A dica do IF – Câmpus Barbacena desta semana vai falar sobre Biotecnologia Marinha O ambiente marinho representa aproximadamente 70% da superfície do planeta e abriga cerca de metade da biodiversidade global, mas poucas espécies são exploradas ou usadas com propósitos biotecnológicos. Para falar sobre o assunto, recebemos nos estúdios da Rádio Sucesso o professor do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio e Curso Superior de Licenciatura em Química do IF Sudeste MG – Câmpus Barbacena, Professor Mestre Rainiomar Raimundo Fonseca. 1. Bom dia professor! Vamos iniciar esta entrevista, conceituando o nosso tema principal que é BIOTECNOLOGIA. R= A questão da conceituação é premissa básica para todo estudo sobre Biotecnologia. A Convenção sobre Diversidade Biológica da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992 definiu Biotecnologia como “qualquer aplicação tecnológica que utilize sistemas biológicos, organismos vivos ou seus derivados para fabricar ou modificar produtos ou processos para utilização especifica”. Alem disso, é a mais promissora estratégia para elevar a produção mundial de alimentos e melhorar a qualidade de vida do homem. 2. Professor sendo mais específico. BIOTECNOLOGIA MARINHA? Qual a real importância no caso da R= A vida surgiu no mar há cerca 3,5 bilhões de anos e seus habitantes constituem o sistema mais diversificado do planeta. Às algas marinhas como exemplo guardam muitas substâncias desconhecidas que atuam na comunicação entre espécimes, na defesa contra herbívoros ou predadores, na reprodução ou simplesmente como produto de seu metabolismo, sendo assim, uma substância que atua como mediador químico para um organismo, pode ser a esperança para o tratamento ou cura de muitas doenças conhecidas. 3. Quando surge este ramo da ciência e qual os destaques do Brasil neste campo cientifico? R= Desde o fim da II Guerra mundial, o mar tem despertado o interesse dos biólogos, oceanógrafos, bioquímicos e químicos sobre o seu potencial biotecnológico. As dificuldades de coleta retardaram o seu inicio efetivo. Os avanços em mergulho e o desenvolvimento de equipamentos para coletas em maiores profundidades, associados as novas técnicas cromatográficas, espectroscópicas, resultaram no seu desenvolvimento a partir dos anos 70. O Brasil, como uma extensa costa de 8.690 Km. apresentando diversidade biológica invejável, não pode abdicar dos estudos sobre o potencial tecnológico dos organismo marinhos. 3. Professor, faça uma síntese dos principais pesquisadores e grupos de pesquisa em Biotecnologia Marinha no Brasil. R= Sobre os pesquisadores e grupos de pesquisa na área de Biotecnologia Marinha no Brasil, é necessário buscar as informações nos principais bancos de dados que possuímos atualmente que são CAPES e o CNPq. Atualmente estão cadastrados 238 pesquisadores, entre estes poço destacar os pesquisadores (Prof Dr Valéria launellvile Teixeira, Prof Dr Izabel Paixão, Prof Dr. Diana Negrão da UFF, com 15 grupos). As principais instituições com pesquisas em Biotec. Marinha destacam UFRJ 35 grupos, UFCe 23 grupos, USP e UFSC com 20 grupos, UFBA 13 grupos. 5. Professor cite algumas substâncias extraída de organismos marinhos e suas aplicações. R= • Subst. Caulerpa (macroalga de cor verde ) Sabor picante e adstringente É usada em saladas. • 1) Dictyota menstrualis (macroalga amarela) atividade antiviral (replicação do virus HIV- • RHODOPHYTA (ALGAS VERMELHAS) atividade antiviral e alelopatica. • O ácido atomárico Atividade Co-infecção leishmanioses e do vírus da imunodeficiência humana (HIV) • Canistrocarpus cervicornis e Dictyota pfaff i(Algas Pardas) capazes de neutralizar as principais atividades biológicas do veneno de Lachesis muta (surucucu) com eficácia contra o veneno da Jararaca (acidentes ofídicos no Brasil). • BIOTECNOLOGIA AGRÍCOLA A busca de maiores rendimento na lavoura; aumento da eficiência nutricional e resistência a certas doenças. • Balas de algas marinhas Contem Agar Agar (um extrato de algas marinhas riquissimo em sais minerais). • • SABONETE LIQUIDO PREMISSE ALGAS MARINHAS Omelete de alga marinha • Sushi algas são abundantes em proteínas, iodo e ômega 3 e satisfazem a vontade de comer sem engordar. • Criação de macroalgas marinhas gera renda para famílias marisqueiras Bahianas Toda produção e transformada em sabonetes, mousses e até balas. As algas podem ser vendidas a 30 reais o quilo no mercado. A atividade faz parte do Projeto de Cultivo de Macroalgas Marinhas, realizado pela Secretaria de Agricultura Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), através da Bahia Pesca com o apoio do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (FUNCEP). Agradecemos o professor Rainiomar Raimundo Fonseca pelas informações. Aqueles que tiverem dúvidas sobre o tema podem procurar o IF Câmpus Barbacena. E na próxima terçafeira, a dica do IF Câmpus Barbacena vai falar sobre vai falar sobre produtos embutidos e defumados.