4t15 Gerenciamento de Riscos

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4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
4T15
PrincíLap 7
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4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Conteúdo
Introdução ......................................................................................................................................................... 5
Perfil Corporativo .............................................................................................................................................. 5
Escopo do Gerenciamento de Riscos ................................................................................................................ 5
Apetite a Riscos ................................................................................................................................................. 6
Mapa de Riscos .................................................................................................................................................. 7
Processo Corporativo de Gerenciamento de Riscos ......................................................................................... 8
Objetivos e Estratégias .................................................................................................................................. 8
Políticas de Gerenciamento de Riscos e Capital ............................................................................................ 9
Estrutura de Gerenciamento de Riscos e Capital .......................................................................................... 9
Governança de Gerenciamento de Riscos e Capital .................................................................................... 10
Risco de Crédito ............................................................................................................................................... 12
Risco de Crédito de Contraparte ................................................................................................................. 12
Concessão de Crédito .................................................................................................................................. 13
Mitigação do Risco de Crédito ..................................................................................................................... 14
Classificação de Risco de Crédito ................................................................................................................ 14
Processo de Gerenciamento do Risco de Crédito ....................................................................................... 15
Controle e Acompanhamento ..................................................................................................................... 15
Comunicação Interna .................................................................................................................................. 16
Exposição ao Risco de Crédito ..................................................................................................................... 16
Por Tipo de Exposição, País e Região....................................................................................................... 17
Por Setor Econômico ............................................................................................................................... 18
Operações com Característica de Concessão de Crédito ........................................................................ 19
Por Modalidade e Setor de Atividade ...................................................................... 19
Por Modalidade e Região Geográfica ...................................................................... 19
Por Prazo Remanescente do Contrato e Modalidade ................................................. 19
Por Faixa de Atraso e Setor de Atividade e Região Geográfica ................................... 20
Por Tomador....................................................................................................... 20
Movimentação da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ....................................................... 21
Cessões de Crédito e Operações com Títulos e Valores Mobiliários (TVM) oriundos de processo de
Securitização................................................................................................................................................ 21
Operações de aquisição, venda ou transferência de ativos financeiros ................................................. 21
Exposição ao Risco de Crédito de Contraparte ........................................................................................... 23
Instrumentos Mitigadores ........................................................................................................................... 24
Risco de Mercado ............................................................................................................................................ 24
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4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Processo de Gerenciamento do Risco de Mercado ..................................................................................... 25
Definição de Limites .................................................................................................................................... 25
Modelos de Mensuração do Risco de Mercado .......................................................................................... 26
Carteiras Trading e Regulatória ............................................................................................................... 26
Risco de Taxa de Juros da Carteira Banking ............................................................................................ 26
Apreçamento de Instrumentos Financeiros ................................................................................................ 27
Validação Independente de Modelos de Riscos.......................................................................................... 28
Qualitativos.............................................................................................................................................. 28
Quantitativos ........................................................................................................................................... 28
Controle e Acompanhamento ..................................................................................................................... 29
Comunicação Interna .................................................................................................................................. 29
Hedge e utilização de Derivativos ............................................................................................................... 29
Derivativos Padronizados e de Uso Contínuo ......................................................................................... 30
Análise do Risco de Mercado ...................................................................................................................... 30
Evolução da Exposição................................................................................................................................. 31
Exposição Financeira – Carteira Trading ................................................................................................. 31
VaR Modelo Interno – Carteira Trading .................................................................................................. 31
VaR Modelo Interno – Carteira Regulatória ............................................................................................ 31
VaR Modelo Interno – Backtesting.......................................................................................................... 32
Análise de Estresse – Carteira Trading .................................................................................................... 34
Derivativos ............................................................................................................................................... 34
Risco de Liquidez ............................................................................................................................................. 35
Processo de Gerenciamento do Risco de Liquidez ...................................................................................... 35
Controle e Acompanhamento ..................................................................................................................... 36
Comunicação Interna .................................................................................................................................. 36
Risco Operacional ............................................................................................................................................ 36
Processo de Gerenciamento do Risco Operacional..................................................................................... 37
Metodologia de Mensuração do Risco Operacional ................................................................................... 37
Controle e Acompanhamento ..................................................................................................................... 37
Comunicação Interna .................................................................................................................................. 38
Gerenciamento de Continuidade de Negócios – GCN................................................................................. 38
Metodologia Corporativa ........................................................................................................................ 38
Processo de Gerenciamento de Continuidade de Negócios ................................................................... 39
Comunicação Interna .................................................................................................................................. 39
Risco Socioambiental ....................................................................................................................................... 39
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4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Processo de Gerenciamento de Risco Socioambiental ............................................................................... 39
Controle e Acompanhamento ..................................................................................................................... 43
Operações de Crédito .............................................................................................................................. 43
Acordo de Capital de Basileia – Basileia II ....................................................................................................... 44
Basileia II na Organização ............................................................................................................................ 44
Acordo de Capital de Basileia – Basileia III ...................................................................................................... 45
Gerenciamento de Capital ............................................................................................................................... 46
Processo Corporativo de Gerenciamento de Capital .................................................................................. 46
Adequação do Patrimônio de Referência (PR) ............................................................................................ 47
Detalhamento do Patrimônio de Referência (PR) ....................................................................................... 48
Detalhamento do Montante de Ativos Ponderados pelo Risco (RWA)....................................................... 49
Acompanhamento dos Índices e Margem .................................................................................................. 50
Suficiência de Capital ............................................................................................................................... 50
Projeções do Capital ................................................................................................................................ 51
Razão de Alavancagem (RA) ........................................................................................................................ 51
Simulação - Basileia III ................................................................................................................................. 52
Balanços Patrimoniais ................................................................................................................................. 53
Instituições participantes do Conglomerado Prudencial ............................................................................ 55
Instituições Relevantes ................................................................................................................................ 59
Participações Societárias ............................................................................................................................. 60
Política contábil das participações societárias ........................................................................................ 60
Lista de Abreviaturas ....................................................................................................................................... 63
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4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Introdução
A Organização acredita que o gerenciamento de riscos é imprescindível para fomentar a
estabilidade das instituições financeiras a longo prazo e que a postura de transparência na
divulgação de informações referentes a esta atividade fortalece a Organização, contribuindo
para a solidez do sistema financeiro nacional e a sociedade em geral. Como consequência do
processo de aperfeiçoamento contínuo e melhores práticas no gerenciamento de riscos, a
Organização foi a primeira instituição financeira 1 no país autorizada pelo Banco Central do
Brasil (BCB) a utilizar, desde janeiro de 2013, seus modelos internos de risco de mercado, que
já eram utilizados na sua gestão, para apuração do capital regulamentar.
O presente relatório busca proporcionar às partes interessadas o acesso às informações do
gerenciamento de riscos da Organização, apresentando de forma detalhada as suas práticas e
controles dos principais riscos aos quais está exposta, permitindo aos agentes de mercado,
inclusive, avaliarem a adequação do capital. Este relatório atende ainda as recomendações do
Comitê de Basileia de Supervisão Bancária e as determinações do BCB requeridas através da
Circular nº 3.678.
A leitura deste documento deve ser feita com as demais informações divulgadas pela
Organização, tais como o Relatório de Análise Econômica e Financeira e Relatório de
Informações Suplementares, que apresentam outras informações sobre as atividades da
Organização. Para maiores detalhes acesse o nosso site de Relações com Investidores em
www.bradescori.com.br.
Perfil Corporativo
O Bradesco foi fundado em 1943 e hoje é uma das maiores instituições financeiras da América
Latina, contando com R$ 1,08 trilhão de ativos consolidados e 68,0 milhões de clientes, dos
quais 26,0 milhões são correntistas que acessam uma das maiores redes de atendimento do
país, presente em todos os municípios brasileiros.
Reconhecida internacionalmente pela solidez financeira e tradição de bons serviços prestados
aos clientes, a Organização tem como premissa de atuação a criação de valor para os diversos
públicos com os quais se relaciona, oferecendo produtos e serviços em todos os segmentos de
negócios em que atua.
A visão da Organização é ser reconhecida como a melhor e mais eficiente instituição financeira
do país e pela atuação em prol da inclusão bancária e do desenvolvimento sustentável. Para
tornar este objetivo possível, é imprescindível o efetivo acompanhamento e controle de riscos.
Escopo do Gerenciamento de Riscos
O escopo do gerenciamento de riscos da Organização alcança a mais ampla visão, permitindo
que os riscos inerentes ao Consolidado Econômico-Financeiro (inclui o escopo regulamentar do
Conglomerado Prudencial e demais empresas do Consolidado) sejam devidamente
identificados, mensurados, mitigados, acompanhados e reportados, visando suportar o
desenvolvimento de suas atividades.
1
Conforme documento do BIS “Regulatory Consistency Assessment Programme (RCAP) – Assessment of Basel III
regulations in Brazil” de dezembro de 2013.
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4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Apetite a Riscos
O apetite a riscos refere-se aos tipos e níveis de riscos que, de forma ampla, a Organização se
dispõe a admitir na realização dos seus negócios e objetivos e está refletido na filosofia de
gerenciamento de riscos corporativos e de capital, que por sua vez influencia a cultura e o
modo de atuação da Organização.
Este apetite é influenciado por diversos fatores, dentre eles, a estratégia corporativa, as metas
de solvência, os índices de liquidez, o controle de concentração de portfólios e a definição dos
tipos de riscos não aceitos na condução dos negócios.
Na Organização o apetite a riscos é definido e formalizado pelo Conselho de Administração,
que é subsidiado pelo Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital (COGIRAC),
sendo controlado por diversos limites de riscos. O apetite a riscos está alinhado à estratégia
da Organização, demonstrando o engajamento da estrutura de governança na sua definição e
acompanhamento. O processo de acompanhamento dos riscos é corporativo, sendo
considerado desde o processo orçamentário da Organização.
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4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Mapa de Riscos
A Organização, diante da complexidade e variedade de produtos e serviços oferecidos aos seus
clientes em todos os segmentos de mercado, está exposta a diversos tipos de riscos, sejam
eles decorrentes de fatores internos ou externos. Portanto, é imprescindível a adoção de um
monitoramento constante de todos os riscos de forma a dar segurança e conforto a todas as
partes interessadas. Dentre os principais tipos de riscos, destacamos:
Risco de Crédito - representado pela possibilidade de ocorrer perdas associadas ao não cumprimento, pelo
tomador ou contraparte, de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, bem como à
n desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à
redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação, aos custos de recuperação
e a outros valores relativos ao descumprimento de obrigações financeiras da contraparte.
Risco de Crédito de Contraparte - representado pela possibilidade de perda em razão do não
cumprimento, por determinada contraparte, das obrigações relativas à liquidação de operações que
n
envolvam a negociação de ativos financeiros, incluindo a liquidação de instrumentos financeiros derivativos ou
pela deterioração da qualidade creditícia da contraparte.
n
Risco de Concentração - representado pela possibilidade de perda em razão de exposições significativas a
uma contraparte, fator de risco, produto, setor econômico ou região geográfica.
Risco de Mercado - representado pela possibilidade de perda financeira por oscilação de preços e taxas de
n juros dos ativos financeiros da Organização, uma vez que suas carteiras ativas e passivas podem apresentar
descasamentos de prazos, moedas e indexadores.
Risco de Liquidez - representado pela possibilidade da Organização não ser capaz de honrar eficientemente
suas obrigações, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas, bem como pela
n possibilidade de a Organização não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, devido ao seu
tamanho elevado em relação ao volume normalmente transacionado ou em razão de alguma
descontinuidade no mercado.
Risco de Subscrição - oriundo de uma situação econômica adversa, que contraria tanto as expectativas da
n sociedade seguradora no momento da elaboração de sua política de subscrição, quanto as incertezas
existentes na estimação de provisões.
Risco Operacional - representado pela possibilidade de perdas resultantes de falha, deficiência ou
n inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Essa definição inclui o risco
legal associado às atividades desenvolvidas pela Organização.
Risco de Estratégia - representado pela possibilidade de insucesso no alcance dos objetivos estabelecidos
n decorrente de mudanças adversas no ambiente de negócios ou de utilização de premissas inadequadas na
tomada de decisão.
Risco Legal ou de Compliance - representado pela possibilidade da Organização não conduzir seus
negócios em conformidade com leis, normas, regulamentos e códigos de conduta aplicáveis às suas
n
atividades, podendo, consequentemente, causar danos à sua imagem e prejuízos de ordem financeira
decorrentes de demandas judiciais e de sanções legais.
Risco de Imprevisibilidade Legal (Risco Regulatório) - representado por modificações legais
n estabelecidas por autoridades governamentais que interfiram nas relações privadas e modifiquem direitos e
obrigações anterior e legalmente contratados.
Risco de Reputação - representado pela perda de credibilidade perante clientes, contrapartes, órgãos
n governamentais e mercado de atuação ou comunidade, decorrentes de ações, atos e atitudes indevidas e
impróprias.
Risco Socioambiental - representado por potenciais danos que uma atividade econômica pode causar à
sociedade e ao meio ambiente. Os riscos socioambientais associados às instituições financeiras são, em sua
n
maioria, indiretos e advém das relações de negócios, incluindo aquelas com a cadeia de fornecimento e com
os clientes, por meio de atividades de financiamento e investimento.
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4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Processo Corporativo de Gerenciamento de Riscos
Objetivos e Estratégias
A atividade de gerenciamento dos riscos é altamente estratégica em virtude da crescente
complexidade dos serviços e produtos e da globalização dos negócios da Organização. O
dinamismo dos mercados nos conduz a um constante aprimoramento desta atividade.
A Organização exerce o controle corporativo dos riscos de modo integrado e independente,
preservando e valorizando o ambiente de decisões colegiadas, desenvolvendo e
implementando metodologias, modelos e ferramentas de mensuração e controle. Promove
ainda a atualização dos funcionários em todos os níveis hierárquicos, desde as áreas de
negócios até o Conselho de Administração.
O processo de gerenciamento permite que os riscos sejam proativamente identificados,
mensurados, mitigados, acompanhados e reportados, o que se faz necessário em face da
complexidade dos produtos financeiros e do perfil de atividades da Organização, sendo
constituído pelas seguintes etapas:
Consiste em identif icar os riscos inerentes às atividades da Organização,
IDENTIFICAÇÃO
contemplando a avaliação e classif icação dos negócios, produtos e serviços
sob a ótica de riscos.
Consiste em quantif icar as perdas (esperadas e inesperadas) por meio do uso
MENSURAÇÃO
de metodologias reconhecidas inter nacionalmente, seja sob condições
normais de mercado, seja em situações de estresse. Faz-se uso de
f erramental técnico com patível com a com plexidade das operações, produtos
e serviços existentes.
Representa as medidas tomadas pela Organização para redução dos riscos por
MITIGAÇÃO
meio da adoção de ações que minimizem o impacto no caso de ocorrência de
eventos adversos. Contempla, por exemplo, as atividades de controles
inter nos, a utilização de garantias reais, f iduciárias, hedges, seguro,
transf erência de risco, dentre outras.
A Organização dispõe de diversas atividades com o intuito de garantir o
ACOMPANHAMENTO
adequado comportamento dos riscos, respeitando as políticas e lim ites
def inidos. Abrange tam bém a verif icação da ef etividade dos controles internos
e do correto desenho dos processos e suas atualizações.
Contem pla todas as ações voltadas à divulgação de inf ormações sobre riscos e
REPORTE
controles, ef etuadas tempestivamente, permeando todas as esf eras da
Organização, mercado e órgãos reguladores nacionais e internacionais.
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4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Políticas de Gerenciamento de Riscos e Capital
A Organização dispõe de políticas, normas e procedimentos para realizar o gerenciamento dos
riscos e do capital. Estes instrumentos estabelecem as diretrizes básicas de atuação expressas
pela Alta Administração em consonância com os padrões de integridade e valores éticos da
instituição e alcançam todas as atividades da Organização e empresas ligadas.
As políticas, normas e procedimentos asseguram que a Organização mantenha uma estrutura
de controle compatível com a natureza de suas operações, complexidade dos seus produtos e
serviços, atividades, processos, sistemas e a dimensão de sua exposição aos riscos.
As políticas de gerenciamento de riscos e de capital estão alinhadas aos objetivos estratégicos
da Organização, às melhores práticas nacionais e internacionais, em conformidade com leis e
regulamentos emanados por órgãos supervisores, sendo revisadas no mínimo anualmente pelo
Conselho de Administração e disponibilizadas a todos os funcionários e empresas ligadas por
meio da intranet corporativa.
n Governança Corporativa
n Gestão de Risco de Crédito
n Gestão de Risco de Mercado e Liquidez
n Gestão de Risco Operacional
n Gestão de Risco de Subscrição
Políticas de Gerenciamento de
Riscos e Capital
n Gestão de Continuidade de Negócios
n Contratação e Gestão de Serviços Terceirizados
n Corporativa de Sustentabilidade
n Gestão de Risco de Estratégia
n Gerenciamento de Capital
n Controles Internos e Compliance
Estrutura de Gerenciamento de Riscos e Capital
A estrutura da atividade de gerenciamento de riscos e capital é composta por comitês que
subsidiam o Conselho de Administração, a Presidência e a Diretoria Executiva da Organização
na tomada de decisões estratégicas.
A Organização dispõe de um comitê, denominado Comitê de Gestão Integrada de Riscos e
Alocação de Capital, que tem por atribuição assessorar o Conselho de Administração no
desempenho de suas atribuições na gestão e controle dos riscos e do capital.
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4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Subsidiando esse comitê, existe o Comitê Executivo de Gerenciamento de Capital, e os
Comitês Executivos de Gestão de Riscos de a) Crédito, b) Mercado e Liquidez, c) Operacional e
Socioambiental, d) Grupo Bradesco Seguros e da BSP Empreendimentos Imobiliários e e)
Basileia, existindo ainda o Comitê Executivo de Produtos e Serviços e os Comitês Executivos
das áreas de negócios, que, dentre suas atribuições, sugerem os limites de exposição a seus
respectivos riscos e elaboram planos de mitigação a serem submetidos ao Comitê de Gestão
Integrada de Riscos e Alocação de Capital e ao Conselho de Administração.
Destaca-se nesta estrutura o Departamento de Controle Integrado de Riscos (DCIR), cuja
missão é promover e viabilizar o controle de riscos e a alocação de capital, através de práticas
robustas e da certificação da existência, da execução e da efetividade de controles que
assegurem níveis aceitáveis de riscos nos processos da Organização, de forma independente,
consistente, transparente e integrada. Este Departamento também tem por atribuição atender
as determinações do BCB pertinentes às atividades de gerenciamento de riscos.
ASSEMBLEIA GERAL DE
ACIONISTAS
CONSELHO FISCAL
COMITÊ DE GESTÃO INTEGRADA
DE RISCOS E ALOCAÇÃO DE
CAPITAL
COMITÊS EXECUTIVOS DE GESTÃO
DE RISCOS: CRÉDITO, MERCADO E
LIQUIDEZ E OPERACIONAL E
SOCIOAMBIENTAL
COMITÊ EXECUTIVO DE
GERENCIAMENTO DE CAPITAL
CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO
COMITÊ EXECUTIVO DE BASILEIA
COMITÊ DE CONTROLES INTERNOS
E COMPLIANCE
PRESIDÊNCIA
COMITÊ DE AUDITORIA
COMITÊ EXECUTIVO DE GESTÃO DE
RISCOS DO GRUPO BRADESCO
SEGUROS E DA BSP
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS
COMITÊ EXECUTIVO DAS ÁREAS
DE NEGÓCIO
INSPETORIA GERAL
DIRETORIA EXECUTIVA
COMITÊ EXECUTIVO DE PRODUTOS
E SERVIÇOS
DEPARTAMENTO DE
CONTROLE INTEGRADO DE
RISCOS
RISCO INTEGRADO
RISCO DE CRÉDITO
RISCO DE MERCADO E
LIQUIDEZ
RISCO OPERACIONAL
COMITÊ EXECUTIVO DE
DIVULGAÇÃO
RISCO
SOCIOAMBIENTAL
MODELAGEM DE
RISCOS
CONTROLES
INTERNOS
Governança de Gerenciamento de Riscos e Capital
A Governança Corporativa da Organização conta com a participação de todos os seus níveis
hierárquicos, tendo por finalidade otimizar o desempenho da companhia e proteger as partes
interessadas, bem como facilitar o acesso ao capital, agregar valor à Organização e contribuir
para sua sustentabilidade, envolvendo principalmente aspectos voltados à transparência,
equidade de tratamento e prestação de contas. Este arcabouço atende as diretrizes
estabelecidas pelo Conselho de Administração.
Nesse contexto, o gerenciamento de riscos e capital é realizado por meio de decisões
colegiadas, apoiando-se em comitês específicos. Este processo conta com a participação de
todas as camadas contempladas pelo escopo de Governança Corporativa, que compreende
desde a Alta Administração até as diversas áreas de negócios, operacionais, produtos e
serviços.
