise das principais
teorias do comércio internacional, Revista Urutaguá. Maringá. Paraná. 2008.
OREIRO. J.L; FEIJÓ, C. A Desindustrialização: conceituação, casas, efeitos e o caso
brasileiro. Revista de Economia Política, São Paulo, v.30, n.2, p: 219-232 abril/junho.
2010.
46
REIS,F.E.M. BRICS Surgimento e Inovação. Ministério das Relações Exteriores,
Fundação Alexandre de Gusmão, Brasília-DF,2012.
SILVA, G.M.; LIMA, P.J.D.; XAVIER, L.C. Comércio internacional e especialização
tecnológica dos BRICS entre os anos de 2000-2010, Ensaios Econômicos.
UFU. Uberlândia. 2012.
SILVA, M. G. Inserção Comercial Externa e a Doença Holandesa no Brasil no
período recente (2002-2008). 2011. 116 f. Tese (Mestrado) Curso de Economia,
Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2011.
VIEIRA, V.F; VERÍSSIMO, P.M.Crescimento econômico em economias emergentes
selecionadas:Brasil,Rússia,Índia,China(BRIC) e África do Sul. Economia e Sociedade,
Campinas, v. 18, n. 3 (37), p. 513-546, dez. 2009.
47
ANEXO I
Tabela 1. Exportações do Brasil para os Estados Unidos. (US$ a preços correntes)
Produtos
Produtos Industriais
Produtos
Industriais de
Produtos não
de baixa
Industriais de
Ano
média alta
Industriais
médiaintensidade
alta intensidade
intensidade
tecnológica
tecnológica
tecnológica
2002
1371568257
3980861607
1586279153
2331505572
2003
1775436143
4217069898
1475619593
1808998128
2004
2410381789
5569863754
867332607
2505672464
2005
2795509048
6938001833
1467213929
2075857441
2006
4317857832
7917510214
1264403977
1379985055
2007
5239394636
6316845242
1145991941
2042524402
2008
6484321487
8119325482
1269840646
2588367333
2009
4400222027
3141310875
878256287
1139259306
2010
6240724007
4246577289
652148388
754720855
2011
8975951661
7126806718
787124997
989540074
2012
8066013031
8222426038
1109475559
1344277080
2013
6157778601
7908843223
785349768
1589250600
2014
6299121871
8586933611
765332432
Fonte: COMTRADE. ONU. 2002 a 2014. Elaboração própria
2477239586
48
Tabela 2. Importação do Brasil com os Estados Unidos. (US$ a preços correntes)
Produtos
Produtos Industriais de
Produtos
Industriais de
Produtos não
baixa
Industriais de
Ano
média alta
Industriais
médiaintensidade
alta intensidade
intensidade
tecnológica
tecnológica
tecnológica
2002
594569322
4059564045
2398967890
876952822
2003
587474788
4084905188
1764463229
833494830
2004
720141117
5084148421
1478723908
1069865142
2005
926900922
5702605165
1422757767
1321604183
2006 1026144949
6486991953
1575385737
1585080862
2007 1591697453
8073986673
1045226412
2038993941
2008 1999905969
11609778655
1952137397
2851403683
2009 1520233770
9107699700
1527988810
2436181653
2010 2222765209
11483220326
1887561080
2772171071
2011 3332646743
14755835663
2168632112
3046030602
2012 2269484203
13872394244
2252887037
2820764654
2013 3482874022
14779983929
275471803
2863872976
2014 3363408319
14118373775
2505142622
2863879243
Fonte: COMTRADE. ONU. 2002 a 2014.
Tabela 3. Exportações do Brasil para a China. (US$ a preços correntes)
Produtos
Produtos
Produtos
Produtos
Industriais Industriais de Industriais de
Produtos não
Industriais de alta
Ano
de baixa
baixa média
média alta
Industriais
intensidade
intensidade
intensidade
intensidade
tecnológica
tecnológica
tecnológica
tecnológica
2002
939854490
1183943980
236471763
68298443
3716630
2003
1518218589
2045146083
895605616
50867490
11084321
2004
2068825537
2612568521
661852930
49635588
42043913
2005
2809241100
3283708988
640393438
70054216
19761528
2006
3501233463
4126368708
651500111
100855417
10259432
2007
4302141335
5549351120
703587302
56319970
74380440
2008
7594103063
7539852963
916336372
81721699
256039479
2009
8632783968
9486877792
157590489
109313862
362200733
2010 12309029718
16912288750 1045266216
70779828
408333312
2011 17684561824
24446633034 1366669723
110409209
665950617
2012 18876801937
19678132742 1417471044
113633246
93677089
2013 22712216883
21173989850 1181544482
85678843
380473261
2014 21299812748
17302841093 1128432284
970072248
216481250
Fonte: COMTRADE. ONU. 2002 a 2014.
