Sindrome de fournier

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SOCIEDADE DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS
FACULDADE PADRAO
CURSO DE ENFERMAGEM
FERNANDA MARTINS DAMÁSIO PEREIRA
JACKELLINE MALTA DE SOUZA
SÍNDROME DE FOURNIER
OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM
GOIANIA, 2014
FERNANDA MARTINS DAMÁSIO PEREIRA
JACKELLINE MALTA DE SOUZA
SÍNDROME DE FOURNIER
OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC),
apresentado
ao
Departamento
de
Enfermagem, da Faculdade Padrão para
obtenção do titulo de Bacharelado em
Enfermagem.
Orientadora: Profa Ms. Margarida Martins Coelho
GOIANIA, 2014
FOLHA DE APROVAÇÃO
FERNANDA MARTINS DAMÁSIO PEREIRA
JACKELLINE MALTA DE SOUZA
SÍNDROME DE FOURNIER
OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC),
apresentado
ao
Departamento
de
Enfermagem, da Faculdade Padrão para
obtenção do titulo de Bacharelado em
Enfermagem.
Aprovado em _______de___________________de ________________
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________
Profa Ms. Margarida Martins Coelho-Presidente/Orientadora
Faculdade Padrão
_____________________________________________________
Profa Esp. Adriana Caixeta Costa
Faculdade Padrão
______________________________________________________
Profa - Esp. Rúbia Pedrosa Marques Mansur
Faculdade Padrão
GOIÂNIA, 2014
DEDICATÓRIA
Á Deus que nos proporciona a vida e tudo
de belo que nela existe, e que nunca, nos
deixou desistir nos momentos mais
difíceis.
AGRADECIMENTOS
A Deus, por iluminar nossos pensamentos e ter estendido a mão nos momentos em
que quisemos desistir.
Aos nossos pais por estarem presentes em todos os momentos das nossas vidas,
por acreditaram e confiaram em nos, pelo apóio recebido para que o nosso sonho
fosse concretizado, o nosso muito obrigado.
À nossa orientadora Ms. Margarida Martins Coelho por sempre estar à disposição
para tirar duvidas, sempre com um sorriso no rosto. Pela paciência que teve ao
receber nosso trabalho e compreensão para entender quando precisávamos faltas
as reuniões de orientação. Pelas sugestões e por nos fazer acreditar que daria certo.
Aos nossos familiares, que acompanham nossa caminhada sempre nos dando
força e apoiando em nossas dificuldades.
Aos mestres, exemplo de profissionais e seres humanos, que muitas vezes deixam
de estar em seus lares com suas famílias para nos repassarem seus conhecimentos
e experiência.
Aos nossos colegas de turma, pela convivência, mesmo que às vezes não muito
pacifica. Mas que, ao final, a gente percebe que tudo foi vivido, compartilhado e
aprendido fazem sentido e tem significado. Agradecemos em especial aos amigos
que sempre nos auxiliaram.
Aos amigos, que entenderam a nossa ausência durante o período do curso.
EPÍGRAFE
A enfermagem é uma arte; e para realizá-la
como arte, requer uma devoção tão
exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto
à obra de qualquer pintor ou escultor; pois
o que é tratar da tela morta ou do frio
mármore comparado ao tratar do corpo
vivo, o templo do espírito de Deus? É uma
das artes, pode-se dizer a mais bela das
artes!
Florence Nightingale.
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS/ ILUSTRAÇÕES ........................................................................ 8
LISTA DE QUADROS ................................................................................................. 9
LISTA DE SIGLAS .................................................................................................... 10
RESUMO................................................................................................................... 11
ABSTRACT ............................................................................................................... 12
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 13
2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 15
2.1. Objetivo geral ..................................................................................................... 15
2.2. Objetivos específicos ......................................................................................... 15
3. REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 16
3.1. Síndrome de Fournier ........................................................................................ 16
3.2. Tratamento ......................................................................................................... 18
3.3. Incidência ........................................................................................................... 19
3.4. Assistência de Enfermagem ............................................................................... 20
4. METODOLOGIA .................................................................................................... 25
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................................... 26
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 29
REFERENCIAS ........................................................................................................ 30
LISTA DE FIGURAS/ ILUSTRAÇÕES
Figura 1................................................................................................................... 17
Figura 2.................................................................................................................... 19
Figura 3.................................................................................................................... 21
LISTA DE QUADROS
Quadro 1............................................................................................................. 23
LISTA DE SIGLAS
BDENF- Base de Dados de Enfermagem.
LILACS- Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde.
