abaton | psicologia

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Abaton e a Saúde Mental
Na Grécia Antiga, tratavam-se as doenças, mentais ou não, levando os doentes
para o templo. Porque o templo era o local onde os deuses, por intermédio dos
homens mais sábios da sociedade, curavam as pessoas em sofrimento.
Por volta do século V a.C., o templo mais conhecido e respeitado do mundo
Clássico era um dos templos a Asclépio, o deus grego da medicina, situado na
cidade de Epidauro. Inúmeros doentes, provenientes de todo o Mediterrâneo,
rumavam ao Asclepieion (templo) de Epidauro para procurarem a cura sob a
égide de Asclépio.
O Asclepieion era constituído por diversas estruturas: o templo a Asclépio, o
edifício para banhos, o anfiteatro, o estádio, etc. Uma dessas estruturas era o
Enkometerion, um edifício onde se davam as curas por "incubação": os
doentes sonhavam com Asclépio que, no sonho, lhes trazia a cura; em
alternativa, o sonho também podia ser interpretado por sacerdotes que depois
prescreviam a cura aos doentes. Só podiam dormir no Enkometerion os
doentes que tinham pago tributo a Asclépio e que tinham levado a cabo as
penitências e purificações necessárias para terem acesso ao processo de cura.
Daí que esse edifício fosse considerado Abaton, que em grego quer dizer "não
entrar". Ou seja, o acesso ao Enkometerion estava reservado àqueles que
estivessem doentes e que tivessem motivação para empreender o tratamento.
É em parte esse espírito que pretendo resgatar e eleger como mote para
este site dedicado ao trabalho psicológico com pessoas, no séc. XXI. Este
espaço está reservado. Destina-se aos que sofrem as angústias de
existir e que pretendem aliviá-las através do diálogo.
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