Boletim Influenza DF SE 22 (1)

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BOLETIM
EPIDEMIOLÓGICO
GOVERNO DO DISTRITO
FEDERAL
SECRETARIA DE ESTADO
DE SAÚDE
SUBSECRETARIA DE
VIGILÂNCIA À SAÚDE
INFLUENZA
SE 22/2016
INTRODUÇÃO
A vigilância epidemiológica da
Influenza no Distrito Federal (DF) se dá
por 2 formas: a vigilância universal das
SRAG e pelas unidades sentinelas de
GERÊNCIA DE VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA E
IMUNIZAÇÃO
GEVEI
SRAG e SG.
A síndrome respiratória aguda
grave (SRAG) é uma complicação, um
quadro de agravamento da síndrome
gripal (SG), onde além de apresentar os
Endereço:
sintomas gripais como febre, tosse, dor
Setor Bancário Norte – SBN
Qd 02, Lt 04, Bl P - 1º Subsolo
Brasília – DF
CEP: 70.040-020
Telefones: 3323-7461/3905-4639
E-mail: [email protected]
de garganta, dor de cabeça ou no corpo
a pessoa passa a apresentar também
dispneia, desconforto respiratório.
A
vigilância
universal
das
SRAG se dá pela notificação de todas as
SRAG internadas em qualquer unidade
Equipe de Elaboração:
de saúde, seja ela unidade privada ou
Ana Carolina Tardin Martins
Ana Luiza Sturion Grisoto
pública. Deve se coletado swab para
identificação de tipo viral causador.
Revisão Técnica:
Priscilleyne Ouverney Reis
(Gerente GEVEI)
As
unidades
sentinelas
se
dividem em unidades sentinelas para
SRAG ou SG. As unidades de SRAG
Teresa Cristina Vieira Segatto
(Diretora DIVEP)
Tiago Araújo Coelho de Souza
(Subsecretário SVS)
são: Hospital Regional da Asa Norte
(HRAN), Hospital Materno Infantil de
Brasília (HMIB), Hospital Regional do
Gama (HRG), Hospital Regional de
Boletim Epidemiológico Influenza - GEVEI/DIVEP/SVS/SES-DF – nº. 10 – Maio/2016
Santa Maria (HRSM), Hospital Brasília
clínicas de secreção nasofaringeana,
e Hospital Santa Helena. As unidades
através do swab, para identificação viral
de SG são: HRAN, HMIB, HRG e
e nas unidades de SG preconiza-se
HRSM. Nas unidades de SRAG, todos
coletar 5 amostras semanais de casos de
os casos internados em UTI devem ser
SG.
notificados
e
coletados
amostras
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
No DF, em 2016, até a semana
epidemiológica
(SE)
foram
(8/285) estão aguardando resultado
notificados 285 casos pela vigilância
laboratorial, 37,5% (107/285) foram
universal e sentinela da SRAG e 158
negativos para vírus respiratório e em
pela
SG,
9,4 % (27/285) dos casos não houve
totalizando 443 casos notificados em
coleta de amostra laboratorial. Dentre os
moradores do DF, sendo que 34%
positivos da SRAG em 74,8% (107/143)
(151/443)
dos casos foi isolado o vírus Influenza
vigilância
22,
positivas para vírus respiratórios, 2,8%
sentinela
dessas
da
amostras
foram
positivas para Influenza A H1N1.
Das
coletadas
amostras
50,1%
de
A H1N1 (Gráfico 1).
SRAG
(143/285)
foram
Nº de Casos Confirmados
Gráfico 1 – Número de casos de SRAG da vigilância universal e da sentinela
confirmados, por subtipo viral, distribuídos por semana epidemiológica, em moradores
do DF, 2016*.
25
N: 143
20
15
10
5
0
1
2
3
4
5
Parainfluenza 3
Rhinovírus
Influenza B
Influenza A Sazonal
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
Semanas epidemiológicas
Parainfluenza 2
Metapneumovírus
Adenovírus
influenza A não Subtipado
Influenza A H1N1
VSR
Bocavírus
* Dados parciais SE 22/2016.
Fonte: SINAN Influenza, acesso em 09/06/2016.