SAE- Sistematização da Assistência de Enfermagem.
MEDLINE - Literatura Internacional em Ciências da Saúde.
RESUMO
Síndrome de Fournier é uma patologia infecciosa grave, rara, de rápida progressão,
que acomete a região genital e áreas adjacentes evoluindo para necrose
caracterizada por uma intensa destruição tissular, envolvendo o tecido subcutâneo e
a fáscia, devido à ação conjunta das bactérias aeróbias e anaeróbias. Este estudo
traz informações relativas à Síndrome de Fournier contribuindo para aprimoramento
da prática, humanização da assistência ao paciente, minimizando seu sofrimento.
Objetivou-se com o estudo identificar a relevância da assistência de enfermagem
prestada ao portador da Síndrome de Fournier. O estudo constitui uma pesquisa
literária consubstanciada na literatura pertinente ao tema proposto no período de
fevereiro a novembro de 2014. Conclui-se que todos os meios terapêuticos
disponíveis devem ser ofertados, com o objetivo de controle do processo infeccioso,
e que a equipe de enfermagem esteja ciente do quadro desta patologia, bem como
sobre os cuidados assistenciais que deverão ser prestados aos clientes obtendo
resultado satisfatório deste processo.
Descritores: Síndrome de Fournier. Enfermagem. Assistência de enfermagem.
ABSTRACT
Fournier’s syndrome is a serious infectious disease, rare, rapidly progressive, which
affects the genital region and surrounding areas progressing to necrosis
characterized by intense tissue destruction involving the subcutaneous tissue and the
fascia due to the joint action of aerobic and anaerobic bacteria. This study provides
information on the Fournier syndrome contributing to the practice improvement,
humanization of patient care, minimizing their suffering. The objective of the study is
to identify the relevance of nursing care delivered to the bearer of Fournier’s
syndrome. The study is a literary research embodied in the literature concerning the
proposed theme from February to November 2014. It was concluded that all available
therapeutic methods should be offered , in order to control the infectious process,
and that the nursing staff be aware of the context of this pathology, as well as the
supportive care to be provided to customers getting satisfactory result of this
process.
Descriptors: Fournier syndrome. Nursing. Nursing care.
1. INTRODUÇÃO
Síndrome de Fournier trata-se de um processo infeccioso caracterizado por
necrose do tecido subcutâneo e fáscia acompanhado por toxicidade sistêmica grave
e gangrena progressiva da pele, de evolução rápida e progressiva, podendo levar o
paciente à morte caso não tenha diagnóstico rápido e cuidados imediatos
(JANEVICIUS; HANN; BATT, 1982; CAVALINI; MORIYA; PELE, 2002).
Esta síndrome foi descrita em 1883, por Jean Alfred Fournier, um
venereologista francês, que descreveu uma forma de gangrena idiopática e
fulminante
comprometendo
a
genitália
masculina
(LEVENSON;
SINGH;
NOVELLINE, 2008). Jeong; Parque; Seo, (2005) descreve que a maioria dos casos
de gangrena de Fournier tem uma causa definida, acometendo também em
mulheres menores de 15 anos.
Algumas doenças causam alterações físicas/deformidades seu portador,
tumores e feridas, bem como distúrbios da mente e transmissão de doenças
infecciosas, podem provocar reações diversas às pessoas, como rejeição,
curiosidade, medo, pena, fuga, agressividade entre outras. Essas reações remontam
a própria história da humanidade, como podem ser observadas nas descrições da
bíblia, nos filmes épicos e na literatura que descrevem ou caracterizam o
comportamento dos povos antigos. Um exemplo típico a ser citado é o
comportamento dos indivíduos com relação ao portador do Mycobacterium leprae.
(CAVALINI; MORIYA; PELA, 2002).
Cavalini; Moriya; Pelá, (2002) cita como exemplo a AIDS, que na década de
80, início de sua epidemia provocou, principalmente, diversas reações de rejeição ao
seu portador não somente da população em geral, mas inclusive do profissional da
área de saúde.
A Síndrome de Fournier, também se enquadra neste tipo de doenças
estigmatizantes que comumente se origina de uma infecção anorretal, no trato
urogenital, ou na pele dos órgãos genitais.
Diante do exposto a assistência de enfermagem a pacientes com a Síndrome
de Fournier, visa o atendimento com avaliação eficaz, com ações de educação em
saúde que permeia a relação de interação entre o enfermeiro e paciente, exigindo
dos profissionais conhecimentos adequados sobre tal patologia, capacitação técnica
14
e sensibilidade no cuidado para que se tenha um sucesso terapêutico (SOARES et
al., 2012).
