uni- anhanguera - centro universitário de goiás curso de agronomia

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UNI- ANHANGUERA - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS
CURSO DE AGRONOMIA
EFEITO DA DESFOLHA NOS ESTÁDIOS VEGETATIVO E REPRODUTIVO DA
SOJA NO ESTADO DE GOIÁS
EDER HENRIQUE DA SILVA
GOIÂNIA
Junho/2014
EDER HENRIQUE DA SILVA
EFEITO DA DESFOLHA NOS ESTÁDIOS VEGETATIVO E REPRODUTIVO DA
SOJA NO ESTADO DE GOIÁS
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao
Curso de agronomia do Centro Universitário
de
Goiás,
Uni-ANHANGUERA,
sob
orientação do Dr. Edson Hirose, como
requisito parcial para obtenção do título de
Bacharel em agronomia.
GOIÂNIA
Junho/2014
Dedico esse trabalho de conclusão de curso
aos meus pais e meu irmão, que me apoiaram
em todos os momentos e fizeram tornar
possível esse grande sonho.
AGRADECIMENTOS
A DEUS, pela força na conclusão de mais uma etapa
de minha vida.
Agradeço
ao
Uni-ANHANGUERA,
Centro
Universitário de Goiás pela oportunidade de conferir-me o
título de bacharel em Agronomia.
Aos professores do curso de Agronomia, pelos
ensinamentos e atenção.
A todos os colegas do curso e amigos, pela força,
incentivo e amizade recebidos de cada um.
A todos os amigos do laboratório de entomologia da
EMBRAPA arroz e feijão.
Em especial, ao Dr. Edson Hirose pela excelente
orientação e a amizade. Meu agradecimento por sua
grandeza e sábios ensinamentos.
O assunto mais importante do mundo pode ser simplificado até
ao ponto em que todos possam apreciá-lo e compreendê-lo. Isso
é ou deveria ser a mais elevada forma de arte.
Charles Chaplin
RESUMO
As plantas de soja apresentam capacidade de recuperação à desfolha, e o nível de ação (NA)
atualmente preconizado pelo MIP - Soja é baseado em experimentos realizados nas décadas
de 70 e 80, que preconizam que até 30% de desfolha durante o período vegetativo e 15% de
desfolha no período reprodutivo, não causam perdas de produtividade. Com o objetivo
reavaliar o NA para desfolhadores em duas cultivares de soja atualmente recomendadas para
plantio foi realizado este ensaio. O experimento foi conduzido na área experimental da
Embrapa Arroz e Feijão, situada na cidade de Santo Antônio de Goiás na safra de 2012-2013,
em nível de campo. Foram semeadas as cultivares BRS 8151 RR (crescimento indeterminado)
e BRS 8160 RR (crescimento determinado). O delineamento foi em blocos ao acaso, com sete
tratamentos e quatro repetições, em parcelas de 4 linhas com 5m de comprimento.
Semanalmente, durante todo o ciclo da cultura, foi realizada desfolha manual seguindo os
seguintes tratamentos: T1 – Testemunha sem desfolha; T2 - 16,7% de desfolha no período
vegetativo; T3 - 33,3% de desfolha no período vegetativo; T4 - 16,7% de desfolha no período
reprodutivo; T5 – 33,3% de desfolha no período reprodutivo; T6 – 16,7% em todo ciclo da
planta; T7 – 33,3% de desfolha em todo ciclo da planta. Ao final do ciclo as parcelas foram
colhidas e os dados de produção foram submetidos à análise de variância e as médias
comparadas pelo teste de Tukey (P<0,05). Os tratamentos obtiveram as seguintes
produtividades BRS 8151 RR (kg.ha-1): T1 - 3380,19; T2 - 3209,43; T3 - 3557,22; T4 3457,98; T5 - 3313,97; T6 - 3327,4; T7 - 3828,01. BRS 8160 RR (kg.ha-1): T1 - 3756,87; T2 2936,27; T3 - 3367,33; T4 - 3319,48; T5 - 3085,63; T6 - 2993,75; T7 - 3501,14. Apesar da
variação na produtividade, não houve diferença significativa entre os tratamentos,
confirmando que os níveis de ação preconizados continuam validos, ao menos para estas
cultivares.
PALAVRAS-CHAVES: Noctuidae, Coleoptera, Manejo Integrado de Pragas.
8
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
9
2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA
11
2.1 Manejo Integrado de Pragas
11
2.1.2 Insetos Desfolhadores
13
2.1.2.1 Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 (Lepidoptera: Noctuidae)
13
2.1.2.2 Chrysodeixis includens (Walker, 1858) (Lepidoptera: Noctuidae)
15
2.1.2.3 Rachiplusia nu (Guenée, 1852) (Lepidoptera: Noctuidae)
16
2.1.2.4 Gênero Spodoptera
17
2.1..2.5 Heliothis virescens (Fabricius, 1781)
18
2.1.2.6 Diabrotica speciosa (Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae)
19
2.1.2.7 Cerotoma arcuata (Olivier, 1791) (Coleoptera: Chrysomelidae)
20
2.1.2.8 Colaspis sp. (Coleoptera: Chrysomelidae)
20
2.1.2.9 Aracanthus mourei (Rosado Neto, 1981) (Coleoptera: Curculionidae)
20
3 MATERIAL E MÉTODOS
21
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
25
5 CONCLUSÃO
30
REFERÊNCIAS
31
9
1 INTRODUÇÃO
A soja (Glycine max (L.) Merril) é uma leguminosa que é fonte de óleo de alta
qualidade e farelo com alto teor proteico além de possuir fácil adaptação aos diversos tipos de
clima e fotoperíodo, tais características a colocam com a mais cultivada em todo o mundo.