Boletim Epidemiológico Influenza - GEVEI/DIVEP/SVS/SES-DF – nº. 10 – Maio/2016
Dos casos de SRAG positivos
etária de maior de 60 anos com
para influenza A H1N1, 17,7% (19/107)
presença de condições ou fatores de
foram em menores de 5 anos de idade,
risco e os outros 4 em adultos, na faixa
1,8% (2/107) em crianças de 5 a 9 anos,
etária, de 30 a 49 anos, sendo que
3,7% (4/107) em crianças de 10 a 14
desses
anos e em adolescentes de 15 a 19 anos,
apresentavam condições ou fatores de
53,2% (57/107) em adultos de 20 a 59
risco. Os outros 5 óbitos ocorreram no
anos e 19,6% (21/107) em maiores de
sexo masculino, sendo 1 em adolescente
60 anos. Sendo a maior incidência entre
de 13 anos com presença de fatores de
os menores de 1 ano com 26,3
risco, 1 em jovem de 18 anos sem
casos/100.00 habitantes, seguidos dos
história de fatores de risco, 2 em adultos
adultos maiores de 60 anos com 7,2
na faixa etária de 50 a 59 anos com
casos/100.00 habitantes.
presença de condições ou fatores de
4
casos
só
2
paciente
Até o momento ocorreram 12
risco e 1 em idoso com mais de um
óbitos em paciente com SRAG positivo
fator de risco. Há 1 óbito, em adulto,
para Influenza A H1N1, 7 em paciente
que
do sexo feminino, sendo 3 na faixa
(Gráfico 2).
permanece
em
investigação
N: 107
Nº de Casos Confirmados
por Influenza A H1N1
30
30,0
25
25,0
20
20,0
15
15,0
10
10,0
5
5,0
0
0,0
Incidência por 100mil
Habitantes
Gráfico 2 – Números de casos, de óbitos e incidência de SRAG, positivos para
Influenza A H1N1, distribuídos por faixa etária e gestantes, em moradores do DF,
2016*.
Faixa Etária
Casos confirmados
Óbitos
Incidência
* Dados parciais SE 22/2016.
Fonte: SINAN Influenza, acesso em 09/06/2016.
Dentre os 107 casos positivos
(5/107) permanecem internados, sendo
para influenza A H1N1 da vigilância
que desses 60% (3/5) em unidade de
universal e sentinela da SRAG 4,6%
terapia intensiva (UTI).
Boletim Epidemiológico Influenza - GEVEI/DIVEP/SVS/SES-DF – nº. 10 – Maio/2016
Dezesseis casos de Influenza A
internados, porém não evoluíram de
H1N1 foram positivos em gestantes,
forma grave. Quando analisamos o local
sendo que 7 casos foram captados em
da ocorrência dos casos de SRAG
unidade sentinela de SG e os outros 9
vigilância universal e sentinela, óbitos e
foram pela vigilância universal da
casos de SG das unidades sentinelas
SRAG, todas as gestantes evoluíram
verifica-se que os distritos de residência
para cura e já tiveram alta hospitalar.
mais acometidos foram Asa Norte com
Nas gestantes, a incidência da
13,2% (20/151), Santa Maria com 11,9
SRAG é de 27 casos/100.000 gestantes
% (18/151) e Ceilândia com 10,5%
e da SG é de 21 casos/100.000
(16/151). Ao analisamos a incidência
gestantes.
por distrito de residência, o Jardim
Com relação vigilância sentinela
Botânico apresenta uma incidência de
da SRAG todos os casos notificados já
casos 21,6 casos/100.00 habitantes, Asa
estão incluídos na vigilância universal
Norte 13,9 casos/100.000 habitantes e
da SRAG, para a vigilância sentinela da
Santa
SG, dos casos notificados, 44 foram
habitantes (Gráfico 3).
Maria
13,3
casos/100.000
positivos para Influenza A H1N1, em
residentes do DF sendo que 26 foram
25,0
N: 151
25
20
20,0
15,0
15
10,0
10
Vicente Pires
Taguatinga/Arniqueiras
São Sebastião
Sobradinho I e II
Samambaia
Sudoeste/Octogonal/SIG
Distrito de Residência
Casos SG
Óbitos
Santa Maria
Riacho Fundo I e II
Planaltina
Recanto das Emas
Park Way
Lago Sul
Paranoá
Itapoã
Jardim Botânico
Gama
Casos SRAG
Guará I e II/SIA
Cruzeiro
Ceilândia
0,0
Candangolândia
0
Asa Sul
5,0
Asa Norte/Granja do Torto
5
Incidência
* Dados parciais SE 22/2016.
Fonte: SINAN Influenza, acesso em 09/06/2016 e SIVEP Gripe, acesso em 01/06/2016.
