Resumo 1. o capitalismo começa a surgir 'por volta do século XII, ao mesmo tempo em que se inicia a desintegração do feudalismo. Características do capitalismo: trabalho assalariado, economia de mercado, trocas monetárias e espírito de lucro. 2. As principais etapas do capitalismo são: pré-capítalismo, capitalismo comercial, capitalismo industrial e capítaIismo financeiro. 3. Vocabulário :li Durante o pré-capitalismo notamos: a) Ressurgimento do comércio depois das Cruzadas. b) Intensificação da circulação monetária. c) Descobrimento de novas rotas de comércio. d) Concentração de mercadores nos chamados nós de trânsito. e) Nascimento de cidades ou burgos. f) Organização corporativa da produção, com mestres, oficiais, aprendizes e jornaleiros. Acionista. indivíduo que possui ação ou ações de uma empresa., Artesão: trabalhador individual que possuía os meios de produção, ames do aparecimento das empresas. Capitalismo: sistema de produção que se baseia no trabalho assalariado e na livre empresa. Diarista: trabalhador que ganha por dia. Economia de consumo: produção destinada ao abastecimento local, auto-suficiente. Feudalismo: sistema econômico, baseado no trabalho servil, obrigatório. Matéria-prima: produto natural destinado à industrialização. Nós de trânsito: cruzamento de rotas onde os mercadores se encontravam. Sistema: conjunto de partes (estruturas) inter-relacionadas, formando um todo. Trabalho assclariado: trabalho pago por salários. Trabalho servil: trabalho prestado; obrigatoriamente, a um senhor. .:a v Inicio dos Tempos Modernos / A Expansão Comercial e Marítima Européia ,:1 Introdução o século XVI foi marcado pela agitação, pelo movimento. Esse dinamismo já havia começado nos fins da Idade Média, mas foi então que tomou impulso jamais visto. Os europeus se lançaram à descoberta e à conquista de novos continentes e, contornando a Africa, ao comércio com os países do Oriente distante. Impérios coloniais foram fundados nas terras da América. Colônias e estabelecimentos comerciais sólidos e prósperos foram organizados na Asia. E de toda essa expansão a Europa recebeu os frutos e a influência que determinaram um novo período histórico: os Tempos Modernos. Fatores da expansão européia .u.? a) Econômicos Se procurarmos explicar os descobrimentos, marítimos dos séculos XV e XVI, veremos que o fator que mais os estimulou foi, sem dúvida, o econômico. 16 17 A Europa estava passando por Uma crise econômica de desenvolvimento, nessa época. No século XIV, passara por uma crise de estagnação, porque o sistema de produção feudal já não se adaptava às necessidades das cidades grandes; não se conseguia, por exemplo, obter produtos agrícolas em quantidade suficiente. consumidor. Isso só seria possível se novos mercados fossem encontrados, e novos mercados só havia fora da Europa. No caso do comércio internacional, as cidades ligadas a ele sofriam as conseqüências dos altos e baixos da exportação, além dos efeitos de fatores naturais (secas, pragas, enchentes) sobre a produção. Ocorria, pois, uma crise de mercado. Desde o século XII, a retomada das atividades comerciais. vinha provocando o crescimento e o progresso da vida urbana. Com isso, mais gente passou a morar nas cidades. Para alimentar toda essa população era preciso que a produção agrícola aumentasse, pois ela já não se destinava só aos habitantes de cada feudo e também já não havia tantas pessoas para trabalhar. Mas,em vez disso, aconteceu justamente o contrário: houve um século quase inteiro de secas e as guerras (principalmente a dos Cem Anos) mataram grande número de lavradores e destruíram as colheitas. A diminuição da quantidade de produtos agrícolas fez com que o seu preço aumentasse de muito. Mal alimentadas, as pessoas