O desenvolvimento da soja no Brasil teve inicio em 1882 quando os germoplasmas
trazidos dos EUA foram testados no Estado da Bahia (BA), mas o material não era adaptado
para as condições de baixa latitude daquele estado e não teve êxito na região. Em 1900, a soja
foi testada no Rio Grande do Sul (RS), onde as condições climáticas favoreceram seu
desenvolvimento (EMBRAPA, 2008).
O crescimento da cultura está diretamente associado aos avanços tecnológicos na
agricultura, como: cultivares adaptadas, correção de acidez do solo, inoculação de sementes
com a utilização de bactérias para fixação biológica de nitrogênio aliado a uma adubação
balanceada com macro nutrientes e micronutrientes, que permitiram o cultivo de soja em
condições edafoclimáticas variadas.
Segundo dados da CONAB (2013) a área plantada de soja safra 2012/2013 ficou
estimada no recorde de 27.721,6 mil hectares, apresentando um incremento de 10,7% em
comparação com o verificado na temporada 2011/12 – 25.042,2 mil hectares.
Mas um fator que pode limitar a produtividade da soja são as pragas, a cultura está
sujeita, durante todo o seu ciclo, ao ataque de diferentes espécies de insetos (SOSA-GÓMEZ
et al., 2010). Embora esses insetos tenham suas populações reduzidas por predadores,
parasitoides e doenças, em níveis dependentes das condições ambientais, quando atingem
populações elevadas, capazes de causar perdas significativas no rendimento da cultura, eles
necessitam ser controlados (EMBRAPA, 2008).
O crescimento e desenvolvimento das plantas estão condicionados à fotossíntese
realizada pelas folhas (TAIZ; ZIEGER, 2004). À medida que a planta cresce e se desenvolve
a demanda por foto assimilados aumenta. Dessa forma, o índice de área foliar, sua integridade
e manutenção por um maior espaço de tempo ao longo do ciclo da cultura são fundamentais,
para que a planta consiga suprir suas necessidades de fotoassimilados e com isso obter alta
produtividade (PEREIRA, 2002).
Dentre os fatores que comumente comprometem esse índice de área foliar ao longo
dos estádios de desenvolvimento da soja estão o ataque de insetos desfolhadores (RIBEIRO;
COSTA, 2000).
10
A capacidade da soja de evitar redução de produtividade depois de submetida à
desfolha precoce depende de alguns fatores, como a própria intensidade da desfolha, o estádio
fenológico em que ocorre, a habilidade da cultivar em tolerar ou compensar o desfolhamento
(COSTA et al., 2003). Dependendo da intensidade do ataque, o dano pode ser irreversível,
exigindo em alguns casos o replantio de toda a área (HOFFMANN-CAMPO et al., 2013),
assim o controle deve ser iniciando antes que este dano seja economicamente significativo.
MIP (Manejo Integrado de Pragas) baseia-se na premissa que não são todas as
espécies de insetos que necessitam de controle e que alguns níveis de infestação e injúria são
toleráveis pelas plantas, sem redução econômica da produção final.
A soja apresenta capacidade de recuperação à desfolha sofrida. A área foliar restante,
após o ataque dos desfolhadores é, se a desfolha não for drástica, capaz de realizar
fotossíntese suficiente para garantir a produção de energia, que será revertida em boa nutrição
para a planta, fazendo que a produção final por área seja a mesma (BUENO et al., 2010).
Segundo Gazzoni (1974) a reação da planta de soja à desfolha artificial é muito
semelhante à reação causada pelos insetos, auxiliando a pesquisa a determinar níveis de dano
econômico que irão ajudar na tomada de decisão dentro de um programa de manejo integrado
insetos-praga.
O nível de ação (NA) adotado pelo MIP-Soja é baseado em experimentos
realizados nas décadas de 70 e 80, que preconizam que até 30% de desfolha durante o período
vegetativo e 15% de desfolha no período reprodutivo, não causam perdas de produtividade.
Assim o objetivo deste trabalho e reavaliar o NA para desfolhadores em duas cultivares de
soja atualmente recomendadas para plantio.
11
2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA
2.1 Manejo Integrado de Pragas
No Brasil as políticas governamentais para reduzir o uso excessivo de agroquímicos
aconteceu em meados da década de 60, onde táticas foram criadas para alcançar esse objetivo,
dentre elas o incentivo para a adoção de programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP) em
diversas culturas. Foi nessa época que o conceito do MIP começou a ser popularizado e
passou a ser considerado um grande avanço tecnológico (SOSA-GÓMEZ et al., 2010;
HOFFMANN-CAMPO et al., 2013).
Seu conceito consiste num processo de tomada de decisão envolvendo o uso coordenado
de varias táticas para o controle de pragas de uma maneira sustentável e economicamente
viável (PROKOPY; KOGAN, 2003; SOSA-GÓMEZ et al., 2010). Essa filosofia de MIP se
espalhou pelo mundo, sendo rapidamente incorporada no controle das pragas da soja
(HOFFMANN-CAMPO et al., 2013).
A filosofia do MIP baseia-se na premissa que não são todas as espécies de insetos que
necessitam de controle e que alguns níveis de infestação e injúria são toleráveis pelas plantas,
sem redução econômica da produção final (QUINTELA et al., 2007; SOSA-GÓMEZ et al.,
2010; HOFFMANN-CAMPO et al., 2013).
