1 IV SIMPGEO - Simpósio Paranaense de Pós-Graduação em Geografia Entre o pensar e o fazer em Geografia Unioeste-Campus de Marechal Cândido Rondon – 18 a 20 de junho de 2009 SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS NO DIAGNÓSTICO DAS OCUPAÇÕES IRREGULARES NA CIDADE DE LONDRINA-PR 1 Mariane Mayumi Garcia Takeda 2 Maurício Polidoro 3 Mirian Vizintim Fernandes Barros RESUMO A desordenada ocupação territorial brasileira, observada após a década de 1960, com fortes processos migratórios no sentido campo/cidade, transformou muitas cidades num local de grande desigualdade social. A nova divisão territorial do trabalho, que ocorreu com a inserção de novas tecnologias, acabou por excluir a parcela da população carente que encontrou em áreas inaptas para ocupação humana seus locais de moradia. Estes estão muitas vezes localizados em fundos de vale, áreas de mananciais, insalubres, áreas públicas ou privadas, e, agrupam inúmeras famílias de baixa renda e formam uma porção denominada por muitos pesquisadores e estudiosos como “cidade ilegal”, carente de infraestrutura e de condições mínimas de moradia. O presente trabalho objetiva identificar e diagnosticar estas áreas na cidade de Londrina. No desenvolvimento deste utilizou-se a base cartográfica do arruamento da cidade, da divisão de bairros, das ocupações irregulares, da localização de vazios urbanos e da rede hidrográfica; dados da localização de pontos de proliferação de insetos e das características de infra-estrutura das áreas de ocupação irregular, e imagens de satélite do satélite QuickBird e do SRTM. As imagens foram utilizadas para atualizar as bases cartográficas e para gerar novos mapas temáticos. Os dados inseridos no Sistema de Informações Geográficas compuseram o banco de dados. As análises destes, realizadas por meio das ferramentas do ArcGIs 9.1., permitiram a realização do diagnóstico das áreas de ocupação irregular. Palavras-chave: Londrina. Geotecnologias, Aglomerados Subnormais, Impactos Ambientais, ABSTRACT The chaotic Brazilian territorial occupation observed after the 60’s where strong migration towards field/city turned the last into a place of great social inequality. The new territorial division of labor that occurred with the insertion of new technologies exclude the portion of the poor found that in areas unfit for human occupation of their local housing. These sites, often located in valley of funds, areas of water, unsanitary, public or private areas that bring together many low-income families make up a portion called by many authors as "illegal city", ie lacking in infrastructure and minimum conditions for housing. From this, it is proposed in this work to identify and diagnose these areas through the use of Geographic Information Systems (GIS) the places where the population is grouped together with environmental data such as location and slope of river system, health and location of points of proliferation of insects that may impact public health and urban data as the location of empty urban targeting the development of a diagnosis that will enable the understanding of the dynamics of occupation and the need for public policies in this area. Thus, data will be processed in 1 Geógrafa. Mestranda em Geografia Dinâmica Espaço Ambiental – Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected] 2 Licenciado em Geografia. Especializando em Análise e Educação Ambiental em Ciências da Terra – Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected] 3 Professora Associada do Departamento de Geociências da Universidade Estadual de Londrina. Email: [email protected] 2 ArcGIS software with the creation of a database that gathers the information above and identify the characteristics of each occupation irregular, considering such information essential for achieving the results for the objective pursued. Keywords: Geotecnologies, subnormals clusters, environmental impacts, Londrina. INTRODUÇÂO A segregação social é uma das características mais marcantes e intensas do processo de urbanização no Brasil. Com o avanço da tecnologia, êxodo rural e o mercado de trabalho cada vez mais seleto, a camada da população mais vulnerável acaba por ser excluída da divisão territorial do trabalho, com renda cada vez mais baixa. Este processo, aliado à ausência de políticas habitacionais que proporcione acesso fácil à moradia por parte da camada excluída, induz a ocupação de áreas impróprias