H0689 O PENSAMENTO GEOGRÁFICO DE LEONARDO DA VINCI: ESTUDO DO MAPA DE ÍMOLA (1502) Stefan Valim Menke (Bolsista PIBIC/CNPq) e Profa. Dra. Silvia Fernanda de Mendonça Figueirôa (Orientadora), Instituto de Geociências - IG, UNICAMP Leonardo da Vinci (1452-1519) foi considerado o "homem universal" do Renascimento, devido aos seus trabalhos em diversas áreas do conhecimento. Destacam-se, neste estudo, os trabalhos relacionados à cartografia, realizados durante o período em que Leonardo torna-se engenheiro militar de César Bórgia, em 1502. A metodologia baseia-se na contextualização, recorrendo-se a uma vasta revisão bibliográfica, de Leonardo da Vinci inserido numa sociedade, num determinado contexto histórico (segunda metade do século XV e começo do século XVI) afetado por forças políticas, sociais, econômicas e culturais. Os objetivos da pesquisa recaem sobre: conectar o entendimento do contexto histórico renascentista aos trabalhos de história do pensamento geográfico; das bases da formação da geografia moderna; de um momento na história do conhecimento científico em que a arte (como visão e representação do mundo) e a ciência se complementam por meio da observação e representação através de técnicas geométricas (perspectiva); do pensamento geográfico de Leonardo da Vinci, com enfoque no mapa de Ímola, produzido em 1502. A partir da revisão bibliográfica, pode-se afirmar que o mapa foi produzido num contexto de instabilidade política, devido à invasão de César Bórgia aos territórios do atual norte da Itália. O mapa de Ímola foi produzido seguindo preceitos teóricos já estabelecidos por Leon Battista Alberti, no seu mapa de Roma, com grande influência de teorias de projeção ptolomaicas. Deve-se destacar a representação do rio Santerno (na parte meridional do mapa) que transmite uma clara idéia de movimento e força da água, vindos de seus estudos de observação desse meio fluido. Leonardo da Vinci - Cartografia - Renascimento