L U D W I G V A N BEETHOVEN MIKE VENEZIA SUPLEMENTO DIDÁTICO Elaborado por Loly Amaro de Souza (Especialista em Educação Musical Infantil) “Dançamos ao som de música, compramos com música, limpamos a casa com música, fazemos ginástica com música e amor com música. E, vez por outra, nos sentamos e ouvimos atentamente música.” (Paul Jourdain, Música, cérebro e êxtase) N ou lembra o batimento cardíaco da mãe é reconfortante para o bebê. Porém, se esse sentido está pronto na hora do nascimento, o que se escuta a partir daí é totalmente incontrolável. Ruídos dos mais diversos, melodias de toda espécie impressionam incessantemente o aparelho auditivo dos seres humanos. Na verdade, aprendemos a falar porque ouvimos. Segundo o pedagogo Kodaly, o que uma criança escuta nos seus primeiros seis anos de vida jamais poderá ser apagado. Nessa mesma linha de pensamento, o professor de neuropsicologia de Harvard, Howard Gardner, apresenta a teoria sobre as múltiplas inteligências, sendo uma delas a inteligência musical. Na revista Veja, 20 de março de 1996, a década de 1930, Villa-Lobos conseguiu, depois de árduo trabalho, que o ensino de música fosse oficializado nas escolas públicas. Desde então, a inserção da música como matéria curricular tem acontecido ao sabor de leis e o seu valor depende exclusivamente da pessoa que dirige o estabelecimento de educação. Ultimamente, novas pesquisas apontam para o grande benefício que o ensino da música pode trazer para os indivíduos desde a mais tenra idade. Os sentidos da criança não estão totalmente prontos quando ela nasce, com exceção de um — a audição. Um feto de 7 meses é sensível ao sons externos que escuta. O som que imita 1 1 Asatividadescommúsicaprecisamdetempo esedesenvolvemnotempo.Comoencaixá-las no período exíguo que é reservado à música na escola? Comece com peças curtas, porém “geniais”. Torne a música parte integrante do dia-a-dia da classe, reproduzindo-a em todas as oportunidades. Evite as que a mídia toca o tempo todo, pois os alunos já estão constantemente em contato com elas. Você, professor, deve oferecer o que está acima da média. uma reportagem sobre a construção do cérebro corrobora a tese do professor Gardner, especificando que o tempo ideal para se desenvolver a habilidade para a música é entre 3 e 10 anos de idade. A Universidade de Berkeley realizou uma pesquisa entre pré-escolares e demonstrou que aqueles que recebiam instrução musical apresentavam um aumento significativo no rendimento escolar. O violinista Shinichi Suzuki revolucionou o ensino de música fazendo com que crianças de 3 anos aprendessem a tocar violino, piano, harpa etc. e sinalizando para a grande importância do ouvir nesse tipo de aprendizagem. As novas abordagens no ensino de música revolucionaram a maneira de encará-lo. Já não se pode ver a música apenas como um passatempo elegante ou um sinal de refinamento educacional. Sob essa nova ótica, acreditamos que a criança brasileira tem o direito de poder desenvolver sua inteligência musical. O professor, ainda que não seja um especialista, poderá proporcionar ao aluno a oportunidade de ter contato com obras-primas do universo da música. Para isso precisará apenas ousar e fazer. Afinal, a música está dentro de nós e é parte essencial da vida. 2 Oconhecidoésempremaisagradável. Essaé, geralmente, a razão por que os alunos não gostam das músicas mais elaboradas quando as ouvem pela primeira vez. A insistência em ouvir aquilo que é novo aumenta e refina o nível crítico do aluno. Podemos dizer que quanto mais ouvimos uma obra musical, mais aprendemos a gostar dela. 3 4 Nem todos os alunos serão tocados pela música da mesma maneira. O acesso a obras diversas permite que o aluno se identifique com alguma e por meio dela chegue a outras. Acensuracoletivaémuitoforteentregruposde jovens. O aluno sentirá medo de ser rejeitado sedemonstrarquegostade Mozart e,conseqüentemente,queconcordacomoprofessor. A obra-prima musical no contexto da aula A apreciação de uma obra-prima — literária, musical ou pictórica — proporciona ao aluno uma experiência única de contato com a beleza e a perfeição. Como conduzir o aluno pelo desconhecido e pouco valorizado caminho do conhecimento musical de qualidade? O professor que se propuser a isso deve saber que terá pela frente uma tarefa