Renascimento

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Renascimento
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O Nascimento de Vênus - 1485 - Sandro Botticelli
O conjunto de transformações que tomaram conta da Europa e que deram origem ao
movimento renascentista teve início no período conhecido como Baixa Idade Média. Entre o
século 11 e 14, a Europa ocidental foi marcada pelo processo de desenvolvimento do comércio,
surgimento da burguesia e crescente urbanização. Acompanhando essas mudanças, várias
transformações ocorreram no campo das artes, da política, das técnicas e do próprio
conhecimento que o ser humano tinha do Universo e de si mesmo. Esse movimento alterou
profundamente o modo de vida das pessoas e sua mentalidade. Essa grande convulsão cultural,
chamada Renascimento, abriu caminho aos tempos modernos.
É importante notar que nem a Idade Média foi, em toda a sua duração, um período de
trevas, nem o Renascimento representou uma ruptura total com a Idade Média, e nem foi um
simples reviver da cultura clássica. Se, por um lado, admirava o passado clássico, o homem
renascentista tinha também a consciência de que o estava ultrapassando.
O Renascimento surgiu na Itália, em virtude das condições extremamente favoráveis que
essa região apresentava. Basta lembrar o grande desenvolvimento das repúblicas italianas
(Florença, Veneza, Gênova, entre outras), extremamente enriquecidas devido ao monopólio do
comércio de especiarias orientais. A tradição clássica também era muito mais vigorosa na Itália
do que em outras regiões europeias, e a atuação dos mecenas se fez sentir com extraordinário
vigor.
A ciência procurou explicar o mundo através de novas teorias, fugindo às interpretações
religiosas típicas do período histórico anterior. O grande destaque é a utilização do método
experimental, base da criação da ciência moderna. O Racionalismo é a característica dominante
desse movimento, que será precursor de uma verdadeira revolução científica no século 17.
O retrato pictórico surge no Renascimento
como um tema independente. Durante a
Idade Média, apenas os reis e rainhas
apareciam nas pinturas, mas sempre
ladeados pelos santos. Até o surgimento
da máquina fotográfica, se você queria
que sua imagem se perpetuasse, teria que
posar para um pintor. Difícil de imaginar
essa situação hoje, com o acesso às
máquinas digitais e a todas as
possibilidades trazidas pelo computador.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Raffael_036.jpg
Retrato de Maddalena Doni – 1506 - Rafael Sanzio
Nesse contexto, a arte já não aparece como uma simples atividade manual, artesã, que
tem como único fim tornar a mensagem divina mais clara. Agora é um meio de investigação e um
conhecimento cada vez mais aberto à realidade visual ou histórica; um instrumento dotado de
bases teóricas para o qual se reivindica um dos primeiros postos entre as atividades intelectuais,
dada a complexidade de conhecimento que seus praticantes terão e a natureza mental do seu
trabalho.
O artista do Renascimento não vê mais o homem como um simples observador do mundo
que expressa a grandeza de Deus, mas como a expressão mais grandiosa do próprio Deus. E o
mundo é pensado como uma realidade a ser compreendida cientificamente, e não apenas
admirada.
Tão famosos e importantes quanto as
pinturas são os manuscritos de Leonardo
da Vinci. Da Vinci foi o artista mais
importante do Renascimento, quiçá de
toda a história do Ocidente – um dos
maiores gênios da humanidade, sem
dúvida. Foi, além de pintor, engenheiro,
músico, matemático, anatomista, escultor,
arquiteto, botânico e inventor.
Em relação à imagem ao lado, é
importante observar que o estudo da
anatomia que, durante a Idade Média, era
proibido, permitiu que os artistas
evoluíssem sua visão sobre o corpo
humano e sobre os animais, aprimorando
assim suas técnicas. Os artistas estavam
em busca de harmonia e beleza ideal,
obtidas através de proporções exatas - a
procura da beleza através da matemática.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Da_Vinci_Vitruve_Luc_Viatour.jpg
Homem Vitruviano – 1490 - Leonardo da Vinci
Podemos dividir o Renascimento em três períodos:
Trecento – século 14 – Podemos considerar o período como um “Pré- Renascimento”. A
transição da Idade Média para a Idade Moderna se faz de forma lenta e gradual. As cidades de
Florença e Siena, na Itália, são o foco da grande transformação que se inicia na Arte. O principal
artista do período é Giotto di Bondone, que traz para a pintura os volumes com suas imagens
inspiradas nas estátuas greco-romanas. No entanto, no geral, era ainda uma arte muito
influenciada pela estética bizantina. Outros nomes importantes desse período são: Duccio di
Buoninsegna, Simone Martini, e Cimabue.