ficaram mais fracas para resistir às doenças, principalmente à peste negra, trazida do Oriente pelos mercadores dos meados do século XIV. Assim, a população foi reduzida a um terço. Por fim, a falta de metais preciosos para a emissão de moedas atrapalhava o comércio. A compra de especiarias desviara para o Oriente muito metal (dinheiro) europeu e o próprio fato de as atividades comerciais terem se desenvolvido tornara indispensável o aumento das moedas em circulação. Como as minas européias não produziam metal precioso suficiente, só havia uma solução: obtê-lo fora da Europa, através da própria mineração, ou então por meio de um comércio lucrativo. b), Sócio-políticos Apesar de sua grande importância, os fatores econômicos não foram os únicos. A ascensão social de uma nova classe, a dos comerciantes e artesãos (burguesia mercantil), também ajudou a expansão comercial e marítima. Desejosos da paz e da estabilidade necessárias ao bom andamento 'dos negócios, os burgueses favoreceram a centralização do .governo e o fortalecimento do poder do rei. O aumento das rendas, possibilitando ao Estado armar exércitos e aos comerciantes expandir os seus negócios, contribuiu para as explorações marltimas, ' A recuperação da Europa, depois desse período difícil, foi extraordinária. A partir do século XV, a população voltou a crescer rapidamente. Por volta dos meados do século, entretanto, surgiram novos problemas econômicos. O comércio das especiarias, em torno do qual girava toda a atividade mercantil européia, apresentava dois problemas graves: os nobres, que as compravam, estavam empobrecendo cada vez mais; o, Mediterrâneo, por onde os comerciantes de especiarias precisavam passar,' tornara-se monopólio de italianos e árabes. Por isso, o preço dos produtos aumentou consideravelmente. Se as especiarias continuassem custando tão caro, dentro de algum tempo ninguém mais teria dinheiro para comprá-Ias; assim, era preciso encontrar uma maneira de baixar o seu preço (eliminando os intermediários, ou encontrando novos mercados abastecedores). Outros problemas econômicos somaram-se a esse: o da produção agrícola, por exemplo. Já vimos que ela se tornara insuficiente para abastecer a população das cidades. Ora, aumentar a quantidade de terras cultivadas ou de pessoas trabalhando nelas não resolveria a questão. A aquisição de novos mercados fornecedores, porém, solucionaria o problema, como no caso do comércio das especiarias. ~imos também que a população das cidades crescera muito a partir do século XV. Ora, quem consumia os produtos fabricados nas cidades era a população dos campos vizinhos, além do comércio internacional. No primeiro caso, a produção ficava limitada à capacidade de consumo bastante pequena ~ da população local; os trabalhadores ficavam, assim, impedidos de desenvolver toda a -sua capacidade (não adiantava produzir se não havia a quem vender). Para que se pudesse empregar toda a capacidade produtiva da população urbana, seria preciso ampliar o mercado 18 c) Religiosos O 'ideal missionárioetrt'Portugal e na Espanha, que até há pouco tempo tinham estado em luta contra os muçulmanos, e o espírito de Cruzada serviram de pretexto .para justificar li expansão européia (as terras pelas quais começou a expansão eram dominadas, ao, menos uma parte, por povos não-cristãos) . d) -1:_1 ;~I Culturais O desenvolvimento da arte da construção naval e da navegação, o uso da bússola e do astrolábio, aliados à invenção da caravela pelos portugueses, tornaram possível a navegação em mar alto. O próprio conceito de que a Terra é redonda (durante a Idade Média acreditava-se que ela tivesse a forma de um disco) levou à conclusão de que seria possível atingir qualquer continente pela navegação marítima em linha reta: partindo de um ponto qualquer e navegando sempre na, mesma direção, dever-se-ia voltar finalmente ao ponto da partida. 