O autor supracitado relata que o cuidado de enfermagem é fundamental para
o bom prognóstico do paciente. O profissional de enfermagem deve planejar e
programar a assistência adequada ao cliente a partir da sistematização da
assistência de enfermagem (SAE), contribuindo significativamente para a evolução
do quadro clínico e continuamente de ações reflexivas.
Por se tratar de uma patologia rara, o estudo teve como objetivo identificar a
relevância da assistência de enfermagem prestada ao portador desta Síndrome e,
para o desenvolvimento a questão norteadora foi: em que medida a atuação do
profissional enfermeiro pode contribuir para as orientações preventivas e curativas
fornecidas ao portador da Síndrome de Fournier, minimizando sua cronicidade e os
fatores psicossociais?
O estudo em questão justifica-se em decorrência do interesse pessoal dos
pesquisadores por se tratar de uma patologia que requer uma assistência
humanizada do profissional de enfermagem e, já em pleno século XXI, ainda
encontram-se pessoas com comportamentos e atitudes de risco para o
desenvolvimento desta.
Torna-se importante destacar que o nível de conhecimento do enfermeiro em
relação à patologia e às estratégias de prevenção que evitem seu agravamento
merece ser objeto de estudo, uma vez que estas ações contribuem para a qualidade
de vida do portador. Através do acesso à informação, a sociedade pode ser
beneficiada e o atendimento agrega qualidade e humanidade através da postura do
enfermeiro.
Justifica-se ainda devido a contribuição acadêmica que a revisão literária
sobre síndrome de Fournier pode agregar a esse estudo. O pesquisador, ao se
deparar com fontes variadas e atualizadas de pesquisa pode-se colaborar com a
efetivação e disseminação de novos conhecimentos sobre o assunto abordado.
15
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo geral
O objetivo do presente estudo foi identificar a relevância da assistência de
enfermagem prestada ao portador da Síndrome de Fournier.
2.2. Objetivos específicos
- Descrever a fisiopatologia da Síndrome de Fournier;
- Relatar os fatores de risco envolvidos na patologia e suas complicações;
- Destacar os sinais para prevenção do surgimento de necrose e sinais de infecção
na região acometida;
- Descrever a assistência de enfermagem prestada ao portador desta Síndrome;
- Orientar o paciente e/ou família a respeito da patologia, prevenção e proteção para
evitar reinfecção;
16
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1. Síndrome de Fournier
A Síndrome de Fournier é uma patologia caracterizada por uma infecção
polimicrobiana (bactérias aeróbias e anaeróbias) necrotizante que envolve o tecido
subcutâneo da genitália masculina. É uma forma específica de fasciíte necrotizante
que envolve a fáscia superficial e profunda independente da localização,
caracterizada por endarterite obliterante, seguida por isquemia e trombose dos
vasos subcutâneos, resultando em necrose da pele e tecido subcutâneo adjacente.
A doença não é exclusiva de homens e há algumas descrições de acometimento da
genitália vulvar. Embora originalmente descrita como gangrena idiopática da
genitália, a gangrena de Fournier tem uma causa identificável em cerca de 95% dos
casos (FIGUEREDO, 1997).
Tahmz; Erdermir e Kibar (2006) corroboram neste sentido, onde relatam que
a síndrome é definida como uma fasciíte necrosante polimicrobiana (bactérias
aeróbias e anaeróbias) que acomete o períneo e a genitália, cuja porta de entrada é
mais comumente geniturinária, colorretal e cutânea, podendo, ainda, não ter foco
definido.
E Silva (2000) define que as principais fontes de infecção são anorretais,
geniturinárias e lesões cutâneas, atingindo, preferencialmente, a pele escrotal.
Para Guimarães (1995) é descrita como uma afecção rara, todavia nos
últimos anos tem sido observada com frequência entre aqueles que procuram
assistência à saúde. Trata-se de um processo infeccioso caracterizado por necrose
do tecido subcutâneo e acompanhado por toxicidade sistêmica grave e gangrena
progressiva da pele.
O autor referencia ainda que a predisposição à gangrena de Fournier esteja
associada a estados de imunossupressão, doenças crônicas, alcoolismo, senilidade,
obesidade, traumas mecânicos, picada de inseto, procedimentos cirúrgicos,
anormalidades no sistema urológico e doenças colorretais.