que exige criatividade, paciência e coragem. Não queremos que o ensino de música seja um remédio amargo para os alunos, mas que torne o seu dia-a-dia vivo, fortalecendo-os para encarar a vida. Para muitos jovens, a única experiência que terão com obras-primas musicais será aquela que o professor se dispuser a lhe oferecer na escola. Como educadores, não podemos nos eximir dessa responsabilidade. LUDWIG VAN BEETHOVEN A figura de Ludwig van Beethoven é sempre ligada à imagem de um revolucionário. Com certeza, é uma das mais poderosas perso- nalidades da história da música, o grande individualista e, para muitos, o maior compositor de seu tempo. Herdou o nome do avô, que 2 era baixo-solista e Kapelmeister, ou mestrecapela, da corte eleitoral de Colônia, que ficava sediada em Bonn. Seu pai, Johann, era também tenor da corte e professor de música, porém bem menos talentoso que o pai. Alcoólatra contumaz, tornou a infância do filho uma verdadeira tortura, pois, vislumbrando o talento musical do menino, quis treiná-lo para ser um prodígio tal como fora Mozart. Obrigava-o a estudar horas a fio e muitas vezes o agredia fisicamente. Ludwig desenvolveu uma verdadeira adoração pelo avô e por muito tempo cultivou o desejo de se tornar também um Kapelmeister. A vida artística de Beethoven começa verdadeiramente quando ele se muda para Viena. É lá que encontra o sucesso e se torna um pianista virtuoso, com admiradores nos meios aristocráticos. Em 1796 começa a grande tragédia do músico alemão: os primeiros sintomas de surdez aparecem. Durante anos escondeu o problema de todos e somente em 1806 é que faz menção a ele no esboço de uma de suas obras. Pouco antes disso Beethoven, desesperado, escreve o “testamento de Heiligenstadt”, dirigido a seus dois irmãos. Explica a razão do seu comportamento rude e pede que eles e os amigos entendam sua terrível situação. Parece óbvio que na ocasião ele tinha idéia de se suicidar. Mas por alguma razão recobra forças e decide continuar a viver e enfrentar o seu destino. E obtém um sucesso triunfal. Logo depois a Heróica, Sinfonia nº 3, sua primeira obra monumental, é escrita. A década de 1820 seria a da produção de suas obras-primas: as últimas sonatas para piano, a Missa Solene e a Nona Sinfonia. Cheio de planos — uma décima sinfonia, um réquiem e outra ópera — ficou gravemente doente. Com pneumonia, cirrose e infecção intestinal, Ludwig van Beethoven morre no dia 26 de março de 1827. AMADA IMORTAL A vida sentimental de Beethoven sempre foi uma coleção de insucessos e amores nãocorrespondidos. Houve apenas uma exceção. Numa carta de 1812, o compositor escreve apaixonadamente a uma certa “bem-amada imortal”: “Meu anjo, meu tudo, meu próprio ser! Podes mudar o fato de que és inteiramente minha e eu inteiramente teu? (…) Continua a me amar, não duvida nunca do fidelíssimo coração do teu amado L., eternamente teu, eternamente minha, eternamente nosso.” A identidade dessa amada foi, por quase um século e meio, um verdadeiro mistério. Somente em 1977 o historiador norte-americano Maynard Salomon concluiu, após vários estudos, que a misteriosa mulher teria sido Antonie Brentano, esposa de Franz Brentano, amigo e colaborador do músico. Embora Antonie houvesse decidido largar tudo para ficar ao lado de Beethoven, ele acaba por admitir que seus medos emocionais e inibições o impediam de assumir um relacionamento. O cinema produziu uma versão desse romance, baseado porém numa outra suposição. O filme tem o nome de “Minha Amada Imortal”, com uma trilha sonora esplêndida, e valeria a pena ser visto pelos alunos. PAINEL INFORMATIVO Ao escrever suas composições, Beethoven quase sempre tinha algo especial em mente. Na Sinfonia nº 3 ele pensara em Napoleão, mas o Napoleão ainda cônsul. Beethoven o tinha em alta conta e o comparava aos grandes cônsules da antiga Roma. Muitos amigos viram a sinfonia sobre a mesa de trabalho do músico, tendo na página do título o nome de Napoleão escrito bem no alto. Ao saber que o general havia se declarado imperador, enfureceu-se e gritou: “Então ele também nada mais é do que um mortal comum! Agora também vai esmagar os direitos do homem e apenas pensar em sua própria ambição. Se levantará entre todos e se tornará um tirano”. Foi para sua mesa de trabalho, destacou a primeira página da sinfonia e a rasgou em pedacinhos. Essa página foi reescrita e intitulada apenas “Heróica”. 