19 í.7 Dom Henrique apenas para obter dele o financiamento das suas viagens (o dinheiro não era do próprio Dom Henrique, mas da Ordem de Cristo, fundada para combater os árabes). ~ Os descobrimentos se sucederam: Ceuta (1415), Madeira, Açores, Cabo Bojador, Cabo Branco, Cabo Verde, Golfo da Guiné, até a passagem do Equador, em 1471. Em 1487, Bartolomeu Dias ultrapassou o Cabo das Tormentas. Ao seguir a mesma rota, em 1497, Vasco da Gama tocou Moçambique e Melinde, na África Oriental, antes de atingir Calicute, na costa oeste da índia, fazendo assim a primeira ligação direta por mar entre a Europa Ocidental e os países marítimos do Oriente (1498). Vasco da Gama voltou a Lisboa em 1499, com suas embarcações carregadas de especiarias. Para organizar o comércio com o entreposto encontrado por Vasco da Gama, partiu de Portugal, em 1500, a frota comandada por Cabral, que atingiria, de passagem, o Brasil. ÁSIA A formação do Império Colonial Português foi iniciada por Afonso de Albuquerque, pelo domínio da passagem do Mar Vermelho em direção à Europa, com o que Se conseguiu o monopólio dos produtos orientais. Os portugueses fixaram-se em Goa (capital comercial do Oeste da Índia), Diu e Cochim; a tomada de Malaca, em 1511, abriu-lhes o caminho da Indochina; em 1517, alcançaram a costa da China e em 1520 foram recebidos em Pequim, o que lhes permitiu comerciar com Cantão. Etapas da expansão mantima portuguesa. Monopólio A expa nsão portuguesa das especiarias no Império Colonial Português (1515-1530). tr==' Desde o século XIII Portugal já mantinha relações comerciais estreitas com a Inglaterra, Flandres (Bélgica e Holanda atuais) e as cidades italianas; já vinha, também, tomando uma série de medidas para estimular a expansão comercial e marítima: fez acordos internacionais para proteger os navios mercantes dos ataques dos piratas muçulmanos. ÁSIA Enquanto foi promovida pelos burgueses, a expansão portuguesa teve fins pacíficos e comerciais; nas ocasiões em que os nobres as dirigiam, as expedições tenderam mais ao saque é à conquista das grandes cidades muçulmanas, "infiéis", do norte da África. Foi sob a regência de Dom Pedro que a expansão portuguesa viveu o seu grande momento, quando Se tornou um processo praticamente irreversível. Algum tempo depois começou a exploraçãa comercial, organizada sob a forma de concessões e monopólios, que levaria os portugueses às Índias (só em 1460 se falou pela primeira vez na possibilidade de chegar até lá). A importância que se costuma atribuir à Escola de Sagres na formação dos navegadores que se lançaram aos grandes descobrimentos é relativa, pois os pilotos interessados no comando das expedições procuravam 20 1,'J"'!·, 21 o= Os portugueses, muito exploradores a princípio, foram aos poucos obrigados pelos orientais a comerciar com mais justiça. Os produtos eram trocados nas feitorias militares que os primeiros fundaram no Oriente. Todos os anos uma frota partia de Lisboa e, depois de dobrar o Cabo da Boa Esperança, aproveitava as monções de Sudeste para atingir Goa; dois meses depois voltava carregada de especiarias, objetos raros e pedras preciosas. Outros barcos garantiam a ligação entre a índia e os portos mais distantes da China. ÁSIA A proteção desse comércio e a manutenção do monopólio deram por algum tempo aos portugueses a supremacia comercial na Europa, mas depois acabaram acarretando tantas despesas que foram tornando antieconômica a atividade mercantil: além de ser preciso guarnecer a costa e os portos, os barcos eram caros, não resistiam a muitas viagens e eram comuns os naufrágios. Com a diminuição dos lucros, os