para habitação, localizadas em sua maioria nos fundos de vale, consideradas como áreas de preservação permanente ou terrenos de propriedade pública e privada. Este fato acarreta o crescimento acelerado de favelas e aglomerados subnormais nos principais centros urbanos do país. A cidade de Londrina se insere neste contexto, apesar da sua urbanização recente, uma parcela da população mais pobre vive em condições insalubres, muitas vezes sem acesso à infra-estrutura básica como água encanada e esgotamento sanitário satisfatório. Por outro lado, a valorização do mercado imobiliário local cresce cada vez mais, se destacando no cenário nacional, e, acelerando o processo de desigualdade social. A necessidade de planos de ordenamento territorial da cidade, a quantidade de dados e informações necessárias para formulá-los, exige uma ferramenta que permita trabalhar com grande quantidade de dados e ser versátil ao mesmo tempo, no que diz respeito à natureza dos dados. O Geoprocessamento, por possuir tais características, tornase de grande utilidade para os planejadores municipais na formação de políticas públicas de habitação e infra-estrutura, pois permite, através de um banco de dados, espacializar informações sócio-econômicas e ambientais, habilitando aos poderes executivos ordenar os recursos de forma correta e promover um planejamento físico-territorial que proporcione bem-estar à população e à conservação do meio ambiente. A partir de dados obtidos em parceria com a COHAB – Companhia de Habitação de Londrina, com o IPPUL – Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina, com o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e de ferramentas do Geoprocessamento, inúmeros dados de naturezas diversas foram agregados, objetivando 3 uma análise do setor habitacional na cidade de Londrina. Esta metodologia visa corroborar para disseminação da importância desta tecnologia no diagnóstico das condições de moradia da cidade e no planejamento urbano utilizando múltiplos dados. O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO A urbanização brasileira acelerou-se de uma forma “urbana”, propriamente dita, a partir do século XX, deixando de ocupar somente a função de administração e centralização de poder. Após a segunda metade do século XX, o desenvolvimento acelerado dos transportes e comunicações, através de ousados programas do governo, proporcionou ao Brasil um grande desenvolvimento territorial, sendo as inovações econômicas de grande influência para a revolução demográfica, provocada pelo êxodo rural. Essas inovações econômicas, que a princípio centralizavam-se somente na região Sudeste, dissiparam-se pelo resto do país, tornando a cidade uma ferramenta fundamental do sinônimo de desenvolvimento. (SANTOS, 1993). A segregação social é uma das conseqüências desse processo de urbanização desigual, pois é a área que retêm a individualidade física e cultural do indivíduo, sendo que a segregação residencial é o tipo mais relevante. A segregação origina-se da tendência a uma organização social em áreas de forte homogeneidade e intensa disparidade entre elas (CASTELLS, 1983), ou seja, a segregação social provoca uma divisão, por renda, onde há uma tendência de concentração de pobres de um lado, e os ricos de outro. Inúmeras forças atuam nesse processo, que inclui as classes sociais trabalhadoras e a elite, formando uma força dicotômica que origina fatores que englobam esse processo, como os desvios de consciência, projeção ideológica e mobilidade social. Essa segregação social é comum no Brasil em decorrência do acelerado processo de urbanização sem planejamento adequado ou que considere a população toda e não apenas parte dela. As periferias acabam sendo ocupadas por conjuntos habitacionais, os moradores de renda mais baixa apropriam-se espaços públicos como fundos de vale e áreas de preservação ambiental, tornando-se áreas de alta vulnerabilidade sócio-ambiental e apresentando riscos a saúde publica. 