49
Tabela 4. Importações do Brasil com a China (US$ a preços correntes)
Produtos
Produtos
Produtos
Produtos
Industriais
Industriais de Industriais de
Produtos não
Industriais de alta
Ano
de baixa
baixa média
média alta
Industriais
intensidade
intensidade
intensidade
intensidade
tecnológica
tecnológica
tecnológica
tecnológica
2002
129736041
574917170
256319346
430064305
147796501
2003
116540330
743176474
396915729
669754177
202447387
2004
55658841
1197336588
823763788
1244498104
360778925
2005
47556381
1435337698
1254739216
1949374963
580430891
2006
116973700
2067295328
2059811662
2851875507
826209647
2007
163119401
3457684158
3120523265
2317845805
1196173231
2008
353794946
6349839712
5202706983
6220625610
1747639157
2009
253032432
5009550475
4006310330
5266879767
1226733704
2010
556908344
7986844779
7060555012
7961074267
1731048548
2011
805260627
10315765877 10140710822
9435645401
1781765214
2012
762625530
10965194513 10151647366
10478038795
1527510414
2013
951171006
11787379011 11812728396
11039859234
1307502864
2014
783235109
12315723561 12016564361
10632213590
1189732043
Fonte: COMTRADE. ONU. 2002 a 2014.
Tabela 5. Exportações do Brasil para a Índia (US$ a preços correntes)
Produtos
Produtos
Produtos
Industriais
Industriais de Industriais de
Produtos não
Ano
de baixa
baixa média
média alta
Industriais
intensidade
intensidade
intensidade
tecnológica
tecnológica
tecnológica
2002
355873195
218426151
63484525
11724335
2003
265739371
208757420
62168442
14767234
2004
25560453
442004473
172961453
8099882
2005
86501414
633892320
234174804
22838159
2006
232641031
442316810
132862081
37151606
2007
54793095
635575154
223715492
30843452
2008
70841404
684332969
263346400
48855335
2009
939412695
1958608247
408023895
76013182
2010
1307809873
1725191475
368223798
2011
1761559300
1094033874
281763789
2012
3514677899
1548615397
264211798
2013
1656424632
1142757021
241367881
2014
2433108140
1679625647
297483854
Fonte: COMTRADE. ONU. 2002 a 2014.
52262346
32881399
20405055
35428307
47151632
Produtos
Industriais de alta
intensidade
tecnológica
535580
155851
1040548
158140014
83831144
3856167
30266193
26234479
22769758
665950617
936770890
380473261
216481250
50
Tabela 6. Importações do Brasil com a Índia. (US$ a preços correntes).
Produtos
Produtos
Produtos
Produtos
Industriais
Industriais de Industriais de
Produtos não
Industriais de alta
Ano
de baixa
baixa média
média alta
Industriais
intensidade
intensidade
intensidade
intensidade
tecnológica
tecnológica
tecnológica
tecnológica
2002
6227600
425542888
57086740
12335666
69945230
2003
5470642
352291327
54718034
10175211
60562806
2004
8673453
370880330
77604121
12010113
84719853
2005
1386029
928598944
143533653
14396966
100941624
2006
17545033
1151423327
161518058
19231605
120668176
2007
26478943
1666846964
226309727
48504939
179814141
2008
43993245
2729105646
378413199
147809788
254796525
2009
46588652
1463545129
317560622
197356320
161781859
2010
89438717
3168599897
576816719
198956105
190176643
2011
62754601
4859695689
802109049
155726939
188440054
2012
64561717
3715856824
934165244
110081667
206147969
2013
63327123
4933599818
1028462098
77675878
237203599
2014
83500068
5180381090
967032309
94648430
293229111
Fonte: COMTRADE. ONU. 2002 á 2014.
