Etiopatogenia e Fisiopatologia da Insuficiência

Propaganda
FISIOPATOLOGIA DA
INSUFICIÊNCIA CORONÁRIA
Prof. Dr.Dalton B.Précoma
Prof. Adjunto Cardiologia PUCPR
Evolução da Aterosclerose
Células
espumosas
Estria de
gordura
Lesão
intermediária
Ateroma
Placa
Lesão
fibrosa complicada/ruptura
Disfunção Endotelial
Desde a 1ª década
Desde a 3ª década
Desde a 4ª década
Músculo liso Trombose
Principal crescimento devido a acumulação de lípides e colágeno hematoma
Adaptado de Stary HC et al. Circulation. 1995,:1355-1374
Placa estável
Placa instável
Obstrução completa - IAM
Progressão da aterosclerose
Fatty streak
Normal
Lipid-rich plaque
Foam cells
Fibrous cap
Thrombus
Lipid core
Síndrome Coronariana Aguda
Aterosclerose coronária
Infarto do miocárdio
Coronariopatia Crônica
Distribuição do Sangue no
Sistema Circulatorio
67% Veias Sist. /Venulas
„ 5% Capilares Sistêmicos
„ 11% Artérias Sistêmicas
„ 5% Veias Pulmonares
„ 3% Artérias Pulmonares
„ 4% Capilares Pulmonares
„ 5% Átrios/Ventriculos
„
Consumo O2
Oferta O2
Estreitamento coronariano >
alterando o suprimento de O2
(oferta)
Quando a demanda (consumo)
do sangue for maior do que o
suprimento, ocasiona a
isquemia
Progressão da
aterosclerose
Inflamação
infecção
Fissura/ruptura
da placa
Oferta O2
Consumo O2
Disfunção
endotelial
Isquemia miocárdica
Ativação
plaquetária/trombose
Vasoconstrição
espasmo
Contratilidade
VE
FC
Tensão de O2
Transp.02
Consumo O2
=
Oferta O2
Pressão
perfusão
Calibre dos
vasos
Fluxo
Coronário
Circ.colateral
Isquemia
Tensão
Parede VE
Pressão VE
Vol.VE
Distribuição
do fluxo
epicárdioendo
Fisiopatologia da isquemia
Redução do suprimento
de O2
„
Aterotrombose coronariana
– gradual e progressiva
– Súbita e ± oclusiva
„
„
„
„
„
„
Aumento da demanda
de O2
Aumento da FC
– Exercícios e estresse
Outras causas de ‚ fluxo coronariano – Fumo
– espasmo ativo
– Aumento do estresse do
– perda da vasodilatação
VE
Frio
– HVE e hipertensão
Anemia
– Estenose Aórtica
Monóxido de Carbono
„ Alimentação
Grandes altitudes
„ Hipertiroidismo
Efeitos do fumo
„
Isquemia de baixo fluxo = isquemia de suprimento
–
–
–
» aumento do tonus
» agregação plaquetária
» formação de trombo
IAM e AI
altera: fluxo e pressão de perfusão coronariano
leva: -aumenta a performance sistólica VE (efeito Gregg)
diminui a distensibilidade diast. do VE ( ef. Salisbury)
– Isquemia de alto fluxo = isquemia de demanda
»
»
»
»
obstrução coronariana crônica
exercício
taquicardia
emoções
Angina estável
Fluxo coronário e consumo de oxigênio
Débito coronário:
repouso:
0,8 ml/gr/min.
esforço:
4 – 6 ml/gr/min.
Extração de O2:
repouso: 75 %
esforço : 90 %
Consumo de O2:
repouso: 8-10 ml/100gr/min.
Esforço: 50 ml/100gr/min.
Fluxo diastólico = principal
Fluxo sístólico= 7 a 45 % do
diast.
Fluxo coronário total = média de
225 ml/min ( 4 – 5 % do DC
total)
Fluxo coronário
Fluxo coronário= Pressão de perfusão/Resistência
Fluxo coronário=
PmAO- PmAD
Rep + Rpc + Rex
PmAO: Pressão média da aorta
PmAD: Pressão do átrio direito
Rep: Resistência das A.Coron.epicárdicas
Rpc: Resistência das A.Coron. De pequeno calibre
Rex: Resistência extravascular
Vasos de condutância = epicárdicos
Oferece pouca ou nenhuma resistência
Não apresenta resposta a alterações metabólicas
Influência autonômica :receptores alfa » vasoconstrição
receptores beta 1 e 2 » vasodilatação
Importância com obstrução orgânica (atero e espasmo)
Aumento da estenose >>> aumenta a resistência
Fluxo de repouso X Fluxo de
reserva
Grau de estenose
Fluxo de repouso
Fluxo de reserva
0 – 40%
normal
normal
40-70%
normal
leve a mod.