Várias sugestões procuram explicar o principal local de ocorrência, segundo
Hutzler, (1991) tais como a falta de higiene; evaporação reduzida de suor, pregas da
pele que albergam bactérias em ninhos que penetram após pequenos traumas,
presença de rugas da pele, que impedem uma circulação livre, com baixa resistência
à infecção, tecido celular subcutâneo muito frouxo, facilitando a disseminação,
17
ocorrência de edema em trauma ou infecções menores, interferindo na
vascularização adequada da região, trombose extensa de vasos subcutâneos.
O autor supracitado complementa que à medida que ocorre a disseminação
de bactérias aeróbias e anaeróbias a concentração de oxigênio nos tecidos é
reduzida, com hipóxia e isquemia tecidual o metabolismo fica prejudicado,
provocando uma maior disseminação de microrganismos facultativos, que se
beneficiam das fontes energéticas das células formando gases (hidrogênio e
nitrogênio) responsáveis pela crepitação demonstrado nas primeiras 48/72 horas de
infecção. Figura 1.
Figura 1: Necrose de pênis e escroto.
Fonte: BATISTA et al., 2010.
Costa (2004) descreve que na região perineal e genital ocorre o surgimento
de sinais como: equimose, vesículas, crepitação, gangrena, necrose e fístulas com
drenagem de secreção purulenta de odor fétido, acompanhado de desconforto, dor,
parestesia, calor, edema e eritema.
No quadro clínico da Síndrome de Fournier observa-se presença de dor,
febre, edema e que evolui para necrose, podendo levar a uma septicemia, tornandose, assim, um quadro dramático até mesmo para os profissionais da área de saúde
(CAVALINI, 2002).
18
3.2. Tratamento
Na Síndrome de Fournier, a secreção é formada por um líquido mais fluido,
de coloração marrom escuro e cheiro característico e não pelo pus cremoso comum
aos abscessos (GUIMARÃES, 1995). Nesta fase da doença há a deterioração rápida
do estado geral, tornando a ferida do músculo extensa e profunda, o que agrava a
infecção do períneo (CAVALINI; MORIYA; PELÁ, 2002).
Sem tratamento, o processo pode não só estender-se rapidamente à parede
abdominal anterior, à região dorsal, aos membros superiores e ao retroperitônio bem
como induzir à sepse, à falência de múltiplos órgãos e à morte (SIZA S/D).
O tratamento baseia-se, principalmente, no manejo cirúrgico, variando desde
a simples drenagem até desbridamento radical, uso de antibióticos de largo espectro
e medidas de suporte (NORTON et al., 2002). Existem também medidas adjuvantes
como a câmara hiperbárica para prevenir a extensão da necrose, reduzir sinais
sistêmicos da infecção e melhorar a sobrevida do tecido isquêmico (EFEM; UDOCH;
IWARA, 1992).
O tratamento clássico da Gangrena de Fournier consiste na imediata correção
dos distúrbios hidroeletrolíticos, ácido-base e hemodinâmicos, antibioticoterapia de
largo espectro e desbridamento cirúrgico de emergência. O objetivo do tratamento
cirúrgico é remover todo o tecido necrótico, interromper a progressão do processo
infeccioso e minimizar os efeitos tóxicos sistêmicos (ATAKAN, 2002).
Para Villanueva-Sáenz et al. (2002) o tratamento cirúrgico consiste em
extenso desbridamento de tecidos lesados e necrosados até o encontro de tecido
sadio.
A extensão da ressecção do tecido necrótico, até alcançar tecido viável, deve
nortear o cirurgião como objetivo a ser alcançado durante a realização do ato
cirúrgico (YAGHAN; AL-JABERI; BANI-HANI, 2000).
Segundo estudo realizado por Endorf, Supple e Gamelli (2005) durante a fase
inicial, após o desbridamento, as áreas expostas podem ser tratadas com
antimicrobianos tópicos, como acetato de mafanida 5%, bacitracina, polimixina,
vancomicina, nistatina, betadine e curativos com nitrato de Prata.
A foto abaixo mostram o desbridamento cirúrgico em uma ferida localizada na
região supra púbica ascendente para o flanco direito e bolsa escrotal, apresenta-se
com abundante tecido desvitalizado, com fibrina aderente e pontos de necrose, na
região perilesional com área isquêmica, edema e hiperemia, bordas maceradas
19
devido à grande quantidade de exsudação purulenta e de odor fétido (SIZA, S/D).
Figura 2.
Figura 2: Extensão do desbridamento necessário para o controle da infecção
FONTE: SIZA, S/D.