4 GEOPROCESSAMENTO: UMA FERRAMENTA DE ANÁLISE AMBIENTAL A distribuição espacial de dados referentes ao espaço geográfico tem sido cada vez mais comum para a compreensão e elucidação de questões mais diversas. A atual disponibilidade de Sistemas de Informação Geográfica permite a visualização espacial de dados referentes à: Saúde, Agricultura, Urbanização, População, entre outros. Segundo Silva (2001) Geoprocessamento “é um conjunto de técnicas computacionais que opera sobre bases de dados (que são registros de ocorrências) georreferenciados, para transformá-los em informação relevante”. É, portanto uma tecnologia muito importante nos planos de ordenamento territorial, pois “todo processo de planejamento, ordenação, monitoramento ou gestão do território deve incluir a análise dos diferentes componentes do ambiente, incluindo o meio físico-biótico, a ocupação humana, e seu inter-relacionamento” (MEDEIROS; CÂMARA, 1998). No Brasil, a introdução do Geoprocessamento inicia-se a partir do final da década de 1970, com o Sistema de Informação Geo-Ambiental (SIGA), na Divisão de Informática do Projeto Radam Brasil. Em 1984, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) estabeleceu um grupo específico para o desenvolvimento de tecnologia de geoprocessamento e sensoriamento remoto na Divisão de Processamento de Imagens DPI. De 1984 a 1990, a DPI desenvolveu o SITIM (Sistema de Tratamento de Imagens) e o SGI (Sistema de Informações Geográficas). A partir de 1991, foi desenvolvido o SPRING (Sistema para Processamento de Informações Geográficas), o qual tem sido, na atualidade, amplamente utilizado no Brasil e em outros países, já que é um software gratuito que permite trabalhar tanto dados vetoriais quanto raster. ÁREA DE ESTUDO A cidade de Londrina localizada no norte do Estado do Paraná, na região Sul do Brasil, é a segunda maior cidade do Estado em números de população e a terceira do sul do país, com população estimada em 497.833 habitantes (IBGE, 2007). Sua extensão territorial é de 1.651 km², encontra-se entre os paralelos de 23°08’47” e 23°55’46” de Latitude Sul e 5 entre 50°52’23” e 51°19’11” a Oeste de Greenwich (figura 1), localizada a 379 km da capital paranaense, Curitiba. Figura 1: Localização da cidade de Londrina no Estado do Paraná. Segundo dados do IBGE (2000), o município de Londrina apresenta uma densidade demográfica de 259,07 hab/km². Índices econômicos e sociais evidenciam a cidade no cenário paranaense e também nacional, como por exemplo, a taxa de alfabetização de adultos é de 92,93% e a taxa bruta de freqüência escolar encontra-se em 87,28%. A renda per capita é de R$ 439,35 e o índice de renda de 0,789, um dos maiores no Paraná. O índice de educação de 0,910 é o melhor do estado, e o de longevidade é de 0,773, o desenvolvimento municipal chega a 0,824, índices também entre os melhores do Estado. Quanto às ocupações irregulares, segundo dados da Companhia de Habitação de Londrina - COHAB-LD (2006) apontam que existem na cidade de Londrina 14 ocupações urbanizadas aptas a regularização; 3 favelas urbanizadas regularizadas; 11 assentamentos aptos a regularização; 5 assentamentos regularizados e 21 ocupações irregulares no município. O total dessas ocupações soma 28.789 habitantes, totalizando 8.120 famílias em situações de risco e até mesmo em regiões insalubres. 6 METODOLOGIA No desenvolvimento deste trabalho foram utilizadas bases cartográficas em shapefiles das ocupações irregulares, do arruamento, da divisão de bairros e regiões, da localização de vazios urbanos e também de áreas com focos de infestação de insetos peçonhentos, tais como baratas, ratos e outros, referentes a agosto de 2008; e, uma imagem do QuickBird, de setembro de 2006. Materiais cedidos pelo do IPPUL – Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina. Junto à COHAB-LD obteve-se planilhas com dados referentes à situação da infra-estrutura em cada ocupação. Inicialmente foi realizada a atualização da base cartográfica das ocupações irregulares, por meio da referida imagem de satélite, através da edição vetorial dos polígonos para contemplar os dados mais atualizados da COHAB, tendo em vista que a base disponibilizada pelo IPPUL era de um período anterior em relação aos dados mais recentes cedidos pela COHAB - 2006. Posteriormente, foram criados campos na tabela de atributos do shapefile para a criação do banco de dados referente a cada ocupação irregular. Os atributos criados na tabela para cada polígono referente às ocupações irregulares foram: nome do aglomerado (nomenclatura estabelecido pela COHAB); número de famílias; número de habitantes; existência de ruas, topografia, rede de água, iluminação pública, rede de esgoto, rede de galerias pluviais, sarjetas, tipo de pavimentação, coleta de lixo, 7 telefone publico; regulamentação dos lotes; e, se as áreas estavam em regiões de: inundação, área de preservação