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4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Aprova e revisa as estratégias de gerenciamento de riscos, políticas e estruturas de
Conselho de Administração
n gerenciamento dos riscos e do capital, incluindo o apetite e os limites de exposição
por tipos de riscos.
Comitê de Gestão Integrada de Riscos e
Alocação de Capital
n
Valida e submete à aprovação do Conselho de Administração o apetite e limites de
exposição por tipos de riscos;
n
Valida e submete à aprovação do Conselho de Administração as políticas inerentes
ao gerenciamento dos riscos e do capital;
n Garante o cumprimento das políticas de gerenciamento de riscos;
n
Acompanha o perfil de risco, performance , necessidade de capital e suficiência,
exposições versus limites e controle dos riscos.
n Revisa a integridade das demonstrações financeiras;
Comitê de Auditoria
Comitê de Controles Internos e Compliance
n
Recomenda à Diretoria Executiva correção ou aprimoramento de políticas, práticas
e procedimentos identificados no âmbito de suas atribuições.
n
Avalia a efetividade e conformidade do Sistema de Controles Internos da
Organização;
n
Certifica a conformidade de procedimentos com as normas, regulamentos e leis
aplicáveis;
n
Submete ao Conselho de Administração os Relatórios Semestrais de Conformidade
dos Controles Internos de empresas da Organização.
n Certifica o processo de gerenciamento de riscos dos negócios;
Inspetoria Geral
n
Assegura a conformidade com as políticas, normas, padrões, procedimentos e
regulamentações internas e externas;
n Recomenda aprimoramentos no ambiente de controle interno.
n
Provê suporte à Alta Administração na avaliação da divulgação de transações e
informações relevantes relacionadas à Organização;
n
Aprecia os relatórios objetivando assegurar que sejam elaborados conforme
controles e procedimentos definidos para a sua preparação.
Comitê Executivo de Divulgação
Comitês Executivos
Riscos de Mercado e Liquidez
Risco de Crédito
n Garantem o cumprimento das políticas de gestão de riscos;
n Asseguram a efetividade do processo de gerenciamento de riscos;
Aprovam definições, critérios e procedimentos a serem adotados, bem como
n metodologias, modelos e ferramentas voltados ao gerenciamento e mensuração
do risco;
Riscos Operacional e Socioambiental
n
Acompanham e avaliam as informações sobre o nível de exposições a riscos,
consolidado e por dependência;
Riscos do Grupo Bradesco Seguros e da BSP
Empreendimentos Imobiliários
n
Acompanham movimentações
implicações e riscos.
n
Aprova metodologias, definições, critérios e ferramentas voltadas ao processo de
gerenciamento de capital;
Comitê Executivo de Gerenciamento de Capital
e
desenvolvimentos
do
mercado,
avaliando
Avalia e submete à validação do Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação
n de Capital a política, estrutura, papéis e responsabilidades, apetite a riscos, planos
de capital e avaliação de adequação do capital.
Estabelece padrões corporativos para atendimento ao Acordo de Capital de Basileia,
às
normas e para acompanhamento tempestivo de sua implantação.
Comitê Executivo de Basileia
n sendo facilitador das demandas necessárias para adequação da Organização
Comitê Executivo de Produtos e Serviços
n
Avalia se todos os riscos foram apontados e se são aceitáveis, deliberando sobre a
criação, alteração, suspensão ou descontinuidade de produtos e serviços.
n
Delibera sobre propostas de renegociação de dívidas vencidas ou com potencial
risco de perda;
n
Aprova normas, procedimentos, medidas e orientações de caráter corporativo,
relacionados ao assunto de Cobrança e Recuperação de Créditos;
Comitê Executivo de Cobrança e Recuperação
de Créditos
n Define limites de alçadas para aprovação de renegociações de dívidas.
Toma decisões colegiadas sobre consultas de limites ou operações que envolvam
Comitê Executivo de Crédito
n risco de crédito, propostas pelas Dependências e Empresas da Organização
Bradesco.
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4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Define estratégias de atuação na gestão de ativos e passivos baseados na análise
n dos cenários político-econômico, nacional e internacional e de precificação das
operações ativas, passivas e derivativas com clientes da Organização Bradesco;
Comitê Executivo de Tesouraria para a Gestão
de Ativos e Passivos
n Avalia estratégias de atuação na gestão do hedge do patrimônio externo;
Valida e submete à aprovação do Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação
n de Capital as propostas de limites de tolerância à exposição a riscos e regra de
liquidez.
n
Comitê Executivo de Tesouraria
Comitê Executivo de Planejamento Estratégico
Define estratégias de atuação da Tesouraria para a otimização dos resultados,
baseadas na análise dos cenários político-econômico, nacional e internacional;
Valida e submete à aprovação do Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação
as propostas de limites de tolerância à exposição a riscos para
Tesouraria;
n de Capital
n
Acompanha os resultados, comportamentos e riscos da Carteira de Negociação,
dos descasamentos de ativos e passivos e da mesa de clientes.
n
Avalia posicionamentos acerca do risco de estratégia, bem como define ações para
sua mitigação.
Risco de Crédito
O risco de crédito é representado pela possibilidade de ocorrer perdas associadas ao não
cumprimento, pelo tomador ou contraparte, de suas respectivas obrigações financeiras nos
termos pactuados, bem como à desvalorização de contrato de crédito decorrente da
deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às
vantagens concedidas na renegociação, aos custos de recuperação e a outros valores relativos
ao descumprimento de obrigações financeiras da contraparte.
O gerenciamento de risco de crédito da Organização é um processo contínuo e evolutivo de
mapeamento, desenvolvimento, aferição e diagnóstico por meio de modelos, instrumentos e
procedimentos, exige alto grau de disciplina e controle nas análises das operações efetuadas e
preserva a integridade e a independência dos processos.
A Organização controla a exposição ao risco de crédito, que decorre principalmente de
operações de crédito, de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos. Há
também o risco de crédito em obrigações financeiras relacionadas a compromissos de crédito
ou prestação de garantias financeiras.
Com o objetivo de não comprometer a qualidade da carteira são observados todos os aspectos
pertinentes ao processo de concessão de crédito, concentração, exigência de garantias,
prazos, dentre outros.
A Organização exerce continuamente o mapeamento de todas as atividades que podem gerar
exposição ao risco de crédito, com as respectivas classificações quanto à probabilidade e
magnitude, assim como a identificação dos seus gestores, mensuração e planos de mitigação.
Risco de Crédito de Contraparte
O risco de crédito de contraparte, ao qual a Organização está exposta, é representado pela
possibilidade de perda em razão do não cumprimento, por determinada contraparte, das
obrigações relativas à liquidação de operações que envolvam a negociação de ativos
financeiros, incluindo a liquidação de instrumentos financeiros derivativos ou pela deterioração
da qualidade creditícia da contraparte.
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4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
A Organização mantém total controle sobre a posição líquida (diferença entre contratos de
compra e venda) e exposição potencial futura das operações onde existe o risco de
contraparte. Toda exposição ao risco de contraparte faz parte dos limites gerais de crédito
concedidos aos clientes da Organização. Normalmente, as garantias relacionadas a este tipo de
operação são os depósitos de margem que são realizados pela contraparte na própria
Organização ou em outras instituições custodiantes, que também possuem seus riscos de
contraparte devidamente avaliados.
Concessão de Crédito
Sob a responsabilidade do Departamento de Crédito, o processo de concessão apoia-se na
Política de Crédito da Organização primando pela segurança, qualidade e liquidez na aplicação
dos ativos de crédito. Todo este processo é permeado pela governança de gerenciamento de
riscos da Organização e atende às determinações do BCB.
Na constante busca por agilidade e rentabilidade nos negócios, a Organização utiliza
metodologias direcionadas e adequadas em cada segmento em que atua, orientando a
concessão de operações de crédito e a fixação de limites operacionais.
Na avaliação e classificação do risco total do cliente ou grupo econômico são considerados
aspectos quantitativos (indicadores econômicos e financeiros) e qualitativos (dados cadastrais
e comportamentais), ligados à capacidade dos clientes de honrarem os seus compromissos.
Todas as propostas de negócios respeitam as alçadas operacionais existentes na Organização,
contidas nas Normas e Procedimentos de Crédito. Nas agências, a delegação de poder para o
deferimento depende do seu porte, da exposição total do cliente junto à Organização, das
garantias oferecidas, do grau de restrição, bem como da sua classificação de risco de crédito
(score/rating). As propostas de negócio com riscos acima destas alçadas são submetidas para
análise técnica e deferimento do Departamento de Crédito.
O Comitê Executivo de Crédito, por sua vez, tem por objetivo a tomada de decisões, dentro de
sua alçada, sobre consultas de concessão de limites e operações propostas pelas áreas de
negócios, previamente analisadas e com parecer do Departamento de Crédito. De acordo com
o montante financeiro, as propostas de operações/limites deste Comitê poderão ser
submetidas ao Conselho de Administração para deliberação, a depender dos valores
envolvidos.
As propostas de crédito tramitam por um sistema automatizado e parametrizado, com o
propósito de fornecer subsídios imprescindíveis para a análise, concessão e o
acompanhamento dos créditos concedidos, minimizando assim, os riscos inerentes às
operações.
Para a concessão de créditos massificados de varejo, a Organização possui sistemas exclusivos
de Credit e Behavior Scoring, que proporcionam maior agilidade e confiabilidade, além da
padronização de procedimentos no processo de análise e deferimento dos créditos.
Os negócios são diversificados, pulverizados e destinados a indivíduos e empresas que
demonstrem capacidade de pagamento e idoneidade, procurando sempre ampará-los com
garantias condizentes com os riscos assumidos, considerando os montantes, as finalidades e
os prazos dos créditos concedidos.
13
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Mitigação do Risco de Crédito
As perdas potenciais de crédito são mitigadas pela utilização de diversos tipos de garantias
reais, formalizadas por meio de instrumentos jurídicos como alienações fiduciárias, hipotecas,
pela utilização de garantias fidejussórias tais como avais e fianças de terceiros, ou ainda pela
utilização de instrumentos financeiros, como os derivativos de crédito. A avaliação da eficiência
desses instrumentos é realizada considerando o tempo para recuperação e realização do bem
dado em garantia, o seu valor de mercado, o risco de contraparte dos garantidores e a
segurança jurídica dos contratos. Os principais tipos de garantia real são: depósitos a prazo;
aplicações financeiras e títulos e valores mobiliários; imóveis residenciais e comerciais; bens
móveis como veículos, aeronaves, máquinas e equipamentos; incluem-se ainda entre as
garantias reais títulos comerciais como duplicatas, cheques e faturas de cartão de crédito.
Entre os avais e fianças destacam-se as garantias bancárias e cartas de crédito.
Os derivativos de crédito são contratos bilaterais no qual uma das contrapartes compra
proteção contra um risco de crédito de um determinado instrumento financeiro e seu risco é
transferido para a contraparte vendedora da proteção. Normalmente, esta recebe uma
remuneração linear ao longo da vigência da operação. No caso de descumprimento do tomador
(default), a contraparte que comprou a proteção receberá um pagamento, cujo objetivo é
compensar a perda de valor no instrumento financeiro. Nesse caso, a contraparte vendedora
recebe o ativo subjacente em troca do referido pagamento.
Classificação de Risco de Crédito
A metodologia de avaliação de risco de crédito, além de fornecer subsídios ao estabelecimento
de parâmetros mínimos para concessão de crédito e gerenciamento de riscos, possibilita a
definição de Normas e Procedimentos de Crédito diferenciados em função das características e
do porte do cliente. Com isto, oferece embasamento tanto para a correta precificação das
operações, quanto para a definição de garantias adequadas a cada situação.
A metodologia aplicada segue também os requisitos estabelecidos pela Resolução n° 4.327 do
Conselho Monetário Nacional (CMN) e inclui as análises de risco socioambiental em projetos,
que buscam avaliar o cumprimento da legislação pertinente por parte dos clientes, bem como
atender aos “Princípios do Equador”, conjunto de regras que estabelecem critérios mínimos
socioambientais que devem ser atendidos para a concessão de crédito.
Em consonância com o compromisso de constante aperfeiçoamento metodológico, a
classificação de risco de crédito dos grupos econômicos/clientes da Organização contempla
uma escala de dezessete níveis, dos quais treze representam as operações de curso normal,
proporcionando inclusive, maior aderência aos requisitos previstos no Acordo de Capital de
Basileia.
As classificações de risco para grupos econômicos (pessoas jurídicas) fundamentam-se em
procedimentos estatísticos e julgamentais parametrizados, informações quantitativas e
qualitativas. As classificações são efetuadas de modo corporativo e acompanhadas
periodicamente com o objetivo de preservar a qualidade da carteira de crédito.
Para as pessoas físicas, em geral, as classificações de risco baseiam-se em variáveis
cadastrais, tais como renda, patrimônio, restrições e endividamento, além do histórico de
relacionamento com a Organização, valendo-se também de modelos estatísticos de avaliação
de crédito.
14
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Ficam mantidos os critérios estabelecidos pela Resolução nº 2.682 do CMN para a constituição
das provisões cabíveis, conforme equivalência de ratings demonstrada no quadro a seguir:
Classificação Interna
Classificação da Resolução
nº 2.682 do CMN
AA1
AA2
AA
AA3
A1
A2
A
A3
B1
B2
B
B3
C1
C2
C
C3
D
D
E
E
F
F
G
G
H
H
Processo de Gerenciamento do Risco de Crédito
O processo de gerenciamento do risco de crédito é realizado de maneira corporativa. Este
processo envolve diversas áreas, com atribuições específicas, garantindo uma estrutura
eficiente, sendo que a mensuração e controle do risco de crédito são realizados de maneira
centralizada e independente.
A área de monitoramento de risco de crédito participa ativamente do processo de melhoria de
modelos de classificação de riscos de clientes, realizando o acompanhamento de grandes riscos
por meio do monitoramento periódico dos principais eventos de inadimplência, nível de
provisionamento frente às perdas esperadas e inesperadas.
Esta área atua continuamente na revisão dos processos internos, inclusive papéis e
responsabilidades, capacitação e demandas de tecnologia da informação, bem como na revisão
periódica do processo de avaliação de riscos visando à incorporação de novas práticas e
metodologias.
Controle e Acompanhamento
O risco de crédito da Organização tem seu controle e acompanhamento corporativo feito
área de risco de crédito do DCIR. O Departamento assessora o Comitê Executivo de Gestão
Risco de Crédito, onde são discutidas e formalizadas as metodologias para mensuração
risco de crédito. Os temas de relevância debatidos neste Comitê são reportados ao Comitê
Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital, que está subordinado ao Conselho
Administração.
na
de
do
de
de
Além do comitê, a área promove reuniões mensais com todos os executivos e diretores de
produtos e segmentos, com o objetivo de posicioná-los quanto à evolução da carteira de
crédito, inadimplência, adequação das provisões para créditos de liquidação duvidosa,
15
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
recuperações de crédito, perdas bruta e líquida, limites e concentrações de carteiras, dentre
outros. Essas informações também são reportadas mensalmente ao Comitê de Auditoria.
A área acompanha ainda todo e qualquer evento, interno ou externo, que possa trazer impacto
significativo ao risco de crédito da Organização, tais como: fusões, falências, quebra de safra,
além de monitorar os setores de atividade econômica onde a empresa tem as exposições mais
representativas.
Tanto o processo de governança como os limites existentes são validados pelo Comitê de
Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital e submetidos para aprovação do Conselho de
Administração, que são revisados ao menos uma vez por ano.
Comunicação Interna
O risco de crédito é monitorado diariamente visando manter os níveis de risco em
conformidade com os limites estabelecidos pela Organização. Relatórios gerenciais de controle
de risco são disponibilizados para todas as alçadas, desde as agências até a Alta
Administração.
Com o objetivo principal de sinalizar situações de risco que possam impactar na liquidez dos
créditos concedidos aos clientes, a área de monitoramento de risco de crédito fornece
diariamente informações por meio de um sistema corporativo às agências, segmentos de
negócios e áreas de concessão de crédito e recuperação de crédito. Este sistema apresenta
informações dinâmicas da carteira de crédito e cadastrais, além de proporcionar a comparação
entre as informações anteriores e as atuais, destacando pontos que deverão ser analisados de
maneira mais profunda pelos gestores.
A Organização também dispõe de um sistema corporativo de indicadores de risco de crédito,
onde são disponibilizadas para as áreas de concessão de crédito, recuperação de crédito,
diretorias de segmento, gerências regionais e agências as informações de ativo por segmento,
produto, região, classificação de risco, inadimplência, perda esperada e inesperada, dentre
outras. Este sistema possibilita a visualização das informações desde um nível macro até o
nível mais detalhado, permitindo chegar à visão de uma operação de crédito específica.
A visualização e entrega das informações é feita por meio de relatórios, sendo possível a
realização de pesquisas em diversos níveis, tais como segmentos de negócios, diretorias,
gerências, regiões, produtos, funcionários e clientes, e sob vários aspectos (ativo,
inadimplência, provisão, write-off, graus de restrição, participação de garantias reais,
qualidade da carteira por tipo de rating, entre outros).
Exposição ao Risco de Crédito
A exposição total de ativos para fins de apuração da necessidade de capital, sob a ótica do
Conglomerado Prudencial, atingiu R$ 1,2 trilhão em dezembro de 2015.
As operações com característica de risco de crédito, compostas principalmente por operações
de crédito varejo e não varejo, garantias prestadas e limites de crédito atingiram R$ 487,2
bilhões (39,7% do total), as operações com TVM, compostas por operações compromissadas,
derivativos, cotas de fundos de investimentos, mercado a liquidar, tesouraria internacional,
inclusive operações com títulos públicos federais, atingiram R$ 596,4 bilhões (48,5% do total)
e os outros ativos atingiram R$ 145,0 bilhões (11,8% do total).
16
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
As exposições de ativos com risco de crédito estão detalhadas nos quadros, conforme segue:
Por Tipo de Exposição, País e Região
R$ milhões
dez/15
%
set/15
%
Por Tipo de Exposição
Operações de C rédito - Não Varejo
156.046
12,7
155.630
12,0
Operações de C rédito - Varejo
171.497
14,0
170.941
13,2
61.180
5,0
74.256
5,7
Garantias Prestadas
C ompromissos de C rédito
98.453
8,0
98.962
7,6
Operação com TVM
596.410
48,5
646.589
49,9
Outros Ativos 1
145.011
11,8
150.622
11,6
Mercado Externo
71.648
5,8
77.494
6,0
Mercado Interno
1.156.950
94,2
1.219.507
94,0
986.957
85,3
1.045.225
85,7
Sul
63.302
5,5
66.051
5,4
Norte
17.393
1,5
17.434
1,4
Nordeste
58.877
5,1
59.798
4,9
C entro Oeste
30.421
2,6
30.999
2,5
Por País
Por Região (Mercado Interno)
Sudeste
Total de Exposição
1.228.597
1.297.001
Média do Trimestre
1.227.454
1.298.794
(1) Outros Ativos referem-se a Créditos Tributários, Adiantamentos Concedidos, dentre outros.
17
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Por Setor Econômico
A seguir demonstramos a evolução das principais exposições ao risco de crédito, por setor
econômico:
R$ milhões
Setor Econômico
Indústria
Alimentícia e bebidas
Artefatos de couro
dez/15
%
set/15
%
107.216
8,7
114.497
8,8
19.729
1,6
20.947
1,6
934
0,1
885
0,1
Artigos de borracha e plásticos
3.214
0,3
3.284
0,3
Autopeças e acessórios
2.366
0,2
2.671
0,2
Demais indústrias
6.326
0,5
6.211
0,5
Edição, impressão e reprodução
1.360
0,1
1.466
0,1
Eletroeletrônica
1.488
0,1
1.519
0,1
Extração de minerais metálicos e não metálicos
5.997
0,5
6.876
0,5
Materiais não metálicos
6.173
0,5
6.435
0,5
Móveis e produtos de madeira
2.179
0,2
2.254
0,2
Papel e celulose
5.189
0,4
5.432
0,4
Química
8.103
0,7
8.608
0,7
Refino de petróleo e produção de álcool
13.062
1,1
14.752
1,1
Siderúrgica, metalúrgica e mecânica
14.430
1,2
15.941
1,2
3.039
0,2
3.426
0,3
13.627
1,1
13.791
1,1
Têxtil e confecções
Veículos leves e pesados
Comércio
52.274
4,3
55.898
4,3
Artigos de uso pessoal e doméstico
2.615
0,2
2.897
0,2
Atacadista de mercadorias em geral
1.255
0,1
1.368
0,1
C ombustíveis
1.956
0,2
1.958
0,2
Demais comércios
5.464
0,4
5.657
0,4
Intermediário do comércio
1.130
0,1
957
0,1
Produtos agropecuários
2.072
0,2
2.347
0,2
Produtos alimentícios, bebidas e fumo
5.427
0,4
5.767
0,4
Produtos em lojas especializadas
9.156
0,7
9.618
0,7
Reparação, peças e acessórios para veículos automotores
2.787
0,2
2.869
0,2
Resíduos e sucatas
4.593
0,4
5.216
0,4
Varejista não especializado
8.804
0,7
9.511
0,7
Veículos automotores
3.313
0,3
3.517
0,3
Vestuário e calçados
3.703
0,3
4.215
0,3
492.058
40,1
526.613
40,6
Alojamento e alimentação
3.181
0,3
3.242
0,2
Atividades associativas, recreativas, culturais e desportivas
7.269
0,6
7.687
0,6
18.878
1,5
19.237
1,5
Serviços
Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas
C onstrução civil
37.792
3,1
38.764
3,0
Demais serviços
283.417
23,1
333.748
25,7
Holdings, atividades jurídicas, contábeis e assessoria empresarial
17.895
1,5
17.987
1,4
Produção e distribuição de eletricidade, gás e água
15.115
1,2
14.919
1,2
Serviços sociais, educação, saúde, defesa e seguridade social
78.089
6,4
57.713
4,4
6.585
0,5
8.142
0,6
Telecomunicações
Transportes e armazenagens
Intermediários financeiros
Agricultura, pecuária, pesca, silvicultura e exploração florestal
Pessoa física
23.837
1,9
25.175
1,9
48.658
4,0
37.652
2,9
3.286
0,3
3.614
0,3
206.458
16,8
203.606
15,7
Demais Exposições
318.649
25,9
355.120
27,4
Total de Exposição
1.228.597
100,0
1.297.001
100,0
18
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Operações com Característica de Concessão de Crédito
Nos próximos quatro quadros e gráfico apresentamos informações pertinentes à carteira de
crédito (conceito definido pelo BCB), incluindo exposição dos limites de cartão de crédito na
pessoa física.
