Janeiro / 2016

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JANEIRO/2016
RELATÓRIO
ECONÔMICO
JANEIRO/2016
SANTANDER ASSET MANAGEMENT
ÍNDICE
Indicadores Financeiros
Pág. 3
Projeções
Pág. 4 - 5
Cenário Externo
Pág. 6
Cenário Doméstico
Pág. 7
Renda Fixa e Renda Variável
Pág. 8
JANEIRO/2016
SANTANDER ASSET MANAGEMENT
INDICADORES FINANCEIROS
BOLSA DE VALORES
AMÉRICAS
mês %
ano %
2015
Ibovespa Fech.
43.350
(3,9%)
(13,3%)
(13,3%)
IBrX Fech.
18.134
(3,8%)
(12,4%)
(12,4%)
ISE
2.118
(2,4%)
(12,9%)
(12,9%)
S&P500
2.044
(1,8%)
(0,7%)
(0,7%)
DAX
10.743
(1,8%)
9,6%
9,6%
FTSE
6.242
(2,3%)
(4,9%)
(4,9%)
CAC
4.637
(2,7%)
8,5%
8,5%
IBEX
9.544
(8,1%)
(7,2%)
(7,2%)
Euro Stoxx 50
3.268
(3,2%)
3,8%
3,8%
Nikkei
19.034
(3,6%)
9,1%
9,1%
Hang Seng
21.914
(0,4%)
(7,2%)
(7,2%)
Austrália
5.296
2,5%
(2,1%)
(2,1%)
Coréia do Sul
3.872
(1,7%)
(1,8%)
(1,8%)
Índia
7.946
0,1%
(4,1%)
(4,1%)
mês %
ano %
2015
EUROPA
PAN ÁSIA
OUTROS MERCADOS
MOEDAS
BRL/USD
3,96
2,3%
49,0%
49,0%
BRL/EUR
4,30
5,2%
33,7%
33,7%
USD/EUR
1,09
2,8%
(10,2%)
(10,2%)
YEN/USD
120,22
(2,3%)
0,4%
0,4%
USD/AUD
0,73
0,8%
(10,9%)
(10,9%)
dez/15
2015
2014
Futuro de DI jan/16
14,14
14,14
12,96
Futuro de DI jan/17
15,87
15,87
12,90
Futuro de DI jan/18
16,53
16,53
12,75
Futuro de DI jan/21
16,62
16,62
12,30
mês %
ano %
2015
37,04
(11,1%)
(30,5%)
(30,5%)
1.061,10
(0,3%)
(10,4%)
(10,4%)
JUROS BRASILEIROS
COMMODITIES
Petróleo
Ouro
JANEIRO/2016
SANTANDER ASSET MANAGEMENT
PROJEÇÕES ECONOMIA
GLOBAL
INDICADORES
MACROECONÔMICOS GLOBAIS
Última atualização 8/1/2016
2009
2014 PROJEÇÕES
2015 2016
2010
2011
2012
2013
(0,2)
4,9
3,6
3,0
3,0
2,9
2,8
3,7
(3,8)
2,6
1,3
1,1
0,9
1,6
1,9
2,0
ESTADOS UNIDOS
(2,8)
2,5
1,6
2,2
1,5
2,4
2,5
2,5
ZONA DO EURO
(4,4)
2,0
1,6
(0,8)
(0,4)
0,9
1,4
1,5
ALEMANHA
(5,6)
3,9
3,7
0,6
0,4
1,6
1,6
1,8
FRANÇA
(2,9)
2,0
2,1
0,4
0,4
0,4
1,0
1,0
REINO UNIDO
(4,3)
1,9
1,6
0,7
1,7
2,6
2,6
2,5
JAPÃO
(5,5)
4,7
(0,5)
1,7
1,6
(0,1)
0,7
1,5
3,1
7,0
5,7
4,8
4,7
4,3
3,5
4,9
7,7
9,7
7,9
6,7
6,5
6,7
6,8
6,7
9,2
10,4
9,3
7,7
7,7
7,4
6,8
6,3
(1,3)
6,0
4,6
3,1
2,7
1,3
(0,2)
0,4
(0,2)
7,6
3,9
1,9
3,0
0,1
(3,9)
(4,0)
GLOBAL (*)
DESENVOLVIDOS
EMERGENTES
ASIA EX-JAPÃO
CHINA
AMÉRICA LATINA
BRASIL
(*) Calculado pelo poder de compra
(*) As áreas sombreadas são projeções
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PROJEÇÕES ECONOMIA
BRASILEIRA
INDICADORES
MACROECONÔMICOS
PROJEÇÕES
Última atualização 8/1/2016
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
PIB crescimento real (%)
5,1
(0,1)
7,5
3,9
1,9
3,0
0,1
(3,9)
(4,0)
Inflação (IPCA/IBGE) (%)
5,9
4,3
5,9
6,5
5,8
5,9
6,4
10,7
7,7
Inflação (IGPM/FGV) (%)
9,8
(1,7)
11,3
5,1
7,8
5,5
3,7
10,5
7,2
Taxa de câmbio média (R$/US$)
1,84
1,99
1,73
1,67
1,95
2,16
2,35
3,34
4,15
Taxa de câmbio final (R$/US$)
2,34
1,74
1,67
1,88
2,04
2,34
2,66
3,90
4,30
Taxa de juro nominal final do ano (Selic)
13,75
8,75
10,75 11,00
7,25
10,00 11,75
14,25
15,75
3,3
1,9
(2,0)
(1,0)
Resultado primário do setor público (% do
PIB) (*)
2,6
2,9
2,2
1,8
(0,6)
(*) As áreas sombreadas são projeções.