3 BEETHOVEN: CLÁSSICO OU ROMÂNTICO? 2. Nesse período já se apresentam alguns sinais de surdez do compositor. O seu estilo se torna mais individual, as melodias muito mais profundas em matéria de sentimento. Nessa fase estão as sinfonias de nº 3 a 8, a “Sonata ao Luar” e “Fidélio”, sua única ópera, entre outras obras. Beethoven pertence a duas etapas distintas da história da música. Por um lado foi representante dos princípios do Classicismo, mas isso não o impediu de ser o mais importante precursor do Romantismo. Consciente ou inconscientemente todos os grandes compositores do século 19 se apoiaram nele. A obra de Beethoven é geralmente dividida em três fases: 3. Na terceira fase o compositor estava totalmente surdo e excluído do universo sonoro, exceto por sua imaginação. Segundo alguns estudiosos, as grandes obras-primas de Beethoven foram escritas nesse período: a “Nona Sinfonia”, a “Missa em Ré Maior”, os últimos quartetos de cordas e o restante das sonatas para piano. 1. É o período em que as influências de Mozart e Haydn são decisivas e vai até Beethoven chegar à casa dos trinta anos. Nela estão as 12 primeiras sonatas para piano, os três primeiros concertos para piano e orquestra e os seis primeiros quartetos de corda. SUGESTÕES DE ATIVIDADES EM MÚSICA “... a música é a atividade humana mais global, harmoniosa e aquela em que o ser humano é ao mesmo tempo material, espiritual, dinâmico, sensorial, afetivo, mental e idealista. É a atividade que está em harmonia com as forças vitais que animam os reinos da natureza assim como com as regras harmônicas do cosmo.” (Edgard Willems, O valor humano da educação musical, Barcelona, Editora Paidós, 1981.) • Beethoven – The Royal Phillarmonic Collection – Tring International; • Beethoven – Sonatas – Vladimir Ashkenazy – Decca; • Beethoven – Alfred Bendel – Philips; Professor: a discografia de Beethoven é extremamente numerosa e fácil de ser encontrada. 1 Ouvir etrabalharcomobras-primasnummundocheiodesonseruídosqueagridemosouvidos detodos,seráumprivilégioqueseusalunospoderãoterequecomcertezajamaisesquecerão. B) Desenvolvendo a proposta • Escolha a gravação ou gravações a serem ouvidas e mantenha o som em volume médio. Todas as atividades em que os alunos terão que copiar ou trabalhar individualmente poderão ter como fundo a música de Beethoven. • Uma das pequenas peças de Beethoven que ficaram mais conhecidas atualmente é a valsa “Pour Elise” (Para Elisa), cujo tema foi popularizado pelos caminhões A) Vivenciando a proposta Sugestões de músicas que poderão ser ouvidas em classe: • Grandes gênios da música clássica – Beethoven (Revista IstoÉ): obras variadas com movimentos abreviados. 4 distribuidores de gás na cidade de São Paulo. Esse poderá ser um bom gancho para que a classe escute a música por inteiro e tenha a atenção voltada para as demais obras a serem apresentadas. ‚ ‚ Atividade: ‚ 1. Ouvindo atentamente a música toda você verá que existe um tema, ou uma parte, que se repete por 3 vezes. Entre as repetições desse tema aparecem partes chamadas episódios, que apresentam motivos contrastantes. O tema que se repete poderá ser identificado com a letra A e as demais partes seriam B e C. O esquema musical dessa valsa será, então: A – B – A – C – A, o que em terminologia musical significa um rondó. ‚ ‚ ‚ ‚ 2. Peça que os alunos ouçam a gravação, identifiquem as diferentes partes e dêem um nome de acordo com o seu caráter: alegre, moderado, decidido, gracioso, trágico, animado, calmo, apressado, etc. 3. Enquanto ouvem a mesma música deverão fazer um desenho ou ilustração que mostre o caráter de cada parte que distinguiram nela e, em seguida, dar-lhes um título. Um mural poderá ser montado com os desenhos da classe e exposto para que todos na escola fiquem conhecendo um pouco da música de Beethoven. A) Vivenciando a proposta a) Escolha pelo menos três parágrafos do texto do livro que você considere importantes. Copie-os num papel tipo cartolina ou cartão, usando letras grandes. Recorte as palavras e coloque-as, de acordo com os textos, em três envelopes diferentes. Para cada texto use um papel de cor diferente, para evitar qualquer confusão. Divida a classe em três grupos de trabalho. Sorteie