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Linguagem: um fenômeno naturalisticamente realizado
Bruna Maria Lemes Duarte. Orientadora, Mariana Claudia Broens. Universidade Estadual Paulista
“Julio de Mesquita Filho” campus de Marília, Filosofia, [email protected]. Bolsa de
Iniciação Científica PIBIC.
Palavras Chave: linguagem, sociedade, naturalismo
Introdução
Na obra Intencionalidade (1995), John Searle
aproxima os estados mentais Intencionais com os
atos de fala, já que, para ele, a filosofia da
linguagem é um ramo da filosofia da mente. Isto
acontece porque os atos de fala representam
estados de coisas no mundo, especialmente através
da ação e da percepção, o que os tornam uma
extensão
das
capacidades
biologicamente
fundamentais da mente que relacionam o sujeito ao
mundo. Vale lembrar que a Intencionalidade para
Searle é uma propriedade lógica de um ser para um
objeto (direcional). Assim, cada estado Intencional
com um conteúdo Intencional determina as
condições de satisfação de tal estado. Dessa
maneira, ele relacionará a Intencionalidade com os
atos de fala já que estes também têm a
característica de serem direcionais. Searle explica
que, os estudos na área da Filosofia da Linguagem
têm início com estudos de autores como: Frege,
Wittgenstein, Austin, entre outros. Para o autor
esses filósofos não viam a linguagem como um
fenômeno naturalisticamente realizado, já que a
Filosofia da Linguagem se desenvolveu com
juntamente com a lógica e a matemática. Searle
argumenta que a linguagem é um fenômeno
biológico natural uma vez que atos de fala e
sentenças são uma extensão de formas de
Intencionalidade.
Objetivos
Temos por objetivo elucidar de que maneira Searle
entende a linguagem como um fenômeno biológico
com fundamentos na Intencionalidade. E como esse
fenômeno nos permite hoje uma convenção social.
Material e Métodos
Por se tratar de pesquisa filosófica, foi utilizado
para a elaboração desta pesquisa o método de
análise conceitual e de interpretação de textos.
Resultados e Discussão
Como vimos, Searle estuda os fenômenos mentais
a partir de elementos linguísticos não intrínsecos
baseado em uma teoria dos atos de fala e na
capacidade de representação no mundo. Ele
XXVI Congresso de Iniciação Científica
explica que primitivamente a comunicação
intersubjetiva já existia, mesmo que em uma forma
pré-linguistica, assim como outros estados
Intencionais: fome, sobrevivência, desejo sexual
etc. Para ele, esta forma de comunicação prélinguistica tem relação com as experiências que nós
temos e as que já tivemos ao longo de nossa
evolução. Para Searle, temos a partir daí a base
para a forma de linguagem que temos hoje e
caracteriza a maneira como a sociedade humana é
comunicacionalmente organizada atualmente.
Conclusões
Segundo John Searle, cada conceito Intencional é
importante para entender tanto a ação humana
quanto de que modo esses processos intencionais
estabelecem condições de satisfação. As condições
de satisfação são um aspecto geral dos estados
Intencionais com uma direção de ajuste, um modo
psicológico e um conteúdo proposicional. Essas são
características em comum entre os atos de fala e os
estados Intencionais. Nesse sentido, Searle segue
uma clássica tradição filosófica ao chamar de
Intencionalidade os estados mentais que são
caracterizados por serem direcionais, ou seja, que
se referem a algo no mundo externo ao agente..
Agradecimentos
Agradeço a minha orientadora Mariana Claudia
Broens, à UNESP e ao CNPq.
____________________
Tsohatzidis, S, L. A filosofia da Linguagem de John Searle: força
significação e mente.São Paulo: Editora UNESP, 2012.
SEARLE, J. Intencionalidade. Tradução: Julio Fischer e Tomás Rosa
Bueno. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
______. Minds, brains, and programs. Behavioral and Brain Sciences, n°
3, V.3, pp. 417-457. 1980. Disponível em:
http://www.bbsonline.org/Preprints/OldArchive/bbs.searle2.html
em 04 de julho de 2014.
Acesso
______. Mente, Linguagem e Sociedade: Filosofia no mundo real.
Tradução: F.Rangel. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.
______. Redescoberta da Mente. Tradução: Eduardo Pereira e Ferreira.
São Paulo: Martins Fontes, 1997.
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