A Expansão Comercial e Marítima Européia. p. 17-28 - fabi-leo

Propaganda
Resumo
1.
o capitalismo começa a surgir 'por volta do século XII,
ao mesmo tempo em que se inicia a desintegração do
feudalismo.
Características do capitalismo: trabalho assalariado, economia de mercado, trocas monetárias e espírito de lucro.
2.
As principais etapas do capitalismo são: pré-capítalismo,
capitalismo comercial, capitalismo industrial e capítaIismo financeiro.
3.
Vocabulário
:li
Durante o pré-capitalismo notamos:
a) Ressurgimento do comércio depois das Cruzadas.
b) Intensificação da circulação monetária.
c) Descobrimento de novas rotas de comércio.
d) Concentração de mercadores nos chamados nós de
trânsito.
e) Nascimento de cidades ou burgos.
f) Organização corporativa da produção, com mestres,
oficiais, aprendizes e jornaleiros.
Acionista.
indivíduo que possui ação ou ações de uma
empresa.,
Artesão:
trabalhador individual que possuía os meios de
produção, ames do aparecimento das empresas.
Capitalismo:
sistema de produção que se baseia no trabalho assalariado e na livre empresa.
Diarista:
trabalhador que ganha por dia.
Economia de consumo:
produção destinada ao abastecimento local, auto-suficiente.
Feudalismo:
sistema econômico, baseado no trabalho servil,
obrigatório.
Matéria-prima:
produto natural destinado à industrialização.
Nós de trânsito:
cruzamento de rotas onde os mercadores
se encontravam.
Sistema: conjunto de partes (estruturas) inter-relacionadas,
formando um todo.
Trabalho assclariado:
trabalho pago por salários.
Trabalho servil: trabalho prestado; obrigatoriamente, a um
senhor.
.:a
v
Inicio
dos Tempos
Modernos / A Expansão
Comercial
e Marítima
Européia
,:1
Introdução
o século XVI
foi marcado pela agitação, pelo movimento. Esse dinamismo
já havia começado nos fins da Idade Média, mas foi então que tomou
impulso jamais visto. Os europeus se lançaram à descoberta e à conquista
de novos continentes e, contornando a Africa, ao comércio com os países
do Oriente distante. Impérios coloniais foram fundados nas terras da América. Colônias e estabelecimentos comerciais sólidos e prósperos foram
organizados na Asia. E de toda essa expansão a Europa recebeu os frutos
e a influência que determinaram um novo período histórico: os Tempos
Modernos.
Fatores da expansão européia
.u.?
a)
Econômicos
Se procurarmos explicar os descobrimentos, marítimos dos séculos XV e
XVI, veremos que o fator que mais os estimulou foi, sem dúvida, o econômico.
16
17
A Europa estava passando por Uma crise econômica de desenvolvimento, nessa época. No século XIV, passara por uma crise de estagnação,
porque o sistema de produção feudal já não se adaptava às necessidades das cidades grandes; não se conseguia, por exemplo, obter produtos
agrícolas em quantidade suficiente.
consumidor. Isso só seria possível se novos mercados fossem encontrados,
e novos mercados só havia fora da Europa. No caso do comércio internacional, as cidades ligadas a ele sofriam as conseqüências dos altos e
baixos da exportação, além dos efeitos de fatores naturais (secas, pragas,
enchentes) sobre a produção. Ocorria, pois, uma crise de mercado.
Desde o século XII, a retomada das atividades comerciais. vinha provocando o crescimento e o progresso da vida urbana. Com isso, mais gente
passou a morar nas cidades. Para alimentar toda essa população era preciso que a produção agrícola aumentasse, pois ela já não se destinava só
aos habitantes de cada feudo e também já não havia tantas pessoas para
trabalhar. Mas,em vez disso, aconteceu justamente o contrário: houve um
século quase inteiro de secas e as guerras (principalmente a dos Cem Anos)
mataram grande número de lavradores e destruíram as colheitas. A diminuição da quantidade de produtos agrícolas fez com que o seu preço aumentasse de muito. Mal alimentadas, as pessoas ficaram mais fracas para
resistir às doenças, principalmente à peste negra, trazida do Oriente pelos
mercadores dos meados do século XIV. Assim, a população foi reduzida
a um terço.