permanente, desabamento, rede hidrográfica, insalubre, e área de proteção de mananciais (Figura 2). Figura 2: Espacialização dos dados em ambiente ArcGIS 9.1. Agregou ao banco de dados imagens SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) disponibilizadas gratuitamente via internet pelo site da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) para gerar de mapas de altimetria e declividade. Estes mapas foram gerados no software ArcGIS por meio da opção Symbology, onde, na própria opção, o usuário pode definir os intervalos de classificação a serem representados no mapa. Foram excluídos os valores equivalentes a zero tanto no mapa de altimetria quanto no de declividade. No mapa de declividade foram determinados cinco intervalos, conforme visto na figura 4. Este mapa pode ser gerado facilmente através da extensão 3D Analyst do programa utilizando-se da opção slope (declividade). A partir destes mapas temáticos, cruzando-se no ambiente computacional com inúmeras camadas como: hidrografia, declividade, altimetria e os locais com problemas de infestação de insetos foi possível realizar a identificação visual das áreas com riscos ambientais evidentes. 8 RESULTADOS E DISCUSSÃO A partir da sobreposição dos mapas temáticos gerados, foi possível identificar que grande parte das ocupações existentes na cidade de Londrina encontra-se próximas ou localizadas em áreas não loteadas, consideradas “vazios urbanos” (Figura 3). As ocupações localizadas na porção sudeste são as que possuem maior risco de desabamento, pois, são locais com declividade mais acentuadas entre 15 e 30% (Figura 4). Esta análise pode ser corroborada no cruzamento das informações mostradas nas figuras 4 e 5 onde as ocupações, além de estarem localizadas em áreas de declive acentuado, também estão em áreas de preservação permanente, conforme visto na imagem de satélite (figura 6). Na figura 5 encontra-se mapeado os pontos levantados pela Vigilância Sanitária em agosto de 2008, com focos de proliferação de insetos e animais peçonhentos (como baratas, ratos, cobras, escorpiões). Estes focos representam grande risco à saúde pública, devido à falta de higiene ou do corte de mato. A partir do cruzamento das informações não foi possível estabelecer uma correlação de existência de focos e de Aglomerados Subnormais, no entanto, existem vários focos localizados nestes aglomerados necessitando uma intervenção imediata, devido à carência de recursos da população. 9 Figura 3: Localização das ocupações irregulares na divisão de regiões da cidade de Londrina e os vazios urbanos. 10 Figura 4: Localização das ocupações irregulares nas classes de declividade e a rede hidrográfica na cidade de Londrina/PR. 11 Figura 5: Localização dos pontos de infestação de insetos e animais peçonhentos e as ocupações irregulares. 12 As análises realizadas, a partir dos mapas gerados, indicam que as ocupações irregulares localizadas na região sudeste da cidade são as que apresentam maior risco ambiental e sanitário, pois, além de ocuparem áreas com declive relativamente acentuado, algumas são alvo de proliferação de insetos, exemplo desta realidade é a ocupação representada na figura 6, localizada nas proximidades do rio. Figura 6: Imagem de satélite de alta resolução das ocupações da região sudeste de Londrina/PR. O declive dos terrenos mais acentuados, a falta de pavimentação com os devidos escoamentos pluviais em algumas destas ocupações, aliado a proximidade de corpos hídricos podem tornar estas áreas suscetíveis a alagamento e deslizamentos, e ainda com focos de proliferação de insetos, tornando a população local vulnerável a doenças relacionadas à saúde pública. Segundo o Manual de Saneamento da FUNASA (2006) as doenças mais propícias de disseminação nestes ambientes são a esquistossomose e dengue. Nas regiões Norte e Leste, as ocupações, em sua maioria, também são localizadas bem próximas à rede hidrográfica, tornando-se locais favoráveis para poluição dos mananciais de água, o que pode comprometer a saúde da população se esta utilizar do sistema de poços para o abastecimento de água. Além disso, a localização muito próxima de rios aumenta o risco de alagamento destas áreas em épocas de chuva. Apesar de certas ocupações observadas estarem legalmente irregulares, conforme a Lei do Código Florestal (Lei 4.771/65) que prevê conservação do entorno da rede hidrográfica (Áreas de Preservação Permanente), algumas dessas são legalizadas e, possuem vias de circulação construída pela Prefeitura (figura 6). Tais fatos ocorrem principalmente por pressão política na construção de infra-estrutura para essas regiões, mesmo quando elas apresentam grandes riscos à população, como probabilidade de deslizamentos. 