A Arte do Trecento ainda está muito
ligada aos ideais góticos. A própria
palavra “gótico” foi cunhada pelos
historiadores renascentistas para
designar a arte do período anterior
como atrasada, bárbara. No entanto
é uma arte requintada, religiosa, mas
que, em muito, difere das estáticas e
chapadas pinturas medievais. A arte
do Trecento já prenuncia as
mudanças estéticas promovidas
pelos artistas renascentistas.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Simone_Martini_020.jpg
Cristo descoberto no Tempo – 1342 - Simone Martini
Quatrocento – século 15 – A ideia de um “renascimento” ganha força, especialmente na Itália,
nesse período. Os artistas estudam as ruínas de Roma, em busca de sua grandeza. Começam a
rejeitar a Arte Gótica sistematicamente, procurando uma arte nova com os cânones de harmonia
e beleza. Os artistas começam a ganhar destaque e são, além de tudo, intelectuais interessados
em matemática, filosofia e ciências naturais. Principais artistas do período: Piero della Francesca,
Fra Angelico, Sandro Botticelli, Fillipo Brunelleschi, Tomaso Masaccio, Donatello e Jan Van Eyck.
Nessa pintura, é possível observar o
abandono da pintura decorativa e o
uso das técnicas renascentistas,
como a perspectiva e o uso do
claro/escuro. A Arte, nesse momento,
já não possui nenhuma relação com
a Arte da Idade Média. O tema da
“Anunciação de Maria” é um dos
preferidos pelos pintores religiosos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Fra_Angelico_043.jpg
Anunciação – Fra Angélico -1437-1446
Cinquecento – século 16 – O auge do Renascimento, quando irão aparecer as figuras mais
importantes, assim como as obras mais fabulosas. O homem do Renascimento, tal como o
conhecemos e reverenciamos até hoje, se encontra nesse período. O artista, exímio artesão e
intelectual prestigiado nas corte dos reis e papas, está no seu apogeu. O estilo torna-se comum
na Europa, e Roma toma o lugar de Florença como o centro cultural mais importante da Europa.
É o período das grandes navegações, o mundo torna-se maior e a arte acompanha todas as
inovações e também participa delas. Principais nomes da época: Leonardo Da Vinci,
Michelangelo Buonarroti, Rafael Sanzio, Ticiano, Mattias Grunewald, Hieronymus Bosch, Donato
Bramante e Albrecht Durer.
Michelangelo Buonarroti é um nome
fundamental no Renascimento. Um
gênio comparável a Leonardo da Vinci,
seu rival direto. O teto da Capela
Sistina é uma das obras mais
importantes do período. Uma pintura
de 13 metros por 39, realizada
exclusivamente por Michelangelo, onde
temas
cristãos
e
pagãos
se
entrelaçam. É importante observar que
a pintura mitológica, tema abandonado
desde a Roma Antiga, renasce com
todo vigor durante o Renascimento.
Durante o Barroco, surgiu outro
Michelangelo
muito
famoso,
o
Caravagio. Pesquise suas pinturas: o
mestre maior do Barroco imprimia em
suas pinturas um realismo que até hoje
impressiona.
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/71/Michelangelo_-_Cristo_Juiz2.jpg
Sibila délfica: detalhe afresco na Capela Sistina, 1534–41 - Michelangelo Buonarroti
Albrecht Dürer foi o maior mestre
renascentista dos países nórdicos.
Observe a quantidade de personagens
nessa imagem e como é possível
observar cada detalhe com precisão. O
Renascimento,
já
amadurecido,
apresenta-se
nessa
pintura.
O
Cinquecento é o auge do Renascimento.
