ANÁLISE MOLECULAR DO GENE F DE CEPAS BRASILEIRAS DO

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ANÁLISE MOLECULAR DO GENE F DE CEPAS BRASILEIRAS DO VÍRUS
RESPIRATÓRIO SINCICIAL BOVINO
Pereira, F. L.1; Possatti, F. 1; Balbo, L. C.1; Suphoronsk, S. A. 1; Massi, R. P. 1; Alfieri, A. A. 1*;
Alfieri, A. F. 1.
1
Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Laboratório de Virologia Animal,
Universidade Estadual de Londrina, Paraná, Brasil. *e-mail: [email protected]
O Complexo de Doença Respiratória de Bovinos (CDRB) está associado a grandes perdas
econômicas na pecuária, podendo ser causado por diferentes agentes etiológicos. Dentre as
causas virais, o vírus respiratório sincicial bovino (BRSV) é considerado o principal agente
etiológico envolvido no CDRB tanto em bezerros como em animais adultos confinados. A
proteína de fusão (F) induz a formação de anticorpos neutralizantes e determina a formação
de sincícios, sendo fundamental para infectividade e patogenicidade do vírus. Cinco
genogrupos do gene F (I-V) foram descritos até o momento. O objetivo deste estudo foi
determinar o genogrupo do gene F de cinco cepas de BRSV identificadas em infecções
singulares. As amostras biológicas (swabs nasais) fazem parte de uma coleção do Laboratório
de Virologia Animal da Universidade Estadual de Londrina e são oriundas de quatro
diferentes rebanhos, sem histórico de vacinação para BRSV, sendo uma unidade produtora de
bezerras leiteiras, localizada na região oeste e três confinamentos de bovinos de corte
localizados nas regiões norte e centro-oeste do estado do Paraná. As amostras selecionadas
foram submetidas à técnica de Nested-RT-PCR para amplificação de um fragmento de 833 pb
do gene F de BRSV. Os amplicons foram sequenciados e analisados filogeneticamente em
comparação com outras sequências de BRSV disponíveis em bancos de dados. A árvore foi
construída utilizando o método Maximum-Likelihood e modelo Tamura Nei com fragmento
de 710 pb. As cinco cepas analisadas neste estudo foram classificadas como genogrupo III,
pois agruparam no mesmo cluster da cepa vacinal Bayovac com identidade variando de 97,4 a
98,1%. As cepas BRSVUEL-2 e -3, identificadas em animais adultos provenientes do mesmo
rebanho apresentaram 100% de identidade entre elas. Quando analisadas em relação às
demais cepas (BRSVUEL- 5 a 7) a identidade foi de 97,7 a 98,5%, demonstrando que as
cepas encontradas em animais jovens e adultos foram similares. Este é o primeiro estudo
conduzido no Brasil que avaliou os genogrupos do gene F de cepas de BRSV. Os resultados
obtidos sugerem que a imunização dos rebanhos estudados utilizando a cepa vacinal Bayovac
permitiria o controle da doença nestas propriedades. Além disso, evidenciam a importância da
vigilância epidemiológica para a adoção de medidas imunoprofiláticas adequadas e eficazes
no controle do BRSV no Brasil.
Palavras-chaves: Bovinos, CDRB, BRSV, gene F.
Suporte financeiro: CAPES, CNPq, Fundação Araucária
Área de conhecimento: Microbiologia Animal
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