13 O desenvolvimento de um banco de dados no SIG, como o realizado aqui para as ocupações irregulares de Londrina, permitem o cruzamento das informações e também proporciona ao usuário consultas rápidas a este banco. Com apenas um clique sobre o polígono correspondente à ocupação, tem-se o acesso, por meio de uma janela, aos atributos que correspondem às características (localização, nome, população residente, infra-estrutura, declividade, presença de focos de insetos e etc) dos aglomerados. Esta consulta auxilia na determinação de áreas de riscos ambientais e sanitários e na tomada de decisões, já que dados populacionais estão disponíveis. Permite ainda a elaboração de novos mapas derivados, inclusão de novos dados e atualização dos existentes, o que demonstra a grande importância na atualidade dos bancos de dados georeferenciados no planejamento e monitoramento urbano. CONSIDERAÇÕES FINAIS É notório em Londrina o papel do mercado imobiliário como um grande agente de exclusão social, juntamente com a Prefeitura, que “empurraram”, para locais cada vez mais isolados ou carentes de infra-estrutura, a camada da população com menor poder aquisitivo. A utilização do Geoprocessamento mostrou-se de extrema utilidade para subsidiar o diagnóstico ambiental e sanitário das ocupações irregulares no espaço urbano. No banco de dados do Sistema de Informação Geográfica (SIG) foi possível reunir inúmeras informações relevantes para a análise pretendida e destacar as áreas de risco. O agrupamento dessas informações demonstrou o alto grau de vulnerabilidade que os residentes nestas ocupações irregulares se encontram: alguns com falta de infraestrutura como iluminação pública, pavimentação asfáltica, limpeza e coleta de resíduos. Este último fator também acaba por acarretar o surgimento de vetores, responsáveis por fragilizar a saúde publica. O Poder Público tem um papel relevante e de grande importância no desenvolvimento da cidade, visto isto, é necessário que o trabalho aponte, de forma sistematizada, as necessidades de cada região ou mesmo dos bairros e dos aglomerados, para que as ações do poder público possam estar baseadas em critérios técnicos, contribuindo para que as cidades tenham um desenvolvimento mais igualitário e equilibrado. É necessário que a infra-estrutura básica seja democratizada e não concentrada somente nas regiões mais valorizadas da cidade. Que todos tenham direito à cidade, ou seja, oportunidades e condições de moradia eqüitativas. 14 BIBLIOGRAFIA BRASIL. Código Florestal lei n. 4.771 <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 17 out. 2008. de 1965. Disponível em: BRASIL. Fundação Nacional da Saúde. Manual de Saneamento. 3ª edição. Brasília – FUNASA. 408p. 2006. CASTELLS, M. A. A Questão Urbana. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1983. COMPANHIA DE HABITAÇÃO DE LONDRINA – COHAB/LD. Tabelas referentes às ocupações irregulares. 2008. CDROM. EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA. Brasil em Relevo. Disponível em: <http://www.relevobr.cnpm.embrapa.br/download/index.htm> Acesso em: 10 jan. 2009. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Censo demográfico de 2000. CDROM. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Estimativa de contagem da população. Disponível em: <www.ibge.gov.br/cidadesat/default.php>. Acesso em: 15 de jan. de 2009. INSTITUTO DE PESQUISA E PLANEJAMENTO URBANO DE LONDRINA - IPPUL. Bases cartográficas. 2008. CDROM. INSTITUTO DE PESQUISA E PLANEJAMENTO URBANO DE LONDRINA - IPPUL. Imagem de satélite QuickBird com passagem em Setembro de 2006. 2008. CDROM. MEDEIROS, J.; CÂMARA, G. Geoprocessamento para Projetos Ambientais In: CÂMARA, Gilberto; DAVIS, Clodoveu e MONTEIRO, Antônio Miguel Vieira (Org.). Introdução à Ciência da Geoinformação. Disponível em: http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/cap10-aplicacoesambientais.pdf. Acesso em: 6 Fev. 2009. SANTOS, M. Brasil urbano e Brasil agrícola e não apenas Brasil urbano e Brasil rural. In: ______. A urbanização Brasileira. São Paulo: Hucitec, 1993. p. 65-68. SILVA, J. X. Geoprocessamento para análise ambiental. Rio de Janeiro, 2001.