O Renascimento, originalmente italiano,
torna-se um estilo internacional.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Adora%C3%A7%C3%A3o_da_Sant%C3%ADssima_Trindade.jpg
Adoração da Santíssima Trindade- 1511- Albrecht Dürer
Os Quatro Patamares da Arte Renascentista:
Pintura a óleo
Essa técnica é mais difundida
durante o Renascimento: um
mineral, como o lápis-lazúli, era
moído e o pó resultante, misturado
a terebintina e aplicado sobre a
tela.
A pintura a óleo proporcionou o
aumento das opções de cores,
suavidade
nas
nuances
de
tonalidades. Tudo isso permitiu aos
pintores representar texturas e
simular formas em três dimensões.
Inicialmente pensava-se que Jan
van Eyck, pintor flamengo, teria
inventado a pintura a óleo, mas,
atualmente, estudos provam que
ele apenas aperfeiçoou a técnica
que já existia em Flandres, criando
a tinta a óleo com secagem rápida,
ainda hoje utilizada.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Van_Eyck_-_Arnolfini_Portrait.jpg
O Casal Arnolfini – 1434 – Jan Van Eyck
Perspectiva Científica
Essa magnífica obra de Antonio
Pollaiuolo, de 1475, representa bem
a importância dessa inovação, que
é um dos maiores trunfos do
Renascimento. A perspectiva, que
cria a ilusão de profundidade numa
superfície plana, possibilitou aos
artistas criarem amplos espaços,
organizados em planos. Observe
como todas as linhas do quadro se
convergem para a cabeça de São
Sebastião e a impressão certeira de
que há, no fundo do quadro, um
grande campo ao longe.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Antonio_del_Pollaiolo_-_Martyrdom_of_St_Sebastian_-_WGA18032.jpg
O Martírio de São Sebastião – 1475- Antonio Pollaiuolo
O chiaroscuro
Pronuncia-se “quiaroscuro”, conhecido
popularmente como luz e sombra, mas
corretamente traduzido como claro/escuro,
possibilita criar volume nas imagens. A
técnica permite modelar formas em que as
partes mais claras parecem emergir das
áreas mais escuras, produzindo, na
superfície plana, a ilusão de um relevo
escultural. Perceba, no autorretrato do
pintor veneziano Ticiano, como o jogo de
luz e sombra é bem utilizado, possibilitando
ao artista produzir um retrato com
características bastante naturalistas. Os
artistas do período posterior, o Barroco,
utilizaram a técnica com maestria, dando
um aspecto bastante realistas e dramático
às suas pinturas.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Tizian_090.jpg
Autorretrato – 1567 - Ticiano
A Configuração em pirâmide
Os rígidos retratos em perfil e o
agrupamento de figuras numa grade
horizontal, no primeiro plano da pintura,
foram
substituídos
por
uma
"configuração piramidal", o que gera,
ainda mais, tridimensionalidade à
pintura. Observe, no quadro ao lado,
como
a
figura
central,
Jesus
Ressuscitado, se sobressai, sendo ela o
topo da pirâmide. O efeito tridimensional
e simétrico, produzido com essa técnica,
proporciona também mais harmonia à
obra.
Um detalhe curioso dessa obra: um dos
apóstolos, o que possui os olhos
fechados, mas o rosto voltado para
frente, é o autorretrato do próprio pintor.
Na época de Pierro, o Quatrocento,
ainda não era comum os pintores
produzirem retratos independentes,
sendo essa a única forma de
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Resurrection.JPG
autorretrato, inserindo-se este no tema A Ressurreição de Cristo – 1450 - Piero della Francesca
da pintura.
*obras da fotomontagem:
Foto de Gisele Gisele Bundchen
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Gisele_Bundchen2_cropped.jpg>
Modas de Paris em 1837
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Moda_paryska_1837.jpg>
Indígenas do Pará 1834
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Indios_para_1894_00.jpg>.