JANEIRO/2016
SANTANDER ASSET MANAGEMENT
CENÁRIO EXTERNO
FED sobe juros pela primeira vez desde 2006 e sinaliza que aumentos
adicionais serão graduais
Após quase 10 anos sem elevar a taxa de juros, o
FED iniciou seu processo de normalização da taxa
básica em sua reunião de dezembro com um
aumento de 0,25 p.p. O aumento era amplamente
esperado pelo mercado, dado que o FED vinha
sinalizando com essa possibilidade desde o início
de 2015. Adicionalmente ao anúncio do aumento de
juros, o FED também sinalizou que os aumentos
futuros serão bastante graduais. Apesar da
significativa redução da ociosidade e da queda da
taxa de desemprego, a dinâmica inflacionária
segue incerta, com a inflação correndo ainda bem
abaixo do objetivo de médio prazo de 2,0%. Nosso
cenário comtempla 4 elevações adicionais de 0,25
p.p. ao longo deste ano, o que levaria o intervalo da
taxa básica de juros nos EUA, atualmente em
0,25%-0,50%, para 1,25%-1,50%.
A economia chinesa continua no centro das
atenções do cenário internacional, em razão das
incertezas com a sua velocidade de crescimento,
saúde do seu sistema financeiro e perspectivas
para a sua taxa de câmbio. Além disso, a economia
chinesa segue seu processo de transição estrutural
para um modelo econômico mais voltado para o
seu mercado doméstico. Com isso, vemos uma
atividade econômica com duas velocidades
distintas: de um lado, o setor manufatureiro em
desaceleração; de outro, o setor de serviços
apresentando taxas de crescimento bastante
robustas. Nosso cenário base é de que a economia
chinesa está caminhando para mais uma
desaceleração (suave) em 2016, apesar de um
setor de serviços ainda em boa forma. Esse cenário
continua apontando para preços de commodities
bastante deprimidos.
demorará mais tempo para atingir 2% ou algo
próximo disso, e o crescimento continua em torno
de 1,5% ao ano. Acreditamos que na próxima
reunião, no final de janeiro, não haverá mudanças
na política monetária. Mas nosso cenário considera
que o BCE poderá agir novamente a partir do
segundo trimestre deste ano, caso a inflação e o
crescimento continuem nos patamares atuais
(inflação próxima de 1% ao ano e crescimento em
0,4% na variação trimestral).
Em linhas gerais, nossa expectativa é de que a
economia global cresça em ritmo lento em 2016 e
acreditamos que persistirá a diferença de
crescimento entre as economias emergentes e as
economias desenvolvidas. Os dois principais
pontos do crescimento global deste ano passarão
pela resiliência da demanda doméstica nos
mercados desenvolvidos, sobretudo EUA, e os
ajustes estruturais nas economias emergentes
(China e América Latina).
Por fim, a Zona do Euro precisa afastar de vez o
risco de deflação. Em sua reunião no início de
dezembro, o BCE (Banco Central Europeu) reduziu
novamente a sua taxa de juros e estendeu o
programa de compra de ativos até março de 2017,
com o objetivo de adicionar estímulos à economia.
As projeções do BCE mostram que a inflação
JANEIRO/2016
SANTANDER ASSET MANAGEMENT
CENÁRIO DOMÉSTICO
Sem solução fiscal a economia brasileira enfrentará desafios
crescentes
Neste início de ano a economia brasileira
continuará a enfrentar um cenário desafiador, com
retração da atividade e inflação alta e resistente.
Adicionalmente, seguimos sem solução fiscal à
vista e com um ambiente político bastante
conturbado.
Devido a continuidade da falta de confiança a
atividade econômica seguirá em retração. O
elevado nível de incertezas e a falta de resposta
política para os desequilíbrios macroeconômicos
do país inibirão qualquer tipo de recuperação no
investimento, que deverá registrar em 2016 o
terceiro declínio anual consecutivo. A perspectiva
para o consumo das famílias também é sombria,
dado o aperto nas condições de crédito e a
continuidade da fraqueza no mercado de trabalho.
Consequentemente, esperamos dois anos de
contrações significativas do PIB brasileiro: -3,9%
em 2015 e -4,0% em 2016.
