Agosto/2016

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AGOSTO/2016
RELATÓRIO
ECONÔMICO
AGOSTO/2016
SANTANDER ASSET MANAGEMENT
ÍNDICE
Indicadores Financeiros
Pág. 3
Projeções
Pág. 4 - 5
Cenário Externo
Pág. 6
Cenário Doméstico
Pág. 7
Renda Fixa e Renda Variável
Pág. 8
AGOSTO/2016
SANTANDER ASSET MANAGEMENT
INDICADORES FINANCEIROS
Fonte: Santander Brasil Asset Management
AGOSTO/2016
SANTANDER ASSET MANAGEMENT
PROJEÇÕES ECONOMIA
GLOBAL
Fonte: Santander Brasil Asset Management
AGOSTO/2016
SANTANDER ASSET MANAGEMENT
PROJEÇÕES ECONOMIA
BRASILEIRA
Fonte: Santander Brasil Asset Management
AGOSTO/2016
SANTANDER ASSET MANAGEMENT
CENÁRIO EXTERNO
Cenário global continua exigindo cautela
A situação da economia global segue inspirando
bastante cautela, mesmo depois da reação
surpreendentemente moderada ao resultado do
referendo do Reino Unido. Houve uma reação
imediata bastante aguda dos mercados, mas que foi
seguida por uma recuperação também muito rápida.
Como foram poucos os indicadores de atividade
divulgados após a resultado do referendo, continua
difícil mensurar o real impacto sobre atividade. Por
ora, o que podemos dizer é que os indicadores de
sentimento econômico do Reino Unido apresentaram
queda bastante expressiva, enquanto na Zona do
Euro os indicadores de sentimento mantiveram-se
razoavelmente resilientes.
As principais autoridades monetárias optaram por
esperar as primeiras reações de dados econômicos à
questão do referendo britânico, para avaliar qual
seriam as medidas mais adequadas a se tomar. Em
sua primeira reunião após o resultado do referendo, o
Banco Central Europeu (BCE) decidiu pela
manutenção dos níveis das taxas de juros e do
programa de compra de ativos (QE). O comunicado
da decisão ressaltou que os mercados financeiros
responderam com certa resiliência ao resultado do
referendo, de forma que não houve deterioração
significativa das condições financeiras. Os membros
do BCE ressaltaram, contudo, que as incertezas
promovidas por este evento e por outras questões
geopolíticas, o crescimento mais fraco de economias
emergentes e a lenta implementação de reformas
estruturais fazem com que o balanço de riscos para a
economia da Zona do Euro permaneça com viés
negativo. Apesar do tom mais cauteloso, a
expectativa é que na reunião de setembro o BCE
implemente novo afrouxamento monetário.
Outros bancos centrais tiveram reações semelhantes
ao BCE. O próprio Banco Central da Inglaterra (BoE)
e também o Banco Central do Japão (BoJ)
mantiveram postura cautelosa. O BoE decidiu, de
início, manter a atual política monetária e optou por
esperar até sua reunião no início de agosto, quando
finalmente anunciou mais medidas expansionistas. E
o BoJ manteve estável os juros básicos e fez
alterações marginais em seu programa de compra de
ativos (QE). Todavia, é muito provável que eles atuem
em breve no sentido de aumentar os estímulos
monetários em suas respectivas economias diante
dos riscos ainda assimétricos para o crescimento
econômico.
Em relação à economia norte americana, a primeira
divulgação do PIB do segundo trimestre apresentou
crescimento bem abaixo das expectativas, sobretudo
por uma contribuição bastante negativa dos
estoques, mas com um crescimento bastante forte do
consumo das famílias. Apesar da surpresa negativa
no segundo trimestre, seguimos com um cenário de
crescimento médio ao redor de 2,0% nos próximos
trimestres, ainda sustentado por um consumo que
deverá crescer ao redor de 2,5%. No entanto, não há,
por ora, sinais de aceleração na inflação, o que dá
tempo para o banco central americano avaliar quando
e se retomará o seu processo de normalização da
taxa de juros. Se esse cenário prevalecer, continuará
favorecendo os países emergentes.