Por fim, a falta de metais preciosos para a emissão de moedas atrapalhava o comércio. A compra de especiarias desviara para o Oriente
muito metal (dinheiro) europeu e o próprio fato de as atividades comerciais terem se desenvolvido tornara indispensável o aumento das moedas
em circulação. Como as minas européias não produziam metal precioso
suficiente, só havia uma solução: obtê-lo fora da Europa, através da própria mineração, ou então por meio de um comércio lucrativo.
b), Sócio-políticos
Apesar de sua grande importância, os fatores econômicos não foram os
únicos. A ascensão social de uma nova classe, a dos comerciantes e artesãos (burguesia mercantil), também ajudou a expansão comercial e marítima. Desejosos da paz e da estabilidade necessárias ao bom andamento
'dos negócios, os burgueses favoreceram a centralização do .governo e o fortalecimento do poder do rei. O aumento das rendas, possibilitando ao
Estado armar exércitos e aos comerciantes expandir os seus negócios,
contribuiu para as explorações marltimas,
'
A recuperação da Europa, depois desse período difícil, foi extraordinária. A partir do século XV, a população voltou a crescer rapidamente.
Por volta dos meados do século, entretanto, surgiram novos problemas
econômicos.
O comércio das especiarias, em torno do qual girava toda a atividade
mercantil européia, apresentava dois problemas graves: os nobres, que as
compravam, estavam empobrecendo cada vez mais; o, Mediterrâneo, por
onde os comerciantes de especiarias precisavam passar,' tornara-se monopólio de italianos e árabes. Por isso, o preço dos produtos aumentou consideravelmente. Se as especiarias continuassem custando tão caro, dentro
de algum tempo ninguém mais teria dinheiro para comprá-Ias; assim, era
preciso encontrar uma maneira de baixar o seu preço (eliminando os intermediários, ou encontrando novos mercados abastecedores).
Outros problemas econômicos somaram-se a esse: o da produção
agrícola, por exemplo. Já vimos que ela se tornara insuficiente para abastecer a população das cidades. Ora, aumentar a quantidade de terras cultivadas ou de pessoas trabalhando nelas não resolveria a questão. A aquisição de novos mercados fornecedores, porém, solucionaria o problema,
como no caso do comércio das especiarias.
~imos também que a população das cidades crescera muito a partir
do século XV. Ora, quem consumia os produtos fabricados nas cidades
era a população dos campos vizinhos, além do comércio internacional. No
primeiro caso, a produção ficava limitada à capacidade de consumo bastante pequena ~ da população local; os trabalhadores ficavam, assim,
impedidos de desenvolver toda a -sua capacidade (não adiantava produzir
se não havia a quem vender). Para que se pudesse empregar toda a capacidade produtiva da população urbana, seria preciso ampliar o mercado
18
c)
Religiosos
O 'ideal missionárioetrt'Portugal
e na Espanha, que até há pouco tempo
tinham estado em luta contra os muçulmanos, e o espírito de Cruzada serviram de pretexto .para justificar li expansão européia (as terras pelas quais
começou a expansão eram dominadas, ao, menos uma parte, por povos
não-cristãos) .
d)
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Culturais
O desenvolvimento da arte da construção naval e da navegação, o uso da
bússola e do astrolábio, aliados à invenção da caravela pelos portugueses,
tornaram possível a navegação em mar alto. O próprio conceito de que
a Terra é redonda (durante a Idade Média acreditava-se que ela tivesse a
forma de um disco) levou à conclusão de que seria possível atingir qualquer continente pela navegação marítima em linha reta: partindo de um
ponto qualquer e navegando sempre na, mesma direção, dever-se-ia voltar
finalmente ao ponto da partida.