Após desbridamento cirúrgico, cuidados locais devem seguir os princípios
gerais de manejo com a ferida operatória (ALMEIDA; HILGERT, 2005).
Pode-se utilizar oxigenoterapia hiperbárica, como tratamento coadjuvante,
terapia que facilita a cicatrização, exercendo um efeito sobre os microorganismos
anaeróbios (EBERHARDT; MORAES; MASTELLA, 2011).
Segundo Dantas (2003) a utilização da Câmara Hiperbárica no auxílio do processo
cicatrização da Síndrome de Fournier tem obtido bons resultados utilizando
oxigenoterapia hiperbárica, e cada sessão se realizam em exposições breves (6090 min. cada), em altas doses (de 2 a 2,8 vezes a pressão normal, respirando-se
100% de oxigênio), de forma intermitente (uma ou duas sessões diárias).
3.3. Incidência
A incidência na população geral é de cerca de uma em 7500 pessoas (Araújo,
2005), atingindo mais homens do que mulheres, em uma proporção de 10:1, sendo a
média de idade por volta dos quarenta anos. Usando MEDLINE e as sinopses de
seus periódicos, outros pesquisadores relatam aproximadamente 600 casos de
20
Gangrena de Fournier na literatura mundial desde 1996. Percebe-se que o número
de casos vem aumentando nas últimas décadas, provavelmente devido ao melhor
reconhecimento desta doença, bem como a um aumento de relatos na literatura
médica. Entre as condições associadas, destacam-se as sistêmicas, como Diabetes
Mellitus (40 a 60%), alcoolismo crônico (25 a 50%) e outras condições
imunossupressoras (Yalamarthi; Dayal, 2004), e as locais, como traumas da
genitália (ARAÚJO, 2005).
Como menciona Facio et al. (2001) o diagnóstico tardio e a sepse pode levar
a uma variação das taxas óbitos em torno de 11 a 62%.
Levando em consideração todas essas informações, conclui-se que a
mortalidade é alta em todos os casos, tornando-se maior em decorrência da demora
no tratamento.
3.4. Assistência de Enfermagem
Como esta Síndrome se trata de uma doença mutiladora, que acarretará
problemas na sua auto-imagem, resultando em sentimento de perda, medo e
insegurança, é de suma importância que a equipe de enfermagem, por se encontrar
mais próxima ao paciente, esteja aberta ao diálogo, a fim de esclarecer suas dúvidas
dando-lhe um suporte necessário (LAPA, 2004).
Neste sentido, a comunicação terapêutica faz-se necessário uma vez que o
enfermeiro estabelece com o cliente a valorização das queixas apresentadas e o
respeito a particularidades desse individuo visando a sua recuperação patológica e
psicossocial. Adotar comunicação verbal familiar a linguagem do paciente, para que
o mesmo possa compreender as informações que lhes são transmitidas e, assim,
comprometer-se com sua saúde possibilitando o cumprimento das ações que lhes
são delegadas a fim de garantir o sucesso no tratamento (CARMO et al., 2007).
A relevância de um diagnóstico precoce, terapêutica adequada, e a
assistência de enfermagem com intervenções precisas, favorecem o sucesso do
tratamento, pois a realização dos curativos de forma eficaz contribui ao processo de
cicatrização.
Nesta mesma linha de pensamento Carmo et al. (2007) relata que a partir do
diagnóstico estabelecido o enfermeiro constrói planos de cuidados cujos objetivos
são proporcionar condições que minimizem o tempo de cicatrização da ferida,
21
reduzem os riscos de infecções, prevenção de recidivas, que garantam a segurança
e conforto do paciente, dentre outros.
Os cuidados locais com a ferida, uma vez controlada a infecção também
devem ser motivo de atenção.
Para tanto, a literatura tem suprido uma vasta relação que abrange
substâncias diversas para esse fim. Segundo Atakan (2002) como a colagenase
liofilizada (enzima que digere tecido necrótico), carvão ativado, açúcar, mel,
papaína, hidróxido de magnésio entre outros.
A enfermagem tem um papel importante na recuperação do paciente durante
todo o tratamento, principalmente, no que se refere à vigilância dos sinais e
sintomas das infecções, como demonstra a figura 3.
Figura 3: Aspectos evolutivos do tratamento da Gangrena de Fournier mediante tratamento
coadjuvante com a oxigenoterapia hiperbárica e os curativos diários realizados pela enfermeira.
FONTE: CARDOSO; FÉRES, 2007.