empresários portugueses reduziram seus investimentos no Oriente e deixaram todos os gastos a cargo do Estado. Assim, depois de 1530,esse comércio entrou em franco declínio. Portugal voltou-se então para a exploração comercial agrícola do Brasil. As viagens de Colombo e Cabra/. do mundo; morreu em 1521, nas Filipinas, antes de terminá-Ia; quem a completou foi Sebastião deI Cano, em 1522, comprovando assim a esfericidade da Terra -·a expedição partiu de Cádiz e, navegando sempre na mesma direção, voltou ao ponto de partida. A expansão espanhola Os espanhóis estavam tão atrasados em relação aos portugueses (nos fins do século XV ainda não tinham conseguido a total unidade do país) que foi praticamente por acaso que o italiano Cristóvão Colombo entrou para o serviço dos reis da Espanha. Antes disso, Colombo procurara o rei de Portugal, que não se interessou pelos seus serviços. Na Espanha, conseguiu o apoio de ricos armadores e da Rainha Isabel de Castela, que lhe confiou o comando de três navios prometendo-lhe o cargo de vice-rei das terras descobertas (Colombo afirmava poder alcançar as índias, navegando para o Ocidente). Partindo das Canárias, depois de navegar 33 dias chegou em 1492 às ilhas Lucaias, Cuba e São Domingos. Pensando estar nas índias, chamou os habitantes da terra de índios, nome que conservam até hoje. Depois de retomar à Espanha fez ainda três viagens, nas quais descobriu várias outras ilhas das Antilhas e parte da América Central. Intrigas políticas na corte espanhola (a acusação de pretender o poder total nas terras do Novo Mundo) fizeram-no cair no esquecimento. Foi um navegador de Florença, Américo Vespúcio, companheiro de Colombo em várias expedições, que começou a suspeitar, acabando finalmente por provar que as terras encontradas não eram as índias, mas um novo continente, entre a Europa e a Ásia. Daí o nome América. Primeira viagem de circunavegação. ~ \?01 ?!r As descobertas espanholas continuaram. Em 1513, Balboa cruzou a América Central e viu pela primeira vez o Oceano Pacífico. Fernão de Magalhães começou em 1519 a primeira viagem de navegação em torno ~z -, ti-C "--,. 11 ----" T "'if .-.,... -a-' "wrletiffiiâff1r -.,. H .~--~. 4iIIIIi 2, a :.:1.. . ••..••.. o,,.' ~.;,,, "~'o v= tadas, Enquanto os portugueses permaneceram na costa das terras conquisos espanhóis penetraram no território em busca de riquezas. Descobriram, assim, civilizações muito astecas, no México, e a dos incas, no Peru; povos, pondo-os a trabalhar nas minas de agrícola que organizaram para atender às lônias. adiantadas e ricas, como a dos assaltaram e escravizaram esses ouro e prata e na exploração necessidades das próprias co- Com a descoberta dos metais, obtiveram a hegemonia na Europa, daí as diferenças marcantes na forma de organização do comércio colonial dos impérios português e espanhol. Os lucros da exploração colonial foram enormes. Todos os anos uma frota partia de Sevilha para Vera Cruz (no atual México), e voltava carregada de metais preciosos. A abundância de metais promoveu a hegemonia da 'Bspanha na Europa e inflacionou enormemente os preços, que quadruplícaram no decorrer do século. O centro da economia européia, que até então fora o Mediterrâneo, deslocou-se para o Atlântico. A expansão inglesa e francesa O êxito da Espanha e de Portugal estimulou os franceses e ingleses a começarem também a sua expansão: Verazzano, florentino, percorreu as costas da América do Norte em nome de Francisco I, da França. Jacques Cartier descobriu o estuário do Rio São Lourenço, no atual Canadá. As expedições de Giovanni Caboto, a serviço de Henrique VIII, permitiram o reconhecimento das costas do Labrador e Terra Nova. Estas primeiras tentativas foram bastante limitadas nos seus efeitos. Os maiores êxitos de franceses e ingleses, no plano da colonização sistemática, viriam somente nos inícios do século XVII. Documento básico AMÉRICA DO NORTE As viagens de exploração inglesa e francesa. 