Por Modalidade e Setor de Atividade
R$ milhões
dez/15
set/15
Setor Público
Estadual
Setor Privado
Federal
Agricultura
Comércio
Intermediários
Financeiros
Indústria
Total
Pessoa
Física
Serviços
Total
C rédito Rural
-
-
895
1.621
2.086
135
667
8.215
13.619
14.304
Repasses BNDES/Finame
-
-
767
4.149
8.645
0,03
17.568
7.029
38.158
37.377
Importação e Exportação
-
5.418
853
4.219
33.062
151
5.504
-
49.207
51.071
C apital de Giro, Desconto de Títulos e C onta Garantida
-
-
385
22.649
15.359
1.788
42.345
-
82.526
84.000
Outros
9
4.824
274
8.531
5.989
2.179
30.581
146.840
199.227
195.742
Total
9
10.242
3.174
41.168
65.141
4.253
96.666
162.084
382.737
382.495
Obs.: Na Pessoa Física, inclui a exposição de limites na modalidade Cartão de Crédito.
Por Modalidade e Região Geográfica
R$ milhões
dez/15
set/15
Mercado Interno
Sudeste
Pessoa Física
Sul
Norte
Nordeste
Centro Oeste
112.105
13.903
5.848
17.367
11.141
3.237
2.060
348
293
2.278
Financiamento Imobiliário
14.278
2.656
760
2.980
C rédito Pessoal (inclui C onsignado)
32.757
2.917
2.646
C DC /Leasing de Veículos
18.882
939
345
C artão de C rédito
36.237
2.166
Repasses BNDES/Finame
2.033
Outros
Total
Total
161.135
-
8.215
8.466
8.717
1.682
-
22.356
21.523
20.690
9.029
2.406
-
49.756
49.657
49.558
898
625
-
21.689
22.086
22.483
953
2.606
1.341
846
44.149
43.187
42.226
2.077
352
478
2.090
-
7.029
7.064
7.098
4.681
1.089
444
1.083
719
874
8.890
9.152
9.414
121.814
24.331
4.375
12.865
8.814
48.453
220.652
221.481
222.309
C rédito Rural
1.720
Média do
Trimeste
162.084
C rédito Rural
Pessoa Jurídica
Mercado
Externo
160.186
2.897
2.157
7
195
147
-
5.404
5.496
5.588
Repasses BNDES/Finame
19.056
7.226
838
2.060
1.949
-
31.129
30.704
30.279
Importação e Exportação
20.526
2.602
122
508
106
25.342
49.207
50.139
51.071
C apital de Giro, Desconto de Títulos e C onta Garantida
39.299
8.008
2.174
5.758
4.179
23.107
82.526
83.263
84.000
Outros
40.035
4.338
1.233
4.344
2.433
5
52.387
51.879
51.371
233.920
38.234
10.223
30.233
19.955
50.173
382.737
382.616
382.495
Total
Obs.: Na Pessoa Física, inclui a exposição de limites na modalidade Cartão de Crédito.
Por Prazo Remanescente do Contrato e Modalidade
R$ milhões
dez/15
set/15
Contratos com Prazos a Decorrer
Até 6 meses
Pessoa Física
Acima de 6 meses
até 1 ano
Acima de 1 ano
até 5 anos
Acima de 5 anos
Total
Total
42.972
22.362
54.579
42.171
162.084
1.815
4.696
1.614
90
8.215
8.717
74
22
601
21.659
22.356
20.690
3.605
2.982
25.619
17.549
49.756
49.558
649
1.843
19.109
88
21.689
22.483
31.155
12.189
803
1
44.149
42.226
160
126
4.160
2.583
7.029
7.098
5.514
503
2.673
201
8.890
9.414
58.923
20.119
106.412
35.198
220.652
222.309
C rédito Rural
1.214
1.489
2.517
185
5.404
5.588
Repasses BNDES/Finame
1.781
1.212
17.668
10.468
31.129
30.279
Importação e Exportação
17.671
4.502
21.846
5.188
49.207
51.071
C apital de Giro, Desconto de Títulos e C onta Garantida
30.297
10.666
37.796
3.766
82.526
84.000
7.961
2.250
26.584
15.591
52.387
51.371
101.896
42.480
160.992
77.369
382.737
382.495
C rédito Rural
Financiamento Imobiliário
C rédito Pessoal (inclui C onsignado)
C DC /Leasing de Veículos
C artão de C rédito
Repasses BNDES/Finame
Outros
Pessoa Jurídica
Outros
Total
160.186
Obs.: Na Pessoa Física, inclui a exposição de limites na modalidade Cartão de Crédito.
19
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Por Faixa de Atraso e Setor de Atividade e Região Geográfica
R$ milhões
dez/15
Atraso entre
15 e 60 dias
Atraso entre
61 e 90 dias
set/15
Atraso entre
91 e 180 dias
Atraso entre
181 e 360 dias
Atraso acima
de 360 dias
Total
Total
Setor
Setor Público
-
-
Estadual
-
-
-
-
-
-
-
Federal
-
-
-
-
-
-
-
3.342
6.609
7.887
29.736
28.950
Setor Privado
Agricultura
-
-
11.498
-
-
-
400
62
14
41
94
1
213
204
C omércio
1.298
477
978
1.310
56
4.120
3.932
Indústria
1.148
374
483
752
136
2.892
2.974
2
1
4
4
30
42
42
2.491
659
1.519
1.271
91
6.030
5.569
Intermediários Financeiros
Serviços
Pessoa Física
Total Geral
% Total
Mercado Interno
6.497
1.816
3.583
4.457
86
16.439
16.229
11.498
3.342
6.609
7.887
400
29.736
28.950
38,7
11,2
22,2
26,5
1,3
100,0
100,0
11.124
3.231
6.430
7.700
231
28.716
28.028
Sudeste
7.165
2.142
4.181
5.002
155
18.645
18.238
Sul
1.332
368
777
943
31
3.451
3.509
481
159
301
350
10
1.302
1.285
1.209
334
699
867
22
3.130
3.003
937
228
472
538
13
2.188
1.993
374
111
179
187
168
1.020
921
11.498
3.342
6.609
7.887
400
29.736
28.950
Norte
Nordeste
C entro Oeste
Mercado Externo
Total Geral
Por Tomador
21,2
Em %
18,0
17,2
23,7
24,0
19,4
19,7
13,7
13,4
9,7
9,2
3,0
3,2
2,8
jun/15
set/15
dez/15
22,2
18,2
14,3
10,1
6,9
11,6
7,7
2,0
2,1
dez/14
mar/15
100 maiores
50 maiores
12,6
8,7
20 maiores
10 maiores
maior devedor
20
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Movimentação da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
Apresentamos a movimentação das provisões para créditos de liquidação duvidosa no
trimestre, incluindo o fluxo das operações baixadas para prejuízo da carteira de crédito
(conceito definido pelo BCB):
R$ milhões
Setor Público
Estadual
Saldo Inicial - Provisão em set/2015
Federal
Comércio
Intermediários
Financeiros
Indústria
Serviços
Pessoa Física
TOTAL
225
3.973
3.877
56
7.299
12.521
37
716
390
4
1.005
2.647
4.799
Baixas para Prejuízo
(14)
(528)
(883)
(1.941)
(3.947)
-
-
Agricultura
C onstituição Líquida
Saldo Final - Provisão em dez/2015
-
Setor Privado
-
249
4.161
(0,001)
3.384
(581)
60
7.723
13.227
27.951
28.804
Obs.: Em 31 de dezembro de 2015, existe adicionalmente provisão para garantias prestadas, englobando avais, fianças, cartas de
crédito e standby letter of credit, a qual não foi contemplada no saldo de provisão apresentado acima, no montante R$ 694.184 mil
(setembro de 2015 - R$ 715.517 mil).
Cessões de Crédito e Operações com Títulos e Valores Mobiliários
(TVM) oriundos de processo de Securitização
A cessão de crédito é um acordo bilateral pelo qual uma instituição financeira transfere à outra
seus direitos de recebimento. A Organização utiliza estas operações na busca de oportunidades
no mercado financeiro. Os instrumentos mais utilizados são as cessões de crédito de operações
de financiamentos imobiliários, realizados com securitizadoras e as cessões de crédito para
Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs), que geram uma alternativa de
captação de recursos junto a investidores.
Operações de aquisição, venda ou transferência de ativos financeiros
A seguir apresentamos as informações relativas às operações de aquisição, venda ou
transferência de ativos financeiros e de securitização:
R$ milhões
dez/15
Operações cedidas com coobrigação registradas em contas de compensação
Exposições cedidas com retenção substancial dos riscos e benefícios - Por tipo de
cessionário
set/15
1.356
1.452
10.656
10.480
FIDC
-
-
Securitizadoras
-
-
Instituições Financeiras
-
-
Sociedade de Propósito Específico
7.852
7.793
Outros1
2.804
2.687
(1) Cessões de acordo com os requisitos estabelecidos na Resolução nº 2.238 do CMN.
R$ milhões
Exposições cedidas nos últimos 12 meses que tenham sido
honradas ou recompradas
dez/15 a
out/15
74
set/15 a
jul/15
32
jun/15 a
abr/15
27
mar/15 a
jan/15
20
21
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
R$ milhões
Exposições adquiridas - com retenção de risco 2
dez/15
Por Tipo de exposição
set/15
7.602
6.489
1.315
1.312
C apital de Giro
C DC Veículos
-
C rédito C onsignado
3.049
2.512
312
133
C artão de C rédito
C rédito Imobiliário
-
Finame
-
Leasing
16,7
Recebíveis Diversos
1,4
2.910
2.531
Por Tipo de cedente
7.602
6.489
Instituições Financeiras
4.363
3.825
Empresas
3.239
2.664
Exposições adquiridas - sem retenção de risco 3
dez/15
Por Tipo de exposição
set/15
1.985
C apital de Giro
2.056
-
-
1.790
1.908
C rédito C onsignado
25
38
C artão de C rédito
75
50
C rédito Imobiliário
12
15
C DC Veículos
Finame
-
-
Leasing
-
-
Recebíveis Diversos
83
45
Por Tipo de cedente
1.985
2.056
Instituições Financeiras
1.815
1.946
170
110
Empresas
(2) Com retenção de risco: operações em que o vendedor ou cedente retém todos ou substancialmente os riscos e transfere os
benefícios de propriedade do ativo financeiro objeto da operação (Resolução nº 3.533 do CMN).
(3) Sem retenção de risco: operações em que o vendedor ou cedente transfere todos ou substancialmente os riscos e benefícios de
propriedade do ativo financeiro objeto da operação (Resolução nº 3.533 do CMN).
A seguir apresentamos as informações relativas às operações próprias cedidas às Sociedades
de Propósito Específico com retenção substancial dos riscos e benefícios:
R$ milhões
Exposições securitizadas - Tipo de ativo subjacente
C rédito Imobiliário
C rédito Rural
1
dez/15
set/15
10.656
10.480
7.852
7.793
2.804
2.687
(1) Atendimento aos requisitos da Resolução nº 2.238 do CMN.
22
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
A seguir demonstramos o total das exposições de securitização compostas por investimentos
em títulos e valores mobiliários:
R$ milhões
Tipo de securitização
dez/15
Securitização Tradicional
1
Tipo de título de securitização
FIDC - Sem subordinação
● Recebíveis Diversos
3
4
C RI - Sem subordinação
● C redito Imobiliário
2
3
4
set/15
8.559
8.517
8.559
8.517
1.398
1.198
1.398
1.198
7.161
7.319
7.161
7.319
(1) Securitização tradicional é o processo em que o fluxo de recebimentos associado a um conjunto de ativos subjacentes é utiliza do
para a remuneração de títulos de securitização.
(2) Títulos ou valores mobiliários oriundos de processo de securitização (FIDC e CRI).
(3) Classe do título ou valor mobiliário, no que se refere à subordinação dessa às demais, para efeito de resgate: sem subordinação.
(4) Tipo de ativo subjacente que lastreia a emissão: fluxo de recebíveis dos clientes, aluguéis, contratos de compra e venda entre as
partes, contratos de financiamento de apartamentos, casas e lotes.
Exposição ao Risco de Crédito de Contraparte
Apresentamos a seguir o valor nocional dos contratos sujeitos ao risco de crédito de
contraparte a serem liquidados em câmaras de compensação e de liquidação, nos quais a
câmara atue como contraparte central e os valores relativos a contratos em que não haja
atuação das câmaras de compensação como contraparte central, segregados em contratos
sem garantia e contratos com garantia:
R$ milhões
Contratos em que a Câmara:
dez/15
set/15
Atue como contraparte central
341.892
350.556
Não atue como contraparte central - com garantia
180.892
314.921
Não atue como contraparte central - sem garantia
141.720
33.123
Apresentamos a seguir o valor positivo bruto das garantias reais (colaterais) recebidas em
operações sujeitas ao risco de crédito:
R$ milhões
dez/15
Valores de garantias
set/15
214.452
348.408
A seguir demonstramos a exposição global líquida a risco de crédito de contraparte:
R$ milhões
dez/15
Exposição Global Líquida
set/15
19.014
17.192
23
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
A seguir o valor nocional de derivativos de crédito mantidos na carteira:
R$ milhões
dez/15
set/15
Risco Transferido
C redit Default Swap (C DS)
-
1.506
Risco Recebido
C redit Default Swap (C DS)
137
Total
139
137
1.645
Apresentamos a seguir o valor positivo bruto das garantias reais (colaterais) recebidas em
operações sujeitas ao risco de crédito de contraparte:
R$ milhões
dez/15
Valor positivo bruto das garantias reais
set/15
180.892
314.921
Instrumentos Mitigadores
Para fins de apuração da necessidade de capital de risco de crédito, apresentamos abaixo o
valor total mitigado pelos instrumentos definidos nos artigos 36° a 39° da Circular nº 3.644 do
BCB, segmentado por tipo de mitigador e por FPR:
R$ milhões
Tipo de Mitigador
Fator de Ponderação de Risco do
Mitigador
Depósito à vista, depósitos a prazo, depósitos de
poupança, em ouro ou em títulos públicos federais
0%
Garantia Instituições Financeiras
50%
dez/15
set/15
182.105
316.756
32.347
31.651
Risco de Mercado
O risco de mercado é representado pela possibilidade de perda financeira por oscilação de
preços e taxas de juros dos instrumentos financeiros da Organização, uma vez que suas
operações ativas e passivas podem apresentar descasamentos de prazos, moedas e
indexadores.
Este risco é identificado, mensurado, mitigado, controlado e reportado. O perfil de exposição a
risco de mercado da Organização está alinhado às diretrizes estabelecidas pelo processo de
governança, com limites monitorados tempestivamente de maneira independente.
Todas as operações que expõem a Organização a risco de mercado são mapeadas,
mensuradas e classificadas quanto à probabilidade e magnitude, sendo todo o processo
aprovado pela estrutura de governança.
O processo de gerenciamento de riscos conta com a participação de todas as camadas
hierárquicas da Organização, que abrange desde as áreas de negócios até o Conselho de
Administração.
Em consonância com as melhores práticas de Governança Corporativa, tendo por objetivo
preservar e fortalecer a administração do risco de mercado na Organização, bem como atender
aos dispositivos da Resolução nº 3.464 do CMN, o Conselho de Administração aprovou a
Política de Gestão de Riscos de Mercado e Liquidez, cuja revisão é realizada no mínimo
24
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
anualmente pelos Comitês competentes e pelo próprio Conselho de Administração, fornecendo
as principais diretrizes de atuação para aceitação, controle e gerenciamento dos riscos de
mercado e de liquidez. Além desta política, a Organização dispõe de normas específicas para
regulamentar o processo de gerenciamento de risco de mercado, conforme segue:





Classificação das Operações;
Reclassificação das Operações;
Negociação de Títulos Públicos ou Privados;
Utilização de Derivativos;
Hedge.
Processo de Gerenciamento do Risco de Mercado
O processo de gerenciamento do risco de mercado é realizado de maneira corporativa. Este
processo envolve diversas áreas, com atribuições específicas, garantindo uma estrutura
eficiente, sendo que a mensuração e controle do risco de mercado são realizados de maneira
centralizada e independente. Este processo permitiu à Organização ser a primeira instituição
financeira no país autorizada pelo BCB a utilizar, desde janeiro de 2013, seus modelos internos
de risco de mercado para a apuração da necessidade do capital regulamentar. O processo de
gerenciamento, aprovado pelo Conselho de Administração, é também revisado no mínimo
anualmente pelos Comitês e pelo próprio Conselho de Administração.
Definição de Limites
As propostas de limites de risco de mercado são validadas em Comitês específicos,
referendadas pelo Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital, e submetidas à
aprovação do Conselho de Administração, conforme as características dos negócios, que são
segregados nas seguintes carteiras:
Carteira Trading: composta por todas as operações realizadas com instrumentos financeiros,
inclusive derivativos, detidas com intenção de negociação ou destinadas a hedge de outros
instrumentos da própria carteira, e que não estejam sujeitas à limitação da sua
negociabilidade. As operações detidas com intenção de negociação são aquelas destinadas à
revenda, obtenção de benefícios a partir de variação de preços efetivos ou esperados, ou
realização de arbitragem.
A Carteira Trading é monitorada pelos limites de:




Value at Risk (VaR);
Estresse;
Resultado;
Exposição Financeira / Concentração.
Carteira Banking: composta por operações não classificadas na Carteira Trading, provenientes
dos demais negócios da Organização e seus respectivos hedges.
Para a Carteira Banking é monitorado o limite de:
 Risco de Taxa de Juros.
25
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Modelos de Mensuração do Risco de Mercado
A mensuração e o controle do risco de mercado são feitos por meio de metodologias de
Estresse, VaR, Economic Value of Equity (EVE) e Análise de Sensibilidade, além de limites de
Gestão de Resultados e de Exposição Financeira. O uso de diversas metodologias para a
mensuração e avaliação dos riscos é importante, pois elas são sempre complementares e seu
uso combinado permite a captura de diversos cenários e situações.
Carteiras Trading e Regulatória
Os riscos da Carteira Trading são controlados por Estresse e VaR. No caso do Estresse, que
tem o objetivo de quantificar o impacto negativo de choques e eventos econômicos que sejam
desfavoráveis financeiramente às posições da Organização, a análise utiliza cenários de
estresse elaborados pela área de Risco de Mercado e pela área Econômica da Organização a
partir de dados históricos e prospectivos para os fatores de risco em que a Organização esteja
posicionada.
Para a apuração do VaR é adotada a metodologia Delta-Normal, com nível de confiança de
99%, sendo que o horizonte aplicado leva em consideração o número de dias necessários para
se desfazer das exposições existentes. A metodologia é aplicada às Carteiras Trading e
Regulatória (posições da Carteira Trading mais exposição em moeda estrangeira e
commodities da Carteira Banking). Cabe destacar que para a mensuração de todos os fatores
de risco da carteira de opções são aplicados os modelos de simulação histórica e Delta-GamaVega, prevalecendo o mais conservador entre os dois. Para apuração das volatilidades,
correlações e retornos históricos é adotada uma janela mínima de 252 dias úteis.
Para fins regulatórios, a necessidade de capital referente às ações da Carteira Banking é
realizada por meio da avaliação do risco de crédito, conforme determinação do BCB, ou seja,
não estão contempladas no cálculo de risco de mercado.
