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XXIV SIMPÓSIO DE PLANTAS MEDICINAIS DO BRASIL
Belo Horizonte – MG – 21 a 24/09/2016
Avaliação da toxicidade subcrônica do extrato etanólico de Calea uniflora
less
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1
Michele Daros Freitas (PG)*, Paula da Silva Cardoso (PG), Renato Panhan (IC) , Patrícia de Aguiar
1
1
Amaral (PQ), Silvia DalBó (PQ)
1
Laboratório de Plantas Medicinais (LAPLAM/PPGCA/UNAHCE). Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC),
Av. Universitária, 1105 - Bairro Universitário CEP: 88806-000 - Criciúma-SC. [email protected]
Palavras Chave: Calea uniflora, Ensaios toxicológicos, Atividades farmacológicas, Inibição enzimática.
Introdução
A espécie Calea uniflora Less, popularmente
conhecida como Arnica ou Arnica da praia, é
amplamente utilizada na medicina popular do sul de
Santa Catarina e há poucos estudos sobre os seus
efeitos toxicológicos1. Portanto o trabalho teve o
objetivo de realizar um estudo sobre a atividade
toxicológica subcrônica in vivo do extrato etanólico
da planta em ratos Wistar. O extrato etanolico de
Calea uniflora foi obtido através da maceração das
inflorescências da planta em álcool 70%, durante 15
dias sob agitação ocasional. Os animais receberam o
tratamento durante 1 mês. Estes foram divididos em
5 grupos: 1) controle: tratado com água destilada de
acordo com seu peso corporal via oral (gavagem); 2)
teste 100mg: tratado de acordo com seu corporal via
oral (gavagem) na dose 100mg do extrato etanólico;
3) teste 250mg: tratado de acordo com seu corporal
via oral (gavagem) na dose 250mg do extrato
etanólico; 4) teste 500mg: tratado de acordo com
seu corporal via oral (gavagem) na dose 500mg do
extrato etanólico; 5) teste 1000mg: tratado de
acordo com seu corporal via oral (gavagem) na dose
1000mg do extrato etanólico. Após o período de 15
e 30 dias os animais foram avaliados através do
ensaio comportamental do rota rod2. Terminado o
período de tratamento os animais foram
eutanasiados por aprofundamento de anestesia. Os
órgaos: coração, rím, pulmão e fígado foram
retirados de todos os animais e a partir disto foram
feitas comparações entre o peso dos órgãos dos
animais que pertenciam ao grupo teste com aos
animais pertecentes ao grupo controle.
Resultados e Discussão
Os animais apresentaram sinais de toxicidade em
todos os grupos, como piloereção, sinais de tosse,
sangramento do nariz e dificuldade respiratória,
ocorrendo um total de 28 mortes durante todo o
teste. O grupo controle não apresentou sinais de
toxicidade. Os resultados sugerem uma possível
reação no sistema respiratório e no sistema nervoso
central, sendo que houve um aumento significativo
dos pulmões em grupos tratados com Calea
uniflora. O resultado foi constatado através da
diferença de peso deste órgão dos animais
pertencentes ao grupo contole e dos que pertenciam
ao grupo teste. Na análise comportamental, realizada
através do teste do rota rod houve resultados
indicativos de relaxamento e podem ser explicados
pela presença de cromanonas no extrato, sendo que
estas têm a capacidade de inibir enzimas
relacionadas com a contração muscular, tais como
acetilcolinesterase.
Conclusões
Foi determinado que o extrato etánolico de Calea
uniflora Less apresentou toxidade no teste
subcrônico, porém são necessários mais estudos em
relação a fitoquímica e toxicidade da planta para
descrever de forma mais exata sua ação no
organismo.
Agradecimentos
Os autores agradem a Coordenadoria de Pessoal de
Nível Superior (CAPES), a Fundação e Amparo a
Pesquisa de Santa Catarina (FAPESC) e ao
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação
Científica (PIBIC).
Referências
1 ROSSATO, A.E; CHAVES, T.R.C. Dinâmica utilizada no
levantamento das informações que constam neste livro. In: ROSSATO,
A.E. et al. (Org.) Fitoterapia Racional: aspectos taxonômicos,
agroecológicos, etnobotânicos e terapêuticos. p.16-39, Florianópolis:
DIOESC, 2012.
2OLIVEIRA,R.B.;NASCIMENTO,M.V.M.;VALADARES,M.C.;PAUL
A,J.R.;COSTA,E.A.; CUNHA, L.C. Avaliação dos efeitos depressores
centrais do extrato etanólico das folhas de Synadenium um bellatum
Pax. e de suas frações em camundongos albinos. Brazilian Journal
of Pharmaceutical Sciences. v. 44, n. 3, 2008.
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