51
Tabela 7. Exportações do Brasil para a Rússia (US$ a preços correntes)
Ano
Produtos não
Industriais
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
688969196
693511976
994847316
1870026041
1797961312
2271731117
2911050005
1870280415
2415720940
2142589619
2117929631
2111622935
3072215505
Produtos
Produtos
Produtos
Industriais
Produtos
Industriais de
Industriais
de baixa
Industriais de
baixa
de média alta
média
alta intensidade
intensidade
intensidade
intensidade
tecnológica
tecnológica
tecnológica
tecnológica
548556656
114442048
2259817
85660
762071758
19408659
2738980
19666094
575952841
64782272
328919
20461258
909702296
133886569
732539
820657
1417018911
216983199
7444324
1569076
1192578775
262514866
5026112
1819459
1363020718
335233697
8088325
25026271
953926251
36806885
1637256
1270674
1686269275
39839008
1911069
785871
1944876387
92769535
3649093
28011136
824767775
60118714
4970045
2917048
694826099
128870839
5102535
27555917
614744644
128753871
4821519
2035899
Fonte: COMTRADE. ONU. 2002 a 2014.
52
Tabela 8. Importações do Brasil com a Rússia. (US$ preços correntes)
Produtos
Produtos
Produtos
Industriais de Industriais de Industriais de
Produtos não
Ano
baixa
baixa média
média alta
Industriais
intensidade
intensidade
intensidade
tecnológica
tecnológica
tecnológica
Produtos
Industriais de
alta intensidade
tecnológica
2002
47206968
49225830
329393530
367020
106060
2003
93756256
28911824
430985594
384643
49754
2004
119002673
69383608
618110398
1132415
57195
2005
89976304
72088475
558272027
1667811
124708
2006
73869692
93773619
770401855
2983881
354085
2007
78572377
302430249
1322900146
3747432
58636
2008
341746836
954960092
2026933835
6991413
342150
2009
133319820
196820163
969514636
19571537
91817833
2010
323053469
406346687
1078585045
25179744
76765608
2011
404953259
519490213
1991296164
26730132
609052
2012
532901695
353902976
1788864583
27101836
86881947
2013
322076800
532220439
1801596752
16849984
2407016
2014
581732959
527534255
1819865919
9286161
1411231
Fonte: COMTRADE. ONU. 2002 a 2014.
Tabela 9. Exportações do Brasil para África do Sul (US$ a preços correntes)
Produtos
Produtos
Produtos Industriais
Industriais de
Industriais de
Produtos não
de média alta
Ano
baixa média
alta
Industriais
intensidade
intensidade
intensidade
tecnológica
tecnológica
tecnológica
2002
65249862
219990871
15488784
17204242
2003
102479010
351320241
21555327
6771030
2004
205770151
481563790
32353054
23734973
2005
234259772
652767508
40172748
18699672
2006
200006641
800926575
59617142
110221909
2007
253117911
825389382
95186567
4811004
2008
205046385
849689667
126834064
3309429
2009
274314900
578988814
66349682
8925185
2010
292143638
605484534
60502864
13110674
2011
391715236
685040107
91269184
9565480
2012
377493572
680505891
77272394
15455710
2013
330299099
635825947
81494836
17164332
2014
259479000
528333812
65067959
8584619
Fonte: COMTRADE. ONU. 2002 a 2014.
53
Tabela 10. Importações do Brasil com a África do Sul (US$ a preços correntes)
Produtos
Industriais
de baixa
média
intensidade
tecnológica
Produtos
Industriais de
média alta
intensidade
tecnológica
Produtos
Industriais de
alta
intensidade
tecnológica
Ano
Produtos não
Industriais
Produtos
Industriais de
baixa
intensidade
tecnológica
2002
79909675
59560296
38955284
915488
2200429
2003
66001606
66204651
65145949
430429
1644934
2004
80704310
93214486
89588000
468053
3295921
2005
90242356
115813844
129078475
945711
4126876
2006
143063575
157323332
119107640
3681588
9345295
2007
151724961
172140769
120766528
699431
24621625
2008
212224370
249794785
287052706
6222507
15895805
2009
98166500
141656641
184024496
3925696
3296754
2010
235036495
244862851
255908172
5670223
4647933
2011
312434645
240958180
342612328
6369283
6713420
2012
260225614
249389498
327065166
4561401
5562384
2013
187864132
165048890
350230007
7605014
4453281
2014
206425563
180925230
331325051
Fonte: COMTRADE. ONU. 2002 a 2014.