Risco de Taxa de Juros da Carteira Banking
A mensuração e o controle do risco de taxa de juros da Carteira Banking são feitos a partir da
metodologia EVE, que mede o impacto econômico sobre as posições, de acordo com os
cenários elaborados pela área Econômica da Organização. Estes cenários buscam determinar
movimentos positivos e negativos que possam ocorrer nas curvas de taxas de juros e
consequentemente afetar nossas aplicações e captações.
A metodologia EVE consiste em re-apreçar a carteira sujeita à variação de taxas de juros
levando-se em consideração aumentos ou decréscimos nas taxas utilizadas para a apuração do
valor presente e o prazo total dos ativos e passivos. Assim, apura-se o valor econômico da
carteira tanto com as taxas de juros de mercado na data da análise como com os cenários
projetados para o horizonte de um ano. A diferença entre os valores obtidos para a carteira
será o EVE, ou seja, o risco de taxa de juros atribuído à Carteira Banking.
Para a mensuração do risco de taxa de juros da Carteira Banking não é utilizada a premissa de
liquidação antecipada de empréstimos, pois essa situação não é representativa diante do
volume total de operações. Para os depósitos à vista e de poupança, que não possuem
vencimento definido, são realizados tratamentos para verificação dos seus comportamentos
históricos, bem como a possibilidade de manutenção dos mesmos. Dessa forma, após todas as
deduções que incidem sobre os depósitos à vista e de poupança, por exemplo, o compulsório
26
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
mantido junto ao BCB, o saldo remanescente (recursos livres) é considerado de acordo com os
fluxos de vencimentos das operações ativas prefixadas.
Apreçamento de Instrumentos Financeiros
Com o intuito de adotar as melhores práticas de mercado relacionadas à apuração do valor de
mercado dos instrumentos financeiros, o Comitê Executivo de Gestão de Riscos de Mercado e
Liquidez (CEGRIMEL) instituiu a Comissão de Marcação a Mercado (CMM), que é responsável
pela aprovação ou encaminhamento ao CEGRIMEL dos modelos de marcação a mercado. A
CMM é formada por representantes das áreas de negócios, back-offices e riscos, cabendo à
área de riscos a coordenação da Comissão e a submissão dos assuntos avaliados ao CEGRIMEL
para reporte ou aprovação, conforme o caso.
Sempre que possível adotam-se preços e taxas das Bolsas de Valores, Mercadorias e Futuros e
Mercados Secundários. Na impossibilidade de encontrar tais referências de mercado, são
utilizados preços disponibilizados por outras fontes (por exemplo: Bloomberg, Reuters e
Corretoras). Como última opção, são adotados modelos proprietários para apreçamento dos
instrumentos, que também seguem o mesmo procedimento de aprovação da CMM e são
submetidos aos processos de validação e avaliação da Organização.
Os critérios de marcação a mercado são revisados periodicamente, conforme processo de
governança, podendo sofrer modificações em decorrência de alterações nas condições de
mercado, da criação de novas classes de instrumentos, do estabelecimento de novas fontes de
dados ou do desenvolvimento de modelos considerados mais adequados.
Os instrumentos financeiros para serem incluídos na Carteira Trading devem ser aprovados no
Comitê Executivo de Tesouraria ou de Produtos e Serviços e ter os seus critérios de
apreçamento definidos pela CMM.
A Organização adota os seguintes princípios para o processo de marcação a mercado:
 Comprometimento: a Organização empenha-se em garantir que os preços utilizados
reflitam o valor de mercado das operações. Na ausência de fonte de informações, o
Bradesco pratica os melhores esforços para estimar o valor de mercado dos instrumentos
financeiros;
 Frequência: os critérios de marcação a mercado formalizados são aplicados diariamente;
 Formalismo: a CMM é responsável por assegurar a qualidade metodológica e a
formalização dos critérios de marcação a mercado;
 Consistência: o processo de coleta e aplicação dos preços é realizado de maneira
consistente, garantindo sua uniformidade na Organização;
 Transparência: assegurar que a metodologia seja acessível às áreas de Auditoria Interna
e Externa, Validação Independente de Modelos e Órgãos Reguladores.
Em dezembro de 2014, o CMN publicou a Resolução nº 4.389, que altera a Resolução nº 4.277
de 2013. Estas resoluções estabelecem procedimentos mínimos a serem observados no
processo de apreçamento de instrumentos financeiros avaliados pelo valor de mercado e
diretrizes para aplicação de ajustes prudenciais para tais instrumentos. Conforme
procedimentos destacados nos parágrafos anteriores, o Bradesco já está alinhado às diretrizes
dessas resoluções inclusive com a aplicação dos devidos ajustes prudenciais promovidos pela
regulação.
27
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Validação Independente de Modelos de Riscos
O Bradesco utiliza modelos para gerir e mensurar riscos e capital, desenvolvidos a partir de
teorias estatísticas, econômicas, financeiras, matemáticas ou conhecimento de especialistas,
que apoiam e facilitam a estruturação de assuntos críticos e propiciam padronização e
agilidade das decisões.
Para identificar, mitigar e controlar os riscos dos modelos, representados por potenciais
consequências adversas oriundas de decisões baseadas em modelos incorretos ou obsoletos,
há o processo de validação independente, cujo principal objetivo é verificar se os modelos
funcionam conforme os objetivos previstos, assim como se seus resultados estão adequados
para os usos aos quais se destinam. Essa validação ocorre mediante a aplicação de um
rigoroso programa de provas, que abordam aspectos de adequação dos processos, governança
e construção dos modelos e suas premissas, sendo os resultados reportados aos gestores, à
Auditoria Interna, aos Comitês de Controles Internos e Compliance e de Gestão Integrada de
Riscos e Alocação de Capital.
Para tanto, são executadas atividades que permitam desenvolver e constantemente aprimorar
os testes contidos no programa de provas. Os testes dos programas de provas são específicos
para cada tipo de modelo e são classificados em seis dimensões, agrupados em qualitativos e
quantitativos.
Qualitativos
 Âmbito do Modelo: escopo de aplicação do modelo, que engloba o objetivo ao qual se
destina o tipo de risco tratado, empresas expostas a este tipo de risco, carteiras,
produtos, segmentos, canais, etc.;
 Aplicabilidade do Modelo: engloba a definição, razoabilidade na utilização dos fatores do
modelo, o fluxo e a tempestividade das informações para a tomada de decisões;
 Ambiente Tecnológico e Consistência dos Dados: estrutura de sistemas e controles
envolvidos nos cálculos executados pelo modelo e o processo no qual o modelo encontrase inserido. Engloba também a consistência dos dados, considerando as funcionalidades
de controles de versão e de acesso, backup, rastreabilidade, alterações de parâmetros,
qualidade dos dados, contingência de sistemas e controles automatizados.
Quantitativos
 Sistema de Mensuração: procedimento de mensuração do risco, englobando a definição,
aplicação e validação interna do método, composto por metodologia, premissas,
parâmetros, rotina de cálculo, dados de entrada e resultados;
 Teste de Estresse: procedimento de mensuração para quantificar as variações nos
valores estimados pelo modelo ao utilizar cenários extremos, históricos e prospectivos
plausíveis para as variáveis que o afetam;
 Backtesting: procedimento estatístico utilizado para avaliar a aderência do modelo
através da comparação dos valores estimados pelo modelo e os valores observados ao
longo de um período previamente definido. Engloba aspectos metodológicos, de
formalização e utilização para o aprimoramento do modelo.
A responsabilidade e a execução do processo de validação independente, que trata da análise
e avaliação dos modelos, é da Área de Validação Independente de Modelos – AVIM, a qual
28
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
pode utilizar estruturas já implantadas e sedimentadas na Organização com o objetivo de se
evitar a sobreposição de funções.
Controle e Acompanhamento
O risco de mercado é controlado e acompanhado por área independente, o DCIR, que
diariamente calcula o risco das posições em aberto, consolida os resultados e realiza os
reportes determinados pelo processo de governança existente.
Além dos reportes diários, as posições da Carteira Trading são semanalmente discutidas no
Comitê Executivo de Tesouraria e as posições da Carteira Banking e os reportes de liquidez são
tratados quinzenalmente no Comitê Executivo de Tesouraria para a Gestão de Ativos e
Passivos. Em ambos os fóruns os resultados e os riscos são avaliados e as estratégias são
debatidas. Tanto o processo de governança como os limites existentes são validados pelo
Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital e submetidos para aprovação do
Conselho de Administração, sendo os mesmos revisados ao menos uma vez por ano.
No caso de rompimento de qualquer limite controlado pelo DCIR, a diretoria da área de
negócio responsável pela posição é informada do consumo do limite e tempestivamente o
Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital é convocado para a tomada de
decisão. Na situação em que o Comitê decida pelo aumento do limite e/ou alteração ou
manutenção das posições, o Conselho de Administração é convocado para aprovação do novo
limite ou revisão da estratégia de posição.
Comunicação Interna
A área de risco de mercado disponibiliza relatórios gerenciais diários de controle das posições
às áreas de negócio e à Alta Administração, além de reporte semanal e apresentações
periódicas ao Conselho de Administração.
Os reportes são realizados de acordo com um sistema de alertas, que determina os
destinatários dos relatórios de risco conforme o percentual de utilização dos limites
estabelecidos. Assim, quanto maior o consumo do limite de risco, mais membros da Alta
Administração recebem os relatórios.
Hedge e utilização de Derivativos
Com o objetivo de padronizar a utilização de instrumentos financeiros destinados para hedge
das operações e uso de derivativos pelo Departamento de Tesouraria, a Organização elaborou
normas específicas que foram aprovadas pelos Comitês competentes.
As operações de hedge executadas pelo Departamento de Tesouraria do Bradesco devem,
necessariamente, cancelar ou mitigar os riscos de descasamentos de quantidades, prazos,
moedas ou indexadores das posições dos livros da Tesouraria, sendo utilizados, para tanto, os
ativos e derivativos autorizados para negociação em cada um dos seus livros, com o objetivo
de:
 Controlar e enquadrar as operações, respeitando-se os limites de exposição e de riscos
vigentes;
 Alterar, modificar ou reverter posições em função de mudanças de mercado e de
estratégias operacionais; e
29
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
 Reduzir ou mitigar exposições de operações em mercados inoperantes, em condições de
estresse ou de baixa liquidez.
Para os derivativos classificados na categoria “hedge accounting” existe o acompanhamento da
sua efetividade, bem como suas implicações contábeis.
Derivativos Padronizados e de Uso Contínuo
O Departamento de Tesouraria do Bradesco pode utilizar derivativos padronizados (negociados
em bolsa) e os de uso contínuo (negociados em balcão) com a finalidade de obtenção de
resultados e também com a finalidade de construção de hedges. Classificam-se como
derivativos de uso contínuo aqueles habituais de mercado negociados em balcão, tais como
swaps vanilla (taxas de juros, moedas, CDS, entre outros), operações a termo (moedas, por
exemplo), opções vanilla (moeda, Índice Bovespa), entre outros. Já os derivativos não
padronizados que não estão classificados como de uso contínuo ou as operações estruturadas
tem o seu uso condicionado à autorização do Comitê competente.
Análise do Risco de Mercado
Os riscos presentes no cenário internacional se estabilizaram no último trimestre de 2015,
especialmente diante da confirmação do início da normalização monetária nos Estados Unidos.
O fortalecimento persistente do mercado de trabalho norte-americano, expresso pela criação
média de 284 mil vagas de emprego entre outubro e dezembro, levou o Federal Reserve (Fed)
a subir os juros em sua última reunião do ano – decisão que já vinha sendo amplamente
sinalizada. A China permaneceu apresentando desaceleração econômica, o que contribuiu para
a manutenção dos preços das commodities no mercado internacional em patamar reduzido,
mesmo após a adoção de novos estímulos à economia no período, na tentativa de conter o
enfraquecimento da atividade. Por fim, o Banco Central Europeu, também com o objetivo de
estimular o crescimento da região e combater os riscos deflacionários, estendeu seu programa
de compra de títulos soberanos.
O cenário internacional menos adverso, no entanto, não impediu que os preços dos ativos no
mercado doméstico se mantivessem pressionados. As incertezas na esfera política e as
dificuldades enfrentadas pelo Governo Federal para avançar no ajuste fiscal em curso
continuaram impactando negativamente a confiança dos agentes locais. Apesar da menor
volatilidade exibida nos últimos três meses do ano, eventos políticos adversos e o
rebaixamento da nota de crédito soberano do País por uma segunda agência de classificação
de risco impactaram negativamente o mercado no final do ano. O principal índice da bolsa de
valores brasileira, o Ibovespa, recuou 3,8% entre setembro e dezembro, sucedendo queda de
15,1% no trimestre anterior. Ao mesmo tempo, o real passou de R$/US$ 3,97 para R$/US$
3,90 no período – uma apreciação de 1,7%, insuficiente para reverter a desvalorização de
28,1% registrada nos três meses anteriores. Por fim, o CDS (Credit Default Swap) de cinco
anos brasileiro recuou de 478 para 442 pontos, se mantendo, porém, em patamar ainda
elevado.
No último trimestre de 2015, a economia doméstica, com destaque para o desaquecimento do
mercado de trabalho, manteve a trajetória de retração exibida ao longo do ano. Ainda que a
sua intensidade tenha diminuído, o comportamento da atividade econômica impacta de forma
negativa a arrecadação do setor público e os resultados fiscais. Por outro lado, a inflação
continuou pressionada, refletindo a persistência dos repasses dos reajustes dos preços
administrados e da desvalorização do Real ao longo do ano. O IPCA acumulado em doze meses
30
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
passou de uma alta de 9,49% em setembro para 10,67% no encerramento do ano. Ainda
assim, a perspectiva de desaceleração da inflação, em função dos efeitos defasados da política
monetária e do enfraquecimento da economia doméstica, levou o Banco Central do Brasil a
manter a taxa Selic estável em 14,25% durante todo o trimestre.
Evolução da Exposição
Nesta seção apresentamos a evolução da exposição financeira, o VaR calculado pelo modelo
interno e o seu backtesting e a Análise de Estresse.
Exposição Financeira – Carteira Trading
R$ milhões
Fatores de Riscos
dez/15
Ativo
Prefixado
set/15
Passivo
Ativo
dez/14
Passivo
Ativo
Passivo
48.582
3.260
25.954
2.371
45.180
84.966
IPC A / IGP-M
3.385
3.226
3.520
3.415
10.132
3.943
C upom C ambial
1.577
1.430
2.125
1.475
7.559
5.180
12.305
12.258
17.107
17.061
19.449
20.028
Moedas Estrangeiras
Renda Variável
Soberanos/Eurobonds /Treasury
Outros
Total Final do Trimestre
-
-
-
-
10.908
6.096
15.039
7.689
296
1
12.056
9.474
321
3
280
27
607
54
77.078
26.272
64.026
32.038
95.280
123.646
VaR Modelo Interno – Carteira Trading
O VaR para o horizonte de 1 dia e líquido de efeitos fiscais, no final do 4° trimestre de 2015,
da Carteira Trading foi de R$ 18,0 milhões, sendo que o fator de risco prefixado apresenta a
maior participação no risco da carteira. O VaR reduziu principalmente devido a queda da
volatilidade de mercado.
R$ milhões
Fatores de Riscos
Prefixado
dez/15
set/15
dez/14
16,5
72,2
20,4
IPC A / IGP-M
0,5
0,7
10,5
C upom C ambial
1,1
1,2
6,0
Moedas Estrangeiras
0,9
1,2
8,6
Renda Variável
-
-
3,7
Soberanos/Eurobonds /Treasury
6,5
6,7
5,5
0,03
0,1
2,0
Outros
Efeito correlação/diversificação
(7,6)
(10,0)
(20,2)
VaR no final do trimestre
18,0
72,1
36,5
VaR médio no trimestre
30,0
21,7
36,4
VaR mínimo no trimestre
18,0
5,3
16,1
VaR máximo no trimestre
61,5
74,0
56,9
Obs.: VaR para o horizonte de 1 dia e líquido de efeitos fiscais.
VaR Modelo Interno – Carteira Regulatória
A Organização Bradesco foi a primeira instituição financeira autorizada pelo BCB a utilizar,
desde janeiro de 2013, seus modelos internos de risco de mercado, que já eram utilizados na
31
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
sua gestão, na apuração da necessidade do capital regulamentar2 para todos os fatores de
risco e empresas da Organização. Esse capital é calculado com base na Carteira Regulatória,
que engloba a Carteira Trading, a Exposição Cambial e em Commodities da Carteira Banking,
através do modelo VaR Delta-Normal. Adicionalmente, para a mensuração de todos os fatores
de risco da carteira de opções, são aplicados os modelos de simulação histórica e o DeltaGama-Vega, prevalecendo o mais conservador entre os dois. Cabe destacar que o valor em
risco é extrapolado para o horizonte regulatório3 (mínimo de 10 dias) pelo método da raiz do
tempo. Os valores de VaR e VaR Estressado demonstrados a seguir são para o horizonte de 10
dias e estão líquidos de efeitos fiscais.
R$ milhões
Fatores de Riscos
dez/15
VaR
set/15
VaR Estressado
VaR
VaR Estressado
Taxa de Juros
55,7
110,8
197,2
126,0
Taxa de C âmbio
48,9
70,6
50,6
59,9
3,1
7,2
2,4
5,2
Preço de Mercadoria (C ommodities)
Preço de Ações
Efeito correlação/diversificação
-
-
(17,4)
(10,7)
(8,0)
(13,1)
VaR no final do trimestre
90,3
177,9
242,2
178,1
VaR médio no trimestre
123,3
181,4
121,9
187,6
62,0
129,9
26,4
72,8
253,9
367,9
312,4
378,2
VaR mínimo no trimestre
VaR máximo no trimestre
Obs.: VaR para o horizonte de 10 dias e líquidos de efeitos fiscais.
Para efeito da apuração da necessidade de capital regulamentar segundo o modelo interno,
deve-se levar em consideração as regras descritas nas Circulares nº 3.646 e 3.674 do BCB,
como o uso do VaR e do VaR Estressado sem efeitos fiscais, da média dos últimos 60 dias e do
multiplicador.
VaR Modelo Interno – Backtesting
A metodologia de risco aplicada é avaliada continuamente através de técnicas de backtesting,
que consistem na comparação do VaR com período de manutenção de 1 dia e o resultado
hipotético, obtido com as mesmas posições utilizadas no cálculo do VaR, e o resultado efetivo,
aqui considerando também a movimentação do dia para o qual o VaR foi estimado.
O principal objetivo deste acompanhamento é monitorar, validar e avaliar a aderência do
modelo de VaR, sendo que o número de rompimentos ocorridos deve ser compatível com o
número de rompimentos aceitos pelos testes estatísticos realizados para o nível de confiança
estabelecido. Outro objetivo é aprimorar os modelos utilizados pela Organização, através das
análises realizadas para diferentes períodos de observação e níveis de confiança do VaR, tanto
para o VaR Total como por fator de risco.
Os resultados diários correspondentes aos últimos 250 dias úteis, tanto hipotéticos quanto
efetivos, superaram o respectivo VaR com o nível de confiança de 99% em quatro vezes.
2
Para fins de apuração da parcela de Risco de Mercado, a necessidade de capital será o máximo entre o modelo
interno e 80% do modelo padrão, conforme Circulares 3.646 e 3.674 do BCB.
3
É adotado o máximo entre o período de manutenção (holding period) da carteira e 10 dias, que é o horizonte
regulatório mínimo exigido pelo BCB.
32
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Os rompimentos ocorreram principalmente pelo aumento das volatilidades no mercado local
gerado pelas incertezas em relação ao cumprimento da meta fiscal. De acordo com o
documento publicado pelo Basel Committee on Banking Supervision 4, os rompimentos seriam
classificados como “Má-sorte ou os mercados se moveram de forma não prevista pelo modelo”,
ou seja, a volatilidade foi significativamente maior do que o esperado e/ou as correlações
foram diferentes daquelas assumidas pelo modelo.
Os dois gráficos a seguir demonstram o VaR da Carteira Regulatória para 1 dia e os resultados
hipotético e efetivo apurados diariamente.
Gráfico I – VaR versus Resultado Hipotético
Obs.: os pontos localizados abaixo da linha representam os rompimentos do modelo estatístico de VaR utilizado.
4
Supervisory Framework for the use “Backtesting” in Conjunction with the Internal Models Approach to Market Risk
Capital Requirements de janeiro de 1996.
33
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Gráfico II – VaR versus Resultado Efetivo
Obs.: os pontos localizados abaixo da linha representam os rompimentos do modelo estatístico de VaR utilizado.
Análise de Estresse – Carteira Trading
A Organização avalia, também diariamente, os possíveis impactos nas posições em cenários de
estresse para um horizonte de 20 dias úteis, com limite estabelecido no processo de
governança. Dessa forma, considerando o efeito de diversificação entre os fatores de risco e os
valores líquidos de efeitos fiscais, a possibilidade de perda média estimada em situação de
estresse seria de R$ 231 milhões no 4° trimestre de 2015, sendo que a perda máxima
estimada seria de R$ 264 milhões.