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Incidência por 100 Mil
Habitantes
30
Águas Claras
Nº de Casos Confirmados
por Influenza A H1N1
Gráfico 3 – Distrito de residência e incidência dos casos e óbitos da vigilância universal
e sentinela da SRAG e da vigilância sentinela da SG, confirmados por Influenza A
H1N1, em moradores do DF, 2016*.
Em relação à vigilância da
em jovens de 15 a 19 anos e nos
síndrome SG, dentre os residentes no
maiores de 60 anos, 9% (4/44) em
DF e positivos para influenza A H1N1
crianças de 1 a 4 anos e nos adultos de
15,9% (7/44) dos casos ocorreu em
40 a 49 anos, 13,6% (6/44) em adultos
menores de 1 ano de idade e em adultos
de 30 a 39 anos e 18% (8/44) entre
de 50 a 59 anos, 6,8% (3/44) ocorreu
adultos 20 e 29 (tabela 1).
Tabela 1 – Número de casos confirmados e incidência de SG, distribuídos por faixa
etária e gestantes, em moradores DF, 2016*.
Faixa Etária
Nº de casos de SG
<1ano
1a4
5a9
10 a 14
15 a 19
20 a 29
30 a 39
40 a 49
50 a 59
60 e +
TOTAL
Gestantes
7
4
2
0
3
8
6
4
7
3
44
7
Incidência por 100 mil
habitantes
16,7
2,4
1,0
0,0
1,2
1,4
1,1
0,9
2,5
1,0
1,5
21,0
* Dados parciais SE 21/2016.
Fonte: SIVEP Gripe, acesso em 01/06/2016.
RECOMENDAÇÕES
São medidas que evitam a
transmissão da influenza e outras
doenças respiratórias:
Frequente
higienização
espirrar ou tossir;
Evitar tocar mucosas de olhos,
lavagem
das
e
mãos,
principalmente antes de consumir
algum alimento;
Utilizar lenço descartável para
higiene nasal;
Cobrir nariz e boca quando
nariz e boca;
Higienizar as mãos após tossir
ou espirrar;
Não compartilhar objetos de uso
pessoal,
como
talheres,
copos ou garrafas;
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pratos,
Manter
os
ambientes
bem
ventilados;
Evitar aglomerações e ambientes
fechados
Evitar contato próximo a pessoas
que apresentem sinais ou sintomas
de influenza;
(procurar
manter
os
ambientes ventilados);
Adotar hábitos saudáveis, como
alimentação balanceada e ingestão
Evitar sair de casa em período de
de líquidos.
transmissão da doença;
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com relação ao número de casos
A
Campanha
Nacional
de
de Influenza A H1N1, o Distrito Federal
Vacinação Contra a
(DF) registrou um incremento nos
antecipada no DF para o dia 18 de abril,
números
precocidade
contemplando 4 grupos prioritários:
temporal no surgimento e detecção dos
gestantes, crianças menores de 5 anos,
primeiros casos quando comparado aos
puérperas e trabalhadores da saúde. A
anos anteriores.
partir do dia 27 foram incluídos mais 2
de
casos
e
Influenza foi
Desde o final de 2015, o
grupos o dos idosos e doentes crônicos.
LACEN-DF ampliou o painel viral do
Até a presente data foram aplicadas
PCR que detectava somente influenza B
631.278 doses, total que corresponde a
e A com seus subtipos, e passou a
103,6% da população prevista para
identificar
vírus:
receber a vacinação (609.105). Ao
Rhinovírus,
considerarmos isoladamente os grupos,
Bocavírus, Adenovírus, Vírus Sincicial
foram vacinadas 87,6% das crianças
Respiratório e Parainfluenza 1, 2 e 3. A
menores de cinco anos, 88,5% do total
ampliação do painel viral reflete na
previsto para gestantes, 100,2% das
positividade maior que 50%, até o
puérperas e 134,8% dos trabalhadores
momento, nas amostras coletadas para
de saúde, 101,9% dos idosos acima de
vigilância universal e sentinela da
60 anos e 119,7% dos portadores de
SRAG, o que vem possibilitando a
comorbidades.
8
Metapeneumovírus,
novos
vigilância em saúde conhecer melhor o
perfil dos vírus circulantes do DF.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Guia de Vigilância em Saúde do
Ministério da Saúde, 2014, disponível em
://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/20
15/fevereiro/06/guia-vigilnacia-saudeatualizado-05-02-15.pdf.
2. OSM. www.paho.org.
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