Renascimento e Estética
Fotomontagem sobre a obra Escola de Atenas, pintura de Rafael Sânzio. *
Quando você pensa na palavra “estética”, o que vem à sua mente? A palavra é muito
empregada em anúncios publicitários: “clínica de estética”, “estética odontológica”, e “cirurgia
estética”, por exemplo. Logo, podemos deduzir que estética está ligada à beleza. Nossa
sociedade tem uma obsessão por beleza. Busca-se, hoje, a beleza, em tudo: na roupa, na pele,
nos dentes e até mesmo nos animais, com seus inúmeros pet shops pelas cidades afora. E
beleza, na arte, nunca foi tão importante quanto no Renascimento. Mas você sabia que “estética”
também é campo de estudo da Filosofia?
Estética ou, no grego, aisthésis, significa percepção, sensação. É um ramo da filosofia que
tem por objeto o estudo da natureza do belo e dos fundamentos da arte. Então, beleza é coisa
séria. A estética procura descobrir porque algo é considerado belo. Imagine um índio, que nunca
teve contato com a civilização ocidental cristã, indo a um desfile de moda. Será que ele acharia a
modelo mais famosa do momento, de fato, bonita? Será que ele iria estranhar o salto alto, o
batom e as roupas da modelo? Obviamente que ele não acharia nada daquilo bonito, pois seus
padrões de beleza são diferentes. Em outras palavras, a beleza é algo cultural que se transforma
como a sociedade se transforma. Para entender isso, basta outro simples exemplo: as roupas da
Idade Média já não são usadas hoje porque os tempos são outros e aquilo que consideramos
bonito ou feio se modifica com o passar do tempo.
Quando for julgar a beleza de uma obra de Arte, ou mesmo uma pessoa, temos que levar
em conta muita coisa. Por que tal arte foi tão apreciada em determinado período? Porque os
gostos, a cultura e a sociedade eram outros, os padrões se modificam.
No Renascimento, os artistas procuravam a beleza ideal, seguindo padrões bem
específicos, os chamados cânones. O tema principal da Arte era esse. No entanto, durante o
Modernismo, ou mesmo durante a Idade Média, a finalidade da Arte era outra.
As pessoas, ainda hoje, no que se refere à Arte, são muito apegadas às ideias do
Renascimento, considerando uma obra de Arte bonita, quando ela imita, com perfeição, a
realidade. O fim da arte não é a busca da imagem perfeita e sim a busca de responder questões
importantes para a sua época.
Pesquise com seus colegas o estilo de arte chamada “Hiperrrealismo” e vocês verão que
os artistas contemporâneos, em muito, superaram os renascentistas no que se refere à cópia da
realidade. Mas isso só foi possível devido aos avanços técnicos no campo da fotografia e do
vídeo. Nossa sensação de realidade também já foi bastante alterada; vide as projeções em três
dimensões de nossa época.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Giovanni_Bellini_Sacra_Conversatione.jpg
Renascimento
Sacra conversazione – 1505/1510
Giovanni Bellini
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Motel_Office_painted_mid_on_%2780th.j
pg
Hiperrealismo
Motel office – 1985
Guerrino Boatto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Marianne_von_Werefkin_Selbstbildnis_um_19
10-1.jpg
Expressionismo
Autorretrato – 1910
Marianne von Werefkin
Observe as pinturas acima.
Converse com seus colegas sobre
como a noção de beleza modifica-se
com o tempo. Por exemplo, a imagem
de Rafael - “Retrato de Maddalena
Doni”, na introdução desse texto, é
uma mulher com formas mais
arredondadas do que as modelos dos
concursos de beleza de hoje. Aquela
mulher “cheinha” era o padrão de
beleza dos tempos renascentistas. Ou
seja, nossa noção de beleza, seja na
arte ou no dia a dia, é um fator cultural,
transitório e mutável. E a Arte
Abstrata? Como analisar sua beleza,
se nem ao menos ela contém imagens
figurativas?
Com diz o ditado: a beleza está nos
olhos de quem vê.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Fugue.JPG
Fuga, 1914, Wassily Kandinsky
De quem ri a Mona Lisa?