R$ milhões
dez/15
set/15
set/14
No final do trimestre
184
259
438
Médio no trimestre
231
140
384
Mínimo no trimestre
179
54
162
Máximo no trimestre
264
281
542
Obs.: Valores líquidos de efeitos fiscais.
Derivativos
Os quadros a seguir apresentam a exposição em derivativos da Organização, segregada por
fator de risco (taxa de juros, taxa de câmbio, preço de ações e commodities), mercado (balcão
e bolsa) e local de operação (Brasil ou Exterior):
34
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Em 31 de dezembro de 2015 - R$ milhões
Fator de Risco
Taxa de Juros
Taxa de C âmbio
Preço de Ações
Preços de Mercadorias
(Commodities )
Mercado
Balcão
Bolsa
Brasil
Comprado
Exterior
Vendido
Comprado
35.052
41.292
Vendido
17.224
14.773
126.788
39.663
5.420
10.518
Balcão
17.693
28.479
10.184
10.298
Bolsa
18.022
36.177
2
43
Balcão
162
62
-
-
Bolsa
169
250
-
-
Balcão
7
67
-
-
Bolsa
-
-
55
23
Em 30 de setembro de 2015 - R$ milhões
Fator de Risco
Taxa de Juros
Taxa de C âmbio
Preço de Ações
Preços de Mercadorias
(Commodities )
Mercado
Brasil
Comprado
Exterior
Vendido
Comprado
Vendido
Balcão
39.151
46.060
Bolsa
68.256
34.602
9.564
9.529
Balcão
19.203
29.407
12.299
12.409
Bolsa
25.095
17.556
16.207
28.633
29
72
Balcão
142
-
-
-
Bolsa
189
146
-
-
Balcão
2
99
-
-
Bolsa
-
-
101
30
Risco de Liquidez
O risco de liquidez é representado pela possibilidade de a instituição não ser capaz de honrar
eficientemente suas obrigações, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas
significativas, bem como pela possibilidade de a instituição não conseguir negociar a preço de
mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente
transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado.
O conhecimento e o acompanhamento deste risco são cruciais, sobretudo para que a
Organização possa liquidar as operações em tempo hábil e de modo seguro.
Processo de Gerenciamento do Risco de Liquidez
O processo de gerenciamento do risco de liquidez é realizado de maneira corporativa. Este
processo envolve diversas áreas, com atribuições específicas, garantindo uma estrutura
eficiente, sendo que a mensuração e o controle do risco de liquidez são realizados de maneira
centralizada e independente, contemplando o acompanhamento diário da composição dos
recursos disponíveis, o cumprimento do nível mínimo de liquidez e o plano de contingência
para situações de estresse.
A Organização dispõe de uma Política de Gestão de Riscos de Mercado e Liquidez aprovada
pelo Conselho de Administração, que tem como um de seus objetivos assegurar a existência
de normas, critérios e procedimentos que garantam à Organização o estabelecimento de
Reserva Mínima de Liquidez (RML), bem como a existência de estratégia e de planos de ação
para situações de crise de liquidez. A política e os controles estabelecidos atendem plenamente
ao disposto pela Resolução nº 4.090 do CMN.
Nos critérios e procedimentos aprovados, é determinada a reserva mínima de liquidez a ser
mantida diariamente e os tipos de ativos elegíveis para composição dos recursos disponíveis.
35
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Além disso, são estabelecidos os instrumentos para gestão da liquidez em cenário normal e em
cenário de crise e as estratégias de atuação a serem seguidas em cada caso.
Controle e Acompanhamento
A gestão do risco de liquidez é realizada pelo Departamento de Tesouraria, com base nas
posições disponibilizadas pela área de back-office, que tem por responsabilidade fornecer as
informações necessárias para gestão e acompanhamento do cumprimento dos limites
estabelecidos. Já o DCIR é responsável pela metodologia de mensuração da reserva mínima de
liquidez, controle dos limites estabelecidos por tipo de moeda e empresa (inclusive para as não
financeiras), revisão de políticas, normas, critérios e procedimentos e realização de estudos
para as novas recomendações.
O risco de liquidez é acompanhado nas reuniões do Comitê Executivo de Tesouraria para a
Gestão de Ativos e Passivos, que acompanha as reservas de liquidez, com descasamentos de
prazos e moedas. Adicionalmente, o acompanhamento também é feito pelo Comitê de Gestão
Integrada de Riscos e Alocação de Capital e pelo Conselho de Administração.
Além da metodologia interna de controle e acompanhamento, a partir de outubro de 2015 a
Organização passou a mensurar e reportar ao BCB o indicador de Liquidez de Curto Prazo
(LCR), conforme prevê a Resolução nº 4.401 do CMN e a Circular nº 3.749 do BCB.
Comunicação Interna
No processo de gerenciamento de risco de liquidez são distribuídos diariamente relatórios às
áreas envolvidas na gestão e no controle, bem como à Alta Administração. Faz parte deste
processo diversos instrumentos de análises que são utilizados no monitoramento da liquidez,
tais como:
 Distribuição diária dos instrumentos de controle da liquidez;
 Atualização automática intra-day dos relatórios de liquidez para a adequada gestão do
Departamento de Tesouraria;
 Elaboração de relatórios com as movimentações passadas e futuras, com base em
cenários;
 Verificação diária do cumprimento do nível mínimo de liquidez;
 Relatórios semanais para a Alta Administração com o comportamento e as expectativas
referentes à situação da liquidez.
O processo de gerenciamento de risco de liquidez conta com um sistema de alertas, que
determina o nível adequado de reporte dos relatórios de risco de acordo com o percentual de
utilização dos limites estabelecidos. Desta forma, quanto menor a reserva de liquidez em
relação ao nível mínimo necessário para situações de estresse, maiores níveis da Alta
Administração recebem os relatórios.
Risco Operacional
O risco operacional é representado pela possibilidade de perdas resultantes de falha,
deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos.
Essa definição inclui o risco legal associado às atividades desenvolvidas pela Organização.
36
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Processo de Gerenciamento do Risco Operacional
O processo de gerenciamento do risco operacional é realizado de maneira corporativa. Este
processo envolve diversas áreas, com atribuições específicas, garantindo uma estrutura
eficiente, sendo que a mensuração e o controle do risco operacional são realizados de maneira
centralizada e independente. Para isso, são realizados os seguintes procedimentos:
 Identificação, avaliação e monitoramento dos riscos operacionais inerentes às atividades
da Organização, bem como de novos produtos/serviços e sua adequação aos
procedimentos e controles;
 Mapeamento e tratamento dos registros de perdas operacionais para composição da base
de dados internos;
 Mensuração, controle e reporte da evolução das perdas operacionais com a avaliação da
efetividade das ações mitigatórias junto às áreas de negócios/dependências;
 Avaliação e cálculo da necessidade de capital para risco operacional;
 Elaboração de relatórios sobre risco operacional para as áreas relacionadas ao processo
de gerenciamento, inclusive aos Comitês e à Alta Administração.
Estes procedimentos são suportados por diversos controles internos, sendo certificados de
forma independente quanto à sua efetividade e execução, visando a assegurar níveis
aceitáveis de riscos nos processos da Organização.
Metodologia de Mensuração do Risco Operacional
Em atendimento ao disposto na Circular nº 3.640 do BCB, a Organização adotou a Metodologia
Padronizada Alternativa para cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco referente ao
Risco Operacional (RWAopad).
Além disso, a Organização utiliza os dados internos de perdas operacionais, os quais são
elementos para apuração do risco operacional baseado em modelo interno (AMA - Advanced
Measurement Approach). Neste contexto, a Organização classifica os eventos de risco
operacional em:
Eventos de Perdas
Fraudes Internas
Eventos Externos
Fraudes Externas
Tecnologia da Informação
Recursos Humanos
Processos
Relações Comerciais
Regulatório
A Organização é membro do consórcio mundial de base de dados de perdas operacionais
denominado Operational Riskdata Exchange (ORX) e faz uso destas informações para análise
de cenários e comparações dos eventos de perdas operacionais frente aos grandes bancos
globais.
Controle e Acompanhamento
O risco operacional é controlado e acompanhado primariamente por área independente, o
DCIR, sendo apoiada por diversas áreas que fazem parte do processo de gerenciamento deste
risco.
37
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
O DCIR coordena a Comissão de Controles Internos e Risco Operacional (CIRO). Esta
Comissão, que reporta ao Comitê Executivo de Gestão de Riscos Operacional e Socioambiental
(CEROS) tem como objetivo analisar o comportamento das perdas operacionais das áreas de
negócios/dependências, a eficiência e eficácia dos processos e controles adotados, bem como
os indicadores e cenários e avaliar dados externos de perdas operacionais
incorporando/ajustando, eventualmente, processos e controles.
O CEROS, por sua vez, é assessorado pelo DCIR e reporta os assuntos de relevância ao Comitê
de Auditoria e ao Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital, que está
subordinado ao Conselho de Administração.
O processo de governança é aprovado pelo Conselho de Administração sendo revisado ao
menos uma vez por ano.
Comunicação Interna
Os assuntos relacionados aos eventos de perdas operacionais, bem como os controles e ações
adotadas para a sua mitigação, são apresentados e discutidos periodicamente juntos às áreas
envolvidas no processo de gerenciamento do risco operacional, inclusive com o envolvimento
da Alta Administração.
Gerenciamento de Continuidade de Negócios – GCN
A Organização se empenha para adotar as melhores práticas de mercado em todas as suas
atividades estando entre elas a Continuidade de Negócios. Sempre alinhada com as políticas
internas, regulamentações do BCB e recomendações do Comitê de Basileia de Supervisão
Bancária, o objetivo é proporcionar à Organização um plano de trabalho para que, em caso de
interrupção, as atividades críticas possam ser retomadas em condições pré-definidas de prazo,
nível de atendimento e local de trabalho, com impacto mínimo para nossos clientes.
Com o propósito de se ter uma única política e padronização do processo e ferramentas, as
atividades corporativas de Gerenciamento de Continuidade de Negócios estão sob a
responsabilidade do DCIR, área de Gerenciamento de Continuidade de Negócios (GCN).
Metodologia Corporativa
A metodologia de trabalho foi desenvolvida internamente, baseada nas melhores práticas
divulgadas pelos principais órgãos internacionais do setor: DRI International (EUA) e BCI Business Continuity Institute (Inglaterra), e também normativos e frameworks nacionais, como
por exemplo, a norma NBR 15999 e, mais recentemente a ISO 220301.
A metodologia Bradesco para execução de um projeto de Plano de Continuidade de Negócio
(PCN) e implantação do processo de gerenciamento de continuidade de negócios contempla
ações que estão estruturadas em seis fases:
Fase 1: Apresentação – Conscientização;
Fase 2: Planejamento – Definições de escopo, proposta de trabalho e responsáveis;
Fase 3: Dimensionamento e Desenvolvimento – Aplicação do relatório de análise de impacto
nos negócios, análise de vulnerabilidades e tomada de decisão;
Fase 4: Implantação – Preparo do plano e execução de testes programados de continuidade;
Fase 5: Manutenção – Manutenção do plano já implantado;
Fase 6: Testes não Programados – Preparo e execução de testes não programados.
38
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Todas as fases acima descritas são desenvolvidas por meio de um conjunto de atividades,
ferramentas, entregáveis e marcos que definem o encerramento de cada uma delas, que
contam sempre com o suporte e conhecimento da área de GCN.
Processo de Gerenciamento de Continuidade de Negócios
O processo de gerenciamento de continuidade de negócios é amparado por Políticas e pela
Governança Corporativa de Riscos já descritas no tópico Processo Corporativo de
Gerenciamento de Riscos e consiste no acompanhamento de todas as atividades que envolvem
os projetos de PCN da Organização, desde a elaboração das políticas, definição das
metodologias e ferramentas corporativas, até a avaliação da adequação dos planos de cada
dependência da Organização, mediante a execução de testes programados e não
programados.
Esses testes de avaliação de cada PCN são realizados pelo menos uma vez ao ano,
predefinidos por meio de um calendário anual, e são conduzidos pelo responsável PCN da
dependência com assessoria do responsável técnico em GCN do DCIR. Durante a execução dos
testes são coletadas evidências e ao final é preenchido um relatório de validação. Havendo
necessidade de melhoria e/ou correção, é requerido um plano de ação com uma data limite
para implantação da atualização do PCN.
O relatório é validado pela Dependência em conjunto com o DCIR e fica disponível para
avaliação do Agente de Controles Internos da dependência e também à disposição das
auditorias internas e externas, conforme o caso.
Comunicação Interna
As ações de comunicação são realizadas através de treinamento on-line, acessível a todas as
Dependências por meio da intranet corporativa, e palestras presenciais de conscientização que
precedem a realização dos testes anuais. A participação é acompanhada anualmente por meio
de avaliações qualitativas obtidas de amostras aleatórias, com intuito de aferir o conhecimento
retido e identificar oportunidades de melhoria.
Risco Socioambiental
O risco socioambiental é representado por potenciais danos que uma atividade econômica pode
causar à sociedade e ao meio ambiente. Os riscos socioambientais associados às instituições
financeiras são, em sua maioria, indiretos e advém das relações de negócios, incluindo aquelas
com a cadeia de fornecimento e com os clientes, por meio de atividades de financiamento e
investimento.
Na busca contínua pelo aperfeiçoamento das estruturas organizacionais, em 2014 a
Organização centralizou o controle do risco socioambiental no DCIR.
Processo de Gerenciamento de Risco Socioambiental
O processo de gerenciamento de risco socioambiental permite que os riscos sejam
proativamente identificados, mensurados, mitigados, acompanhados e reportados, o que se
faz necessário em face da complexidade dos produtos financeiros e do perfil de atividades da
Organização.
39
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Nesse sentido, a Organização elaborou o Normativo de Risco Socioambiental que determina o
escopo de transações de crédito que deve passar por análise de risco socioambiental. Este
normativo internaliza o compromisso da Organização com a implementação dos Princípios do
Equador III, apresentando as situações em que as transações de crédito ou assessoria
financeira devem atender aos seus requisitos.
Princípios do Equador
Signatária dos Princípios do Equador desde 2004, a Organização adotou no início de 2014 a
versão III de tais princípios, a qual, entre outras modificações, ampliou o escopo de aplicação
do compromisso, passando a incluir Financiamentos Corporativos a Projetos e EmpréstimosPonte. Entre os requisitos avaliados nos Princípios do Equador III estão as condições de
trabalho, os impactos à comunidade e ao meio ambiente dos projetos financiados pela
Organização, observando a legislação brasileira e os padrões e as diretrizes da International
Finance Corporation (IFC). Durante o processo de crédito, esses projetos passam por análise
detalhada de Risco Socioambiental por meio da avaliação de estudos, licenças, autorizações,
informações sobre o projeto e dados como georreferenciamento do empreendimento.
Na concessão de financiamentos para grandes projetos, a Organização segue diretrizes
previstas nos Princípios do Equador III, bem como realiza avaliação e monitoramento de
projetos que apresentem riscos significativos que se enquadrem em tais princípios.
Fluxo do Processo de Gestão do Risco Socioambiental
AVALIAÇÃO DO RISCO
SOCIOAMBIENTAL
CATEGORIZAÇÃO DO RISCO
PARECER DE RISCO
SOCIOAMBIENTAL
COMITÊ EXECUTIVO DE
CRÉDITO
PLANO DE AÇÃO
(MITIGANTES)
CLÁUSULAS CONTRATUAIS
MONITORAMENTO
REPORTE
40
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Processo de Implementação dos Princípios do Equador III
O serviço de Assessoria Financeira a Project Finance na Organização é estruturado por meio
do Banco Bradesco de Investimentos - BBI, que conta com o apoio da Área de Controle de
Risco Socioambiental do DCIR para apresentar o conteúdo, a aplicação e os benefícios de
atender aos Princípios do Equador III no futuro projeto.
As operações que envolvem Project Finance, Empréstimo Corporativo a Projeto e EmpréstimoPonte são estruturadas principalmente para clientes do segmento Corporate, que é
responsável pela captação e registro dos negócios por meio de propostas de crédito. Essas
propostas são analisadas sob o aspecto econômico-financeiro pelo Departamento de Crédito e
sob a perspectiva de risco socioambiental pela Área de Controle de Risco Socioambiental.
Cabe a esta área avaliar as propostas, analisar os documentos, enquadrar os projetos nos
Princípios do Equador III, categorizar em Alto Risco (Categoria A), Médio Risco (Categoria B)
ou Baixo Risco (Categoria C) e emitir parecer de risco socioambiental, atendendo às diretrizes
estabelecidas pelos referidos Princípios:
Alto Risco (Categoria A)– Projetos com potencial de risco e/ou impactos socioambientais
negativos significativos e que sejam múltiplos, irreversíveis ou sem precedentes.
Médio Risco (Categoria B) – Projetos com potencial de riscos e/ou impactos socioambientais
negativos limitados, em número reduzido, geralmente localizado, amplamente reversível e
prontamente controlado por meio de medidas mitigatórias.
Baixo Risco (Categoria C) – Projetos sem riscos e/ou impactos socioambientais negativos ou
com riscos mínimos, reversíveis e mitigáveis.
Além desses, a área é responsável por emitir o parecer de risco socioambiental, atendendo às
diretrizes estabelecidas pelos referidos Princípios sempre que apropriado.
As operações aprovadas de acordo com o fluxo interno estabelecido são contratadas com
obrigações socioambientais e monitoradas periodicamente.
Com relação às lições aprendidas, o tempo de carência desde a publicação dos princípios até a
sua implantação foi muito importante. Nesse período, foi possível realizar reuniões entre os
bancos brasileiros signatários para alinhamento das questões voltadas à implantação dos
Princípios do Equador III.
Internamente, foi possível planejar as ações necessárias para adequação dos processos,
passando por treinamento das áreas que atuam com o tema até o envolvimento dos fóruns
executivos que fazem parte do processo de gerenciamento de risco socioambiental na
Organização.
Quanto à capacitação sobre os novos processos e procedimentos que envolvem os Princípios
do Equador III, foram realizadas reuniões internas com os analistas e gestores das áreas
envolvidas com o tema na Organização.
Visando agregar valor à análise e controle dos riscos socioambientais e aperfeiçoamento da
equipe, os analistas participam de grupos de trabalhos com temas específicos, tais como: Área
Contaminada, Finanças Sustentáveis, Biodiversidade, dentre outros. Participam também do
Latin America Outreach Working Group e de reuniões com outros bancos brasileiros signatários
41
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
para alinhamento e troca de experiências para aprimoramento das diretrizes dos Princípios do
Equador III.
Operações Contratadas no Brasil enquadradas nos Princípios do Equador III (janeiro a
dezembro de 2015) .
Project Finance
Quantidade
Divisão Por Categoria
Categoria A
Categoria B
-
Detalhes da Divisão Por Categoria
Categoria A
Categoria C
-
Categoria B
Categoria C
Por Setor
Mineração
-
-
-
Infra-estrutura
1
1
-
Óleo e Gás
-
-
-
Energia
-
-
-
Outros
-
-
-
Américas
1
1
-
Europa, Oriente Médio e África
-
-
-
Ásia e Oceania
-
-
-
Por Região
Por País e Designado
Designado
-
-
-
Não Designado
1
1
-
Sim
1
1
-
Não
-
-
-
Revisão Independente
Obs.: C ategoria A (Alto risco), C ategoria B (Médio risco) e C ategoria C (Baixo risco).
R$ milhões
dez/15
Valor do Projeto
2.321,0
Participação do Bradesco
1.311,2
Serviço de Assessoria a Project Finance
Categorização por Setor e Região
Por Setor
Quantidade
Mineração
-
Infra-estrutura
2
Óleo e Gás
-
Energia
-
Outros
-
Por Região
Américas
2
Europa, Oriente Médio e África
-
Ásia e Oceania
-
Em 2015 não houve contratação de Empréstimo Corporativo a Projeto enquadrado sob
critérios de Princípios do Equador III.
42
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Controle e Acompanhamento
Operações de Crédito
A Organização acompanha o processo de análise, aprovação, contratação e posterior
monitoramento das operações que se enquadram nos Princípios do Equador III. Neste
contexto, são analisadas as seguintes categorias de aplicação:




Serviços de Assessoria a Project Finance em que o custo de capital do Projeto é igual ou
superior a US$ 10 milhões;
Financiamentos na modalidade Project Finance em que o custo de capital do Projeto é
igual ou superior a US$ 10 milhões.
Financiamentos Corporativos a Projeto em que:
a) a maior parte do empréstimo destina-se a um único Projeto, sobre o qual o
cliente tem Controle Operacional Efetivo;
b) o valor total do financiamento é igual ou superior a US$ 100 milhões;
c) o compromisso individual da Organização numa situação de sindicato é de pelo
menos US$ 50 milhões; e
d) o prazo do financiamento é igual ou superior a dois anos.
Empréstimos-Ponte com duração inferior a dois anos, a serem refinanciados por Project
Finance ou Financiamento Corporativo a Projeto.