os envelopes. Cada grupo deverá montar um dos textos e explicar sua significação para a sala toda. Para tornar o jogo mais competitivo, escolha alguns alunos para dar nota a cada um dos grupos. Sugestões para o jogo: páginas 4, 6, 7, 12, 22. Conforme a faixa etária dos alunos, facilite o jogo deixando pequenas frases juntas em vez de apenas palavras. Os grupos devem trabalhar ao mesmo tempo e, se a classe for muito grande, deverá ser dividida em um número maior de grupos. Se você quiser poderá determinar um tempo para que o 2 Refletir sobre o texto do livro. Converse com osalunossobreosfatosdavidadeBeethoven enfocadosnolivro.Comeceadiscussãoapartir das perguntas da Caixa de Diálogo. CAIXA DE DIÁLOGO ‚ ‚ Será que uma pessoa que faz música pode contribuir para que o povo pense em coisas como liberdade e igualdade de direitos? Qual a importância da música na comunicação entre as pessoas? Você tem um herói (ou heroína)? Por que ele (a) é um herói (heroína) para você? Qual a parte da vida de Beethoven que mais lhe chamou a atenção? Você conhece alguém que não pode ouvir? Como é o seu relacionamento com essa pessoa? Você já ouviu falar da linguagem de sinais para comunicação com as pessoas que não podem ouvir? Ao ouvir a Sinfonia nº 3, de Beethoven, faça um desenho usando uma cor que para você represente os sons que ouviu. O que você pensa do relacionamento de Beethoven com seu pai? Você acha que toda criança deveria ter oportunidade de aprender música? Por quê? 5 trabalho seja feito. Poderá também deixar o tempo livre, e a nota será dada em função da melhor explicação apresentada. Aproveite essa atividade e trabalhe a parte de língua portuguesa, incluindo na brincadeira gramática e análise sintática ou morfológica. da linguagem escrita; os números, da linguagem matemática. Apenas a linguagem musical pode ser considerada verdadeiramente universal, pois pode ser entendida em qualquer parte do mundo. A seqüência das sete notas musicais forma a escala de Dó Maior. b) Escolha episódios interessantes do livro. Por exemplo: Beethoven estudando junto com o pai, Beethoven tentando escutar as pessoas, etc. Divida a classe em grupos e dê um papel com o nome de um episódio. Uma pessoa do grupo deverá tentar explicá-lo através de mímica. Cada grupo terá o mesmo tempo para se apresentar. 2. Você deverá enfatizar que nesta atividade a classe irá memorizar a seqüência dos nomes das notas, mas que cada uma delas é representada por figuras especiais que constituem a partitura ou música. Leve uma partitura para a classe. 3. Para memorizar o nome das notas musicais, escolha a canção “Dorme a cidade”, de Chico Buarque de Holanda, do musical “Os Saltimbancos”. Use um disco ou fita cassete para que a classe cante junto. B) Conclusão • O desenho animado “Fantasia”, de Walt Disney, traz uma representação muito interessante da sinfonia Pastoral, a Sinfonia nº 6. Pouco antes de entrar na faixa dessa música, deixe que as crianças vejam a representação gráfica dos vários timbres musicais que compõem uma trilha sonora. A representação gráfica da sinfonia é toda calcada em personagens mitológicos, o que dará uma excelente oportunidade para falar um pouco sobre mitologia com os alunos. Lembre a eles que a idéia original de Beethoven não incluía personagens mitológicos. Depois de assistir à fita e ouvir a música poderão criar um mural com suas próprias interpretações da sinfonia Pastoral. Para encerrar a atividade, peça que cada um desenhe como seria a sua sinfonia Pastoral, enquanto a música é tocada. 4. Analise a letra com a classe. Divida a turma em grupos e proponha que inventem sua própria letra. 5. Os alunos poderão ser motivados a inventar uma canção diferente para os nomes das notas musicais. Nesse caso não deixe de gravar em fita cassete, para registro do trabalho. 6. Se houver oportunidade, traga um instrumento para a classe (teclado, mesmo que pequeno, flauta) e toque para os alunos a seqüência das notas musicais. Numere cada uma das notas: 1 2 3 4 5 Dó ré mi fá sol á l si 6 7 Traduza agora um número de telefone qualquer em sons musicais. Ex. 4 5 5 3 2 Fá sol sol mi ré dó dó 3 Fazer atividades musicais complementares com a classe, para memorização da seqüência dos nomes das notas musicais. 