reduzido
71 – 95%
normal
reduzido
> 95%
reduzido
ausente
Relação fluxo x obstrução
4_
3_
2_
Exames funcionais
normais
Exames
anormais
1_
20%
40%
60%
70%
100%
Equação de Poiselle-Hagen:
F= P ¶ . r4
8.n.L
Lesão excêntrica 3X maior área do que a
concêntrica
CONCEITOS IMPORTANTES
VELOCIDADE = DISTÂNCIA / TEMPO
V
=
D
/ T
FLUXO = VOLUME / TEMPO
Q
=
VL
/ T
VELOCIDADE -FLUXO- ÁREA
V
=
Q
/ A
LEI DE POISEUILLE
Fluxo em Tubos Cilíndricos Rigídos
(FLUXO)Q =
DIFERENÇA
DE PRESSÃO
(Pi - Po) r4
8η L
VISCOSIDADE COMPRIMENTO
RAIO
Fluid flowing at the center travels the fastest
Pouseuille's equation
The longer the straw the more difficult it is
to drink (length term)
F
=
r · ΔP
L·η
R total = 130
130 > 100 > 25 > 5
Vasos de resistência = endocárdicos
Coronária sem obstrução
controla a fluxo coronário
possui tônus vasomotor muito elevado
grande capacidade de adaptação
recebe grande influência metabólica »» na isquemia a
adenosina leva a vasodilatação
Coronária com obstrução
O controle dos pequenos vasos passa a ser a pressão atingida
nos vasos epicárdicos obstruídos
Resistência extravascular
• Compressão dos vasos intramiocárdicos
durante a sístole ventricular
• Compressão dos vasos intramiocárdicos
durante a diástole pelo aumento da pressão
diastólica final do ventrículo
• A resistência extravascular é maior na
região subendocárdica
Determinantes do consumo de O2
• Tensão parietal sistólica
• Estado contrátil ou inotrópico
• Frequência cardíaca
• Metabolismo miocárdico basal
Tensão parietal sistólica
T=PxR
2H
T: tensão parietal sistólica
P: pressão intracavitária
R: raio do ventrículo
H: espessura da parede
„
Resistência vasc.coronariana é regulada por:
– metabolismo miocárdico
– controle neural
– auto-regulação
– controle miogênico
– forças compressivas extra-vasculares
Tipo de efeito por vaso:
– arteríolas pequenas (< 30 micra): vasodilatação
metabólica
– arteríolas mod ( 30 a 60 micra): regulação miogênica
– arteríolas maiores ( > 100 micra): dilatação fluxo
mediado
Alterações metabólicas na isquemia
miocárdica
1. Acidose intracelular, com importante redução do pH
2. Acúmulo de ácido lático
3. Alterações iônicas, com perda da homeostase celular
- redução do K+ e do Mg++ intracelular
4. Redução na síntese energética (ATP)
5. Disfunção sisto-diastólica do VE
6. Manutenção destas alterações mesmo na reperfusão
autoregulação
Forças compressivas
extravasculares
fatores
humorais
controle
metabólico
Resistência vascular
Controle neural
Contratilidade
fase diastólica
Fluxo coronário
SUPRIMENTO
Capacidade de
transporte de O2
FC
DEMANDA
Tensão sistólica
da parede
Vasomotricidade coronária normal
„
„
„
„
„
Catecolaminas
Prostaglandinas
Adenosina
Histamina
Cálcio
„
„
„
„
Agonistas colinérgicos
Fatores de relaxamento
derivados do endotélio
Fatores de contração
derivados do endotélio
serotonina
Ex.: angina estável de limiar variável
Circulação colateral
• Circ colateral bem desenvolvida atenua a isquemia
• Fluxo colateral grau III (pode eliminar a isquemia em
repouso
• Circ colateral é suficiente para manter a viabilidade
miocárdica em repouso
• Reserva coronária muito reduzida
Causas Não Ateroscleróticas
• Anomalias congênitas das art. Coronárias
• Espasmo coronário
• Embolia coronária
• Trauma
• HVE
• Arterites
• Doenças metabólicas
• Dissecção de aorta e artérias
Causas Não Ateroscleróticas
• Síndrome X ou angina microvascular
• Doença de pequenos vasos
• Proliferação de íntima
• Trombose sem placa, pela disfunção endotelial
• Tóxicos
Considerações finais
Fatores de
risco CV
Inflamação
Infecções
Estresse físico
excessivo
Estresse oxidativo
Disfunção endotelial
Moléculas
Atividade
Atividade
Moléculas Liberação Fatores de
de adesão pró-coagulante anticoagulante vasoativas de citocinas crescimento
Aterosclerose
Silvestro A, et al. Eur Heart J 2002;4(supplB): B35-B40
Obrigado
Download