19
í.7
Dom Henrique apenas para obter dele o financiamento das suas viagens
(o dinheiro não era do próprio Dom Henrique, mas da Ordem de Cristo,
fundada para combater os árabes).
~
Os descobrimentos se sucederam: Ceuta (1415), Madeira, Açores, Cabo Bojador, Cabo Branco, Cabo Verde, Golfo da Guiné, até a passagem
do Equador, em 1471. Em 1487, Bartolomeu Dias ultrapassou o Cabo
das Tormentas. Ao seguir a mesma rota, em 1497, Vasco da Gama tocou
Moçambique e Melinde, na África Oriental, antes de atingir Calicute, na
costa oeste da índia, fazendo assim a primeira ligação direta por mar entre
a Europa Ocidental e os países marítimos do Oriente (1498).
Vasco da Gama voltou a Lisboa em 1499, com suas embarcações
carregadas de especiarias. Para organizar o comércio com o entreposto encontrado por Vasco da Gama, partiu de Portugal, em 1500, a frota comandada por Cabral, que atingiria, de passagem, o Brasil.
ÁSIA
A formação do Império Colonial Português foi iniciada por Afonso
de Albuquerque, pelo domínio da passagem do Mar Vermelho em direção
à Europa, com o que Se conseguiu o monopólio dos produtos orientais.
Os portugueses fixaram-se em Goa (capital comercial do Oeste da Índia),
Diu e Cochim; a tomada de Malaca, em 1511, abriu-lhes o caminho da
Indochina; em 1517, alcançaram a costa da China e em 1520 foram recebidos em Pequim, o que lhes permitiu comerciar com Cantão.
Etapas da expansão mantima portuguesa.
Monopólio
A expa nsão portuguesa
das especiarias no Império Colonial Português (1515-1530).
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Desde o século XIII Portugal já mantinha relações comerciais estreitas com
a Inglaterra, Flandres (Bélgica e Holanda atuais) e as cidades italianas; já
vinha, também, tomando uma série de medidas para estimular a expansão
comercial e marítima: fez acordos internacionais para proteger os navios
mercantes dos ataques dos piratas muçulmanos.
ÁSIA
Enquanto foi promovida pelos burgueses, a expansão portuguesa teve
fins pacíficos e comerciais; nas ocasiões em que os nobres as dirigiam, as
expedições tenderam mais ao saque é à conquista das grandes cidades muçulmanas, "infiéis", do norte da África. Foi sob a regência de Dom Pedro
que a expansão portuguesa viveu o seu grande momento, quando Se tornou
um processo praticamente irreversível. Algum tempo depois começou a
exploraçãa comercial, organizada sob a forma de concessões e monopólios,
que levaria os portugueses às Índias (só em 1460 se falou pela primeira
vez na possibilidade de chegar até lá).
A importância que se costuma atribuir à Escola de Sagres na formação dos navegadores que se lançaram aos grandes descobrimentos é relativa, pois os pilotos interessados no comando das expedições procuravam
20
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Os portugueses, muito exploradores a princípio, foram aos poucos
obrigados pelos orientais a comerciar com mais justiça. Os produtos eram
trocados nas feitorias militares que os primeiros fundaram no Oriente.
Todos os anos uma frota partia de Lisboa e, depois de dobrar o Cabo da
Boa Esperança, aproveitava as monções de Sudeste para atingir Goa; dois
meses depois voltava carregada de especiarias, objetos raros e pedras preciosas. Outros barcos garantiam a ligação entre a índia e os portos mais
distantes da China.
ÁSIA
A proteção desse comércio e a manutenção do monopólio deram por
algum tempo aos portugueses a supremacia comercial na Europa, mas depois acabaram acarretando tantas despesas que foram tornando antieconômica a atividade mercantil: além de ser preciso guarnecer a costa e os portos, os barcos eram caros, não resistiam a muitas viagens e eram comuns
os naufrágios. Com a diminuição dos lucros, os empresários portugueses
reduziram seus investimentos no Oriente e deixaram todos os gastos a cargo do Estado. Assim, depois de 1530,esse comércio entrou em franco declínio. Portugal voltou-se então para a exploração comercial agrícola do
Brasil.