Segundo Alcântara (2010) assegura que 01 (um) enfermeiro registrado é
responsável por garantir que uma avaliação de enfermagem do paciente hiperbárico
seja conduzida de acordo com políticas de atenção à saúde local, bem como para
supervisão de enfermagem para tratamentos e cuidados de feridas que dispensem a
22
presença de um médico. Além disso, cabe ao enfermeiro garantir assistência de
enfermagem para todos os pacientes criticamente doentes ou de emergência
Lapa (2004) relata que o paciente fica sobre cuidados da enfermagem, por
isso, é necessário que a equipe de enfermagem tenha pleno conhecimento da
patologia e das intervenções de acordo com as necessidades do mesmo. As
intervenções gerais da enfermagem incluem:
1. Controle da dor.
2. Observação rigorosa para sinais de sepse (temperatura elevada, freqüência
cardíaca aumentada, pressão de pulso alargada e pele ruborizada e seca nas áreas
não afetadas);
3. Controle geral das intervenções clínicas e cirúrgicas;
4. Observar o surgimento de novas áreas de necrose e sinais de infecção no local;
5. Curativo conforme necessidade;
6. Prevenir trauma devido à extensão do local da lesão;
7. Orientar paciente e/ou família a respeito da patologia, sobre a prevenção de
trauma e proteção para evitar reinfecção.
O suporte intensivo ajudam a minimizar a dor, contudo o indivíduo acometido
por essa doença manifesta perda da capacidade de autocuidado e necessita de uma
assistência de enfermagem em âmbito integral que vise redução de danos e
complicações ao paciente (ARAGÃO et al., 2014).
Para que o enfermeiro possa prestar uma assistência de qualidade e eficaz
faz-se necessário a utilização da sistematização da assistência de enfermagem
(SAE) que deve ser planejada a partir da fundamentação na literatura científica. A
enfermagem tem um papel importante na recuperação do paciente durante todo o
tratamento, principalmente, no que se refere à vigilância dos sinais e sintomas das
infecções como também na realização dos curativos através de ações planejadas
(Siza, S/D).
Como relata Brittar; Pereira e Lemos (2006),
“A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é o modelo
metodológico ideal para o enfermeiro aplicar seus conhecimentos técnicocientíficos na prática assistencial, favorecendo o cuidado e a organização
das condições necessárias para que ela seja realizada” (BRITTAR;
PEREIRA; LEMOS, 2006, p. 617).
23
Diante das evidências, a assistência de enfermagem prestada ao indivíduo
com Gangrena de Fournier, deve-se apoiar nos diagnósticos de enfermagem de
acordo com as taxonomias do NANDA (2012-2014), para que seja eficaz e de
qualidade, obtendo resultado satisfatório deste processo. Os diagnósticos e as
intervenções de maior relevância para esta patologia, estão descrito do quadro 1,
como mostra a seguir.
Quadro 1. Sistematização da Assistência de Enfermagem.
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
INTERVENÇÕES
Ansiedade relacionada à mudança no Orientar paciente e/ou família a respeito
estado de saúde.
da patologia, exames e procedimentos;
promover distração.
Integridade
da
pele
prejudicada Avaliar integridade da pele, registrando
relacionado a estados circulatórios surgimento de novas áreas de necrose e
alterados e fatores mecânicos.
drenagem;
Renovar
curativos,
registrando aspecto da ferida.
Deambulação prejudicada relacionada à Administrar
analgésicos
prescritos;
dor.
proporcionar momentos de repouso
durante dor e estimular deambulação
após o alívio; orientar mudança de
decúbito no leito.
Disfunção sexual relacionada à estrutura Orientar paciente e/ou família a respeito
corporal aumentada e limpeza cirúrgica. da patologia, sobre a prevenção de
trauma e proteção para evitar reinfecção.
FONTE: NASCIMENTO; OLIVEIRA; OLIVEIRA (2011).
O papel da Enfermagem no controle da dor do paciente consiste na avaliação
da intensidade e na adoção de estratégias para minimizar o desconforto, mediante o
planejamento dos cuidados, levando em consideração as alterações dos sinais
vitais, das condições físicas e emocionais e do quadro doloroso propriamente dito.
O enfermeiro é um elemento importante para cuidar de maneira segura dos
pacientes que vivenciam complicações no pós-operatório imediato, dentre estas
complicações, destaca-se a dor (POPOV; PENICHE, 2009).
A área de Enfermagem no controle da dor passa por constantes avanços,
pelo desenvolvimento de técnicas e equipamentos para analgesia; deste fato
emergiu a necessidade de atualização permanente dos profissionais (PIMENTA;
SANTOS; CHAVES, 2001).