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mona_Lisa,_by_Leonardo_da_Vinci,_from_C2RMF_retouched.jpg
O quadro Mona Lisa, ou a Gioconda, é uma obra do artista Leonardo da Vinci. Uma pintura
iniciada em 1503 e terminada em 1506. Com a técnica óleo sobre madeira, possui pequenas
proporções, 77 x 53 cm. Se você tem mais de cinco anos de idade e nasceu especialmente no
Ocidente, já viu alguma reprodução dessa obra. Todo mundo conhece, talvez seja a obra de arte
mais famosa do mundo. Mas será que as pessoas já pararam para pensar por que ela é tão
famosa?
A modelo da foto, com seu sorriso enigmático, é provavelmente Lisa Gherardini ou del
Giocondo, esposa do rico comerciante de Florença Francesco del Giocondo, um membro da
família Gherardini de Florença e da Toscana. A pintura impressionou imensamente seus
contemporâneos, pois, até então, não havia pintura mais realista do que essa. É importante
observar que não havia ainda a fotografia.
Leonardo usou a técnica do chiaroscuro, porém de modo mais audacioso, utilizando o
sfumato, que faz com que as pinceladas desapareçam.
“Leonardo da Vinci contribuiu para a arte do sfumato, quando ele percebeu que o verniz de madeira reagia
com a tinta a óleo. Após uma primeira mão de tinta, ainda com o quadro apresentando marcas de pincéis,
Leonardo da Vinci passava uma mão de verniz de madeira sobre a pintura, fazendo com que o verniz
borrasse a tinta a óleo, gerando um gradiente perfeito e mascarando a sensação de pincelada. O processo
de passar o verniz por sobre a pintura era repetido várias vezes durante o processo de criação da obra.”
Fonte: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Sfumato>
O Sorriso de Mona Lisa é alvo de estudos até hoje. Com computadores de última geração,
os pesquisadores alemães recorreram a um software próprio para reconhecimento de emoções.
Os pesquisadores chegaram à conclusão de que Mona Lisa está feliz, mas seu sorriso continua
um enigma para os historiadores.
Com esse retrato, Leonardo chega ao ápice da perfeição, busca obstinada de todos os
artistas do período. Essa obra foi um modelo a ser seguido por todos os retratistas até a Idade
Contemporânea. Vários artistas fizeram cópias e releituras dessa obra. Artistas, como Marcel
Duchamp, Salvador Dalí e, até mesmo, Rafael, contemporâneo de Da Vinci, estão entre os
artistas que se inspiraram nessa obra.
O jovem e o inventor Leonardo da Vinci
O Canal de televisão FOX lançou, em 2013, uma série sobre a juventude de Leonardo da
Vinci. Na história, o jovem Leonardo, com seus vinte e cinco anos, luta contra a Igreja Católica
para libertar o conhecimento no mundo. Um conflito entre fé e razão, em que Leonardo é um
gênio cercado pelos poderosos que preferem viver na escuridão.
Criada por David S. Goyer, a série é um drama de aventura, que tem como protagonista
uma versão ficcional do Leonardo da Vinci. Da Vinci é transformado em um super-herói sem
poderes, em plena era da Renascença, em Florença; um Batman Renascentista. Uma super
produção, com efeitos especiais incríveis, que pode nos ensinar muito sobre a arte e os costumes
dos italianos do período.
Assista o incrível documentário sobre a vida e as invenções de Leonardo da Vinci através
do link: https://www.youtube.com/watch?v=XDhqc1zxWS8.
Leonardo da Vinci, além de pintor, também era inventor obcecado por voar, mas que criou
também armas para os exércitos renascentistas. Importante notar que, até para Leonardo da
Vinci, a Arte não era um ofício nobre. Leonardo da Vinci, com seu espírito empreendedor, foi
responsável por elevar o status do artista na sociedade.
Depois de assistir ao vídeo, reflita com seus colegas sobre os seguintes pontos:
- As relação entre o mecenas e os artistas;
- O empirismo de suas experiências e o nascimento da ciência moderna;
- As relações políticas entre o alto clero e os burgueses;
- A direção de arte: figurinos e cenários;
- A reconstituição das invenções de Da Vinci e sua relação com os materiais
utilizados na época;
- As particularidades da tinta a óleo;
- As diferenças entre o ofício de artista, na época do Renascimento, e a função do
artista hoje.
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