As viagens de Colombo e Cabra/.
do mundo; morreu em 1521, nas Filipinas, antes de terminá-Ia; quem a
completou foi Sebastião deI Cano, em 1522, comprovando assim a esfericidade da Terra -·a
expedição partiu de Cádiz e, navegando sempre na
mesma direção, voltou ao ponto de partida.
A expansão espanhola
Os espanhóis estavam tão atrasados em relação aos portugueses (nos fins
do século XV ainda não tinham conseguido a total unidade do país) que
foi praticamente por acaso que o italiano Cristóvão Colombo entrou para
o serviço dos reis da Espanha. Antes disso, Colombo procurara o rei de
Portugal, que não se interessou pelos seus serviços. Na Espanha, conseguiu o apoio de ricos armadores e da Rainha Isabel de Castela, que lhe
confiou o comando de três navios prometendo-lhe o cargo de vice-rei das
terras descobertas (Colombo afirmava poder alcançar as índias, navegando
para o Ocidente). Partindo das Canárias, depois de navegar 33 dias
chegou em 1492 às ilhas Lucaias, Cuba e São Domingos. Pensando estar
nas índias, chamou os habitantes da terra de índios, nome que conservam
até hoje. Depois de retomar à Espanha fez ainda três viagens, nas quais
descobriu várias outras ilhas das Antilhas e parte da América Central.
Intrigas políticas na corte espanhola (a acusação de pretender o poder
total nas terras do Novo Mundo) fizeram-no cair no esquecimento.
Foi um navegador de Florença, Américo Vespúcio, companheiro de
Colombo em várias expedições, que começou a suspeitar, acabando finalmente por provar que as terras encontradas não eram as índias, mas um
novo continente, entre a Europa e a Ásia. Daí o nome América.
Primeira viagem de circunavegação.
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As descobertas espanholas continuaram. Em 1513, Balboa cruzou a
América Central e viu pela primeira vez o Oceano Pacífico. Fernão de
Magalhães começou em 1519 a primeira viagem de navegação em torno
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Enquanto os portugueses permaneceram
na costa das terras conquisos espanhóis penetraram no território em busca de riquezas.
Descobriram,
assim, civilizações muito
astecas, no México, e a dos incas, no Peru;
povos, pondo-os a trabalhar nas minas de
agrícola que organizaram
para atender às
lônias.
adiantadas e ricas, como a dos
assaltaram e escravizaram esses
ouro e prata e na exploração
necessidades das próprias co-
Com a descoberta dos metais, obtiveram a hegemonia na Europa, daí
as diferenças marcantes na forma de organização do comércio colonial dos
impérios português e espanhol.
Os lucros da exploração colonial foram enormes. Todos os anos uma
frota partia de Sevilha para Vera Cruz (no atual México), e voltava carregada de metais preciosos. A abundância de metais promoveu a hegemonia
da 'Bspanha na Europa e inflacionou enormemente os preços, que quadruplícaram no decorrer do século. O centro da economia européia, que até
então fora o Mediterrâneo,
deslocou-se para o Atlântico.
A expansão inglesa e francesa
O êxito da Espanha e de Portugal estimulou os franceses e ingleses
a começarem também a sua expansão: Verazzano, florentino, percorreu as
costas da América do Norte em nome de Francisco I, da França. Jacques
Cartier descobriu o estuário do Rio São Lourenço, no atual Canadá.
As
expedições de Giovanni Caboto, a serviço de Henrique VIII, permitiram
o reconhecimento
das costas do Labrador e Terra Nova. Estas primeiras
tentativas foram bastante limitadas nos seus efeitos. Os maiores êxitos de
franceses e ingleses, no plano da colonização sistemática, viriam somente
nos inícios do século XVII.
Documento
básico
AMÉRICA
DO
NORTE
As viagens de exploração inglesa e francesa.