As plantas de soja apresentam alta capacidade de recuperação à desfolha (BUENO et
al., 2010; HOFFMANN-CAMPO et al., 2013). Após o ataque de desfolhadores se a área
foliar for capaz de realizar fotossíntese, disponibilizando energia para que a planta realize
suas funções, a produção final não é afetada (BUENO et al., 2010). A resposta da planta à
desfolha deve ser considerada de forma diferenciada, uma vez que as plantas passam por
diferentes estágios, entre os quais, o da tolerância deve ser observado com atenção (BUENO
et al., 2010).
O nível de dano econômico (NDE) tem sido definido como a menor população da praga
que causa dano econômico, enquanto o limiar de dano e uma população ainda menor com
relação a qual algum tipo de ação deve ser tomada, para evitar que a praga atinja o nível de
dano econômico (STERN et al., 1965).
Para evitar que NDE seja atingido e, consequentemente, que o produtor tenha uma
redução de produção, devem ser consideradas diferentes situações de quando realizar uma
ação de controle, como, o tempo necessário para que medidas de controle tornem-se eficientes
12
controlando os insetos, a precisão da amostragem, fatores climáticos que podem atrasar a
realização da medida de controle (BUENO et al., 2010).
Sendo assim, a decisão de controlar ou não a população de pragas deve ser realizada,
na prática, sempre com uma margem de segurança em relação ao NDE. Esse nível de
segurança é conhecido como Nível de Controle (NC) ou Nível de Ação (NA) e representa o
momento economicamente correto para que uma medida de controle seja iniciada e assim
evitar que a população de insetos cresça demasiadamente e ultrapasse o NDE (PEDIGO et al.,
1986). O NA sugerido considera a população de insetos-praga, por meio de avaliações de
amostras do número de insetos presentes na área com o auxílio do pano-de-batida, técnica que
e considerada trabalhosa (EMBRAPA, 2008).
Para insetos desfolhadores, pode-se também utilizar a avaliação da intensidade de
desfolha como referencial. Com relação ao número de insetos, o NA recomendado para iniciar
o controle é de 20 lagartas por metro de fileira de soja (EMBRAPA, 2008).
E com relação à desfolha, o NA recomendado para indicar o momento certo para
iniciar o controle dos desfolhadores é de 30% de desfolha no período vegetativo ou 15% se a
cultura estiver no estágio reprodutivo de desenvolvimento (EMBRAPA, 2008).
Apesar da utilização do NA representar economia para o produtor e principalmente
proporcionar a utilização racional do uso de agrotóxicos, evitando a contaminação do homem
e do ambiente, tem havido um grande receio dos sojicultores em esperar que as infestações
atinjam o NA para iniciar o controle resultando no aumento do uso de inseticidas (BUENO et
al., 2010).
Os inseticidas não têm sido utilizados com base nas infestações das populações de
pragas, o que vai contra o NA para a cultura, e estão sendo utilizados baseados em critérios
subjetivos de percepção do agricultor que, geralmente, utiliza aplicações pré-programadas
baseadas em calendário visando, muitas vezes, aproveitar outras operações agrícolas como a
aplicação de herbicidas e/ou fungicidas (BUENO et al., 2010).
Essa desconfiança dos produtores nos níveis de ação preconizados pelo MIP-Soja está
no fato de que os estudos, que determinaram estes níveis atualmente recomendados para o
controle das principais pragas desfolhadoras foram realizados, na maioria, na década de 70 e
80, apesar de alguns trabalhos publicados recentemente mostrarem que estes NAs ainda
continuam confiáveis (COSTA et al., 2003; PARCIANELLO et al., 2004; BUENO et al.,
2010).
13
2.1.2 Insetos Desfolhadores
Entre os insetos que causam desfolha, as lagartas e os coleópteros são os mais
importantes. Dentre eles, destacam-se a lagarta-da-soja, Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818
a lagarta-falsa-medideira, Chrysodeixis includens (Walker, 1858), e algumas espécies de
Spodoptera por sua abundância e ocorrência frequente em todas as regiões onde a soja e
cultivada (HOFFMANN-CAMPO et al., 2013).
Esses lepidópteros apresentam uma ampla gama de inimigos naturais, que ao serem
eliminados precocemente, agravam o desequilíbrio nos agro ecossistemas e favorecem a
ocorrências de surtos de pragas (ROGGIA, 2010; SIQUEIRA, 2011). Ainda, os piolhos-decobra, as lesmas e os caramujos são outros organismos que podem causar desfolhas, no início
do desenvolvimento da soja (BUENO et al., 2010; HOFFMANN-CAMPO et al., 2013).
Ao haver redução da área foliar, as plantas de soja podem ter sua produtividade
comprometida. A tolerância à desfolha varia em função do percentual de desfolhamento,
tempo de permanência da injúria ou ainda o estádio fenológico da planta (vegetativo ou
reprodutivo). É importante salientar que a soja tem capacidade de se recuperar de níveis
significativos de desfolha sem qualquer redução de produtividade, principalmente quando esta
ocorrer nos estádios vegetativos da cultura (HOFFMANN-CAMPO et al., 2013).
No entanto, quando não se maneja corretamente os insetos que atacam folhas, estes
podem causar níveis de desfolhamento além da capacidade de tolerância da planta,
ocasionando danos significativos. Sendo assim para que se realize corretamente o manejo
desses insetos-pragas, é necessário conhecer essas pragas (HOFFMANN-CAMPO et al.,
2013).
2.1.2.1 Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 (Lepidoptera: Noctuidae)
A lagarta da soja, Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 (Lepidoptera: Noctuidae) era a
principal lagarta do complexo de desfolhadoras da soja, sendo encontrada em todos os
sistemas de cultivo (GAZZONI; YORINIORI, 1995). A lagarta é mastigadora e se alimenta
de folhas jovens. Além de causar desfolha, ataca outras partes da planta, como pecíolos e
haste (SILVA et al., 2002).