7761896
3574564
54
Tabela 11. Exportações do Brasil com o restante do mundo (US$ a preços correntes)
Produtos
Produtos
Produtos
Produtos
Industriais de
Industriais de
Industriais de Industriais de
Produtos não
Ano
baixa
baixa média
média alta
alta
Industriais
intensidade
intensidade
intensidade
intensidade
tecnológica
tecnológica
tecnológica
tecnológica
2002
10725444648
22775428514
10542374961
5066015305
551438448
2003
12985956752
28072634487
11398572738
6562879128
563858248
2004
16540420072
36485496521
16572219494
8911540783
719694526
2005
16854587622
46979252248
19818708655
12112213116
911806702
2006
19547573107
56255027777
21790446123
13176141423
1187504613
2007
24785622037
64164382101
24269932843
13799446915
1394532009
2008
27720632582
79312712844
28455305716
15553649621
1706867969
2009
21754823964
63300602745
18598182345
9629600661
1700326089
2010
25615139504
80145200128
21968936361
13247736565
1945404646
2011
32992052928
98781014314
26093918326
15133878248
2315891119
2012
33504206584
94577140294
26745399824
13868126785
2308435172
2013
80933698041
915209477028
51495649713
3850408365
6128496067
2014
83827284868
82396533369
41732678472
3489266074
5824243902
Fonte: COMTRADE. ONU. 2002 a 2014.
55
Tabela 12. Importações do Brasil do restante do mundo (US$ a preços correntes)
Produtos
Produtos
Produtos
Produtos
Industriais de
Industriais de
Industriais de
Industriais
Produtos não
Ano
baixa
baixa média
média alta
de alta
Industriais
intensidade
intensidade
intensidade
intensidade
tecnológica
tecnológica
tecnológica
tecnológica
2002
3929115046
17311155765
17470116979
3987557781
3169675334
2003
4264165563
18246876649
17235412963
3718160613
3174808918
2004
4495660585
25623589622
21922971910
4593085194
3945726202
2005
4972852701
29778897437
25873773140
5984715201
4584908113
2006
6936556938
36671536531
30854248379
7874629650
5653781850
2007
9354571683
48040165756
33142476841
10413251051
7558181863
2008
12115116904
70569962128
58693060949
16536291444
9721147048
2009
9230885992
48378395610
43520539301
14827278834
8769208284
2010
13084663125
71080536616
59412865534
21028440083
11281546623
2011
16299755652
90717501298
73384214461
28046676559
11733934851
2012
15900019781
90053837812
73252543986
26893882224
12207632897
2013
40150812895
64806228976
89921875633
27145133499
5049897416
2014
39165200282
63822747269
83568730335
25749069642
2759107320
Fonte: COMTRADE. ONU. 2002 a 2014.
56
Tabela 13. Saldo da Balança Comercial com os Estados Unidos (US$ a preços
correntes)
Produtos
Produtos Industriais
Produtos
Industriais de
Produtos não
de média alta
Industriais de alta
Ano
baixa
Industriais
intensidade
intensidade
médiaintensidade
tecnológica
tecnológica
tecnológica
2002
776998935
-78702438
-812688737
1454552750
2003
1187961355
132164710
-288843636
975503298
2004
1690240672
485715333
-611391301
1435807322
2005
1868608126
1235396668
44456162
754253258
2006
3291712883
140518261
-310981760
-205095807
2007
3647697183
-1757141431
100765529
3530461
2008
4484415518
-3490453173
-682296751
-263036350
2009
2879988257
-5966388825
-649732523
-1296922347
2010
4017958798
-7236643037
-1235412692
-2017450216
2011
5643304918
-7629028945
-1381507115
-2056490528
2012
5796528828
-5649968206
-1143411478
-1476487574
2013
2674904579
-6871140706
509877965
-1274622376
2014
2935713552
-5531440164
-1739810190
-386639657
Fonte: COMTRADE. ONU. 2002 a 2014.
Tabela 14. Balança Comercial Brasil com os BRICS.(US$ a preços correntes)
Ano
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Produtos
Produtos
Industriais de
Industriais de
Produtos não
baixa
baixa média
Industriais
intensidade
intensidade
tecnológica
tecnológica
1786866459
901240899
-150365693
2316868662
1891595636
380737652
3030964180
1992925309
-227905862
5502681377
2391278487
-424401052
5380390447
2673212155
-1308567249
6461887776
1950543678
-2775292624
9829281460
-446698800
-5530500587
11185684574
5729496523
-4296000001
15120267144
8761958137
-6913051392
20395022847
11790591516
-10850485209
23266588483
7016561601
-10779434912
25286124488
5758373702
-12805408104
25409721694
1573572478
-13051783819
Fonte: COMTRADE. ONU. 2002 a 2014.