Além de atender aos Princípios do Equador III, a Organização também segue um conjunto de
critérios observando aspectos socioambiental nas análises de crédito de operações destinadas
a projetos que apresentem potencial risco socioambiental.
Fazem parte das análises, a verificação da existência de áreas contaminadas e de áreas
embargadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis
(IBAMA), licenças, certificações, relatórios de arqueologia, relatórios de impacto ambiental e
outros estudos ambientais, além de visitas técnicas, quando necessárias. Para uma melhor
contextualização dos potenciais impactos dos projetos também são utilizadas imagens de
satélite que indicam a localização dos biomas brasileiros, unidades de conservação, terras
indígenas, cavernas, atividades minerárias, biodiversidade, cidades e diversas outras
informações que contribuem para uma análise detalhada do local onde será desenvolvido o
projeto a ser financiado. Desta forma, as análises auxiliam na identificação de potenciais riscos
socioambientais a serem trabalhados junto aos clientes.
A tomada de decisão pelo Comitê Executivo de Crédito leva em consideração os riscos
socioambientais, além dos demais aspectos econômico-financeiros e, uma vez aprovada a
concessão de crédito, a contratação da operação é realizada mediante negociação e inserção
de obrigações socioambientais nos contratos de financiamento. A partir de então, os projetos
que apresentam potenciais riscos socioambientais são monitorados, visando o cumprimento
das referidas obrigações.
Já o Comitê de Sustentabilidade é responsável pela validação da Política Corporativa de
Sustentabilidade. Este Comitê atua junto à Alta Administração para definir as estratégias que
envolvem a sustentabilidade organizacional sendo subordinado ao Conselho de Administração.
43
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Cadeia de Fornecimento
O Bradesco possui o Programa de Avaliação e Monitoramento Socioambiental de Fornecedores
que visa à mitigação dos riscos socioambientais na sua cadeia de suprimentos. Neste
programa, os fornecedores são avaliados num processo contínuo e permanente, tendo em
vista a legislação ambiental, trabalhista e de saúde e segurança do trabalho vigente, normas
internacionais e diretrizes internas adotadas pela Organização.
Acordo de Capital de Basileia – Basileia II
O Comitê de Basileia de Supervisão Bancária divulgou, em 1988, o Acordo de Capital de
Basileia - Basileia I, instituindo o requisito de capital mínimo em relação ao risco de crédito.
Apesar da aplicação desse acordo não ser obrigatória, diversos países (inclusive o Brasil)
observando os aspectos prudenciais, aderiram a ele espontaneamente. Posteriormente, em
1996, o Comitê de Basileia de Supervisão Bancária acrescentou o risco de mercado como mais
um fator de risco a ser considerado na apuração da necessidade de capital.
Diante da evolução do cenário bancário mundial e da aceleração do ritmo de integração dos
diversos mercados financeiros, por meio de complexos e sofisticados instrumentos, surgiu à
necessidade de aprimoramento nas regras de exigência de capital. Em 2004, o Comitê de
Basileia de Supervisão Bancária publicou o Acordo de Capital de Basileia - Basileia II, que tem
como principal característica a introdução do conceito e importância de se utilizar as melhores
práticas de gestão de riscos nas organizações, com a recomendação de um arcabouço formado
de processos, estruturas e metodologias necessárias à gestão efetiva dos riscos aos quais uma
organização está sujeita. Este acordo baseia-se em uma estrutura conhecida como “os três
pilares”:
Pilar I – Capital Regulatório: propõe melhorias e aperfeiçoamentos nas regras para
mensuração dos riscos, permitindo a utilização de modelos internos (abordagem avançada)
para apurá-los, além da introdução da exigência de capital para cobertura do risco operacional.
Pilar II – Supervisão: estabelece os princípios de supervisão bancária, os critérios para o
tratamento dos riscos não cobertos pelo Pilar I e definições e procedimentos de gerenciamento
por parte da administração.
Pilar III – Disciplina de Mercado: recomenda aos bancos a divulgação de um conjunto mínimo
de informações, aumentando a transparência das instituições, de modo que o mercado possa
realizar uma avaliação melhor fundamentada nos riscos incorridos.
Basileia II na Organização
Pelo conhecimento prático da importância do gerenciamento de risco para atingir seus
objetivos, desde o início a Organização acreditou que a implantação do Acordo de Capital de
Basileia, juntamente à implementação das melhores práticas de mercado, resultaria em
significativo aprimoramento nos processos de gerenciamento de riscos. Por isso, desde 2003, a
partir dos documentos consultivos divulgados pelo Comitê de Basileia de Supervisão Bancária e
dos exercícios de impactos quantitativos (QIS – Quantitative Impact Study) para implantação
deste acordo, a Organização preparou, de maneira integrada, a sua adequação aos requisitos
propostos por tais documentos.
44
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Em 2004, com a publicação do documento definitivo sobre o Acordo de Capital de Basileia International Convergence of Capital Measurement and Capital Standards (o qual foi revisado
em 2005), foi estabelecido um plano de implementação interno. Sob a coordenação do DCIR, o
plano envolve diversas áreas da Organização e tem acompanhamento de uma estrutura de
PMO (Project Management Office), sob a responsabilidade do Departamento de Organização e
Métodos.
Todos os trabalhos seguem orientações de um Comitê Executivo específico, designado pelo
Conselho de Administração, demonstrando o total comprometimento de nossa administração
com a implantação do Acordo de Capital de Basileia.
Conforme previsto no Acordo de Capital, é permitida às instituições financeiras a utilização de
modelos internos para apuração dos riscos. Assim, primando pelo aperfeiçoamento contínuo e
melhores práticas do processo de gerenciamento de riscos, a Organização foi a primeira
instituição financeira no país autorizada pelo BCB a utilizar, desde janeiro de 2013, seus
modelos internos de risco de mercado, que já eram utilizados na sua gestão, para apuração do
capital regulamentar.
Acordo de Capital de Basileia – Basileia III
Em junho de 2011, o Comitê de Basileia publicou o documento “Basel III: A global regulatory
framework for more resilient banks and banking systems - revised”, conhecido como Basileia
III, em resposta regulatória internacional à crise financeira e bancária de 2008. O Acordo
busca aumentar a qualidade e quantidade do capital das instituições financeiras, a fim de
tornar o sistema financeiro mais resiliente e reduzir riscos e custos. Este acordo trata-se de um
movimento contínuo de aprimoramento da estrutura prudencial aplicável às instituições
financeiras, tendo a definição do capital regulatório e o montante de capital alocado como
elementos primordiais. O novo acordo é bastante abrangente e propõe, entre outras medidas:








Definição de capital mais rigorosa, visando fundamentalmente ampliar a capacidade de
absorver perdas;
Harmonização internacional da definição do capital;
Ampliação da transparência quanto à composição do capital;
Criação de duas modalidades de capital suplementar (buffers), que incentivam as
instituições financeiras a acumularem reservas adicionais de capital em períodos de
rápida expansão do ciclo econômico para serem utilizadas em momentos de estresse;
Ampliação do escopo dos riscos capturados pela estrutura de capital;
Introdução do Índice de Alavancagem, a ser aplicado como medida complementar ao
requerimento mínimo de capital;
Adoção de requerimentos mínimos quantitativos para risco de liquidez; e
Criação de modalidades de capital adicionais aplicados em bancos sistemicamente
importantes.
Em março de 2013, com complemento em outubro de 2013, o CMN estabeleceu as regras de
definição e requerimento de capital regulamentar para Basileia III no Brasil, através das
seguintes resoluções:


Resoluções nº 4.192 e 4.278, que dispõem sobre a metodologia de apuração do capital
de instituições financeiras Patrimônio de Referência (PR);
Resoluções nº 4.193 e 4.281, que tratam da apuração dos requerimentos mínimos de
capital a serem mantidos sob a forma de PR, de Nível I e de Capital Principal. Também
45
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS


institui o Adicional de Capital Principal e estabelece as medidas a serem adotadas no
caso de este não ser cumprido;
Resolução nº 4.194, que estabelece a faculdade de cooperativas de crédito apurarem os
requerimentos de capital de forma simplificada; e
Resolução nº 4.280, que trata da nova base de apuração consolidada do PR e dos
requerimentos mínimos de capital para instituições integrantes do Conglomerado
Prudencial.
Adicionalmente, foi criado pelo BCB um conjunto de circulares que determinam os
procedimentos de apuração do montante dos ativos ponderados pelo risco (RWA) para Risco
de Crédito, de Mercado e Operacional (abordagem padrão e interna).
As novas regras de Basileia III tiveram início em outubro de 2013 com implementação gradual
até 2019.
Gerenciamento de Capital
Processo Corporativo de Gerenciamento de Capital
O gerenciamento de capital é realizado de forma a proporcionar condições para o alcance dos
objetivos estratégicos da Organização para fazer face aos riscos inerentes às suas atividades.
Nele é elaborado o plano de capital, identificando as ações de contingência a serem
consideradas em cenários de estresse.
Alinhado às diretrizes estratégicas, a Organização exerce a gestão de capital, envolvendo as
áreas de controle e negócios, conforme diretrizes da Diretoria Executiva e do Conselho de
Administração.
A estrutura de governança do gerenciamento de capital e do processo interno de avaliação de
adequação do capital (ICAAP) é composta por Comitês e tem como órgão máximo o Conselho
de Administração. Destaca-se o Departamento de Planejamento, Orçamento e Controle
(DPOC), cuja missão é promover a gestão eficiente e eficaz dos negócios por meio do
planejamento e gestão estratégica. O DPOC subsidia a Alta Administração com análises e
projeções da disponibilidade e necessidade de capital, identificando ameaças e oportunidades
que contribuem com o planejamento da suficiência, otimização dos níveis de capital, sendo o
Departamento responsável por atender as determinações do BCB pertinentes às atividades de
gerenciamento de capital.
46
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
CONSELHO FISCAL
ASSEMBLEIA GERAL DE
ACIONISTAS
COMITÊ DE GESTÃO INTEGRADA DE
RISCOS E ALOCAÇÃO DE CAPITAL
CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO
COMITÊ DE CONTROLES INTERNOS E
COMPLIANCE
PRESIDÊNCIA
COMITÊ DE AUDITORIA
INSPETORIA GERAL
DIRETORIA EXECUTIVA
COMITÊ EXECUTIVO DE
GERENCIAMENTO DE CAPITAL
DEPARTAMENTO DE
PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO
E CONTROLE
Adequação do Patrimônio de Referência (PR)
Este processo é acompanhado diariamente e visa assegurar que a Organização mantenha uma
sólida base de capital para apoiar o desenvolvimento das atividades e fazer face aos riscos
incorridos, seja em situações normais ou em condições extremas de mercado, além de atender
os requerimentos regulatórios.
Sob a ótica do BCB, as instituições financeiras devem manter, permanentemente, capital
(Patrimônio de Referência) e adicional de capital principal compatível com os riscos de suas
atividades, representado pelo Ativo Ponderado pelo Risco (RWA), que é calculado
considerando, no mínimo, a soma das seguintes parcelas:
RWA = RWACPAD + Máx (RWAMPAD* 80%; RWAMINT) + RWAOPAD
Risco de Crédito
Risco de Mercado
Risco Operacional
RWACPAD: parcela relativa às exposições ao risco de crédito;
RWAMPAD: parcela relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao cálculo do
requerimento de capital mediante abordagem padronizada, que se dá mediante a soma das
seguintes parcelas:
RWAJUR: parcela relativa às exposições sujeitas à variação de taxa de juros;
RWAACS: parcela relativa às exposições sujeitas à variação do preço de ações;
RWACOM: parcela relativa às exposições sujeitas à variação dos preços de mercadorias
(commodities); e
RWACAM: parcela relativa às exposições em ouro, em moeda estrangeira e em ativos
sujeitos à variação cambial;
RWAMINT: parcela relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao cálculo do
requerimento de capital mediante modelo interno;
RWAOPAD: parcela relativa ao cálculo do capital requerido para o risco operacional.
47
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Além disso, a Organização deve manter também PR suficiente para fazer face ao risco de taxa
de juros das operações não incluídas na carteira de negociação (risco da taxa de juros da
carteira Banking), o qual é calculado por meio da metodologia de EVE.
Detalhamento do Patrimônio de Referência (PR)
A seguir, apresentamos o detalhamento das informações relativas ao PR da Organização, sob a
ótica do Conglomerado Prudencial.
R$ milhões
dez/15
set/15
Patrimônio de Referência - Nível I
77.507
73.577
Capital Principal
77.507
73.577
Patrimônio Líquido
88.907
86.233
Minoritários
-
-
Redução dos Ativos Diferidos
-
-
Redução dos ganhos/perdas de ajustes a valor de mercado em DPV e derivativos
-
-
Ajustes Prudencias 1
(11.400)
(12.656)
Patrimônio de Referência - Nível II
25.318
19.513
25.318
19.513
-
-
Soma dos ganhos/perdas de ajustes a valor de mercado em DPV e derivativos
Dívidas Subordinadas
1
Dedução dos Instrumentos de Captação
Total do Patrimônio de Referência (PR)
-
102.825
93.090
(1) De acordo com a Resolução nº 4.192 do CMN.
A variação do PR da Organização decorreu, basicamente, do aumento no Patrimônio Líquido
em função do resultado do período, e das emissões de Dívidas Subordinadas autorizadas em
conformidade com o artigo 20º da Resolução nº 4.192 do CMN que compõem os instrumentos
elegíveis a capital de Nível II. Para mais informações sobre o PR e detalhamento das dívidas
subordinadas consultar “Anexo 1 Composição do Patrimônio de Referência (PR) e informações
sobre a adequação do PR” e “Anexo 2 - Principais Características dos Instrumentos do
Patrimônio de Referência (PR)”, disponível no site www.bradescori.com.br.
48
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Detalhamento do Montante de Ativos Ponderados pelo Risco (RWA)
Apresentamos a seguir a evolução dos ativos ponderados pelo risco (RWA) do Conglomerado
Prudencial, abordagem regulamentar:
R$ milhões
RWA
Risco de Crédito
dez/15
set/15
556.441
585.507
FPR de 0%
-
-
FPR de 2%
328
363
FPR de 20%
4.519
3.130
FPR de 35%
6.008
5.947
FPR de 50%
10.079
10.337
FPR de 75%
119.281
121.670
FPR de 85%
132.933
110.467
FPR de 100%
243.218
292.333
FPR de 250%
29.065
27.591
FPR de 300%
10.715
13.367
294
300
18.670
21.310
10.702
8.084
FPR de 909,09%
Risco de Mercado 1
Taxa de Juros Prefixada em Real
Taxa de Juros de C upom de Moeda Estrangeira
3.479
3.427
Taxa de Juros de C upom de Índice de Preços
355
861
Taxas de C upom de Juros
-
-
Preço de Ações
1
75
559
578
7.850
14.228
37.107
37.107
Finanças C orporativa
1.059
1.059
Negociação e Vendas
3.452
3.452
Varejo
6.628
6.628
Preço de Mercadorias (commodities )
Exposição em Ouro, Moedas Estrangeiras e C âmbio
Risco Operacional
C omercial
14.447
14.447
Pagamentos e Liquidações
7.806
7.806
Serviços de Agente Financeiro
2.366
2.366
Administração de Ativos
1.250
1.250
98
98
612.217
643.924
67.344
70.832
3.702
3.436
C orretagem de Varejo
Montante RWA
Patrimônio de Referência Exigido (PRE)
Risco de Taxa de Juros da Carteira Banking
(1) Para fins de apuração da parcela de Risco de Mercado, a necessidade de capital será o máximo entre o modelo interno e 80% do
modelo padrão, conforme Circulares 3.646 e 3.674 do BCB.
A Organização encerrou o 4º trimestre de 2015 com um RWA de R$ 612,2 bilhões,
apresentando queda de R$ 31,7 bilhões (-4,9%) em relação a setembro de 2015.
O RWA para risco de crédito totalizou R$ 556,4 bilhões, apresentando diminuição de R$ 29,1
bilhões (-5,0%) em relação ao trimestre anterior. O RWA de risco de mercado ficou em R$
18,7 bilhões, o que representou uma retração de R$ 2,6 bilhões (-12,4%) no trimestre, sendo
49
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
que para fins de capital regulamentar foi utilizada a metodologia de cálculo do modelo interno,
uma vez que 80% do modelo padrão ficou em R$ 12,7 bilhões. Em relação ao risco
operacional, o RWA foi de R$ 37,1 bilhões, mantendo-se igual ao trimestre anterior.
O Patrimônio de Referência Exigido (PRE) totalizou R$ 67,3 bilhões, queda de R$ 3,5 bilhões. O
capital necessário para fazer face ao risco de taxa de juros da carteira Banking foi de R$ 3,7
bilhões.
Acompanhamento dos Índices e Margem
O Índice de Basileia é um indicador internacional definido pelo Comitê de Basileia de
Supervisão Bancária, que recomenda a relação mínima de 8% entre o capital e os ativos
ponderados pelos riscos. No Brasil, em dezembro de 2015 a relação mínima exigida era de
11% para PR, 6% para Nível I do PR e 4,5% para Capital Principal conforme regulamentação
vigente (Resoluções nº 4.192 e 4.193 do CMN).
Apresentamos a seguir a evolução dos índices e margem do Conglomerado Prudencial,
abordagem regulamentar:
Conglomerado Prudencial
16,8%
16,0%
15,2%
14,5%
12,8%
12,1%
12,7%
11,4%
35,5
30,2
26,0
22,3
mar-15
jun-15
Margem (R$ bilhão)
set-15
Índice de Basileia
dez-15
Nível I do PR / Capital Principal
Suficiência de Capital
O processo de gerenciamento do capital está alinhado ao planejamento estratégico e considera
uma visão prospectiva, antecipando possíveis mudanças nas condições do ambiente econômico
e comercial em que atuamos.
A metodologia de gerenciamento de capital da Organização visa assegurar permanentemente
uma composição sólida de capital para apoiar o desenvolvimento das suas atividades e
garantir a adequada cobertura dos riscos incorridos. Um importante componente dessa
metodologia é a margem gerencial de capital (buffer gerencial), que é adicionada aos
requerimentos mínimos regulatórios (Patrimônio de Referência, Capital Nível I e Capital
Principal).
A definição do buffer gerencial está alinhada às práticas líderes de mercado e aos
requerimentos regulatórios, observando diversos aspectos, tais como impactos adicionais
gerados por cenários de estresse, riscos qualitativos e riscos não capturados pelo modelo
50
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
regulatório. A Organização considera confortável para médio e longo prazo manter uma
margem de Capital Nível I de pelo menos 25% em relação ao capital mínimo regulatório,
observando-se o cronograma estabelecido pelo Banco Central do Brasil para a adoção plena
das diretrizes de Basileia III.
A suficiência de capital regulamentar da Organização é demonstrada mediante a apuração do
Índice de Basileia que neste período foi de 16,8%, considerando o Capital Nível I e Capital
Principal os valores foram de 12,7%. Em termos de margem, o montante atingido foi de R$
35,5 bilhões, o que possibilita um incremento de até R$ 385,2 bilhões em operações de crédito
(Varejo).
É importante destacar que desde janeiro de 2015, de acordo com a Resolução n° 4.192 do
CMN que trata da metodologia para apuração dos índices de Capital Principal, Nível I e
Patrimônio de Referência, o escopo regulamentar passou a ser o Conglomerado Prudencial, os
ajustes prudenciais subiram de 20% para 40% e o uso das dívidas subordinadas elegíveis a
capital emitidas nas regras anteriores à Basileia III caiu de 80% para 70% do estoque dessas
dívidas.
Projeções do Capital
A área de gerenciamento de capital e ICAAP é responsável por realizar simulações e projeções
do capital da Organização, considerando as diretrizes estratégicas, os impactos decorrentes de
variações e tendências do ambiente econômico e de negócios e alterações regulamentares. Os
resultados obtidos nas projeções são submetidos à avaliação da Alta Administração, conforme
governança estabelecida.
As projeções apresentam níveis adequados dos índices dos Capitais de Nível I e Principal,
considerando a incorporação dos lucros líquidos e o aumento nos ajustes prudenciais dado pela
majoração dos fatores estabelecidos no Art. 11 da Resolução n° 4.192 do CMN para os
próximos períodos.
Os índices de Patrimônio de Referência projetados para os próximos três anos apresentam
suficiência enquadrada nos requerimentos mínimos regulamentares e foram aprovados pelo
Conselho de Administração.
Razão de Alavancagem (RA)
Em atendimento às recomendações do Comitê de Basileia, em outubro de 2015 entrou em
vigor a Circular nº 3.748 do BCB que dispõe sobre a Razão de Alavancagem (RA). É um índice
que atua em conjunto com o Índice de Basileia na limitação do nível de exposição a risco
assumido pelas instituições financeiras e avalia a alavancagem por meio da relação entre
Capital Nível I e os ativos registrados em valores contábeis, acrescidas de exposições offbalance (limites, avais, fianças e derivativos).
A partir de 2018 deverá ser definido pelo BCBS um percentual de requerimento desta razão,
para a qual tem utilizado como referência o mínimo de 3%.