14
As mariposas, que apresentam envergadura de asas de 30 a 38 mm e coloração
bastante variável na parte dorsal. Possui sempre presente uma linha diagonal de cor marromcanela unindo as pontas do primeiro par de asas, o que auxilia em seu reconhecimento no
campo (GALLO et al., 2002; SOSA-GÓMEZ et al., 2010).
Durante o dia, essas mariposas são frequentemente encontradas sob a vegetação
natural ao redor de áreas de soja, protegidas nas partes baixas e sombreadas das plantas, mas
deixam esses abrigos assim que perturbadas (HEATH et al., 1988; GALLO et al., 2002).
Após o pôr do sol, elas iniciam voos curtos e orientados, localizando parceiros para o
acasalamento ou plantas para a oviposição (HEATH et al., 1988).
Os ovos, de aproximadamente 0,6 mm de diâmetro, são inicialmente de cor
esbranquiçada a verde-clara e difíceis de serem detectados, pois se misturam ao mesmo tom
de verde das folhas (SOSA-GÓMEZ et al., 2010). Com um período de encubação variando de
2,2 a 3,9 dias (FUGI et al., 2005). Em condições ótimas de ambiente, as mariposas de A.
gemmatalis podem depositar mais que 400 ovos/fêmea durante sua vida (PIETROWSKI,
2000). Os ovos são colocados isoladamente ou de forma agrupada (PRAÇA et al., 2006),
tendo preferência pela parte média e inferior das plantas de soja (FERREIRA; PANIZZI,
1978).
As lagartas geralmente apresentam cor verde e três linhas longitudinais brancas no
dorso e quatro pares de pseudopernas abdominais, além de um par anal (SOSA-GÓMEZ et
al., 2010). Durante o desenvolvimento passam por 6 ínstares até se transformar em pupas, a
duração de cada ínstar pode variar em decorrência de vários fatores, como a temperatura, a
planta hospedeira e a qualidade do alimento (FUGI et al., 2005). Em trabalho realizado por
Nantes et al. (1978) o desenvolvimento larval de A. gemmatalis quando se alimentando com
soja foi entre 29 e 33 dias de ovo a adulto.
Cada lagarta de A. gemmatalis pode consumir de 85 cm² a 150 cm² de área foliar de
soja até completar a fase larval (BUENO et al., 2011). A maior capacidade de desfolha ocorre
do quarto ao sexto ínstar, quando as lagartas atingem grande potencial de injúria na soja
(BUENO et al., 2011).
Quando não manejadas corretamente, essas lagartas podem provocar até 100% de
desfolha, que, dependendo do estádio de desenvolvimento da planta, ocasionam reduções
significativas na produtividade da lavoura que podem chegar à perda total. Logo após, a
lagarta em pré-pupa caminha para a parte inferior da planta e constrói uma câmara pupal sob
15
folhas secas na superfície do solo ou, mais frequentemente, até dois centímetros de
profundidade (LEE; JOHNSON, 1990).
Dessas pupas irão emergir as mariposas, que acasalam na primeira noite após a
emergência, iniciando a oviposição três a quatro dias depois, sendo que o pico de postura
ocorre em media no quinto dia de vida do adulto (MAGRINI et al., 1999).
Além da sobrevivência do inseto estar associada à temperatura à qual é exposto, o que
também regula a distribuição sazonal dessa praga é a capacidade de suas plantas hospedeiras e
sobreviverem às mesmas temperaturas. A. gemmatalis é praga de grande importância da soja e
abundante em todas as regiões brasileiras de cultivo, em todos meses de cultivo,
principalmente em anos mais secos, já que essa condição desfavorece a ocorrência natural de
fungos entomopatogênicos que regulam sua população (PRAÇA et al., 2006).
Principalmente em países tropicais, com grande diversidade de flora, diferentes espécies
de hospedeiros preferenciais da A. gemmatalis podem estar disponíveis ao mesmo tempo ou
em sucessão ao longo do ano e, assim, podem servir de fontes sequenciais de alimento para o
inseto, permitindo a sobrevivência de suas populações na área cultivada de uma safra de soja
para a outra (HOFFMANN-CAMPO et al., 2013).
2.1.2.2 Chrysodeixis includens (Walker, [1858]) (Lepidoptera: Noctuidae)
No Brasil, nos últimos anos, a lagarta-falsa-medideira, tem se tornado um sério
problema fitossanitário na cultura da soja, com vários surtos ocorrendo isolados ou associados
à lagarta-da-soja (PAPA; CELOTO, 2011; BERNARDI, 2012).
As lagartas que eclodem são de coloração verde-clara, com listras longitudinais
brancas e pontuações pretas, atingindo de 40 a 45 mm de comprimento em seu último estádio
larval. Depois do último ínstar larval, esta lagarta se transforma em pupa, que ocorre sob uma
teia, em geral na face abaxial das folhas (HOFFMANN-CAMPO et al., 2000; SOSA-GÓMEZ
et al., 2010). O período pupal dura de 7 a 9 dias até a emergência dos adultos (VAZQUEZ,
1988).
Os adultos são mariposas com 35 mm de envergadura de asas, dispostas em forma
inclinada. As asas anteriores são de coloração escura, com duas manchas prateadas brilhantes
na parte central do primeiro par de asas, e as asas posteriores são de coloração marrom
(SOSA-GÓMEZ et al., 2010).
16
Quando ainda pequenas, as lagartas selecionam folhas novas, com baixo teor de fibras,
enquanto lagartas mais desenvolvidas tornam-se menos exigentes, quando passam a se
alimentar de folhas mais velhas e mais fibrosas (BERNARDI, 2012).