21 Tanto a França como a Inglaterra tiveram vários problemas internos que atrasaram e dificultaram a sua expansão: foi demorado o processo de centralização do poder do Estado nas mãos do rei e houve várias guerras internas (como a das Duas Rosas, na Inglaterra) e externas (como a dos Cem Anos, entre esses dois países). .~ Chegada de Vasco da Gama a Calicute: "Neste mesmo dia (domingo, 19 de maio de 1498), à tarde, navegamos ao longo da costa, pouco mais de duas léguas, nas proximidades de Calicute. Ao ancorarmos, quatro embarcações da terra vieram ao nosso encontro; queriam saber quem éramos; aproximaram-se e voltaram à cidade. No dia seguinte os mesmos barcos vieram ter aos nossos navios. Então o capitão-mor enviou um degredado a Calicute. Os habitantes trouxeram até o nosso homem dois intérpretes que falavam castelhano, mouros de Túnis. O primeiro cumprimento que lhe deram foi textualmente o seguinte: Diabo, o que o traz aqui?' Em seguida perguntaram o que víi-thamos procurar tão longe. Ele lhes respondeu que vínhamos procurar cristãos e especiarias. Os mouros responderam: 'Por que não os enviaram aqui nem o rei de Castela, nem o rei da França, nem o senhor de Veneza?' O degredado respondeu que o rei de Portugal queria evitar que aqueles soberanos atingissem essas paragens; disseram-lhe os mouros que o rei fazia bem. Deram-lhe hospitalidade é o convidaram a comer mel e pão de trigo; ao terminar a refeição, voltou aos navios. Quando retomou a bordo trouxe consigo um dosmouros que começou a dizer ao chegar: 'Boa sorte!... Boa sorte!... muitos rubis... muitas esme- 25 raldas. .. Vocês devem dar graças a Deus por tê-los conduzido a uma terra de tantas riquezas! ... ' O que ouvíamos nos causou enorme espanto, pois não podíamos acreditar que houvesse tão longe de Portugal um homem capaz de falar a nossa língua." 2. Jornal da viagem de Vasco da Gama, publicado por E. Charton, Voyageurs Anciens et Modernes, tomo IH, pág. 243, citado por L. Gothier e A. Troux, Recueils de Textes d'Histoire, tomo IH, Les Temps Modernes, pág. 17. Datas e fatos essenciais Século XIV: Crise de estagnação. Século XV: Surto de desenvolvimento. 1415: Tomada de Ceuta. 1487: Passagem 1492: Descobrimento 1498: Chegada de Vasco da Gama às fndias. 1500: Descobrimento 1522: Primeira do Cabo das Tormentas. 1. 3. viagem de circunavegação. A expansão européia constituiu um elemento fundamental dos Tempos Modernos. Vários fatores condicionaram essa expansãq; econômicos, sócio-políticos, religiosos e culturais. ~ a) b) c) d) 26 As atividades comerciais dos portugueses tensas nos fins da Idade Média. b) Em grande parte, sua expansão foi conduzida pela burguesia mercantil, que a orientou para o Sul da África, visando ao comércio. c) Quando a nobreza participou da expansão, conduziu-a para O Norte da África, com propósitos apenas belicosos. d) A Escola de Sagres não foi tão importante como se pensa. Valeu mais pelo estímulo econômico. e) Os portugueses começaram em Ceuta (1415) e terminaram contornando a África em 1487. Em 1498 Vasco da Gama atingiu as Indias e Pedro Álvares Cabra I chegou ao Brasil em 1500. f) Os portugueses formaram seu Império Colonial nas Indias, transformando Goa na sua capital comercial. g) Os custos de manutenção do comércio oriental tornaram-se cada vez mais elevados, reduzindo os lucros. Em 1530, os portugueses estavam abandonando as Indias pelo Brasil. .