21
Tanto a França como a Inglaterra tiveram vários problemas internos que
atrasaram e dificultaram a sua expansão: foi demorado o processo de centralização do poder do Estado nas mãos do rei e houve várias guerras internas (como a das Duas Rosas, na Inglaterra) e externas (como a dos Cem
Anos, entre esses dois países).
.~
Chegada de Vasco da Gama a Calicute:
"Neste mesmo dia (domingo, 19 de maio de 1498), à tarde,
navegamos ao longo da costa, pouco mais de duas léguas,
nas proximidades de Calicute. Ao ancorarmos, quatro embarcações da terra vieram ao nosso encontro; queriam saber
quem éramos; aproximaram-se e voltaram à cidade. No
dia seguinte os mesmos barcos vieram ter aos nossos navios.
Então o capitão-mor enviou um degredado a Calicute. Os
habitantes trouxeram até o nosso homem dois intérpretes
que falavam castelhano, mouros de Túnis. O primeiro cumprimento que lhe deram foi textualmente o seguinte: Diabo,
o que o traz aqui?' Em seguida perguntaram o que víi-thamos procurar tão longe. Ele lhes respondeu que vínhamos
procurar cristãos e especiarias.
Os mouros responderam:
'Por que não os enviaram aqui nem o rei de Castela, nem
o rei da França, nem o senhor de Veneza?'
O degredado
respondeu que o rei de Portugal queria evitar que aqueles
soberanos atingissem essas paragens; disseram-lhe os mouros que o rei fazia bem. Deram-lhe hospitalidade é o
convidaram a comer mel e pão de trigo; ao terminar a
refeição, voltou aos navios. Quando retomou a bordo trouxe
consigo um dosmouros
que começou a dizer ao chegar:
'Boa sorte!...
Boa sorte!...
muitos rubis...
muitas esme-
25
raldas. .. Vocês devem dar graças a Deus por tê-los conduzido a uma terra de tantas riquezas! ... ' O que ouvíamos
nos causou enorme espanto, pois não podíamos acreditar
que houvesse tão longe de Portugal um homem capaz de
falar a nossa língua."
2.
Jornal da viagem de Vasco da Gama,
publicado por E. Charton, Voyageurs Anciens et Modernes, tomo
IH, pág. 243, citado por L. Gothier e A. Troux, Recueils de Textes d'Histoire, tomo IH, Les Temps
Modernes, pág. 17.
Datas
e fatos
essenciais
Século XIV:
Crise de estagnação.
Século XV:
Surto de desenvolvimento.
1415:
Tomada de Ceuta.
1487:
Passagem
1492:
Descobrimento
1498:
Chegada de Vasco da Gama às fndias.
1500:
Descobrimento
1522:
Primeira
do Cabo das Tormentas.
1.
3.
viagem de circunavegação.
A expansão européia constituiu um elemento fundamental dos Tempos Modernos. Vários fatores condicionaram essa expansãq; econômicos, sócio-políticos,
religiosos e culturais.
~
a)
b)
c)
d)
26
As atividades comerciais dos portugueses
tensas nos fins da Idade Média.
b)
Em grande parte, sua expansão foi conduzida pela
burguesia mercantil, que a orientou para o Sul da
África, visando ao comércio.
c)
Quando a nobreza participou da expansão, conduziu-a para O Norte da África, com propósitos
apenas belicosos.
d)
A Escola de Sagres não foi tão importante como
se pensa. Valeu mais pelo estímulo econômico.
e)
Os portugueses começaram em Ceuta (1415) e terminaram contornando a África em 1487. Em 1498
Vasco da Gama atingiu as Indias e Pedro Álvares
Cabra I chegou ao Brasil em 1500.
f)
Os portugueses formaram seu Império Colonial nas
Indias, transformando
Goa na sua capital comercial.
g)
Os custos de manutenção do comércio oriental
tornaram-se cada vez mais elevados, reduzindo os
lucros. Em 1530, os portugueses estavam abandonando as Indias pelo Brasil.
.~
do Brasil.