No Brasil, lagartas pequenas assim como grandes de C. includens têm sido
frequentemente encontradas alimentando-se do terço inferior das plantas e de folhas tenras de
ramos secundários de soja (SANTOS et al., 2010).
No primeiro e segundo ínstar apenas raspam as folhas, enquanto, a partir do terceiro
ínstar, conseguem perfurá-las, deixando, entretanto, as nervuras centrais e laterais intactas,
proporcionando aspecto característico de folhas rendilhadas, diferente do dano causado por
outros desfolhadores (BUENO et al., 2007).
O consumo total médio de folhas de soja por lagartas de C. includens é bastante
variável, sendo encontrados valores de 64 cm² a 200 cm² (BUENO et al., 2011; SANTOS et
al., 2010).
A lagarta-falsa-medideira, C. includens, é um inseto polífago com capacidade de se
desenvolver em 73 plantas hospedeiras no Brasil, pertencentes a 29 famílias (BERNARDI,
2012). Apesar dessa grande gama de hospedeiros, a lagarta-falsa medideira tem preferência e
melhor adaptação à soja (BERNARDI, 2012).
A polifagia é uma característica que pode colaborar com a dinâmica populacional e
condição de praga, uma vez que as populações podem se desenvolver simultaneamente em
diferentes plantas hospedeiras dentro de uma região ou podem persistir no ambiente em baixa
densidade até a fêmea encontrar um hospedeiro capaz de sustentar o desenvolvimento das
lagartas (HOFFMANN-CAMPO et al., 2013).
2.1.2.3 Rachiplusia nu (Guenée, 1852) (Lepidoptera: Noctuidae)
A lagarta-do-linho, R. nu, é uma espécie que se alimenta de várias oleaginosas (ABOT;
ARAGON, 1987), com ampla distribuição na América do Sul, ocorrendo na Argentina,
Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai (ÂNGULO; WEIGERT, 1974).
Sua identificação é relativamente difícil, porque as lagartas e as mariposas desta espécie
são muito semelhantes às de C. includens (SOSA-GÓMEZ et al., 2010). A diferenciação entre
as lagartas dessas espécies, feita usualmente em campo, com base na coloração das pernas
torácicas, não é confiável (JOST; PITRE, 1998).
17
Pupas de R. nu, com duração média de 12,7 dias e peso aproximadamente de 0,2 g, com
coloração inicialmente branca, passando a castanho-escuro, medindo de 13 a 15,7 mm de
comprimento e 4,5 mm de largura (VOGT et al., 2005).
Os ovos de R. nu, ovipositados isoladamente e presos por sua base no substrato, são de
coloração branco-amarelada, de aproximadamente 0,5 mm de diâmetro e 0,3 mm de altura
(ÂNGULO; WEIGERT, 1974). As lagartas emergem e passam por cinco ínstares, com
duração média de 18,1 ± 0,3 a 21,1 ± 0,2 dias (VOGT et al., 2005).
Os danos causados por R. nu são semelhantes aos de C. includens, ocasionando o
aspecto rendilhado dos folíolos da soja, devido à alimentação das lagartas, que
preferencialmente atacam o parênquima foliar, deixando as nervuras intactas (SOSA-GÓMEZ
et al., 2010).
Em média, cada lagarta de R. nu consome um total de 1074 mg de folha durante o seu
desenvolvimento larval (PEREYRA, 1991). Em trabalhos realizados por Gamundi;
Buchmann (1983), uma lagarta de quinto ínstar dura em média 3,3 dias e tem um consumo de
325,4 mg de folha, enquanto que uma lagarta de sexto ínstar tem duração de 5,2 dias e tem um
consumo médio de 876 mg, causando maior prejuízo nos últimos intares.
2.1.2.4 Gênero Spodoptera
A ocorrência de lagartas do gênero Spodoptera tem aumentado na cultura da soja nos
últimos anos, causando reduções na produtividade (BUENO et al., 2010). Nesse gênero,
Spodoptera cosmioides (Walker, 1858) e Spodoptera eridania (Cramer, 1782) (Lepidoptera:
Noctuidae) são as espécies mais importantes na soja, atacando as plantas principalmente na
fase reprodutiva (GAZZONI; YORINORI, 1995).
As lagartas de Spodoptera spp. como desfolhadoras, têm grande importância econômica
devido à sua capacidade de alimentação. S. cosmoides consome aproximadamente o dobro de
área foliar do que as outras espécies de lepidópteros de importância (BUENO et al., 2011).
Mariposas dessa espécie ovipositam massas de ovos com camadas sobrepostas que
podem conter mais que 100 ovos por postura. Ao contrário de outras espécies do gênero, S.
cosmioides e S. eridania não apresentam hábito canibal (BUENO et al., 2010).
As lagartas dessas espécies, ao eclodirem, alimentam se agrupadas por alguns dias,
quando apenas raspam as folhas. Posteriormente, dispersam se pela lavoura onde irão
18
consumir folhas e vagens de soja, podendo causar perdas significativas nas lavouras, se não
forem manejadas corretamente (BUENO et al., 2010).
As lagartas do grupo Spodoptera, quando atacam a soja na fase reprodutiva da lavoura,
costumam se abrigar no interior das plantas, próximo à região das vagens e, com isso, ficam
protegidas dos inseticidas, que têm dificuldades para atingir o alvo (BUENO et al., 2010).
O uso abusivo e errôneo de agrotóxicos na cultura tem eliminado a vasta gama de
inimigos naturais destas pragas, fazendo que as populações dessas pragas, anteriormente
consideradas secundárias, causem grandes prejuízos (BUENO et al., 2010).