A seguir, apresentamos a Razão de Alavancagem e o comparativo com as demonstrações
financeiras da Organização, sob a ótica do Conglomerado Prudencial:
51
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
R$ milhões
Resumo Comparativo entre Demonstrações Financeiras Publicadas e Razão de Alavancagem
Ativo total de acordo com as demonstrações financeiras publicadas
Ajuste decorrente de diferenças de consolidação contábil
Ajuste relativo aos ativos cedidos ou transferidos com transferência substancial dos riscos e benefícios e reconhecidos
contabilmente
Ajuste relativo aos valores de referência ajustados e aos ganhos potenciais futuros em operações com instrumentos
financeiros derivativos
Ajuste relativo a operações compromissadas e de empréstimo de títulos e valores mobiliários
Ajuste relativo a operações não contabilizadas no ativo total do conglomerado prudencial
Outros ajustes
Exposição Total
dez/15
1.018.908
(134.927)
(7.511)
9.665
3.654
109.864
(11.150)
988.503
R$ milhões
Razão de Alavancagem (RA)
dez/15
Itens Contabilizados no Balanço Patrimonial
Itens patrimoniais, exceto instrumentos financeiros derivativos, títulos e valores mobiliários recebidos por empréstimo e
revenda a liquidar em operações compromissadas
Ajustes relativos aos elementos patrimoniais deduzidos na apuração do Nível I
Total das Exposições Contabilizadas no Balanço Patrimonial
729.502
(13.548)
715.954
Operações com Instrumentos Financeiros Derivativos
Valor de reposição em operações com derivativos
Ganho potencial futuro decorrente de operações com derivativos
19.043
9.528
Ajuste relativo à garantia prestada em operações com derivativos
-
Ajuste relativo à margem de garantia diária prestada
-
Derivativos em nome de clientes em que não há obrigatoriedade contratual de reembolso em função de falência ou
inadimplemento das entidades responsáveis pelo sistema de liquidação
-
Valor de referência ajustado em derivativos de crédito
137
Ajuste sob o valor de referência ajustado em derivativos de crédito
Total das Exposições Relativas a Operações com Instrumentos Financeiros Derivativos
28.707
Operações Compromissadas e de Empréstimo de Títulos e Valores Mobiliários (TVM)
Aplicações em operações compromissadas e de empréstimo de TVM
Ajuste relativos a recompras a liquidar e credores por empréstimo de TVM
130.324
-
Valor relativo ao risco de crédito da contraparte
1.067
Valor relativo ao risco de crédito da contraparte em operações de intermediação
2.587
Total das Exposições Relativas a Operações Compromissadas e de Empréstimo de TVM
133.978
Itens não Contabilizados no Balanço Patrimonial
Valor de referência das operações não contabilizadas no Balanço Patrimonial
269.073
Ajuste relativo à aplicação de FC C específico às operações não contabilizadas no Balanço Patrimonial
(159.209)
Total das Exposições não Contabilizadas no Balanço Patrimonial
109.863
Capital e Exposição Total
Nível I (A)
Exposição Total (B)
Razão de Alavancagem (A/B)
77.507
988.503
7,8%
A Organização apurou no 4º trimestre de 2015 uma exposição total de R$ 988,5 bilhões e o
Capital Nível 1 alcançou o montante de R$ 77,5 bilhões (vide detalhamento do PR). Desta
forma, a Razão de Alavancagem foi de 7,8%.
Simulação - Basileia III
A partir das regras de Basileia III publicadas pelo BCB em março e outubro de 2013, as quais
estão relacionadas à definição de capital e ampliação de escopo de riscos e que estão sendo
implementadas gradualmente até 2019, apresentamos a simulação baseada em premissas
estratégicas para o Conglomerado Prudencial, considerando o atendimento pleno das regras na
data-base dezembro de 2015, ou seja, antecipando todos os impactos previstos ao longo do
cronograma de implantação, conforme a Resolução nº 4.192 do CMN.
52
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Basileia III – Estudo de Impacto
Balanços Patrimoniais
Apresentamos a seguir o comparativo entre o balanço do Conglomerado Prudencial e o balanço
publicado nas demonstrações contábeis completas:
53
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
R$ milhões
Balanço Patrimonial Consolidado
ATIVO
Circulante e realizável a longo prazo
Disponibilidades
dez/15
Prudencial
Publicação
836.353
1.000.515
17.314
17.300
Aplicações interfinanceiras de liquidez
140.345
140.644
Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos
189.324
354.336
Relações interfinanceiras e interdependências
55.803
55.728
Operações de crédito e de arrendamento mercantil
304.452
305.943
Outros créditos e outros valores e bens
129.115
126.564
Permanente
47.628
18.393
Investimentos
28.760
5.824
9.286
5.496
Imobilizado de uso e de arrendamento
Diferido
155
-
Arrendamentos a Amortizar
139
-
Outros Ativos Diferidos (a)
16
-
9.427
7.073
Adquiridos a partir de 1º de Outubro de 2013 (b)
4.774
2.524
Ágio baseado em expectativa de rentabilidade futura (c)
2.006
2.426
Intangível
Outros ativos intangíveis
Total
2.647
2.123
883.981
1.018.908
R$ milhões
PASSIVO
Circulante e exigível a longo prazo
Prudencial
Publicação
794.559
929.083
Depósitos
197.036
195.784
C aptações no mercado aberto
250.095
222.278
Recursos de emissão de títulos
117.336
109.547
Relações interfinanceiras e interdependências
6.458
6.384
Obrigações por empréstimos e repasses
70.335
70.338
Instrumentos financeiros derivativos
19.345
19.346
-
177.834
133.954
127.572
Provisões técnicas de seguros previdência e capitalização
Outras obrigações
Provisão para imposto de renda diferido (d)
2.154
1.371
Dívidas Subordinadas (e)
38.864
38.838
Instrumentos de Dívida Elegíveis a C apital
11.445
11.445
Autorizado (f)
5.805
5.805
Pendente de Autorização
5.640
5.640
81.491
75.918
502
523
13
395
Patrimônio líquido
88.907
88.907
C apital (h)
43.100
43.100
Diversas
Resultados de exercícios futuros
Participação minoritária nas controladas autorizadas pelo Bacen (g)
Reserva de C apital (i)
11
11
Reservas de Lucros (j)
50.341
50.341
Ajuste de Avaliação Patrimonial (k)
(4.114)
(4.114)
(431)
(431)
Ações em Tesouraria (l)
Patrimônio líquido administrado pela controladora
Total
88.920
89.302
883.981
1.018.908
R$ milhões
Contas de compensação
Prudencial
Participação superiores a 10% do C ap. Social de Entidades C ontroladas não Sujeitas à Autorização
do Bacen (m)
12.480
C réditos tributários de diferença temporária (n)
16.974
C réditos tributários de prejuízo fiscal acumulado (o)
5.953
Obs.: As letras entre parênteses fazem referência aos dados apresentados no Anexo 1.
54
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Instituições participantes do Conglomerado Prudencial
Empresas Consolidadas
Ágora Bolsa FIC de FIA
Bradesco FIC FIM Mediterrâneo
Ágora C orretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.
Bradesco FIC FIM Pérsico
Alvorada Administradora de C artões Ltda.
Bradesco FIC FIM Tirreno
Alvorada C ia. Securitizadora de C réditos Financeiros
Bradesco FIC Fundo Invest Referenciado DI C arnauba
Alvorada Serviços e Negócios Ltda.
Bradesco FIM C P IE C ristal III
Banco Alvorada S.A.
Bradesco FIM Fronteira 3792
Banco Boavista Interatlântico S.A.
Bradesco Global FIC de FIA - IC
Banco Bradescard S.A.
Bradesco Institucional FIC FIA Asset Equities
Banco Bradesco Argentina S.A.
Bradesco Japão FIC de FIA - IE
Banco Bradesco BBI S.A.
Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil
Banco Bradesco BERJ S.A.
Bradesco NET FIC de FIA Ibovespa (Att 657)
Banco Bradesco C artões S.A.
Bradesco Prime F.I.C .F.I.M. Performance Liquidez
Banco Bradesco Europa S.A.
Bradesco Prime FIC de FIA Asset Equities
Banco Bradesco Financiamentos S.A.
Bradesco Prime NET F.I.C .F.I. Multimercado C ristal
Banco Bradesco S.A.
Bradesco Priv FIC FIM Multi Assets Vl Relativo
Banco C BSS S.A.
Bradesco Private FIC FI RF IRF-M Ativo
BC N C onsultoria, Administração de Bens, Serviços e Publicidade Ltda.
Bradesco Private FIC FIA Multi Assets equities
BEC Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.
Bradesco Private FIC FIA Smart Allocation
BEM Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.
Bradesco Private FIC FIA Valor
BMC Asset Management - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.
Bradesco Private FIC FIM C ommodities
Brad FI Mult C red Priv Inv Exterior Andromeda
Bradesco S.A. C orretora de Títulos e Valores Mobiliários
Bradescard México, Sociedade de Responsabilidade Limitada
Bradesco Securities Hong Kong Ltda.
Bradesco - Agência Grand C ayman
Bradesco Securities UK Limited
Bradesco - Agência New York
Bradesco Securities, Inc.
Bradesco Administradora de C onsórcios Ltda.
BRAM Bradesco Asset Management S.A. D.T.V.M.
Bradesco Andes FIM IE
BRAM FIA Valor
Bradesco Australasia FIC FIA-IE
BRAM FIM C apital Astra
Bradesco Europa FIC FIA - IA
Braspag -Tecnologia em Pagamento Ltda.
Bradesco F.I. Referenciado DI Performance
C ateno Gestão de C ontas de Pagamento S.A.
Bradesco F.I.C . F.I. Referenciado DI Galáxia
C ia. Brasileiras de Soluções e Serviços - Alelo
Bradesco FI Mult C red Priv Inv Exterior Pioneiro
C ia. Securitizadora de C rédito Financiamento Rubi
Bradesco FI Multimercado C red Privado Apolo
C idade C apital Markets Limited
Bradesco FI Referenciado DI Uniao
C ielo Inc. (USA)
Bradesco FIa Long Biased
C ielo S.A.
Bradesco FIa Stock Picking
C rediare S.A. C rédito, Financiamento e Investimento
Bradesco FIC de FI Multimercado Multi-Estrategia
Elo Holding Financeira S.A.
Bradesco FIC FI Multimercado C ristal II
Everest Leasing S.A. Arrendamento Mercantil
Bradesco FIC FI Multimercado Performance Liquidez
F II - Fundo de Investimento RF C red Privado
Bradesco FIC FI RF Income II
Farly Participações Ltda.
Bradesco FIC FI RF Income III
FIP Multisetorial Plus
Bradesco FIC FI RF Income IV
Fundo Inv em Participacoes Multisetorial Plus II
Bradesco FIC FIA BDR Nível I Special Equities II
IBI Promotora de Vendas Ltda.
Bradesco FIC FIA BDR NIVel I Special Equities VI
Leader S.A. Administradora de C artões de C rédito
Bradesco FIC FIA Special Equities III
Merchant E-Solutions
Bradesco FIC FIA Special Equities IV
MPO Processadora de Pagamentos Móveis S.A.
Bradesco FIC FIA Valor
Paggo Soluções e Meios de Pagamento S.A.
Bradesco FIC FIM Aral
Promosec C ia. Securitizadora de C reditos Financeiros
Bradesco FIC FIM Ártico
Stelo S.A.
Bradesco FIC FIM C P Greater
Strong Fundo de Inv. Renda em C otas FIM
Bradesco FIC FIM C P Higher
Tempo Serviços Ltda.
Bradesco FIC FIM EGEU
Tibre Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.
Para o escopo da publicação, além das instituições pertencentes ao Conglomerado Prudencial,
também participam da consolidação as demais empresas a seguir:
55
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Demais Empresas Consolidadas - Publicação
2B C apital Luxembourg
Bradesco Overseas Salzburg Service GMBH
2B C apital S.A.
Bradesco Prime FIC FIA Seleção
Ágora Educacional Ltda.
Bradesco Priv FIC de FI Renda Fixa IMA-B PGBL/VGBL
Aicare Holdings Ltda.
Bradesco Private FIC de FI RF C red Priv PGBL/VGBL
Alocc Previdencia TNA FIC FIM C P
Bradesco Private FIC de FIM PGBL/VGBL Rv 49
Amapari Holdings S.A.
Bradesco Private FIC FI RF PGBL/VGBL Ativo
Andorra Holdings S.A.
Bradesco Private Fundo de Investimento em C otas de Fundos de
Investimento RF PGBL/VGBL Ativo-F 08 C
Apore Holdings S.A.
Bradesco Private Pb FIC FI RF Ativo PGBL/VGBL
Aquarius Holdings Ltda.
Bradesco Private Pb FIC FI RF PGBL/VGBL
Aranau Holdings S.A.
Bradesco Saúde S.A.
Atlântica C ompanhia de Seguros
Bradesco Segprev Investimentos Ltda.
Baíra Holding Ltda.
Bradesco Seguros S.A.
Baneb C orretora de Seguros S.A.
Bradesco Service C o. Ltd.
Bankpar Brasil Ltda.
Bradesco Vida e Previdência S.A.
Bankpar C onsultoria e Serviços Ltda.
Bradescor C orretora de Seguros Ltda.
Barinas Holdings S.A.
Bradesplan Participações Ltda.
BF Promotora de Vendas Ltda.
Bradport - SGPS Sociedade Unipessoal, Ltda.
BMC Previdência PrIVada S.A.
Bradseg Participações S.A.
BPAR C orretagem de Seguros Ltda.
Bradseg Promotora de Vendas S.A.
BPS Participações e Serviços Ltda.
Bram FIM C urrencies
Brad C orporate exclusIVo VI FIC de FI RF PGBL/VGBL
Bram US LLC
Brad FIC FIM PGBL/VGBL
Brasília C ayman Investments II Limited
Brad FIC FIM PGBL/VGBL
Brasília C ayman Investments III Limited
Brad FIC FIM PGBL/VGBL - V15/24
BRD C orporate exclusivo III FIC FIM VGBL/PGBL Rv49
Brad FIC FIM PGBL/VGBL - V30/19
BRD C orporate exclusivo IV FIC FIM PGBL/Vggbl Rv 30
Brad FIRF Master III Prev.
Bréscia Empreendimentos e Participações Ltda.
Brad PrIVate FIC FI MM DIViedendos PGBL VGBL
BSP D108
Brad PrIVate FIC FI MM Valor PGBL VGBL
BSP - D159
Brad PrIVate Pb FIC FI RF C red PrIV PGBL/VGBL
BSP Affinity Ltda.
Brad. C orporate ExclusIVo III FIC FI RF VGBL PGBL
BSP empreendimento Imobiliário D166 Ltda.
Brad. Fundo de Inv. Renda Fixa Matriz
BSP empreendimento Imobiliário D167 Ltda.
Bradescard elo Participações S.A.
BSP Empreendimentos Imobiliários D102 Ltda.
Bradesco F.I. Renda Fixa RIViera
BSP Empreendimentos Imobiliários R1 Ltda.
Bradesco Argentina de Seguros S.A.
BSP Empreendimentos Imobiliários R14 Ltda.
Bradesco Australasia FIM IE
BSP Empreendimentos Imobiliários R15 Ltda.
Bradesco Auto-Re C ompanhia de Seguros
BSP Empreendimentos Imobiliários R2 Ltda.
Bradesco C apitalização S.A.
BSP Empreendimentos Imobiliários R20 Ltda.
Bradesco C orp. exclus. IV FIC de FIM PGBL VGBL
BSP Empreendimentos Imobiliários R4 Ltda.
Bradesco C orporate exclus. V FIC FI RF PGBL VGBL
BSP Empreendimentos Imobiliários R5 Ltda.
Bradesco C orporate exclusIVe II RF
BSP Empreendimentos Imobiliários R6 Ltda.
Bradesco C orporate exclusIVo FIC de FIM PGBL/VGBL RV 49
BSP Empreendimentos Imobiliários R7 Ltda.
Bradesco C orporate exclusIVo VI FIC FIM PGBL/VGBL
BSP Empreendimentos Imobiliários S.A.
Bradesco C orporate FIC de FI RF PGBL/VGBL
BSP Park Estacionamentos e Participações S.A.
Bradesco C orporate FIC de FIM PGBL/VGBL RV 49
BTG Pactual Prev Bradesco RV Plus FIC de FIM
Bradesco C orporate RV 30
BTG Pactual Previd. Brad. Juros e Moedas FIC FIM
Bradesco C orporate RV 49
BTG Pactual Previdencia Bradesco FJG FIC FIM
Bradesco Excl. IV FIC de FI RF PGBL VGBL
BTG Pactual Previdencia Bradesco MIZE FIC de FIM
Bradesco F.I. Renda FIxa Bucareste
BVP Promotora de Vendas Ltda.
Bradesco F.I. Renda FIxa Negocial
C aetê Holding Ltda.
Bradesco F.I. Renda FIxa Toucan I
C arson Holdings Ltda.
Bradesco F.I. RF Método
C eabs Serviços S.A.
Bradesco F.I.C . F.I. Multi PGBL Hiperprev V30
C elta Holding S.A.
Bradesco F.I.C . F.I. Multi PGBL V15 Plus
C LIDEC - C línica Dentária Especializada C ura D ARS Ltda.
Bradesco F.I.C . F.I. Multi PGBL V15/30
C LIDEC Participações S.A.
Bradesco F.I.C . F.I. Multi PGBL V30/15
C olumbus Holdings S.A.
Bradesco F.I.C . F.I. Multi PGBL V30/30
C PM Holdings Limited
Bradesco F.I.C . F.I. Multi PGBL V40 Plus
Danúbio Empreendimentos e Participações Ltda.
Bradesco F.I.C . F.I. Multi PGBL V40/20
Dental Partner C omércio de Produtos Equip. Odontológicos Ltda.
Bradesco F.I.C . F.I. Multi PGBL/VGBL V15/15
EABS Serviços de Assistência e Partcipações S.A.
Bradesco F.I.C . F.I. Multi VGBL V15/30
Easy Software S.A.
Bradesco F.I.C . F.I. Multi VGBL V40/15
Elba Holding Ltda.
Bradesco F.I.C . Multi PGBL V25/15
Elvas Holdings Ltda.
56
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Bradesco F.I.C . R.F. PGBL C aemi F15
Embauba Holdings S.A.
Bradesco F.I.C . R.F. PGBL F20
Europ Assistance Brasil Serviços de Assistência S.A.
Bradesco F.I.C . R.F. PGBL FInasaplus
Everest Empreendimentos e Participações Ltda.
Bradesco F.I.C . R.F. PGBL Hiperprev
Ferrara Participações Ltda.