Produtos
Industriais de
média alta
intensidade
tecnológica
-345911100
-590815429
-1167691242
-1832587789
-2672704092
-2183421506
-6373560993
-5234419338
-8005424232
-9386262870
-10403502959
-10934285589
-9617729224
Produtos
Industriais de
alta intensidade
tecnológica
-196331951
-243954699
-381703541
-488290346
-744820394
-1312593910
-1720970211
-1084632497
-1556513919
-632411933
-775228980
-768353371
-1002510816
57
Tabela 15. Balança Comercial Brasil com o restante do mundo (US$ a preços
correntes)
Ano
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Produtos não
Industriais
Produtos
Industriais de
baixa intensidade
tecnológica
13592659204
5464272749
8721791189
9825757838
12044759487
10861906899
11881734921
17200354811
12611016169
19583491246
15431050354
16124216345
15605515678
8742750716
12523937972
14922207135
12530476379
9064663512
16692297276
8063513016
17604186803
4523302482
40782885146
26714718052
44662084586
18573786100
Fonte: COMTRADE. ONU. 2002 a 2014.
Produtos
Industriais de
baixa média
intensidade
tecnológica
Produtos
Industriais de
média alta
intensidade
tecnológica
Produtos
Industriais
de alta
intensidade
tecnológica
-6927742018
-5836840225
-4631657296
-6055064485
-9063802256
-8872543998
-30237755233
-24922356956
-37443929173
-47290296135
-46507144162
-38426225920
-41836051863
-211730688
1078457524
2844718515
4318455589
6127497915
5301511773
-982641823
-5197678173
-7780703518
-12912798311
-13025755439
-23294725134
-22259803568
-2618236886
-2610950670
-3226031676
-3673101411
-4466277237
-6163649854
-8014279079
-7068882195
-9336141977
-9418043732
-9899197725
1078598651
3065136582
Tabela 16. Taxa de Câmbio (R$/Dólar americano)
Ano
Taxa de Câmbio
2002
2,9212
2003
3,0783
2004
2,9259
2005
2,4352
2006
2,1761
2007
1,9479
2008
1,8346
2009
1,9976
2010
1,7603
2011
1,675
2012
1,9546
2013
2014
Fonte: Banco Central do Brasil.
2,1576
2,3534
58
ANEXO II – Notas metodológicas
1. COMTRADE - ONU
Os dados para a análise da trajetória das exportações e importações e do
saldo da Balança Comercial foram utilizados dados do COMTRADE para o Brasil, os
BRICS e os EUA. O COMTRADE é o banco de dados estatísticos do comércio da
Organização das Nações Unidas (ONU). Do COMTRADE forma utilizadas as séries
históricas do saldo de importações e exportações do Brasil com os BRICS e do tipo de
produto comercializado: produtos não industrializados, bens de baixa, média ou alta
intensidade tecnológica. Os dados serão coletados para uma análise de uma série
histórica de 2002 a 2014.
2. Organização Cooperação para Desenvolvimento Econômico - OCDE
Produtos não industriais:
001, 011, 022, 025, 034, 036, 041, 042, 043, 044, 045, 054, 057, 071, 072, 074, 075,
081, 091, 121, 211, 212, 222, 223, 232, 244, 245, 246, 261, 263, 268, 271, 273, 274,
277, 278, 291, 292, 322, 333, 341, 681, 682, 683, 684, 685, 686, 687
Produtos Industriais de baixa intensidade tecnológica:
012, 014, 023, 024, 035, 037, 046, 047, 048, 056, 058, 061, 062, 073, 098, 111, 112,
122, 233, 247, 248, 251, 264, 265, 269, 423, 424, 431, 621, 625, 628, 633, 634, 635,
641, 281, 282, 286, 287, 288, 289, 323, 334, 335, 411, 511, 514, 515, 516, 522, 523,
531, 532, 551, 592, 661, 662, 663, 664, 667, 688, 689, 611, 612, 613, 651, 652, 654,
655, 656, 657, 658, 659, 831, 842, 843, 844, 845, 846, 847, 848, 851, 642, 665, 666,
673, 674, 675, 676, 677, 679, 691, 692, 693, 694, 695, 696, 697, 699, 821, 893, 894,
895, 897, 898, 899
Produtos Industriais de baixa média intensidade tecnológica:
59
781, 782, 783, 784, 785, 266, 267, 512, 513, 533, 553, 554, 562, 572, 582, 583, 584,
585, 591, 598, 653, 671, 672, 678, 786, 791, 882, 711, 713, 714, 721, 722, 723, 724,
725, 726, 727, 728, 736, 737, 741, 742, 743, 744, 745, 749, 762, 763, 772, 773, 775,
793, 812, 872, 884, 885, 951
Produtos Industriais de média alta intensidade tecnológicas:
716, 718, 751, 759, 771, 774, 776, 778, 712, 761, 764, 524
Produtos industriais de alta intensidade tecnológica:
752, 541, 792, 871
Download