2.1.2.5 Heliothis virescens (Fabricius, 1781)
A lagarta-da-maçã do algodoeiro, H. virescens, é uma espécie que ocorre em regiões
tropicais e subtropicais e encontra- se amplamente distribuída na América do Sul e América
do Norte (FITT, 1989).
De acordo com Capinera (2001), H. virescens é uma espécie nativa dos EUA, apesar de
Poole et al. (1993) terem anteriormente sugerido que o centro de diversidade da espécie seja o
Brasil. A capacidade de dispersão é um fator importante para o sucesso de H. virescens como
praga.
Os movimentos locais dentro das culturas e entre hospedeiros alternativos nas
proximidades são grande importância na dinâmica sazonal dessa praga, especialmente nos
mais diversos sistemas de cultivo onde os locais de alimentação e de oviposição podem estar
permanentemente disponíveis. Os adultos são migrantes facultativos, podendo migrar em
resposta às más condições locais para a reprodução (FITT, 1989).
As lagartas têm coloração que varia de verde amarelada a marrom avermelhada. A
maioria possui listras pálidas, longitudinais ao corpo e pequenos pontos escuros em todos os
segmentos. Os adultos têm a coloração marrom-clara com tonalidade geral esverdeada e
apresentam três listras brancas transversais, em relação à largura das asas. No Brasil, H.
virescens é uma praga-chave da cultura do algodão e, geralmente, considerada praga
secundária da soja (KOGAN; TURNIPSEED, 1987).
Entretanto, nos últimos anos, este inseto também tem se destacado como importante
problema fitossanitário na cultura da soja, principalmente nas regiões produtoras do Cerrado
(TOMQUELSKI; MARUYAMA, 2009).
19
Isto esta provavelmente ligado ao fato de que H. virescens e uma espécie polífaga,
capaz de completar seu ciclo em algodão, soja, tabaco, tomate, milho, girassol e feijão (FITT,
1989).
Além disso, o inseto é uma praga com alto potencial reprodutivo, sendo que cada fêmea
pode ovipositar de 500 a 800 ovos durante sua vida reprodutiva. O tempo total de uma
geração é relativamente curto, o que, combinado com sua alta fecundidade, permite que H.
virescens tenha uma grande capacidade de aumento populacional e sobreposição de gerações
(MORETI, 1980).
Portanto, o inseto pode se tornar uma praga ainda mais importante em lavouras de soja,
especialmente em áreas onde o algodão é abundante e a soja se encontra no estádio
vegetativo. A distribuição da praga nas lavouras não é uniforme e ocorre em alguns talhões, o
que reforça a necessidade de amostragens periódicas (DEGRANDE; VIVAN, 2010).
A praga pode se alimentar durante todos os estádios de desenvolvimento da soja. Em
geral, as lagartas comem vagens, mas podem, também, se alimentar de folhas e brotos
terminais da planta. Trata-se de uma praga de difícil controle, sendo os níveis de desfolha os
mesmos considerados para os demais desfolhadores da soja (DEGRANDE; VIVAN, 2010).
2.1.2.6 Diabrotica speciosa (Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae)
Os adultos de D. speciosa, também conhecidos como vaquinha-verde ou patriota,
habitam a parte aérea das plantas cultivadas. Apresenta coloração geral verde com três
manchas amarelas ou alaranjadas sobre cada élitro, cabeça marrom-avermelhada e medem de
5 a 6 mm de comprimento (PINTO et al., 2008).
A postura, com cerca de 30 ovos por massa, é colocada sobre as partes subterrâneas da
planta e o período de incubação dura em média 8 dias (SOSA-GÓMEZ et al., 2010).
A larva de D. speciosa vive no solo e, quando totalmente desenvolvidas, medem de 10
a 12 mm de comprimento e 1 mm de diâmetro, completando o período larval em
aproximadamente 23 dias. Posteriormente, a fase de pupa, que dura em torno de 17 dias,
também ocorre no solo, de onde emergirão os adultos. Como a maioria dos insetos, a duração
desses diferentes estádios do desenvolvimento pode ser severamente afetada pelas condições
climáticas e pela planta hospedeira (ÁVILA; PARRA, 2002).
20
2.1.2.7 Cerotoma arcuata (Olivier, 1791) (Coleoptera: Chrysomelidae)
Adultos de C. arcuata são besouros com o formato do corpo semelhante à vaquinhapatriota, mas de coloração bege, com quatro manchas marrom-escuras, duas grandes e duas
pequenas, em cada élitro, e medem cerca de 5 mm de comprimento (SOSA-GÓMEZ et al.,
2010). Os ovos medem 0,8 mm, têm formato ovalado e permanecem em incubação de 22 a 6
dias entre as temperaturas de 18 ºC a 32 ºC, respectivamente.
A larva é branca, com a cabeça preta, podendo medir até 10 mm. Nessa fase, que dura
entre 43 dias a 32 ºC, a larva alimenta-se dos nódulos de rizóbio. (HOFFMANN CAMPO et
al., 2000).
2.1.2.8 Colaspis sp. (Coleoptera: Chrysomelidae)
Adultos de Colaspis sp. medem 5 mm e, em geral, são verde-metálicos, apresentando
sulcos e pontuações em toda a extensão das asas. Os ovos têm tamanho inferior a 1 mm e são
branco-amarelados. A larva pode medir até 7 mm, apresentando cor branco-acinzentada
(SOSA-GÓMEZ et al., 2010).
2.1.2.9 Aracanthus mourei (Rosado Neto, 1981) (Coleoptera: Curculionidae)
A fase larval deste inseto ocorre no solo, podendo durar aproximadamente 11 meses.
