18/10/2015 VIA GLICOLÍTICA Disciplina: Bioquímica Prof. Vagne Oliveira 1 18/10/2015 2 18/10/2015 Glicogênio, amido e sacarose Estoque: anabolismo GLICOSE Via das pentoses fostato Oxidação: catabolismo Ribose 5-fosfato glicólise piruvato Glicólise ou via Glicolítica ou via de Embden-Meyerhoff É a quebra parcial de uma molécula de glicose Principal via metabólica dos processos fermentativos Fermentação alcoólica ou fermentação láctica Leveduras, bactérias, músculo e outras células do corpo Primeira etapa do processo de respiração celular 3 18/10/2015 Via Glicolítica A glicólise é uma via catabólica central que ocorre no citosol; Em algumas células, como nervosas e hemácias, é a principal fonte de energia; O processo de degradação da glicose é dividido em duas fases: Fase preparatória da glicose: de Glicose a Gliceraldeído 3-P + Dihidroxicetona. Fase de produção de energia: de Gliceraldeído-3-P a Piruvato. Fase Preparatória da Glicólise (de glicose a gliceraldeído-3-p + dihidroxicetona. Nesta fase, a glicose é ativada para que possa haver posterior quebra; Nesta ativação são gastos alguns ATPs; É como um investimento por parte do organismo para formar compostos com maior energia livre de hidrólise; São realizadas duas fosforilações, a primeira já na primeira reação da via; Isto é importante para que a célula não perca nenhum intermediário do ciclo após já ter investido energia na glicose, pois os compostos fosforilados (como o são todos os intermediários da glicólise) não atravessam as membranas livremente; Esta fase termina com a quebra da hexose em duas trioses. 4 18/10/2015 Fase de Produção de Energia Inicia com a primeira reação que fornece energia ao organismo (a recuperação do “investimento” tem mais de 60% de eficiência); Na verdade, a primeira etapa dessa fase (transformação de gliceraldeído-3-P em 1,3-bifosfoglicerato) não produz nenhum ATP, mas nos organismos aeróbios, o NADH produzido representa ganho de 3ATPs, na cadeia transportadora de elétrons; Ocorrem duas reações de fosforilação em nível de substrato, assim denominadas porque a reação transfere não só energia livre ao ADP, mas também o próprio fosfato necessário à síntese de 1 ATP. Fase de Produção de Energia Apenas 5,2% da energia de oxidação da glicose serão liberados ao fim da glicólise, permanecendo todo o restante na forma de piruvato; Este por sua vez poderá ser completamente degradado para utilização desta energia pelo Ciclo do Ácido Cítrico, ou, quando não há disposição de oxigênio, ser encaminhado à fermentação. 5 18/10/2015 Resumo da Via Glicolítica 6 18/10/2015 Via Glicolítica: objetivos Conhecer e Descrever Pormenorizadamente a Glicólise e a Oxidação do Piruvato, como etapas da respiração celular Relacionar estas vias Metabólicas com a Produção de Energia Do Organismo Via Glicolítica Todas as células para gerar o seu metabolismo precisam de energia; Há células em que o consumo energético é moderado, como o caso das células do cérebro, no entanto, células como os glóbulos vermelhos, por não possuírem mitocôndrias, apresentam necessidades energéticas elevadas. 7 18/10/2015 Via Glicolítica Em Suma, a energia é necessária e é nos alimentos que ela se encontra. Cabe-nos aos seres heterotróficos obtê-la. A Glicólise, funciona assim: - Como o primeiro e principal processo de degradação da glicose, uma molécula potencialmente energética. 8 18/10/2015 Onde Ocorre A Glicólise? Resposta: No Citoplasma das Células Anaerobiose O produto final é Pode Ocorrer Em Dois meios diferentes Aerobiose Piruvato que posteriormente é fermentado em Acido Láctico ou Etanol O produto final é o piruvato que depois, por processos posteriores à glicólise, é oxidado em CO2 e H2O Importância médica da Glicólise Principais Razões: 1 – Principal meio de degradação da Glicólise 2 – Obtenção de Energia mesmo em condições Anaeróbias 3 – Permite a degradação da Frutose e da Galactose • Outras Razões: -Os tecidos têm necessidade de transformar a energia contida na glicose em ATP -A Glicólise é fundamental para a produção de Acetil-CoA -A Glicólise foi um dos primeiros sistemas enzimáticos a ser esclarecido, contribuindo o seu estudo para a melhor compreensão dos processos enzimáticos e de metabolismo intermediário 9 18/10/2015 Etapas Da Glicólise - A Glicólise divide-se em duas partes principais: 1- Ativação ou Fosforilação da Glicose 2- Transformação do Gliceraldeído