Inovação e Gestão da Mudança 2010/2011 “Cientistas descobrem o gene que torna tão difícil acordar” EXAME.com (22.02.2011) A notícia em questão trata uma inovação ainda em estudo muito interessante: o modo como o gene responsável por regular os ritmos diários de sono e despertar pode influenciar os nossos horários. Este estudo foi feito na Faculdade de Weinberg de Artes e Ciências dos EUA, pela equipa do neurobiólogo Ravi Allada, e baseia-se num gene de nome CG4857, apelidado de “vinte e quatro”. Este gene é responsável pelo nosso relógio biológico e, após experiências em moscas, verificou-se que quando esse gene é removido, o relógio biológico da mosca se alterava, aumentando o ciclo diário, ou seja, deixa de haver a natural preguiça para acordar e o cansaço a ditar a hora de deitar. O principal objectivo deste estudo, ainda em curso, é perceber como este gene actua no ciclo diário humano. Neste momento, já se sabe que actua de modo similar nas moscas e em humanos, pelo que as probabilidades de ter o mesmo efeito são bastante significativas. Como se pode verificar, este estudo é muito recente e ainda não foi testado em humanos. No entanto, prevê-se aqui uma inovação em estado embrionário, que futuramente será com certeza aproveitada por uma ou várias empresas da área da saúde ou outras, isto se não houver já entidades interessadas. Desta descoberta podem surgir medicamentos que modifiquem este gene para que possamos controlar o nosso ciclo diário. Posteriormente imagino já o que a alteração deste gene poderá trazer, aplicado em conjuntos populacionais. Uma vez que teremos o poder de escolher quantas horas terá o período em que nos mantemos acordados, posso imaginar que as lojas estarão abertas 24 horas por dia e o horário de trabalho se alargará a mais do que 8 horas diárias. É lógico que esta inovação pode trazer desvantagens, já que se hoje em dia as famílias têm dificuldade em conseguir algum tempo para partilhar, com a aplicação desta inovação, a situação agravar-se-á. Através deste quadro depreende-se já um processo de inovação global, e arrisco-me a classificar a inovação como revolucionária e com condições para a realização de inúmeras invenções incrementais e distintivas. Como refere Adriano Freire, não tenho dúvidas de que esta inovação “constrói no presente as bases do desenvolvimento futuro” de entidades interessadas. UTAD - Licenciatura em Gestão - Dulce Covas, n.º 30500 Página 1