Análise Matemática I - EPGE/FGV Professor: Alexandre Madureira Monitor: Raphael Galvão Gabarito - Lista 4 Exercício 1 A resolução será dividida em 3 casos: (i) x1 = 0 ) xn = 0 8n 2 N: p 1 ; logo a (ii) x1 1 ) Se para n 2 N xn 1 ) xn+1 = xn p p p sequência é limitada inferiormente. Ainda, x2 = x1 x1 : x1 = x1 e se p para n 2 N xn 1 ) xn+1 = xn xn e a sequência é monótona decrescente. Por ser limitada inferiormente, p a sequência converge ) x = limn!1 xn = p p limn!1 xn+1 = limn!1 xn = limn!1 xn = x ) x = 0 ou x = 1: Como xn 1 8n 2 N ) x = 1: p (iii) x1 2 (0; 1) ) x2 = x1 2 [x1 ; 1] . Supondo para n 2 N que xn 2 p [x1 ; 1] ) xn+1 = xn 2 [x1 ; 1] e, por indução, xn 2 [x1 ; 1] 8n 2 N. Como p xn 2 [x1 ; 1] 8n 2 N; xn+1 = xn xn , segue que a sequência é monótana crescente e limitada, logo converge. Então, se x p é limite dessa sequência, usando argumento análogo ao do caso anterior, x = x ) x = 0 ou x = 1: Como xn x1 8n 2 N ) x x1 > 0 ) x = 1: Em resumo, xn ! 1; se x1 2 (0; +1) e xn ! 0; se x1 = 0: Exercício 2 (1) ) (2) K é compacto) K é limitado, logo toda sequência em K possui subsequência convergente, e K é fechado, então toda sequência convergente em K tem limite contido em K. (2) ) (1) Toda sequência convergente em K tem subsequência convergente com limite em K. Como o limite da subsequência convergente é o mesmo da sequência original, então toda sequência convergente em K tem limite em K, logo o conjunto é fechado. Agora, resta provar que se toda sequência em K possui subsequência convergente, então K é limitado. Dem: S.p.c. que K não seja limitado, logo 8M 2 R 9x 2 K tal que kxk > M: Então, pode-se construir uma sequência em K que não possui subsequência convergente. De…nindo x1 2 K ) tome x2 2 K, t.q. kx2 k kx1 k + 1: Supondo de…nido xn , t.q. kxn k kxn 1 k+1 kx1 k+1; podemos tomar xn+1 2 K; com kxn+1 k kxn k+1: Desta forma, …ca de…nida uma sequência (xn )n2N em K que não possui subsequência convergente, pois kxn+1 k kxn+1 xn k+kxn k ) kxn+1 xn k kxn+1 k kxn k 1; 8n 2 N. Contradição. Exercício 3 f (x) > 0 ) f (x) = " > 0. Como f é contínua, 9 > 0; tal que 8y 2 Rm ; se kx yk < ) jf (x) f (y)j < "=2 ) f (y) > f (x) "=2 = "=2 > 0: Logo, 8y 2 B (x); f (y) > 0. 1 Exercício 4 Seja f : A ! Rn : Se f é contração, então 9 2 [0; 1), tal que kf (x) f (y)k kx yk ; 8x; y 2 A: Dado " > 0; tome x 2 A ) 8y 2 A tal que kx yk < "= ) kf (x) f (y)k kx yk < :("= ) = " ) f é contínua em x e, como x é arbitrário, temos o resultado. Exercício 5 Seja A = fx 2 [0; 1] : f (x) < 0g : Temos que A é não-vazio (0 2 A) e, da continuidade de f , 9c 2 (0; 1); tal que f (c) = 0. Do Exercício 3, se f (x) > 0 (< 0); existe vizinhança aberta de x na qual f é estritamente positiva (negativa). Então, se f (x) < 0, 9 > 0; t.q. f (x + =2) < 0; logo x não é cota superior de A e f (s) 0. S.p.c. que f (s) > 0 ) 8" > 0; 9x" s "; t.q. f (x" ) < 0. Contradição com o fato de que existe vizinhança aberta de x na qual f é estritamente positiva. Portanto, f (s) = 0 Exercício 6 Como [a; b] é compacto, segue que f é uniformemente contínua. Logo, dado " > 0, 9 > 0 tal que 8x; y 2 [a; b] ; se jx yj < ) jf (x) f (y)j < ": Seja n 2 N, tal que (b a)=n < : De…na ai = a + i(b a)=n; i = 0; 1; :::; n; i.e., (ai ai 1 ) = (b a)=n; 8i 2 f1; :::; ng : Então; se x; y 2 [ai 1 ; ai ] ; jx yj (b a)=n < ) jf (x) f (y)j < "; 8i 2 f1; :::; ng 2