Por fim, a perspectiva para a economia chinesa é
menos preocupante do que parecia no início do ano.
O crescimento do PIB no segundo trimestre ficou
acima das expectativas de mercado, mostrando que
as políticas de estímulo adotadas, sobretudo
expansão do crédito, têm sido capaz de estabilizar o
crescimento do país. Isso diminui a preocupação com
uma desaceleração mais abrupta no curto prazo.
Em
resumo,
as
reações
das
economias
desenvolvidas à decisão do Reino Unido de sair da
União Europeia têm sido melhores do que o
esperado, mas ainda há muitas dúvidas com relação
a velocidade de crescimento da economia global, que
segue envolta de muitos riscos para baixo, inspirando
bastante cautela.
AGOSTO/2016
SANTANDER ASSET MANAGEMENT
CENÁRIO DOMÉSTICO
Início do processo de consolidação fiscal já tem reflexos positivos nos
indicadores de confiança
Os indicadores de sentimento da economia brasileira
continuaram apresentando resultados positivos. O índice
de confiança da indústria apresentou nova alta
significativa em julho, acompanhada por leve expansão
do Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI).
Outros indicadores de confiança, como do consumidor e
do setor de serviços, também apresentaram melhora em
julho. No geral, estes resultados reforçam os sinais
recentes de que passamos por um ponto de inflexão da
atividade econômica e que estamos iniciando um
processo de recuperação. A nossa visão é de uma
retomada moderada do crescimento em 2017, para
quando projetamos crescimento do PIB de 1,5%.
Seguimos otimistas com as perspectivas para a inflação
no médio prazo, mas ressaltamos que a alta dos preços
agrícolas continuará atrapalhando o curto prazo. A
despeito de tais pressões pontuais, acreditamos em um
continuo processo de desinflação no médio-prazo,
devido ao câmbio mais apreciado, à distensão do
mercado de trabalho e à expectativas mais bem
ancoradas. Assim, projetamos inflação de 7,2% para
2016, desacelerando para 5,0% em 2017.
Apesar dos avanços com a ancoragem das expectativas
de inflação de médio prazo (2018 em diante), o Banco
Central do Brasil (BCB) segue com um tom bastante
cauteloso. Em suas comunicações recentes, a principal
mensagem transmitida pela autoridade monetária é não
haver espaço para corte de juros no curto prazo. O BCB
deixou claro que o início do ciclo de flexibilização exigirá
uma combinação mais benigna da inflação corrente, das
expectativas para 2017 e de algum avanço material na
agenda fiscal. Por ora, acreditamos que o início do corte
de juros acontecerá em outubro, mas vemos riscos
crescentes deste início ser postergado.
Sobre a agenda fiscal, deveremos ver avanços até
outubro. Com o fim do recesso legislativo, o foco em
agosto será a votação das medidas de ajuste fiscal e,
obviamente, a conclusão do processo de impeachment.
O novo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), se comprometeu com o presidente
interino Michel Temer em dar celeridade às votações de
interesse fiscal, dentre elas, a referente ao Projeto de
Lei que altera a indexação da dívida dos Estados.
Concomitantemente há o andamento, dentro de
comissão especial, da Proposta de Emenda
Constitucional que limita os gastos públicos. Mesmo
com os enormes desafios que o governo enfrenta,
avaliamos que haverá avanço na agenda fiscal dentro
do Congresso nos próximos meses.
Apesar de todo o esforço de reformas de médio prazo, a
situação fiscal de curto prazo segue bastante delicada.
O governo enviou proposta de meta fiscal para 2017
com déficit de R$ 139 bilhões (aproximadamente 2,0%
do PIB). Na nossa avaliação, para o governo cumprir a
meta, é necessário que haja avanço na agenda de
reformas, de modo a garantir que a recuperação da
confiança seja efetivamente transmitida para o lado real,
e de receitas extraordinárias, como vendas de ativos,
receitas com concessões, etc.