Apesar deste cenário negativo para atividade
econômica, a inflação em 2015 foi a mais alta
desde 2002, registrando um aumento de 10,67%,
principalmente devido aos efeitos primários e
secundários
dos
reajustes
dos
preços
administrados e do repasse da depreciação
cambial para os preços ao consumidor. Para 2016,
esperamos uma taxa de inflação de 7,7%. Os
reajustes nos preços administrados serão menores
este ano, mas a inflação brasileira tem um
componente inercial muito forte, e isso vai dificultar
que ocorra uma desinflação maior. Vale ressaltar
que esperamos que o IPCA continue elevado nos
próximos meses, devido à alta do preço dos
alimentos, que são influenciados pelas condições
climáticas adversas (El Niño).
Assim, o Banco Central do Brasil se encontra em
uma situação muito delicada. O panorama atual
exige mais ação por parte da autoridade
monetária, dado que a inflação permanece
elevada e generalizada. No entanto, o país
também está passando por uma profunda
recessão, aumentando os questionamentos sobre
a real eficácia de um novo ciclo de aperto
monetário. Acreditamos que o BCB irá reagir ao
agravamento das perspectivas de inflação. Nosso
cenário base contempla um aumento de 50
pontos-base em janeiro, seguido por mais dois
aumentos de 50 pontos-base em março e abril,
elevando a taxa Selic para 15,75% (de 14,25%
este ano).
Em relação à política fiscal, o governo optou por
regularizar o pagamento de cerca R$ 72 bilhões
em atraso de exercícios fiscais anteriores. Devido
a esta regularização, o país irá registrar em 2015
um déficit primário próximo de 2% do PIB. Dadas
as nossas expectativas de retração da atividade
econômica e a falta de capacidade do governo
para executar medidas que imponham uma maior
disciplina fiscal, acreditamos que os resultados
fiscais permanecerão negativos nos próximos
anos. Nesse sentido, espera-se um déficit primário
de 1,0% do PIB em 2016. Esta combinação de
déficits primários e uma intensa e prolongada
recessão vai levar a um aumento adicional da
dívida bruta em relação ao PIB, que poderá atingir
cerca de 75% em um prazo de tempo
relativamente curto (a dívida bruta alcançou 65,1%
em novembro de 2015).
O real passou por uma depreciação forte durante
2015, o que contribuiu para uma melhoria
significativa da balança comercial do país e do
déficit em conta corrente. No entanto, acreditamos
que há espaço para um enfraquecimento adicional
da moeda local, uma vez que o cenário atual de
grandes incertezas fiscais e políticas irá sustentar
uma
elevada
aversão
ao
risco
e,
consequentemente, implicará em uma moeda mais
depreciada. Prevemos que o real caminhará para
4,30 até o final de 2016.
JANEIRO/2016
SANTANDER ASSET MANAGEMENT
MERCADO
Renda Fixa
As dificuldades fiscais seguem muito presentes,
sem solução à vista. O ano de 2015 deverá
encerrar com um déficit primário ao redor de
2,0%, parte pela decepção com arrecadação,
parte pelo reconhecimento de compromissos
fiscais
assumidos
em
anos
anteriores,
conhecidos como “pedaladas”. Essa combinação
de um problema fiscal estrutural com
perspectivas econômicas muito negativas (forte
recessão com inflação alta) ocasionou um novo
rebaixamento da nossa dívida soberana, levando
a perda do selo de “grau de investimento” pela
segunda agência de rating.
Diante deste cenário incerto, investidores
demandaram maior prêmio de risco, fazendo
com que as taxas da curva de juros
aumentassem e com que o real se
desvalorizasse frente o dólar americano.
No âmbito externo, finalmente o FED (o banco
central norte-americano) deu início ao ciclo de
aperto monetário, em uma clara resposta ao já
baixo nível de desemprego.
Renda Variável
O mês de dezembro foi negativo para as bolsas
mundiais de modo geral. Uma das principais
preocupações dos investidores nos últimos
meses se concretizou em dezembro: a alta de
juros nos EUA. O banco central americano
decidiu na sua última reunião, elevar a taxa de
juros básica pela primeira vez desde 2006, ainda
que com a indicação de que o ritmo das altas
futuras será lento. Adicionalmente, a dinâmica
dos preços das principais commodities seguiu
ruim, sobretudo o preço do petróleo, que caiu
mais de 11% no mês.
brasileiras. A combinação de um cenário interno
(político
e
econômico)
ainda
bastante
conturbado com uma queda generalizada do
mercado acionário global levou o Ibovespa a
registrar baixa de 3,9% no mês.
No lado doméstico, a perspectiva ruim para a
atividade econômica e o novo rebaixamento da
nota de crédito soberano do Brasil para grau
especulativo
pesaram
sobre
as
ações
CIO
Departamento Econômico
Eduardo Castro
Ricardo Denadai
Hugo Penteado
Danilo Passos
Clayton Calixto
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SANTANDER ASSET MANAGEMENT
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