O adulto, comumente denominado de torrãozinho, é um pequeno besouro de cor marrom, com
cerca de 4 a 5 mm de comprimento e saliências nas asas duras que lembram partículas de solo
(SOSA-GÓMEZ et al., 2010).
Ele é sempre encontrado coberto de terra para mimetizar os torrões menores do solo,
de onde originou o seu nome popular de torrãozinho. Quando perturbado, o besouro lança-se
ao solo, fingindo-se de morto por algum tempo. Esse comportamento, aliado ao mimetismo
com os torrões de terra, dificulta sua visualização no campo (GOMEZ; ÁVILA, 2002).
Os adultos iniciam a infestação da lavoura de soja pelas bordaduras. A injúria, causada
pelos adultos, caracteriza- se por pequenos orifícios e um serrilhado característico nas bordas
dos folíolos, podendo atingir os pecíolos (SOSA-GÓMEZ et al., 2010).
21
3 MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido na área experimental da Embrapa Arroz e Feijão, situada
na cidade de Santo Antônio de Goiás na safra de 2012/2013, em nível de campo (Figura 1).
Foram semeadas as cultivares BRS 8151 RR (crescimento indeterminado) E BRS 8160 RR
(crescimento determinado). O delineamento utilizado foi em blocos ao acaso, com sete
tratamentos e quatro repetições, em parcelas de 4 linhas com 5m de comprimento.
Semanalmente, durante todo o ciclo da cultura, foi realizada desfolha manual (Figura 2) com
seguintes níveis de desfolha 16,7% (Figura 3) e 33,3% (Figura 4) em período vegetativo e
reprodutivo, sendo os tratamentos: T1 – Testemunha sem desfolha; T2 - 16,7% de desfolha no
período vegetativo; T3 - 33,3% de desfolha no período vegetativo; T4 - 16,7% de desfolha no
período reprodutivo; T5 – 33,3% de desfolha no período reprodutivo; T6 – 16,7% em todo
ciclo da planta; T7 – 33,3% de desfolha em todo ciclo da planta.
Foram realizadas duas avaliações de altura de plantas durante o ciclo da soja (10/01 e
06/02) e uma avaliação de altura de inserção da primeira vagem (06/02) (Figura 5). Ao final
do ciclo da soja as parcelas foram colhidas (Figura 6) sendo avaliadas as seguintes variáveis:
produtividade, altura de plantas e altura de inserção da primeira vagem, os dados foram
submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (P<0,05).
22
Figura 1. Experimento a campo para avaliar níveis de desfolha durante o desenvolvimento a
soja. Santo Antônio de Goiás – GO, 2013.
Figura 2. Desfolha manual realizada semanalmente com auxilio de tesouras. Santo Antônio
de Goiás – GO, 2013.
23
Figura 3. Simulação de desfolha 16,7%, realizada através de corte de aproximadamente 50%
de um trifólio em todas as folhas da planta. Santo Antônio de Goiás – GO, 2013.
.
Figura 4. Simulação de desfolha 33,3%, realizada através de corte de um trifólio em todas as
folhas da planta. Santo Antônio de Goiás – GO, 2013.
24
Figura 5. Avaliação de altura de plantas e inserção de primeira vagem. Santo Antônio de
Goiás – GO, 2013.
Figura 6. Colheita das parcelas (2 linhas de 2 m). Santo Antônio de Goiás – GO, 2013.
25
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os tratamentos obtiveram as seguintes produtividades BRS 8151 RR (kg.ha-1): T1 3380,19; T2 - 3209,43; T3 - 3557,22; T4 - 3457,98; T5 - 3313,97; T6 - 3327,4; T7 - 3828,01
(Figura 7). BRS 8160 RR (kg.ha-1): T1 - 3756,87; T2 - 2936,27; T3 - 3367,33; T4 - 3319,48;
T5 - 3085,63; T6 - 2993,75; T7 - 3501,14 (Figura 8).
No ensaio conduzido, a produção do tratamento com desfolha de 33,3% de desfolha
em todo ciclo da planta na cultivar BRS 8151 RR foi numericamente superior ao tratamento
testemunha sem desfolha, apesar dessa diferença não ser estatisticamente significativa. Já no
ensaio da cultivar BRS 8160 RR, em que a produção dos tratamentos foi, ao contrário,
ligeiramente inferior a testemunha sem desfolha apesar de ainda estatisticamente igual.
Apesar de o período reprodutivo ser considerado o menos tolerante à desfolha
(GAZZONI; MOSCARDI, 1998), os resultados obtidos neste estudo não mostraram diferença
estatística nas duas cultivares testadas, estando de acordo com Salvadori; Corseuil (1979), que
desfolhas aplicadas no florescimento não exercem influência significativa sobre rendimento
de grãos, devido à capacidade de recuperação da soja a desfolha.
Dados de produtividade superior à testemunha também podem ser observados nos
tratamentos com desfolha de 33,3% durante todo o ciclo da planta e 33,3% de desfolha no
período vegetativo na cultivar BRS 8151 RR, mas que não diferiram estatisticamente. Este
fato pode ser devido a grande capacidade de recuperação da cultura da soja a desfolha, e
também isso pode ocorrer eventualmente porque a perda foliar é compensada com uma maior
penetração da luz até as folhas inferiores, aumentando a produção de fotossintetizado para a
planta e fazendo com que mantenha a produção de grãos semelhante à testemunha sem
desfolha ou até mesmo que apresente produção ligeiramente superior (TURNIPSEED, 1972).