1 1 O mesmo processo poderá ser seguido com placas de automóvel ou qualquer outra combinação de números – 5 números ímpares, 7 números pares, ou até mesmo uma pequena equação matemática. Depois de feita a relação, cante com a classe o efeito obtido. 1. Os alunos devem ser levados a entender que toda linguagem é representada por códigos. As letras são códigos 6 ATIVIDADES INTERDISCIPLINARES 1. Selecione palavras que possuam sílabas que coincidam com as notas musicais: DO M IIanto, F A Ex. soldaD O, R E Etângulo, aM Alência, SOL SOLapar, etc. Escreva-as em cartolina e recorte. Procure selecionar palavras que estejam dentro do contexto das outras matérias. Coloque todas as palavras numa caixa ou saco de pano. Divida a classe em dois ou mais grupos. Cada grupo tira uma palavra e tem um tempo já combinado (1 minuto, por exemplo) para descobrir o significado da palavra que sorteou. Escreva as notas musicais em cartolina. Recorte cada uma. 2. Divida a classe em grupos. Cada grupo terá sua vez de tirar o nome de uma nota musical e tentará escrever o maior número possível de palavras com a sílaba sorteada. Após um tempo combinado com o professor, cada grupo tira uma nova nota e escreve mais palavras. Ganha o grupo que conseguir escrever o maior números de palavras. GLOSSÁRIO Romantismo Período histórico que vem logo depois do Classicismo. Sua principal ênfase é a liberdade de forma e concepção musicais e expressão intensa e individualista das emoções. S i n f o n i a Música instrumental composta de quatro movimentos contrastantes: allegro allegro, adagio o, m i n u e t o ou s c h e r z o e a l l e g r o (finale) (finale). Nos séculos 17 e 18 designava uma abertura instrumental para ópera ou suíte. Sonata Uma das mais importantes formas musicais. Em geral escrita para um só instrumento. Tradicionalmente é dividida em três partes: exposição, desenvolvimento e recapitulação. O mais antigo significado da palavra sonata é “o que se toca” em contraste com o termo cantata, “o que se canta”. Classicismo Período histórico que vem depois do Barroco e antes do Romantismo. Sua maior característica é a grande importância dada à forma, em prejuízo das emoções. Iluminismo Movimento ocorrido no século 18, que enfatizava o direito de auto-expressão, de pensamento livre, sem medo de censura ou repressão. Preparou o caminho para a Revolução Francesa e a Revolução Americana. Alguns pensadores deste movimento: Kant, Voltaire, Diderot, Montesquieu. Música clássica Termo usado para se referir à música que não é popular. O mesmo termo é usado para se referir à música feita entre 1750 e 1815. Quarteto de cordas Formação instrumental com dois violinos, uma viola e um violoncelo. REFERÊNCIAS BIOGRÁFICAS Haydn, Franz Joseph (1732-1809) Compositor austríaco de família muito humilde, teve de lutar bastante para se instruir. Tornouse um dos grandes compositores do perío- do clássico. Trabalhou por 30 anos na casa Esterházy e durante esse tempo desenvolveu sua arte ao máximo. Teve oportunidade de escrever todo tipo de música, desde 7 tremamente grande, oscilando entre 626 e 800 peças, embora tenha morrido muito cedo, com apenas 35 anos. Obras mais conhecidas: “Sinfonia nº 40”, “Pequena Serenata Noturna em Sol Maior”, árias das óperas “A Flauta Mágica” e “Don Giovanni”. danças até extensas óperas. Poucos compositores foram tão dedicados ao trabalho, tranqüilos e tão bem amados. Obras: “ Sinfonia da Surpresa”, quartetos “A Cotovia” e “Imperador”. Mozart, Wolfgang Amadeus (1756-1791) Músico austríaco do período clássico. Foi um dos mais geniais compositores. Menino prodígio, começou a compor com 5 anos e a tocar cravo com 4. Viajou triunfalmente, dando concertos por toda a Europa juntamente com sua irmã Nannerl, desde a mais tenra idade. Sua produção musical é ex- Bonaparte, Napoleão (1769-1821) Brilhante general francês, nascido na Córsega. Após várias campanhas militares vitoriosas se autoproclamou imperador da França. Teve participação na Revolução Francesa e acabou derrotado na batalha de Waterloo. BIBLIOGRAFIA AMERICAN SUZUKI JOURNAL. v. 24, n. 1, 1995. AMERICAN SUZUKI JOURNAL. v. 25, n. 1, 1996. BARBOSA, Ana Mae. Arte-educação póscolonialismo no Brasil: aprendizagem triangular. In: Revista Comunicação e Educação. São Paulo, USP/Moderna, (2): 59-64, jan./abr. 1995. 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