Nematologia

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Soja Louca II é reconhecida como nova doença pelo Mapa
Um dos sintomas é a deformação foliar (afilamento e engrossamento das nervuras). Foto: Maurício Meyer
(Uberaba 11.09.15) A identificação da causa da Soja Louca II (SL-II), que acaba de ser reconhecida pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) como uma doença causada pelo nematoide Aphelenchoides sp foi
realizada por pesquisadores da Embrapa e da EPAMIG. Há 10 anos pesquisadores da Embrapa Soja tentavam
identificar o agente causador da anomalia.
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Produzido em: 29 May, 2017, 09:14
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Soja Louca II é reconhecida como nova doença pelo Mapa
EPAMIG busca identificação da espécie do nematoide causador
(Uberaba 11.09.15) A identificação da causa da Soja Louca II (SL-II), que acaba de ser reconhecida pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) como uma doença causada pelo nematoide Aphelenchoides sp foi
realizada por pesquisadores da Embrapa e da EPAMIG. Há 10 anos pesquisadores da Embrapa Soja tentavam
identificar o agente causador da anomalia. Desde 2011, eles desenvolvem projeto de pesquisa multidisciplinar em
parceria com várias outras instituições, para investigar as causas da doença e dar suporte ao monitoramento da
ocorrência do problema no Brasil.
Pesquisadores Luciany Favoreto e Maurício Meyer apresentaram agente causador da soja louca 2 durante Congresso
Brasileiro de Soja em julho deste ano. Foto: Samantha Mapa - EPAMIG
O pesquisador da Embrapa Soja e coordenador do projeto, Maurício Meyer, explica que a doença pode comprometer em
até 60% a produtividade da lavoura. Segundo ele, a redução da produtividade se dá em função do elevado índice de
abortamento de flores e vagens e do alto percentual de desconto no valor da soja, devido à presença de impurezas, ou
seja, pedaços de tecido verde e grãos podres, que propiciam apodrecimento da massa de grãos.
Os maiores índices de ocorrência da doença foram em anos com maior frequência de chuvas, na entressafra e início de
safra. A forte incidência se deu, principalmente, nas regiões produtoras mais quentes do Brasil, nos estados do
Maranhão, Tocantins, Pará e Mato Grosso.
Segundo o pesquisador, após exaustivos estudos da doença, foram descartadas as hipóteses de possíveis causas por
ácaros, fungos ou vírus e, ainda, que sistemas de cultivo com rigoroso controle de plantas invasoras, em pré e póssemeaduras, têm revelado maiores reduções da incidência de Soja Louca II.
De acordo com a pesquisadora da EPAMIG Luciany Favoreto, que participa desses estudos, a descoberta do agente
causal foi um passo importante para a comunidade científica e para os sojicultores. Ela explica que a grande maioria dos
fitonematoides são encontrados no solo, infectando ou infestando raízes. "Essa descoberta causou estranheza na
comunidade científica quando anunciada, já que até então, espécies de Aphelenchoides eram conhecidas apenas por
relatos em arroz, morango, sementes forrageiras e algumas plantas ornamentais tais como: crisântemo, asplênio, lírio,
violetas, begônia, samambaias. Ainda, em 2013, pesquisadores relataram a ocorrência em feijão na Costa Rica. Na
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parte aérea da soja é o primeiro relato", ressalta Luciany, que há 15 anos estuda nematoides da parte aérea das
plantas.
Nematoide do gênero Aphelenchoides. Foto: Luciany Favoreto
Plantas com sintomas de Soja Louca II foram analisadas no laboratório de Nematologia da EPAMIG, em Uberaba, de
março a junho de 2015. "A espécie de Aphelenchoides encontrada, nestas plantas, foi multiplicada aqui em nosso
laboratório e com uma população pura, conseguiu-se por fim provar, cumprindo-se o Postulado de Koch, que este
fitonematoide é o responsável pela doença", diz a pesquisadora. Ela explica que o Postulado consiste em observar se
plantas sadias, mantidas em casa de vegetação, sob rigoroso controle fitossanitário, ao serem inoculadas com o patógeno
apresentam os sintomas da doença e se é possível reisolar o mesmo patógeno da planta inoculada, após a expressão dos
sintomas.
A pesquisadora acrescenta que após esta descoberta da causa da doença, é preciso identificar a espécie de
Aphelenchoides. "Iniciamos mais estudos com o objetivo de investigar formas de sobrevivência deste fitonematoides,
plantas hospedeiras alternativas, colonização e infecção na soja, para que o sojicultor possa adotar medidas de controle e
conviver com esta doença no campo", informa.
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