em Piruvato Esquema Geral da Glicólise Glicose + NAD + 2ADP + 2Pi → 2Piruvato + NADH + H + 2ATP + 2H2O 1 açúcar de 6 C 2 açúcares de 3 C A partir deste ponto as reações são duplicadas Saldo 2 moléculas de ATP 2 moléculas de Piruvato (3C) 2 moléculas de NADH 10 18/10/2015 1a Fase - Preparatória Fosforilizão da Glicose - Utilização de ATP (2 Moléculas) • - Formação de duas Moléculas de Triose-Fosfato: - Dihidroxicetona Fosfato e Gliceraldeído 3-Fosfato Glicose + ATP Glicose -6-Fosfato + Depois de entrar na Célula a Glicose é fosforilada pela Hexocinase produzindo Glicose-6-P pela transferência do Fosfato Terminal do ATP para o grupo Hidroxilo da Glicose reação Exorgônica reação irreversível Permite a entrada da Glicose no Metabolismo Intracelular dado que Glicose-6-P não é transportado através da membrana Plasmática ADP G a s t o d e E n e r g i a 11 18/10/2015 • Glicose -6- Fosfato Frutose -6- Fosfato Conversão da Glicose -6- Fosfato em Frutose -6- Fosfato pela Fosfohexose Isomerase • Frutose -6-P + ATP Frutose 1,6-BiFosfato + ∞ A Frutose -6-P é Fosforilada a Frutose -1,6-Bifosfato pela Fosfofructocianase ∞ Esta é a Primeira Reação Especifica da Glicólise G a s t o d e E n e r g i a ADP G a s t o d e E n e r g i a 12 18/10/2015 • Frutose 1,6-BiFosfato Gliceraldeído 3-P + Dihidrocetona Fosfato × A Frutose 1,6- Bifosfato é dividida pela aldoase em duas trioses fosfatadas ficando cada uma com um fosfato × As duas trioses são: Gliceraldeído 3-Fosfato e a Dihidroxicetona Fosfato • Gliceraldeído 3-P G a s t o d e E n e r g i a Dihidrocetona Fosfato Ø As Duas trioses são interconvertíveis por uma reação reversível catalizada pela Isomerase dos Fosfatos de Trioses ou Fosfotrioses Isomerase (TIM) Ø Só o Gliceraldeído é Substrato das reações seguintes, por isso o isômero assegura que todos os 6 Carbonos Derivados da Glicose podem Prosseguir na Via Glicolítica 13 18/10/2015 2a Fase - benefícios Transformação do Gliceraldeído em Piruvato Nesta Segunda Fase temos: - Formação de ATP - Oxidação da Molécula do Gliceraldeído 3-P - Redução do NAD+ - Formação do Ácido Pirúvico 14 18/10/2015 • Gliceraldeído 3-P + NAD + Pi 1-3 Bisfosfoglicerato + NADH + H P r o d u ç ã o d e E n e r g i a φ O Gliceraldeído 3-P é Convertido num Composto intermédio potencialmente energético φ Enzima Interveniente: Desidrogenase do Gliceraldeído 3-P φ Grupo Aldeído (-CHO) oxidado em Grupo Carboxílico (-COOH) φ Grupo Carboxílico formado, forma uma ligaçao Anídrica com o fosfato φ O Grupo Fosfato deriva de um Fosfato Inorgânico φ O NADH intervirá na Formação de ATP • 1-3 Bisfosfoglicerato Ω + ADP 3-Fosfoglicerato Formação de ATP Ω Enzima interveniente: quinase Fosfoglicerato Ω Fosforilação ao Nível do Substrato + ATP P r o d u ç ã o d e E n e r g i a 15 18/10/2015 • 3-Fosfoglicerato 2-Fosfoglicerato Ж O 3-Fosfoglicerato é Isomerado a 2-Fosfoglicerato pela Fosfoglicerato Mutase (“Mutase”, pois muda o Grupo Fosfato de Posição dentro da Molécula) • 2-Fosfoglicerato Fosfoenolpiruvato + H O 2 © Há Desidratação e redistribuição da Energia © A Enzima Responsável é a Enolase P r o d u ç ã o d e E n e r g i a P r o d u ç ã o d e E n e r g i a 16 18/10/2015 • Fosfoenolpiruvato + ADP Piruvato + ATP Ultima reação É Catalizada pela quinase do Piruvato reação Exorgônica Irreversível Transferência do Grupo Fosfato do Fosfoenolpiruvato para o ADP Produto intermediário Enol-Piruvato que é Convertido à forma Ceto Piruvato P r o d u ç ã o d e E n e r g i a 17 18/10/2015 Controle Da Glicólise A necessidade glicolítica varia de acordo com os diferentes estados fisiológicos Há uma ativa degradação deste açúcar após uma refeição rica em hidratos de carbono, assim como uma acentuada redução durante o Jejum. Deste Modo, o grau de conversão de Glicose para o Piruvato é regulado, por forma a satisfazer as necessidades celulares Controle Da Glicólise O Controle a Longo Prazo da Glicólise, particularmente no fígado, é efetuado a partir de alterações na quantidade de Enzimas glicolíticas. Este processoo terá reflexos nas taxas de síntese e degradação O controle a Curto Prazo é feito por alteração alostérica (concentração de Produtos) reversível das enzimas e também pela sua fosforilação. As enzimas mais propensas a serem locais de controle são as que catalisam as reações irreversíveis: -Hexoquinase -Fosfofrutoquinase -Piruvato quinase 18 18/10/2015 Engenharia de Pesca 19