Em relação aos dados de altura de inserção de primeira vagem (Figura 11) e alturas de
plantas BRS 8151 RR (Figura 9) e BRS 8160 RR (Figura 10). Apesar de haver uma diferença
significativa na altura de plantas na primeira avaliação da cultivar BRS 8151 RR, não houve
diferença significativa na produtividade entre os tratamentos testados.
Porém, mesmo com esses dados apresentados que comprovam que a soja tolera
desfolha, ainda á um receio do produtor em não controlar os insetos-pragas. Esse receio dos
produtores esta ligado ao aspecto visual que a lavoura de soja apresenta, tomando essa soja
erroneamente como menos saudável, menos atraente em relação a uma lavoura sem desfolha,
sem a necessidade de utilizar qualquer medida de controle.
26
Figura 7. Produtividade da cultivar de soja BRS 8151 RR (crescimento indeterminado)
submetida a desfolha durante o ciclo de desenvolvimento. Santo Antônio de Goiás – GO –
safra 2012-13.
BRS 8151 RR
33,3% em todo ciclo da planta
3828,01 a
16,7% em todo ciclo da planta
3327,4 a
33,3% no período reprodutivo
3313,97 a
16,7% no período reprodutivo
3457,98 a
3557,22 a
33,3% no período vegetativo
16,7% no período vegetativo
3209,43 a
testemunha
3380,19 a
0
1000
2000
3000
4000
5000
Produtividade (kg.ha-1)
* Médias seguidas da mesma letra, não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
Figura 8. Produtividade da cultivar de soja BRS 8160 RR (crescimento determinado)
submetida a desfolha durante o ciclo de desenvolvimento. Santo Antônio de Goiás – GO –
safra 2012-13.
BRS 8160 RR
33,3% em todo ciclo da planta
3501,14 a
16,7% em todo ciclo da planta
2993,75 a
33,3% no período reprodutivo
3085,63 a
16,7% no período reprodutivo
3319,48 a
33,3% no período vegetativo
3367,33 a
16,7% no período vegetativo
2936,27 a
testemunha
3756,87 a
0
1000
2000
3000
4000
5000
Produtividade (kg.ha-1)
* Médias seguidas da mesma letra, não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
Figura 9. Altura de plantas (cm) em duas avaliações (BRS 8151 RR). (crescimento
indeterminado) submetida a desfolha durante o ciclo de desenvolvimento. Santo Antônio de
Goiás – GO – safra 2012-13.
BRS 8151 RR
Avaliação 1
27
33,3% em todo ciclo da planta
33,31 ab
16,7% em todo ciclo da planta
36,12 a
33,3% no período reprodutivo
16,7% no período reprodutivo
33,3% no período vegetativo
16,7% no período vegetativo
Testemunha
30,81 ab
36,93 a
28,93 b
32,18 ab
28,87 b
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
* Médias seguidas da mesma letra, não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
Avaliação 2
BRS 8151 RR
33,3% em todo ciclo da planta
76,18 a
16,7% em todo ciclo da planta
76,25 a
33,3% no período reprodutivo
16,7% no período reprodutivo
79,87 a
82,37 a
33,3% no período vegetativo
75,06 a
16,7% no período vegetativo
74,81 a
Testemunha
82,68 a
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
* Médias seguidas da mesma letra, não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
28
Figura 10. Altura de plantas (cm) em duas avaliações (BRS 8160 RR). (crescimento
determinado) submetida a desfolha durante o ciclo de desenvolvimento. Santo Antônio de
Goiás – GO – safra 2012-13.
BRS 8160 RR
Avaliação 1
33,3% em todo ciclo da planta
30,43 a
16,7% em todo ciclo da planta
33,12 a
33,3% no período reprodutivo
32,87 a
16,7% no período reprodutivo
35,18 a
33,3% no período vegetativo
32,25 a
16,7% no período vegetativo
33,50 a
Testemunha
35,37 a
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
* Médias seguidas da mesma letra, não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
BRS 8160 RR
33,3% em todo ciclo da planta
Avaliação 2
16,7% em todo ciclo da planta
33,3% no período reprodutivo
16,7% no período reprodutivo
80,12 a
81,75 a
87,31 a
88,68 a
33,3% no período vegetativo
83,18 a
16,7% no período vegetativo
82,87 a
Testemunha
91,75 a
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
* Médias seguidas da mesma letra, não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
29
Figura 11. Altura de inserção de primeira vagem (cm), das cultivares BRS 8151 RR
(crescimento indeterminado) e BRS 8160 RR (crescimento determinado), submetidas a
desfolha durante o ciclo de desenvolvimento. Santo Antônio de Goiás – GO – safra 2012-13.
BRS 8151 RR
33,3% em todo ciclo da planta
16,83 a
16,7% em todo ciclo da planta
18,66 a
33,3% no período reprodutivo
18,66 a
16,7% no período reprodutivo
16,41 a
33,3% no período vegetativo
20,16 a
16,7% no período vegetativo
20,66 a
Testemunha
18,75 a
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
* Médias seguidas da mesma letra, não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
BRS 8160 RR
33,3% em todo ciclo da planta
16,7% em todo ciclo da planta
33,3% no período reprodutivo
14,00 a
14,91 a
14,33 a
16,7% no período reprodutivo
16,25 a
33,3% no período vegetativo
16,50 a
16,7% no período vegetativo
Testemunha
16,08 a
17,33 a
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
* Médias seguidas da mesma letra, não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
30
5 CONCLUSÃO
- Não houve diferença estatística entre os tratamentos nas duas cultivares testadas.
- A cultura da soja, tanto em estádio vegetativo, como reprodutivo, tolera uma desfolha de até
33,3%.
31
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