~ do Brasil. Econômicos: estagnação da economia européia, estimulando assim a busca de novos mercados consumidores e fornecedores. .: Sócio-polítiêos: ascensão social da burguesia mercantil e fortalecimento do Estado N acional, Religiosos: presença dos ideais religiosos ainda resultantes das Cruzadas. Culturais: aperfeiçoamento técnico dos instrumentos de navegação: bússola e astrolábio. ~, foi pioneira por uma série de a) da América. ~ Resumo A expansão portuguesa motivos: A expansão espanhola esp.anhóis encontraram eram in- diferiu muito da portuguesa: os ouro e prata nas suas colônias. a) As terras espanholas foram descobertas mais ou menos ao acaso por Cristóvão Colombo, que fez várias viagens à terra descoberta em 1492. b) Em 1522, completou-se a primeira viagem de circunavegação iniciada por Fernão de Magalhães e completada por Sebastião del Cano. c) Os conquistadores espanhóis descobriram as civilizações pré-colombianas da América, ricas em metais preciosos. d) Um sistema de frotas foi organizado com a finalidade de transportar metais preciosos para Sevilha (Espanha). . e) Esses metais inflacionaram os preços e, juntamente com as especiarias portuguesas do Oriente, forçaram a passagem do eixo econômico para o Atlântico. 27 i \/ I .~ '~ 4. No século XVI, as expansões inglesa e francesa foram menos significativas. Sua importância maior estaria no século XVII. a) b) Vocabulário 28 A demora da Inglaterra e da França para entrar na corrida colonial deveu-se a problemas políticos internos e externos: Guerra dos Cem Anos, Guerra das Duas Rosas. O interesse franco-britânico concentrou-se na América do Norte e Canadá. Astrolábio: instrumento para medir a longitude e latitude., Atividade mercantil: atividade comercial (compra, venda, troca etc.). Concessão (comercia!): direito de explorar comercialmente determinado ramo ou região. Crise de desenvolvimento: crise que se dá em momento" de expansão por causa do aparecimento de elementos que: impedem a continuidade dessa expansão. Crise de estagnação: diminuição da procura (de bens e serviços) . Crise de mercado: desequilíbrio entre a oferta e a procura. Economia: conjunto das atividades econômicas (agricultura, indústria, comércio); preocupação em poupar e, assim, capitalizar. Entreposto: estabelecimento, feitoria. Estado: território administrado por um governo soberano e dotado de leis próprias. Feitoria: estabelecimento comercial, em geral situado no litoral. Hegemonia: supremacia, poder de maior influência. Inflacionar: emitir moedas em quantidade exagerada, provocando a sua desvalorização. Intermediário: comerciante. Investir: empregar dinheiro. Mercado: conjunto dos compradores e produtores. Mercado abastecedor: produtores. Mercado consumidor: compradores. Monções: época ou ventos favoráveis à navegêção. Monopólio: direito exclusivo sobre a produção ou comércio. Início dos Tempos Modernos/O Renascimento Introdução o Renascimento marcou o início dos Tempos Modernos no plano cultural. Começou nos fins da Idade Média e atingiu a plenitude entre os séculos XV e XVI. A denominação Renascimento foi resultado da preocupação dos homens que viveram esta evolução cultural, em aproximar a sua época da Antigüidade. Consideravam, portanto, que a sua época via renascer a cultura antiga, a partir da qual se orientavam, em oposição à cultura medieval, que desprezavam. Origens do Renascimento o Renascimento começou na Itália e seu desenvolvimento e difusão foram possíveis graças a uma série de circunstâncias da história italiana. Com o progresso das cidades e do comércio, muita gente enriqueceu a ponto de ficar em condições de proteger os artistas e gastar bastante com a Arte; os protetores dos artistas eram chamados mecenas. Estes acabavam .conhecidos e respeitados por todos. A Arte os ajudava a conseguir créditos e a divulgar as atividades das suas empresas, contribuindo para o seu progresso. 29