Econômicos: estagnação da economia européia, estimulando assim a busca de novos mercados consumidores e fornecedores. .:
Sócio-polítiêos: ascensão social da burguesia mercantil e fortalecimento do Estado N acional,
Religiosos: presença dos ideais religiosos ainda
resultantes das Cruzadas.
Culturais: aperfeiçoamento técnico dos instrumentos
de navegação: bússola e astrolábio.
~,
foi pioneira por uma série de
a)
da América.
~
Resumo
A expansão portuguesa
motivos:
A expansão espanhola
esp.anhóis encontraram
eram in-
diferiu muito da portuguesa: os
ouro e prata nas suas colônias.
a)
As terras espanholas foram descobertas mais ou
menos ao acaso por Cristóvão Colombo, que fez
várias viagens à terra descoberta em 1492.
b)
Em 1522, completou-se a primeira viagem de circunavegação iniciada por Fernão de Magalhães e
completada por Sebastião del Cano.
c)
Os conquistadores espanhóis descobriram as civilizações pré-colombianas da América, ricas em metais preciosos.
d)
Um sistema de frotas foi organizado com a finalidade de transportar metais preciosos para Sevilha
(Espanha).
.
e)
Esses metais inflacionaram os preços e, juntamente
com as especiarias portuguesas do Oriente, forçaram a passagem do eixo econômico para o Atlântico.
27
i
\/
I
.~
'~
4.
No século XVI, as expansões inglesa e francesa foram
menos significativas. Sua importância maior estaria no
século XVII.
a)
b)
Vocabulário
28
A demora da Inglaterra e da França para entrar na
corrida colonial deveu-se a problemas políticos internos e externos: Guerra dos Cem Anos, Guerra
das Duas Rosas.
O interesse franco-britânico concentrou-se na América do Norte e Canadá.
Astrolábio: instrumento para medir a longitude e latitude.,
Atividade mercantil: atividade comercial (compra, venda,
troca etc.).
Concessão (comercia!): direito de explorar comercialmente
determinado ramo ou região.
Crise de desenvolvimento: crise que se dá em momento"
de expansão por causa do aparecimento de elementos que:
impedem a continuidade dessa expansão.
Crise de estagnação: diminuição da procura (de bens e
serviços) .
Crise de mercado: desequilíbrio entre a oferta e a procura.
Economia: conjunto das atividades econômicas (agricultura, indústria, comércio); preocupação em poupar e,
assim, capitalizar.
Entreposto: estabelecimento, feitoria.
Estado: território administrado por um governo soberano e
dotado de leis próprias.
Feitoria: estabelecimento comercial, em geral situado no
litoral.
Hegemonia: supremacia, poder de maior influência.
Inflacionar: emitir moedas em quantidade exagerada, provocando a sua desvalorização.
Intermediário:
comerciante.
Investir: empregar dinheiro.
Mercado: conjunto dos compradores e produtores.
Mercado abastecedor: produtores.
Mercado consumidor: compradores.
Monções: época ou ventos favoráveis à navegêção.
Monopólio: direito exclusivo sobre a produção ou comércio.
Início
dos Tempos
Modernos/O
Renascimento
Introdução
o Renascimento marcou o início dos Tempos Modernos no plano cultural.
Começou nos fins da Idade Média e atingiu a plenitude entre os séculos
XV e XVI. A denominação Renascimento foi resultado da preocupação
dos homens que viveram esta evolução cultural, em aproximar a sua época
da Antigüidade. Consideravam, portanto, que a sua época via renascer a
cultura antiga, a partir da qual se orientavam, em oposição à cultura medieval, que desprezavam.
Origens do Renascimento
o Renascimento começou na Itália e seu desenvolvimento e difusão foram
possíveis graças a uma série de circunstâncias da história italiana.
Com o progresso das cidades e do comércio, muita gente enriqueceu
a ponto de ficar em condições de proteger os artistas e gastar bastante com
a Arte; os protetores dos artistas eram chamados mecenas. Estes acabavam
.conhecidos e respeitados por todos. A Arte os ajudava a conseguir créditos e a divulgar as atividades das suas empresas, contribuindo para o
seu progresso.
29
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