O enfermeiro tem competências relacionadas ao uso de outras terapias além
das farmacológicas para minimizar a dor dos pacientes e contribuir para a
24
expectativa
de
restabelecimento,
dentre
estas
terapias,
destacam-se
a
musicoterapia, a massagem terapêutica, a estimulação de pensamentos que aliviem
a dor, a aromaterapia e o posicionamento para conforto (ELER; JAQUES, 2006).
Entende-se que a avaliação da dor no pós-desbridamento imediato da
Síndrome de Fournier é permeada pelo uso de instrumentos validados agregados à
assistência holística do enfermeiro, consideração dos fatores associados e
capacitação da equipe de Enfermagem.
Soares, et al. (2012) descreve que as orientações de enfermagem são
pertinentes uma vez que os cuidados é direcionado ao paciente e familiar, em
relação ao risco de infecção, sua manutenção temporária e o retorno à vida normal
após tratamento, com vistas a contribuir para a continuidade do cuidado no domicílio
na perspectiva de atenção integral em saúde.
25
4. METODOLOGIA
O presente estudo constitui uma pesquisa bibliográfica consubstanciada na
literatura pertinente ao tema proposto, com o intuito de realizar um levantamento
bibliográfico sobre a Síndrome de Fournier.
Trata-se de um estudo descritivo, retrospectiva e constituído de artigos
científicos, dissertações e acervos bibliográficos acerca da temática Síndrome de
Fournier e assistência de enfermagem nos serviços de saúde. Esta conduta se faz
necessária para obtermos respaldo científico suficiente para assim podermos
concluir a pesquisa.
A pesquisa descritiva procura investigar a frequência com que um fenômeno
ocorre e sua relação com os outros, sua natureza e características, correlacionando
fatos (SILVA; CERVO; BERVIAN, 2007).
A busca pelos estudos foi realizada nos mês de fevereiro a novembro de 2014
nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), a partir dos seguintes
descritores: enfermagem, Síndrome de Fournier, assistência de enfermagem no
período de 1982 a 2014, recorte esse utilizado devido ao início e término dos
achados sobre o tema na referida base de dados, e que foram importantes para a
confecção deste.
Após leitura e análise foram excluídos os estudos que não contemplavam o
tema em questão.
26
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
O quadro clínico da gangrena de Fournier é variável (VICK; CARSON, 1999).
O paciente típico exibe dois a sete dias de febre, com hiperemia, necrose cutânea e
crepitação. Comorbidades são frequentes e inclui alcoolismo, Diabetes Mellitus,
idade avançada, neoplasias, hospitalização prolongada, uso de drogas intravenosas
e desnutrição, dentre outras (JEONG et al.,2005).
No estudo de Paty (1992) o Diabetes complica a evolução de 40 a 60% dos
pacientes, e é imputado como principal responsável pelos maus resultados do
tratamento. No entanto, há estudos que contrariam esta afirmação (LAOR et al.
,1995) .
No estudo de Mehl et al. (2010) os pacientes eram na sua maioria do sexo
masculino, totalizando 31 doentes (77%). O principal fator predisponente foi
a Diabetes Mellitus, estando presente em nove pacientes (22,5%), sendo quatro
diabetes tipo I e cinco diabetes tipo II.
Laor et al. (1995) apresenta uma visão diferente da citada anteriormente onde
infere que os pacientes com história de Diabetes Mellitus são vulneráveis às
infecções, mas a distribuição de diabéticos entre os grupos de sobreviventes ou não
foi a mesma, não existindo correlação (LAOR et al., 1995).
Entre as condições associadas, destacam-se as sistêmicas, o Diabetes
Mellitus tem sido identificada como co-morbidade comum, estando presente em 40 a
60% (NORTON, 2002).
O alcoolismo crônico está presente em 25 a 50% dos pacientes que
desenvolvem Síndrome de Fournier (NORTON, 2002). Já no estudo de Laor et al.,
(1995) o alcoolismo também não foi fator relevante para a Síndrome de Fournier.
Consequências psicológicas na Síndrome de Fournier são resultado da dor
extrema, desfiguração física e fatores emocionais como ansiedade, medo,
preocupação, raiva e desesperança (SCHROEDER; STEINKE, 2005).
No estudo de Cavalini, Moriya e Pelá (2002) em relatos dos portadores a dor
é insuportável, com quadro de febre, edema e ferida caracterizada por necrose do
tecido. Dor, edema e hiperemia nos locais afetados estavam presentes em todos os
pacientes envolvidos no estudo de MehL et al. (2010).