Por fim, vale destacar que o setor externo continua
gerando notícias positivas. A balança comercial de julho
apresentou superávit recorde para o mês, mostrando ser
o principal fator de melhora das contas externas no ano.
No entanto, para os próximos trimestres a tendência é
de abrandamento desta melhora, em razão do início de
estabilização da atividade econômica doméstica e da
apreciação do Real.
No geral, a retomada de uma condução correta da
política econômica no Brasil começa a produzir sinais
positivos. Ter uma meta fiscal transparente, com um
esforço de endereçar as questões de médio prazo, e a
clareza na comunicação do BCB, com compromisso
reforçado com o atingimento da meta de inflação, tem
gerado efeitos positivos sobre o sentimento dos agentes
econômicos. Avaliamos que o avanço da agenda fiscal
no Congresso será fundamental para a consolidação de
um círculo virtuoso para a economia brasileira.
AGOSTO/2016
SANTANDER ASSET MANAGEMENT
MERCADO
Renda Fixa
O mês de julho no cenário internacional
foi marcado pelas reações ao referendo
do Reino Unido, que votou a favor da
saída da União Europeia. O consenso de
que este evento ocasionará uma
desaceleração no crescimento global tem
pressionado as taxas de juros globais
para baixo. A expectativa de novos
estímulos monetários por parte dos
bancos centrais dos países desenvolvidos
tem ampliado este movimento e os
mercados brasileiros tem se beneficiado
deste ambiente.
Vale destacar a postura do Banco Central
Brasileiro, visando a convergência das
expectativas de inflação para o centro da
meta, o que tem colaborado com a boa
performance dos ativos com vencimento
mais longo. No entanto, a alta nos preços
de alimentos continua pressionando os
dados recentes de inflação, o que dificulta
a precificação de um início imediato de
afrouxamento monetário.
Renda Variável
O Ibovespa encerrou o mês de julho com forte
alta de 11,2% em Reais e 10,2% em Dólares,
contra uma alta de 5,4% em média dos outros
mercados emergentes, todos medidos em
dólar.
No mercado internacional, destacamos a alta
de 6,7% do minério de ferro, devido ao
crescimento melhor do que esperado da
economia chinesa e a uma oferta menor do
produto. No entanto, o petróleo apresentou
queda de 14%.
Ademais, os dados mais fracos de crescimento
nos Estados Unidos reforçam a percepção de
um ambiente global de alta liquidez, o que
beneficia o mercado de ações e especialmente
os mercados emergentes. Nesse contexto,
vale destacar a forte entrada de recursos
estrangeiros na bolsa brasileira no último mês,
cujo montante se aproximou de R$ 4,6 bilhões.
Em relação à performance das ações, a
maioria dos setores apresentou fortes
performances. O destaque positivo ficou por
conta das siderúrgicas (USIM5 +90.4%,
CSNA3 +41.6% e GGBR4 +31.6%). As ações
reagiram
bem
à
possiblidade
de
implementação de tarifa antidumping contra o
aço da China e da Rússia, que são os maiores
exportadores para o Brasil.
Por outro lado, com desempenho negativo
mencionamos o setor de serviços financeiros,
papel e celulose e aviação. Vale destacar as
ações da Embraer (queda de -15.3% no mês),
que já vinham sofrendo com a valorização do
Real frente ao dólar e, adicionalmente, com a
divulgação resultados financeiros mais fracos.
Mencionamos também as performances de
Fibria (-8.1%) e Suzano (-12.4%), impactadas
negativamente pela valorização do Real e pela
queda do preço da celulose nos mercados
internacionais
CIO
Departamento Econômico
Eduardo Castro
Ricardo Denadai
Danilo Passos
Clayton Calixto
AGOSTO/2016
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