Setor de Educação de Jovens e Adultos ÁREA: Ciências da Natureza II PODCAST: Evolução das espécies. E o que os fósseis tem a ver com isso? DURAÇÃO: 4’40’’ ─ Olá, sou a professora Gizele, especialista de biologia, da Fundação Bradesco. Que tal conversarmos um pouco sobre evolução?! ─ Você já imaginou andar pelas ruas da cidade na companhia de um tiranossauro Rex? Como se ele fosse um cachorrinho perdido a procura de alimento? ─ O mais engraçado é que seria bem capaz de o alimento, ou melhor, aperitivo, ser você! ─Isso é engraçado porque é impossível nos tempos de hoje encontrarmos um dinossauro vagando pelas ruas à procura de alimento. Se fosse possível, a convivência com ele não seria nada agradável. ─ E ai? Dá para saber se os dinossauros realmente existiram? ─ Bem, se pensarmos em fósseis, fica mais fácil acreditar. ─ Fósseis nada mais são do que restos ou vestígios, de seres vivos que viveram no passado. O fóssil é uma das evidências mais seguras de que a evolução dos seres vivos foi possível. ─ A pegada de um dinossauro é uma pista de que ele realmente existiu. A carcaça de um animal ou até mesmo um vestígio de uma bactéria são considerados fósseis. ─ Quando se encontra uma mandíbula de um ser que viveu milhões de anos atrás, dá para ter uma noção de como ele se alimentava, caçava, e até mesmo, vivia. E ainda podemos saber se tem algum parentesco com seres que vivem atualmente. ─ Essa coisa de parentesco é que é meio estranha! ─ Quando alguém diz que temos parentesco com outros mamíferos que não são os humanos, é difícil de entender. ─ O que isso quer dizer, na verdade, é que possuímos características homólogas entre os outros mamíferos. Ai, esses nomes difíceis... Continuando... ─ Vou citar um exemplo de característica homóloga: os braços humanos possuem semelhanças com as estruturas ósseas das asas do morcego. ─ Essas características similares é que chamamos de homólogas. Podcast Fundação Bradesco 1 Setor de Educação de Jovens e Adultos ─ Aí podemos dizer que derivamos do mesmo grupo de um ancestral que originou todos os mamíferos! Que é o que chamamos de ancestral em comum. E esse grupo ancestral já está extinto. ─ Isso tudo prova que a evolução de uma espécie só ocorre quando há extinção da outra. ─ Em alguns casos, organismos de uma mesma espécie, que vivem em regiões diversas, podem se tornar diferentes por causa das necessidades que o ambiente impõe. ─ O ambiente, nesse caso, atua como um agente selecionador de organismos com características vantajosas. ─ E essas adaptações são essenciais para que ocorra a seleção natural. E ai? Você sabe o que é seleção natural? ─ A seleção natural é quando o ambiente seleciona os organismos mais fortes, ou melhor, são organismos de uma determinada espécie que, quando expostos a situações limitantes, testam sua capacidade de lutar pela sua sobrevivência. ─ E se ele tiver condições em se adaptar a esse fator limitante e livrar seu pescocinho e continuar vivendo. Mas nem sempre terá um pescocinho ou uma patinha para livrar. ─ Como é o caso das chamadas “superbactérias”, que atualmente têm deixado a ciência de pernas para o ar! Tornaram-se resistentes ao tratamento com antibióticos. Isso foi possível, por causa, do uso descontrolado desse tipo de medicação. ─ É o fator limitante se encarregando de selecionar os organismos mais fortes. ─ Essa característica nova agora passará de geração para geração. ─ E tem mais, fique bem atento! Se as modificações causarem a extinção de uma espécie e o aparecimento de outra, com as características novas, possivelmente teremos evolução. ─ A evolução não ocorre do dia para a noite, seu tempo varia de acordo com a complexidade e necessidade de uma determinada espécie sobreviver às modificações do ambiente. ─ E ai? Entendeu a evolução? Que somos resultado de um processo natural de modificações ao longo do tempo? ─ Beleza, e até a próxima! Eu sou a professora Gizele, especialista de biologia, da Fundação Bradesco. E te espero para um novo encontro. Podcast Fundação Bradesco 2