Clayton, Fowler e Sharifi (1990) relataram que secreção escrotal e odor fétido
estavam presentes em todos os pacientes. Hiperemia foi encontrada em 26% e
27
febre em 15%. Baskin e Carroll (1990) identificaram dor e secreção em 100%, febre
em 19%, crepitação em 18%, áreas necróticas da pele em 10%, choque em 4% e
delírio em 3% dos pacientes. Nas séries relatadas por Benizri, Fabiani e Magliori os
achados mais frequentemente encontrados foram dor, edema, drenagem de
secreção fétida, placas esverdeadas ou pretas, febre, choque e crepitação. Smith,
Bunker e Dinneeen (1998) reportaram dor, eritema, secreção escrotal, choque, íleo
adinâmico, delírio e crepitação como sendo os achados mais comuns.
Com relação ao óbito,
Jeong (2005); Tuncel (2006) mesmo com
desbridamento extenso e antibioticoterapia adequada os índices de óbitos
permanecem elevados o que levou alguns autores a tentar identificar e validar
fatores que possam predispor à maior mortalidade.
No estudo desenvolvido por Korkut (2003) concluiu que o tempo decorrido
entre o início da doença e o tratamento cirúrgico era o fator mais importante na
indução de mortalidade.
Já no estudo de Safioleas et al. (2006) Fournier´s gangrene, também conclui
que a duração dos sintomas do início do quadro até a internação é um fator
contribuinte para a mortalidade e assinala a localização ano retal, a insuficiência
renal e a extensão da gangrena como outros fatores importantes.
Mehl et al. (2010) em seu estudo descreve que a mortalidade total foi de 20%
(oito pacientes) sendo de 35,7% (5 de 14 pacientes) no grupo submetido somente
ao tratamento clínico-cirúrgico e 11,5% (3 de 26 pacientes) no grupo que associou o
tratamento com oxigenoterapia hiperbárica.
Apesar de todo o conhecimento fisiopatológico atual, a Síndrome de Fournier
permanece como uma doença de alta mortalidade, o índice é em torno de 0 a 67%
(NORTON et al., 2002).
A assistência prestada pelo enfermeiro, de acordo com Alves (2006)
proporciona um cuidado humanizado, individual, coerente, sistematizado e de
qualidade. Em consonância com o exposto neste contexto, Figueiredo, Alvim e Silva
(2008) discorrem, sobre a percepção dos pacientes acerca deste cuidado: para os
pacientes, os cuidados de enfermagem devem se expressar pela demonstração de
carinho, da atenção e do fazer com zelo e amor. Segundo os sujeitos, esses
elementos ajudam na recuperação do estado de saúde do paciente.
O enfermeiro age no suprimento das necessidades emocionais e físicas do
paciente com dor, nos aspectos emocionais e subjetivos atua de maneira não
28
farmacológica e no campo biológico, usa técnicas farmacológicas para alívio
(POPOV; PENICHE, 2009).
Para Diccini (2004), a falta de um médico ou enfermeira, que entenda de
terapia analgésica farmacológica ou não-farmacológica pode interferir na qualidade
do tratamento.
O uso sistematizado de instrumento de mensuração e registro da dor
promove a consciência no profissional que presta cuidados ao paciente com dor,
além de contribuir para o aperfeiçoamento da assistência de enfermagem (DAVIS;
WALSH, 2004).
29
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Síndrome de Fournier é uma fasciíte necrotizante de evolução rápida e
progressiva, podendo levar o paciente à morte caso não tenha diagnóstico rápido e
cuidados imediatos.
Esta Síndrome é pouco conhecida nos meios de cuidados assistenciais e,
consequentemente, o cuidado de enfermagem é precário na abordagem dos
indivíduos em seus aspectos e particularidades.
Diante disso, o desenvolvimento de programas mais definidos e amplos de
atenção ao portador e família são prioridades de toda a rede de profissionais de
saúde, sendo o processo de enfermagem exemplo de intervenção dos enfermeiros
para melhorar as condições patológicas e biopsicossociais do paciente e família.
Considerando a constante necessidade de capacitação dos recursos
humanos nos serviços de saúde, percebe-se que investir na educação continuada e
na implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem pode ser uma
ferramenta essencial para uma assistência de enfermagem de qualidade aos
portadores dessa síndrome, pois o indivíduo acometido por essa doença manifesta
perda da capacidade de autocuidado e necessita de uma assistência de
enfermagem em âmbito integral que vise redução de danos e complicações ao
paciente.
30
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