Bradesco F.I.C . R.F. Prev Facil PGBL FIX
FI em C otas de FI Multimercado Friends Prev
Bradesco F.I.C . R.F. VGBL FIX
FI em C otas de Fundos de Investimento Multimercado C rédito Privado
Murano
Bradesco F.I.C .F.I Mult. VGBL V30/30
FI Multimercado C artago
Bradesco F.I.C .F.I Multim PGBL V15/15
FI Multimercado Longevidade II/PGBL
Bradesco F.I.C .F.I Multim PGBL V40/15
FIC de FI Miltimercado Primomega
Bradesco F.I.C .F.I. Mm PGBL/Vgbp - V30 Plus
FIC de FI Multimercado BEL
Bradesco F.I.C .F.I. Mult PGBL Hiperprev V15
FIC de FI Multimercado ESSS
Bradesco F.I.C .F.I. Mult PGBL Hiperprev V30
FIC de FI Multimercado KO
Bradesco F.I.C .F.I. Multim PGBL - V30/20
FIC de FI Multimercado Olímpia
Bradesco F.I.C .F.I. Multim PGBL V15/20
FIC de FI RF C reta
Bradesco F.I.C .F.I. Multim PGBL/VGBL V30/15
FIC de FIM C red Priv Appennini
Bradesco F.I.C .F.I. Multimercado PGBL - V40/30
FIC de FIM C red. Priv. Raf
Bradesco F.I.C .F.I. R.F. PGBL F10
FIC de FIM C redito Privado Tulipa
Bradesco F.I.C .F.I. R.F. PGBL F15
FIC de FIM C ruz e Fahel
Bradesco F.I.C .F.I. R.F. PGBL Finasa
FIC de FIM MFHP
Bradesco F.I.C .F.I. R.F. VGBL F10
FIC de FIM OM
Bradesco F.I.C .F.I. R.F. VGBL F15
FIC de FIM PGBL/VGBL Eldorado RV 49
Bradesco F.I.C .F.I. RF C rédito PrIVado Bronze
FIC de FIM São Manuel
Bradesco Fdo de Invest em C otas de Fundos de Investimento Renda FIxa
C rédito PrIVado II - PGBL VGBL
FIC de FIM Zaparin
Bradesco FI Referenciado Di Alianca
FIC FI Multi C red Priv Jimu
Bradesco FI Referenciado Di Master
FIC FI Multim. C réd. PrIV. Guaiçara
Bradesco FI Renda FIxa Mega III E
FIC FI Multim. C réd. PrIV. Livedo
Bradesco FI Renda FIxa Mega IV H
FIC FI Multim. C réd. PrIV. Pilot Blue
Bradesco FI Renda FIxa Mega IV J
FIC FI Multim. C réd. Privado M Parente
Bradesco FI Renda FIxa Mega V
FIC FI Multimercado C redito Privado Gmreis II
Bradesco FI Renda FIxa Mega VI
FIC FI Multimercado C redito Privado Green Gold
Bradesco FI Renda FIxa Prgp/Vrgp 30
FIC FI Multimercado C redito Privado Itatiba
Bradesco FI RF C redito PrIVado Master
FIC FI Multimercado C redito Privado Jardim
Bradesco FI RF Income V
FIC FI Multimercado C redito Privado Peropa
Bradesco FI RF Investor B IV
FIC FI Multimercado C redito Privado Tawakol
Bradesco FI RF Master II Previdência
FIC FI Multimercado Deloitte
Bradesco FI RF Master Indices
FIC FI Multimercado Tebas
Bradesco FI RF Master PreFIxado
FIC FI Multimercado WPA Previdencia
Bradesco FI RF Máster Previdencia
FIC FI Multm. C réd, Priv. PLYK
Bradesco FI RF Mega IV K
FIC FIM 4AVB
Bradesco FI RF Mega IV L I
FIC FIM C P QI Horizonte
Bradesco FI RF Toucan II
FIC FIM C P Rozinante
Bradesco FI RF Ultra I C I
FIC FIM C red Priv Excellence
Bradesco FI RF Vetor B IV
FIC FIM C redit Priv Partners
Bradesco FIa Master DIVidendo
FIC FIM JAA
Bradesco FIa Máster Previdência
FIC FR FIM Potência
Bradesco FIC de FI Renda Fixa a PGBL/VGBL
FIM C redito Privado C H Prev
Bradesco FIC de FIM PGBL/VGBL - V15/10
FRAM C apital Previdencia Renda Fixa Longo Prazo
Bradesco FIC FI R.F. PGBL/VGBL FIX Plus
FRAM C apital Previdencia RV 20 FIM
Bradesco FIC FI FI RF II-D
Bradesco FIC FI Multimercado PGBL VGBL V49/19
Bradesco FIC FI Multimercado PGBL VGBL V49/24
Bradesco FIC FI Multimercado PGBL/VGBL V49/15 Mod
Bradesco FIC FI Renda Fixa I-A
Bradesco FIC FI Renda Fixa I-C
Bradesco FIC FI Renda Fixa I-D
Bradesco FIC FI Renda Fixa Ii-C
Fundo de Investimento em
C rédito Privado Amalisa
Fundo de Investimento em
C rédito Privado D.V.O
Fundo de Investimento em
C rédito Privado Jatobá
Fundo de Investimento em
C rédito Privado Loreto
Fundo de Investimento em
C rédito Privado Superação
Fundo de Investimento em
Orizzonte
Fundo de Investimento em
Orizzonte 10
Fundo de Investimento em
C rédito Privado Floresta
C otas de Fundos de Investimento Multimercado
C otas de Fundos de Investimento Multimercado
C otas de Fundos de Investimento Multimercado
C otas de Fundos de Investimento Multimercado
C otas de Fundos de Investimento Multimercado
C otas de Fundos de Investimento Multimercado
C otas de Fundos de Investimento Multimercado
C otas de Fundos de Investimento Renda Fixa
Bradesco FIC FI Renda Fixa III-A
Fundo de Investimento Multimercado C md
Bradesco FIC FI Renda Fixa III-C
Ganant C orretora de Seguros Ltda.
Bradesco FIC FI Renda Fixa III-D
Garcia Pedrosa Ltda.
Bradesco FIC FI Renda Fixa IV-A
Guardian FI Multimercado C rédito Privado
57
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Bradesco FIC FI Renda Fixa IV-C
IBI C orretora de Seguros Ltda.
Bradesco FIC FI Renda Fixa V-A
Imagra Imobiliária e Agrícola Ltda.
Bradesco FIC FI Renda Fixa V-C
IPE Holding Ltda.
Bradesco FIC FI Renda Fixa V-D
IT Partners Ltd.
Bradesco FIC FI Renda Fixa II-A
Japira Holdings S.A.
Bradesco FIC FI RF 19 IMA
Lecce Holdings S.A.
Bradesco FIC FI RF IV-D
Lyon Holdings Ltda.
Bradesco FIC FI RF Juro Real NTN-B 2024
Malibu Holdings Ltda.
Bradesco FIC FI RF PGBL VGBL F12
Manacás Holdings Ltda.
Bradesco FIC FI RF PGBL/VGBL F 08
Maracay Holdings Ltda.
Bradesco FIC FI RF PGBL/VGBL F19
Marília Reflorestamento e Agropecuária Ltda.
Bradesco FIC FI RF PGBL/VGBL F24
Marselha Holdings Ltda.
Bradesco FIC FIM PGBL Vgl Rv49/12
Mediservice Administradora de Planos de Saúde S.A.
Bradesco FIC FIM PGBL/VGBL Thyssenkrupp
Mega IV C III
Bradesco FIC FIM PGBL/VGBL V 15/12
Mega IV C IV
Bradesco FIC FIM PGBL/VGBL V 30/12
Mega IV C V
Bradesco FIC FIM PGBL/VGBL V 40/12
Mega IV C VI
Bradesco FIC FI RF C rédito PrIVado C obre
Mega IV C VII
Bradesco FIC FI Mult. VGBL V40/30
Miramar Holdings S.A.
Bradesco FIC FI RF C rédito PrIVado C arbono
Mississipi Empreendimentos e Participações Ltda.
Bradesco FIC FI RF C rédito PrIVado estanho
Modulo Assessoria em Seguros Ltda. - Me
Bradesco FIC FI RF C rédito PrIVado Manganês
Neon Holding Ltda.
Bradesco FIC FI RF PGBL\VGBL
Nova Marília Administração de Bens Móveis e Imóveis Ltda.
Bradesco FIC FIM Multimercado PGBL/VGBL V49/30
Nova Paiol Participações S.A.
Bradesco FIM Absoluto
Novamed Gestão de C linicas
Bradesco FIRF Mega IV L III
Odontoprev S.A.
Bradesco FIRF Mega IV L III
Odontoprev Serviços Ltda.
Bradesco FIRF Mega IV L IV
PTS Viagens e Turismo Ltda.
Bradesco FIRF Mega IV L V
Quixaba Empreendimentos e Participações Ltda.
Bradesco Fundo de Inv Renda FIxa Ultra I B II
Quixaba Investimentos S.A.
Bradesco Fundo de Inv Renda FIxa Ultra I B III
Reno Empreendimentos e Participações Ltda.
Bradesco Fundo de Inv Renda FIxa Ultra I B IV
RFS Human Management, Sociedade de Responsabilidade Limitada
Bradesco Fundo de Inv Renda FIxa Ultra I B V
Rio Bravo Previdencia FIM
Bradesco Fundo de Inv. Renda FIxa Odontoprev
Rubi Holdings Ltda.
Bradesco Fundo de Invest Renda FIxa Ultra I B
Scopus Industrial S.A.
Bradesco Fundo de Investimento em Ações Estratégia BS
Scopus Soluções em TI S.A.
Bradesco Fundo de Investimento em C otas de Fundos de Investimento Renda
Serel Participações em Imóveis S.A.
Fixa PGBL VGBL - F10 C
Bradesco Fundo de Investimento em C otas de Fundos de Investimento Renda
Settle C onsultoria, Assessoria e Sistemas Ltda.
Fixa PGBL VGBL Dinâmico
Bradesco Fundo de Investimento em C otas de Fundos de Investimento Renda
Shopfácil Soluções em C omércio Eletrônico S.A.
Fixa PGBL VGBL F07
Bradesco Fundo de Investimento Renda Fixa C rédito Privado Titânio
STVD Holding S.A.
Bradesco Fundo de Investimento RF C ardial
Taiba Holdings Ltda.
Bradesco Fundo de Investimento RF Mega III A
Tandil Holdings Ltda.
Bradesco Fundo de Investimento RF Mega III B
Tapajós Holdings Ltda.
Bradesco Fundo de Investimento RF Mega IV e
Tibre Holding Ltda.
Bradesco Fundo de Investimento RF Mega IV F
Trenton Holdings Ltda
Bradesco Fundo de Investimento RF Memorial
Treviglio Holdings Ltda.
Bradesco Fundo Invest Renda Fixa Mega IV J II
União Participações Ltda.
Bradesco Fundo Invest Renda Fixa Mega IV J III
Varese Holdings Ltda.
Bradesco Fundo Investimento Renda Fixa Mega IV J I
Veneza Empreendimentos e Participações S.A.
Bradesco North America LLC -Delaware-USA
Viareggio Holdings Ltda.
Bradesco Overseas Funchal - C onsulting Services, Sociedade Unipessoal Ltda.
A abrangência regulamentar para avalição de suficiência de capital desde janeiro de 2015 é o
Conglomerado Prudencial, conforme regulamentações do BCB. Vale destacar, porém, que as
demais empresas integrantes do Consolidado Econômico-Financeiro, apresentadas na tabela
anterior, também fazem parte do processo de gerenciamento de riscos da Organização. Para
essas empresas são avaliados todos os riscos inerentes as suas atividades, com destaque para
as empresas que fazem parte do Grupo Bradesco Seguros, as quais também seguem padrões
regulamentares de capital, seja pelas regras da Superintendência de Seguros Privados (Susep)
58
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
ou Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), dependendo do ramo de atuação de cada
uma.
No Grupo Bradesco Seguros, além dos riscos de mercado, crédito, operacional, liquidez, entre
outros, se destaca o risco de subscrição, que é o principal risco que uma sociedade seguradora
está exposta. Este risco é oriundo de uma situação econômica adversa, que contraria as
expectativas da sociedade seguradora no momento da elaboração de sua política de subscrição
no que se refere às incertezas existentes, tanto na definição das premissas atuariais quanto na
constituição das provisões técnicas e cálculo de prêmios e contribuições. Em síntese, é o risco
de que a frequência ou a severidade de sinistros ou benefícios ocorridos sejam maiores do que
aqueles estimados pela sociedade seguradora.
O gerenciamento do risco de subscrição é realizado pelo Departamento de Estudos Atuariais e
Gestão de Riscos, estrutura pertencente ao Grupo Bradesco Seguros, a qual é parte integrante
da estrutura de gerenciamento de riscos da Organização. Esta área tem como uma de suas
principais atribuições o desenvolvimento de modelo interno para o cálculo do capital econômico
baseado no risco de subscrição. Este processo de gerenciamento está em conformidade com as
políticas, normas e procedimentos da Organização e busca diversificar as operações de seguros
visando primar pelo balanceamento da carteira e se sustenta no agrupamento de riscos com
características similares, de forma a reduzir o impacto de riscos isolados.
Instituições Relevantes
Destacamos a seguir as principais sociedades, com participação direta e indireta, incluídas nas
demonstrações contábeis:
R$ milhões
dez/15
Total do
Patrimônio Líquido
Total do Ativo
Descrição de Atividade
Ramo Financeiro - País
Banco Alvorada S.A.
19.554
18.771
Banco Bradesco Financiamentos S.A.
48.828
9.650
Bancária
Banco Bradesco BBI S.A.
9.887
7.026
Banco de Investimentos
Banco Boavista Interatlântico S.A.
2.446
2.373
Bancária
572
132
Bancária
40.124
2.374
C artões
Bradesco Administradora de C onsórcios Ltda.
3.674
3.133
Administradora de C onsórcios
Banco Bradesco BERJ S.A.
7.221
4.662
Bancária
95.105
3.098
Arrendamento
2.740
895
C orretora
388
332
Administradora de Ativos
C orretora
Banco C BSS S.A.
Banco Bradesco C artões S.A.
Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil
Bradesco S.A. C orretora de Títulos e Valores Mobiliários
BRAM - Bradesco Asset Management S.A. D.T.V.M.
Ágora C orretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.
Bancária
907
459
Banco Bradescard S.A.
7.439
2.737
C artões
Tempo Serviços Ltda.
2.927
2.527
Prestação de Serviços
Ramo Financeiro - Exterior
Banco Bradesco Argentina S.A.
Banco Bradesco Europa S.A.
Bradesco - Agência Grand C ayman Branch
Bradesco - Agência New York Branch
Bradesco Securities, Inc.
Bradesco Secutities, Uk
177
164
Bancária
19.472
1.673
Bancária
146.550
48.717
Bancária
71.051
1.822
Bancária
117
107
C orretora
40
30
C orretora
59
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Ramo Segurador, de Previdência e de Capitalização
Bradesco Argentina de Seguros S.A.
Bradesco Auto/Re C ompanhia de Seguros
Bradesco C apitalização S.A.
Bradesco Saúde S.A.
Odontoprev S.A.
1
Seguradora
1.831
Seguradora
7.621
447
13.875
4.724
C apitalização
Seguradora/Dental
1.181
620
18.898
13.839
164.658
5.055
1.277
602
Seguradora
Holding
Bradesco Seguros S.A.
Bradesco Vida e Previdência S.A.
3
8.178
Atlântica C ompanhia de Seguros
Saúde Dental
Seguradora
Previdência/Seguradora
Outras Atividades
Andorra Holdings S.A.
373
373
25.023
21.114
77
45
10.997
10.275
BSP Empreendimentos Imobiliários S.A.
1.621
1.611
Imobiliária
C ia. Securitizadora de C rédito Financiamento Rubi
1.596
1.551
Aquisição de C réditos
C olumbus Holdings S.A.
7.271
7.222
Holding
Nova Paiol Participações S.A.
1.617
1.615
Holding
808
463
Holding
Bradesco FI RF Master Previdência
29.951
29.950
Fundo de investimento
Bradesco FI Referenciado DI União
10.245
10.245
Fundo de investimento
Bradesco FI RF C red. Priv. Master
6.942
6.942
Fundo de investimento
Bradesco FI Referenciado DI Master
3.031
3.031
Fundo de investimento
Bradesco F.I.C .F.I. R.F. VGBL F10
33.921
33.892
Fundo de investimento
Bradesco Private FIC FI RF PGBL/VGBL Ativo
14.682
14.672
Fundo de investimento
Bradesco F.I. Referenciado DI Performance
28.747
28.746
Fundo de investimento
673
673
Fundo de investimento
15.327
15.286
Fundo de investimento
Bradseg Participações S.A
Bradescor C orretora de Seguros Ltda.
Bradesplan Participações Ltda.
União Participações Ltda.
Holding
C orretora de Seguros
Holding
Fundos de investimentos
Bradesco FI RF Master III Previdência
Bradesco F.I.C .F.I. R.F. VGBL Fix
Participações Societárias
Política contábil das participações societárias
As participações societárias são avaliadas pelo método de equivalência patrimonial ou pelo
método de custo. As participações societárias no exterior são registradas pelo valor original em
moeda estrangeira, convertido para reais, pela taxa de conversão da data da aquisição do
investimento. A atualização cambial é efetuada pela variação da taxa de venda PTAX divulgada
pelo BCB para as respectivas moedas estrangeiras dos países onde os investimentos estão
estabelecidos.
A escolha do método a ser utilizado está de acordo com a legislação pertinente, a saber:
•
Método de equivalência patrimonial: O cálculo do investimento avaliado pelo método de
equivalência patrimonial é realizado mensalmente, com base no balanço patrimonial ou no
balancete de verificação levantado na mesma data ou até, no máximo, dois meses antes,
efetuando-se, nessa hipótese, os ajustes necessários para considerar os efeitos de fatos
extraordinários e/ou relevantes no período. Os balanços patrimoniais ou balancetes de
verificação dos investimentos no exterior são adaptados aos critérios contábeis vigentes no
Brasil e convertidos para reais (pela cotação de fechamento), sendo seus efeitos reconhecidos
no resultado do período.
•
Método de custo: São avaliados pelo custo os investimentos em títulos patrimoniais de
outras sociedades, quando classificados no subgrupo Investimento do Ativo Não Circulante,
60
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
desde que tais sociedades não sejam consideradas coligadas ou controladas (inclusive
controladas em conjunto). Por esse método, os investimentos são registrados pelo custo de
aquisição, deduzido de provisão para perdas.
Apresentamos a seguir, a lista das participações societárias do Conglomerado Prudencial:
R$ milhões
Participação Societária 1
Bradseg Participações Ltda.
Rubi Holdings Ltda.
Valor Contábil
Natureza da Atividade
20.252
Holding
3.667
Holding
Tibre Holdings Ltda.
503
Holding
Bankpar Brasil
451
Serviços
Serel Participações em Imóveis S.A.
409
Holding
Ganant C orretora de Seguros
324
C orretora de Seguros
Brasilia
310
Holding
Finasa Promotora de Vendas Ltda.
302
Serviços
Miramar Holdings S.A.
257
Holding
Embaúba Holdings Ltda.
240
Holding
Imagra Imobiliária e Agrícola Ltda.
236
Imobiliária
Tapajós Holdings
228
Serviços
Neon Holdings S.A.
211
Holding
Kartra Participações
175
Serviços
bankpar C onsultoria
173
Serviços
Trenton Holdings Ltda.
156
Serviços
Bes Investimento do Brasil S.A. – Banco de Investimento
130
Banco de Investimentos
C aetê Holding Ltda.
96
Holding
C ielo
94
Serviços
Bradescard Elo Participações S.A.
85
Holding
Marselha Holdings Ltda.
52
Holding
Bradescor C orretora de Seguros Ltda.
45
C orretora de Seguros
STVD Holdings S.A.
40
Holding
C âmara Interbancária de Pagamentos/Tecnologia Bancária S.A.
37
Serviços
Empresa Brasileira de Soldas Elétricas S.A.
34
Outras Atividades
Manacás Holdings Ltda.
33
Holding
Livelo
33
Serviços
Investimentos BSP EMP IMOB D159
24
Serviços
C BGS
23
Serviços
Investimentos BSP EMP IMOB D108
17
Serviços
IT Partners
16
Serviços
Aquarius Holdings S.A.
15
Holding
Bradport SGPS Sociedade Unipessoal Ltda.
10
Holding
Baneb C orretora de Seguros S.A.
10
C orretora de Seguros
M4U-Multidisplay
9
Serviços
C PM Holding Ltda.
9
Serviços
Belak Participações
7
Serviços
Bradesco North America LLC Delaware - USA
6
Serviços
Servinet Serviços S/C Ltda.
6
Serviços
61
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Aliança Pagamentos e Participações Ltda.
4
Outras Atividades
Bradesco Service C o. Ltda
4
Holding
Shopfácil Soluções em C omércio Eletrônico S.A.
3
Serviços
Ágora Educacional Ltda.
2
Serviços
SETTLE
1
Serviços
RFS Human
1
Serviços
Leader S.A. Administradora de C artões de C rédito
1
Serviços
(1) As empresas apresentadas são de capital fechado, não negociadas em bolsa; não possuem preço cotado no mercado, bem como,
sem a ocorrência de ganho/perda na venda/liquidação, não realizado, reconhecidos ou não reconhecidos.
62
4T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Lista de Abreviaturas
A
ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar
AMA - Advanced Measuarement Approch (Abordagem Avançada do Modelo)
B
BC B - Banco C entral do Brasil
BIS - Bank for International Settlements (Banco para C ompensações Internacionais)
BC E - Banco C entral Europeu
BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
C
C DI - C ertificado de Depósito Interbancário
C DC - C rédito Direto ao C onsumidor
C DS - Credit Default Swap
C MN - C onselho Monetário Nacional
C RI - C ertificado de Recebíveis Imobiliários
D
DC IR - Departamento de C ontrole Integrado de Riscos
DI - Depósito Interbancário
DPV - Disponível para venda
E
EVE - Economic Value Equity
F
FED - Federal Reserve
FIDC - Fundos de Investimentos em Direitos C reditórios
Finame - Financiamento de máquinas e equipamentos
FPR - Fator de Ponderação de Risco
I
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
IC AAP - Processo Interno de Avaliação da Adequação de C apital
IGP-M - Índice Geral de Preços do Mercado
IFC - International Finance C orporation
IPC A - Índice Nacional de Preços ao C onsumidor
O
ORX - Operational Riskdata eXchange Association (consórcio mundial de base de dados de perdas operacionais)
P
PIB - Produto Interno Bruto
PRI - Principles for Responsible Investment (Princípios para o Investimento Responsável)
PTAX - Taxa média de câmbio de referência publicada pelo Bacen
R
RML - Reserva Mínima de Liquidez
RWA - Risk Weighted Assets (Ativos ponderados pelo risco)
S
SELIC - Sistema Especial de Liquidação e de C ustódia
SUSEP - Superintendência de Seguros Privados
T
TVM - Títulos e Valores Mobiliários
V
VaR - Value at Risk
VIX - C ontrato derivativo baseado na volatilidade do futuro do índice S&P 500
63
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